Você está na página 1de 13

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

Faz parte do planejamento familiar:


1- Métodos comportamentais - tabelinha (método de
Ogino-Knaus), temperatura basal, muco cervical (método de
Billings), sintotérmico, coito interrompido e lactação.
2- Métodos de Barreira – Preservativos, diafragmas,
espermicida, capuz cervical e esponjas contraceptivas.
3- Métodos hormonais – orais, injetáveis, anéis vaginais,
adesivos cutâneos.
4- Larcs’s (métodos reversíveis de longa duração) – DIU,
SIU (sistema intrauterino) e implante subdérmico.
5- Métodos irreversíveis – Laqueadura de trompas
uterinas e vasectomia.

• Não existe um melhor método, e sim o que se adeque melhor a cada paciente, de acordo com sua idade, fatores
de risco associados, patologias prévias e interesse (pessoal), como o caso da amenorreia.
• No SUS há disponível: Vasectomia, laqueadura, DIU de cobre, preservativos, anticoncepcional oral combinado,
minipílula, injetável mensal e trimestral e pílula anticoncepcional de emergência.
• O uso de preservativos deve sempre ser indicado, tanto para aumentar a % da contracepção (métodos
combinados), como também para evitar o risco de contrair uma IST.

CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
CONTRACEPTIVOS COMBINADOS

• Pílulas com uma dosagem maior de estrogênio


podem ajudar as mulheres que têm SOP com
aumento de testosterona, pois este hormônio
aumenta a produção hepática de SHBG
(globulina carreadora de hormônios sexuais), que
faz com que uma menor fração de testosterona
livre seja circulante, e sim acoplada à essa
globulina.
• O estrogênio está relacionado ao maior risco
trombogênico.

ORAL COMBINADO
• Contraceptivos orais (COs) mimetizam hormônios ovarianos. Depois de ingeridos, eles inibem a liberação do
hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) pelo hipotálamo, inibindo assim a liberação dos hormônios da
hipófise que estimulam a ovulação. Também afetam a mucosa do útero e causam espessamento do muco cervical,
tornando-o impermeável aos espermatozoides. Se usado de forma consistente e correta, anticoncepcionais orais
são uma forma eficaz de contracepção e podem ser iniciados a qualquer momento na vida de uma mulher até
a menopausa, podendo estes serem uma combinação de estrogênio e progesterona ou somente progesterona
• Para a maioria dos contraceptivos orais de combinação, uma pílula ativa (estrogênio mais progesterona) é tomada
diariamente durante 21 a 24 dias. Em seguida, uma pílula (placebo) inativa ou não, é tomada diariamente por 4 a
7 dias para permitir a interrupção do sangramento. A maioria dos COs combinados contém 10 a 35 mcg de
etinilestradiol. Essa dose é considerada baixa e geralmente são mais indicadas do que COs de dose mais alta (50
mcg de estrogênio), uma vez que as fórmulas com dosagens menores se mostram igualmente efetivas e têm
menos efeitos adversos, exceto por uma maior incidência de sangramento vaginal irregular durante os primeiros
meses de uso.

ANEL VAGINAL (COMBINADO)


• O anel vaginal é um pequeno anel flexível de superfície lisa, não porosa e não absorvente, que contém etonogestrel
e etinilestradiol. Deve ser colocado na vagina, no formato de um 8, na parte superior, uma região bastante elástica
e não sensível ao toque, no 5º dia da menstruação, permanecendo nessa posição durante três semanas (21 dias).
Após a retirada do anel, deve-se fazer uma pausa de 7 dias e um novo anel deve ser utilizado, o qual se recomenda
o uso de preservativo neste período.
• O anel libera os hormônios etonogestrel (progestagênio) e etinilestradiol (estrogênio), que entram na corrente
sanguínea e atuam inibindo a ovulação. Não é indicado para mulheres com doenças no fígado, câncer de mama,
risco de trombose, suspeita de gravidez, fumantes, hipertensão, cefaleias com alterações neurológicas, diabetes
ou com alergia a um dos componentes. No período de amamentação não pode ser utilizado e deve ser substituído
por outro.
INJETÁVEL COMBINADO – MENSAL
• As diferentes formulações dos anticoncepcionais hormonais injetáveis combinados contêm um éster de estrogênio
natural, o estradiol, e um progestogênio sintético. Inibem a ovulação e tornam o muco cervical espesso, impedindo
a passagem dos espermatozoides. A primeira opção deve recair sobre os injetáveis mensais que contenham 5 mg
de estrogênio. A primeira injeção deve ser feita até o 5º dia do início da menstruação e as aplicações
subsequentes devem ocorrer a cada 30 dias, mais ou menos 3 dias, independentemente da menstruação. Se
houver atraso de mais de três dias para a nova injeção, a mulher deve ser orientada para o uso do preservativo,
espermaticida ou evitar relações sexuais até a próxima injeção.

ISOLADO DE PROGESTERONA

SPOTTING – Sangramento de escape por atrofia do endométrio que pode fazer com que os vasos fiquem mais
expostos levando a estes sangramentos, que pode ser como uma “borra de café”, de pequena quantidade que pode
ou não incomodar a paciente.
PROGESTERONA ORAL ISOLADO – SEM PAUSA
• Para que sejam eficazes, COs somente de progesterona devem ser tomados na mesma hora do dia, todos os dias.
Nenhuma pílula inativa é incluída. Os COs somente de progesterona fornecem contracepção eficaz, principalmente
porque espessam o muco cervical e impedem que o espermatozoide atravesse o canal cervical e a cavidade
endometrial para fertilizar o óvulo. Em alguns ciclos, esses anticoncepcionais orais também suprimem a ovulação,
mas esse não é o efeito principal do mecanismo de ação (50% dos casos). Efeitos adversos comuns incluem
sangramentos menstruais de escape. Os COs somente de progesterona são comumente prescritos quando as
mulheres desejam tomar COs, mas o estrogênio é contraindicado. As taxas de gestação com o uso perfeito e
típico de anticoncepcionais orais somente de progesterona são semelhantes àquelas com anticoncepcionais orais
combinados.
• Nas lactantes, o uso deve ser iniciado após 6 semanas do parto e nas não-lactantes, seu uso é contínuo após o
término da cartela (35 comprimidos). Portanto, não deve haver interrupção entre uma cartela e outra nem
durante a menstruação. A usuária deve ser alertada sobre as possíveis alterações no padrão menstrual (intervalo,
duração e sangramentos intermenstruais)
A- O estrogênio aumenta a produção de aldosterona e causa retenção de sódio, o que pode acarretar
aumento relacionado com a dose e reversível da pressão arterial e de peso (até 2 kg). O ganho
ponderal pode ser acompanhado por distensão e edema.
B- A maioria dos progestágenos utilizados em anticoncepcionais orais está relacionada com 19-
nortestosterona e é androgênica. Norgestimato, etonogestrel e desogestrel são menos androgênicos
do que levonorgestrel, noretindrona, acetato de noretindrona e diacetato de etinodiol. Os efeitos
androgênicos podem incluir acne, irritabilidade e um efeito anabólico resultando em aumento de
peso. Se uma mulher ganha > 4,5 kg/ano, um contraceptivo oral menos androgênico deverá ser
procurado. Progesteronas antiandrogênicas mais recentes de 4ª geração incluem dienogeste e
drospirenona (relacionada com espironolactona, um diurético)

TRIMESTRAL – PROGESTERONA (INJETÁVEL)


• O acetato de medroxiprogesterona de depósito (DMPA) é uma formulação injetável do acetato de
medroxiprogesterona de longa duração em uma suspensão cristalina. Pode ser administrado como uma injeção
IM (150 mg) a cada 3 meses. O local da injeção não deve ser massageado porque fazer isso pode aumentar a
taxa de absorção. Os níveis séricos hormonais contraceptivos eficazes são geralmente alcançados nas primeiras
24 h após a injeção e são mantidos durante pelo menos 14 semanas, embora os níveis possam permanecer
eficazes por até 16 semanas. Se o intervalo entre as injeções for > 16 semanas, um teste de gestação é necessário
para excluir gestação antes da próxima injeção. Pode-se iniciar o DMPA imediatamente (um protocolo de início
rápido) se for administrado nos primeiros 5 a 7 dias do ciclo menstrual. Se ele não for iniciado durante esse
período de tempo, um método contraceptivo alternativo deve ser utilizado concomitantemente, durante 7 dias.
• O efeito adverso mais comum do DMPA é sangramento vaginal irregular. No 3º mês após a primeira injeção de
DMPA, cerca de 30% das mulheres têm amenorreia. Mais 30% têm sangramento de escape ou sangramento
irregular (em geral leve) por cerca de > 11 dias/mês. Apesar dessas anomalias hemorrágicas, anemia costuma não
ocorrer. Com o uso contínuo, o sangramento tende a diminuir e após 2 anos, cerca de 70% dos usuários de DMPA
têm amenorreia.
• As mulheres caracteristicamente ganham 1,5 a 4 kg (pode chegar a 10 kg) no primeiro ano de uso do DMPA,
continuando a ganhar peso a partir de então. Como considera-se que alterações no apetite são responsáveis, e
não no metabolismo, mulheres que desejam utilizar o DMPA são geralmente aconselhadas a limitar a ingestão
calórica e aumentar o gasto energético.
• A cefaleia é um motivo comum para interromper o uso de DMPA, mas a gravidade tende a diminuir com o tempo.
A maioria das mulheres em uso de DMPA não tem cefaleias, e as cefaleias de tensão preexistentes ou enxaquecas
normalmente não pioram. O DMPA pode ser uma opção contraceptiva apropriada para mulheres com um distúrbio
convulsivo porque não interage com anticonvulsivantes que induzem enzimas hepáticas.
IMPLANTE SUBDÉRMICO – LEVONORGESTREL
• Implante de progesterona (levonorgestrel), com validade para 3 anos. É um implante de haste única de 4 cm
que pode ser inserido subdermicamente por meio de um trocarte; o local de inserção é sobre o tríceps braquial
— cerca de 8 a 10 cm do epicôndilo medial do úmero e 3 a 5 cm posterior (abaixo) ao sulco entre o bíceps e o
tríceps braquial. Deve-se evitar o sulco entre o bíceps braquial e o tríceps braquial. Nenhuma incisão na pele é
necessária. Pode ser inserido em qualquer momento durante o ciclo menstrual, mas se ocorreu relação sexual
desprotegida no mês passado, outro método contraceptivo deve ser utilizado concomitantemente até que a
gestação possa ser excluída de forma confiável por um teste de gestação negativo ou pela ocorrência posterior
da menstruação. Se o implante é inserido durante os primeiros 5 dias do ciclo menstrual, não é necessário
qualquer método alternativo, caso não for inserido durante esse período de tempo, um método contraceptivo
alternativo deve ser utilizado concomitantemente por pelo menos 7 dias.
• Os efeitos colaterais mais comuns são similares àqueles das outras progesteronas (sangramento vaginal irregular,
amenorreia, cefaleia). A remoção do implante, normalmente feita quando o implante não é mais eficaz, exige
uma incisão na pele.
DISPOSITIVOS E/OU SISTEMAS INTRAUTERINOS

DIU DE COBRE:

QUAL O MELHOR MÉTODO CONTRACEPTIVO PARA PACIENTES COM LES E ANTICORPOS ANTIFOSFOLÍPIDE
POSITIVO OU DESCONHECIDO – DIU DE COBRE
O dispositivo intrauterino é um pequeno dispositivo de plástico em forma
de T revestido por cobre que tem sua vida útil de 10 anos. É um método
contraceptivo altamente confiável, com mais de 99% de eficácia, com
poucos efeitos adversos e seguro para a maioria das pacientes, incluindo
adolescentes e mulheres que nunca estiveram grávidas.
O DIU não é um método abortivo, este exerce seu efeito anticoncepcional
de diversas forma, tais como: Alterações no muco cervical (muco do
útero), estimuladas pelo cobre, que inibem a mobilidade dos
espermatozoides, dificultando a sua chegada ao óvulo; Irritação crônica
do endométrio (parede do útero) e das trompas de Falópio, que têm
efeitos espermicidas, inibem a fertilização e a implantação do ovo no útero e Atrofia e adelgaçamento glandular do
endométrio, que inibe a implantação do ovo ao útero.
Colocação: A mulher deve estar menstruada (facilita pois o útero estar mais pérvio - facultativo) ou que tenha BHCG.
Após a colocação deve-se verificar sua posição, retorno com 15 e 3 dias. Após este período a avaliação é anual.
• Contraindicações: Anormalidades anatômicas do útero: útero bicorno, estenose cervical e grandes miomas que
distorçam a cavidade uterina. Obs.: miomas que não causem distorções relevantes do útero ou que não atrapalhem
a implantação do DIU não são contraindicações.
• Infecção ginecológica ativa: mulheres com infecções do tipo DIP (doença inflamatória pélvica), endometrite,
cervicite, tuberculose pélvica, vaginose, gonorreia ou clamídia não podem utilizar o DIU até que estejam
plenamente curadas por, pelo menos, 3 meses.
• Gravidez presente ou suspeita: mulheres grávidas não podem usar dispositivo intrauterino, pois há elevado risco
de aborto.
• Câncer uterino: mulheres com câncer do endométrio ou do colo do útero não devem utilizar o DIU.
• Sangramento ginecológico de origem não esclarecida: antes da implantação do DIU, qualquer sangramento
anormal deve ser investigado.
• Alergia ao cobre: mulheres com alergia conhecida ao cobre não devem utilizar o dispositivo intrauterino revestido
por este metal.
Quando dar preferência ao dispositivo intrauterino de cobre
1- O DIU de cobre é a melhor opção para mulheres que precisam evitar hormônios exógenos, como nos casos
de pacientes com câncer de mama nos últimos 5 anos.
2- Deve ser a escolha para a mulheres que não querem ter redução do seu fluxo menstrual habitual. O SIU, por
conter progesterona, pode alterar o fluxo menstrual e provocar sangramentos de escape.
3- Mulheres que desejam uma contracepção muito longa, podem preferir o DIU de cobre, pois este, após
implantado, pode permanecer no útero por até 10 anos, ao contrário do SIU que precisa ser trocado com 5
anos.
SIU (HORMONAL - PROGESTERONA)

Composto de Progesterona (levonorgestrel), tanto o MIRENA quanto o KYLEENA.


Vida útil: 5 anos e seu mecanismo de ação é similar ao DIU de cobre, portanto, age inicialmente impedindo o encontro
do espermatozoide com o óvulo. Caso haja falha nesta parte, o dispositivo intrauterino também atrapalha o processo
de fecundação do óvulo. Se também houver falha nesta segunda fase, o DIU consegue impedir que o ovo fecundado
evolua ou se implante no útero.
• Contraindicações: Anormalidades anatômicas do útero: útero bicorno, estenose cervical e grandes miomas que
distorçam a cavidade uterina. Obs.: miomas que não causem distorções relevantes do útero ou que não atrapalhem
a implantação do DIU não são contraindicações.
• Infecção ginecológica ativa: mulheres com infecções do tipo DIP (doença inflamatória pélvica), endometrite,
cervicite, tuberculose pélvica, vaginose, gonorreia ou clamídia não podem utilizar o DIU até que estejam
plenamente curadas por, pelo menos, 3 meses.
• Gravidez presente ou suspeita: mulheres grávidas não podem usar dispositivo intrauterino, pois há elevado risco
de aborto.
• Câncer uterino: mulheres com câncer do endométrio ou do colo do útero não devem utilizar o DIU.
• Sangramento ginecológico de origem não esclarecida: antes da implantação do DIU, qualquer sangramento
anormal deve ser investigado.
• Câncer de mama: mulheres com câncer de mama não devem utilizar o DIU Mirena (SIU), que contém o hormônio
progesterona.
• Doenças do fígado: mulheres com doenças hepáticas também não devem utilizar o DIU Mirena (SIU).
• Alergia ao cobre: mulheres com alergia conhecida ao cobre não devem utilizar o dispositivo intrauterino revestido
por este metal.

PROBABILIDADE DE FALHA (%) DOS MÉTODOS


APRESENTAÇÕES

CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE (PROVA)

Você também pode gostar