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Unicesumar – Curso de Farmácia

Introdução à Profissão Farmacêutica - M.A.P.A.

Pílula anticoncepcional
Thayná Júlia Macêdo de Freitas
10/09/2022
Introdução

A pílula anticoncepcional é um dos medicamentos mais usados no mundo todo. Além


de ser usada para evitar gravidez, ela pode proteger mulheres contra algumas infecções
genitais, câncer de ovário, alguns tipos de câncer de útero, os sintomas da TPM, acne,
endometriose, cólica e síndrome dos ovários policísticos. Versatilidade, praticidade e
alta eficácia são os principais fatores que levam as mulheres, orientadas por seus
médicos, a optarem por eles, esse método, que foi lançado no mercado em 1960, é,
sem dúvidas, um importante avanço no que diz respeito ao aumento da autonomia
feminina, uma vez que as mulheres podem ser ativas na decisão de ter ou não um filho.
Desenvolvimento
Existem diferentes pílulas presentes no mercado, sendo as mais utilizadas aquelas compostas por
estrogênio e progesterona sintéticos, que são bem semelhantes aos hormônios produzidos pela mulher.
Esse tipo de pílula, também chamado de combinada, atua mantendo a concentração constante desses
hormônios e impedindo, assim, a ovulação.

Mais de 100 milhões de mulheres usam pílulas


anticoncepcionais ao redor do mundo
Desenvolvimento
As pílulas inicialmente são combinadas em duas categorias:

Pílulas de progesterona ou minipílula: normalmente elas possuem apenas progesterona em sua composição,
sem o estrógeno associado. Com isso, elas trazem a menor carga possível hormonal, como afirma o ginecologista
Cássio Sartório. Elas agem principalmente impedindo a entrada das células do esperma no útero, mas nem
sempre impedem a maturação do óvulo, que é a ação principal das pílulas combinadas. Tudo depende da
quantidade de progesterona que elas contém.

Pílulas combinadas: normalmente elas possuem a combinação de progesterona com estrógeno e podem
se dividir em duas formas, como descreve Sartório:
• Monofásica: aquelas em que todos os comprimidos possuem a mesma quantidade de hormônio. Os
hormônios do comprimido bloqueiam a liberação do hormônio que estimula o crescimento e a ovulação
do ovário
• Multifásica: aquelas em que os comprimidos possuem diferentes quantidades de hormônios. Elas
tentam imitar como seria a produção hormonal do organismo para aquele dia do ciclo.
Desenvolvimento

As pílulas combinadas, como qualquer medicamento, podem causar alguns efeitos colaterais. Dentre os
principais, destacam-se náusea, dores de cabeça, sensibilidade nas mamas, sangramentos entre os
períodos menstruais, retenção de líquidos, alterações de humor e depressão. Caso os sintomas
apresentem-se de forma muito intensa, o médico deverá ser procurado.
Vale destacar que, atualmente, em razão da baixa dosagem de hormônios, a pilula não causa grandes
mudanças no peso da usuária. Caso ocorram, é importante procurar o médico para que possa ser
realizada a mudança na medicação.
Outra pílula encontrada no mercado é aquela composta exclusivamente de progesterona sintética, que
é usada principalmente por mulheres que estão amamentando e que possuem alguma patologia em
que não é recomendado o uso de estrógeno. Quando comparada às pílulas combinadas, ela apresenta
um maior índice de falha.
Desenvolvimento

Essa pílula composta unicamente por progesterona sintética atua promovendo o espessamento do
muco cervical, dificultando a passagem do espermatozoide e, consequentemente, evitando a
gravidez. Além disso, ela age no endométrio, causando sua hipotrofia e também inibindo a
ovulação. Diferentemente da combinada, o uso dessa pílula é contínuo e pode ser iniciado a
qualquer momento do ciclo, com exceção dos primeiros 30 dias após o parto.
Vale destacar que a utilização de pílulas anticoncepcionais é um método reversível, sendo assim, a
fertilidade é retomada assim que a usuária interrompe o uso dos comprimidos. É importante
também frisar que o método não previne contra DST e só deve ser utilizado após uma avaliação
médica.
Desenvolvimento
Toda pílula anticoncepcional, e similares, aumentam as chances de tromboses se desenvolverem no
corpo. Estas são caracterizadas pelo surgimento de um coágulo em um vaso sanguíneo que impede a
passagem normal do sangue. Dependendo da localização do coágulo, tecidos podem ser gravemente
danificados pela falta de oxigenação e de nutrientes tragos pelo fluxo sanguíneo. Em vasos próximos do
coração ou no cérebro, as consequências são fatais. No caso da drospirenona, a trombose afetaria em
maior proporção as veias. Esses tipos de efeitos colaterais descritos na bula são analisados pelo médico
junto ao paciente, onde é feito um balanço dos riscos e benefícios.

Um trombo (ou coágulo) bloqueando a passagem


do fluxo sanguíneo pela válvula da veia
Desenvolvimento
Mesmo que a pílula esteja adequada para e você esteja tomando corretamente, seu uso pode causar
alguns efeitos colaterais. Não podemos esquecer que ela é um medicamento, e como tal pode causar
reações não desejadas em nosso corpo. Veja os principais efeitos colaterais esperados da pílula
anticoncepcional:

• DORES DE CABEÇA
• REDUÇÃO DA LIBÍDO
• NÁUSEAS

Além disso, existe uma série de efeitos adversos que podem acontecer quando a pílula não está
adequada ou seu uso está sendo feito de maneira incorreta. Vamos falar sobre esses efeitos ao longo
do texto.
Considerações finais

Assim como qualquer outro medicamento, a pílula possui contraindicações e efeitos


colaterais. O uso de anticoncepcionais por algumas mulheres, contudo, pode aumentar o
risco de complicações vasculares como trombose venosa profunda, embolia pulmonar,
infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Por isso é importante de consultar
um médico antes de optar por determinada pílula.
O uso de medicamentos anticoncepcionais pode ser benéfico, contanto que o usuário
procure acompanhamento médico, já que o uso desses medicamentos varia das
individualidades de cada pessoa, suas necessidades e estilos de vida.
Referências:
Resumo Sobre Pílulas Anticoncepcionais: http://www.petquimica.ufc.br/breve-resumo-sobre-pilulas-
anticoncepcionais/

Pílulas anticoncepcionais: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/pilula.htm

Método anticonpecional: https://mundoeducacao.uol.com.br/sexualidade/pilula-anticoncepcional.htm

Métodos contraceptivos: https://www.gineco.com.br/saude-feminina/metodos-contraceptivos/pilula-


anticoncepcional#:~:text=A%20p%C3%ADlula%20anticoncepcional%20%C3%A9%20um,tipos%20de%20c%C3%A2nc
er%20de%20%C3%BAtero.

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