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Os métodos contracetivos inibem a ovulação, engrossam o muco cervical, inibem a capacitação

espermática, retarda a motilidade tubária (atrasando o transporte dos espermatozoides),


interrompe o transporte do óvulo fertilizado e causa alterações no endométrio que dificultam a
implantação.

Os métodos contraceptivos não servem apenas para evitar a gravidez. A disponibilidade de


métodos contraceptivos modernos desempenhou um papel fundamental na capacitação das
mulheres, reduzindo o fardo da gravidez excessiva e aumentando as oportunidades das
mulheres para actividades não domésticas.

A falta de acesso à contraceção e a confiança no aleitamento materno como método


contracetivo estão entre os fatores que contribuem para o aumento das gestações indesejadas.
Uma das medidas de prevenção à gravidez é o serviço de planejamento familiar com
qualidade, que favorece a redução da mortalidade materna e infantil, com quedas dos níveis
de gravidez indesejada, além de reduzir o número de filhos e aumentar o intervalo entre as
gestações. Este fato gera uma estabilidade na economia, por aumentar o número de mulheres
que trabalham e o poder aquisitivo, além de melhorar a qualidade de vida da mulher, da
família e da população

As rotas orais correspondem à pílula e as não orais estão disponíveis na forma de injeções,
implantes subcutâneos, adesivos transdérmico, dispositivos intrauterinos e por meio de um
dispositivo plástico em forma de anel colocado na vagina

Pílula:

Entre os métodos modernos de regulação da fertilidade, os contracetivos hormonais têm


desempenhado um papel de destaque. A pílula oral combinada foi a primeira e ainda a mais
popular forma de contraceção hormonal. Embora altamente eficaz em estudos clínicos
controlados, a sua eficácia torna-se consideravelmente menor na vida real, principalmente por
uso inadequado, esquecimento de um ou mais comprimidos ou início tardio de um novo ciclo.
Essa limitação levou à busca por métodos contracetivos hormonais de “ação prolongada” que
não exijam ação diária por parte das mulheres.

Anel vaginal:

Os anéis vaginais surgiram há cerca de 40 anos atrás, são relativamente recentes. A aplicação
clínica deste método foi demonstrada quando Mishell e Lumkin publicaram um estudo clínico
com um anel vaginal que libertava acetato de medroxiprogesterona.

A principal vantagem dos anéis vaginais são a sua eficácia (praticamente a mesma ou melhor
que a pílula), facilidade de uso, já que não é preciso dosagem diária (como a pilula que é
necessário ser tomada todos os dias à mesma hora), capacidade do usuário de controlar o
início e a descontinuação, taxa de libertação quase constante permitindo doses mais baixas
(menos evasivo) e a sua maior biodisponibilidade (velocidade e extensão de absorção de um
fármaco).
Desvantagens:

As principais desvantagens estão relacionadas à forma de parto; Os anéis vaginais podem


causar corrimento vaginal e queixas, a expulsão do anel não é incomum mas pode acontecer, o
anel pode ser sentido durante o coito e a inserção vaginal pode ser desagradável para algumas
mulheres.

Como funciona:

O anel vaginal é um tipo de método contraceptivo em forma anel com cerca de 5 centímetros,
que é feito de silicone flexível e que é inserido na vagina. O anel vaginal contém hormônios
sintéticos femininos, de progesteronas e estrogénios. O anel é inserido e após as 3 semanas de
uso do anel, é necessário fazer uma pausa de 1 semana para permitir o surgimento da
menstruação, antes de colocar o novo anel.

Conclusão:

Os anéis vaginais contraceptivos demonstraram eficácia e desempenho clínico comparáveis aos


COs de baixa dose, com a vantagem de não necessitarem de dosagem diária. Entre as
vantagens dos RCVs estão sua alta eficácia, bom controle do ciclo e o fato de serem métodos
de ação prolongada, controlados pelo usuário, que proporcionam liberação constante de baixas
doses de esteroides contraceptivos. Numerosos estudos têm demonstrado elevada
aceitabilidade entre as mulheres, que relatam a facilidade de uso e a falta de uma ação diária
como desejável

DIU hormonal:

Os dispositivos intrauterinos são outra opção segura de contracepção para mulheres. Estes
podem conter hormonas ou não, mas neste caso vamos falar dos hormonais. o DIU é o que
chamamos de um contraceptivo a longo prazo, ou seja, após inserido ele atua por vários anos
sem depender do comportamento da usuária, o que diminui muito suas chances de falha. Dura
cerca de 3-5 anos.

O sistema consiste numa estrutura de polietileno em forma de T com um reservatório de


esteróides ao redor da haste vertical. O reservatório consiste em um branco, feito de uma
mistura de levonorgestrel (É um tipo de progesterona sintética) e silício. Não contém, portanto
estrogénio.

Efeitos secundários ou colaterais- desvantagens

Os efeitos colaterais mais comuns são alterações no padrão hemorrágico, vulvovaginite, dor
abdominal/pélvica, acne, cistos e dor de cabeça. Outras preocupações menos comuns são
gravidez ectópica, sepsis, infecção pélvica e perfuração da parede uterina ou colo do útero.

Taxa de eficácia: >99%


Adesivo:

O adesivo transdérmico é uma opção de contraceptivo hormonal que contém as hormonas


sintéticas norelgestromina e etinilestradiol. Ele fornece 150 mg de norelgestromina e 35 mg de
etinilestradiol por dia.

O adesivo é aplicado semanalmente durante as primeiras 3 semanas do ciclo menstrual,


seguido de uma semana sem adesivo. Para aplicá-lo, os usuários devem escolher uma área
limpa, seca, íntegra e não irritada no abdômen, costas, nádegas ou parte superior do braço,
evitando áreas apertadas ou friccionadas pela roupa.

É importante evitar o uso de óleos, pós, cremes, loções ou pós no local de aplicação, pois isso
pode prejudicar a aderência do adesivo. Desde que o adesivo esteja bem aderido à pele limpa
e seca, é possível realizar atividades normais como banho, exercício, ducha, natação e
banheiras de hidromassagem. Deve-se fazer um controle diário para garantir que o adesivo
esteja na posição correta.

Os efeitos colaterais são semelhantes aos dos contraceptivos orais combinados, com a
possibilidade de irritação no local de aplicação, dores de cabeça, dismenorreia e desconforto
mamário.

Benefícios: Menstruação regulada, mais leve e menos dolorosa; É menos afetado por
antibióticos; Mecanismo de ação igual ao da pílula, porém sem a necessidade de tomar
comprimidos diariamente;

Eficácia: 91% de eficácia.

Implante Subcutâneo: É um produto de alta eficácia e sem alguns inconvenientes como


interações medicamentosas, necessidade de uso diário, semanal ou mensal.

Injeção: A injeção liberta hormonas que impedem a liberação de óvulos. É um método de


prevenção da gravidez que contem acetato de medroxiprogesterona disponível como uma dose
única de 150 mg, que é administrada a cada 3 meses por um profissional de saúde treinado.

Os efeitos secundários principais dessa injeção são alterações menstruais e atraso no retorno à
fertilidade. As alterações menstruais podem incluir hemorragia, sangramento e manchas
irregulares que duram até 7 dias ou mais nos primeiros meses de uso, mas se tornam menos
frequentes e mais curtas com o tempo, podendo levar à amenorreia. O retorno da fertilidade
pode ser atrasado em até 18 a 24 meses após a interrupção da injeção. Além disso, o ganho de
peso é outro efeito secundário comum, com as mulheres podendo ganhar mais de 1,5 kg no
primeiro ano e continuar aumentando ao longo do tempo.

Beneficio: É um método conveniente discreto e de baixa manutenção, é ideal para pacientes


com contra indicações ao uso de estrogénio e com certas condições medicas.

Eficácia: 94%
Nota: Em estudos sobre a eficácia dos novos métodos hormonais, pilula, adesivo e anel
mostraram se menos eficazes em comparação aos métodos de longa duração como a injeção,
Diu e implante subcutâneo.

Relativamente aos menos eficazes segundo o estudo verificou se a ocorrência de gravidezes de


4 em 100 mil mulheres por ano, comparado ao uso da injeção que resultou 0.22 gravidezes em
100 mil mulheres por ano e por fim 0.27 gravidezes por 100 mil mulheres por ano com o uso
do Diu e dos implantes.

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mortalidade_materna.pdf

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