Você está na página 1de 17

Faculdade UnYLeYa

SEGURANÇA, PLANEJAMENTO E RESPOSTA DE


EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE PORTE

Marcelo Gandra Falcone

Suporte Básico de Vida e Socorros de Emergência

Tarefa 4

Carlos Alcântara

Brasília
2017
Faculdade UnYLeYa

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Tarefa 4

De acordo com o novo algoritmo da American Heart Association – 2015 quando abordado o
Suporte Básico de Vida diversos pontos foram discutidos, mantidos e alterados. Levando em
consideração essas alterações, descreva como executaria o atendimento da vítima que
segue.

O Senhor M. S. A. de 55 anos em um passeio ao shopping enquanto deambulava


sente fortes dores no tórax e se apoia ao pilar mais próximo. Você observa o ocorrido
e procura aproximar-se, antes mesmo de você chegar, a vítima sofre uma queda. Ao
notar, já detecta pele fria e pegajosa e dificuldade em respirar (gasping).

Quais as condutas a serem tomadas conforme algoritmo?

Referência

A.H.A – Destaques da American Heart Association – Atualização das Diretrizes de


RCP e ACE. Guidelines, 2015. Disponível em: http://www.americanheart.org/.
Faculdade UnYLeYa

Quais as condutas a serem tomadas conforme algoritmo?

1. Introdução:

Dentro da segurança, planejamento e resposta de emergência em eventos de grande


porte, previamente os organizadores do evento que estabelecer parâmetros e
quantidades mínimas de recursos para obter as condições mínimas de segurança na
elaboração de um plano de emergência, visando proteger a vida, o meio ambiente e o
patrimônio. Não é possível ter certeza de que um evento ocorrerá sem incidentes ou
ocorrencias, mas é o dever dos profissionais, que atuam com eventos de se precaverem
contra os riscos que são inerentes ao confinamento, às aglomerações de pessoas, às
intempéries, urgências e emergências médicas, entre outras falhas.

É fundamental seguir a risca as normas e legislações, além das boas práticas e fatores
associados, ás características do evento que permitam evitar, mitigar e minimizar os
riscos de acidentes, bem como possibilitem agir de forma adequada no caso das
ocorrências que venham acontecer.

De acordo com o Trabalho 2486 - 2/2, apresentado no 61º Congressso Nacional de


Enfermagem, no Centro de Convenções de Fortaleza no Ceará de 07 até 10 de
dezembro de 2007 “O MAL SÚBITO E SUAS NOTIFICAÇÕES: OCORRÊNCIA DE
ATENDIMENTOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PELO CORPO DE
BOMBEIROS”, feito pelas Enfermeiras da Escola de Enfermagem Anna Nery da
Universidade Federal do Rio 0de Janeiro Braz, A. O., Demartini, L.S. França, P.V.
Martins, Â. Santoro, D.C.O ( disponível na internet em:
http://www.abeneventos.com.br/anais_61cben/files/02142.pdf ) mostra que no registro
de ocorrências do CBMERJ mostra 87 tipos de classificações para os atendimentos em
eventos públicos que inclui inclusive eventos esportivos e os acidentes de trabalho.
Dentre estas, o mal súbito apresenta o maior número de notificações. Segundo o
CBMERJ, a classificação de risco para mal súbito pode ser entendida como qualquer
intercorrência não relacionada a trauma.

O mal súbito pode ser definido como qualquer ocorrência repentina da perda da
estabilidade hemodinâmica e/ou neurológica de um indivíduo. Alguns quadros
clínicos como: Síncope, desmaio, hipoglicemia, vertigem, convulsão, dentre
outros, podem ter sua definição e notificação como mal súbito. As causas para este mal
Faculdade UnYLeYa
não são bem definidas e não necessariamente precisam estar relacionadas à
história pregressa de doenças crônicas como, por exemplo: Doença Arterial
Coronariana, em que o risco é acentuado para a “morte súbita”.

Podemos definir EVENTO de grande porte como sendo uma “iniciativa cujo objetivo é de
reunir pessoas para diversas finalidades como comemorações, festividades culturais ou
sociais, troca de informações, etc.”(SANTOS, 2015);. Ainda, de acordo com o SENAC
(2000), evento pode ser definido como “qualquer acontecimento que foge à rotina,
programado com o intuito de reunir um grupo de pessoas”.

Em eventos o numero de ocorrências é muito grande e o numero de óbitos é muito


pequeno em relação ao numero de pessoas presentes (porcentualmente) devido a
natureza da atividade eventual. Inclusive cada tipo de evento apresenta um risco
diferenciado, porém quando comparamos os números referentes ao mal súbito vemos o
numero de ocorrências ligadas ao mal súbito chega a 40%. Quando falamos em mal
súbito como causa de morte com o total de óbitos notificados, observamos que estes
números são superiores a 26%.

Isto posto, concluindo o risco em decorrência de mal súbito nos óbitos registrados em
eventos é muito significativo, portanto e muito importante ter um protocolo adequado de
atendimento para este tipo de ocorrência.

Uma vez que normalmente os planejadores dos eventos não são da área de saúde,
portanto inicialmente procuramos esclarecer o que é RCP e ACE, assim como o que é
um algoritimo de RCP e ACE e a conceituação usada pela American Heart Association.

Em leitura ao Sitio do American Heart Association: http://international.heart.org/pt

http://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-
Highlights-Portuguese.pdf
Faculdade UnYLeYa

A American Heart Association (AHA) é responsável pela publicação científica Diretrizes


para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de
Emergência (ACE), que é a base dos protocolos de salvamento utilizados por
profissionais de saúde, empresas e hospitais nos Estados Unidos e em todo o mundo.

Preliminarmente na referencia proposta A.H.A – Destaques da American Heart


Association – Atualização das Diretrizes de RCP e ACE. Guidelines, 2015. Disponível
em: http://www.americanheart.org/ encontramos alguns textos orientativos acerca das
condições associadas a sintomas ligados as condições cardíacas e coronarianas:

http://es.heart.org/dheart/HEARTORG/Conditions/Answers-by-Heart-Fact-Sheets-Multi-
language-Information_UCM_314158_Article.jsp#

Nas orientações e comentários da pagina encontramos um material básico sobre o que


é um ataque cardíaco:

Segundo a American Heart Association a cada 34 segundos, alguém morre do coração


ou de condições afetas as doenças circulatórias nos Estados Unidos da América, assim
sendo estas são as causas numero 1 dos óbitos da América.

Como a maioria dessas mortes é de doença c/ardíaca coronária – mais de 375 mil a
cada ano vemos a claramente a importantancia de estabelecer critérios e aprender tudo
o que puder sobre ataque cardíaco.

Alguns ataques cardíacos são repentinos e intensos, mas a maioria começa lentamente,
com dor leve ou desconforto. Aqui estão alguns dos sinais que podem significar que um
ataque cardíaco está acontecendo:
• Pressão desconfortável, aperto, plenitude ou dor no centro do seu peito. Dura
mais de alguns minutos, ou vai embora e volta.
• Dor ou desconforto em um ou em ambos os braços, nas costas, pescoço,
mandíbula ou estômago.
• Falta de ar com ou sem desconforto no tórax.
• Outros sinais, como o surgimento de um suor frio, náusea ou tontura.

Neste caso a Associação recomenda se você ou alguém com quem está com
desconforto no peito, especialmente com um ou mais dos outros sinais, ligar para o
serviço de saúde de emergência.
Faculdade UnYLeYa
Aqui no Brasil O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192 tem como
objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido alguma situação de urgência ou
emergência de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica,
entre outras, que possa levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo a morte. Trata-se de
um serviço pré-hospitalar, que visa conectar as vítimas aos recursos que elas
necessitam e com a maior brevidade possível. imediatamente para o SAMU ou os
serviços médicos de emergência.

Em sua área caso exista outras formas de atendimento também pode ser contato o
serviço de emergência dos bombeiros 193 ou serviços de emergência de ambulância de
convênios ou entre imediatamente num hospital.
Faculdade UnYLeYa
2. Sintomas:

2.1 Angina

Angina é dor no peito ou desconforto que ocorre quando seu coração não recebe tanto
sangue e oxigênio como ele precisa. Na angina, a necessidade de aumento do fluxo
sanguíneo não é atendida por um curto período de tempo. Quando o aumento da procura
de sangue desaparece, os sintomas da angina também desaparecem.

Angina e ataque cardíaco têm a mesma causa raiz: aterosclerose. Este é o acúmulo
de substâncias gordurosas (placa) nas artérias coronárias. Se uma ou mais
artérias estão parcialmente obstruídas, não há sangue suficiente para fluir, e você
pode sentir dor no peito ou desconforto.

Enquanto a dor da angina pode ir e vir, é um sinal de doença cardíaca e pode ser tratada.
A Angina dura apenas alguns minutos. O desconforto da angina aparece, geralmente no
centro do peito atrás do esterno. Normalmente o pessoa acometida de Angina apresenta
os seguintes sintomas:
• Peito sente apertado ou pesado.
• Sentir falta de ar (ou dificuldade em respirar).
• Pressão, aperto ou queimação no peito.
• O desconforto pode ser estendido para os braços, costas, pescoço, mandíbula ou
estômago.
• Dormência ou formigamento nos ombros, braços ou pulsos.
• Dor de estômago.

2.2 Ataque cardíaco: sintomas

De acordo com o site: https://www.saudemelhor.com/como-identificar-possivel-ataque-


cardiaco-saiba-antes/ , da internet em 26 de maio de 2017, os sintomas de ataque
cardíaco variam em tipo e gravidade. Podem ser leves e aumentarem de intensidade
lentamente ao longo de várias horas, ou eles podem ser mais intensos e repentinos.
Enquanto a dor súbita no peito pode ser o mais comum sintoma de ataque do coração,
nem todas as pessoas sentem dores no peito durante um ataque cardíaco.
Faculdade UnYLeYa
Pessoas com diabetes e adultos mais velhos são mais propensos a experimentar outros
sintomas de ataque cardíaco. E, o mais importante, é que sintomas de ataques cardíacos
são diferentes em homens e mulheres:

Os sinais mais comuns de um ataque cardíaco incluem:


• Dor no peito – A maioria dos ataques cardíacos envolvem dor ou desconforto no
centro ou centro-esquerdo do peito. A dor pode ser leve ou grave. A dor pode
parecer uma tensão, forte pressão, esmagamento, ou aperto. Ela também pode
sentir como azia ou indigestão. A dor no peito do ataque cardíaco geralmente dura
mais do que alguns minutos. Às vezes, a dor vai embora e volta.
• Desconforto corporal – Pode haver dor ou desconforto nos braços, mandíbula,
pescoço, costas (especialmente entre os ombros), ou parte superior do estômago
(acima do umbigo).
• Falta de ar – Pode existir dificuldade para respirar ou sensação de falta de ar
quando em repouso ou fazendo atividade muito pequena que normalmente não
causar falta de ar.
• Tonturas ou tontura súbita
• Suor frio ou pele pegajosa
• Náusea e vômito.

Os sinais mais comuns de um ataque cardíaco feminino incluem:


• Batimento irregular do coração ou palpitações – Especialmente em mulheres
• Tosse – Especialmente em mulheres
• Azia – Especialmente em mulheres
• Extrema fadiga ou exaustão – Este sintoma pode durar dias ou mesmo semanas
que antecedem a um ataque cardíaco e é mais comum em mulheres do que
homens.
Faculdade UnYLeYa

3. Resumo dos componentes de um RCP (Ressuscitação Cardiopulmonar)


aplicado e do SBV (suporte Básico de Vida).

A publicação “DESTAQUES da American Heart Association 2015 Atualização das


Diretrizes de RCP e ACE”, versa sobre as diretrizes (protocolos) a serem seguidos a
partir de 2015 comparando com as diretrizes de 2010. Para a compreensão do estudo
de caso que veremos adiante, em nosso ponto de vista é necessário ater se e diferenciar
3 pontos:
• Conceito de cadeia de sobrevivência
• Suporte Básico de Vida para Adultos e Qualidade da RCP: RCP Aplicada por
Socorrista Leigo
• Suporte Básico de Vida para Adultos e Qualidade da RCP: SBV Aplicado por
Profissionais de Saúde

3.1. Conceito de cadeia de sobrevivência

O sistema de atendimento e composto de uma estrutura (por exemplo, pessoas,


equipamentos, treinamento) e processos (por exemplo, políticas, protocolos,
procedimentos) que de tal sorte, quando integrados integrados, formam um sistema (por
exemplo, programas, organizações, culturas) que otimize os desfechos (por exemplo,
sobrevivência e segurança dos pacientes, qualidade, satisfação).

Um sistema de atendimento eficaz compreende todos estes elementos - estrutura,


processos, sistema e desfechos do paciente formando um sistema chamado cadeia de
Sobrevivência. Claramente vemos que as habilidades e competências desenvolvidas
acabam criando duas formas de treinar e usar de cadeias de sobrevivência distintas
(Figura abaixo) que identifiquem as diferentes vias de cuidado dos pacientes que sofrem
uma PCR (parada cardio respiratória ), no hospital (PCRIH) ou no ambiente extra-
hospitalar (PCREH).

O atendimento de todos os pacientes após a PCR, independentemente de onde este


ocorra, deve terminar no hospital como vimos nos itens anteriores.. Os elementos da
estrutura e os processos necessários para encaminhar para o hospital são muito
diferentes para os dois ambientes (hospitalar e extra-hospitalar). Pacientes que têm uma
PCREH dependem da assistência.

Os socorristas leigos precisam reconhecer a PCR, pedir ajuda, iniciar a RCP até que um
time de serviço médico de emergência (SAMU ou similar) com formação profissional
assuma a responsabilidade e, em seguida, transporte o paciente para um pronto-socorro.
Faculdade UnYLeYa
O paciente é finalmente transferido para uma unidade de cuidados intensivos, onde se
dará continuidade ao tratamento.

Por outro lado, pacientes que têm uma PCRIH dependem de um sistema de vigilância
adequado (por exemplo, resposta rápida ou sistema de alerta imediato) para evitar a
PCR. Ao ocorrer uma PCR, os pacientes dependem da interação harmoniosa dos vários
departamentos e serviços da instituição e de um time multidisciplinar de profissionais,
que inclua médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros.
Faculdade UnYLeYa

3.2. Suporte Básico de Vida para Adultos e Qualidade da RCP: RCP Aplicada por
Socorrista Leigo
Faculdade UnYLeYa

3.3. Suporte Básico de Vida para Adultos e Qualidade da RCP: SBV Aplicado por
Profissionais de Saúde
Faculdade UnYLeYa
Faculdade UnYLeYa
4. Estudo de Caso: RCP Aplicado por Profissionais de Saúde

Chegou a Hora de nós colocarmos em pratica os estudos de suporte Básico de Vida e


Socorros de Emergência, enfim por em pratica a mais comum das ocorrências em grandes
enventos, os chamados “mal súbitos” e resposta do planejamento e treinamento na
emergência em eventos de grande porte.

O Senhor M. S. A. de 55 anos em um passeio ao shopping enquanto deambulava sente fortes


dores no tórax e se apoia ao pilar mais próximo. Você observa o ocorrido e procura aproximar-
se, antes mesmo de você chegar, a vítima sofre uma queda. Ao notar, já detecta pele fria e
pegajosa e dificuldade em respirar (gasping).

1) Os sintomas básicos são de uma parada cardiovascular em ambiente é extra hospitalar,


portanto trata-se de uma PCREH, como o tempo e a qualidade do atendimento é fundamental
para a resposta do paciente em primeiro lugar devemos deixar o paciente em posição segura.
Faculdade UnYLeYa
2) Estabelecido a condição mínima de segurança de acordo com o protocolo devemos ma
ocorrência pedir ajuda nas proximidades com utilização de gritos de socorro e alerta alem de
utilização de dispositivos de comunicação tais como rádios e celulares para pedir os
equipamentos de primeiros socorros inclusive o DEA (Desfibrilador automático externo).
Estabelecida a comunicação e a garantia da chegada dos dispositivos devemos continuar a
avaliar a respiração e o pulso simultaneamente de nosso paciente antes de acionar totalmente
o serviço médico de emergência (ou telefonar para pedir apoio).

3) Inicio dos procedimentos : Enquanto o apoio não chega, não temos tempo a perder.
Devemos iniciar o procedimento de RCP - Ressuscitação Cardiopulmonar - com ciclos de 30
compressões e 2 ventilações (relação de 30:2), até o DEA chegar.
Faculdade UnYLeYa
4) Chegando o DEA ligamos o paciente ao equipamento e verificamos se o paciente é
chocável sem parar o RCP.

Após a verificação padrão de inicialização do equipamento verificamos se todos estão


afastados e apertamos o botão aplicando o primeiro choque. O ciclo será reiniciado
imediatamente por cerca de 2 minutos (até avisado pelo DEA para a verificação do ritmo). E
assim continuamos até que o pessoal de SAV chegue e assuma ou até que a vítima comece
a se movimentar.
Faculdade UnYLeYa

Você também pode gostar