Você está na página 1de 5

APENDICITE

Profº. Me. Joélio Pereira da Silva

• DEFINIÇÃO

• É a inflamação do apêndice cecal – é uma estrutura vermiforme que sai da


porção do intestino grosso – Mede: 10 cm – Localiza: na parte inferior do
abdome.

• Apresenta um canal em seu interior que se comunica com o intestino grosso,


onde existem fezes semilíquidas.

• EPIDEMIOLOGIA

• É a causa mais comum de abdome agudo cirúrgico;

• Acomete cerca de 7 – 10% da população;

• Mais frequente em jovens, pico na segunda década de vida;

• Mortalidade – 1% (5% nos extremos de idade, imunodeprimidos, perfuradas).

• TIPOS DE APENDICITE

• Apendicite Aguda

 Ocorre em todas as idades, sendo mais comum na infância.

• Apendicite crônica

 Ocorre com episódios de apendicites subagudas repetidas, ue levam a


inflamação contínua.

• ETIOLOGIA

• As apendicites podem surgir após obstrução do apêndice. Por gorduras e/ou


fezes.

• Fecalito, parasita intestinal, cálculos da vesícula biliar, ou aumento de volume


dos gânglios linfáticos locais,ulceração da mucosa,corpo estranho,tumor.

• ETIOLOGIA

• Causa viral (Infecção – gastrointestinal);

• Bacteriana (Uma bactéria presente naturalmente dentro do apêndice começa a se


multiplicar – inflamação do apêndice – secreção purulenta – se não tratada
rapidamente, o apêndice pode causar o rompimento do apêndice.

• FISIOPATOLOGIA
• O apêndice torna-se inflamado e edemaciado em consequência da obstrução;

• A obstrução provoca efluxo de muco, aumentando a pressão no apêndice


distendido;

• As bactérias multiplicam-se, aumentando a inflamação e a pressão, restringindo


o fluxo sanguíneo e provocando trombo e dor abdominal.

• FISIOPATOLOGIA

• FISIOPATOLOGIA

FASES:

• Hiperêmica: Intraluminal, mucosa;

• Edematosa: Edema da parede;

• Fibrinosa: Extensão até a serosa;

• Flegmonosa: Coleção purulenta no lúmen;

• Gangrenosa/ perfurativa: trombose venosa, isquemia da aborda antimesentérica


90% por fecalito.

• INCIDÊNCIA

• Pode ocorrer em qualquer idade; contudo, a maioria dos casos ocorre entre 11 e
20 anos;

• Acomete homens e mulheres; porém é mais comum entre a puberdade e os 25


anos, mais prevalente em homens;

• A incidência de complicações é mais elevada em crianças e idosos.

• SINTOMATOLOGIA

• Dor no abdome, junto do umbigo, movendo-se após algumas horas para o


quadrante inferior direito. É uma dor pontual, contínua e localizada, fraca no
início, mas que vai aumentando de intensidade.

• Sensibilidade local no ponto de McBurney(QID) e hipersensibilidade de rebote;

• Sinal de Rovsing:ao se palpar o QIE a dor será sentida no QID

• SINTOMATOLOGIA

LOCALIZAÇÃO DA DOR

• Referida: (Dor visceral) – estimulação das terminações nervosas aferentes do


intestino delgado que possuem a mesma origem.
• Localizada: (Dor somática) – contato do apêndice com peritônio parietal –
terminções somaticas.

• SINTOMATOLOGIA

• Sinal de psoas: dor abdominal que ocorre quando o cliente flexiona o quadril
com pressão aplicada no joelho

• A extensão da hipersensibilidade, espasmo muscular e da diarreia ou


constipação dependem mais da localização do apêndice do que da extensão do
processo inflamatório;

• Retrocecal: dor e hipersensibilidade na região lombar;

• SINTOMATOLOGIA

SINAL DE PSOAS:

• SINTOMATOLOGIA

• SINTOMATOLOGIA

• Extremidade na pelve, reto ou bexiga: dor e hipersensibilidade ao exame retal, a


defecação e disúria;

• Náusea, vômito, apatia, febre baixa e falta de apetite;

• Calafrios, constipação, diarreia, inapetência, náuseas, tremores;

• Distensão abdominal

• DIAGNOSTICO

EXAME FISICO:

• Temperatura;

• Inspeção passiva e ativa;

• Palpação superficial;

• Palpação profunda;

• Sinais de sensibilidade;

• Toque retal.

• DIAGNOSTICO

• É difícil devido ao grande número de casos que apresentam apenas alguns, ou


até nenhum sintoma específico até muito tarde na progressão da doença.
• As apendicites com poucos sintomas são mais freqüentes em idosos ou crianças.
Outro problema é que o apêndice pode ter localizações raras, o que dificulta a
atribuição de uma dor num local onde ele não seja comum (como no lado
esquerdo).

• DIAGNOSTICO

EXAMES COMPLEMENTARES

• Hemograma;

• Exame de Urina;

• Exame de imagem (raio x simples de abdome e torax).

• DIAGNOSTICO

EXAMES COMPLEMENTARES

• Ultra-sonografia;

• Tomografia

• TRATAMENTO

• Cirúrgico. Quanto antes, melhor é o seu prognóstico;

• Medicamentoso:antibioticoterapia, analgésicos,Hv;

• Só excepcionalmente, o tratamento clínico é introduzido antes da cirurgia.

• TRATAMENTO

• COMPLICAÇÕES

• Infecção da ferida;

• Fístula;

• Abscessos: pélvico e/ou subfrênico;

• Obstrução intestinal;

• Peritonite;

• Sepse;

• Trombose da veia porta;

• Esterilidade;
• Íleo paralítico e mecânico.

• PROGNÓSTICO

• A incidência de perfuração é de 10 a 32%Se não tratada, morrem 2% dos


doentes.

• O diagnóstico precoce e tratamento cirúrgico de todos os casos, mesmo que de


diagnóstico duvidoso, reduz a mortalidade a 0,1%.

• INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

• INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

• Manter dieta zero;

• Administrar medicações;

• Evitar a administração de catárticos ou enemas;

• Evitar aplicação de calor na FID;

• Monitorizar: SSVV, balanço hídrico, controle da dor, ruídos intestinais, flatos ou


evacuações, cicatrização da ferida;

• Observar sinais de complicações;

• Estimular deambulação precoce e exercícios respiratórios.

• REFEÊNCIAS

• Sintomatologia ao Plano de Alta. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

• BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Médico


Cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

Você também pode gostar