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Abdome Agudo

Vascular Perfurativo e
Hemorrágico
Douglas Boanerges Fevereiro 2023
ABDOME
VASCULAR
Definição
Acometimentos que de
resultam na redução da Clínica
Diagnóstico
perfusão de órgãos X
abdominais Alta Mortalidade
Exame físico
Alças intestinais
Causas do abdome agudo vascular

01 Embolia da artéria
mesentérica superior 03 Trombose da veia
mesentérica superior

02 Trombose da artéria
mesentérica superior 04 Isquemia não oclusiva
01
Embolia
Artéria
Mesentérica
Superior
Origina-se da aorta abdominal
Abaixo da origem do tronco celíaco.
Parte
do pâncreas/duodeno

Todo o intestino delgado


exceto parte do duodeno

Parte do intestino grosso


FATORES DE RISCO

Fibrilação Cardiomiopatia
Atrial Dilatada

IAM prévio Aneurisma


Parte
do pâncreas/duodeno

Todo o intestino delgado


ISQUEMIA
exceto parte do duodeno

Parte do intestino grosso


02
Trombose
Artéria
Mesentérica
Superior
FATORES DE RISCO
Doença
Arterial Idade
Periférica Avançada

Baixo débito
cardíaco
Parte
do pâncreas/duodeno

Todo o intestino delgado


ISQUEMIA
exceto parte do duodeno

Parte do intestino grosso


03
Trombose
Veia
Mesentérica
Superior
Veia Mesentérica
Superior
(95% dos casos)
• Intestino
Intestino delgado
Delgado
• Partes :
Drenagem: • Intestino grosso
• Estômago
• Pâncreas

Fisiopatologia:

Congestão Isquemia
Trombose Veia Mesentérica Sup
Quadros mais Mortalidade podem chegar a
40%
arrastados
• Insidioso: apresentação subaguda
• Dor e diarreia • Dx Tardio

Relacionado a trombose Masculino - 45 a 60 anos


de via porta
20 a 40% antecedentes
5 a 15% - isquemia
mesentérica • Trombose venosa profunda
• Embolia pulmonar
FATORES DE RISCO

Neoplasias
Trombofilias Abdominais
Hipertensão
Cirrose Portal
04
Isquemia
Não
Oclusiva
FATORES DE RISCO

ICC - grave DVA

Paciente
Crítico
Clínica - Abdome Agudo Vascular
Dor súbita, difusa, de forte intensidade

Mal estado geral ( taquicardia, hipotensão, sudorese, taquipneia)

Distensão abdominal

Desproporção entre a clínica e o exame físico

Toque retal
•Sangue escurecido – mucosa
•Aspecto “geleia de framboesa”.
Trombose de artéria mesentérica superior

Perda ponderal

Dor pós alimentar - “food fear”


Diagnóstico Laboratorial
Inespecíficos

Leucocitose com desvio à esquerda;

Amilase elevada (até 50% dos pacientes);

Acidose metabólica com lactato aumentado.

“Paciente com dor abdominal aguda e acidose


metabólica apresenta isquemia intestinal até que
se prove o contrário”.
Imagem
Imagem
Imagem
Angiotomografia de abdome total
Medidas iniciais

Antibioticoterapia
Suporte Ressuscitação Coleta de exames Anticoagulação
(ceftriaxone e
hemodinâmico; volêmica; laboratoriais; plena
metronidazol).
Imagem / Tratamento
Arteriografia
Mesentérica
Tratamento Cirúrgico

Second Look
ABDOME
PERFURATIVO
Úlcera péptica

Divertículo perfurado

Neoplasia

Corpo estranho

Isquemia com perfuração


Úlcera
Péptica
Definição

Estômago e Duodeno 90% Lesão única


Afecção heterogênia e •1/3 inf Esôfago •Arredondada ou ovalada
multifatorial que ocorre em •Jejuno •0,5 a 2cm
sítios expostos a secreção de •Anastomoses • Gástrica > duodenal
ácido clorídrico e gastrina •Divertículo de Meckel
Classificação
Johnson
3º Abdome
Úlcera duodenal
agudo
• 95% 1ª porção
●Inflamatór
• Mais jovens 20-40 anos
io
• Perfuração: parede anterior
●Obstrutivo

Úlcera gástrica
Síndromes mais comuns de
urgência abdominal não • > 40 anos – Pico 60a
traumática
15% a 20% da
população mundial
Helicobacter Pylori
90-95% das UD Fisiopatologia
70-75% das UG H. pylori x ulcerogênese
Erradicação reduz recorrência - 5% ao ano • Não está absolutamente estabelecido
• 70-85% tratamentos convencionais
• Induz uma inflamação difusa

• Desequilibrio na fisiologia da secreção dos


hormônios gástricos, gastrina e
somatostatina
AINES
Úlceras AINES
• Estômago

Úlceras H. pylori
• Frequentemente bulbo duodenal

Mecanismo etiológico AINES x ulcerogênese


• Mais importante parece ser a inibição de cicloxigenase-1 (COX-1)
• < Prostaglandinas
Quadro Clínico
Perfuração Trato digestivo Alto

• Bile
• Suco pancreático e/ou suco gástrico

Inicial Peritonite Química Progressão resposta inflamatória Peritonite Bacteriana

Perfurações Trato Digestivo Baixo

• Peritonite é bacteriana desde o início


• íleo Paralítico.
• Acompanhada de febre / sepse
Peritonite Bacteriana
Quadro Clínico
Dor súbita
• Precisão do momento da perfuração

Forte Intensidade

Peritonite
• Bloomberg
• Abdome Tábua

Piora com movimento.


• Posição Antálgica: Fetal

Sinal de Jobert

Palidez / Sudorese

Evolução - > Sepse


Perfurações Omento / Epíplon
Bloqueadas

Sinais e Topografia
sintomas da víscera
mais
localizados acometida
Não é raro Bloqueio /
massa Abscesso
abdominal
palpável
Diagnóstico
História Complementar Raio-x de tórax:
Rx Rotina
• Característica da dor Abdome Agudo PA em ortostase
• Uso AINES

Exame físico típico Raio-x de abdome


Raio-x de abdome:
AP em decúbito
AP ortostase
dorsal
Decúbito Lateral Esquedo
Tratamento Laparotomia
Exploradora
Videolaparoscopia

IBP • 8 semanas

• Amoxicilina 1g
Helicobacter • Claritromicina
Patch Manobra pylori 1ª 500mg
Ulcerorrafia linha
Epiplon borracheiro • Omeprazol 20mg
• 12/12h 14 dias.
ABDOME
HEMORRÁGICO
Definição

Sangue Mais comuns


Dor Abdominal Cavidade Peritoneal 5ª e 6ª décadas de vida
• Qualquer idade
Origem não Traumática
Epidemiologia
Rara: 2% dos pacientes que procuram o serviço de emergência

Taxas de mortalidade que chegam a 40% nos pacientes não-operados

> Homens, 2:1

Etiologia difere de acordo com o sexo e a idade


• Idosos: ruptura de tumores veias varicosas e aneurisma de aorta abdominal
• Jovens: ruptura de aneurismas de artérias viscerais
• Mulheres: origem ginecológica e obstétrica.
Aneurisma de
Aorta
Abdominal
Diagnóstico • Palpação de massa pulsátil
suspeitado • Distensão abdominal
Presente 5-7% dos pelo exame
• Dor à palpação
H>M indivíduos acima dos 60 físico:
anos de idade
Confirmação • US ou TC tomografia
Dx
•HAS, tabagismo, DPOC, aterosclerose
Fatores de • síndrome de Marfan,
Risco: •Síndrome de Ehlers-Danlos
•Antecedente familiar da doença
Tto inicial: • Estabilização hemodinâmica

Muitos
pacientes são Tto cirúrgico: • Imagem
assintomáticos
Ruptura de
Gravidez
Ectópica
Fatores de risco são
Epidemiologia
• Cirurgias tubárias
• 1-2% das gestações • Gravidez ectópica prévia
• 10-15% das mortes maternas no 1° trimestre • DIU
• Tabagismo (≥ 20 cigarros /dia)
• Técnicas de reprodução assistida
• Endometriose.

95% GE Trompas de falópio


Sintomas
• Também ocorre ovários e cavidade
abdominal.
• Atraso menstrual
• Dor abdominal intensa / súbita
• Início baixo ventre
• Sinal de Lafond: irradiação ombro
• Instabilidade hemodinâmica hipotensão,
taquicardia e choque hipovolêmico
Exame Físico
Dor a palpação abdominal – Peritonite

Toque fundo de Saco de Douglas


Grito de Douglas

Sinal de Cullen
Laboratório

Hemograma Controle hb/ht, PLT, Dx diferencial AAI

BHCG Investigação Gestação Ectópica


Imagem
Rx rotina de abdome Agudo
• Dx diferencial

US: pp exame
• Abdominal
• USTV

TC
• GE: Pelve
• Aneurisma de aorta
Tratamento Cirúrgico
Tratamento Cirúrgico

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