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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE MEDICINA

GEORGES BADIN HOFMEISTER

GIOVANI BARBOSA GUIMARÃES

JOSÉ LUIS DE OLIVEIRA

ME. JUARES ANTÔNIO CIVIDINI JUNIOR

PROF. VALDECI APARECIDO CARDOSO JUNIOR

ORIENTAÇÕES ACERCA DO USO DOMICILIAR DE MEDICAÇÕES PARA


CONTROLE DA DOR NA USF PARQUE ATALAIA I E II

Cuiabá/ MT

2023
GEORGES BADIN HOFMEISTER

GIOVANI BARBOSA GUIMARÃES

JOSÉ LUIS DE OLIVEIRA

Me. JUARES ANTONIO CIVIDINI JUNIOR

ORIENTAÇÕES ACERCA DO USO DOMICILIAR DE


MEDICAÇÕES PARA CONTROLE DA DOR NA USF PARQUE
ATALAIA I E II

Trabalho de final da disciplina Internato em Saúde Coletiva II


da Faculdade de Medicina da UFMT, com objetivo apresentar
uma proposta de intervenção na Unidade de Saúde da
Família Parque Atalaia I e II.

Orientador: Prof. Valdeci Aparecido Cardoso Junior.

Cuiabá / MT

2023
SUMÁRIO

1 . INTRODUÇÃO…………...……………………………………………………...… página 4

2 . JUSTICATIVA ..…………………………………………………………………… página 4

3 . OBJETIVOS …………………………………………………………………….… página 5

4 . METODOLOGIA…….…………………………………………………….………. página 5

5 . FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...……………………………………………..… página 6

6 . CONCLUSÃO ................................................................................................ página 6

7 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. página 7

8 . ANEXOS.......................................................................................................... página 8
1 . INTRODUÇÃO

A automedicação, entendida como a prática de utilizar medicamentos sem orientação, é


uma realidade médica cada vez mais presente em nossa sociedade. Embora a automedicação possa
parecer uma solução rápida e conveniente para o alívio dos sintomas, ela acarreta uma série de
riscos para a saúde. Como estudantes de medicina, reconhecemos a importância de abordar esse
tema, visando informar e conscientizar a população sobre os perigos associados ao uso
indiscriminado de medicamentos, especialmente aqueles utilizados para o controle da dor.

Neste projeto de intervenção, desenvolvemos estratégias educativas e informativas com o


objetivo de alertar os pacientes sobre os riscos da automedicação e destacar a importância de buscar
orientação médica adequada para o uso de medicamentos. Nosso foco recaiu sobre a utilização de
medicamentos comumente usados ​para o controle da dor, como anti-inflamatórios não-hormonais,
corticóides, opióides, psicofármacos e analgésicos comuns.

Compreendemos que a automedicação representa uma preocupação significativa para a


saúde pública, uma vez que pode resultar em consequências graves, tais como efeitos colaterais,
reações adversas prejudiciais e até mesmo atraso no diagnóstico e tratamento adequado de
condições médicas subjacentes. Portanto, é imperativo que sejam empreendidos esforços para
informar e capacitar os indivíduos, auxiliando-os a tomar decisões conscientes e responsáveis ​em
relação ao uso de medicamentos.

Neste contexto, o presente projeto de intervenção tem como objetivo principal promover a
orientação e conscientização sobre os riscos da automedicação, enfatizando a importância de buscar
orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso. Através de orientações
informativas realizadas na sala de espera do PSF Parque Atalaia e durante as consultas médicas,
buscamos fornecer informações claras e acessíveis aos pacientes, com o intuito de capacitá-los a
tomar decisões sobressalentes e seguras para a sua saúde.

2 . JUSTIFICATIVA

Desde o início do estágio em saúde coletiva II no PSF Parque Atalaia II, foi observado uma
expressiva demanda de doenças relacionadas ao trabalho com acometimento musculoesquelético,
como artralgias, bursites, tendinites, tenossinovites e lombalgias. Frente a isso, observa-se que
grande parte dos pacientes acometido por tais patologias, faziam uso irrestrito de medicações para
dor, como AINES, corticóides de depósito, analgésicos comuns e psicofármacos, muitas vezes sem
reconhecer os possíveis efeitos adversos dessas medicações.

Frente à relevante automedicação observada na região, julgamos necessário elaborar um


projeto de intervenção visando incidir sobre sobre a falta de conscientização acerca dos riscos
envolvidos na busca por soluções rápidas e irrestritas no alívio da dor.

3 . OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Promover a conscientização e a educação sobre os riscos da automedicação,


visando reduzir os danos à saúde causados ​pelo uso inadequado de medicamentos,
especialmente aqueles utilizados para o controle da dor.

3.2 Objetivos Específicos

1. Conscientizar sobre os riscos da automedicação: Informar e sensibilizar os pacientes


sobre os perigos associados à automedicação, destacando os potenciais efeitos adversos à saúde
que podem surgir devido ao uso de medicamentos prescritos.

2. Promover a busca por orientação médica adequada: Incentivar os pacientes a buscar


orientação médica.

3. Fornecer informações claras e acessíveis através de materiais informativos.

4. Estabelecer um ambiente de confiança: Criar um ambiente favorável para que os


pacientes se sintam à vontade para discutir suas preocupações, dúvidas e histórico médico com os
profissionais de saúde, facilitando a tomada de decisões conscientes e seguras em relação ao uso de
medicamentos.

5. Reduzir os danos à saúde causados ​pela automedicação.

4 . METODOLOGIA
Implementação das orientações informativas na sala de espera do PSF Parque Atalaia para
disponibilizar os materiais educativos sobre os riscos da automedicação de forma clara e acessível
para que os pacientes possam ler e obter informações relevantes enquanto aguardam suas
consultas. Além de abordagem individual durante as consultas explicando os riscos associados,
respondendo dúvidas e destacando a importância de buscar orientação médica antes de iniciar
qualquer tratamento medicamentoso.

5 . FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A automedicação é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a seleção e o


uso de medicamentos sem prescrição ou supervisão de um médico ou dentista. No Brasil, estima-se
que a prevalência geral de utilização de medicamentos pelos maiores de 18 anos seja de cerca de
49% e da automedicação de 24,6%. Apesar disso, essa prática, normalmente, é utilizada em
contextos de doenças agudas autolimitadas, que envolvem problemas gástricos, intestinais, febre,
dor, resfriados, rinossinusite, náuseas, vômitos, entre outros sintomas inespecíficos, sendo a cefaléia
a principal queixa relacionada a automedicação (ARRAIS, BERTOLDI, 2016).

De maneira geral, a prática da automedicação é mais comum entre os jovens,


principalmente mulheres entre 20 e 39 anos (ARRAIS, BERTOLDI, 2016).

As medicações mais utilizadas são a dipirona (associada ou não à cafeína) e o paracetamol.


Acredita-se que isso possa estar relacionado ao fato de que essas medicações geralmente são
encontradas com facilidade no mercado local, e geralmente são estocadas pelos familiares, bem
como à alta prevalência de dor na população em geral (ARRAIS, BERTOLDI, 2016).

Os antiinflamatórios não esteroidais (AINES) também são muito utilizados sem a devida
orientação médica, principalmente por possuírem múltiplas ações (analgésica, antipirética e
anti-inflamatória). Outro aspecto que favorece a popularidade dessas medicações é o grande apelo
das publicidades veiculadas pelas indústrias farmacêuticas (ARRAIS, BERTOLDI, 2016).

Vale ressaltar que, na maioria das vezes, as medicações utilizadas são produtos isentos de
prescrição. Contudo, apesar de serem isentas de prescrição, não são isentas de efeitos adversos,
como intoxicações, distúrbios gastrointestinais, reações alérgicas, insultos renais, cronificação da dor,
entre outros (ARRAIS, BERTOLDI, 2016).

6. CONCLUSÃO

Ao longo deste projeto de intervenção, buscamos conscientizar e educar os pacientes sobre


os perigos da automedicação, com foco especial no uso inadequado de medicamentos para controle
da dor, como analgésicos comuns, anti-inflamatórios não-hormonais, corticóides, opioides e
psicofármacos.

Por meio de orientações informativas realizadas na sala de espera do PSF Parque Atalaia e
durante as consultas médicas, fornecemos informações claras e acessíveis sobre recomendações,
precauções e efeitos adversos desses medicamentos. Utilizamos folhetos como material de
referência para os pacientes, permitindo que eles tenham acesso a informações supervisionadas
mesmo após o término do projeto.

Acreditamos que a conscientização e a educação são pilares fundamentais para prevenir a


automedicação e minimizar os riscos associados. Ao fornecer conhecimento sobre os perigos da
automedicação, esperamos que os pacientes se tornem mais conscientes da importância de buscar
orientação médica adequada antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso.

Além disso, incentivamos a criação de um ambiente de confiança entre os pacientes e os


profissionais de saúde, de modo que os pacientes se sintam à vontade para discutir suas
preocupações e dúvidas sobre medicamentos. Acreditamos que a abordagem individual durante as
consultas médicas foi uma forma efetiva de fornecer informações personalizadas e esclarecer as
dúvidas, levando em consideração o histórico médico e as necessidades específicas de cada
paciente.

Por fim, esperamos que este projeto de intervenção tenha contribuído para promover a
saúde e a segurança dos pacientes, evitando o uso indiscriminado de medicamentos e os riscos
associados à automedicação. A conscientização e a educação são passos importantes para capacitar
os pacientes a tomarem decisões sobre sua saúde, priorizando sempre a busca por orientação
médica adequada.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

1. ARRAIS, P. S. D. et al. Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Revista


de saúde pública, v. 50, p. 13s, [s.d.].
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Cartilha para a
promoção do uso racional de medicamentos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos
Estratégicos. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. 28 p. : il.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Uso
racional de medicamentos: temas selecionados / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 156 p. : il. – (Série
A. Normas e Manuais Técnicos)
4. WHO. WHO Global Patient Safety Challenge. Medication Without Harm, World Health
Organization 2017.

8. ANEXOS

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