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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX - UNIFACEX

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
ENFERMAGEM NAS AÇÕES INTEGRADAS DE SAÚDE DO
ADULTO E IDOSO

Assistência de Enfermagem
ao paciente com afecções
Gastrintestinais

Profa. Me. Flávia Barreto Tavares Chiavone


4 grupos;

Apresentação: 06 e 07/06;
Painel de
Doenças Doenças Tropicais: Chagas, Dengue,
Tropicais Esquistossomose, Tuberculose;

Relacionar com a clínica médica.


Objetivos

• Relembrar os aspectos anatômicos e a fisiologia do TGI;

• Compreender as diferentes disfunções do TGI;

• Refletir sobre as ostomias;

• Reconhecer a prática de enfermagem nesse contexto.


Anatomia do Sistema Digestório

Mede entre 7 a 7,9 metros;

• Esôfago: 25 cm;
• Estomago: 1.500 ml;
• Intestino delgado: 7 m (5 a 8 m);
• Intestino grosso: Recebe 20% do DC total;

Se estende da boca ao ânus;


Anatomia do TGI...
Fisiologia do TGI...
Abdome agudo

Caracteriza-se pelo aparecimento


agudo da dor abdominal;

Na maioria das vezes o TTT é via


cirúrgica;

Sintomatologia associada a
diferentes etiologias;

Peritonite, apendicite, diverticulite


grave e obstrução intestinal.
Apendicite
• Apendicite possui de 8 a 10 cm;
• Possui resíduos da digestão;
• Propenso a obstrução e inflamação;
• Uma das principais causas de abdome agudo;
• Predisposição familiar;
• Atinge mais homens;
• Faixa etária entre 10 e 30 anos (incomum em
idosos)
Fisiopatologia...
• Oclusão do apêndice:
• Por um fecálito (massa de fezes enrijecidas);
• Sementes (raras);
• Aumento da pressão intraluminal;
• Edema;
• Obstrução do orifício;
• Isquemia do apêndice;
• Proliferação bacteriana excessivo;
• Grangrena e/ou perfuração.
Manifestações Clínicas

• Dor abdominal (periumbilical);


• QID;
• Náuseas;
• Febre baixa;
• McBurney positivo;
• Sinal de Rosving (QIE);
• Constipação;
• Rompimento = Quadro de peritonite;
Apendicite

Alterações laboratoriais:
Leucócitos
Neutrófilos (Bastonetes)
Proteína C Reativa
Tratamento Clínico

• Intervenção cirúrgica imediata


(Apendicectomia);

• Antibioticoterapia profilática;

• Analgesia.
Peritonite
• Gerada pela inflamação do peritônio;

• Primário (PBE): Infecção bacteriana


(insuficiência hepática);

• Secundária: infecção fúngica ou


micobacteria (extravasamento ou
perfuração);

• Terciária: Imunodeprimidos (AIDS);


Causas da Peritonite

• Primária ou PBE:
• E. coli, Klebsiella, Proteus, Pseudomonas,
Streptococus;
• Secundária:
• Perfuração (cirurgias),
• extravasamento (apendicite);
• traumatismos (projeteis);
• Terciários:
• Imunossupressão + infecção oportunista.
Fisiopatologia
• Extravasamento do conteúdo de órgãos abdominais
dentro da cavidade abdominal;
• Traumatismo;
• Inflamação;
• Isquemia;
• Perfuração tumoral.
• Proliferação bacteriana;
• Edema nos tecidos;
• Produção de exsudato;
• Turvo: proteínas, leucócitos, resíduos celulares e
sangue.
• Aumento da motilidade intestinal;
• Acumulo de ar e liquido.
Manifestações Clínicas
Dor difusa que
Variam com a
tende a se tornar Inatividade (devido Distensão
localização e
constante e a dor); abdominal;
magnitude;
localizada;

Redução da
Sesibilidade; Rigidez abdominal; peristalse e íleo Febre;
paralitico;

Vomito; Hipotensão; Sepse e choque.


Peritonite

Alterações laboratoriais:
Leucocitos;
Neutrofilos (Bastonetes);
Hemoglobina;
Hematócrito;
Eletrolitos (Mg, K, Na)
Tratamento Clínico

Reposição de
líquidos (coloides Analgésicos; Antieméticos;
e eletrólitos);

Cirurgias (se
Oxigenação por entravamento de
Antibioticoterapia;
VNI; órgãos -
apendicite)
Doença Diverticular
(Diverticulite)
• Divertículo:

• Consiste na herniação em formato de


saco do revestimento do intestino;

• Podem ser encontrados do esôfago ao


cólon;

• São achados principalmente no


Cólon Sigmoide.
Doença Diverticular
(Diverticulite)
• Diverticulose:
• Existência de múltiplos divertículos que
não geram inflamação, nem sinais e
sintomas;
• Achado patológico em 80% dos casos;
• Diverticulite:
• Quando um divertículo se torna
inflamado;
• Gera obstrução, abcesso, fístula,
peritonite e Hemorragia.
Fisiopatologia

Aumento da pressão
intraluminal; Herniação das Acumulo de
paredes mucosa e conteúdo fecal no
• Dieta pobre em fibras;
• Fezes enrijecidas;
submucosa do cólon; cólon;

Inflamação e
Perfuração do cólon; Peritonite
infecção;
Constipação Crônica;

Episódios de diarreia;

Náuseas;

Manifestações Falta de apetite;

Clínicas
Distensão abdominal;

Dor em QIE;

Graves:

• Febres, massa palpável, dor, leucocitose.


Diagnóstico Clínico

• Colonoscopia;

• TC abdominal com contraste;

• Classificação da perfuração.
Tratamento
• Clínico: Estágio I

• Dieta (rica em fibras, pobre em gorduras),


repouso e medicação;

• Cirúrgico: Estágio III ou IV

• Ressecção de região;

• Tipo de procedimento e região varia com a


gravidade da doença.
Neoplasias Colorretais

• Tumores benignos e malignos;

• Pólipos: malignos e benignos;

• Câncer colorretal.
Pólipos de Cólon e Reto
• Pólipos:

• Consiste em uma massa de tecido que se projeta


para dentro do lúmen do intestino;

• Podem ocorrer em qualquer ponto do intestino e


reto;

• Pólipos Neoplásicos;

• Pólipos não Neoplásicos.

• Devem ser retirados quando identificados


(prevenção);
Variam com o tamanho do pólipo;

A pressão que exercem sobre o tecido;


Manifestações
Clínicas Geralmente assintomáticos;

Dor abdominal;

Sangramentos retais.
História Clínica;

Diagnósticos Exame Retal com


colonoscopia;

Colonoscopia.
Neoplasias mais comuns no Brasil

INCA, 2022
Neoplasias mais comuns no Brasil

INCA, 2022
Câncer Colorretal

• Principal fator de risco: Envelhecimento;

• Faixa etária: 65 a 74 anos;

• Aumento da incidência em adultos


com menos de 50 anos.

• 20% dos pacientes tem histórico familiar;


• Alto consumo de bebidas alcoólicas (> 2 drinks
diários);
• Câncer de colón ou pólipos adenomatosos
anteriores;
• Dieta com alto teor de gorduras e proteínas e baixo

Fatores teor de fibras;


• Envelhecimento;
• História de câncer genital (endométrio, ovários e

de Risco mamas);
• DM 2;
• Histórico familiar;
• Afro americanos e judeus asquenaze;
• Sexo masculino;
• Sobrepeso/obesidade;
• Tabagismo.
Fisiopatologia
• Adenocarcinoma;

• Origem do tecido epitelial do


intestino;

• Pode iniciar como pólipo benigno


e evoluir.
Manifestações Clínicas

Variam com localização do Mudanças no hábitos


Sangue nas fezes; Anemia;
tumor; intestinais;

Estreitamento das alças:


Região retal: tenesmo, dor
dor e cólica abdominal,
retal, sensação de
fezes estreitadas,
Perda de peso; Fadiga; evacuaçao incompleta,
constipação, distensão
constipação, diarreia e fezes
abdominal, sangue
sanguinolentas.
vermelho vivo.
Tratamento

Cirúrgico; Quimioterápico;

Radioterapia; Curativo ou paliativo


Obstruções Intestinais
• Ocorre devido a um bloqueio que impede o fluxo
normal do conteúdo intestinal:

• Mecânica;

• Vólvulo (volvo).

• Funcional ou paralítica;
Vólvulo
• Intestino torce e se dobra sobre si mesmo e oclui o
suprimento sanguíneo;

• Lúmen intestinal obstruído;

• Acumulo de gases e líquidos.


Fatores de risco e associados
• Bebês com malformação (má rotação intestinal);
• Aumento do cólon;
• Doença de Hirschsprung;
• Gravidez;
• Aderências abdominais (gastroplastias, lipoaspirações);
• Conteúdo intestinal anormal (por exemplo, íleo meconial).
Manifestações
Clínicas
• Dor abdominal;

• Distensão abdominal;

• Constipação;

• Náuseas;

• Vômitos.
Tratamento
Ostomias
• É um procedimento cirúrgico realizado para a
construção de um trajeto entre um órgão e o meio
exterior;

• Podem ser: colostomias, ileostomias e urostomia;

• Indicações: doenças intestinais inflamatórias,


câncer, diverticulite.
Ileostomias
• É um estoma criado cirurgicamente para
desviar o fluxo do intestino delgado;

• Realizada principalmente após


colectomia total;

• Material drenado liquido e não formado.


Colostomia
• A colostomia é a exteriorização
no abdome de uma parte do
intestino grosso, o cólon, para
eliminação de fezes/gases;

• Característica das fezes varia com


a região da colostomia.
Cuidados de enfermagem a
afecções digestivas
• Dor aguda;
• Risco de desequilíbrio hidroeletrolítico;
• Risco de glicemia instável;
• Constipação;
• Diarreia;
• Nausea;
• Motilidade gastrintestinal disfuncional;
• Nutrição desequilibrada: menor do que as
necessidades corporais;
• Risco de distúrbio da imagem corporal;
• Risco de baixa autoestima situacional/ crônica;
• Distúrbio da imagem corporal.
Referências
• BRUNNER E SUDDARTH. TRATADO DE ENFERMAGEM MÉDIO
CIRURGICA. 14 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2022.
• NANDA. Diagnósticos de Enfermagem: 2021-2023. 12ª ed. Porto
Alegre: Artmed, 2021.
Obrigada!

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