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1- Quais as causas e consequências de uma gravidez indesejada na mulher adulta e

adolescente?

As principais consequências da gravidez precoce identificadas nesta pesquisa


foram: a impossibilidade de completar a função da adolescência; os conflitos familiares; o
adiamento ou comprometimento dos projetos dos estudos; menor chance de qualificação
profissional, com óbvios reflexos para as oportunidades de inserção posterior no mundo do
trabalho; impossibilidade de estabelecer uma família com plena autonomia, autogestão e
projeto de futuro; e dependência financeira absoluta da família.

Scielo - Consequências da gravidez na adolescência para as meninas considerando-se as


diferenças socioeconômicas entre elas - Cad. saúde colet 2014

2- Qual é a legislação acerca do aborto no Brasil e quais as suas consequências?


O Código Penal Brasileiro pune o aborto provocado na forma do auto-aborto ou
com consentimento da gestante em seu artigo 124; o aborto praticado por terceiro sem
o consentimento da gestante, no artigo 125; o aborto praticado com o consentimento
da gestante no artigo 126; sendo que o artigo 127 descreve a forma qualificada do
mencionado delito - são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou
dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza
grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
O aborto é crime pela legislação brasileira desde 1940, portanto há mais de 80
anos
O Código Penal Brasileiro, de 1940, estabelece os permissivos legais para a
interrupção da gravidez nos casos previstos em lei. Em dois incisos no artigo 128, a
legislação não pune o médico que realiza o aborto: para salvar a vida da mulher e para
o caso de uma gestação decorrente de estupro, por solicitação e consentimento da
mulher. Se a mulher for menor de idade, deficiente mental ou incapaz, por autorização
de seu representante legal.
Mais recentemente, o Superior Tribunal Federal, em 2012, decidiu por ampliar
essa permissividade também nos casos de anencefalia.
O Brasil está entre os 25% das nações do mundo com legislações mais restritivas
em relação à interrupção da gravidez. E isso traz consequências para os indicadores
de saúde materna, como o aborto inseguro e para a morbimortalidade materna.

Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente - Fiocruz

3- Quais são as mudanças físicas e psicológicas que ocorrem na puberdade feminina?

4- Quais são os métodos contraceptivos?


Métodos de barreira que previnem ists

 Preservativo masculino: popularmente conhecido como camisinha, é um contraceptivo


utilizado no pênis, para recolher o esperma, impedindo-o de entrar no corpo da mulher.
A camisinha é descartável e o material do preservativo é composto por látex ou
poliuretano. Além de prevenir uma gravidez indesejada, previne também contra
doenças sexualmente transmissíveis (DST).
 Preservativo feminino: conhecido também como “camisinha feminina” é um
contraceptivo inserido na vagina antes da penetração do pênis, para impedir a entrada
do esperma no útero. O preservativo é pré-lubrificado com silicone, porém, outros
lubrificantes, à base de água ou óleo, podem ser usados, para melhorar o desconforto
e o ruído que o preservativo feminino pode causar. Esse método contraceptivo também
reduz o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Outros métodos de barreira
 Diafragma: é um contraceptivo composto por uma membrana de silicone, em forma de
cúpula, envolvido por um anel flexível. Existem diafragmas de vários tamanhos,
podendo variar entre 50 mm a 105 mm. O diafragma é inserido na vagina antes da
relação sexual, impedindo a entrada do esperma no útero. É recomendável que o
diafragma seja utilizado junto a um creme ou geleia espermicida, para oferecer maior
lubrificação e também para aumentar a eficácia contraceptiva. O diafragma deve
permanecer no lugar durante seis a oito horas depois do coito para poder evitar a
gravidez, mas deve ser removido dentro de 24 horas.
 Espermicidas: são substâncias químicas em forma de geleia, creme, comprimido,
tablete ou espumas, que devem ser colocadas na vagina 15 minutos antes da relação
sexual. Os espermicidas servem como barreira para impedir o contato dos
espermatozoides com o útero. Usados isoladamente, os espermicidas não oferecem
grande eficácia, mas associados a outros métodos de barreira, como o diafragma, são
úteis e oferecem mais proteção. Em algumas mulheres, a substância pode provocar
reações alérgicas.
 Dispositivo Intrauterino (DIU): é um método anticoncepcional constituído por um
aparelho pequeno e flexível que é inserido dentro do útero. Ele só pode ser utilizado
em pacientes saudáveis e que apresentem exames ginecológicos normais; ausência
de vaginites, tumores pélvicos, doença inflamatória pélvica (DIP), etc. Existem vários
modelos de DIU, hormonais e não hormonais, e é um contraceptivo que deve ser
colocado por um profissional da saúde.
Métodos hormonais
Os métodos hormonais servem para controlar ou interromper a ovulação, evitando a gravidez,
mas não previnem contra doenças sexualmente transmissíveis (DST).

 Pílula contraceptiva oral combinada: ou simplesmente pílula, como é conhecida


popularmente, é um método contraceptivo composto por diferentes tipos de hormônios,
que servem para inibir a ovulação e evitar a gravidez. O uso de pílulas
anticoncepcionais não é recomendado para mulheres fumantes, ou com pressão
arterial elevada, histórico de câncer de mama, fígado, ou câncer endometrial. O melhor
tipo de pílula para cada paciente deve ser indicado por um ginecologista.
 Contraceptivo hormonal injetável: esse método contraceptivo é feito com uma injeção
de hormômios, que é administrada uma vez por mês ou a cada três meses,
dependendo do tipo de contraceptivo injetável. Esse método é muito eficaz para evitar
gravidez.
 Anel vaginal: é um anel fino e flexível e deve ser colocado na vagina, durante três
semanas. Na quarta semana, o anel vaginal deve ser removido e, assim, reinserir um
novo anel depois de sete dias de pausa. O diâmetro externo é de 54 mm e a espessura
é de 4 mm. O anel vaginal contém hormônios como estrogênio e progesterona, que
são absorvidos para a circulação e levam à inibição da ovulação. Sua indicação e uso
devem ser feitos com o acompanhamento de um ginecologista. Esse método
contraceptivo não pode ser utilizado por mulheres que apresentem histórico de
coágulos de sangue, derrame ou ataque cardíaco, ou algum tipo de câncer.
 Adesivos cutâneos com hormônios: são pequenos selos que contêm estrogênio e
progesterona. Esses dois hormônios são absorvidos pela pele e vão diretamente para
a circulação sistêmica. Os adesivos devem ser usados por 21 dias, seguido de pausa
de sete dias. Os benefícios, eficácia e contraindicações são as mesmas para os anéis
vaginais e as pílulas.
 Implante contraceptivo: é um pequeno bastão implantado pelo médico sob a pele, na
parte inferior do braço. O procedimento é rápido, feito com anestesia local. Dentro do
corpo, o dispositivo libera progesterona. É eficaz por até três anos, mas pode ser
removido antes.

Site da pfizer

5- Quais são os métodos de avaliação da puberdade feminina? (Escala de Tanner,


medidas gonadais).
A Organização Mundial da Saúde(17) recomenda, para estudos populacionais, o uso de
marcadores biológicos para o início e o final do estirão puberal, que ocorrem,
aproximadamente, um ano antes e um ano após o pico de velocidade de crescimento. Para
as meninas, considera-se a menarca e o estágio dois do desenvolvimento mamário

6- Como as questões culturais, religiosas e os aspectos legais podem influenciar nas


práticas sexuais.

Quanto mais alto o grau de religiosidade autoavaliado e mais elevada a religiosidade medida
por meio da frequência aos serviços religiosos, menor é a chance de a iniciação sexual ter
ocorrido.

A influência da religião e da religiosidade na fecundidade das adolescentes com alguma


filiação religiosa tinham menor chance de ter um filho na adolescência do que aquelas sem
filiação religiosa. Mostram que a maioria das protestantes brasileiras tem menor chance de ter
filhos na adolescência se comparadas às católicas, sugerindo que as igrejas protestantes
parecem ser mais eficientes em desencorajar o sexo pré-marital.
No que tange ao início da vida sexual, apesar de o catolicismo e o protestantismo
serem contra o sexo pré-marital, há indícios de que o segundo seja mais influente no
comportamento dos jovens fiéis, justamente por enfatizar palavras fortes como castidade,
virgindade e pecado (Chesnut, 1997). Ogland et al. (2011), por exemplo, mostram que as
adolescentes que se declaram protestantes e, em particular, pentecostais e aquelas com maior
frequência às cerimônias religiosas têm chance maior de se manterem virgens devido ao
compromisso de não ter relações sexuais antes do casamento. A tradição católica brasileira,
por sua vez, foi sendo modificada e adquiriu caráter polissêmico, o que possibilitou que
pessoas pertencentes à mesma denominação religiosa não possuíssem, necessariamente,
unidade na vivência (Brandão, 2004). De qualquer forma, as rígidas doutrinas religiosas criam a
expectativa de que pessoas seguidoras dessas religiões terão posturas igualmente restritivas
com relação ao sexo pré-marital, da mesma forma que os não religiosos ou sem religião serão
mais liberais. Logo, é também de se esperar que o grau de conservadorismo seja diretamente
proporcional à intensidade da religiosidade, não apenas da denominação religiosa.
Religião, religiosidade e iniciação sexual na adolescência e juventude: lições de uma revisão
bibliográfica sistemática de mais de meio século de pesquisas – Scielo Rev. bras. estud. popul

7- Quais as principais IST`s e qual a importância da educação sexual na


prevenção dessas doenças?

Estudos científicos ao redor do mundo mostram que os países que tratam a temática no
ambiente escolar de forma adequada, apropriada para a idade e com base científica, tem a
idade de início sexual postergada. A informação adequada sobre sexualidade também ajuda na
prevenção da gravidez na adolescência. De acordo com dados do relatório do Fundo de
População das Nações Unidas (UNFPA), o Brasil está acima da média mundial quanto ao
número de casos de gravidez precoce, com mais de 19 mil nascidos vivos por ano de mães
com idade entre 10 e 14 anos.

Embora algumas infecções sejam mais conhecidas e temidas, como o HIV, existem muitas
outras, que podem ser dividas em dois grupos: aquelas que provocam úlceras e as que
provocam corrimentos.

No primeiro temos como exemplo o HPV (vírus do papiloma humano), a sífilis e o herpes. É
possível identificar sintomas nas regiões orais, genitais e anais, como a presença de feridas e
pequenas bolhas que podem ou não causar dor. No segundo caso, dos corrimentos, a atenção
deve ser com a clamídia e a gonorreia. Essas duas infecções são causadas por bactérias, que
ficam presentes no corrimento uretral masculino e no colo uterino feminino e provocam dor ao
urinar.

O professor alerta também para infecções que podem permanecer assintomáticas,


como o caso da tricomoníase, mais comum entre as mulheres. As hepatites virais A, B e C
também são classificadas como ISTs. O tipo “B” é o que apresenta maior transmissibilidade por
relações sexuais, principalmente anal. Já o tipo “C” é transmitidos por meio de objetos perfuro
cortantes ou transfusão de sangue.

Revista Saúde com Ciência – Faculdade de medicina da UFMG

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