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• Não existe um melhor método, e sim o que se adeque melhor a cada paciente, de acordo com sua idade, fatores
de risco associados, patologias prévias e interesse (pessoal), como o caso da amenorreia.
• No SUS há disponível: Vasectomia, laqueadura, DIU de cobre, preservativos, anticoncepcional oral combinado,
minipílula, injetável mensal e trimestral e pílula anticoncepcional de emergência.
• O uso de preservativos deve sempre ser indicado, tanto para aumentar a % da contracepção (métodos
combinados), como também para evitar o risco de contrair uma IST.
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
CONTRACEPTIVOS COMBINADOS
ORAL COMBINADO
• Contraceptivos orais (COs) mimetizam hormônios ovarianos. Depois de ingeridos, eles inibem a liberação do
hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) pelo hipotálamo, inibindo assim a liberação dos hormônios da
hipófise que estimulam a ovulação. Também afetam a mucosa do útero e causam espessamento do muco cervical,
tornando-o impermeável aos espermatozoides. Se usado de forma consistente e correta, anticoncepcionais orais
são uma forma eficaz de contracepção e podem ser iniciados a qualquer momento na vida de uma mulher até
a menopausa, podendo estes serem uma combinação de estrogênio e progesterona ou somente progesterona
• Para a maioria dos contraceptivos orais de combinação, uma pílula ativa (estrogênio mais progesterona) é tomada
diariamente durante 21 a 24 dias. Em seguida, uma pílula (placebo) inativa ou não, é tomada diariamente por 4 a
7 dias para permitir a interrupção do sangramento. A maioria dos COs combinados contém 10 a 35 mcg de
etinilestradiol. Essa dose é considerada baixa e geralmente são mais indicadas do que COs de dose mais alta (50
mcg de estrogênio), uma vez que as fórmulas com dosagens menores se mostram igualmente efetivas e têm
menos efeitos adversos, exceto por uma maior incidência de sangramento vaginal irregular durante os primeiros
meses de uso.
ISOLADO DE PROGESTERONA
SPOTTING – Sangramento de escape por atrofia do endométrio que pode fazer com que os vasos fiquem mais
expostos levando a estes sangramentos, que pode ser como uma “borra de café”, de pequena quantidade que pode
ou não incomodar a paciente.
PROGESTERONA ORAL ISOLADO – SEM PAUSA
• Para que sejam eficazes, COs somente de progesterona devem ser tomados na mesma hora do dia, todos os dias.
Nenhuma pílula inativa é incluída. Os COs somente de progesterona fornecem contracepção eficaz, principalmente
porque espessam o muco cervical e impedem que o espermatozoide atravesse o canal cervical e a cavidade
endometrial para fertilizar o óvulo. Em alguns ciclos, esses anticoncepcionais orais também suprimem a ovulação,
mas esse não é o efeito principal do mecanismo de ação (50% dos casos). Efeitos adversos comuns incluem
sangramentos menstruais de escape. Os COs somente de progesterona são comumente prescritos quando as
mulheres desejam tomar COs, mas o estrogênio é contraindicado. As taxas de gestação com o uso perfeito e
típico de anticoncepcionais orais somente de progesterona são semelhantes àquelas com anticoncepcionais orais
combinados.
• Nas lactantes, o uso deve ser iniciado após 6 semanas do parto e nas não-lactantes, seu uso é contínuo após o
término da cartela (35 comprimidos). Portanto, não deve haver interrupção entre uma cartela e outra nem
durante a menstruação. A usuária deve ser alertada sobre as possíveis alterações no padrão menstrual (intervalo,
duração e sangramentos intermenstruais)
A- O estrogênio aumenta a produção de aldosterona e causa retenção de sódio, o que pode acarretar
aumento relacionado com a dose e reversível da pressão arterial e de peso (até 2 kg). O ganho
ponderal pode ser acompanhado por distensão e edema.
B- A maioria dos progestágenos utilizados em anticoncepcionais orais está relacionada com 19-
nortestosterona e é androgênica. Norgestimato, etonogestrel e desogestrel são menos androgênicos
do que levonorgestrel, noretindrona, acetato de noretindrona e diacetato de etinodiol. Os efeitos
androgênicos podem incluir acne, irritabilidade e um efeito anabólico resultando em aumento de
peso. Se uma mulher ganha > 4,5 kg/ano, um contraceptivo oral menos androgênico deverá ser
procurado. Progesteronas antiandrogênicas mais recentes de 4ª geração incluem dienogeste e
drospirenona (relacionada com espironolactona, um diurético)
DIU DE COBRE:
QUAL O MELHOR MÉTODO CONTRACEPTIVO PARA PACIENTES COM LES E ANTICORPOS ANTIFOSFOLÍPIDE
POSITIVO OU DESCONHECIDO – DIU DE COBRE
O dispositivo intrauterino é um pequeno dispositivo de plástico em forma
de T revestido por cobre que tem sua vida útil de 10 anos. É um método
contraceptivo altamente confiável, com mais de 99% de eficácia, com
poucos efeitos adversos e seguro para a maioria das pacientes, incluindo
adolescentes e mulheres que nunca estiveram grávidas.
O DIU não é um método abortivo, este exerce seu efeito anticoncepcional
de diversas forma, tais como: Alterações no muco cervical (muco do
útero), estimuladas pelo cobre, que inibem a mobilidade dos
espermatozoides, dificultando a sua chegada ao óvulo; Irritação crônica
do endométrio (parede do útero) e das trompas de Falópio, que têm
efeitos espermicidas, inibem a fertilização e a implantação do ovo no útero e Atrofia e adelgaçamento glandular do
endométrio, que inibe a implantação do ovo ao útero.
Colocação: A mulher deve estar menstruada (facilita pois o útero estar mais pérvio - facultativo) ou que tenha BHCG.
Após a colocação deve-se verificar sua posição, retorno com 15 e 3 dias. Após este período a avaliação é anual.
• Contraindicações: Anormalidades anatômicas do útero: útero bicorno, estenose cervical e grandes miomas que
distorçam a cavidade uterina. Obs.: miomas que não causem distorções relevantes do útero ou que não atrapalhem
a implantação do DIU não são contraindicações.
• Infecção ginecológica ativa: mulheres com infecções do tipo DIP (doença inflamatória pélvica), endometrite,
cervicite, tuberculose pélvica, vaginose, gonorreia ou clamídia não podem utilizar o DIU até que estejam
plenamente curadas por, pelo menos, 3 meses.
• Gravidez presente ou suspeita: mulheres grávidas não podem usar dispositivo intrauterino, pois há elevado risco
de aborto.
• Câncer uterino: mulheres com câncer do endométrio ou do colo do útero não devem utilizar o DIU.
• Sangramento ginecológico de origem não esclarecida: antes da implantação do DIU, qualquer sangramento
anormal deve ser investigado.
• Alergia ao cobre: mulheres com alergia conhecida ao cobre não devem utilizar o dispositivo intrauterino revestido
por este metal.
Quando dar preferência ao dispositivo intrauterino de cobre
1- O DIU de cobre é a melhor opção para mulheres que precisam evitar hormônios exógenos, como nos casos
de pacientes com câncer de mama nos últimos 5 anos.
2- Deve ser a escolha para a mulheres que não querem ter redução do seu fluxo menstrual habitual. O SIU, por
conter progesterona, pode alterar o fluxo menstrual e provocar sangramentos de escape.
3- Mulheres que desejam uma contracepção muito longa, podem preferir o DIU de cobre, pois este, após
implantado, pode permanecer no útero por até 10 anos, ao contrário do SIU que precisa ser trocado com 5
anos.
SIU (HORMONAL - PROGESTERONA)