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Ciclo Menstrual
Fisiologia
o A mulher já nasce com todos os seus folículos primordiais
o Ao nascimento o número está por volta de 1 milhão
o A mulher vai perdendo folículos desde a vida intrauterina
o Eixo:
Hipotálamo -> secreta GnRH de maneira pulsátil (varia em frequência e amplitude) para
regular a liberação de FSH e LH
Hipófise (adenohipófise) -> Libera gonadotrofinas (FSH e LH)
Ovário -> Desenvolvimento folicular + Esteroidogênese ovariana
Útero -> Preparo endometrial
Ciclo ovariano
Folicular -> aumento do FSH e recrutamento folicular
o Seleção do folículo dominante (tem + receptores para FSH)
o Característica: aumento do estrogênio e inibina B (inibem a secreção de FSH)
o Como forma o estrogênio (Teoria 2 células X 2 Gonadotrofinas):
TECA: o androgênio será a base para a produção de estrogênio. O LH induz a
conversão de Colesterol em androstenediona -> <- testosterona
GRANULOSA: O FSH estimula a aromatização da androstenediona -> <- testosterona
em Estrona -> <- Estradiol (mais potente)
Contracepção // Anticoncepção
Para escolha do método:
o Facilidade de uso
o Reversibilidade
o Índice de Pearl (segurança)
Sem nenhum tipo de proteção: Pearl = 85
Bom índice é > 4
Mecanismo de ação
o Comportamentais
Tabelinha, Curva térmica, Muco cervical
Tentam prever a ovulação
Baixa eficácia
Não devemos estimular
o Barreira
Condon (preservativo)
Importância grande para prevenção de ISTs
Pearl (uso típico): 18 masculino // 21 feminino
Baixa eficácia
Sempre reforçar o uso para todos os pacientes
o Amenorreia da lactação
3 parâmetros fundamentais:
Amamentação exclusiva
Amenorreia
Até 6 meses
o Hormonais sistêmicos
Progesterona
Minipílula
o Mecanismo de ação: altera o muco cervical e atrofia o endométrio
o Não é um bom método anovulatório
o Ideal: amamentando ou peri-menopausa
Pílula de Desorgestrel 75 mcg: anovulação em até 97% dos casos, mas não é
minipílula
Injetável Trimestral // Implante Subdérmico
o Mecanismo de ação: altera o muco, atrofia o endométrio e promove anovulação
Contraindicações
o Categoria 3: gravidez, tumor hepático, HAS grave, AVE, TVP e TEP aguda...
o Categoria 4: CA de mama atual
Estrogênio + Progesterona
ACO // Anel Vaginal // Adesivo // Injeção Mensal
o Mecanismo de ação: alteram o muco cervical, atrofia o endométrio, altera a
motilidade tubária e promove anovulação (principal mecanismo de ação)
o Contraindicações
Contraindicações
o Gestação, Aleitamento < 6 meses, CA de mama atual, Fumo após 35 anos, IAM //
TVP // TEP e AVE atuais ou prévios, enxaqueca com aura
o Benefícios: diminuiu o risco de CA de ovário e endométrio, diminuí o fluxo e
dismenorreia, diminui a Síndrome Pré-menstrual (TPM)
o DIU
LARC: contraceptivo reversível de longa ação (implante subdérmico também)
Não promove anovulação; aumenta o risco de gravidez ectópica
Cobre
Mecanismo de ação: ação irritativa, inflamatória e espermicida
Aumenta a dismenorreia e fluxo
Duração: até 10 anos
Progesterona
Mecanismo de ação: atrofia o endométrio e torna o muco hostil
Diminui a dismenorreia e fluxo
Pode promover amenorreia em 50% das usuárias no fim do primeiro ano
Duração: até 5 anos
Contraindicações: gravidez, sangramento inexplicado uterino, distorção ou infecção da
cavidade uterina, CA de colo e endométrio, CA de mama contraindica o DIU de
progesterona, entre 48h e 4 semanas pós-parto
o Esterilização cirúrgica – laqueadura tubária
Indicações
> 25 anos OU >/= 2 filhos vivos, com capacidade civil plena. Não é mais necessário
autorização do cônjuge
Fora do parto/aborto -> mínimo de 42 dias após
o 2 situações especiais, SE virou cesárea:
Cesariana de repetição
Patologia de risco materno elevado
> 60 dias entre a vontade e cirurgia
Contraindicações
o Critérios de elegibilidade da OMS
Categoria 1: use livremente
Categoria 2: usar com cautela
Categoria 3: contraindicação relativa
Categoria 4: contraindicação absoluta
Qual o melhor método contraceptivo quando em uso típico, no primeiro ano (menor índice de Pearl)?
IMPLANTE SUBDÉRMICO
Contracepção de emergência
o 1a fase do ciclo: impede/posterga ovulação
o 2a fase do ciclo: altera o muco, tornando-o espesso e hostil
o Levonorgestrel
1cp 1,5 mg, dose única
Mais eficaz e possui menos efeitos adversos
o Método de Yuzpe
100 mcg estradiol + 0,5 mg levonorgestrel 12/12h, 1 dia
Os androgênios são os esteroides sexuais predominantes na mulher. O mais importante pela potência
biológica á a Testosterona. Estima-se que 25% seja de origem adrenal, 25% sintetizada na Teca e 50%
por conversão periférica. O mais abundante é o SHBG (sulfato de dehidroepiandrosterona.
Considera-se biodisponível a T que circula livre ou ligada a albumina.
Podemos usar a SHBG como marcador indireto do androginismo feminino e, possivelmente, como fator
independente de risco para doença cardiovascular.
O SHBG decresce na obesidade, no hipotireoidismo, nos excessos de insulina/hormônio do
crescimento/glicocorticóides e na elevação sérica de T. Cresce no processo fisiológico do
envelhecimento e em resposta às concentrações de tiroxina e estradiol.
o Composição corporal
Decréscimo da massa magra
Diminuição do metabolismo basal
Propicia o acúmulo de gordura corporal
o Massa óssea
Redução da massa óssea
Risco aumentado de fraturas
Diagnóstico
o Quantificação da T e da TL
o Determinação do índice da testosterona livre (ITL)
o Para diagnóstico de deficiência androgênica, é necessário que as concentrações séricas de TL,
obtidas pela manhã e dosadas por métodos convencionais, se encontrem no quartil inferior dos
valores de referência.
o Dosagem de SDHEA (somente na suspeita de insuficiência androgênica de causa adrenal).
Reposição androgênica
o Metiltestoterona, VO, 1,25 e 2,5 mg associadas respectivamente a 0,625 e 1,25 mg de estrogênios
conjugados -> tratamento de sintomas vasomotores resistentes à estrogenioterapia convencional.
o Decanoato de Nandrolona, IM, 25-50 mg a cada 6-12 semanas -> osteoporose pós-menopausa (sem
influência na libido).
o Implante de Testosterona Cristalina, 50-100 mg, SC da parede abdominal anterior, a cada 3-6
meses -> ganho de massa óssea e melhora da libido.
o Vias alternativas: percutânea (gel ou creme), vaginal (anel ou gel) e sublingual.
o Efeitos colaterais
Hepatite colestática
Icterícia
Hipercalcemia
Policitemia
Sinais de virilização
Retenção hidroeletrolítica
Hipertrofia clitoridiana
Insuficiência hepática
Carcinoma hepatocelular
Alopécia
Acne
Hirsutismo
Ganho de peso
Cefaléia
Nervosismo
Rash cutâneo
o Potenciais risco
Aterosclerose
Risco de trombose
Resistência insulínica
Centralização de gordura corporal, com acúmulo de gordura intra-abdominal