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MÉTODOS DE CONTRACEPÇÃO
SEU BENÉFICOS E SEUS MALEFÍCIOS PARA O
ORGANISMO HUMANO

A PÍLULA ANTICONCEPCIONAL
Introdução
A pílula anticoncepcional está no mercado há mais de 50 anos,
sendo amplamente utilizada por muitas mulheres com o intuito
de prevenir a gravidez, assim como também, os sintomas da
TPM, acne, endometriose, cólica e síndrome de ovários
policísticos. A sua versatilidade e eficácia levam dezenas,
indicadas por seus médicos, a usarem tais drogas.
Como funcionam no organismo humano
A ovulação e ciclo menstrual da mulher é controlado por dois
hormônios, a progesterona e o estrógeno.
As pílulas mais usadas geralmente são compostas por dois
hormônios sintéticos, um que imita o Estrógeno (normalmente
Etinilestradiol) e, um que imita a progesterona (a ciproterona e
a drospirenona). Com o objetivo de "enganar" o organismo
feminino a não produzir os hormônios naturais, assim não
ocorrendo a ovulação. Durante o mês, os hormônios FSH e
LH, produzidos na hipófise, sendo eles os estimulantes para a
produção da progesterona e estrógeno, aumentam e diminuem
até alcançarem seu nível máximo no organismo, induzindo a
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produção do estrógeno e progesterona, ocorrendo assim a


ovulação. O que ocorre é que, com a ingestão da pílula, os
hormônios artificiais "ludibriam" o cérebro, fazendo com que a
hipófise não produza LH nem FSH, pois ele entende que não
são necessários.
Benefícios e Maleficios
Benefícios
O professor Nilson Roberto Melo, da Divisão de Clínicas
Ginecológicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP),
explica sobre a eficácia do método contraceptivo, efeitos
colaterais, contra indicações e hábitos que podem cortar o
efeito do medicamento. Para o médico Nilson Melo, os efeitos
colaterais são mínimos comparados aos benefícios que a pílula
traz.
Nos últimos anos, surgiram pílulas com estrogênio natural,
combinadas e semelhantes ao que o ovário produz. Também
possuem componentes progestogênicos que diminuem a
oleosidade, a acne, a retenção hídrica e até componentes que
podem ser prejudiciais aos ossos.
Segundo o doutor, mulheres têm buscado nos últimos anos
medicamentos extra contraceptivos que não só evitam a
gravidez, como também trazem outros benefícios. Cada caso é
avaliado, levando as particularidades da mulher em
consideração. Os médicos buscam recomendar o melhor tipo

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de pílula, tanto para adolescentes como para mulheres acima


dos 40 anos, ou a idade com maior fertilidade.
Alguns comentam sobre o possível desenvolvimento de
doenças como câncer de mama ou trombose. Porém, a pílula
só é contraindicada para mulheres que já tiveram câncer e não
para aquelas que já tiveram casos na família.
A pílula anticoncepcional pode diminuir entre 30% a 50% as
chances de desenvolver câncer de ovário ou endométrio, caso
tenha antecedentes, quando usada durante 5 anos e reduz de
50% a 70% após 10 anos de uso. À medida em que a idade da
mulher avança, o risco de trombose vai se tornando maior. A
pílula anticoncepcional dobra o risco do desenvolvimento da
doença, mas a incidência é pequena quando a mulher ainda é
jovem, já que naturalmente possui um risco menor. No entanto,
a gravidez aumenta o risco de 6 a 10 vezes e no pós-parto de
20 a 30.
Malefícios
O anticoncepcional contém muitos casos de efeitos colaterais,
sendo diferentes em cada organismo, em alguns, o
medicamento pode ter alguns efeitos diminuídos quando
utilizados com alguns anticonvulsivantes. Mas normalmente o
que mais atrapalha o tratamento é o mau uso do método
contraceptivo, o que pode ser mudado através de aplicativos
que ajudam a controlar os horários de medicação. As cirurgias

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bariátricas disabsortivas também podem ser um caso para


aumentar o índice de falha.
A pílula anticoncepcional pode causar uma série de outros
efeitos prejudiciais à saúde das mulheres. Entre eles estão as
alterações em diversos sistemas do corpoau. Sintomas como
aumento de peso, depressão, exaustão, cansaço, queda da
libido, aparecimento de acne, crescimento das mamas,
elevação do colesterol LDL, redução do HDL e prurido são
comuns devido aos efeitos progestogênios do medicamento.
Adicionalmente, sensibilidade mamária, dor de cabeça,
aumento da pressão arterial, infarto agudo do miocárdio,
elevação dos valores médios de lipídios, glicose e pressão
arterial, risco cardiovascular, risco relativo e absoluto podem
ser aumentados pelo uso de contraceptivos orais, dependendo
do volume, tempo de uso, dose de estrogênio e tipo de
contraceptivo utilizado. O risco de trombose arterial também é
mais comum em mulheres com predisposição a doenças
cardiovasculares.
Mulheres hipertensas, fumantes ou com idade superior a 35
anos têm maior propensão a sofrer acidente vascular
encefálico isquêmico e hemorrágico associado ao uso de
contraceptivos hormonais. Além disso, há um aumento do risco
de infecções do trato genital inferior, como clamídia e
monilíase, bem como da doença inflamatória pélvica.

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A depleção de nutrientes, especialmente em adolescentes,


pode ocorrer devido ao rápido crescimento e desenvolvimento
físico. Associado a isso, casos de trombose mesentérica,
infarto intestinal e tromboses venosas e arteriais têm sido
observados, relacionados à dose do componente estrogênico,
etinilestradiol, que promove um efeito pró-coagulante leve.
O uso prolongado de contraceptivos hormonais pode aumentar
o risco de desenvolvimento do câncer de colo de útero,
especialmente se iniciado antes do completo desenvolvimento
do trato genital feminino. Ademais, há um aumento do risco de
adenocarcinoma in situ do colo uterino em mulheres que
utilizam o medicamento por mais de 12 anos e um maior risco
de surgimento do câncer de mama em mulheres que iniciam o
uso da contracepção hormonal precocemente e por longos
períodos.
Esses efeitos colaterais têm levado muitas mulheres a
interromperem o uso dos anticoncepcionais, demonstrando
uma alta taxa de descontinuação do método.
Conclusão
Concluindo, a decisão do uso da pílula anticoncepcional é
individual e deve ser baseada em uma avaliação profissional
de um médico especializado. O conhecimento sobre os
benefícios e riscos do uso do método é absolutamente
necessário, para que as mulheres que o utilizarem estejam
cientes sobre seus limites de tolerância.

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O PRESERVATIVO MASCULINO
A camisinha, ao contrário do que se pensa, não é uma
invenção moderna. Desde 1300 a.C., os egípcios já utilizavam
semi-camisinhas feitas de linho, pele e materiais vegetais. A
versão atual da camisinha, feita de látex, surgiu na década de
90, proporcionando um aspecto mais fino e confortável ao
preservativo.
Hoje em dia, o preservativo masculino, ou camisinha, é uma
capa de borracha (látex) que, quando colocada sobre o pênis,
previne a transmissão de infecções sexualmente
transmissíveis (ISTs) e do vírus HIV, causador da AIDS. Além
disso, a camisinha é eficaz na prevenção da gravidez,
tornando-se um excelente método contraceptivo.
É importante ter cuidados ao usar a camisinha:
- Sempre coloque a camisinha antes da relação sexual;
- Coloque-a com o pênis ereto;
- Encaixe-a na ponta do pênis, evitando a entrada de ar;
- Desenrole-a completamente até cobrir todo o membro;
- Deixe um espaço na ponta da camisinha para o esperma;
- Se não estiver bem encaixada, ou se houver ar dentro, a
camisinha pode rasgar.
Apesar de não apresentar tantos malefícios como outros
métodos contraceptivos que afetam diretamente os hormônios
do corpo, o uso inadequado da camisinha pode causar
irritações e alergias, tanto no pênis quanto na vagina, devido
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ao látex, que pode ser alérgico para algumas pessoas, ou à


falta de lubrificação durante o ato sexual.

IMPLANON: ENTENDA COMO FUNCIONA O


CHIP ANTICONCEPCIONAL
Desde a chegada da pílula contraceptiva no Brasil na
década de 60 , nossa relação com o controle de natalidade foi
transformada . Desde então , a evolução não para , o
desenvolvimento do implante anticoncepcional é uma prova
disso. O implanon , por exemplo, é um chip anticoncepcional
de extrema eficácia .
O Implanon, único produto dessa categoria aprovado no
Brasil, é um método de alta eficácia, amplamente estudado e
reconhecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária).Trata-se de um método contraceptivo reversível de
ação prolongada. Ele tem a forma de bastão com 4
centímetros de comprimento e 2 milímetros de diâmetro e
contém etonogestrel. O hormônio é liberado continuamente,
além de alterar o muco cervical (substância secretada pelas
glândulas uterinas, cuja função é tanto proteger o útero,
impedindo a entrada de agentes infecciosos, quanto facilitar o
transporte do espermatozoide na cavidade uterina,
promovendo, assim, o encontro entre os gametas e,
consequentemente, a fecundação), deixando ele mais viscoso

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impedindo a passagem dos espermatozóides e


consequentemente a fecundação do óvulo
O principal diferencial do implanon diante outros métodos
anticonceptivos mais recorrentes é a independência do
paciente, que fica livre do cronograma diário, semanal ou
mensal do anticoncepcional convencional. Segundo o
fabricante e a própria ANVISA, o implante anticoncepcional
proteje a mulher de uma gravidez indesejada pelo período de
até 3 anos, variando de acordo com as condições clínicas da
paciente
O Implanon é um implante anticoncepcional indicado, como
regra, para mulheres de qualquer idade que desejam um
método simples e seguro de evitar a gravidez. Ele também é a
melhor alternativa para pacientes que têm restrição ao
estrogênio (hormônio presente em algumas pílulas
anticoncepcionais) ou ao DIU. Também é um ótimo método
para mulheres com endometriose ou que desejam reduzir o
fluxo menstrual ou a cólica.
Para alguns grupos de mulheres, no entanto, o uso do
Implanon é contraindicado. São eles:
Presença ou histórico de doenças hepáticas graves, como
tumor benigno ou maligno;
Presença ou suspeita de sensibilidade a esteroide sexual;
Sangramento vaginal não diagnosticado; e

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Hipersensibilidade ao etonogestrel ou a qualquer componente


da fórmula.
Em todos os casos, independentemente de você estar ou não
neste grupo, é fundamental contar com a orientação do seu
ginecologista na hora de escolher o melhor método de
contracepção.
O Implanon é recomendado para mulheres que buscam um
contraceptivo confiável, visto que o método apresenta 99% de
eficácia. De maneira geral, o Implanon é recomendado por
médicos para mulheres que esquecem o uso de controle diário,
semanal ou mensal, como no caso de contraceptivos orais.

Referências:

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/pilula.htm

https://jornal.usp.br/atualidades/beneficios-do-anticoncepcional
-ultrapassam-os-riscos/

https://brasilescola.uol.com.br/amp/sexualidade/origem-camisin
ha.htm

Efeitos Colaterais E Alterações Fisiológicas Relacionadas Ao


Uso Contínuo de Anticoncepcionais Hormonais Orais
Ana Paula Ferreira de Almeida e Marianna Mendes de Assis

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS


Projeto PIBID - UNICAMP
Projeto Licenciatura em Química
Instituto de Química – IQ Unicamp
Pílulas Anticoncepcionais, Juliana Mukai de Mattos

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