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RENATA OLIVEIRA
A Deus por estar presente em todos os momentos das nossas vidas, por nos carregar em
seus braços nos momentos mais difíceis... “achamos que fossem nossos passos senhor, mas
eram os seus”.
À nossa orientadora, Ana Paula Guimaraes Fernandes, por seu amparo sempre
carinhoso, por toda a sabedoria a nós transmitida, pela disponibilidade e paciência.
Enfim a todos aqueles que estiveram direta ou indiretamente ao nosso lado, pelo
incentivo, confiança, amor e amizade sem vocês eu não conseguiríamos estar aqui.
SIGLAS E ABREVIATURAS
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 5
2 SINAIS E SINTOMAS ....................................................................................................... 6
3 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO........................................................................................... 7
3.1 Níveis de prioridade do sistema de triagem Emergency Severity Index (ESI): ............ 8
3.2 Níveis de prioridade do sistema de triagem Australasian Triage Scale (ATS): .......... 8
3.3 Níveis de prioridade do sistema de triagem Canadian Triage and Acuity Scale
(CTAS): ........................................................................................................................ 8
3.4 Níveis de prioridade do sistema de triagem Manchester (STM): ................................. 8
4 A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NO BRASIL ............................................................... 10
4.1 O papel do enfermeiro na classificação risco no Brasil ............................................. 11
5 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO E CONDUTA PRECOCE EM DOR TORÁCICA . 13
6 OBJETIVO ........................................................................................................................ 15
7 METODOLOGIA ............................................................................................................. 16
8 DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 18
9 RESULTADOS ................................................................................................................. 22
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ..................................................................................... 26
ANEXO A – PROTOCOLO DE DOR TORÁCICA ............................................................... 29
ANEXO B – CONTROLES ..................................................................................................... 30
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1 INTRODUÇÃO
[...] A dor torácica é um dos sintomas mais frequentes em pacientes que procuram
os serviços de urgências. É caracterizada por uma sensação ou desconforto na
região torácica que pode ser percebida de diversas formas por aqueles que a
sentem. Todavia, o diagnóstico correto da síndrome coronariana aguda
permanece um desafio para os profissionais da área da saúde (STANIAK, et al.,
2013).
A dor torácica, embora leve, pode ser de origem cardíaca, sendo motivo para
muitos pacientes buscarem auxílio nos serviços de saúde. Entretanto, muitas
vezes, pode estar associada a outras causas tais como o espasmo esofagiano,
ansiedade, doença de origem pulmonar, pericardite, doença de natureza
musculoesquelética (SBC, 2015)
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2 SINAIS E SINTOMAS
Caracterizada por uma sensação de desconforto na região torácica que pode ser
percebida de diversas formas pelos pacientes, e antes do estabelecimento de um diagnóstico, é
necessário investigar a etiologia da dor, cujas várias estruturas anatômicas podem apresentar
alterações consideráveis e que desencadeiam o estímulo doloroso.
Não é comum a ocorrência de infarto durante ou logo após exercício físico, como muitos
acreditam. Cerca de um quarto dos infartos pode ocorrer sem dor.
É preciso avaliar a intensidade da dor e, para isso, pode ser utilizada a escala de dor,
uma alternativa simples e prática para investigação, porém, seu uso emprega apenas a
intensidade da dor que o paciente apresenta e para descrevê-la é importante saber da qualidade,
localização, irradiação, duração e sintomas associados. Mas, para um diagnóstico fidedigno,
além de associar os sintomas é necessário leva-los em consideração para a agilidade do
atendimento.
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3 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
A triagem passou a ser utilizada nos serviços de urgência e emergência com objetivo de
agilizar os cuidados aos pacientes com necessidades mais urgentes de atendimento e diminuir
a superlotação. Esse mecanismo já é utilizado desde as guerras napoleônicas pelos militares
para escolher entre os soldados feridos em batalha quais necessitavam de prioridade no
tratamento (ALBINO; GROSSEMAN; RIGGENBACH, 2007; COUTINHO; CECÍLIO;
MOTA, 2012).
Desde então, esse processo aperfeiçoou-se, ao longo dos anos. Contudo, sempre esteve
relacionado às guerras ou às grandes catástrofes, não sendo aplicado à população civil até a
década de 1960. A partir daí, quando se notabilizou nos Estados Unidos crescente processo de
mudança da prática médica, com reflexos na procura pelos serviços de urgência. Essa situação
levou à necessidade de classificar os doentes e determinar aqueles que necessitavam de cuidado
imediato (COUTINHO et al., 2012).
Desde então, esse processo de triagem vem sendo aplicado e desenvolvido por toda parte
do mundo (ALBINO et al., 2007). Com o passar dos anos, tem sido observado um crescimento
significativo nos serviços de urgência e emergência dos prontos-socorros no cenário nacional e
internacional (ALBINO et al., 2007; COUTINHO et al., 2012; NASCIMENTO et al., 2011).
Existem vários sistemas para classificação de risco em uso no mundo. Entre os sistemas
de triagem mais empregados no mundo, destacam-se quatro:
a) Emergency Severity Index (ESI) – Utilizado nos Estados Unidos desde 1999.
Apresenta cinco níveis de prioridade sem determinação quanto ao tempo para o
atendimento.
b) Australasian Triage Scale (ATS) – Utilizado na Austrália em meados dos anos
1970. Apresenta cinco níveis de prioridade baseadas em tempo-alvo e cor;
c) Canadian Triage and Acuity Scale (CTAS) - Foi implantada no Canadá em 1999 e
é utilizada amplamente, em todo o país. Apresenta cinco níveis, que correspondem
a uma cor e tempo-alvo;
d) Sistema de Triagem de Manchester (STM) - Utilizado nos serviços de emergência
do Reino Unido a partir de 1996 e no Brasil a partir de 2008. Possui cinco níveis e
a cada categoria é atribuído um número, cor e tempo aceitável para atendimento do
usuário.
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3.3 Níveis de prioridade do sistema de triagem Canadian Triage and Acuity Scale
(CTAS):
Nesse sentido, foi criada a Política Nacional de Humanização (PNH) cuja finalidade é
contribuir para uma atenção integral e equânime, ampliando o acesso dos usuários aos serviços
de saúde (DUARTE et al., 2013). E, considerado um dos pilares do PNH, foi criado o PACR –
Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco, que tem por finalidade organizar o
atendimento de acordo com as reais necessidades do usuário, substituindo a triagem excludente
pelo modelo acolhedor (BRASIL, 2009).
O PACR foi instituído, no Brasil, como diretriz para promoção da qualidade em saúde
a partir do ano de 2004 (BRASIL, 2004b). Contudo, segundo o Grupo Brasileiro de
Classificação de Risco citado por Bellucci Júnior; Matsuda (2012), os primeiros registros
utilizando o PACR no Brasil constam de 1993.
Diferentes autores afirmam que não é um sistema padrão, no que diz respeito a tratar e
medir a saúde, ou seja, não existe um instrumento infalível e, além disso, que fatores ambientais,
tendenciosidade nas respostas, fatores pessoais e alterações no método de coleta podem
contribuir para erros de mensuração. Contudo, atualmente, o Ministério da Saúde vem buscando
padronizar o processo de acolhimento de classificação de risco em todo território nacional
(SOUZA et al., 2011).
No Brasil ele foi usado pela primeira vez em 2007, em um projeto da secretaria da saúde
de Minas Gerais, surgindo nessa ocasião o Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR),
grupo esse responsável pela divulgação, formação, implementação, manutenção, auditoria e
garantia do controle do protocolo médico no Brasil. (KEVIN; JANET; JILL,2017).
[...] deve ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante
treinamento específico e utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem por
objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em
ordem de prioridade para o atendimento (BRASIL, 2002, p.20).
6 OBJETIVO
Este trabalho teve como objetivo o levantamento de estudos do diagnóstico precoce das
dores torácicas, a importância de protocolos preconizados e sua aplicação correta nas unidades
de saúde juntamente ao papel da equipe de enfermagem nesse processo.
7 METODOLOGIA
Para execução deste trabalho foi realizada uma revisão literária, por proporcionar a
síntese do conhecimento e possibilitar a incorporação dos resultados significativos, de forma
ampla, para demonstrar a melhor aplicabilidade desta, a fim de aproveitar os dados
comprovados, os quais exercem maior eficácia e eficiência para a abordagem do assunto.
A revisão tem como objetivo gerar uma fonte de conhecimento atual sobre o problema
e determinar se o conhecimento é válido para ser transferido para a prática; esta deve seguir
padrões de rigor metodológico e oferecer subsídios para o avanço da prática em saúde (SOUZA
et al., 2010; URSI, 2005).
Tendo formulado a pergunta o próximo passo foi estabelecer etapas para elaboração da
pesquisa. O que tornou mais prático e qualificativo o trabalho.
f) A apresentação da revisão
Para a elaboração desta revisão literária foram escolhidas bases bibliográficas como
SCIELO, LILACS, MEDLINE, REME - Revista Mineira de Enfermagem, com base de artigos
acadêmico publicados no período de 2013 a 2017 No período de maio a outubro de 2019. O
número total de exemplares encontrados totalizou em 42 artigos, entretanto apenas 28 foram
realmente relacionados efetivamente ao tema deste trabalho, pois objetivou de classificação de
risco e sua importância, protocolo adequado na classificação de risco em dor torácica e tratou
dos fatores de risco do IAM.
português e inglês que foram traduzidos para português, que abordassem assuntos correlatos à
enfermagem no processo de classificação de risco preconizando dor torácica e cujos textos
completos fossem de livre acesso on-line. Assim, excluíram-se os artigos com ano de
publicação inferior a 2013 e as duplicidades para estudo desta revisão literária.
8 DISCUSSÃO
priorizar esse paciente que chega ao hospital queixando de dor torácica. Essa equipe treinada e
motivada realizará uma assistência de qualidade e com eficiência no momento do atendimento.
Percebe-se que por meio deste atendimento inicial – classificação de risco - a visão do
enfermeiro frente a este paciente é importantíssima, desde a avaliação dos sinais e sintomas no
momento da classificação até o encaminhamento deste paciente para emergência, aonde será
iniciado um tratamento adequado. O enfermeiro é o profissional que tem o primeiro contato
com o paciente a ser classificado, tendo em vista que ele é o responsável pela classificação de
risco quando este da entrada no hospital. Visto que um atendimento qualificado favorece a um
diagnóstico e tratamento assertivo consolidando a importância de falar sobre esse tema, bem
como evidenciar o papel do enfermeiro que é crucial na avaliação e encaminhamento do
paciente com dor torácica. Entretanto mesmo com toda a legislação própria e designada para a
classificação de risco não é incomum encontramos técnicos e auxiliares de enfermagem
exercendo a função sem supervisão de um enfermeiro responsável, sobretudo em locais que não
são preparados para realização da classificação prejudicando todo o processo e abordagem.
Sabendo que as doenças coronarianas agudas são devidas a obstrução da luz da artéria
coronária através de uma placa aterosclerótica, que reduz ou cessa o fluxo sanguíneo para o
miocárdio e, consequentemente, o aporte de oxigênio todo o procedimento do protocolo é
pensado em qual conduta é indicada para cada situação que for diagnosticada através dos
exames, sendo elas: IAM SUPRA ST, BRE, IAM INFRA ST ou COM INVERSAO T e ainda
normal ou inespecífico.
Já o acesso à angioplastia primária envolve cinco intervalos que podem gerar atrasos no
atendimento ao paciente:
horas de sintomas e consegue ser atendido com tempo Porta -ECG de até 30 minutos, tempo
porta-balão inferior a 90 minutos, com atraso máximo de 120 minutos; ou tempo porta-agulha
inferior a 30 minutos.
Para que haja sucesso dessa terapia sendo ela Fibrinolítica ou Angioplastia
Primária o fator do tempo é determinante, portanto o tempo entre o início dos
sintomas até a reperfusão deve ser o menor possível. A elevação do tempo de
isquemia durante o infarto agudo do miocárdio está diretamente relacionada à
lesão permanente e mortalidade do paciente (ASKANDAR, 2017).
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9 RESULTADOS
Quanto ao tema, foi identificado que o tema é pouco difundido nas literaturas, existem
muitos artigos que citam de maneira sucinta o tema e não abordam a problemática ou não estão
de acordo com a realidade atual. A partir dos dados encontrados na revisão, é necessário realizar
uma reflexão sobre a organização dos serviços, protocolos existentes, do ensino nas instituições
e comparar com os achados na literatura.
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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
incentivos para que se atuais técnicos de enfermagem possam cursar ensino superior em
enfermagem, com politicas especificas para quem já atua em instituições de saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Heart Disease and Stroke Statistics - 2012 Update: A
report from the Atuação dos enfermeiros na dor aguda torácica: Revisão integrativa. Rev.
Bra. Edu. Saúde v.6, n.4, p.59-66, 2016 American Heart Association. Circulation, v.125, n.1,
p.e2- 220, 2012.
______. Heart Disease and Stroke Statistics-2013 Update: A report from the American
Heart Association. Circulation, v. 127, n.1, p.e6-e245, 2013.
DUARTE, Kalyane Kelly et al. Impact of the implementation of patient engagement with risk
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Enfermagem, v. 17, 2013.
SMELTZER, S.C & BARE, B.G. Tratado de Enfermagem Médico - Cirúrgica. Rio de
Janeiro: Guanabara. 2005.
SOUZA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer.
Einstein, v.8, n.1, p.102- 6, 2010.
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Reis; NASCIMENTO, Eliane Regina Pereira; HAMMERSCHMIDT, Karina Silveira de
Almeida; ZEFERINHO, Maria Terezinha. Percepção dos enfermeiros de emergência na
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Foundation/American Heart Association Task Force on practice guidelines. Circulation,
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ANEXO B – CONTROLES