CONTRACEPTIVOS ORAIS
Não há necessidade de interromper o uso.
Escolha do método:
 Facilidade de acesso e uso
 Custo
 Eficácia
 Reversibilidade ou permanência
 Prevenção de ISTs
 Efeitos adversos
 Contraindicações médicas
Estrogênios (tem meia vida curta): estradiol, estrona,
etinilestradiol, mestranol.
Progestágenos (tem efeito androgênico, pode se ligar a
receptores de testosterona): desogestrel, drospirenona,
etonogestrel, levonorgestrel, progesterona, noretindrona.
PROGESTÁGENOS
1ª geração: estranos (testosterona) e progesterona.
2ª geração: gonanas (testosterona). Maior atividade
progestogênica.
3ª geração: menor potencial androgênico – desogestrel,
norgestimato e gestodeno.
4ª geração: não tem efeito androgênico – drospirenona,
trimegestona.
 Ação
Ligação do hormônio esteroide no seu receptor causando
mudanças conformacionais no receptor que descobrem seu
domínio ligador de DNA.
O complexo receptor-esteroide interage com DNA. O
complexo hormônio-receptor em associação com proteínas
controla a transcrição dos genes-alvo.
 Indicações
Contracepção;
Reposição hormonal pós-menopausa;
Hipogonadismo;
Insuficiência ovariana prematura.
ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS
1. ORAIS
Combinados;
Progesterona.
2. INJETÁVEIS
Mensais (estrogênio + progestágeno);
Trimestrais (progestágeno).
Progesterona: implante subdérmico, DIU.
Combinados: anel vaginal, adesivo.
ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS
Normalmente etinilestradiol de estrogênio.
Pode ser de baixa dosagem 35mcg ou média 50mcg.
 Ação
Eixo hipotálamo-hipófise: bloqueio da liberação de
gonadotrofinas – supressão do pico de LH, bloqueando a
ovulação.
Endométrio: atrofia imprópria à nidação.
Muco cervical: opaco e espesso, impedindo acesso dos
espermatozoides.
Muito eficazes quando uso correto.
Promovem ciclos menstruais regulares.
Diminuem fluxo menstrual.
Melhorar dismenorreia e síndrome pré-menstrual.
Podem ser usados desde adolescência até menopausa.
A fertilidade retorna após interrupção do uso.
 Efeitos adversos
Náuseas, vômitos, mal-estar gástrico, mastalgia, cefaleia
leve.
Efeitos secundários: ganho de peso, cloasma/ Melasma,
alterações do ciclo menstrual, alteração de humor.
 Complicações
AVC, IAM, trombose venosa profunda.
 Interações medicamentosas
Diminuem efeito hormonal: rifampicina, ritonavir,
anticonvulsivantes.
Diminuem efeito terapêutico: ansiolíticos, anti-
hipertensivos, hipoglicemiantes, anticoagulantes.
 Modo de uso
No 1º mês de uso: primeiro cp no primeiro dia do ciclo.
21 pílulas: ao final da cartela, pausa de 7 dias.
22 pílulas: ao final, pausa de 6 dias.
28 pílulas: ao final, iniciar nova cartela.
- Se esqueceu 1 pílula: tomar quando lembrou e continua o
horário regularmente.
- Se esquecer 2 ou mais: usar método de barreira ou evitar
relações por 7 dias. Tomar uma pílula imediatamente. Se
restam 7 ou mais pílulas: tomar o restante como de costume.
Se tiver menos de 7: tomar o restante como de costume e
iniciar nova cartela assim que finalizar, sem interrupção.
 Indicações
Ciclo irregular, mioma uterino, 21 dias pós-parto sem
lactação, tuberculose.
 Não usar
Durante lactação, neoplasias hormônio-dependentes, câncer
de mama, idade maior ou igual a 35 anos e fumante.
 Complicações
Náuseas: sugerir tomar a noite.
Cefaleia leve: AINE.
Efeitos secundários menores que duram mais de 3 meses:
usar injetável.
PÍLULA DE EMERGÊNCIA
Levonorgestrel.
No máximo 72h após a relação.
Eficácia maior em tempo menor.
ANTICONCEPCIONAIS PROGESTÁGENOS
Minipílula e média dose.
Lactantes: 6 semanas após o parto.
Não lactantes: imediatamente após o parto.
Pós-aborto: imediatamente após aborto.
Idade de 16 anos ou mais.
Efeitos secundários: quando usados fora da amamentação,
são comuns alterações do ciclo menstrual, cefaleia,
sensibilidade mamária.
Não usar em histórico de AVC, doença cardíaca, cefaleia
grave, câncer.
ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL MENSAL
1. Mulher 39 anos, quer receita de contraceptivos
Combinação de estradiol com progestágeno.
orais. Tabagista. Médico se recusa por ter chance
Alta eficácia.
de complicações:
Absorção independe do trato GI.
a. TVP e acidente vascular cerebral
Melhora dismenorreia e TPM.
Menor frequência de alterações menstruais quando
2. Mulher 25 anos, toma pílula anticoncepcional oral,
comparado ao trimestral. Fertilidade retorna mais rápido
quer interromper por efeito colateral. A que ela usa
também.
inibe ovulação impedindo aumento de LH. Quais
efeitos ela está experimentando?
 Modo de uso a. Diaforese
1ª injeção no primeiro dia da menstruação; b. Tontura e zumbido
Aplicações subsequentes a cada 30 dias mais ou menos 3 c. Sangramento não esperado
dias, independente da menstruação. d. Constipação
Deve aplicar sempre no glúteo IM, sem massagem ou Inibe ovulação: pílula de progestágeno.
aplicação de calor local.

 Efeitos adversos
Alterações menstruais, cefaleia, náusea e/ou vômitos,
mastalgia, aumento de peso.

ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL
TRIMESTRAL
Contém apenas progestágeno.
150mg de acetato de medroxiprogesterona.

 Riscos
Redução da densidade mineral óssea.
Não recomendado antes dos 16 anos.
Alteração do metabolismo lipídico.
Atraso no retorno da fertilidade: pode levar 4 meses após
término.

 Benefícios
Pode ser usado por lactantes após 6 semanas de parto.
Não tem complicações relacionadas ao uso de estrogênio.
Reduz sintomas de endometriose e miomatose uterina.
Diminui incidência de câncer de ovário e endométrio.
Pode prevenir anemia ferropriva;
Diminui frequência de crises de epilepsia;
Diminui dor e frequência de crises falciformes.

 Efeitos adversos
Amenorreia;
Sangramento irregular;
Aumento de peso;
Cefaleia.

 Modo de uso
Primeira injeção nos primeiros 5 dias do ciclo;
Aplicações subsequentes: a cada 3 meses, até no máximo 15
dias após a data estipulada.

IMPLANTES CONTRACEPTIVOS
Contém apenas progestágeno.

 Riscos
Implantação incorreta;
Movimentação do dispositivo;
Retenção hídrica;
Quebra do dispositivo.