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AUTOMEDICAÇÃO
UM ATO BRASILEIRO A SER EXTINTO
AUTOMEDICAÇÃO
UM ATO BRASILEIRO A SER EXTINTO
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
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E-mail: thaysmouraat@yahoo.com.br
1. INTRODUÇÃO
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ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
Rozenfeld5 constatou que, apesar da evidente relação entre o aumento da idade
e o maior número de medicamentos utilizados, a automedicação entre os idosos é menor
(18%) do que entre pessoas mais jovens (40%)
Para Cella e Almeida (2012), o panorama de utilização irracional de
medicamentos, em especial a automedicação, só poderá ser revertido com campanhas
educativas voltadas à população em todos os seus níveis e faixas etárias.
Conforme Torres (2011), a atenção farmacêutica baseia-se, justamente, na
capacidade de o farmacêutico, com visão e postura interdisciplinar, integradora e
formadora, assumir, frente a seus pacientes, as responsabilidades relacionadas ao uso
racional dos medicamentos e insumos por meio de um acompanhamento sistemático e
documentado.
Diante do exposto, este estudo propõe realizar uma revisão na literatura,
enfatizando o uso irracional de medicamentos, suas causas e como a sociedade e os
órgãos de saúde podem contribuir neste considerado “hábito” do brasileiro.
Para um melhor entendimento, a narrativa será dividida em três capítulos que se
destacam com relevância. A introdução seguida do segundo capítulo que descreve
possíveis fatores que influenciam a prática da automedicação, o terceiro capítulo, as
consequências desta ação e no quarto capítulo, a importância da atenção farmacêutica
para mudança deste comportamento.
No Brasil, 79% das pessoas com mais de 16 anos admitem tomar medicamentos
sem prescrição médica ou farmacêutica. O percentual é o maior desde que a pesquisa
começou a ser feita pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ). Em 2014,
76,2% diziam automedicar-se e em 2016, 72%.
Em anúncios e propagandas, remédios são oferecidos como forma milagrosa para
melhoria da saúde, sobretudo em uma época em que a rotina se torna cada vez mais
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ICQT- Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o mercado farmacêutico.
corrida e estressante. Muitas vezes, são os próprios hábitos, como o sedentarismo e a
alimentação inadequada, que prejudicam a saúde, levando ao uso indiscriminado.
• Dependência
Ao serem consumidos em grandes quantidades ou por um período maior do que o
recomendado, alguns medicamentos podem levar ao vício, fazendo com que a pessoa
se torne uma dependente química;
• Resistência de microrganismos
Quem faz uso de alguns medicamentos de maneira exagerada pode fazer com que os
microrganismos presentes no corpo se tornem mais resistentes, fazendo com que seja
necessário utilizar medicamentos mais fortes para combatê-los posteriormente;
• Atraso do diagnóstico correto
Apesar de “resolver” rapidamente o problema, medicamentos de alívio imediato da dor
podem mascarar os sintomas de doenças mais sérias, fazendo com que o diagnóstico
seja tardio ou que essa enfermidade não seja tratada corretamente.
4. A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PARA MUDANÇA DE
COMPORTAMENTO.
AQUINO, D.S. Porque o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Ciência
& Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.13, p. 733-736, abr.2008
CELLA, E.; ALMEIDA, R.B. Automedicação: enfoque pediátrico. Revi Saúde Públ. Santa
Cat., Florianópolis, v.5, n.1, 2012.
HOEFLER, R.; GALVÃO, T. Intoxicações agudas por medicamentos. In: FUCHS, F.D.;
WANNMACHER, L. Farmacologia Clínica: Fundamentos da Terapêutica Racional. 4. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
SCHENKEL EP, Petrovich PR, Linck VO, Chaves CMG, Gosmann G, Costa TCTD, et al.
Cuidados com os medicamentos. 3. ed. Florianópolis: Editora da Universidade Federal
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