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PRESCRIÇÕES EM:
Ginecologia e
Obstetrícia
MedConexão
Sumário
Capítulo 1. 03
Planejamento Familiar
Capítulo 2.
Disfunções e Doenças
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Capítulo 3. 21
Climatério
Capítulo 4. 28
Preventivo e suas alterações
Capítulo 5. 35
Queixas e Soluções
Capítulo 6. 47
Propedêutica em Mastologia
Capítulo 7. 55
Exames Pré-natal
01
04
- Pacientes com ciclos regulares:
Normalmente, o dia mais fértil é no 14° dia. Então tem que fazer
abstinência sexual 5 dias antes e 5 dias depois.
1.4- Sintotérmico
IP 16 (falho). Associação de 2 métodos comportamentais.
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02 Métodos de Barreira:
2.1- Condom
camisinha masculina IP até 18 e feminina IP até 21: único método
que previne IST’s.
2.2- Diafragma – IP 12
Vários tamanhos – é medido pelo médico. Colocado antes do ato
sexual. Pode ser retirado 6 a 8 horas após a relação. Deve ser
associado à um espermicida (nonoxinol-9).
Contra-indicações:
Cistocele acentuada;
Retocele acentuada;
Alterações de posição do útero;
Septos ou fístulas vaginais;
Dificuldade em manipular os genitais;
Alergia ao látex;
Infecção genital;
Itu de repetição.
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03 Métodos Hormonais:
Somente Progesterona
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3.4- Minipílula:
Desogestrel 0,75 mg – 1cp/dia, todos os dias (contínuo). Ideal para
lactação e puerpério.
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Contraindicações Absolutas:
Contraindicações Relativas:
DM sem vasculopatia;
Colestase, colecistite ou colelitíase;
Enxaqueca sem aura;
Anemia falciforme;
SUA;
Psicopatias;
Pós-parto < 3 semanas;
Cirurgias de grande porte (risco de tromboembolismo).
- Método Yuzpe:
0,05 de etinilestradiol + 0,25 mg de levonorgestrel: tomar 2 cp de
12/12 horas. Ou, 0,03 mg de etinilestradiol + 0,15 mg de
levonorgestrel tomar 4 cp de 12/12 horas.
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3.7- Anticoncepcional Injetável Mensal
Combinado:
Ciclofemina, ciclomen, perlutan, ciclovlar, mesigyna, uniciclo,
depomês, etc.
3.9-Anel Vaginal:
Nuvaring (2,7 mg de etinilestradiol + 11,7 mg de etonorgestrel).
Colocar o anel, deixar por 3 semanas, e fazer 1 semana de pausa.
Se incomodar na relação sexual pode retirar e depois colocar
novamente. Não tem metabolismo hepático (BOA PARA
DISLIPIDEMIA), menos efeitos colaterais, ótimo controle de ciclo,
fertilidade garantida logo após parar de usar.
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3.10- Anticoncepcional Combinado Oral (ACO):
- Interações medicamentosas:
- Tipos:
1. Cartela com 21 comprimidos com hormônio: tomar 1 cp/dia, por 21
dias, pausa de 7. Inicia nova cartela no 8° dia. Exemplos:
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2. Cartela com 24 comprimidos (21 + 3 placebos): tomar 1cp/dia, por
24 dias, pausa de 4. Inicia nova cartela no 5° dia. Exemplos:
Em caso de esquecimento:
04 Métodos Irreversíveis:
4.1- Vasectomia:
Baixo custo e eficácia, não causa impotência sexual ou alteração de
orgasmo. É efetiva após 20 ejaculações: após as 20 ejaculações é
feito um espermograma (com 2 espermogramas negativos o
paciente é liberado).
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02
02 Candidíase:
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Diagnóstico: clínico. Não tratar pacientes assintomáticas!
Obs.: Não trata parceiro, exceto se o mesmo apresentar
sintomas (placas brancas e prurido), sendo tratado com
Fluconazol dose única.
Tratamento:
- 1° linha (tópico):
Usar principalmente se vagina mais inflamada (hiperemiada). Evitar
relação sexual durante o tratamento.
Miconazol tópico ----------- 1 tubo. Injetar, com a seringa, o
creme na vagina à noite por 7 dias.
Nistatina tópica ------------- 1 tubo. Injetar, com a seringa, o
creme na vagina à noite por 10 dias.
- 2° linha (oral):
Fluconazol 150 mg ---------- 1 caixa. Tomar 1 cp (dose única).
Se falha dos tratamentos iniciais: pensar em Candida glabrata
ou tropicalis:
- Ácido bórico endovaginal (óvulo vaginal) 600 mg
- Introduzir 1 óvulo na vagina à noite por 10 a 14 dias.
Tratamento:
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03 Vaginose Bacteriana (Gardnerella):
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Tratamento:
- 1° linha (oral):
Não ingerir bebida alcoólica durante o tratamento (efeito dissulfiran
– cefaleia forte).
Metronidazol 250 mg (SUS) ------------ 1 caixa. Tomar 2 cp, de
12/12 hrs, por 7 dias.
Metronidazol 250 mg (SUS) ------------ 1 caixa. Tomar 8 cp (2
gramas) em dose única.
- 2° linha (oral):
Se intolerância gástrica ao Metronidazol ou falha do tratamento
com Metronidazol.
Clindamicina 300 mg --------------------- 1 caixa. Tomar 1 cp, de
12/12 hrs, por 7 dias. Obs.: não tratar o parceiro assintomático
04 Tricomoníase (IST)
- 1° linha (oral):
Metronidazol 250 mg (SUS) ------------ 1 caixa. Tomar 8 cp (2
gramas) em dose única.
Metronidazol 250 mg (SUS) ------------ 1 caixa. Tomar 2 cp, de
12/12 hrs, por 7 dias.
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05 Vaginite Inflamatória:
Tratamento:
- 1° linha (oral):
Clindamicina tópica ----------- 1 tubo. Injetar, com a seringa, o
creme na vagina à noite por 10 dias.
07 Vaginose Citolítica
Preventivo constando citólise excessiva (aumento de lactobacilos e
redução do pH).
Clínica: leucorreia esbranquiçada, prurido e ardência.
Tratamento:
Banho de assento com bicarbonato (H2CO3) de cozinha (pega uma
bacia, coloca água na metade + 2 colheres de bicarbonato e senta
por 2 min).
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08 Vaginite Atrófica (atrofia vaginal)
Clínica: paciente pós menopausa com vagina seca, queimação,
prurido e dispareunia. Quando passa o espéculo, visualiza colo
menos rosado. Pode ou não ter corrimento. Pode orientar a usar
lubrificantes na relação sexual.
- Pacientes com atrofia leve a moderada: pode-se tentar os
hidratantes e lubrificantes primeiro. Caso não apresente
melhora, usar o estriol.
- Pacientes com atrofia intensa: iniciar já com o estriol.
Tratamento:
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09 Condiloma Acuminado – IST
Causa: HPV, principalmente do tipo 6 e 11 (não-oncogênicos).
Clínica: verrugas na região da vulva ou em outros locais (ex.:
boca).
Tratamento:
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03
Síndrome Climatérica:
(Conjunto de sintomas decorrentes da insuficiência ovariana
progressiva.
Clínica:
Sintomas iniciais: ciclos menstruais irregulares (encurtamento do
ciclo e, posteriormente, amenorreia), fogachos (pode ter até 32
episódios/dias, não é um calor contínuo e geralmente se associa a
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sudorese e calafrios), mudanças de humor (irritabilidade, labilidade
afetiva, depressão, ansiedade), alterações no sono (insônia) e
alterações cognitivas agudas (dificuldade de concen-tração, perda
de memória recente).
Intermediários:
Geralmente se manifestam 10 anos após a menopausa: sintomas
urogenitais (ressecamento vaginal, redução da lubrificação e
dispareunia inicial).
Tardios:
Doenças cardiovasculares (↓ estrógeno e ↑ ganho de peso,
especialmente na região abdominal), osteoporose (↓ massa óssea,
ocorrendo deterioração óssea, tendo maior risco de fratura),
distúrbios cognitivos (Alzheimer) e alterações na pele (aspecto
envelhecido, perda da hidratação, da elasticidade e do brilho).
Diagnóstico:
Clínico. Não dosa hormônios, exceto se menopausa precoce (< 40
anos), sendo necessário dosar FSH.
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USG pélvica do tipo endovaginal: não melhora rastreio
de CA de endométrio e ovário, assim, solicitar apenas se queixa
de dor, dispareunia, cólica ou sangramento pós menopausa.
Densitometria óssea: pacientes ≥ 65 anos OU logo quando
a mulher entra na menopausa, se fator de risco (fratura prévia,
artrite reumatoide, anormalidade radiológica. IMC < 21%).
Realizar de 2 em 2 anos.
Tratamento:
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Orientações Específicas:
Tratamento farmacológico:
Usar apenas em pacientes sintomáticas! Ideal é iniciar quando a
paciente estiver entrando no climatério ou, no máximo, 5 anos
após a menopausa.
Contraindicações Absolutas:
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Contraindicações Relativas:
Hormônios TRH:
Hormônio Efeitos Benefícios Malefícios
↑ TG
↑ HDL ↑ PCR (possui efeito
↓ LDL protrombótico)
Melhora quase todas
Reduz risco de ↑ risco de DAC e
as queixas da
Estrógeno aterosclerose AVC
paciente, exceto
Previne Aumenta risco de CA
libido
osteoporose e de mama e
CA de cólon hiperplasia
endometrial
Progesterona
(associar em
Proteção endometrial
mulheres com
útero)
Engorda
↓ HDL
↑ LDL
Aumenta risco de
AVC, CA de mama,
Tibolona ↓ TG
hiperplasia
Antes de prescrever TRH, realizar mamografia eendometrial,
(deriva da Melhora libido Previne solicitar perfil
doença
lipídico. Se fator de risco para DCV:osteoporose
testosterona) tratar HAS, se necessário
biliar, +
orientar atividade física + avaliar estatina. tromboembolismo,
hepatopatia,
mastalgia e
alteração de humor
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Antes de prescrever TRH, realizar mamografia e solicitar perfil
lipídico. Se fator de risco para DCV: tratar HAS, se necessário +
orientar atividade física + avaliar estatina.
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04
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Adequabilidade – Citologia:
Se amostra insatisfatória/ inadequada: repetir imediatamente.
Se não houver representatividade da JEC: repetir em 1 ano e
com 2 exames anuais consecutivos normais, o intervalo passa a
ser trianual.
- Classificação de Richardt:
- Classificação de Bethesda:
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Alterações fisiológicas (não demandam tratamento):
Inflamação inespecífica;
Metaplasia escamosa imatura;
Atrofia.
Condutas:
ASC-US:
Pacientes ≥ 30 anos: Repetir citologia em 6 meses.
Pacientes de 25 a 29 anos: Repetir citologia em 12 meses.
Pacientes < 25 anos: Repetir citologia em 3 anos.
AGC:
Encaminhar a colposcopia + coleta endocervical.
Se lesão, colher BIÓPSIA.
Se ausência de lesão, INVESTIGAR ENDOMÉTRIO (USTV).
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ASC-H:
Encaminhar a colposcopia.
Se na colposcopia tiver lesão = biópsia.
Se não tiver lesão e a JEC for visível = repete citologia em 6
meses.
Se não tiver lesão, mas a JEC não for visível = coleta endo-
cervical (com escovinha ou cureta de canal) e análise por
patologista.
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HSIL (NIC 2 E 3):
Encaminhar a colposcopia e biópsia. Se achados à colposcopia
compatíveis com lesão de alto grau e confirmar lesão de alto grau
com biópsia – TRATAMENTO (excisão da lesão com conização ou
CAAF – Cirurgia de Alta Frequência). Na conização a paciente é
anestesiada e com o bisturi tira-se um pedaço do colo do útero em
formato de cone. E no CAF a lesão é retirada por meio de “alças”
de bisturi elétrico (faz na maioria, exceto se lesão grande ou de
canal, sendo melhor o cone).
Acompanhamento:
Margens livres ou NIC 1: repete preventivo
semestralmente por 1 ano e, após, anualmente por 4 anos. Se
todos normais, colher trianual.
Margens comprometidas por lesão de alto grau:
repete preventivo semestralmente por 2 anos. Se nesses 2 anos,
todos vierem normais, passa a colher anualmente por mais 3
anos. Se todos normais, colher trianual.
COLPOSCOPIA:
Visualização do colo uterino através do colposcópio após aplicação
de ácido acético e lugol. Os achados determinam se faz ou não
biópsia. Significado das alterações colposcópicas, para colher
biópsia:
Epitélio acetobranco = imaturidade celular.
Pontilhado vascular = extremidades de vasos capilares.
Mosaico = acetobranco + pontilhado.
Vasos atípicos = vasos irregulares.
Orifícios glandulares com halo espesso = grave alteração.
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VACINAÇÃO:
SUS:
2 doses (0 e 6 meses) da vacina HPV tetravalente/ quadri-
valente (6, 11, 16 e 18).
Meninas: 9 a 14 anos.
Meninos: 11 a 14 anos.
Pacientes ONCOLÓGICOS, HIV +, TRANSPLANTADOS: 3 doses
(0, 2 e 6 meses) da HPV tetravalente de 9 a 26 anos de idade.
Faixa etária para aplicação da vacina segundo a BULA: 9 a 26
anos (pagar particular).
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05
Tratamento:
AINES (geralmente usados quando são muito novas e não irão
usar ACO ou DIU):
- Ibuprofeno 400mg. Tomar 1 cp de 6/6 horas, se cólica.
- Meloxicam 15 mg. Tomar 1 cp por dia, se cólica.
- Buscopan 10 mg. Tomar 1 cp de 6/6 horas, se cólica.
Anti-concepcionais.
SIU (MIRENA).
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Endometriose
Tecido endometrial fora da cavidade uterina (exceto dentro da
musculatura uterina – nesse caso, chama adenomiose). Nos ovários
é chamado de endometrioma.
Tratamento:
Ressecção + cauterização de focos + amenorreia (o objetivo é
deixar a paciente sem menstruar).
Paciente que não quer engravidar agora – opções:
- Anticoncepcional oral combinado.
- Pílula só de progesterona: dienogeste (pode ser usado por
1 ano e depois entrar com o combinado – mas não é
método contraceptivo, ou seja, tem que usar outro
método).
- SIU – mirena.
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Paciente que quer engravidar agora:
- Laparotomia com ressecção e cauterização dos focos:
gestação e entrar em amenorreia (depois da gestação tem
que deixar em amenorreia).
Controle pós-tratamento:
CA-125: não auxilia no diagnóstico, mas se está tratando a
endometriose, a tendência é ele diminuir.
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Sangramento uterino anormal – SUA:
Em primeiro lugar, o que é ciclo normal?
Ciclo normal: 21 a 35 dias.
Fluxo normal: 3 a 8 dias.
Perda sanguínea normal: 30 a 80 mL.
Conceitos:
Hipomenorreia: fluxo < 3 dias e/ou perda sanguínea < 30
mL.
Menorragia: intervalo entre os sangramentos é regular, mas
duração > 8 dias e/ou perda > 80 mL.
Metrorragia: intervalo entre os sangramentos é irregular,
com duração > 8 dias e/ou perda > 80 mL.
Polimenorreia: ciclos com intervalo < 21 dias.
Oligomenorreia: ciclos com intervalo > 35 dias.
SUA: perda menstrual excessiva com repercussões na
qualidade de vida da mulher. Investigar sintomas associados
para pensar na causa.
Exames Complementares:
Hemograma – para TODAS.
Beta HCG – para TODAS.
Coagulograma – principalmente se queixa de SUA desde a
primeira menstruação (doença de von Willebrand?).
TSH e T4L – se alguma indicação (história familiar ou
sintomas).
USTV – para TODAS (se já tiver tido relação sexual – se não
tiver tido relação pode pedir o US de pelve).
Histeroscopia: método diagnóstico ideal. Mas na prática só é
feito para fins de tratamento.
Biópsia de endométrio: por histeroscopia ou por AMIU.
Feito em pacientes com espessamento endometrial ou paci-
entes mais idosas com SUA suspeito.
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Causas Estruturais do Causas não Estruturais do
SUA (PALM) SUA (COEIN)
Pólipos Coagulopatia
Adenomiose Ovulação disfuncional
Leiomomas (submucosos e outros) Ednometrial (transtorno primário
dos mecanismos reguladores da
hemostasia endometrial)
Malignidade e hiperplasia Latrogênica
Não especificada
- Pólipos endometriais:
Lesões em relevo na cavidade uterina. Maioria assintomático.
SEMPRE RETIRAR (risco de malignidade).
- Pólipos cervicais:
Lesões em relevo no colo uterino. Maioria assintomático. SEMPRE
RETIRAR (risco de malignidade).
- Ademoniose:
Tecido endometrial na camada muscular do útero (miométrio). SUA
+ dismenorreia secundária.
- Leiomioma (=mioma):
Tumor benigno com malignização rara. Pode ser intramural (na
parede do útero), subseroso (na camada serosa – cresce para fora
e pode comprimir estrutura adjacente) e submucoso (na camada
mucosa – cresce para dentro da cavidade uterina). Mais comum em
mulheres negras com história familiar. Pode ser assintomático ou
causar SUA, anemia, dismenorreia, dor pélvica crônica, perda
gestacional de repetição, infertilidade e compressão de outros
órgãos. A cirurgia pode ser miomectomia (retirada somente do
mioma) ou histerectomia (retirada do útero). Pode fazer também
embolização de artéria uterina (miomas muito grandes).
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- Malignidade (CA de endométrio e hiperplasia):
Mais comum em mulheres pós-menopausa. Sintoma mais comum é
o SUA. MULHER PÓS-MENOPAUSA + SUA = USTV. Diagnóstico
definitivo por biópsia.
- Coagulopatia:
Geralmente em pacientes mais jovens, que tem SUA desde a
primeira menstruação. A mais comum é a Doença de Von Wille-
brand.
- Ovulação Disfuncional:
Causa mais comum de SUA em mulheres em idade reprodutiva.
Assim que a mulher menstruou, tem um prazo de 5 anos para o
ciclo regularizar (mas tem que tomar cuidado, pois pode ter outra
causa).É UM DIAGNÓSTICO DE EXCLUSÃO (foi feito exames e não
encontrou nada). Possíveis causas:
Ciclos anovulatórios:
Imaturidade eixo hipotálamo-hipófise-ovário: menarca recente –
tempo para regularizar.
Falência ovariana: começa no climatério.
Tratamento Hospitalar
Se sangramento muito volumoso a paciente pode entrar em
choque. Fazer tratamento hospitalar se SINAIS DE ALERTA:
letargia, taquicardia, pele fria e pegajosa, pulso fraco, redução do
débito urinário, e outros sinais de choque. Nesses casos, a conduta
deve ser:
Reposição hidroeletrolítica
Avaliar necessidade de transfusão: após o hemograma
Estrogenioterapia: principalmente se for hemorragia uterina
disfuncional (não encontrou causa).
Etinilestradiol 30 a 35 mcg: tomar 1 cp de 8/8 horas por 1
semana, e após, 1 cp/dia por 3 semanas.
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Progesterona (se contraindicação ao estrogênio):
Acetato de medroxiprogesterona 20 mg ou didrogesterona 10
mg – tomar 3x/dia por 1 semana, e após, 1cp/dia por 3
semanas.
Ácido tranexâmico IV: 500 a 1000 mg EV lenta, 3x/dia.
Curetagem: pacientes que não respondem à estrogenioterapia.
Balão com sonda de foley para comprimir as paredes uterinas.
Tratamento Ambulatorial
Se não houver repercussão hemodinâmica):
Tratar a causa do sangramento (palm-coein).
Terapêuticas para reduzir o sangramento:
AINES + ácido tranexâmico. Os AINEs mais utilizados são: ácido
mefenâmico, naproxeno e ibuprofeno.
- Ácido tranexâmico 250 mg 3 comprimidos, 4x/dia, por 3 a 4
dias, iniciando no 1° dia do ciclo.
- Ácido mefenâmico 500mg 1 cp, 3x/dia, todos os dias.
Anticoncepcionais orais combinados: mais eficaz se uso
contínuo.
Progesterona injetável trimestral
DIU de mirena (SIU)
Tratamentos cirúrgicos: ablação endometrial, histerectomia,
miomectomia, embolização de artéria uterina, etc. (especialista
escolhe de acordo com as particularidades da paciente).
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Síndrome Pré-menstrual (antiga TPM):
Sintomas físicos e emocionais que acontecem antes da
menstruação. Principais sintomas são labilidade emocional, choro
fácil, diminuição da memória, ansiedade, irritabilidade, diminuição
da concentração, falta de disposição, cefaleia, melancolia, edema
nas mamas e mastalgia. Não precisa dosar hormônios , diag-
nóstico é clínico.
Critérios A:
Labilidade afetiva;
Irritabilidade ou raiva;
Pensamento autodepreciativo;
Sensação de estar no limite;
Interesse diminuído nas atividades.
Critérios B:
Dificuldade de concentração;
Letargia, falta de energia;
Apetite aumentado (em doces, principalmente);
Insônia ou hipersonia;
Sente-se sobrecarregada;
Sintomas físicos.
Tratamento:
Anticoncepcional oral: Ótima opção, principalmente se usado de
forma contínua. Melhor se for composto por DROSPIRENONA.
Exemplo: 3mg de drospirenona + 0,03 de etinilestradiol; ou 3 mg
de drospirenona + 0,02 de etinilestradiol.
ISRS: boa opção para quem não quer utilizar ACO.
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Sertralina 25 mg ------------------- contínuo. Tomar 1 cp pela
manhã, todos os dias. Pode fazer aumentos semanais até
200mg/dia. É a que tem melhor resposta.
Fluoxetina 20 mg -------------------contínuo. Tomar 1 cp pela
manhã, todos os dias. Pode aumentar até 80mg/dia.
Paroxetina 20 mg ------------------ contínuo. Tomar 1 cp à noite,
todos os dias. Pode aumentar até 40 mg/dia.
Citalopram 20 mg ------------------contínuo . Tomar 1 cp à noite,
todos os dias. Pode aumentar até 40mg/dia.
Duais: Venlafaxina 37,5 mg ---------------contínuo. Tomar
1cp/dia, todos os dias.
Cervicites
Infecção do colo uterino.
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Tratamento da infecção por Gonococco:
Ceftriaxona 500mg IM dose única + Azitromicina 1 g VO dose
única.
45
Internar se:
Suspeita de abscesso tubo-ovariano: paciente com estado geral
grave (náuseas + vômitos, febre, etc);
Falha do tratamento ambulatorial: se após 72 horas com
tratamento ambulatorial ela não apresentar melhora;
Gestante;
Intolerante à atb oral;
Possibilidade de outro diagnóstico.
Complicações:
Infertilidade (+ frequente);
Aderências pélvicas;
Hidrossalpinge;
Dor pélvica crônica;
Gestação ectópica;
Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis: peri-hepatite => bactérias caem
na cavidade abdominal e formam aderências no fígado.
Tratamento Ambulatorial:
Tratamento Hospitalar:
Ceftriaxone EV 1g/dia por 14 dias + Doxiciclina VO 100mg de
12/12 horas por 14 dias + Metronidazol EV 400mg de 12/12
horas por 14 dias.
2° opção: gentamicina + clindamicina.
Intervenção cirúrgica (laparoscopia) se: abdome agudo (rotura),
falha da antibioticoterapia venosa ou massa que persiste ou
aumenta após antibioticoterapia adequada.
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06
Rastreamento:
Início aos 50 anos (pelo MS) -> BIENAL (2 em 2 anos).
Térmico aos 69 anos.
Se HF de CA em 1° grau < 50 anos, 1° grau com CA bilateral
em qualquer idade, CA em homem ou CA de ovário: iniciar
mamografia aos 35 anos e fazer ANUAL.
Não solicitar mamografia em pacientes < 25 anos, nem se tiver
mutação BRCA.
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Incidências:
Médio-lateral: visualiza quadrante superior e inferior da mama.
Crânio-caudal: visualiza quadrante medial e lateral da mama.
BIRADS:
BIRADS 0: insatisfatória, mama densa, necessário exame com-
plementar (U$).
BIRADS 1: normal, sem achados, repetir em 2 anos.
BIRADS 2: alterações benignas, repetir em 2 anos.
BIRADS 3: alterações provavelmente benignas, repetir em 6
meses.
BIRADS 4: alterações suspeitas.
- 4 A: baixa suspeita (2-10% de risco).
- 4 B: suspeita intermediária (10-50% de risco).
- 4 C: alta suspeita (50-95% de risco). biópsia
BIRADS 5: alterações altamente suspeitas (+ de 95% de
chance), biópsia.
BIRADS 6: lesão que já tem diagnóstico histológico de câncer de
mama.
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Ultrassonografia
Usar se mamas densas (BI-RADS 0).
Diferencia bem nódulo sólido de cístico (fica todo pretinho).
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Doenças Benignas da Mama
Fibroadenoma (+ comum):
Nódulo firme elástico, com bordas regulares e lisas e bem
delimitado (sem cápsula). Não apresenta alteração cutânea e nem
linfoadenomegalia. Pode alterar o tamanho de acordo com o ciclo
menstrual (aumenta próximo a menstruação), gestação (aumenta)
e menopausa (diminui).
Harmatoma:
Área de tecido normal encapsulada (nódulo com áreas escuras e
claras na mamografia, não é todo da mesma cor). Dentro do mês-
mo pode ter cistos (preto ao US), não requerendo acompanha-
mento, pois é um conteúdo líquido.
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Derrame/Descarga Papilar/Mamilar
Infecções (mastite): derrame com pus.
Neoplasias: sanguinolento ou cristalino (água de rocha),
geralmente unilateral.
Hiperprolactinemia: galactorreia (leite).
Papilomas (nódulos benignos retroareolar): marrom
com um pouco de sangue (geralmente retira-o).
Ectasia ductal: cores esdrúxulas – multicolorida (verde, azul,
marrom).
Citologia:
Realizar se:
Na teoria, apenas se derrame suspeito: sanguinolento ou
cristalino (água de rocha).
Na prática, desejo da paciente (para tranquiliza-la).
Realizar exames de imagem conforme rastreamento: descarga
+ nódulo = USG (se jovem) ou mamografia + USG (se ≥ 50
anos).
Tratamento:
Não suspeitos: tranquilizar a paciente.
Suspeito ou excesso de secreção: cirurgia.
Galactorréia: encaminhar para neurocirurgião (investigar tumor
de hipófise).
Infecções: ATB.
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Mastite Aguda/Puerperal
(Duração < 30 dias).
Ocorre no período da amamentação.
Agente: Staphylococcus aureus e epidermidis.
Clínica: fissuras nas papilas + estase láctea (empedra) +
sinais flogísticos (edema, eritema, aumento da temperatura
local) + febre. Pode ter náuseas e vômitos e abcesso.
Tratamento:
Medidas Não Farmacológicas:
Drenar abcesso (se houver);
Manter amamentação + ordenha manual ou com bombinha (se
mama cheia após amamentar);
Compressas frias.
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Mastite Crônica
(Duração > 30 dias). Ocorre fora do período da amamentação.
Causas:
Carcinoma inflamatório (simula uma mastite): investigar (bió-
psia), principalmente se ausência de resposta ao ATB.
Abcesso subareolar crônico recidivante (abcesso unilateral com
saída de pus perto do mamilo): se associa a tabagismo, DM e
obesidade. Tratamento com Metronidazol + cessar tabagismo.
Alguns casos necessitam de ressecção local.
Mastite tuberculosa: diagnóstico por biópsia (mastite que vem
sendo tratada, mas sem melhora). Tratamento de TB.
Mastite por herpes (simples ou zoster): Aciclovir.
Mastite granulomatosa idiopática (simula um CA): causa auto-
imune. Trata com corticoide 1 a 6 meses.
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Exames 2° trimestre
Hemograma - momento em que a paciente irá fazer anemia
dilucional;
VRDL
TOXOPLASMOSE (IGM e IGG) – se ao exame a paciente for
susceptível;
Teste oral de tolerância a glicose (3 medidas: jejum/1hr/2hrs
após 75g de Dextrosol) – fazer entre a 24ª e a 28ª semana de
gestação;
EAS (rotina) + urocultura;
USG morfológico – fazer entre 20 e 24 semanas;
O Ministério da Saúde não recomenda para gestações de risco
habitual, porém, todas as pacientes pedem para fazer e
pagam!! Só será recomendado (pago pelo SUS) em casos de
risco, como: transluscência nucal alterada, medida da ATM,
idade materna, defeito do feto de fechamento anterior,
gastroquise;
USG obstétrico; palpite sobre o sexo por volta da 12ª/13ª
semana; certeza por volta da 16ª semana.
Exames 3° trimestre
Hemograma
COOMBS indireto – em casos de mães rh negativo;
Glicemia de jejum
Vdrl
TOXOPLASMOSE (igm e igg) – se ao exame a paciente for
susceptível;
Anti HIV 1 e 2
EAS (rotina) + UROCULTURA
USG obstétrico – para poder ver liquido, vitalidade fetal, se o
bebê está bem, peso estimado para o parto;
SWAB vaginal ou perianal entre 35 e 37 semanas (mas SUS não
cobre): caso seja positivo, quando a paciente entrar em
trabalho de parto e romper a bolsa, ela deve tomar penicilina
para prevenção de sepse neonatal.
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Vacinas Gestantes
Influenza – 1 dose/ano;
DTPA (difteria + tétano + coqueluche/pertussis – vacina
acelular) – tomar 1 dose, a cada gestação, a partir da 20ª
semana.
- Se a paciente tem seu esquema de tétano completo (2
doses de dT e reforço a cada 10 anos), tomar 1 dose da
dTpa, a cada gestação, a partir da 20ª semana;
- Se a paciente tem seu esquema de tétano incompleto,
completar o esquema de 2 dT e, após, tomar 1 dose de
dTpa, a cada gestação, a partir da 20ª semana.
Hepatite B – necessário conferir o esquema vacinal da gestante;
- Se a paciente tem seu esquema completo (3 doses) -> OK
- Se a paciente tem seu esquema incompleto -> completar!!
- Se a paciente nunca tomou nenhuma ->Dar 3 Doses.
Suplementações
Sulfato ferroso 40 mg de ferro elementar, tomar 1 cp antes do
almoço (de 16 semanas até amamentar); Dose terapêutica (se a
gestante estiver anêmica) a dose é 3x maior que a profilática =
120 mg Fe/dia.
Ácido fólico: 5mg, tomar 1 cp por dia (3 meses antes de
engravidar até 12 semanas). Ácido fólico 0,4 a 0,8 mg (no
particular). Se fator de risco (uso de anticonvulsivante ou
história de malformação prévia em algum filho) que a dose
recomendada é de 4 a 5 mg.
Opcional:
- Ômega 3 1 g - tomar 1 cápsula a noite a partir da 14°
semana. Obs.: tem que saber se ela pode pagar.
- Cálcio 1 g/dia (se baixa ingesta) – dieta pobre em leite e
derivados ou fator de risco para pré-eclâmpsia.
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Orientações para as Gestantes
Repelente para evitar zika vírus: repelente exposis permitido
para grávidas
Usar protetor solar todos os dias
Alimentação regular: com menos intervalo entre as
alimentações; adoçante só pode usar o sucralose, stevia ou
aspartame.
Ingerir bastante líquido
Atividade física: se já fazia antes, manter; se não fazia, pode
fazer exercícios leves, como caminhadas, hidroginástica, etc.
Importância das vacinações
Se susceptível à toxoplasmose (IgM E IgM negativos): não
comer carnes cruas ou malpassadas; lavar bem frutas e
legumes antes de comer; não ter contato com fezes de gato,
terra ou areia; se for manusear alimentos, fazê-lo com luvas;
etc.
NÃO fumar
NÃO ingerir bebida alcóolica: não existe dose de álcool segura
para gestantes.
NÃO usar drogas ilícitas ou lícitas
Se gravidez saudável pode ter relação sexual sem problemas
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Sinais de alerta, procurar pronto atendimento ou
unidade de saúde se:
Trabalho de parto: se a barriga endurecer a cada 5 minutos
durante 30 segundos e isso permanecer por 1 horas, provável
trabalho de parto ir para a maternidade;
Perda de líquido;
Sangramento vivo;
Se o bebê não mexer por 12 horas: o bebê começa a mexer por
volta de 16 a 22ª semanas;
Febre alta e dor para urinar.
Náuseas e Vômitos
Tratamento:
Metoclorpramida 10 mg. Tomar 1 cp de 8/8 horas se náusea ou
vômitos.
Vitamina B6 10 a 25 mg. Tomar 1 cp 3x/dia.
Gengibre em cápsula 250 mg. Tomar 1 cp 4x/dia.
Orientar chupar gelo e tentar comer alimentos ácidos, que
podem aliviar.
Outros
Protetor solar 50 fps. Passar no rosto todos os dias.
Repelente off ou exposis. Passar nas áreas expostas se contato
com insetos.
Hidratante. Passar nas mamas, barriga e nádegas todos os dias
após o banho.
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Candidíase
Paciente com prurido, corrimento da cor branca, sem odor,
grumoso e com placas aderidas à parede vaginal. Não pode fazer
tratamento oral.
Tratamento:
Nistatina creme vaginal. Aplicar na vagina ao deitar, com auxílio
do aplicador, por 14 noites.
Clotrimazol creme vaginal 1%. Aplicar na vagina ao deitar, com
auxílio do aplicador, por 7 noites.
Vaginose:
A paciente pode apresentar corrimento acinzentado, bolhoso e de
odor fétido. A paciente gestante pode tomar o metronidazol oral,
mas é mais comumente usado o gel. Não precisa tratar O
parceiro.
Tricominíase:
Corrimento esverdeado, bolhoso, abundante, com colo uterino em
morango. Nesse caso tem que tratar o parceiro. O tratamento é =
da vaginose.
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Tratamento Cistite:
Amoxicilina + Clavulanato 500/125mg. Tomar 1 cp de 8/8horas
por 7 dias.
Cefalexina 500mg. Tomar 1cp de 6/6horas por 7 dias.
Nitrofurantoína 100mg. Tomar 1 cp de 6/6 horas por 7 dias.
ITU Recorrente
Dois ou mais episódios de ITU na gestação, sintomáticos ou
não;
Duas infecções urinárias nos últimos seis meses ou três nos
últimos 12meses, antes do início da gestação.
Tratamento:
Nitrofurantoína 100mg por toda a gravidez – forma de
profilaxia!
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