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NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA
JOÃO PESSOA, PB
Agosto/2019
RILZA VERONICA RODRIGUES DOS ANJOS
ROSENI DE FREITAS SILVA
RUI GONÇALVES BARBOSA
João Pessoa
2019.2
1 INTRODUÇÃO
Sendo assim, a automedicação está cada vez mais inserida no dia a dia da
sociedade, devido à dificuldade de acesso aos serviços de saúde como pelas
classes mais abastadas, que buscam uma solução para seus problemas de saúde a
fim de evitar que as suas atividades diárias fiquem impedidas (NASCIMETNO,
2003). Desta forma, o presente trabalho visa apresentar um estudo que conscientize
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o profissional de saúde formado em farmácia a importância de incentivar e promover
a reflexão, orientação e a discussão junto a população sobre o medicamento
visando à diminuição de risco e a maior eficácia possível. Segundo FCC (2013), é
imprescindível ao farmacêutico ter conhecimento de sua competência e limites no
processo saúde-doença, sendo assim ter como assumir uma postura correta no
momento adequado.
A automedicação de maneira equivocada pode ter efeitos indesejáveis, como
enfermidades iatrogênicas e mascaramento de doenças evolutivas. Sendo desta
forma um problema a ser prevenido (ARRAIS, 1997).
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 AUTOMEDICAÇÃO
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prescrição médica. Na totalidade, 25% dos medicamentos estavam com data de
validade vencida e desses, 24% ainda eram usados pelas pessoas.
Por volta do início do século XX, o farmacêutico era uma referência para a
sociedade na questão de medicamentos, pois o mesmo atuava e exercia influência
sobre todas as etapas no ciclo do medicamento. Sendo responsável por guardar,
distribuir e manipular (GOUVEIA, 1999).
Galato et al, (2008) comenta que a saúde no Brasil tem início na farmácia, local
este onde o farmacêutico é procurado antes de ir em serviços médicos e
hospitalares. Desta forma o profissional de farmácia tem o dever de se preparar para
a atuação adequada na execução da atenção farmacêutica. A atenção farmacêutica
é uma maneira do profissional farmacêutico, de promover o uso racional de
medicamentos e conscientizar a população sobre a importância dessa prática, desta
forma ressalta a necessidade da presença desse profissional em todas as farmácias
e drogarias do país (SOUSA et al., 2008).
Orientar e informar os pacientes sobre o uso correto de medicamentos não é
uma atribuição, mas devido ao seu vasto conhecimento, compete a ele tal tarefa
para atuar a favor do uso racional (POSSAMAI; DECOREGGIO, 2008),
Desta forma a assistência farmacêutica é uma maneira de facilitar a
conscientização do uso de medicamentos, pois com essa prática o paciente vem a
obter informações e orientações com o objetivo de maximizar a farmacoterapia.
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Sendo assim o farmacêutico deve assumir a responsabilidade de promotor da saúde
e contribuir par o uso racional de medicamentos, favorecendo desta forma a
população brasileira e desafogando a saúde pública do país. (FERNANDES E
CEMBRANELL ,2015)
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3 METODOLOGIA
Nesta etapa visa-se fortalecer a base de conhecimento por meio de uma
revisão de estudos anteriores acerca do tema em questão. Desta maneira será
realizada um estudo quantitativo e qualitativo das publicações na área fazendo-se
uso da metodologia de revisão sistemática proposta em Petersen et al., (2008).
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3.1 DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS-CHAVE
Farmacêuticos e automedicação
Como combater a automedicação
As causas da automedicação
Assistência farmacêutica
Uso racional de medicamentos
SCIELO (https://www.scielo.org/)
Google Acadêmico (https://scholar.google.com.br/)
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4 TRABALHOS RELACIONADOS
Há inúmeras iniciativas no estudo sobre automedicação visando conscientizar
profissionais de farmácia e pacientes sobre a importância do uso racional de
medicamentos. A seguir, veremos alguns destes trabalhos.
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4.2 CONTRIBUIÇÃO DO FARMACÊUTICO PARA A AUTOMEDICAÇÃO
RESPONSÁVEL
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Fernandes (2017) comenta em seu trabalho que o acesso a medicamentos é
muito fácil, isso contribui para a automedicação. O autor afirma que deveria existir
com maior frequência medidas educacionais para combater esse uso indiscriminado
de medicamentos, pois o conhecimento é fundamental para conscientizar o uso de
maneira correta. Fernandes (2017), lamenta que tal processo só é capaz de ocorrer
com a atenção maior do poder público e também com a atenção da própria
população em se conscientizar de que a automedicação pode lhe trazer riscos.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo Matos (2005), o primeiro sintoma que incomoda uma pessoa e a dor,
desta forma o analgésico é uma solução quase imediata. O resultado dessa atitude
pode vir a mascarar os outros sintomas da inflamação.
Tal fato e ressaltado por Angelucci (2004) e Marques (2014) que comentam
que o corpo envia sinais como: dor, calor, rubor, tumoração, diante de processos de
inflamação que trata-se de uma forma de manter a homeostase corporal. Neste
processo o sistema imunológico age destruindo e removendo o agente causador,
seja ele físico ou biológico. Sendo assim o organismo envia sinais como: dor, calor,
rubor e etc...
Podemos citar diferentes tipos de analgésicos: o de fácil acesso, os adjuvantes
que precisam de uma prescrição, o opioide de uso exclusivo em ambiente hospitalar.
Os fármacos anti-inflamatórios são classificados como: anti-inflamatórios não
esteroidais (AINE), anti-inflamatórios esteroidais (AIE) ou glicocorticoides. (SÁ, 2007;
MARQUESINI, 2011).
Flores (2012) apresenta alguns fármacos com ação analgésica e anti-
inflamatória e suas características e efeitos colaterais:
Ácido acetilsalicílico (Aspirina): um fármaco do grupo dos AINE, utilizado
como anti-inflamatório, antipirético, analgésico e também como
antiplaquetário.
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Segundo Aquino (2008), aproximadamente 35% dos fármacos negociados em
drogarias são através de automedicação, sem que haja a orientação técnica de um
profissional.
Segundo Bortolon et al. (2008), comenta que essas práticas ainda estão
restritas as universidades e a automedicação ocorrem em aproximadamente um
terço da população
Tabela 1: Casos Registrados de Intoxicação Humana, por Agente Tóxico. Brasil, 2017.
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Na tabela 1 podemos ver os casos de intoxicação humana por agentes. A
intoxicação por medicamentos ocupa o segundo lugar com 25% do ranking, ficando
somente atrás de intoxicação por animais peçonhentos/escorpiões. Tal dado
confirma a grande ameaça da automedicação, pois ela representa 1/4 de totós os
casos de intoxicação. Valendo ressaltar que a distribuição de informação e
autoconsciente era para ser um fator mais que suficiente para erradicar esses
números.
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6 CONCLUSÃO
Desta forma podemos considerar que este tipo de profissional pode sim ter
um diferencial enorme junto com a população na questão de orientar em relação aos
riscos que o uso abusivo e incorreto de medicamentos pode vir a acarretar no ser
humano. Sua participação é imprescindível no combate a automedicação sendo
considerado uma ferramenta do poder público para o combate a esta pratica.
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Referências
AQUINO, D. S. da; Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma
prioridade? Ciência & Saúde Coletiva. V.13, p.733–736, 2008.
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GOUVEIA W.A. At center stage: Pharmacy in the next century. Am. J. HealthSyst
Pharm. v.56, [sp]. 1999.
MORAIS, J. A medicina doente. Isto é, São Paulo, ano15, n.5, p.48-58, maio 2001.
MUSIAL Castro, D.; Santos Dutra, J.; Alexandrino Becker, T.. A automedicação
entre os brasileiros. SaBios-Revista de Saúde e Biologia, América do Norte, 229
12 2007.
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SÁ, M. B.; BARROS, J. A. C.; OLIVEIRA SÁ, M. P. B. Automedicação em idosos
na cidade de Salgueiro-PE. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 10, n. 01, p. 75-
85, 2007.
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