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GINECOLOGIA II

3º Módulo
Técnico em Enfermagem
Profa. Enfa. Ma. Gabriela Zanim
Doenças ou
anormalidades
relacionadas à
vulva, vagina e colo
uterino
Vulvovaginite
• Inflamação da vulva (vulvite) e da vagina
(vaginite).
• Causada por infecção por bactérias,
fungos, vírus ou parasitas.
• Candidíase, a Triconomíase e Clamídia.
• Antibióticos, falta de higiene, alergias e
roupas apertadas, sabonetes, absorventes
perfumados, amaciantes, roupa íntima de
tecido sintético, látex dos preservativos.
Vulvovaginite
• Sinais e sintomas:
• Corrimentos vaginais;
• Prurido ou irritação vaginal;
• Dispareunia (dor durante a relação sexual);
• Disúria (sensação de dor ou ardor ao urinar);
• Vermelhidão;
• Sangramento vaginal.
Vulvovaginite
Prevenção:
• Usar roupas íntimas de algodão;
• Não usar roupas muito apertadas na região íntima;
• Dormir sem roupas íntimas;
• Evitar ducha vaginal;
• Fazer sexo com preservativo;
• Evitar sabonetes coloridos e perfumados.
• Se a vulvovaginite for contraída por via sexual, o parceiro também deve
receber tratamento e o preservativo deve ser utilizado durante as relações
sexuais.
Bartholinite
Bartholinite
Causas
• Agentes causadores de IST:
gonococo e clamídia;
• Bactérias da flora intestinal,
estafilococos, estreptococos e E.
coli.
Bartholinite
Sinais e sintomas: • Edema;
• Massa ou caroço doloroso perto • Vermelhidão vulvar;
da abertura vaginal; • Febre;
• Dor pélvica; • Secreção de coloração amarelo-
• Desconforto ao caminhar ou esverdeada;
sentar; • Incontinência urinária e disúria;
• Dispareunia; • Sangramento.
• Prurido;
• Ardor, dor;
Bartholinite
Tratamento:
• Antibioticoterapia.
• Banhos de assento.
• Drenagem cirúrgica.
• Bartolinectomia.
Fístula vaginal
• Fístula vesicovaginal;
• Fístula retovaginal;
• Fístula ureterovaginal.
Fístula vaginal
Causas: • Malignidade,
• Trauma obstétrico, • Corpo estranho,
• Complicação de cirurgia • Prolapso genital,
ginecológica, • Cirurgias ginecológicas difíceis,
• Trabalho de parto prolongado, • Partos traumáticos.
• Radioterapia,
• Infecção,
• Anomalia congênita,
Cistocele
• Também conhecida
popularmente como
“bexiga caída”.
Cistocele
Sinais e sintomas:
• Pressão na pelve e na vagina;
• Sensação de corpo estranho;
• Dificuldade de iniciar ou interromper a micção;
• Aumento da frequência urinária;
• Retenção e incontinência urinária;
• Incidência recorrente de infecção do trato urinário;
• Dispareunia;
• Perda de urina durante a relação sexual;
• Dor na coluna lombar.
Cistocele
Tratamento:
• Exercícios para a musculatura perineal;
• Pessário, tampão ou diafragma;
• Cirurgia.
Pessário
Retocele
• É uma protrusão do
reto para a luz vaginal.
• Durante o parto
vaginal o períneo
geralmente é
lesionado.
Retocele
Sinais e sintomas:
• Dificuldade para evacuar,
• Sensação de abaulamento e peso
na vagina durante esforço físico,
• Sensação de plenitude retal,
• Evacuação incompleta,
• Dor e sangramento retal.
Prolapso uterino
• Enfraquecimento geral da musculatura da pelve e do períneo.
Prolapso uterino
Causas:
• Idade,
• Partos múltiplos,
• Redução do estrogênio natural após a menopausa,
• Tosse crônica, constipação intestinal, tumores pélvicos, acúmulo de
líquido no abdome, etc.
• Obesidade,
• Cirurgias ou infecções da pelve,
• Levantamento excessivo de pesos.
Prolapso uterino
Sinais e sintomas:
• Sensação de pressão na pelve,
• Dor lombar,
• Sensação de algo saindo pela vagina,
• Dispareunia,
• Dificuldade de urinar ou evacuar,
• Dficuldade de caminhar (eventualmente).
Cervicite
• Inflamação do colo do útero.
• Pode ser causada por diversos microrganismos

Bactérias
Cervicite
Causas:
• Bacteriana (proliferação desregulada de bactérias naturais da flora vaginal).
• Relações sexuais - Clamydia Tracomatis (clamídia) ou Neiserriae
Gonorreae (gonorreia).
• Gravidez.
• Sensibilidade a produtos químicos.
• Múltiplos parceiros sexuais.
• Hábitos de higiene indevidos.
• Raramente, o uso de anticonceptivos orais.
Cervicite
Sintomas:
• Dor intensa na região do baixo ventre.
• Dor ao toque vaginal.
• Secreção purulenta.
• Sangramento durante a relação sexual ou fora dos períodos
menstruais.
Tratamento:
• Antibióticos (todos os parceiros sexuais devem ser tratados com
esquema antibiótico semelhante).
https://agenciapara.com.br/noticia/40824/cancer-de-colo-do-utero-e-o-segundo-tumor-mais-frequente-em-
mulheres-do-norte
Câncer de vulva
Doenças ou anormalidades
relacionadas ao útero
Prof. Enf. Gabriela Zanin
Miomas
• Tumor benigno composto de músculo
uterino que cresce dentro ou fora do útero.
• Atinge cerca de 50% das mulheres na faixa
etária dos 30 aos 50 anos.
• Alguns miomas passam por surtos de
crescimento, e alguns podem diminuir de
tamanho por conta própria.
Miomas
Sinais e sintomas:
• Menstruação irregular -- forte e por períodos prolongados -- o que pode levar à
anemia;
• Dismenorreia;
• Sangramento anormal (entre uma menstruação e outra);
• Dores (abdominais, pélvicas e dispareunia);
• Problemas urinários (polaciúria, infecção do trato urinário, cistite, infecção dos rins).
Miomas
Diagnóstico:
• Exame de toque ginecológico;
• Ultrassonografia transvaginal.
Tratamento:
• Uso de medicação ou pílula anticoncepcional;
• Cirurgia para retirada do mioma, cirurgia conservadora (miomectomia);
• Nos casos graves, cirurgia radical (histerectomia).
Miomas
Miomas
Miomas
Endometriose
• Tecido endometrial na cavidade peritoneal.
• Doença ginecológica comum, atingindo entre 5% a 15% das mulheres no
período reprodutivo e até 3% a 5% na fase pós-menopausa.
Causas:
• Acredita-se em algumas teorias para se justificar o aparecimento da
endometriose. Nenhuma teoria isolada pode explicar a doença.
Tipos:
Endometriose superficial
• Corresponde ao implante do endométrio na superfície do peritônio, tecido
que reveste a cavidade peritoneal. Podem aparecer como implantes
vermelhos (mais ativos), pretos (em fase de remissão) e brancos (cicatriciais).
Apesar de superficiais, podem ser responsáveis por dor de forte intensidade.
Tipos:
Endometriose dos ovários
• Pode acometer os ovários superficialmente ou ocasionar os cistos de
endometriose ovariana, conhecidos como endometriomas ou cistos
chocolate. Recebem esta denominação porque apresentam sangue antigo
espesso no seu interior, adquirindo aspecto marrom.
Tipos:
Endometriose profunda
• A forma mais severa da doença é caracterizada por implantes de endométrio
com mais de 5mm de profundidade, que podem comprometer os ligamentos
uterinos, a região posterior ao útero, a bexiga e os intestinos. É a versão da
enfermidade mais associada a sintomas de dor e que tem maior
complexidade terapêutica.
Endometriose
Sinais e sintomas: • Infertilidade;
• Dor pélvica, quase sempre associada ao ciclo • Fadiga;
menstrual;
• Alterações intestinais.
• Dismenorreia; • A intensidade da dor não está relacionada à
• Dor no baixo abdômen ou cólicas que extensão do problema. Algumas mulheres
podem ocorrer por uma semana ou duas com doença muito extensa não têm dor
antes da menstruação; alguma, enquanto outras com pequenos
focos sentem dor a ponto de necessitarem ir
• Dispareunia; a uma emergência.
• Dores ao urinar e evacuar, especialmente no
período menstrual;
Adenomiose
• Presença de tecido
endometrial no miométrio.
• Muitas vezes há coexistência
de adenomiose, endometriose
e miomas uterinos.
Adenomiose
Sinais e sintomas:
• Sangramento menstrual excessivamente intenso ou prolongado;
• Dispareunia;
• Dismenorreia;
• Disquezia (defecação dolorosa);
• Aumento do volume do útero, que muitas vezes apresenta-se mole e
doloroso, geralmente no período menstrual.
Doenças ou anormalidades
relacionadas às tubas uterinas e
ovários
Salpingite
• Inflamação que acomete as tubas
uterinas.
• É uma das mais frequentes causas
de infertilidade.
• Em alguns casos mais severos ou
prolongados de infecção, pode ser
necessária uma intervenção cirúrgica.
Causas:
• Infecção bacteriana
• Infecções no abdômen, na vagina ou no
útero.
• ISTs: gonorreia e a clamídia.
• Biópsia do útero, histeroscopia, colocação de
DIU, parto ou aborto.
Sintomas:
Normalmente surgem depois da • Febre;
menstruação: • Dor abdominal;
• Corrimento vaginal anormal e fétido; • Dor na região lombar;
• Alterações no ciclo menstrual; • Dor ao urinar;
• Dor durante a ovulação; • Náuseas e vômitos.
• Dispareunia;
Tratamento:
• Uso de antibióticos, analgésicos e repouso.
• Intervenção cirúrgica para remoção do tecido com fibrose ou da tuba
acometida.
• Raramente o útero, os ovários e ambas as tubas precisam ser retiradas.
• Durante o tratamento é importante não ter relações sexuais.
• O parceiro sexual também necessita ser diagnosticado e tratado.
Salpingite
Prevenção
• Uso de preservativo pode diminuir o risco
da infecção.
• O tratamento precoce e adequado de
uma doença inflamatória pélvica e de
outras infecções pode também prevenir a
doença.
Gravidez ectópica
• Gravidez tubária, gravidez nas tubas.
• Ocorre em uma das tubas uterinas. Em alguns casos, uma gravidez ectópica ocorre
na cavidade abdominal, no ovário ou no colo do útero.
• Não pode prosseguir normalmente.
• O ovo fertilizado não sobrevive, e o feto em crescimento pode destruir várias
estruturas maternas.
• Se não for tratada, há o risco de hemorragias, que podem ser fatais.
• O tratamento precoce pode ajudar a preservar a fertilidade.
Causas:
• Danos nas tubas uterinas.
• Um óvulo fertilizado pode ficar estacionado em uma área danificada de uma tuba e ali se
desenvolver.
• As causas mais comuns de danos das tubas uterinas que pode levar a uma gravidez ectópica
incluem:
• Tabagismo
• Doença inflamatória pélvica, que pode surgir a partir de infecção por clamídia ou gonorreia.
• Inflamações e cicatrizes das tubas uterinas, decorrentes de uma condição médica ou cirurgia
anterior
• Gravidez ectópica anterior
Sintomas:
• Dor abdominal intensa, somente de um lado
do abdome;
• Sangramento vaginal irregular, especialmente
entre a 5º e 14º semana de gestação;
• Sensação de peso na vagina;
• Forte dor à palpação do útero;
• Abdome inchado;
• Exame Beta HCG geralmente é negativo.
Diagnóstico:
• Exame físico, ultrassonografia,
exames laboratoriais e laparoscopia.
• A gravidez nas tubas uterinas ou nos
ovários pode se desenvolver até as 14
semanas de gestação.
• Não é possível salvar a vida deste
embrião.
Tratamento:
• Uso de medicamentos para
promover o aborto ou cirurgia
para retirada do embrião e
reconstrução da tuba uterina.
Prevenção:
• Limitar o número de parceiros sexuais.
• Uso de preservativos.
• Se a mulher já teve uma gravidez
ectópica, ela deve conversar com seu
especialista antes de engravidar
novamente.
Cisto de ovário
• Bolha envolta por uma fina
membrana, que contém substâncias
líquidas (ou semilíquidas) em seu
interior, que se forma no próprio
ovário ou ao seu redor.
• Também podem ocorrer em outros
órgãos.
• Lesão benigna.
CISTOS FUNCIONAIS
Cisto folicular
• Após a ovulação, caso o folículo não consiga ser rompido, ele continua a
acumular líquidos em seu interior e a crescer, formando um cisto. Todo
folículo não rompido que atinge, pelo menos, 2,5 cm de diâmetro é chamado
de cisto folicular.
• É o cisto ovariano mais comum de todos e ocorre principalmente em
mulheres jovens.
• Pode desaparecer espontaneamente.
Cisto de corpo lúteo
• Surge quando logo após o seu rompimento para liberação do óvulo, ele volta
a se fechar, passando a acumular líquido em seu interior.
• Pode ter mais de 3 cm de diâmetro e desaparece espontaneamente após
algumas semanas.
• Mulheres após a menopausa e mulheres que tomam anticoncepcional
hormonal não ovulam, por isso, não podem ter a forma mais comum de
cisto ovariano, que são os cistos funcionais.
OUTROS TIPOS DE CISTO DO OVÁRIO
Endometrioma

• Mulheres com endometriose podem desenvolver cistos nos ovários, que


recebem o nome de endometriomas ou cistos de chocolate, devido ao seu
conteúdo escuro e sanguinolento.
• Geralmente são dolorosos.
• Quando se rompem, pode haver um quadro de intensa dor abdominal e
febre baixa, simulando um quadro de doença inflamatória pélvica (DIP) ou
apendicite.
Endometrioma
Cisto dermoide
• Também chamado de teratoma cístico maduro, é um tumor benigno que
surge em mulheres jovens entre 20 e 40 anos.
• Apesar de ser uma lesão benigna, em casos raros ele pode se transformar em
câncer.
• Pode causar dor e alguns deles podem ultrapassar 10 cm de diâmetro.
Cistadenoma
• Tumor benigno dos ovários
e pode chegar a ter até 20
cm de diâmetro.
• Pode surgir em ambos os
ovários e não costuma
desaparecer sozinho com o
tempo.
Sintomas dos cistos ovarianos:
• Irregularidade no período menstrual.
• Inchaço no abdômen
• Dor ao evacuar
• Dor na pélvis pouco antes ou depois do início do período menstrual
• Dor durante as relações sexuais
• Dor pélvica - leve e constante
• Dor pélvica súbita e forte, frequentemente acompanhada de náusea e vômito, podendo ser
um sinal de torção do suprimento sanguíneo do ovário ou de ruptura de um cisto
acompanhada de sangramento interno.
Tratamento:
• Anticoncepcionais;
• Cirurgia de retirada de cistos.
Síndrome dos Ovários Policístico - SOP
• É um distúrbio que interfere no processo normal de ovulação em virtude de
desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos.
• Esses cistos permanecem e modificam a estrutura ovariana, tornando o
órgão até 3X mais largo do que o tamanho normal.
• A disfunção pode levar à secreção de hormônios masculinos (androgênios)
em excesso.
• A portadora da síndrome ovula com menor frequência e tem ciclos
irregulares.
Síndrome dos Ovários Policístico - SOP
• Calcula-se que a SOP afeta 20% das
mulheres durante a fase de vida
reprodutiva.
• Os fatores que levam ao desenvolvimento
da SOP não são totalmente conhecidos.
• Tem origem genética: irmãs ou filhas de
uma mulher portadora do distúrbio tem
50% de chance de desenvolvê-la.
Sinais e sintomas
• Ciclos irregulares;
• Menor frequência de ovulação;
• Dificuldade para engravidar;
O distúrbio favorece o aparecimento de:
• Doenças cardiovasculares;
• Diabetes tipo 2;
• Obesidade;
• Produção da insulina em excesso pelo organismo.
Quando há excesso de hormônios
masculinos, os sinais observados são:
• Crescimento anormal de pelos nas regiões do baixo ventre, seios, queixo e
buço;
• Aumento da oleosidade da pele e aparecimento de espinhas e cravos;
• Queda de cabelos;
• Aumento do peso;
• Manchas na pele, principalmente nas axilas e atrás do pescoço.
Tratamento
• Variam de acordo com o quadro de sintomas da paciente e suas
complicações.
• A utilização de anticoncepcionais hormonais como pílulas e anéis vaginais,
protegem os ovários contra a formação dos micro cistos e diminuem os
níveis de hormônios masculinos e de insulina.
• Mulheres que planejam engravidar também devem utilizar anticoncepcionais
hormonais, em um primeiro momento do tratamento, para regularizar a
menstruação.
Carcinoma de ovário
• O câncer de ovário é pouco frequente e silencioso.
• Infelizmente, cerca de 75% dos casos têm o diagnóstico quando a doença já
está avançada e 10% dos casos têm um componente genético.
• O câncer de ovário mais comum é o que começa nas suas células epiteliais
(80%), ou seja, as células que o revestem.
• Tumores no ovário são mais prevalentes em mulheres na menopausa.
• O uso de anticoncepcional diminui o risco do seu desenvolvimento.
Sintomas:
• Sem sintomas específicos na fase
inicial.
• À medida que o tumor cresce,
pode causar pressão, dor ou
inchaço no abdômen, pelve,
costas ou pernas; náusea,
indigestão, gases, prisão de
ventre ou diarreia e cansaço
constante.
Diagnóstico:
• É o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura.
• Cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do
diagnóstico.
• Tomografia computadorizada, colonoscopia (para avaliar a parte interna no intestino grosso)
e outros, sempre individualizando caso a caso.
• A confirmação do diagnóstico é feita pela biópsia.
• Ainda não existe nenhum método totalmente eficaz no diagnóstico precoce do câncer de
ovário. A história, exame físico, ultrassom é o que se dispõe inicialmente para tentar um
diagnóstico precoce.
Tratamento:
• A escolha vai depender do tipo do
tumor, do estadiamento, da idade e
das condições clínicas da paciente
e de se o tumor é inicial ou
recorrente.
• Se a doença for detectada no início
- especialmente nas mulheres mais
jovens - é possível remover
somente o ovário afetado.
As chances de sucesso do tratamento
dependem dos seguintes fatores:
• estágio do câncer;
• tipo de tumor;
• idade da paciente;
• estado geral de saúde;
• tipo de cirurgia realizada;
• resposta ao tratamento de
quimioterapia.
Doenças das mamas
IST
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Infecções Sexualmente Transmissíveis

 A nova nomenclatura (IST) passou a ser


adotada em substituição à expressão
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
 Destaca a possibilidade de uma pessoa ter e
transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e
sintomas.
 As ISTs ão tão antigas quanto a humanidade.
 São causadas por vírus, bactérias ou outros
microrganismos.
Transmissão

 Principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o


uso de camisinha masculina ou feminina.
 Transmissão vertical.
 Transfusão sanguínea.
 Compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de
drogas injetáveis.
 De maneira menos comum, por meio não sexual, pelo contato de
mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.
Infecções Sexualmente Transmissíveis

 Algumas IST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto


na mulher.
 As IST quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir
para complicações graves, como infertilidades, câncer e óbito.
 O tratamento melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de
transmissão dessas infecções.
 O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços
de saúde do SUS.
Infecções Sexualmente Transmissíveis

 Podem estar associadas a culpa, estigma,


discriminação e violência.
 A espera em longas filas, o agendamento
para nova data, a falta de medicamentos
e a discriminação e/ou falta de
confidencialidade são fatores que
induzem à busca de resolução fora do
sistema formal de saúde.
Sífilis

 Doença infectocontagiosa
sistêmica.
 Possui evolução dividida em
primária, secundária e terciária.
 A principal via de contágio é a
sexual (genital, oral e anal),
podendo ser adquirida por
transfusão sanguínea e também
por transmissão vertical.
Sífilis - História Natural da Doença

 Doença de evolução lenta.


 Quando não tratada, alterna períodos
sintomáticos e assintomáticos.
 Não havendo tratamento após a sífilis
secundária, existem dois períodos de
latência: um recente, com menos de
um ano, e outro de latência tardia, com
mais de um ano de doença.
 A sífilis não confere imunidade
permanente.
Classificação

 Sífilis Primária
 Sífilis Secundária
 Sífilis Latente
 Sífilis Terciária
Sífilis Primária

 O primeiro sintoma é o aparecimento de uma lesão única no local de


entrada da bactéria.
 A lesão é denominada cancro duro.
 É indolor, tem a base endurecida, contém secreção e muitos
treponemas.
 A lesão primária se cura espontaneamente em aproximadamente 2
semanas.
Sífilis Secundária

 Quando a sífilis não é tratada na fase primária, evolui para sífilis


secundária.
 Período em que o treponema já invadiu todos os órgãos e líquidos do
corpo.
 Nesta fase, aparece como manifestação clínica o exantema (erupção)
cutâneo, rico em treponemas e se apresenta na forma de máculas,
pápulas ou de grandes placas eritematosas branco-acinzentadas.
Sífilis Latente

 Se não houver tratamento, após o desaparecimento dos sinais e sintomas


da sífilis secundária, a infecção entra no período latente, considerado
recente no primeiro ano e tardio após esse período.
 A sífilis latente não apresenta qualquer manifestação clínica.
Sífilis Terciária

 Pode levar 10 ou mais de 20 anos


para se manifestar.
 Se manifesta na forma de
inflamação e destruição de tecidos
e ossos.
 As manifestações mais graves
incluem a sífilis cardiovascular e a
neurossífilis.
Sífilis Congênita

 Transmissão transplacentária, da gestante infectada não tratada ou


inadequadamente tratada para o seu concepto.
 A maioria dos casos acontece porque a mãe não foi testada para sífilis
durante o planejamento reprodutivo, no pré-natal ou porque recebeu
tratamento não adequado para sífilis antes ou durante a gestação.

A transmissão ocorre em qualquer fase gestacional ou estágio da doença


materna e pode resultar em: aborto, natimorto, prematuridade ou um amplo
espectro de manifestações clínicas.
Apenas os casos muito graves são clinicamente aparentes ao nascimento.
Sífilis Congênita

 As manifestações clínicas estão relacionadas com o tempo da infecção


materna.
 As manifestações podem estar ausentes ao nascimento, ou surgirem dias,
meses ou anos após o parto.

O diagnóstico e Com pré-natal adequado e


tratamento precoce atenção às crianças
da gestante são expostas ao nascimento, é
capazes de reduzir os possível eliminar a sífilis
casos! congênita!
Sífilis Congênita

 Sífilis Congênita Recente:


ocorre quando o feto
adquire o treponema no
início da gestação e ocorre:
 Hepatoesplenomegalia
(ocorre na maioria dos
casos);
 Anemia;
 Icterícia;
 púrpura (são observados
nos casos com maior
virulência
Sífilis Congênita

 Sífilis Congênita Tardia: ocorre quando a penetração dos treponemas


acontecem nos últimos meses de gestação e estes são poucos virulentos.
 A clínica é mais evidente no terceiro ano de vida.
 Os sintomas são: surdez labiríntica, lesões da córnea, dos ossos e do
sistema nervoso.
Diagnóstico da Sífilis

 Diagnóstico Clínico: através das manifestações clínicas da sífilis nas fases:


primária, secundárias e terciárias.
 Diagnóstico Laboratorial: dependerá da fase evolutiva que o paciente se
encontrar, pois suas manifestações clínicas decidirão qual o melhor
exame a ser escolhido.
Tratamento

 A medicação de escolha é a
penicilina e também tem sido
empregada a azitromicina na
sífilis recente.
 Nas gestantes também é
empregada a penicilina G
benzatina.
Profilaxia

 Utilização de preservativo em todas relações sexuais.


 Teste de VDRL para todas as pessoas com vida sexual ativa.
 Ações de educação em saúde sexual e reprodutiva, na escola, família,
mídia e nos serviços de saúde.
Medidas de controle

 Notificação;
 Investigação de casos; Contribuirão para a redução
dos casos rumo a eliminação
 Tratamento adequado;
da doença.
 Implementação de
medidas para a
prevenção de novos
casos de sífilis congênita.
Gonorreia

 IST bacteriana que infecta especialmente a


uretra.
 Nos homens, a doença provoca sintomas
mais aparentes (secreção purulenta, ardor,
eritema), nas mulheres, pode ser
assintomática.
 Como a secreção purulenta é eliminada
constantemente, a gonorreia é também
conhecida como esquentamento ou
pingadeira.
SINAIS E SINTOMAS

Homens Mulheres
 A bactéria pode transferir-se para o  O quadro é mais grave, porque a
testículo e o epidídimo. infecção que acomete o canal
vaginal pode atingir o útero, subir
 Inflamação ou infecção nos canais
pelas trompas e comprometer os
que formam o epidídimo;
ovários;
 Edema de testículo;
 Infertilidade;
 Esterilidade.
 DIP;
 Óbito.
Gonorreia – Sinais e Sintomas

 Uretra: disúria (dor ao urinar).


 Reto: prurido, secreção purulenta
e sangramento.
 Olhos: dor, sensibilidade à luz e
secreção purulenta.
 Garganta: dor, disfagia e
presença de placas amareladas
na garganta.
 Articulações: calor, rubor, ardor e
edema.
Gonorreia – Tratamento

 Antibioticoterapia.
 O Ministério da
Saúde (MS)
recomenda tratar
simultaneamente
gonorreia e
clamídia.
Linfogranuloma venéreo (LGV)

 Manifestação clínica mais comum:


linfadenopatia inguinal e/ou femoral.
 Modo de transmissão - Contato sexual,
com penetração da bactéria através
da pele ou mucosa.
Linfogranuloma venéreo (LGV)

 Sinais e sintomas:
 Lesão genital de curta duração (3 a 5 dias), que se apresenta como uma
ferida ou como uma elevação da pele.
 Lesão passageira e não facilmente identificada pelos pacientes.
 Entre 6 semanas após a ferida inicial, surge um inchaço doloroso (caroço
ou íngua) na virilha, que, se não for tratado, rompe-se, com a saída de
pus.
 Pode haver sintomas por todo o corpo, como artralgia, febre e mal-estar.
Linfogranuloma venéreo (LGV)

 Complicações - Linfedema peniano e escrotal, hiperplasia


intestinal e linforróidas, hipertrofia vulvar (estiomene -
ELEFANTÍASE), proctite.
 Tratamento: antibioticoterapia
Cancro Mole

 IST bacteriana, frequente em


países tropicais, como o Brasil.
 Transmissão exclusivamente
sexual.
Sinais e sintomas

 Feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de


pus, nos órgãos genitais (ex.: pênis, ânus e vulva).
 Podem aparecer nódulos na virilha, que pode dificultar os movimentos
da perna. Esse caroço pode drenar uma secreção purulenta esverdeada
ou sanguinolenta.
 Nem sempre, a ferida é visível, mas provoca dor na relação sexual e ao
evacuar.
 Pode surgir febre, prostração e dor de cabeça .
Tratamento

 Higiene local.
 Antibioticoterapia.
 O acompanhamento do paciente deve ser feito até a involução total
das lesões;
 É indicada a abstinência sexual até a resolução completa da doença.
 O tratamento dos parceiros sexuais está recomendado mesmo que a
doença clínica não seja demonstrada.
HERPES GENITAL
O herpes simples (HS) é uma doença infecciosa causada por dois
tipos de vírus: o tipo 1 (HSV-1) e o tipo 2 (HSV-2).
 O primeiro tem preferência pela região oral (herpes labial),
enquanto o segundo é o principal responsável por uma das ISTs
mais disseminadas na atualidade: o herpes genital.
 Apesar de suas localizações preferenciais, qualquer um dos dois
tipos pode provocar lesões labiais e/ou genitais; sendo possível,
inclusive, a transmissão do vírus de uma região para a outra.
HERPES GENITAL
• O período de incubação varia de dez a quinze dias após a relação sexual
com o/a portador/a do vírus, que pode ser transmitido mesmo na
ausência das lesões cutâneas ou quando já estão cicatrizadas.

• OBS: Herpes genital na gravidez pode provocar abortamento


espontâneo, uma vez que existe a transmissão vertical do vírus.

• Herpes congênito é uma doença extremamente grave e letal.


HERPES GENITAL
As manifestações da infecção pelo HSV podem ser divididas em
primoinfecção herpética e surtos recidivantes.
Sabe-se que muitos indivíduos que adquirem a infecção por HSV
nunca desenvolverão manifestações e que a proporção de infecções
sintomáticas é estimada entre 13% e 37%.
Entre os indivíduos com infecção pelo HIV, as manifestações
tendem a ser dolorosas, atípicas e de maior duração.
Vírus Herpes tipo I
Vírus Herpes tipo II
SINAIS DA HERPES GENITAL
Pequenas vesículas que se distribuem em forma de buquê nos genitais
masculinos e femininos. Podem estar presentes dentro do meato uretral ou
atingir a região retal de onde se disseminam se o sistema imunológico estiver
debilitado.

As lesões do herpes genital costumam regredir espontaneamente, mesmo sem


tratamento, nos indivíduos imunocompetentes. Nos portadores de HIV, porém,
elas adquirem dimensões extraordinárias.
SINTOMAS
Ardor, prurido, formigamento e gânglios inflamados podem
anteceder a erupção cutânea.

 As manchas vermelhas que aparecem alguns dias mais tarde


evoluem para vesículas agrupadas em forma de buquê. Depois, essas
pequenas bolhas cheias de líquido se rompem, criam casca,
cicatrizam, mas o vírus migra pela raiz nervosa até alojar-se num
gânglio neural, onde permanece em repouso até a recidiva seguinte.
TRANSMISSÃO HERPES GENITAL

Relação sexual sem o uso do preservativo.


 Durante o parto.
 Pode ocorrer mesmo que o(a) portador(a) seja assintomático.
 É durante a reativação - desde a fase de bolhas até a completa cicatrização
da(s) ferida(s) – que a infecção se dissemina mais facilmente. Portanto, as
relações sexuais devem ser completamente evitadas nesse período.
Nas gestantes, cujo trabalho de parto se inicia durante o episódio de
recorrência da doença, recomenda-se a cesariana para evitar a contaminação
do feto e o herpes neonatal.
PRIMO-INFECÇÃO E RECIDIVA
A primeira infecção pode ser muito agressiva e longa, porque o
vírus é um elemento estranho e não houve tempo ainda para o
sistema de defesa desenvolver estratégias para combatê-lo.
 Já as recidivas costumam ser menos graves, porque o organismo
criou anticorpos capazes de tornar a doença autolimitada, mas
permanece o risco de recidivas.
TRATAMENTO
Infelizmente, não existe cura para essa IST.
 Os medicamentos atualmente empregados (anti-virais) apenas encurtam a
duração das “crises” (apressam a cicatrização das feridas) e aumentam o
período entre as recorrências.
 Em alguns casos, em que os episódios são muito frequentes, prolonga-se a
prescrição por vários meses (terapêutica supressiva).
PROFILAXIA
Usar preservativo nas relações sexuais e evitar múltiplos parceiros;
Mesmo que a mulher não tenha lesões visíveis, deve informar o médico
de que é portadora do vírus do herpes genital, se pretende engravidar;
Apesar de as lesões regredirem espontaneamente nas pessoas com
resposta imune satisfatória e as recidivas serem menos graves do que a
primeira infecção, elas podem continuar transmitindo o vírus do herpes
genital.
ENFERMAGEM
Durante a consulta de enfermagem, o enfermeiro poderá aconselhar para o
controle do Herpes Genital com as seguintes informações:

uso de roupas íntimas folgadas; realizar uma boa higiene local para prevenir
uma superinfecção;
 usar preservativos ou evitar ter relações sexuais até que os sinais e sintomas
desapareçam; promover uma educação à saúde; se o paciente estiver
hospitalizado deverá ficar isolado evitando assim que outros pacientes usem o
mesmo vaso sanitário; se for gestante é considerado de risco obstétrico, pois a
transmissão fetal ocorre pelo canal de parto, sendo indicado à cesariana.
HEPATITES
• Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite
é a inflamação do fígado.
• Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e
outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e
genéticas.
• São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas,
mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura,
enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina
escura e fezes claras.
HEPATITES
• Existem os tipos A, B, C, D e E.
• No Brasil, as mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Os vírus D e E
são mais frequentes na África e na Ásia.
• Vírus A e E: transmissão fecal-oral.
• Vírus B, C e D: transmissão através do sexo desprotegido, compartilhamento
de perfuro cortantes e transmissão vertical
HEPATITE B
O vírus da hepatite B atinge
células do fígado (hepatócitos).
Está presente no sangue, na
saliva, no sêmen e nas secreções
vaginais da pessoa infectada.
HEPATITE B
A transmissão pode ocorrer por:
- via vertical (da mãe para o feto durante a gestação, parto ou amamentação);
- via horizontal: através de pequenos ferimentos na pele e nas mucosas; pelo
uso de drogas injetáveis e por transfusões de sangue (risco que praticamente
desapareceu desde que o sangue dos doadores passou a ser rotineiramente
analisado);
- relações sexuais desprotegidas: o vírus atinge concentrações altas nas
secreções sexuais.
SINTOMAS
Hepatite aguda (pode passar despercebida): náuseas, vômitos, mal-estar, febre,
fadiga, perda de apetite, dores abdominais, urina escura, fezes claras, icterícia.
 A maioria dos pacientes elimina o vírus e evolui para a cura definitiva. Em
menos de 5% dos casos, o VHB persiste no organismo e a doença torna-se
crônica.
Hepática crônica: icterícia, aumento do baço, acúmulo de líquido na cavidade
abdominal (ascite), distúrbios de atenção e de comportamento (encefalopatia
hepática).
EVOLUÇÃO DA DOENÇA
Hepatite Aguda

- A hepatite B pode ser curada sozinha sem sintomas (70% dos casos).
- O vírus da hepatite B pode permanecer no organismo por semanas antes dos
sintomas, variando de 6 semanas a 6 meses.
- Em alguns poucos casos (0,1-0,5%), a resposta do organismo é tão exagerada
que há destruição maciça dos hepatócitos (hepatite fulminante), podendo ser
fatal.
- O sintoma que mais sugere a hepatite fulminante é o desenvolvimento de
alterações neurológicas (sonolência, confusão mental), além de sangramentos e
dificuldades respiratórias.
EVOLUÇÃO DA DOENÇA
Hepatite Crônica:

Em cerca de 3-8% dos adultos, a defesa imunológica não consegue destruir as
células infectadas e a inflamação (hepatite) persiste.
Quando a infecção persiste por mais de 6 meses, definindo hepatite crônica, a
chance de cura espontânea é muito baixa.
Os sintomas mais comuns são falta de apetite, perda de peso e fadiga, apesar
da maioria das pessoas ser assintomática.
HEPATITE B

> 50% formas assintomáticas


90 - 95% = cura (adultos)
5 - 10% = forma crônica (adultos)

CIRROSE HEPÁTICA
HEPATOCARCINOMA
TRATAMENTO
Na maioria dos casos, o tratamento da hepatite B aguda tem como
objetivo aliviar os sintomas e afastar o risco de complicações.
 Nem todos os portadores de hepatite B crônica com diagnóstico
recente precisam de tratamento imediato. Quando ele se faz necessário,
existem remédios que inibem a replicação do vírus e atuam no controle
da resposta inflamatória.
PREVENÇÃO
Imunização.
Sorologia para hepatite B durante o pré-natal.
Uso de preservativo em todas relações sexuais.
HEPATITE C
Transmissão sanguínea
Ainda não existe cura,
somente tratamento
paliativo
SINTOMAS
A hepatite C é assintomática na maioria dos casos.
Em algumas situações, o paciente pode apresentar mal-estar, vômitos,
náuseas, icterícia, dores musculares, perda de cabelo, depressão e
emagrecimento. Ascite (barriga d’água), cansaço extremo, confusão mental
podem ser sintomas do estado avançado da doença.

No entanto, a maioria dos portadores só percebe que está doente anos
após a infecção, quando apresenta um caso grave de hepatite crônica
com risco de cirrose e câncer no fígado.
HEPATITE C
• Infecção aguda < 25% apresentam sintomas

30 a 70% evoluem para forma crônica

CIRROSE HEPÁTICA
HEPATOCARCINOMA
TRATAMENTO
A cura é definida pela ausência de vírus no sangue seis meses após
o término do tratamento.As chances variam entre 40% a 60%.
AIDS
 Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
 Pandemia teve início em 1981
 Agente etiológico:Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
 HIV foi descoberto no ano de 1983.
 Em 1987 houve a descoberta do primeiro antiretroviral- AZT
(Zidovudina)- benefício de um ano de sobrevivência apenas.
PATOGENIA
• Poucas semanas após a infecção, há uma intensa replicação viral (elevada
viremia).
• Nesta fase inicial, o paciente pode permanecer assintomático ou manifestar
sintomas leves como fadiga, febre, faringite. A soroconversão1 ocorre
normalmente de 1 a 3 meses após a infecção inicial, podendo em alguns casos
raros ser mais tardia, até um ano depois.

1Soroconversão é o momento em que uma pessoa soropositiva tem anticorpos suficientes do vírus HIV
no seu sistema de forma que um teste de rastreio será capaz de detectá-lo. Esse momento é importante
na obtenção de diagnósticos de infecção por HIV.
PATOGENIA
• O período de tempo entre a
infecção inicial e o aparecimento
de anticorpos é chamado de janela
imunológica, em que os testes
sorológicos para o HIV podem ser
negativos, embora o paciente
esteja infectado e possa transmitir
o vírus.
EPIDEMIOLOGIA
No Brasil, de 2007 até junho de 2021, foram notificados no Sinan (Sistema de
Informação de Agravos de Notificação) 381.793 casos de HIV.
Desde o ano de 2012, observa-se uma diminuição na taxa de detecção de aids
no Brasil, configurando um decréscimo de 35,7%.
No período de 2000 até junho de 2021, foram notificadas no país 141.025
gestantes infectadas com HIV.
Também em 2020, foram registrados no um total de 10.417 óbitos por
causa básica aids.
Embora se observe uma diminuição dos casos de aids no país, principalmente nos últimos anos, cabe ressaltar que
parte dessa redução pode estar relacionada à subnotificação de casos, em virtude da mobilização local dos
profissionais de saúde ocasionada pela pandemia de covid-19.
TRANSMISSÃO
O vírus HIV pode ser transmitido através de:
 relação sexual, sem preservativo.
 transfusão de sangue que não houve testagem.
 materiais perfuro cortantes.
 vertical: durante a gravidez, parto e aleitamento
materno.
Acesse:
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/Boletim%20Epidemiol%C3%
B3gico%20Especial%20-%20HIV-Aids%202021.pdf
TRANSMISSÃO SEXUAL
Principais fatores de risco:
• Relação vaginal, anal e oral sem o uso de preservativo;
• Presença de outras ISTs (com ou sem úlcera genital);
- Menstruação;
- Múltiplos parceiros sexuais.
TRANSMISSÃO SANGUÍNEA

- Usuários de drogas injetáveis e inalatórias;


- Tatuagens e piercings;
- Compartilhamento de seringas e agulhas;
- Transfusão sanguínea sem testagem.
TRANSMISSÃO VERTICAL

Pode acontecer em qualquer fase da gestação.


- Sem associação a malformações congênitas.
- Associado a aborto espontâneo, parto prematuro, natimorto,
desnutrição fetal, entre outros.
SÍNDROME RETROVIRAL AGUDA (SRA)

• Conjunto de manifestações clínicas aguda: febre alta, cefaleia,


astenia, adenopatia, faringite, exantema, mialgia, sudorese,
linfadenomegalia, esplenomegalia, letargia, anorexia e depressão.
• A SRA é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas
desaparece em três a quatro semanas.
FASE SINTOMÁTICA

• febre baixa, • alterações neurológicas,


• perda ponderal, • infecções bacterianas
• sudorese noturna, (pneumonia, sinusite, bronquite),
• fadiga, • herpes-zoster,
• diarreia crônica, • candidíase oral,
• cefaleia, • leucoplasia oral pilosa.
LEUCOPLASIA ORAL PILOSA
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA
ADQUIRIDA – AIDS
• O aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias é definidor da aids.
• Entre as infecções oportunistas, destacam-se: pneumocistose,
neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite
criptocócica, retinite por citomegalovírus, miocardiopatia, nefropatia e
neuropatias.
• As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi e câncer de colo uterino,
em mulheres jovens.
INFECÇÕES OPORTUNISTAS
Pneumocistose Neurotoxoplasmose
INFECÇÕES OPORTUNISTAS
Sarcoma de Kaposi
DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico precoce aumenta a expectativa de vida.
• Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo
certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito
em qualidade de vida.
• As mães que vivem com HIV têm 99% de chance de terem filhos
sem o vírus se seguirem o tratamento recomendado durante o
pré-natal, parto e pós-parto.
DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de
sangue ou por fluido oral.
• Os exames podem ser feitos de forma anônima.
• No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos.
• Esses testes são realizados gratuitamente pelo SUS, nas unidades da
rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
DIAGNÓSTICO
• A infecção pelo HIV pode ser
detectada em, pelo menos, 30
dias a contar da situação de
risco.
•O exame busca por
anticorpos contra o HIV no
material coletado.
DIAGNÓSTICO NO PRÉ-NATAL

A testagem para HIV é recomendada no 1º trimestre. Mas, quando a


gestante não teve acesso ao pré-natal adequado, o diagnóstico pode
ocorrer no 3º trimestre ou até na hora do parto.
 As gestantes que souberem da infecção durante o pré-natal têm
indicação de tratamento com os medicamentos para prevenir a
transmissão para o feto.
A mãe que tem o vírus não deve amamentar o bebê.
CUIDADOS COM A MÃE HIV+
A gestante, parturiente e puérpera deverá ser acompanhada por
serviço especializado (Ambulatório de Infectologia).
A gestação é considerada de alto risco devido à infecção.
GESTAÇÃO – A gestante utilizará antirretrovirais durante toda a
fase gestacional. Geralmente, os de escolha são Biovir e Kaletra por
apresentarem menor toxicidade para o feto.
CUIDADOS COM A MÃE HIV+
PARTO – Durante trabalho de parto, com paciente hospitalizada,
deverá ser administrado antirretroviral, geralmente AZT (zidovudina)
desde o início do trabalho de parto até o nascimento do bebê e
clampeamento do cordão umbilical.
A via de parto (vaginal ou cesárea) deve ser uma escolha obstétrica.
O RN deverá receber por 40 dias antirretroviral (geralmente o AZT),
em xarope.
PUERPÉRIO - A puérpera não deve amamentar o RN e este deve
realizar exames e somente com 18 meses pode encerrar o caso para
detecção do HIV.
TRATAMENTO
• A contagem de LT-CD4+ é um dos biomarcadores mais
importantes para avaliar a urgência de início da TARV (Terapia
Antiretroviral), do grau de comprometimento do sistema imune e a
indicação das imunizações e das profilaxias para infecção
oportunista.
• A CV-HIV (carga viral) é considerada o padrão-ouro para
monitorar a eficácia da TARV e detectar precocemente problemas
de adesão em pessoas vivendo com HIV.
TRATAMENTO
• Os ARV ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico.
• O uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de
vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e
infecções oportunistas.
• Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo
com HIV que necessitam de tratamento.
• Atualmente, existem 22 medicamentos, em 38 apresentações farmacêuticas.
CUIDADO CONTÍNUO, LINHA DE CUIDADO
E REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE PARA PVHIV
VINCULAÇÃO
• É o processo que consiste no acolhimento, orientação, direcionamento e
encaminhamento de uma pessoa recém diagnosticada com HIV ao
serviço de saúde, para que ela realize as primeiras consultas e exames o
mais brevemente possível e desenvolva autonomia para o cuidado
contínuo.
RETENÇÃO
• É o processo que consiste no
acompanhamento clínico regular e
contínuo da pessoa que vive com
HIV já vinculada ao serviço de
saúde, garantindo que ela
compareça às consultas, faça
exames regularmente e, se estiver
em terapia, realize também o
seguimento do seu tratamento,
respeitando a sua autonomia.
ADESÃO AO TRATAMENTO
• Consiste na utilização ideal dos ARV,
respeitando as doses, horários e
outras indicações.
• A adesão também é um processo
colaborativo que facilita a aceitação e
a integração de determinado
esquema terapêutico no cotidiano
das pessoas em tratamento,
pressupondo sua participação nas
decisões sobre a terapia.
ACONSELHAMENTO
• Técnica eficaz que permite contato direto com o usuário, considerado como
estratégia eficaz para intervenções educativas com vistas à mudança de
comportamentos de risco e para manejo da comunicação do resultado.
• Exige disponibilidade de tempo por parte do aconselhador, consistência,
uniformidade e precisão da informação.
OBJETIVOS DO ACONSELHAMENTO:

 A prevenção primária do HIV;


 A reflexão que possibilite a percepção das vulnerabilidades e a
adoção de práticas mais seguras;
 A adesão do usuário ao tratamento;
 O tratamento do(s) parceiros sexual(is);
 A adoção de práticas preventivas.
PREVENÇÃO
• A melhor técnica é a Prevenção Combinada.
• A Prevenção Combinada é um conjunto de estratégias que utiliza
diferente formas de abordagens para dar uma resposta ao HIV e
outras IST.
• Essas estratégias podem ser biomédicas, comportamentais e
estruturais e podem ser aplicadas de maneira que atinja múltiplos
públicos nos níveis individual, social, comunitário e entre
relacionamentos.
INTERVENÇÕES BIOMÉDICAS

• São ações voltadas à redução do risco de exposição, mediante intervenção na


interação entre o HIV e a pessoa passível de infecção.
• 1. Intervenções biomédicas clássicas:
– Estratégia que emprega métodos de barreira física ao vírus  distribuição
de preservativos masculinos e femininos e de gel lubrificante.
• 2. Intervenções biomédicas baseadas no uso de ARV:
– Tratamento para Todas as Pessoas – TTP;
– Profilaxia Pós-Exposição – PEP;
– Profilaxia Pré-Exposição – PrEP.
INTERVENÇÕES COMPORTAMENTAIS
• São ações que contribuem para o aumento da informação e da percepção do
risco de exposição ao HIV e para sua consequente redução.
• Exemplo:
– incentivo ao uso de preservativos;
– aconselhamento sobre HIV/aids e outras IST;
– incentivo à testagem;
– adesão às intervenções biomédicas;
– vinculação e retenção nos serviços de saúde;
– redução de danos para as pessoas que usam álcool e outras drogas;
– estratégias de comunicação e educação entre pares.
INTERVENÇÕES ESTRUTURAIS
• Ações voltadas aos fatores e condições socioculturais que
influenciam diretamente a vulnerabilidade de indivíduos ou grupos
sociais específicos ao HIV, envolvendo preconceito, estigma,
discriminação ou qualquer outra forma de alienação dos direitos e
garantias fundamentais à dignidade humana.
• Exemplos: ações de enfrentamento ao racismo, sexismo, LGBTfobia
e demais preconceitos; promoção e defesa dos direitos humanos;
campanhas educativas e de conscientização.
https://unaids.org.br/wp-content/uploads/2022/02/Cartilha-
Prevencao-Combinada-UNAIDS.pdf
INFECÇÃO OCUPACIONAL

– Pode acontecer em caso de acidente de trabalho com material


perfuro cortante em que o paciente fonte seja portador do
vírus HIV.
TEMPO TRANSCORRIDO ENTRE A EXPOSIÇÃO E O
INÍCIO DO TRATAMENTO
• O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma urgência médica.
• A Profilaxia Pós Exposição (PEP) pelo HIV deve ser iniciada o mais
precocemente possível, idealmente nas primeiras 2 horas após a exposição,
tendo como limite as 72 horas subsequentes à exposição.
• A indicação de PEP requer a avaliação do risco da exposição, o que inclui:
• 1. O tipo de material biológico envolvido;
• 2. O tipo de exposição;
• 3. O tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento;
• 4.A condição sorológica para HIV da pessoa exposta e da pessoa fonte.
PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS EM CASO
DE EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO

1) CUIDADOS LOCAIS
 LAVAGEM EXAUSTIVA COM ÁGUA E SABÃO NA ÁREA
EXPOSTA (PERCUTÂNEO)
 LAVAGEM EXAUSTIVA COM ÁGUA OU SORO FISIOLÓGICO
APÓS EXPOSIÇÃO EM MUCOSAS

2) MEDIDAS ESPECÍFICAS DE QUIMIOPROFILAXIA - HIV


 DEVERÁ SER INICIADA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL
ENTRE 1 A 2 HORAS APÓS O ACIDENTE:  risco em 81%
 A DURAÇÃO DA QUIMIOPROFILAXIA É DE 4 SEMANAS
RISCO DE INFECÇÃO OCUPACIONAL PELO HIV, HBV E
HCV E MATERIAIS BIOLÓGICOS ENVOLVIDOS:

Risco de HIV HBV HCV


infecção
Percutâneo 0,2 - 0,5% 6 - 40% 3 - 10%
Mucosa 0,09% Não medido Não medido
Pele não Não medido Não medido Não medido
íntegra
MB mais Sangue Sangue Sangue
envolvido
MB Urina, Urina, fezes Urina, fezes,
improváveis de fezes, saliva
oferecer risco saliva
MB – Material Biológico
São Paulo, 1998.

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