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Os anticoncepcionais ou contraceptivos orais são métodos hormonais,

que tem como finalidade básica de impedir a concepção. São classificados em


combinados e apenas com progestagênio ou minipílulas.
Anticoncepcionais orais combinados (AOCs)
São compostos por hormônio sintéticos: o estrogênio e o progestagênio, que são
divididos de acordo com a dosagem estrogênica (alta ou baixa) e pela
distribuição dos hormônios nos diferentes momentos do ciclo de ingestão das
pílulas (monofásicos, bifásicos e trifásicos). Eles atuam por meio da inibição da
ovulação e na mudança físico-química do muco cervical e do endométrio. Há
diferentes formulações disponíveis, que mudará a quantidade de dias a serem
tomado os comprimidos e se haverá ou não pausas de uma cartela para outra.
Possuem taxa de falha de 0,1%, no primeiro ano de uso e 6 a 8% em uso
habitual.
-Monofásicos: contém a mesma dosagem de estrógeno e progestagênio em toda
as pílulas da cartela.

Tabela retirada do MISTÉRIO DA SAÚDE.


-Bifásicos e Trifásicos: muda a quantidade e o tipo de hormônio nos diferentes
momentos do ciclo de ingestão das pílulas.

Tabela retirada do MISTÉRIO DA SAÚDE.

Modo de uso:
1. Deve-se tomar o primeiro comprimido no 1º dia do ciclo menstrual (no
máximo até o 5º dia).
2. Ingerir um comprimido ao dia, preferencialmente no mesmo horário até o
termino da cartela.
3. Ao termino da cartela fazer a pausa necessária de dias de acordo com a
respectiva formulação.
4. Ao termino da pausa, iniciar a nova cartela mesmo que não ocorra a
menstruação (1º mês de uso) ou sangramento de privação (a partir do 2º
mês de uso) e procurar o serviço de saúde para descartar a hipótese de
gravidez.
6. Em caso de esquecimento, ingerir a pílula assim que possível e usar
preservativos nas relações sexuais.
Interações medicamentosas:
Alguns medicamentos podem interferir na eficácia anticonceptiva da pílula,
diminuindo os níveis dos hormônios, assim como também pode acontecer da
forma inversa, a pílula altera a eficácia de outros medicamentos. São eles
respectivamente: Os antiretrovirais (ARV) Efavirenz e Nevirapina (não-
nucleosídeos) e os Nelfinavir e Ritonavir (inibidores da protease), disponíveis
para o controle da infecção pelo HIV; anticonvulsivantes, antibióticos e
fungicidas.

Efeitos adversos:
Alterações de humor, náuseas, vômitos, mal-estar gástrico, cefaleia, tonteira,
mastalgia, sangramento intermenstrual, cloasma.
Critérios de elegibilidade clínica para uso:
Categoria 1 - O método pode ser usado sem restrições: 21 dias pós-parto ou
mais, sem lactação, pós aborto, história de pré-eclâmpsia e entre outros.
Categoria 2- O método pode ser usado com restrições. As vantagens geralmente
superam riscos possíveis ou comprovados. Se a mulher escolher esse método,
um acompanhamento mais rigoroso pode ser necessário: HIV positivo ou AIDS,
amamentação 6 meses ou mais pós-parto, fumante com menos de 35 anos de
idade e entre outros.
Categoria 3 - É o método de última escolha. Os riscos possíveis e comprovados
superam os benefícios do método. Caso seja escolhido, um acompanhamento
rigoroso se faz necessário: diabetes com mais de 20 anos de duração ou doença
vascular, cirrose compensada, Idade maior ou igual a 35 anos e fumante (menos
de 20 cigarros/dia) e entre outros.
Categoria 4 - O método não deve ser usado: gravidez, doença tromboembólica
em atividade no momento ou no passado, hipertensão arterial e entre outros.

Riscos Benefícios
• Acidente vascular cerebral. • Redução da doença
inflamatória pélvica (DIP).
• Infarto do miocárdio. Redução da frequência de
cistos funcionais de ovário.
• Trombose venosa profunda • Redução da incidência do
adenocarcinoma de ovário.
• Redução da frequência do
adenocarcinoma de
endométrio.
• Redução da doença benigna
da mama. Redução da
dismenorreia e dos ciclos hiper
menorrágicos.
• Redução da anemia.
Anticoncepcionais orais apenas de progestagênios (minipílulas)
É composto apenas por uma baixa dosagem de progestagênio, que atua no
espessamento do muco cervical, redução da motilidade tubária e inibe a
ovulação em cerca de metade dos ciclos menstruais. São indicados,
preferencialmente, quando há contraindicação no uso de estrogênio. Possuem
taxa de falha no primeiro ano de uso de 0,5% e de 1% em uso habitual.

Tabela retirada do MINISTERIO DA SAÚDE.

Modo de uso:
1. Deve-se se tomar um comprimido ao dia, preferencialmente no mesmo
horário.
2. Não há intervalos de uma cartela para outra
3. Nas lactantes o uso é iniciado após 6 semanas do parto
4. Em caso de vômito e diarreia grave por mais de 24 horas, não interromper
o uso se possível, usar preservativos ou evitar relações sexuais até que
uso da pílula tenha sido normalizado com 7 dias.
5. Em caso de esquecimento, ingerir a pílula assim que possível e usar
preservativos nas relações sexuais.
Interações medicamentosas:
Alguns medicamentos podem reduzir a eficácia da minipílula, são eles:
rifampicina, griseofulvina e antinconvulsivante (fenitoína, carbamazepina,
barbituratos, primidona).
Efeitos adversos:
Alterações no fluxo menstrual, cefaleia, tontura, dor abdominal, náusea e
sensibilidade mamária.
Riscos Benefícios
• Por não conterem o • a diminuição da dismenorreia
estrogênio, possuem menores • menor risco de doença
risco de complicações e inflamatória pélvica, diminuição
praticamente não apresentam dos sintomas de tensão pré-
riscos importantes à saúde menstrual e da mastalgia.
• regime de uso é mais simples e
fixo, todas as pílulas são iguais
na aparência e na dosagem e
não há intervalo livre da pílula.
• O retorno da fertilidade é
imediato após a interrupção.
• utilização em mulheres que
tem contraindicação ou
intolerância aos estrogênios.

Critérios de elegibilidade clínica para uso:


Categoria 1 - O método pode ser usado sem restrições: lactantes: 6 semanas
até 6 meses ou mais pós-parto, não-lactantes, aborto e entre outros
Categoria 2- O método pode ser usado com restrições. As vantagens geralmente
superam riscos possíveis ou comprovados. Se a mulher escolher esse método,
um acompanhamento mais rigoroso pode ser necessário: hipertensão grave,
idade desde a menarca até 16 anos, diabetes com mais de 20 anos de duração
ou com doença vascular (retinopatia, nefropatia, neuropatia) e entre outros.
Categoria 3 - É o método de última escolha. Os riscos possíveis e comprovados
superam os benefícios do método. Caso seja escolhido, um acompanhamento
rigoroso se faz necessário: lactantes com menos de 6 semanas pós-parto,
doença cardíaca isquêmica atual ou no passada, AVC e entre outros.
Categoria 4 - O método não deve ser usado: gravidez e câncer de mama.

REFERÊNCIAS:
FEBRASGO -Manual de Anticoncepção Manual de Anticoncepção. [s.l: s.n.].
Disponível em: <https://central3.to.gov.br/arquivo/494569/>. Acesso em: 24
maio. 2023.
Qual a diferença entre as formulações de anticoncepcional hormonal
combinado oral comparando dosagem de estrogênio e progestagênio e os
efeitos colaterais associados? – BVS Atenção Primária em Saúde.
Disponível em: <https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-a-diferenca-entre-o-numero-
de-pilula-por-cartela-de-anticoncepcional-hormonal-combinado-oral/#:~:text>.
Acesso em: 24 maio. 2023.
SECRETARIA DE POLÍTICAS DE SAÚDE. (Brasília). Ministério Da Saúde. Assistência
em Planejamento Familiar: Manual Técnico/Secretaria de Políticas de Saúde, Área
Técnica de Saúde da Mulher. 4. ed. Brasilia: [s. n.], 2002. 150 p. v. 40. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.pdf. Acesso em: 24 maio
2023.

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