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PRIMEIROS SOCORROS

PROFESSOR:
Vinicius Lemos Velôso

JOÃO PESSOA – PB
Primeiros Socorros
SUMÁRIO

Conceito 02

Aspectos Legais 02

Controle do Estresse 03

Biosegurança 04

Sistema de Emergência 04

Exame da Vítima 04

Desobstrução das Vias Aéreas 07

Suporte Básico a Vida - RCP 08

Ferimentos 10

Hemorragias 10

Queimaduras 11

Envenenamento 12

Bandagem e Fraturas, Entorse e Luxação. 13

Convulsão 14

Desmaio / Estado de Choque 16

Bibliografia 16

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PRIMEIROS SOCORROS

CONCEITO
Primeiros socorros referem-se ao atendimento prestado a uma pessoa vítima de um acidente
ou de um mal súbito. Primeiros socorros, não substituem a necessidade dos serviços médicos
profissionais. Consiste somente na assistência temporária a ser prestada, até que o atendimento médico
profissional (resgate bombeiros, plano de saúde) possa chegar.

ASPECTOS LEGAIS DOS PRIMEIROS SOCORROS

O Prof. Dr. Damásio E. de Jesus, quando comenta o Art. 135 do Código Penal Brasileiro diz
que, toda pessoa deve prestar socorro àquela que esteja inválida, ferida, ou eminente perigo de vida, desde
que, para quem socorre não haja risco pessoal de vida.
OBRIGAÇÃO MORAL
Ninguém é obrigado a praticar alguma ação a menos que exista uma lei que determine. Por
exemplo, um médico fora do seu ambiente de trabalho poderá não atender uma pessoa sofrendo de ataque
cardíaco ou com uma fratura. Existe nesse caso uma obrigação moral, mas o que não é a mesma coisa que
uma obrigação legal de prestar auxilio.
OBRIGAÇÃO LEGAL
a) Quando a função profissional exigir. Se a função profissional que o indivíduo exerce determina a
prestação de socorro e, o empregado for chamado para comparecer a cena do acidente, então existirá
uma "obrigação legal". Um exemplo pode ser dado com os soldados do Corpo de Bombeiros ou um
Salva Vida em cujas profissões está implícita a prestação de socorros á vítimas de acidentes.

b) Quando pré existir uma responsabilidade intrínseca. No caso de existir uma relação de
responsabilidade entre duas pessoas, por exemplo, quando um pai ou uma mãe presencie a um filho
acidentando-se ou um motorista de taxi cujo passageiro sofra um ataque cardíaco. Embora não esteja
explicitado como função profissional, o parente ou responsável deverá prestar o socorro.
c) Após iniciar o atendimento de socorro. Uma vez que o socorro seja iniciado, a pessoa não poderá
interrompê-lo. A responsabilidade com o socorro prestado poderá ser questionada se o socorrista
falhar ao agir.
OBTER CONSENTIMENTO DA VÍTIMA
O socorrista deverá obter permissão da vítima antes de prestar auxílio:
a) Ato de obter a permissão da vítima é conhecido como consentimento, que pode ser dado ao socorrista
oralmente ou por escrito.
b) Consentimento deve ser solicitado a toda e qualquer vítima adulta consciente.
c) Para vítimas inconscientes a permissão estará subentendida e é conhecida como consentimento
implícito. O socorrista não deve hesitar em prestar auxílio a uma pessoa que esteja inconsciente.
d) Para vítimas menores de idade ou adultas mentalmente incapacitadas, deverá ser obtido o
consentimento dos pais ou responsáveis. No entanto se não for possível encontrá-los e a criança
estiver correndo risco de vida, os primeiros socorros para manter a vida deverão ser aplicados mesmo
sem o consentimento. Não deixe de socorrer um menor somente para obter consentimento
e) Emergências envolvendo distúrbios mentais apresentam problemas para se obtiver consentimento. Na
maioria dos casos deve-se procurar uma autoridade policial, visto que são os únicos autorizados a
remover pessoas mesmo contra a vontade delas. No entanto se a vítima não for violenta, a situação
pode ser conduzida de forma similar a de um menor de idade.

ABANDONO DA VÍTIMA
Um abandono refere-se ao fato de um socorrista que após iniciar o auxílio a uma vítima,
interrompe o atendimento antes que o socorro profissional ou outro socorrista chegue ao local para
substituí-lo. Após iniciar os socorros um socorrista não poderá interromper o atendimento até ser
substituído por alguém que possua treinamento igual ou de maior nível ou, até que a vítima recuse o
atendimento.
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O DIREITO DE RECUSAR AJUDA
Uma situação difícil de contornar consiste na recusa de socorro por uma vítima adulta
consciente. Nesse caso o socorrista deverá tentar por todos os meios convencer a vítima a aceitar o
socorro ou transporte e mesmo solicitar que outras pessoas ajudem a convencê-la. Se não puder conseguir
o consentimento, o socorrista não deverá prestar o socorro, porém, deverá documentar por escrito tudo
que foi tentado e se possível obter testemunhas.
RECUSA DE SOCORRO A UMA CRIANÇA
Embora seja uma situação muito rara, o socorrista poderá encontrar um pai ou responsável
que recuse dar a permissão de socorro. Isso poderá ocorrer em função de aspectos morais, éticos ou
religiosos. O socorrista deverá por todos os meios tentar conseguir a autorização para agir. Caso não
obtenha o consentimento deverá chamar a polícia e documentar tudo por escrito e, se possível conseguir
testemunhas.
VÍTIMA ALCOOLIZADA, DROGADA OU HOSTIL.
Se uma vítima nessas condições recusar ajuda, o socorrista deverá tentar persuadi-la da
necessidade de ser atendida. Se não puder conseguir o consentimento, documente tudo por escrito e se
possível obtenha testemunhas.
Se conseguir autorização, tome todas as precauções. Álcool e drogas costumam esconder os
sintomas das lesões. Devido aos aspectos de repulsa que certos quadros de intoxicação por drogas ou
álcool provocam, o socorrista poderá não perceber indicadores importantes na avaliação da vítima.

CONTROLE DO ESTRESSE

O estresse é uma reação tipicamente humana resultante de circunstâncias específicas que


aumentam a quantidade de adrenalina presente no sangue.
O estresse também conduz a aceleração da respiração e do batimento cardíaco, que por sua
vez, conduzem a uma condição corporal de ansiedade crescente, conhecida.
Como “ciclo físico respiratório”.

Ciclo físico respiratório


Condicionamento emocional deficiente
Fator estressante
Provável
hiperventilação

PÂNICO Gasto de energia


Aumento da
ansiedade acima do normal

Aumento da respiração
E do batimento 4

cardíaco
BIOSSEGURANÇA

CONCEITO DE BIOSSEGURANÇA
São conjuntos de medidas de controle de infecção que devem ser adotadas, indistintamente
durante todo e qualquer procedimento de risco de contaminação, visando interromper a cadeia de
transmissão das doenças infecto-contagiosas.
COMO UMA PESSOA PODE ADQUIRIR INFECÇÕES
A contaminação pode ocorrer pelo ar ou contato com sangue ou outros fluídos corporais
como:
 Ar (tuberculose e gripe)
 Sangue (SIDA e hepatite)
 Fluídos corporais (secreções e vômitos)
 Partículas disseminadas por vias aéreas que podem ser transmitidas pela tosse ou espiro.
EXEMPLOS DE DOENÇAS
 Sida, hepatite B ou C (sangue).
 Herpes e escabiose (pele)
 Tuberculose e gripe (respiração)
 Herpes labial e conjuntivite (mucosas)
 Hepatite A e diarréia infecciosa (fezes)
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
São equipamentos que funciona como barreiras físicas que diminuem a probabilidade de
transmissão de micro organismos, que estão em toda parte.
EPI (S)
 Luvas de látex (procedimentos)
 Mascaras semifacial (boca/nariz)
 Óculos protetor antiembassante
SISTEMA DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR

Podemos entender que, é uma corrente, onde cada elo deverá desempenhar suas funções em
sintonia com os demais para que se possa obter o melhor resultado e consequentemente, as salvar a vida
da vítima, ou apenas reduzir seu sofrimento.
O funcionamento adequado do sistema poderá simplesmente significar a incrível diferença
entre a vida e a morte ou a diferença entre uma recuperação rápida e a invalidez permanente.
Desta forma, quanto mais eficiente for à ação e a integração do sistema de emergência maior
será a chance de sobrevivência da vítima e menor o tempo de reabilitação. Qualquer falha em um dos elos
da corrente que formam este sistema influenciará diretamente no resultado final.
EXAME DA VÍTIMA

Sistema de Avaliações
CONCEITO
Este exame tem como principal objetivo seguir um método de avaliação em pacientes, onde o
socorrista seguirá uma sistemática e lógica forma dele identificar e avaliar os problemas do paciente,
desde a sua segurança individual até um exame neurológico e estabelecendo prioridades de tratamento.
A análise e avaliação das condições da vitima é o mais importante aspecto dos cuidados de
emergência pré-hospitalar que um sistema de atendimento deve providenciar em todos os seus
atendimentos diários. É muito importante estabelecer que sua primeira responsabilidade para com o
paciente é não agravar as lesões.
Movimentar um paciente lesionado antes que ele tenha sido convenientemente analisado e
estabilizado pode resultar em complicações sempre presentes nas lesões. É importante transportar o
paciente tão rapidamente quanto possível para o hospital, mas, não ao custo de causar-lhe maiores lesões.
Você só evitará agravamento das lesões se o paciente for adequadamente analisado e estabilizado antes de
ser movimentado.

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Só se admite movimentar uma vítima antes de analisá-lo, quando o ambiente é agressivo e
coloca em alto risco a vida do socorrista e do socorrido. Outro aspecto igualmente importante no exame é
sua capacidade de priorizar a gravidade dos problemas para determinar quando o tratamento de um
problema vem em primeiro lugar do que outro.
Nunca movimente uma vítima antes de obter uma avaliação completa e uma visão real das
condições em que ela se encontra. A exceção se dá quando a vítima estiver exposta a perigos que
ameacem ainda mais sua condição.
Quando a lesão for séria, mas a vítima puder ser mantida com segurança na área do acidente
e, o serviço de socorro profissional puder ser conseguido, então, na maioria dos casos será melhor não
movimentar a vítima, porém, mantê-la sob cuidados no local até a ambulância chegar.
Quando fizer a avaliação da vítima, o socorrista deverá considerar também as informações
que puder obter de testemunhas que tenham assistido ao acidente, bem como ouvir o que a vítima puder
dizer.
O socorrista não deverá assumir que as lesões óbvias são as únicas, uma vez que haverá
sempre possibilidade de existirem outras lesões encobertas. O socorrista deverá procurar pelas causas das
lesões uma vez que isso servirá de “pista” para descobrir a extensão dos danos físicos que a vítima possa
ter sofrido.
Durante a avaliação inicial, o socorrista deverá ter cuidado redobrado para não movimentar a
vítima e somente movê-la se for necessário para mantê-la viva. Qualquer movimento poderá agravar as
lesões de coluna ou fraturas não identificadas. Movimentando-a somente se o local colocar a vida dela em
risco.
Para ter certeza que os socorros prestados são de alto nível, o socorrista deve ser capaz de
identificar a extensão da lesão ou do mal súbito e determinar a gravidade.
Para isso o socorrista deve agir de forma criteriosa e sistemática, conhecida como Avaliação
da Vítima. Normalmente uma avaliação rápida é suficiente.
A avaliação busca conseguir:
 Consentimento para o socorro;
 A confiança da vítima;
 A identificação dos problemas e determinar quais deles requerem socorros imediatos;
 Informações sobre a vítima que posteriormente serão preponderantes para os médicos.
Independentemente se o problema foi causado por lesão ou por mal súbito, a avaliação é
tecnicamente dividida em dois passos:
1º passo – Avaliação primária
2º passo – Avaliação secundária
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
A avaliação primária cobre as seguintes áreas:
 C - Circulation = Circulação / Compressão
 A - Airway / Via aérea
 B – Breathing / Ventilação
 D – Desfibrilition = choque Desfibrilação
 Circulação: Examine: O coração da vítima está batendo? Isso pode ser verificado
sentindo-se o pulso ao lado do pescoço (pulso carotídeo).
 Via aérea: Examine: A vítima está com as vias aéreas abertas? Se a pessoa estiver falando
ou estiver consciente, significa que as vias aéreas estão abertas.
 Ventilação: Examine: A vítima está respirando? Vítimas conscientes com certeza estão respirando.
No entanto repare se há alguma
dificuldade para respirar ou se a
respiração está produzindo algum
ruído estranho. Se a vítima estiver
inconsciente, mantenha as vias
aéreas abertas observando se o
peito desce e sobe, escute o som
da respiração e sinta o ar saindo
do nariz ou da boca.

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POSICIONAMENT0 DA CABEÇA PARA LIBERAÇÃO DE VIAS AÉREAS

a) Manobra de HIPEREXTENSÃO DA CABEÇA:


 Posicionar uma das mãos sobre a testa e a outra com os dedos indicador e médio
tocando a ponta do queixo da vítima.
 Mantendo apoio com a mão sobre a testa, elevar o queixo da vítima.
 Simultaneamente, efetuar uma leve hiperextensão do pescoço.
 Realiza todo o movimento de modo a manter a boca da vítima aberta
IMPORTANTE: Este procedimento aplica-se apenas às vítimas de emergências clínicas.

b) Manobra de "CHIN-LIFT":
 Posicionar uma das mãos na região frontal para fixar a cabeça da vítima.
 Localizar a outra
mão, com os dedos
indicador e médio
abaixo da mandíbula
e o polegar acima do
queixo.
 Delicadamente
projetar o queixo
para frente.

Este movimento permeabiliza a via aérea e permite a abertura da boca sem a necessidade de
hiperextender a coluna cervical.
c) Manobra Jaw Thrust: (Tração da Mandíbula): Tríplice

 Posicionar-se atrás da cabeça da vítima.


 Colocar as mãos espalmadas lateralmente à sua cabeça, com os dedos voltados para
frente.
 Posicionar os dois dedos indicadores em ambos os lados, no ângulo da
mandíbula.
 Posicionar os dois dedos polegares sobre o queixo da vítima.
 Simultaneamente, fixar a cabeça com as mãos, elevar a mandíbula com os indicadores e
abrir a boca com os polegares.
Esta manobra aplica-se a todas as vítimas, principalmente às vítimas de trauma, pois proporciona ao
mesmo tempo liberação das vias aéreas, alinhamento e imobilização da coluna cervical.
Manobras básicas de procedimentos para a abertura das vias aéreas superiores.

IMPORTANTE: A coluna cervical é imobilizada neste momento, considerando-se que todo


politraumatizado pode ter sofrido traumatismo da coluna.
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O pescoço deve ser mantido em posição neutra durante o procedimento de abertura e
manutenção das vias aéreas e durante todo o transporte ao hospital, até comprovação radiológica de que
não existe lesão cervical.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Após completar a avaliação primária e cuidar de qualquer problema que ameace a vida da
vítima, procure olhar mais detalhadamente e faça uma busca sistematizada desses detalhes, conhecida
como Avaliação Secundária.
Verifique sinais e sintomas de lesões. Um sinal significa alguma coisa que o socorrista pode
ver, ouvir ou sentir (palidez, sudorese, etc.). Um sintoma é alguma coisa que a vítima se queixa ou diz
estar sentindo (náusea, dor, insensibilidade nas extremidades). A avaliação secundária é feita para
descobrir problemas que não ameacem a vida da vítima naquele exato momento, mas que poderão evoluir
e contribuir para isso se não for corrigido.
A avaliação secundária busca identificar problemas menos evidentes que possam ser
agravados se forem negligenciados, e também, localizar problemas para facilitar a atuação dos médicos
posteriormente.
Se uma vítima com lesão na coluna for movimentada, poderá sofrer como conseqüência uma
lesão de medula que determinará uma paralisia. Da mesma forma, se uma fratura fechada não for
imobilizada pode ser agravada transformando-se em uma fratura aberta.
A avaliação secundária é um exame dos pés à cabeça. Deve-se começar pela cabeça da vítima
e depois descer para o pescoço, tronco e extremidades. Procure por anormalidade tais como edemas,
descolorações e inchaços que podem indicar uma lesão escondida.

AVALIAÇÃO
a) Entrevista
Peça permissão da vítima para fazer a avaliação secundária e verifique:
 Há sintomas?
 Alergias?
 Toma medicamentos?
 Há doença já existente?
 Último alimento ingerido?
 Aconteceu algo antes da emergência?
 Quanto tempo está sentindo dor?
 Onde está doendo?
 Intensidade da dor?
 O que ameniza a dor?

b) Sinais Vitais
 Pulso? (Verifique a velocidade)
 Respiração? (Verifique a velocidade. Ouça sons estranhos).
 Condição da pele? (Verifique a temperatura, umidade e coloração).
 Reprenchimento capilar? (Unhas dos pés e das mãos)
c) Exame da Cabeça aos Pés (Olhe, pergunte e sinta).

VISÃO GERAL

A avaliação determinará se a vítima sofreu uma lesão ou um mal súbito e também se ela está
consciente ou inconsciente e ainda, se há risco de vida.

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DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉRIAS

Procedimento de emergência aplicado quando a vítima possui algum objeto (na maioria das
vezes comidas) que venha a obstruir a passagem de ar pela via respiratória de uma pessoa, causando
asfixia. Essa manobra se aplica corretamente, pode salvar muitas vidas.

Como reconhecer uma obstrução das vias aéreas


Obstrução parcial:

 Boa - Quando a vítima tosse forte;


 Preocupante - Quando a tosse da vítima se apresenta fraca com chiado e a pele tende a cor azulada ou
acinzentada.
O som produzido pela respiração indica obstrução parcial:
1. Ronqueira - A língua poderá estar obstruindo a passagem de ar.
2. Cacarejando - espasmo das cordas vocais.
3. Apitando - Edema ou espasmo nas vias aéreas.
4. Gargarejando - Sangue, vômito ou outro líquido na garganta.
Obstrução total:
 A vítima fica impossibilitada de falar, respirar e tossir;
 A vítima agarra a garganta com uma ou ambas e mãos (conhecido como “sinal universal de
engasgo”).
Se uma pessoa estiver consciente, mas não conseguir falar; pensa para o mesmo respirar tossir...
 Faça pelo menos cinco compressões abdominais
 Depois de cada cinco compressões abdominais, verifique o resultado e confirme sua técnica.
OBS: Para mulheres gestantes e para vítimas obesas, Faça cinco compressões diretas sobre o
externo.
Repita o ciclo de cinco compressões abdominais até que:
 A vítima expelir o objetivo;
 A vítima voltar a respirar e começar a tossir violentamente;
 A vítima ficar inconsciente (use então método para vítimas inconsciente);
 Pessoal médico especializado chegar ao local.
Reveja as condições da vítima e confirma se estão aplicando as técnicas corretamente a cada cinco
compressões.
Se uma pessoa estiver inconsciente e sem respirar...
Faça pelo menos cinco compressões abdominais
OBS: Para mulheres gestantes e para vítimas obesas, faça cinco compressões diretas sobre o
externo.
Procure com o dedo se há objetos na garganta da vítima.
 Utiliza essa técnica somente em vítimas inconsciente. Em vítimas conscientes, isso pode causar
náuseas e vômitos;
 Utilize o seu polegar e dedos para segurar a mandíbula da vítima mantendo a língua afastada da parte
posterior da garganta e do objeto estranho;
 Se não conseguir abrir a boca da vítima, utilize o método de cruzar o dedo indicador com o polegar
para forças os afastamentos dos dentes;
 Com o dedo indicador da outra mão em forma de gancho, procure sentir o objeto que estiver causando
obstrução;
 Se conseguir sentir o objeto com o dedo, remova-o com cuidado para não empurra-lo ainda mais para
dentro da garganta.

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Se os procedimentos acima não funcionarem.
 Continue fazendo os procedimentos até que o objeto possa ser expelido ou o pessoal médico
especializado chegue ao local;
 Aplique dois sopros. Se não conseguir que o ar entre, reposicione a cabeça e tente mais dois sopros;
 Aplique até cinco compressões abdominais;
 Busque o objeto como dedo.

SUPORTE BÁSICO A VIDA - RCP

PARADA RESPIRATÓRIA

CONCEITO
É a ausência de respiração pulmonar em conseqüência da falta de funcionamento do aparelho
captador de 02 no organismo.

OBSERVAÇÃO
Após 4 (quatro) minutos de parada respiratória, as células do cérebro ficam danificadas ou
mortas e mesmo que a vítima se recupere ocorrerá, certamente sequelas seríssimas.
SINAIS E SINTOMAS DE INCONSCIÊNCIA
Pode-se reconhecer o estado de inconsciência de uma pessoa se ela não responde: As
perguntas verbais, ao toque ou à dor.
SUPORTE BÁSICO À VIDA - TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS
 Chame o Pronto Socorro imediatamente:
 Posicione a pessoa em decúbito dorsal
 Abra as vias aéreas:
 Se você suspeitar de uma lesão no pescoço.
 Verifique se há respiração (espere 3 - 5 segundos)
 Dê dois sopros moderados.
 Se nenhum dos dois sopros fizer o peito da vítima subir

PARADA CARDÍACA

CONCEITO
Parada cardíaca ou "Morte Súbita" é a cessação repentina dos batimentos cardíacos ou quando
o músculo cardíaco, em condições de extrema debilidade não se contrai e distende com o vigor necessário
para assegurar suficiente quantidade de sangue à circulação.
CAUSAS DA PARADA CARDÍACA
Crise cardíaca
Choque elétrico
Intoxicação por monóxido de carbono
Afogamento
Acidentes violentos
Estrangulamento

SINAIS E SINTOMAS
Pulso ausente ou fraco
Insuficiência respiratória
Midríase (Dilatação de pupilas)
Perda de consciência
Cianose dos lábios e da pele
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PRINCÍPIOS BÁSICOS NA APLICAÇÃO DA MASSAGEM CARDIACA EXTERNA

MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA (Procedimentos)


1- Existe pulso, mas não há respiração.
Aplique 02 respirações artificiais
2 - Não existe pulso, comece a RCP.
Execute 30 compressões.

Durante as compressões:
 Aplique dois sopros moderados após as 30 compressões;
 Não surtindo efeito, complete cinco ciclos de 30 compressões e dois sopros (aproximadamente 1
minuto) e verifique o pulso.

RCP - CONDUTA DE ATENDIMENTO EM CRIANCA


Em crianças de um a oito anos de idade, a pressão exercida no ponto de compressão deverá
ser menor, utilizando-se apenas uma das mãos enquanto a outra deverá estar colocada sob o tórax da
criança a fim de apoiá-la.

RCP - EM BEBÊS COM MENOS DE UM ANO DE IDADE

PROCEDIMENTOS

Localize a posição para os dedos:


1º- Trace uma linha imaginária entre os dois mamilos:
2º- Coloque três dedos sobre o osso esterno com c indicador tocando por baixo da linha imaginária;
Aplique 30 compressões (Dois dedos)
02 ventilações
FERIMENTOS

INTRODUÇÃO
Os ferimentos podem ser abertos ou fechados. Os ferimentos abertos são aqueles em que há
perda da integridade da superfície da pele. Nos ferimentos fechados não ocorre por definições perda da
integridade da pele.

FERIMENTOS FECHADOS
Um impacto ou uma compressão pode causar rompimento de vasos sangüíneos, causando
extravasamento de líquido. Ex: contusões.
FERIMENTOS ABERTOS
Os tipos de ferimentos, abertos são: escoriações, incisões e lacerações.
ESCORIAÇÕES
São ferimentos da camada superficial da pele que apresentam sangramento discreto, mais
costumam ser extremamente dolorosas. Não representam risco ao paciente quando isoladas.
INCISÕES
São lesões teciduais cujos bordos são regulares, sendo produzidas por objetos cortantes.
Podem causar sangramento de variados graus e danos a tendões, músculos e nervos.
LACERAÇÕES
São lesões teciduais de bordos irregulares, produzidas por objetos rombos através de trauma
fechado sobre superfícies ósseas.
FERIMENTOS PERFURANTES
São lesões causadas por perfurações da pele e dos tecidos subjacentes por um objeto.
AVULSÕES
São lesões onde ocorre deslocamento da pele em relação ao tecido subjacente, que pode se
mantiver ligado ao tecido sadio ou não.
EVISCERAÇÃO
Lesão em que ocorre exposição de vísceras.
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HEMORRAGIAS

CONCEITO
A hemorragia é a perda aguda de sangue circulante, proveniente da ruptura, dilaceramento ou
certo de um vaso sangüíneo.
Sinais e Sintomas:
Palidez intensa / mucosa ciânica / pulso rápido / respiração rápida e superficial vertigem /
náuseas e vômitos / suor em abundância / intranqüilidade / sede e desmaio.
Do ponto de vista anatômico, as hemorragias podem ser:
 Artérias - Sangue vermelho - vivo, saindo em jatos.
 Venosas - Sangue vermelho - escuro, escorrendo contínua e lentamente.
Do ponto de vista clínico, as hemorragias podem ser:
 Internas - Produzidas dentro dos tecidos ou no interior de uma cavidade natural.
 Externas - Perda de sangue para o exterior do organismo, podendo ser observada visivelmente.

Técnicas para a contenção de hemorragias:

Elevação do membro:
Pressão Direta:
Ponto de Pressão arterial:
Curativo Compressivo:
“Torniquete”:

Epistaxe - Hemorragia Nasal


Hemoptise - Perda de sangue através das vias respiratórias.
Hematêmese - Hemorragia Gástrica
QUEIMADURAS

CONCEITO
São lesões produzidas nos tecidos pela ação de agentes físicos (frio ou calor) não químicos
(produtos corrosivos).
As queimaduras são muito dolorosas e podem constituir uma ameaça para a vida, dependendo da
extensão da região atingida.
A profundidade da lesão causada pela queimadura também deve ser considerada.
Ex: Queimadura por eletricidade e agentes corrosivos.
CLASSIFICAÇÃO
Podemos dividir a queimadura em graus de acordo com a profundidade e a extensão.
PROFUNDIDADE
Em relação à profundidade a área lesada divide-se em três graus, a saber:
1º Grau – quando a lesão é bem superficial, causando vermelhidão da pele, dor e tumefação (inchação).
2º Grau – quando a lesão atinge a derme ocorrendo vermelhidão, dor e flicttemas (bolhas).
3º Grau – quando a lesão é mais profunda ocorrendo destruição das camadas da pele. Nas lesões mais
profundas, formam-se placas escuras e secas, a dor é menos intensa, tem tendência a deixar cicatrizes.
OBS: Uma pessoa pode apresentar queimaduras de vários graus.
EXTENSÃO
A gravidade de uma queimadura depende mais de sua extensão da superfície atingida.
Quanto maior for à extensão da área, mais grave é o caso. Há várias maneiras de se determinar a área
queimada. O método que aqui citaremos é o de Berkow, a que chamaremos a regra dos 9%.
Tem-se uma idéia aproximada da superfície queimada usando a “regra dos 9%” do
seguinte modo:

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ADULTO CRIANÇA
Cabeça – 9% Cabeça – 18%
Pescoço – 1% -
M.S.D. – 9% M.S.D. – 9%
M.S.E. – 9% M.S.E. – 9%
Tórax e Abdômen frente – 18% Tórax e Abdômen frente – 18%
Tórax e Reg. Lombar – 18%. Tórax e Reg. Lombar - 18%.
M.I.D. – 18% M.I.D. – 14%
M.I.E. – 18% M.I.E. – 14%
Região Genital – 1% Região Genital – 1%
Obs: A região genital está incluída na do tórax e abdômen.

PRINCIPAIS MEDIDAS BÁSICAS PARA ATENDER O QUEIMADO

Prevenir o estado de choque - Nas queimaduras extensas e/ou profundas é freqüente sobrevir
o estado de choque, causado pela dor e/ou perda de líquidos. Em conseqüência disto, devem ser tomadas
as medidas necessárias para sua prevenção.
Se a vítima sentir sede, deve ser-lhe dada toda água que deseja beber, porem lentamente. Á
qual tenha sido adicionada uma colher (das de café) de sal.
Controlar a dor – Para aliviar a dor rapidamente, deve-se imergir a parte queimadura em água limpa ou,
se for possível, submeter essa parte a água corrente até que cesse a dor por 15 minutos.
Evitar a contaminação - Como Prevenir a Infecção - Todo ferimento causado por queimadura
que apresenta bolhas ou aquela no qual a pele desapareceu em conseqüência da queimadura é muito
vulnerável à infecção e, por isso, deve ser coberto com um pedaço de pano bem limpo, colocando
cuidadosamente com um curativo.
Se a queimadura foi produzida por substâncias corrosivas ou irritantes, a área deve ser lavada
durante, pelo menos, quinze minutos.
A seguir, a queimadura deve ser coberta com um pedaço de pano bem limpo, o qual será preso
cuidadosamente com uma atadura. Nos casos em que não se pode mergulhar a queimadura em água fria;
podem-se aplicar compressas úmidas e frias.

QUEIMADURAS TÉRMICAS (líquidos quentes, fogo, vapor, raios solares).

· Retire imediatamente as vestes, ou abafe o fogo (se for o caso) envolvendo a vítima com cobertor,
casaco...
· Deite a vítima, a cabeça e o tórax em plano inferior.
· Levante as pernas se possível
· Mantenha erguida a parte queimada
· Lave imediatamente a área queimada com água
· Coloque um pano limpo ou gaze na área queimada.
ENVENENAMENTO

CONCEITO
Venenos são substâncias químicas que podem causar dano ao organismo.
Os envenenamentos são, na maioria das vezes, acidentes, mas resultam também de tentativas de suicídio
e, mais raramente, até de tentativas de homicídio. Um veneno pode penetrar no organismo por diversos
meios ou vias de administração, a saber:
▪ Ingerido: Ex: Medicamentos, substâncias químicas industriais, derivados de petróleo, agrotóxicos,
raticidas, formicidas, plantas, alimentos contaminados (toxinas).
▪ Inalado: Gases e poeiras tóxicas. Ex: Monóxido de carbono, amônia, cola à base de tolueno (cola de
sapateiro), acetona, agrotóxicos, éter, GLP (gás de cozinha), fluído de isqueiro, etc.
▪ Absorvido: Ex: Inseticidas, agrotóxicos e outras substâncias químicas que penetrem no organismo pele
e mucosas.
▪ Injetado: Ex: Toxinas de diversas fontes como aranhas, escorpiões, cobras ou drogas injetadas com
seringa e agulha.
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SINAIS E SINTOMAS
- Salivação, lacrimejamento, dor de cabeça:
- Pulso (lento, rápido ou irregular);
- Queimação nos olhos e mucosas;
- Dificuldade para engolir;
- Queimaduras ou manchas ao redor da boca;
- Pele (pálida “vermelha” ou cianótica);
- Sudorese;
- Odores característicos (respiração);
- Vômito;
- Convulsões;
- Respiração anormal (rápida, lenta ou com dificuldade);
- Alterações pupilares (midríase ou miose).

Quando é possível provocar o vômito


As principais situações onde é possível provocar o vômito são na ingestão de tóxicos potentes, estando o
paciente consciente e na remoção de partículas relativamente grandes do agente tóxico, como fragmentos
de plantas ou drágeas, na qual não se pode passar pelos orifícios da sonda utilizada para lavagem gástrica.
Apesar de se mostrar bastante fácil de ser executado, o vômito está contraindicado em pessoas com
depressão do sistema nervoso central, muito agitada ou apresentando convulsões.
A utilização do leite como antídoto
Antídoto é todo agente que neutraliza ou impede a absorção de um tóxico, através de vários mecanismos
de ação envolvendo as propriedades físicas, químicas e farmacológicas de ambos. Na busca desses
efeitos, medidas caseiras têm sido utilizadas nos diversos tipos de intoxicação e, em geral, complicam a
enfermidade, podendo levar a vítima a óbito antes do atendimento. Um exemplo bastante conhecido é o
uso indiscriminado do leite como antídoto universal para qualquer tipo de intoxicação.
As propriedades do leite ajudam a recobrir as paredes lesadas do tubo digestivo, não impedindo a
absorção de determinado toxicante. Ao contrário, ele pode acelerar a absorção se o tóxico for solúvel em
gordura.
▪ Quando o leite pode ser usado: Amônia, iodo, desinfetantes, limpadores de dentaduras e de forno,
líquido de bateria, produtos de piscina, tintura para cabelo, etc.
▪ Quando o leite não pode ser usado: Acetona, carbonato, clorofórmio, fósforo, hexaclorobenzeno, etc.

BANDAGEM E FRATURAS, ENTORSE E LUXAÇÃO.

CONCEITO:
É qualquer interrupção da continuidade de um osso.
Em algumas fraturas, o osso pode estar apenas fissurado, em outras os ferimentos ósseos
podem estar, separados, tornando á fratura facilmente reconhecível, devido à imobilidade deste.

CAUSAS DA FRATURA: Traumas (Acidentes), Estress ou Doença.


FARTURAS DE ACORDO COM SUA NATUREZA:
FRATURA FECHADA: A pele não foi perfurada pelas extremidades ósseas.
FRATURA EXPOSTA OU ABERTA: O osso quebrado atravessa a pele, causando também um
ferimento, que pode ser apenas uma pequena abertura sobre fratura.

FRATURA DE ACORDO COM SEU ASPECTO.


 TARNSVERSAL – É aquele em que o osso rompe-se em ângulo reto com sua parte mais comprida.
 OBLÍQUA – É aquele em que as extremidades do osso se estendem em diagonal. São mais freqüentes
em ossos longos.
 ESPIRAL – É aquele em que a fratura circunda o osso em um plano inclinado. É o tipo de fratura
provocado de um trauma que provocou torção do membro.
 COMINUTIVA – é aquele em que os ossos ficam reduzidos a fragmentos ou lascas.

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RECONHECIMENTO DA FARTURA
 DOR LOCAL - A dor em geral é aguda e localizada no ponto da fratura.
 HEMATOMA - É o resultado extravasamento de vasos, após a lesão.
 DEFORMIDADES - Os membros podem estar em uma posição não natural ou então angulada num
local onde não há articulação.
 INCAPACIDADE FUNCIONAL - Perda parcial ou completa dos movimentos das articulações
adjuntas.
 CREPTAÇÃO ÓSSES - Ocorre quando as extremidades fraturadas se atritam (som de papel
amaçado).

PRINCÍPIOS GERAIS DA IMOBILIZAÇÃO


O atendimento de emergência apropriado, dado a uma vítima com fraturas, diminuirá o tempo
de hospitalização e acelerará sua recuperação.
Uma imobilização pode ser feita com qualquer material rígido que impeça a movimentação de
uma extremidade fraturada.
O objetivo básico da imobilização, provisória é prevenir a movimentação dos fragmentos
ósseos fraturados ou dos ossos.

REGRAS GERAIS DE IMOBILIZAÇÃO


 As roupas devem ser cortadas ou removidas sempre que houver suspeita de fraturas;
 Sempre observar o estado circulatório (perfusão capilar)
 Em uma fratura a tala deve imobilizar uma articulação ou osso tanto acima quanto abaixo do local da
lesão;
 Uma fratura muito angulada deve ser corrigida suave contração, de forma que o membro possa ser
colocado em uma tala;
 Cobrir todos os ferimentos com curativos esterilizados antes de imobilizar;
 Não remover ou transportar a vítima antes de imobilizar as fraturas;
 Na dúvida imobilize.

TIPOS DE FRATURAS

FRATURA DE CRÂNIO (Reconhecimento)


 Observe se há contusão ou hematoma na calota craniana, hemorragias pelo nariz, boca ou ouvido;
 Alteração da consciência, do ritmo respiratório ou parada respiratória;
 Observar pupilas (midríase ou miose)

CONDUTA DE ATENDIMENTO
 Imobilize coluna cervical;
 Mantenha vias aéreas liberadas;
 Esteja atendo para o vômito;
 Mantenha a vítima aquecida;
 Não obstrua a saída de sangue ou líquido;
 Afrouxe as vestes da vítima.

FRATURA DE MEMBROS SUPERIORES


 Pesquise dor, incapacidade funcional, alteração de cor;
 Trate as lesões mais graves por ventura existentes;
 Nas fraturas em articulações imobilize sempre na posição encontrada;
 A tentativa de realizar o membro deve ser feita suavemente apenas uma única vez, se houver
resistência imobilize na posição encontrada com tala rígida;
 Faça a imobilização com talas, de modo a não permitir a movimentação da região afetada;
 Use talas com o comprimento suficiente para ultrapassar a articulação acima e abaixo;
 Fixe com bandagem triangular ou similar.
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CONVULSÃO

ATAQUE CARDÍACO
Um ataque cardíaco ocorre quando o fornecimento de sangue a uma parte do músculo
cardíaco é reduzido drasticamente ou cessa, devido a uma obstrução em uma das artérias coronarianas
que fornecem sangue ao coração. Depósito de gordura ao longo da parede interna da artéria coronariana é
uma das razões da obstrução. O suprimento de sangue também poderá ser reduzido se a artéria em
espasmos.
SINAIS E SINTOMAS
Ataques cardíacos são difíceis de determinar. Se você suspeitar por qualquer motivo que está
diante de alguém que esteja sofrendo um ataque cardíaco, procure ajuda médica imediatamente ao invés
de esperar.
American Heart Association – USA – lista os seguintes itens como possíveis como possíveis sinais e
sintomas de um ataque cardíaco:
 Pressão desconfortável, sensação de estar cheio, aperto, ou dor no centro do peito com duração de 2
minutos ou mais, podendo iniciar e parar;
 A dor pode espalhar-se para um dos ombros, pescoço, mandíbula inferior ou braços;
 Um ou todos os seguintes itens: Franqueza; Tontura; Suor; Náusea; Respiração curta.
Nem todos esses sinais ocorrem em todos os ataques cardíacos. Muitas vítimas negam estar
sofrendo um ataque do coração. Se você perceber algum desses sinais, não perca tempo. Perda de tempo
irá apenas aumentar drasticamente os riscos. Procure ajuda imediatamente.

DERRAME (AVE) *
Derrame também é conhecido como Acidente Vascular Encefálico (AVE). Um derrame
ocorre quando um vaso sanguinário cerebral rompe, privando parte do cérebro de receber o fluxo
sangüíneo necessário. Derrames constituem a terceira maior causa de mortes no EUA. É também uma das
causas principais de incapacitação física.
Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas de um derrame dependem da área do cérebro atingida:
 Franqueza ou torpor súbitos na face, braço e perna de um lado do corpo e perda da consciência;
 Perda, dificuldade para falar ou para entender palavras;
 Diminuição ou perda da visão, particularmente em um só olho; pupilas desiguais;
 Tontura falta de firmeza ou quedas súbitas;
 Dor de cabeça repentina muito forte;
 Perda de controle de urina e/ou fezes.

EPILEPSIA

Tipos de Crises
Crises epilépticas podem ser convulsivas ou não convulsivas por natureza, dependendo do
local do cérebro onde ela se processa e do total de área cerebral que estiver envolvida.
Crises convulsivas são aquelas que a maioria das pessoas associa quando ouvem a palavra
“epilepsia”. Nesse tipo de crise a pessoa sofre convulsões que geralmente duram de 2 a 5 minutos, com
perda total da consciência, seguida de espasmo muscular. Em crises não convulsivas, a vítima costuma
apresentar por alguns segundos, uma expressão apática, com olhar perdido. Produz movimentos
involuntários com os braços ou pernas, apresenta também períodos de ausência de consciência em relação
ao ambiente. A epilepsia é uma doença de origem neurológica, não sendo absolutamente transmitida sob
qualquer forma. É importante ressaltar que contrário ao dito popular, à epilepsia não transmitida pela
saliva.
As regras abaixo foram elaboradas para ajudar a evitar que epilépticos façam idas
desnecessárias e caras aos hospitais, e também para auxiliar o socorrista a decidir se deverá ou não
chamar uma ambulância quando estiver diante de um quadro de convulsão.

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A fundação americana de Epilepsia sugere os seguintes procedimentos de socorro para casos
de convulsões:
1. Proteger a cabeça da vítima com almofadas;
2. Afrouxar o colarinho da vítima;
3. Deitar a vítima de lado;
4. Procurar por alguma identificação de “alerta de saúde” (colar ou pulseira);
5. Quando a crise terminar, oferecer ajuda. A maioria dos ataques em pessoas epilépticas não representa
uma emergência médica. O episódio termina em 1 – 2 minutos sem deixar danos.

Precauções ao cuidar de uma vítima de crise epiléptica:


 Não dê nada a vítima para comer e beber;
 Não segure a vítima de cabeça para baixo;
 Não coloque nada entre os dentes da vítima durante a crise;
 Não jogue qualquer líquido no rosto ou boca da vítima;
 Não deixe a vítima encabulada e afaste os curiosos;
 Associe a outros traumatismos.

DESMAIO / ESTADO DE CHOQUE

CONCEITO:
O estado de choque é uma condição na qual existe uma desproporção entre a quantidade de
sangue em circulação e a capacidade total do sistema circulatório, ou seja: (é através do sistema
circulatório coração e vasos sangüíneos que o sangue se distribui por todo o corpo, transportando
oxigênio, e, em especial para o cérebro). Qualquer interrupção séria no circuito, isto é, na provisão
contínua do oxigênio a este importante órgão, pode ocasionar o estado de choque ou a morte.
CLASSIFICAÇÃO:
A - CHOQUE HIPOVOLÊMICO: Hemorragias (Interna Externas) / Queimaduras Graves / Diarreia,
Vômitos (Desidratação).
B - CHOQUE CARDIOGÊNICO: Infarto Agudo / Arritmia Cardíaca.
C - CHOQUE SÉPTICO: Infecções Graves.
D - CHOQUE ANAFILÁTICO: Reação de Hipersensibilidade a Medicamentos, Alimentos.
E - CHOQUE NEUROGÊNICO: Lesão da Medula Espinhal / Dores Intensas.
SINAIS E SINTOMAS:
- Pele fria e pegajosa com suor na testa e nas palmas das mãos;
- A vítima queixa-se de sensação de frio podendo ter tremores;
- Face pálida com expressão de ansiedade;
- Respiração curta, rápida e irregular;
- Pulso rápido e fraco;
- Visão nublada, náuseas e vômitos;
- A vítima pode estar total ou parcialmente inconsciente.

CONDU'I'A DE A'I'ENDIMENTO:
- Inspecione a vítima rapidamente (sinais vitais);
- Se possível, combata, evite ou contorne a causa do estado de choque (Ex.: Hemorragia);
- Mantenha a vítima deitada, afrouxando a roupa em torno do pescoço, peito cintura;
- Mantenha a respiração da vítima e em caso de vômito vire-lhe a cabeça para o lado;
- Caso não haja fratura; ele membros inferiores e se possível, mantenha sua cabeça mais baixa que o
tronco.
- Mantenha a vítima agasalhada, utilizando cobertor, mantas etc...
- Caso a vítima esteja consciente e possa engolir, dê-lhe de beber (água, café, chá).

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BIBLIOGRAFIA

1. GRISOGONO, VIVIAN – Lesões no esporte, 1ª edição, Livraria Martins Fontes Editora Ltda,
1989.

2. INTERNATIONAL, Safety Council, First Aid CPR – 2ª Edição, 1993

3. Manual de Salvamento em Praias. Governo do Estado do Rio de Janeiro. Corpo de Bombeiros


do Rio de Janeiro, 1985.

4. FIGUEIREDO, J. R. M. – Emergência – Condutas Médicas e Transportes. Rio de Janeiro –


RJ: Revinter Ltda, 1996.

5. MARY FRAN, HAZINSKI, RN, MSN. Destaques das diretrizes da American Heart
Association, 2010.

6. NÉBIA MARIA ALMEIDA DE FIGUEIREDO ÁLVARO DE BITTENCOURT VIEIRA.


Emergência: atendimento e cuidados de enfermagem. 4. ed. - São Caetano do Sul, SP: Yendis
Editora, 2011.

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