Você está na página 1de 11

ESTUDO DE CASO

TUCURUÍ - PARÁ

2023
ANA LETICIA BECHARA FRANCO
FRANCISCO DAS CHAGAS FREITAS NUNES
JOSIVAN OLIVEIRA DE SOUZA
MICHELE MORAIS
RAISSA VIANA DA MOTA
WEMERSON ROCHA DA SILVA

ESTUDO DE CASO

Projeto de Conclusão de Estágio


apresentado á disciplina de Estágio
supervisionado em Saúde Hospitalar
do Centro Universitário do Planalto
(Uniplan) Como requisito para
obtenção de nota Parcial Para
aprovação de Nota na Disciplina.

Preceptor (a): Eliete Tavares

TUCURUÍ - PA

2023
TERMO DE APROVAÇÃO

Aluno: ANA LETICIA BECHARA FRANCO


FRANCISCO DAS CHAGAS FREITAS NUNES
JOSIVAN OLIVEIRA DE SOUZA
MICHELE MORAIS
RAISSA VIANA DA MOTA
WEMERSON ROCHA DA SILVA

Curso: Bacharelado em Enfermagem


Período/Ano: 2023.12
Tipo de Documento: Estudo de caso
Título: Estudo de caso

PARECER

Caso Clínico para análise e aprovação como requisito para conclusão de


estágio do Curso Bacharelado em Enfermagem, aprovado em: ___/___/_____

Eliete Tavares
Professora/Preceptora

Jessica Dias Ribeiro


Professor avaliador
SUMÁRIO

1 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ................................................................... 5


1.2 Fisiopatologia do AVE............................................................................................. 5
1.3 Sintomas .................................................................................................................. 6
1.4 Fatores de risco ....................................................................................................... 6
1.5 Diagnóstico .............................................................................................................. 7
1.6 Tratamento ................................................................................................................ 7
2 ESTUDO DE CASO................................................................................................... 7
2.1 Identificação do paciente ........................................................................................ 8
2.2 Histórico ................................................................................................................... 8
2.3 Exame físico e exame do processo cognitivo ....................................................... 8
2.4 Prescrição médica ................................................................................................... 8
3 SAE ............................................................................................................................ 9
3.1 Diagnóstico de enfermagem .................................................................................... 9
3.2 Avaliação diagnóstica .............................................................................................. 9
4 Assistência de Enfermagem .................................................................................. 10
REFERÊNCIA.......................................................................................................... 11
5

1 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é um grave problema de saúde pública, existem


estudos que evidenciam a tamanha importância da prevenção, promoção e tratamento da doença
no Brasil devido ao alto índice de morbidade e mortalidade (MOURÃO et al., 2017). O AVE é
uma condição grave. No Brasil, é a principal causa de morte e de sequelas incapacitantes em
adultos. Nos diferentes países, se situa entre a primeira e terceira causa de óbito e, em geral, é
a principal causa de sequelas em adultos (GAGLIARDI, 2015).
A negligência e/ou desconhecimento da população em relação aos sinais indicativos de
AVE e a falta de políticas públicas para assistência preventiva e terapêutica são fatores que
devem ser considerados para as doenças cerebrovasculares serem a principal causa de
mortalidade, nos países de rendas baixa e média, categoria em que inclui o Brasil (MOURÃO
et al., 2017). As sequelas são bastante graves, sendo que, após três meses do acidente,
aproximadamente 20% dos pacientes estão institucionalizados e 15% a 30% permanecem
definitivamente incapacitados (GAGLIARDI, 2015).
O AVE é caracterizado como um déficit neurológico, geralmente focal, de instalação
súbita ou com rápida evolução sem outra causa aparente que não vascular, com duração maior
que 24 horas, sendo uma importante causa tanto de morbidade, quanto de mortalidade (JUNIOR
et al., 2017).

1.2 Fisiopatologia do AVE

O Acidente Vascular Encefálico, conhecido como AVE, é uma síndrome neurológica


frequente em adultos, sendo uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo.
No Brasil, apesar do declínio nas taxas de mortalidade, ainda é a principal causa de morte. A
incidência de AVE dobra a cada década após os 55 anos, ocupando posição de destaque entre
a população idosa (PEREIRA et al., 2009).
De acordo com a OMS (2013), o AVE refere-se ao desenvolvimento rápido de sinais
clínicos de distúrbios focais e/ou globais da função cerebral, com sintomas de duração igual ou
superior a 24 horas, de origem vascular, provocando alterações nos planos cognitivo e sensório-
motor, de acordo com a área e a extensão da lesão A prevalência mundial na população geral é
estimada em 0,5% a 0,7%, além de elevada mortalidade, a maioria dos sobreviventes apresenta
6

sequelas, com limitação da atividade física e intelectual e elevado custo social. Esses dados nos
remetem a uma reflexão a respeito do grande impacto que esta doença representa sobre a
população (NUNES; FONTES; LIMA, 2017).
O sinal mais comum de um AVE, o qual ocorre com maior frequência na fase adulta, é
a fraqueza repentina ou dormência da face, braço e/ou perna, geralmente em um lado do corpo.
Outros sinais frequentes: confusão mental, alteração cognitiva, dificuldade para falar ou
compreender, engolir, enxergar com um ou ambos os olhos e caminhar; distúrbios auditivos;
tontura, perda de equilíbrio e/ou coordenação; dor de cabeça intensa, sem causa conhecida;
diminuição ou perda de consciência. Uma lesão muito grave pode causar morte súbita
(BRASIL, 2013).
O AVE pode ser do tipo isquêmico ou hemorrágico. O isquêmico é causado pela
diminuição do fluxo sanguíneo em uma ou mais regiões do encéfalo, que ocorre por não ter
havido, devido a insuficiência dos mecanismos compensatórios como circulação colateral,
vasodilatação micro circulatória ou aumento da taxa de extração de O2, a manutenção do
funcionamento adequado do tecido cerebral acometido (CARVALHO, 2010).

1.3 Sintomas

Os sinais e sintomas mais frequentes em pacientes com AVE são: início súbito de
déficits neurológicos faciais especialmente em um lado do corpo, paresia, paralisia ou perda da
expressão facial, desvio de rima labial, plegia ou parestesia, distúrbio da fala, alteração da
consciência, crise convulsiva, alteração visual, vertigem ou perda do equilíbrio ou da
coordenação e dificuldade de deambular (MARQUES et al., 2019).

1.4 Fatores de risco

Existem diversos fatores de risco que podem contribuir com o AVE, dentre eles, pode-
se observar os modificáveis e os não modificáveis. Os modificáveis geralmente são:
Hipertensão arterial (HA), tabagismo, diabetes, dislipidemias, dieta, atividade física,
obesidade e distribuição corporal, cardiopatias, estenose carotídea assintomática, alcoolismo,
anemia falciforme, estados de hipercoagulabilidade, distúrbios do sono e
hiperhomocisteinemia, e quanto os não modificáveis são variáveis como: Idade, sexo,
raça/etnia e genética (GAGLIARDI, 2015).
7

1.5 Diagnóstico

Somente com o diagnóstico clínico, exames laboratoriais e de imagem, é que podemos


confirmar se o indivíduo sofreu um acidente vascular encefálico, destacando a:
Angioressonância, angiotomografia, eletrocardiograma, hemograma, TTPA, TAP, tomografia
computadorizada de crânio, angiografia (BRASIL, 2013).

1.6 Tratamento

Com relação ao tratamento do AVE, depende do tipo. Do isquêmico envolve a remoção


do trombo para que o fluxo sanguíneo seja restabelecido na área de penumbra isquêmica. Isso
pode ser feito por meio de cateteres, que removem mecanicamente o coágulo ou através de
medicamentos. O tratamento trombolítico endovenoso é utilizado desde 1995. Antes disso, era
utilizado o ácido acetilsalicílico (AAS), que apenas diminui o risco de um novo AVE e, por
isso, é tido hoje como um método de prevenção secundária (ABRAMCZUK E VILLELA,
2009).

Já o hemorrágico, envolve o manuseio ideal da pressão arterial (PA) e doenças pré-


existentes para conter a expansão do hematoma. Alguns casos com hemorragia podem ser
tratados cirurgicamente. Porém, na maioria das vezes, a área afetada é de difícil acesso, também
pode ser indicado o uso de medicamentos como anti-hipertensivos, analgésicos, sedativos e
anticonvulsivantes (ABRAMCZUK E VILLELA, 2009).

2 ESTUDO DE CASO
8

2.1 Identificação do paciente

E.S.S, sexo feminino 48 anos, residente e procedente em Tucuruí – PA.

2.2 Histórico

Paciente hipertensa e sequelada de AVE há quatro anos, deu entrada nesta Unidade de
Pronto Atendimento conduzida pelo SAMU, COTE, respirando em AA, apresentando
parestesia em MSD e MMII. AF: Pai e irmão acometidos por AVE. Nega etilismo e tabagismo.
Faz uso de SVD.

2.3 Exame físico e exame do processo cognitivo

Paciente internada nessa unidade de pronto atendimento a 20 dias, acompanhada pela


filha, COTE, respirando em AA, verbalizando com dificuldade, hipocorada normotensa,
normocardica, eupneica e afebril. Aceita dieta oferecida, queixa-se de cefaleia. Ao EF: couro
cabeludo integro e com higiene satisfatória, crânio preservado, mucosa ocular hipocorada,
pupilas isocóricas e fotorreagentes, cavidade nasal com higiene preservada, pavilhão auricular
sem alterações e com higiene preservada bilateralmente, cavidade oral com higiene satisfatória,
com dentição incompleta, sem a presença de linfonodos, tórax simétrico, com expansibilidade
preservada e padrão respiratório regular, AP: MV + S/R.A. AC: BCNF/2T, abdômen plano e
flácido, faz uso de SVD, Apresenta parestesia em MSD e MMII. AVP em MSD sem sinais
flogísticos. Perfusão tissular periférica satisfatória, FF: presentes e espontâneas. SSVV: PA:
120x80 mmHg, T: 36°C, FC: 51 bpm, FR: 17 irpm, SpO2: 96%.

2.4 Prescrição médica

1 – CEFTRIAXONA 1 G – 2 FCS – EV - + SF 0,9% 100 ML 1 X AO DIA 7 DOSES


2 – AASS 100 MG – 1 CP – VO - 12 EM 12 HORAS
3 – SINVASTANTINA 20 MG – 2 CP – VO – ÀS 22 HORAS
3 – DIPIRONA 1 G + 18 ML AD – EV – S/N
4 - BROMOPRIDA 5 MG/ML + 18 ML AD – EV – S/N
5 – CLONAZEPAM GOTAS – 03 GTS – VO – NOITE
6 – HOLMES 40/25 – 1 CP - VO – DIA
SINAIS VITAIS 6/6 HS.
9

3 SAE

3.1 Diagnóstico de enfermagem

Mobilidade física prejudicada;


Comunicação prejudicada;
Risco de queda;
Lesão por pressão (LPP);
Crise convulsiva;
Constipação;

3.2 Avaliação diagnóstica

Verificação de SSVV;
Mudança de decúbito a cada 2 horas;
Balanço hídrico;
10

4 Assistência de Enfermagem

Instituir medidas de higiene geral e cuidados de pele;


Educação de enfermagem a beira leito para familiares e/ou cuidadores;
Manutenção da hidratação e nutrição;
Aplicação de medidas de conforto;
Explicar os procedimentos e planos médicos;
Responder as perguntas;
Orientações quanto a assistência pós-hospitalização;
11

REFERÊNCIA

ABRAMCZUK, B., VILLELA, E. A luta contra o AVC no Brasil. ComCiência, n.109, p.


1519-7654, 2009. Disponível em: http://comciencia.scielo.br/pdf/cci/n109/a02n109. pdf.

BRASIL (2013). Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com acidente vascular


cerebral. Ministério da Saúde. Disponível em: Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa
com acidente vascular cerebral (saude.gov.br)

CARVALHO, R.C. Ataque isquêmico transitório e Acidente Vascular Cerebral. Medicina


net. 2010. Disponível em: https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/48/ataque_isq
uemico_transitorio_e_acidente_vascular_cerebral.htm?mobile=off.

GLAGUIARDI, R.J. Prevenção primária da doença cerebrovascular. Faculdade de


Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, 20(3), p. 88-94, 2015. Disponível em:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-754792.

JUNIOR, S. et al. Avaliação clínica e topográfica dos pacientes diagnosticados com


acidente vascular cerebral no serviço de emergência. Revista Brasileira de Ciências da
Saúde, v. 2, n. 1, p. 43-50, 2017. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.
org/portal/resource/pt/biblio-883024.

MARQUES, E.A. et al. Escalas aplicadas em pacientes com suspeita e diagnóstico de


acidente vascular encefálico. Revista Nursing, 22(251), p. 2921-2925, 2019. Disponível em:
Vista do Escalas aplicadas em pacientes com suspeita e diagnóstico de acidente vascular
encefálico (revistanursing.com.br).

MOURAO, A.M. et al. Perfil dos pacientes com diagnóstico de AVC atendidos em um
hospital de Minas Gerais credenciado na linha de cuidados. Revista Brasileira de
Neurologia, v. 53, n. 4, p. 12-16, 2017. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.
php/rbn/article/view/14634.

NUNES, D.L.S; FONTES, WS; LIMA, M.A. Cuidado de Enfermagem ao Paciente Vítima
de Acidente Vascular Encefálico. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 21, n. 1, p. 87-
96, 2017. Disponível em: http://www.periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rbcs/article/view/240
03/16439.

PEREIRA, A. B. C. N. G. et al. Prevalência de acidente vascular cerebral em idosos no


município de Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil, através do rastreamento de dados do
Programa Saúde da Família. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25 (9), Set., 2009.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/cRPzFKbQ yCpzDGnTRtsjxYj/.

Você também pode gostar