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GRUPO SER EDUCACIONAL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA


ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

Felipe Moraes Alecrim

RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO II

AGOSTO - GARANHUNS-PE
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
2. ATENÇÃO FARMACÊUTICA..........................................................................................6
3. FITOTERAPIA...................................................................................................................10
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................17
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..................................................................................18
ANEXO A- ESTRUTURA ORGANIZACIONAL (FICHA DE ANAMNESE
FARMACÊUTICA) E TABELA DE FITOTÉRÁPICOS..................................................20
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1. INTRODUÇÃO
A Assistência Farmacêutica é conceituada como um grupo de atividades relacionadas
com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade.
Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas
constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos
medicamentos, o acompanhamento e avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de
informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do
paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos (ANGONESI;
SEVALHO, 2010).
O papel-chave deste na Assistência Farmacêutica na medida em que é o único
profissional da equipe de saúde que tem sua formação técnico-científica fundamentada na
articulação de conhecimentos das áreas biológicas e exatas é de extrema importância, porém
sua inserção ocorre de forma gradativa e heterogênea, encontrando-se, hoje, muito aquém das
necessidades, tanto do ponto de vista quantitativo, quanto qualitativo (CORADI, 2012).
O uso de plantas medicinais é provavelmente um método tão antigo quanto o
aparecimento da humanidade, sendo utilizadas na cura de enfermidades e, sobretudo na
fabricação de medicamentos fitoterápicos. O termo fitoterapia foi dado à terapêutica que
utiliza os medicamentos cujos constituintes ativos são plantas ou derivados vegetais, e que
tem a sua origem no conhecimento e no uso popular (SANTOS, R. L. et al., 2011).
O farmacêutico é o elo entre o conhecimento popular e a ciência, prestando assistência
e passando as informações sobre o uso racional de medicamentos, sobre as interações entre
medicamentos, fitoterápicos e alimentos. É papel deste profissional apresentar seu
conhecimento sobre as plantas, drogas vegetais e fármacos onde a utilização desta prática é
parte essencial no trabalho do farmacêutico, já que a Organização Mundial da Saúde
ressalta que 80% da população mundial necessita das práticas tradicionais no que se refere
à atenção primária à saúde e que 67% das espécies vegetais medicinais do mundo são
procedentes de países em desenvolvimento (MARQUES et al., 2019).
A atual ascensão destes medicamentos é explicada pelos avanços ocorridos na área
científica, que permitiram o desenvolvimento de fitoterápicos seguros e eficazes e também
está relacionada à uma forte tendência de busca da população por terapias menos agressivas,
destinadas ao atendimento primário a saúde, ademais, deve-se considerar que são
medicamentos de fácil acesso e baixo custo, em comparação aos comercializados pelas
indústrias farmacêuticas e de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), entre os anos de 1994 e 1998, o Brasil importou

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para os Estados Unidos e Alemanha três mil toneladas de plantas, que seguem para esses
países sob o rótulo genérico de “material vegetal do Brasil”, toda via o Brasil possui a maior
diversidade de plantas do mundo, com mais de 56 mil espécies catalogadas, um total de 19%
da flora mundial, onde apenas 8% das citadas foram estudadas, e dentre estas, apenas 1.100
espécies estão disponíveis no mercado, como fitoterápicos (ZAMRODAH, 2016).
Sendo assim, ao indicar um medicamento ao paciente, como parte de um plano de
cuidado, o farmacêutico deve definir com clareza o objetivo terapêutico, as opções
terapêuticas disponíveis, deve negociar com o paciente a escolha do melhor medicamento e
fornecer todas as orientações necessárias para o cumprimento do regime posológico,
incluindo o agendamento do retorno de seguimento, em que a decisão terapêutica, portanto, é
feita num modelo compartilhado com o paciente, unindo a prescrição farmacêutica à
automedicação orientada (SCREMIN et al., 2016).

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2. ATENÇÃO FARMACÊUTICA
De acordo com o Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica ela é uma
prática farmacêutica, ampliada da assistência farmacêutica, que abrange um conjunto de
atitudes ligadas a prevenção de doenças e recuperação da saúde, de forma integrada a saúde,
além de se ligar a valores éticos e outros compromissos relacionados, nela ocorre a interação
única e direta do profissional com o paciente, com a finalidade de ajudar na farmacoterapia
racional e obter resultados comprobatórios e satisfatórios, voltados à melhoria e qualidade de
vida do usuário, envolvendo o seu ponto de vista e suas especificidades biopsicossociais,
integrando ações voltadas a saúde (SOUZA, B. O. De; QUINTÃO, 2021). Hoje em dia,
segundo a OMS e outros compêndios oficiais denominam a atenção farmacêutica como
atividade única e exclusiva do profissional farmacêutico, o qual deve ter como preferência o
desenvolvimento pleno da profissão (MEROLA; EL-KHATIB; GRANJEIRO, 2005).
Segundo alguns colaboradores oficiais, a atenção farmacêutica é um sistema que
engloba algumas etapas fundamentais; primeiro é necessário analisar as necessidades
presentes do paciente com relação a farmacoterapia, a elaboração de um plano a seguir,
abrangendo os objetivos do tratamento farmacológico e as intervenções adequadas e por fim,
avaliar e determinar os resultados reais do paciente (PEREIRA; FREITAS, DE, 2008).
A Resolução nº 338 de 2004, determina que os medicamentos são considerados
insumos fundamentais para a saúde humana e por isso, é necessário cautela na hora do uso,
por isso, são feitos de forma coerente de acordo com evidências científicas, através do modo
correto de desenvolvimento e produção para que cada medicamento possa passar por
inspeções durante seu processo de programação, seleção, distribuição, aquisição, dispensação,
acompanhamento, garantia de qualidade dos produtos a serem produzidos, devem ser
administrados para melhor alcançar os efeitos certos então tendo isso como base, os
medicamentos são considerados o foco primordial da atenção farmacêutica (HORST; SOLER,
2010) .
Diante do desconhecimento e despreparo, bem como da rejeição o farmacêutico, na
farmácia, passou a ser visto pela sociedade como um mero vendedor de medicamentos, a
insatisfação provocada por esta condição levou, na década de 1960, estudantes e professores
da Universidade de São Francisco (EUA) à profunda reflexão, a qual resultou no movimento
denominado “Farmácia Clínica”, onde esta nova atividade objetivava a aproximação do
farmacêutico ao paciente e à equipe de saúde, possibilitando o desenvolvimento de
habilidades relacionadas à farmacoterapia (PEREIRA; FREITAS, DE, 2008).

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O papel do farmacêutico clínico visa a promoção, proteção e recuperação da saúde e o


cuidado ao paciente, evitando seus agravos, devido ao uso impróprio de medicamentos
gerados pelo desconhecimento e despreparo. Os procedimentos tomados pelo farmacêutico
clínico buscam melhorar a farmacoterapia, gerar o uso coerente de medicamentos e, sempre
que possível, proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente (PILAU; HEGELE;
HEINECK, 2014).
Além dos problemas que os medicamentos podem causar ao paciente, preocupa-se
também com o impacto que os Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM) têm sobre
as condições de vida dos pacientes e custos em saúde, essas e outras situações clínicas podem
ser diminuídas ou monitoradas por meio de avaliação farmacêutica da prescrição e por toda
equipe de saúde onde atualmente o farmacêutico é o profissional estrategicamente preparado
para auxiliar nas prescrições, prevenindo, detectando e corrigindo Problemas Relacionados
aos Medicamentos (PRM), tais problemas são compreendidos como resultados clínicos
negativos, provenientes da farmacoterapia que, por diversas causas, conduzem o não alcance
dos objetivos terapêuticos ou da origem a efeitos não desejados (CASTRO; ANDRADE, L.
G. De, 2021).

O processo de envelhecimento está intrinsicamente ligado em uma série de


modificações orgânicas que consequentemente levam a alterações fisiológicas graves, como a
perda da capacidade funcional dos tecidos, diminuição das atividades metabólicas, o aumento
do tecido adiposo, a redução da quantidade de líquidos corporais, mudanças essas, que podem
aumentar a incidência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), internações
hospitalares e o aumento do uso de medicamentos, sendo a faixa etária mais velha com os
maiores índices das Doenças Crônicas Não Transmissíveis DCNT (ROSA, N. R. R. et al.,
2018).
O crescimento da população idosa no Brasil gera vulnerabilidades de várias patologias
com remédios que predispõem a efeitos indesejáveis, mostrando então a importância da
atenção farmacêutica e consequentemente de que o farmacêutico exerce funções específicas
tendo como objetivo o bem-estar e a qualidade de vida do paciente idoso com o compromisso
de solucionar os Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM), e principalmente,
incentivar o uso racional de medicamentos (ALENCAR; NASCIMENTO, 2011)
Sendo a atenção farmacêutica uma prática que tem como principal finalidade
melhorar a qualidade de vida do paciente que faz ou não uso de medicamentos, além de
otimizar o tratamento farmacológico e prevenir problemas relacionados ao uso de

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medicamentos, esta, tem obtidos resultados valiosos para a maior adesão e


melhor tratamento farmacológico dos pacientes frente ao uso da polifarmácia,
exigindo do profissional farmacêutico responsabilidade e dedicação (RIBEIRO et al., 2015)
A anamnese feita pelo profissional busca obter informações se o medicamento que
está sendo solicitado pelo paciente é o correto, o motivo pelo qual estes medicamentos estão
sendo solicitados, há quanto tempo os sintomas estão presentes, natureza da condição e
histórico médico, histórico de uso de álcool, idade do paciente e situações que podem
contraindicar o uso, em algumas situações e somente quando possível, durante esse processo,
o farmacêutico deve observar a queixa do paciente e obter mais dados para posteriormente ser
feita a análise, isso ocorre, por exemplo, quando o paciente relata aspectos patológicos
adversos (AMORIM et al., 2019).
O prontuário é definido como documento único constituído por um conjunto de
informações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, que possibilita a
comunicação entre os membros da equipe multiprofissional, com a finalidade de contribuir na
continuidade da assistência, assim, ao considerar o farmacêutico integrado à equipe,
dedicando-se à atenção ao paciente, suas atividades realizadas devem ser documentadas de
forma sistemática e acessível através da anamnese (DIAS, L. R. et al., 2019).
A evolução farmacêutica faz parte do processo de cuidados farmacêuticos e consiste
em coleta de dados objetivos e subjetivos, avaliação das informações, desenvolvimento de um
plano de cuidado centrado no paciente, implementação do plano junto ao paciente e/ou aos
demais profissionais de saúde e, por último, follow-up, ou seja, monitoramento e avaliação da
efetividade do plano com a documentação, a comunicação e a colaboração com a equipe.
Os modelos de documentação clínica padronizados que podem ser adotados para a
evolução farmacêutica incluem o SOAP, (subjective, objective, assessment, plan), TITRS
(title, introduction, text, recommendation, signature) e FARM (finding, assessment,
recommendations/resolutions, management), sendo o SOAP um modelo intervencionista e o
mais difundido; o TITRS, um modelo de avaliação; e o FARM, uma ferramenta importante na
monitorização, visando a necessidade de padronizar o registro dos cuidados prestados pelo
farmacêutico clínico no prontuário do paciente no contexto hospitalar (DIAS, L. R. et al.,
2019).
Apesar da aplicabilidade da avaliação acima citada, a metodologia ideal para se
analisar as intervenções é o ensaio clínico, onde parâmetros humanísticos, clínicos e
econômicos podem ser ponderados, entretanto é de difícil execução no dia-a-dia do
profissional onde o primeiro estudo importante sobre o impacto das ações de atenção

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farmacêutica foi realizado nos Estados Unidos utilizando os dados do Projeto Minnesota de
Atenção Farmacêutica, em que esses resultados mostraram que após um ano aumentou o
número de pacientes que alcançaram resultado terapêutico positivo e a resolução dos
problemas relacionados a medicamentos reduziu a complexidade da demanda
farmacoterápica, observando a relação custo-benefício favorável (AMORIM et al., 2019).
O plano de cuidado auxilia o farmacêutico na anamnese do paciente para saber seu
nível de conhecimento sobre ações de autocuidado, a partir disso, pode-se criar direcionar ao
plano de cuidado individualizado conforme a necessidade do paciente, promovendo assim um
melhor autogerenciamento onde esse plano de cuidado é composto por: consulta
farmacêutica, entrevista farmacêutica, plano de cuidado definido e avaliação dos resultados
(GOSSENHEIMER; RIGO; SCHNEIDERS, 2020).
A realização de uma seleção de grupos de pacientes é imprescindível, já que não é
possível analisar todos os grupos. Para tanto se torna extremamente necessário escalonar os
pacientes que se encontram em um grupo de maior risco para o desenvolvimento de
problemas relacionados aos medicamentos (AMARAL, M. F. Z. J.; AMARAL, R. G.;
PROVIN, 2008).
A análise dos dados na consulta farmacêutica é essencial para se obter bons resultados
na monitorização terapêutica, as informações pertinentes devem ser obtidas através da história
clínica do paciente, falando diretamente com este ou seus familiares, ou ainda buscando
informações adicionais com os outros profissionais da saúde responsáveis por este, em
resumo, os dados a serem reunidos são: informações gerais sobre o paciente (sexo, idade,
peso, altura, dentre outros), casos de patologias crônicas ou neoplasias no histórico familiar,
diagnóstico da patologia, alergias, hábitos (consumo de álcool e cigarro), dieta alimentar,
cumprimento do tratamento prescrito; exames laboratoriais e medicamentos utilizados, deste
modo tais informações são formadas de forma padronizada onde são utilizados modelos de
formulários, nas quais todas as informações anteriores são incluídas, facilitando o processo de
unificação dos dados da anamnese e a frequência com que são realizadas tais entrevistas
depende da situação especifica de cada paciente, nos quais alguns requerem monitorização
semanal, outros quinzenais ou até mensais (MOURA; SANTOS, J. R. B. Dos, 2021).
Realizada a análise, a informação obtida pode ou não gerar uma lista de problemas
farmacoterapêuticos do paciente, para tanto são avaliadas questões como se há duplicidade na
terapia, se a posologia é adequada, se o medicamento selecionado é o ideal, se há alergias e
intolerância ao medicamento, avaliações das reações adversas, se há interações, se há ou não

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cumprimento da terapia, e se há uma boa relação custo-benefício na terapia (AMARAL, M. F.


Z. J.; AMARAL, R. G.; PROVIN, 2008).
As decisões tomadas pelo profissional farmacêutico devem ser documentadas, a fim de
garantir uma boa reprodutibilidade do processo e o modelo de documentação a ser escolhido é
aquele que melhor se adapta a forma de trabalho do profissional, tendo que ser completo e de
rápido acesso, então cabe ao farmacêutico personalizar seu próprio sistema de documentação
(DIAS, L. R. et al., 2019).
Realizadas as intervenções, estas devem ser analisadas, avaliando os resultados
obtidos com a aceitação da terapia pelo paciente onde a metodologia ideal para se analisar as
intervenções é o ensaio clínico, onde parâmetros humanísticos, clínicos e econômicos podem
ser ponderados (ANGONESI; SEVALHO, 2010).
O profissional farmacêutico é considerado essencial à execução do plano de cuidado,
uma vez que a partir do histórico sobre as necessidades em saúde, realiza uma avaliação e
elabora esse plano de maneira individualizada; acompanhada do seguimento
farmacoterapêutico e embora no Brasil as modificações na formação farmacêutica sejam
recentes à garantia de competências ao processo de cuidado vários esforços são movidos para
a educação continuada e atualizada, nesse cenário, tem-se a prática do cuidado farmacêutico,
apontada no cerne da relação farmacêutico-paciente, para alavancar o diferencial gerado ao
dia a dia do paciente (MOURA; SANTOS, J. R. B. Dos, 2021).
Um dos desafios da categoria farmacêutica é modificar as condutas, incorporando na
prática profissional um modelo que propicie ao farmacêutico assumir a responsabilidade com
a farmacoterapia em que para tanto a relação contínua entre paciente e farmacêutico é
fundamental para que os serviços de intervenção farmacêutica sejam realizados de maneira
ética e legal, fornecendo resultados permanentes assegurando a efetividade da terapia
estabelecida e deste modo cabe aos profissionais farmacêuticos buscarem seus lugares frente
às equipes de saúde, criando assim laços que sustente a sua prática profissional, indo ao
encontro dos objetivos estabelecidos para a intervenção farmacêutica e procurando identificar
e servir as necessidades reais do cidadão (MEROLA; EL-KHATIB; GRANJEIRO, 2005).
3. FITOTERAPIA
As terapias alternativas têm se desenvolvido ao longo nos últimos anos de uma forma
bastante ampla em vários países do mundo, e com isso vem ganhando a confiança da
população, onde entende-se por terapia alternativa o método, produto ou tratamento
terapêutico, aplicado por profissional qualificado, em detrimento ao método terapêutico
convencional, utilizado pela medicina tradicional e pela alopatia (JR, 2014).

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A Fitoterapia, que significa tratamento através das plantas, constitui-se de um método


aplicado desde as mais remotas civilizações até os tempos atuais, onde o registro dos
primeiros fitoterápicos aconteceu na China em 2838-2698 a.C, feitos pelo então imperador
Shen Nung, onde constam 365 plantas medicinais, na Bíblia, no Antigo e no Novo
Testamento, há muitas referências a plantas curativas ou seus derivados, como, por exemplo,
o benjoim e a mirra, na Grécia e Roma antigas, a alfazema era uma das principais ervas
utilizada nos banhos, e também para o preparo das múmias no Egito, desde o início da
civilização humana, o alho exerce importante papel, tanto na culinária quanto na Medicina,
originário provavelmente da Sicília ou da Ásia Ocidental, é utilizado há mais de cinco mil
anos pelos hindus, árabes e egípcios, na Europa, ervas foram usadas por vários séculos, sendo
atualmente a maioria patenteada e prescrita, China e Índia também possuem vasta experiência
no uso de plantas como remédios e, embora a eficácia da maioria delas ainda não tenha sido
comprovada farmacologicamente, as plantas medicinais são parte importante de seus sistemas
milenares de medicina, atualmente, os EUA mostraram um extenso uso de terapias
alternativas, apontando mais de um terço da população americana como usuária de ervas para
fins de saúde e na América Latina, estudos demonstram o uso de plantas medicinais até
mesmo nas áreas de metrópoles (JR, 2014).
A transmissão do conhecimento sobre plantas medicinais atravessa séculos de nossa
sociedade e passa de geração em geração por meio da palavra onde parece que o processo de
aculturação, onde as novas gerações buscam os meios modernos de comunicação, causa a
perda desta tão valiosa transmissão oral e segundo pesquisas, as classes sociais mais pobres
demonstram maior interesse nos saberes populares em um percentual maior de mulheres em
relação a homens onde encontram-se também neste meio voluntários que fazem algum tipo de
trabalho filantrópico em comunidades locais, particularmente em áreas carentes, isto também
demonstra que o conhecimento tanto do paciente como dos profissionais sobre estas terapias
acontece principalmente por meio do senso comum (SANTOS, A. S., [s.d.]).
A sociedade humana carrega em seu bojo uma série de informações sobre o ambiente
onde vive, o que lhe possibilita trocar informações diretamente com o meio, saciando assim
suas necessidades de sobrevivência, neste acervo, encontra-se inserido o conhecimento
relativo ao mundo vegetal com o qual estas sociedades estão em contato. Assim, a busca e o
uso de plantas com propriedades terapêuticas é uma atividade que vem de geração a geração,
descritos com o intuito de preservar essa tradição milenar e atestada em vários tratados de
fitoterapia (SCREMIN et al., 2016).

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Deste modo, plantas são usadas como o único recurso terapêutico de uma parcela da
população brasileira e de mais de 2/3 da população do planeta, onde os principais fatores que
influenciam na manutenção desta prática são o baixo nível de vida da população e o alto custo
dos medicamentos, dessa forma, usuários de plantas de todo mundo, mantém em voga a
prática do consumo de fitoterápicos, tornando válidas algumas informações terapêuticas que
foram acumuladas durante séculos (SANTOS, R. L. et al., 2011)
É inegável, no entanto, que o uso popular e mesmo tradicional não são suficientes
para validar as plantas medicinais como medicamentos eficazes e seguros, nesse sentido, as
plantas medicinais não se diferenciam de qualquer outro xenobiótico sintético, e a
preconização ou a autorização oficial do seu uso medicamentoso deve ser fundamentada em
evidências experimentais comprobatórias e que há um risco aqueles que a utilizam ou são
suplantados pelos benefícios que possam advir das mesmas (TRINDADE et al., 2018).
Doutores e gente comum se cuidam com chás, mezinhas e até garrafadas e segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população mundial utiliza plantas medicinais
onde no Brasil, no entanto, a maioria dos médicos não usa e nem acredita nelas e, por isso,
não as prescrevem, essa atitude pode ser atribuída ao desconhecimento da classe médica, que
nos seus currículos não trazem disciplinas de farmacognosia, mas o assunto é mais complexo
e passa pelo mercado farmacêutico que, sobretudo, pela baixa qualidade das matérias primas
naturais brasileiras, prescritos fitoterápicos por médicos na Alemanha sendo o maior
consumidor individual de fitomedicamentos no Ocidente, são éticos, isto é, passaram por
todas as fases dos ensaios de segurança e eficácia antes de irem parar nas prateleiras das
farmácias (FRANÇA et al., 2008).
O Brasil, embora seja rico em biodiversidade e domine a maioria das tecnologias para
a produção de fitomedicamentos, a dificuldade de produção se vê onde somente neste ano
uma empresa lançou o primeiro medicamento ético brasileiro vindo de uma planta medicinal,
a erva-baleeira (Cordia verbenaceae), em que o custo, estimado pela indústria de US$ 5
milhões, é apenas 1% desse valor de um novo medicamento nos EUA, desenvolvido em
parceria com a Unicamp, a pesquisa e desenvolvimento desse medicamento anti-inflamatório
mudou o paradigma de cinco séculos de importação, abrindo uma perspectiva para que o
Brasil entre no sofisticado e excludente mercado farmacêutico com um dote de US$ 500
milhões por ano e embora uma janela de oportunidades possa entrar nesse mercado, isso
significa que se deve superar os gargalos existentes que não são poucos (BARATA, 2020).
Essa situação começa a mudar com a recente portaria da Anvisa (RDC 48/04 de
16.03.04) que estabeleceu uma legislação específica, que se baseia na “garantia de qualidade

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(...) exigindo a reprodutibilidade dos fitoterápicos produzidos”, o que só pode ser alcançado se
as empresas se utilizarem de extratos padronizados e estabelecerem rígido controle de
qualidade, no entanto, como raramente se conhece o princípio ativo (PA) existente nas plantas
medicinais brasileiras, a lei permite um controle via “marcadores moleculares”, o que em
princípio poderia ser qualquer substância presente com regularidade no extrato e dentro de
certa concentração nos extratos (JR, 2014).
Um fitoterápico é, frequentemente, composto por mais de uma espécie química e
quando padronizado como “medicamento fitoterápico” deveria estar submetido às mesmas
exigências de identificação, pureza, teor e aos demais estudos farmacopeicos que os
medicamentos industrializados obtidos por síntese ou processos biotecnológicos, além de
testes clínicos e pré-clínicos, antes de sua comercialização como descrito anteriormente, no
entanto, nem sempre essas exigências são observadas, nesta situação é difícil estimar
exatamente quais princípios ativos estarão presentes e em que concentração (FRANÇA et al.,
2008).
Hoje há uma tendência a generalização do uso de plantas medicinais por se entender
que tudo que é natural não é tóxico nem faz mal à saúde, este conceito é errôneo, porque
existe uma imensa variedade de plantas medicinais que dentre outras propriedades
prejudiciais ao organismo humano, são providas de grande teor de toxicidade pela presença de
constituintes farmacologicamente ativos, por conseguinte muito tóxicos onde alguns autores
desaconselham o uso de plantas medicinais ou de partes destas, concomitantes com o uso de
medicações alopáticas, por se constituírem produtos xenobiótico em que os fitoterápicos
empregados no período pré-operatório podem afetar o ato anestésico ao interagir com os
agentes anestésicos, tanto na fase farmacocinética, como na farmacodinâmica (SANTOS, R.
L. et al., 2011).
Os medicamentos alopáticos, os medicamentos fitoterápicos e as plantas medicinais
tem sua correlação e divergência, onde os alopáticos são medicamentos e/ou terapêutica que
agem de forma contrária à doença tratada, já os fitoterápicos têm seu princípio baseado na
alopatia, diferenciando-se desta pelo uso de preparados tradicionais padronizados e de
qualidade controlados, elaborados com base em plantas medicinais, onde estas são qualquer
espécie vegetal usada com a finalidade de prevenir e tratar doenças ou aliviar sintomas de
uma doença, então os produtos fitoterápicos, nutracêuticos e suplementos contendo vitaminas
e minerais se desobrigam dos testes rigorosos impostos aos fármacos e medicamentos
(RIBEIRO et al., 2015).

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A medicamentalização refere-se ao controle médico sobre a vida das pessoas, para


tanto, utiliza a prescrição e o uso de medicamentos como única terapêutica possível de
responder às situações da vida cotidiana, entendidas como enfermidades psíquicas, por
conseguinte, angústia, mal-estar ou outras dificuldades outrora compreendidas como parte da
complexidade e singularidade do ser humano, passam a serem considerados doenças ou
transtornos diagnosticáveis e, consequentemente, adepto a “medicamentalização”, com o
intuito de proporcionar cura, por isso, é importante a atuação do farmacêutico junto aos
demais profissionais da saúde que atuam como prescritores, e junto a população, a fim de
orientar sobre o uso racional de medicamentos convencionais, plantas medicinais ou
fitoterápicos, com o objetivo de diminuir a exposição dos usuários a agravos de saúde
causados por esse uso indevido de medicamentos (MARQUES et al., 2019).
De acordo com o Art. 5º da Resolução nº 586 de 29 de Agosto de 2013, que
regulamenta a prescrição farmacêutica e outras providências no país, o farmacêutico poderá
realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja
dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e
preparações magistrais, alopáticos ou dinamizados, plantas medicinais, drogas vegetais e
outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão
sanitário federal para prescrição, as plantas medicinais e fitoterápicos, podem ser prescritos
por diferentes profissionais da saúde, de acordo com suas competências e áreas de atuação,
entre eles temos médicos, odontólogos, enfermeiros, nutricionistas e farmacêuticos
(MARQUES et al., 2019).
A prescrição de medicamentos por profissionais da farmácia está amparada em normas
sanitárias e aspectos éticos, que devem ser seguidos pelo profissional da área da saúde
envolvido no processo de prescrição, as primeiras normas que falam sobre a prescrição são as
Leis Federais 5.991/1973 e 9.787/1999, a resolução do Conselho Federal de Farmácia nº
354/2001 e as resoluções do Conselho Federal de Medicina nº 1.552/1999, 1.477/1997 e
1.885/2008, onde a regulamentação da profissão farmacêutica ocorreu inicialmente através do
Decreto nº 20.377 de 08 de setembro de 1931, e posteriormente, através da Lei 3.820 de 11 de
novembro de 1960, na qual foi criado o Conselho Federal de Farmácia, o farmacêutico na
fitoterapia está presente de forma absoluta, desde a origem da profissão, atualmente, essa
participação envolve várias áreas e no aspecto em questão a manipulação e a dispensação de
fórmulas e produtos fitoterápicos industrializados exige nessa condição que o profissional
sempre realize as orientações pertinentes quanto as suas indicações, efeitos adversos, modo de

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usar e informações complementares, embora de maneira informal e não documentada


(TRINDADE et al., 2018).
Com a mais nova publicação, que agora vem a compor a Farmacopeia Brasileira, a
expectativa das autoridades sanitárias é que o uso e a produção de fitoterápicos (produzido
com plantas medicinais) ganhe impulso no País, este documento é um tipo de guia para a
fabricação de medicamentos fitoterápicos que define padrões únicos para a fabricação dos
medicamentos a serem seguidos pela indústria onde no formulário se encontram registradas
informações sobre a forma correta de preparo, além de indicações e restrições do uso de cada
espécie de fitoterápicos, seus requisitos de qualidade estão definidos de forma específica para
a farmácia de manipulação e farmácias vivas campo este exclusivo dos farmacêuticos
(FRANÇA et al., 2008).
A Farmácia Viva constitui o serviço de saúde da assistência farmacêutica, que realiza
etapas como cultivo, colheita e processamento de plantas medicinais, bem como, manipulação
e a dispensação de magistrais, esta surgiu por meio de um projeto da Universidade
Federal do Ceará como forma de assegurar a Assistência Social Farmacêutica as
comunidades carentes da região, tendo por modelo as recomendações da Organização
Mundial de Saúde (OMS), sendo o programa estendido por diversas regiões do Brasil
por meio da Atenção Básica a Saúde, para promover o uso apropriado de plantas
medicinais que tenham comprovação cientifica quanto as suas atividades terapêuticas (JR,
2014).
O Sistema Único de Saúde (SUS) na busca por melhorias quanto a proteção individual
e coletiva do indivíduo traz como foco de suas ações o desenvolvimento de pesquisas
relacionadas a produção de medicamentos fitoterápicos com destaque para a produção de
remédios, distribuição e dispensação como forma de garantir a qualidade dos mesmos,
tornando imprescindível a Atenção Farmacêutica com a fitoterapia no SUS, por intermédio
da aprovação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) pelo Conselho
Nacional de Saúde em 2004, para atuar na assistência farmacêutica em fitoterapia, o
profissional farmacêutico deverá conhecer as etapas da cadeia produtiva, as quais envolvem a
regulamentação do setor, as diferentes formas de acesso, o uso de plantas medicinais e
fitoterápicas, no contexto da assistência farmacêutica, é imprescindível conceituar planta
medicinal, fitoterápico e ainda particularizar medicamentos fitoterápicos daí a importância
do farmacêutico (PRADO; MATSUOK2; GIOTTO3, 2018).
A maior parte das transformações acontecidas na profissão farmacêutica levou o
farmacêutico ao afastamento das suas atribuições priorizadas pelo seu conselho profissional,

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fazendo com que o farmacêutico passasse de um profissional da saúde para um profissional


que “entrega medicamentos” ao usuário, no entanto, a legislação atual deve ser utilizada de
forma correta pelos farmacêuticos para trazer uma nova concepção, devolvendo a estes a
verdadeira atribuição do farmacêutico que é a de prover saúde, analisando o código de ética
da profissão farmacêutica (resolução nº 417/2004), a prescrição farmacêutica é definida com o
ato pelo qual o farmacêutico seleciona uma terapia para cuidar do paciente, tendo o propósito
de promover, proteger e recuperar a saúde do paciente, desta forma, a prescrição farmacêutica
adquiri a forma de um documento oficial e de importante reconhecimento da atividade clínica
do profissional e reforçando a função do farmacêutico em relação à prevenção e promoção da
saúde, tendo o Conselho exercendo sua função de deliberar e regulamentar a profissão
farmacêutica no ano de 2013, publicou o regulamento que define as atribuições clínicas do
farmacêutico e em seu artigo sétimo, que regulamenta a atribuições do farmacêutico, no item
XXVI está descrito que o farmacêutico é apto a prescrever, desde que, conforme a legislação
específica, no âmbito de sua competência profissional (MARQUES et al., 2019).
Embora exista pouca bibliografia sobre o cultivo de plantas medicinais do nosso país,
tornando difícil o aprimoramento da extração de matérias primas da flora brasileira, verificou-
se a importância, da utilização dos fitoterápicos por meio dos benefícios que eles trazem,
dentre estes, o baixo custo, favorecendo o atendimento as famílias mais carentes de
determinadas comunidades, além de poderem proporcionar uma melhor qualidade de vida e
um modelo de riqueza natural e sustentável para as gerações futuras onde esses são
eficazes no tratamento de diversas patologias, assim como os medicamentos sintéticos,
percebe-se ainda a importância da formação/qualificação dos profissionais de saúde, para
melhoria no atendimento às necessidades da população além do investimento na
ampliação em pesquisas aprimorando os conhecimentos sobre a utilização das plantas
medicinais e fitoterápicos, a importância das farmácias vivas no âmbito da produção dos
fitoterápicos busca evidenciar seu grau de contribuição para o sistema da rede pública
de saúde, assim como o uso dos fitoterápicos, tendo por objetivo relatar as dificuldades e
carências enfrentadas quanto aos avanços e investimentos científicos no setor (FRIGERI; DA,
2015).

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A disciplina de estágio supervisionado II torna-se um preparativo para os estágios


presenciais que estão por vir. Sendo uma disciplina totalmente teórica deixa o embasamento
para futura atuação dos discentes do curso de farmácia principalmente nas farmácias de
manipulação pelo intenso uso dos fitoterápicos, além disso, nessa disciplina através do estudo
direcionado deixa claro a atuação do farmacêutico como conhecedor principal quando se trata
de droga fitoterápica e medicamento fitoterápico pelo conhecimento adquirido na sua grade
curricular com as disciplinas de farmacognosia no presente semestre letivo.
No intuito de auxiliar o aluno do curso esta disciplina também orienta teoricamente
como e quais são as legislações vigentes deixando claro até onde o farmacêutico pode ir
dentro do seu contexto sem invadir a atividade médica, por exemplo, no ato da prescrição
farmacêutica de fitoterápicos. Lembrando ainda da importância que o farmacêutico pode ter
depois de cursar uma especialização em Farmácia clínica atuando em seu próprio consultório
farmacêutico atuando com o auxílio da anamnese farmacêutica a encontrar de qual patologia o
paciente está sofrendo e dentro de sua área de atuação prescrevendo de acordo com o Art. 5º
da Resolução nº 586 de 29 de agosto de 2013 do Conselho Federal de Farmácia tratando este
mal com acompanhamento e evolução do paciente.
Nesta disciplina foi possível ainda o conhecimento do conceito das Farmácias Vivas
que estão sendo implantadas no Sistema Único de Saúde (SUS), como a atuação do
farmacêutico como principal atuante na área, trazendo um menor custo efetivo ao município,

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estado ou união trazendo uma nova realidade no tratamento da população com fitoterápicos e
plantas medicinais regionais determinado pelo prescritor farmacêutico evitando assim o uso
indiscriminado medicamentoso diminuindo Problemas Relacionados aos Medicamentos
(PRMs).
E por fim, de grande importância, o conhecimento de alguns gêneros e espécies
importantes para o uso medicinal deixando claro ao estudante o nível de complexidade
quando falamos de fitoterápicos devido a falta de informação existente principalmente no
Brasil o qual é detentor da posse da maior flora do mundo e por falta de investimento em
pesquisa é suplantado em descoberta de metabólitos secundários por diversos Países com
pequena variedade de plantas voltadas ao uso medicinal.

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AMORIM, S. A. et al. Construção De Um Modelo De Evolução Farmacêutica Em Prontuário
Médico. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 2019. v. 31, n. 2, p. 132–137.
ANDRADE, M. A. De; SILVA, M. V. S. Da; FREITAS, O. De. Assistência Farmacêutica
como Estratégia para o Uso Racional de Medicamentos em Idosos. Semina: Ciências
Biológicas e da Saúde, 2004. v. 25, n. 1, p. 55.
ANGONESI, D.; SEVALHO, G. Atenção Farmacêutica: fundamentação conceitual e crítica
para um modelo brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, 2010. v. 15, n. suppl 3, p. 3603–3614.
BARATA, L. E M P I R I S M O E C I Ê N C I A : FO N T E. [s.d.].
CASTRO, L. F. De; ANDRADE, L. G. De. a Importância Da Atenção Farmacêutica Em
Drogaria Comunitária: Voltada Aos Idosos. Revista Ibero-Americana de Humanidades,
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CORADI, A. E. P. A importância do farmacêutico no ciclo da Assistência Farmacêutica.
Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde, 2012. v. 37, n. 2, p. 62–64.
DIAS, L. R. et al. A importância da anamnese na formação do acadêmico de medicina.
Revista Eletrônica Acervo Científico, 2019. v. 5, p. e1094.
FRANÇA, I. S. X. De et al. Medicina popular: benefícios e malefícios das plantas medicinais.
Revista Brasileira de Enfermagem, 2008. v. 61, n. 2, p. 201–208.
FRIGERI, K.; DA, T. Distribuição de medicamentos da |Central de Abastecimento
Farmacêutico Para As Unidades De Saúde : Com Enfase Nas Falhas Do Processo. FAcider

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revista cientifica, 2015. p. 1–28. Disponível em:


<http://sei-cesucol.edu.br/revista/index.php/facider/article/viewFile/139/174>.
GOSSENHEIMER, A. N.; RIGO, A. P.; SCHNEIDERS, R. E. Organização Do Serviço De
Telecuidado Farmacêutico Como Estratégia De Combate À Covid-19 No Rio Grande Do Sul.
REAd. Revista Eletrônica de Administração (Porto Alegre), 2020. v. 26, n. 3, p. 524–535.
JR, S. Phytotherapy : an introduction to its history , use and application. 2014. p. 290–298.
MARQUES, P. A. et al. Prescrição farmacêutica de medicamentos fitoterápicos. Brazilian
Journal of Natural Sciences, 2019. v. 2, n. 1, p. 15.
MEROLA, Y. De L.; EL-KHATIB, S.; GRANJEIRO, P. A. Atenção Farmacêutica Como
Instrumento De Ensino. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 2005. v. 17, n. 7/9, p. 70–72.
Disponível em: <http://revistas.cff.org.br/infarma/article/view/263>.
PEREIRA, L. R. L.; FREITAS, O. DE. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva
para o Brasil. Revista Brasileira de Ciencias Farmaceuticas/Brazilian Journal of
Pharmaceutical Sciences, 2008. v. 44, n. 4, p. 601–612.
PRADO, M. A. S. Dos A.; MATSUOK2, J. T.; GIOTTO3, A. C. a Importância Das Farmácias
Vivas No Âmbito Da Produção Dos Medicamentos Fitoterápicos the Importance of Living
Pharmacies As Part of the Production of Herbal Medicines. Rev Inic Cient e Ext, 2018. v. 1,
n. 1, p. 32–39.
RIBEIRO, V. F. et al. Realização de intervenções farmacêuticas por meio de uma experiência
em farmácia clínica. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, SP,
2015. v. 6', n. 4, p. 18–22. Disponível em:
<http://rbfhss.saude.ws/revista/arquivos/2015060403000833BR.pdf>.
SANTOS, A. S. PLANTAS MEDICINAIS DE USO CASEIRO - CONHECIMENTO
POPULAR E INTERESSE POR CULTIVO COMUNITÁRIO MEDICINAL PLANTS
OF , 2022.
SANTOS, G. R. Dos et al. A prescrição farmacêutica: uma análise do conhecimento dos
profissionais farmacêuticos da cidade de Barra do Garças-MT / Pharmaceutical prescription:
an analysis of the knowledge of pharmaceutical professionals in the city of Barra do Garças-
MT. Brazilian Journal of Development, 2022. v. 8, n. 4, p. 27315–27326.
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de Saúde. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 2011. v. 13, n. 4, p. 486–491.
SCREMIN, F. M. et al. Indicação Farmacêutica De Fitoterápicos: Uma Análise Dos
Conceitos Legais Em Relação À Prática Profissional. Revista Ciência & Cidadania, 2016. v.
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– uma revisão integrativa. Pubsaúde, 2021. v. 7, p. 1–7.
SOUZA, B. O. De; QUINTÃO, L. D. A. Palavras-chave: Atenção farmacêutica. Polifarmácia.
Problemas relacionados a medicamentos. Saúde do idoso. 2021. p. 1–11.
TRINDADE, M. T. et al. Atenção Farmacêutica na Fitoterapia. Revista Científica
Univiçosa, 2018. v. 10, n. 1, p. 1074–1080.
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ANEXO A- ESTRUTURA ORGANIZACIONAL (FICHA DE ANAMNESE


FARMACÊUTICA) E TABELA DE FITOTÉRÁPICOS.

DATA: / /

FICHA DE ANAMNESE FARMACÊUTICA

Nome:

Nascimento: / / Estado civil:

Endereço:
Profissão:

Aposentado ( ) Ativo ( ) Inativo pela doença ( ) Telefone: _( )


Principal (is) doenças (s) crônica (s): ( ) Diabetes ( ) Hipertensão Arterial ( ) Obesidade ( ) Sobrepeso ( ) Dislipidemia ( )
Fumante

Tipo sanguíneo/Fator Rh: Peso: Altura: Raça: ( ) Branca ( ) Negra ( ) Parda ( ) Indígena

1. DIAGNÓSTICO CLÍNICO EXPRESSO EM PRONTUÁRIO

A. E.
B. F.
C. G.
D. H.

2. HÁBITOS ATUAIS

( ) Tabagismo ( ) Alcoolismo ( ) Narcóticos ( ) Outros:

3. ALERGIA CONHECIDA Á ALGUM MEDICAMENTO OU ALIMENTO:

( ) Não ( ) Sim, quais?

4. UTILIZA TODOS OS MEDICAMENTOS PREESCRITOS?

( ) Sim ( ) Não, por que e quais?

5. UTILIZA ALGUM MEDICAMENTO OU CHÁS, SUPLEMENTOS


VITAMÍNICOS, HOMEOPÁTICOS NÃO PREESCRITOS PELO MÉDICO?

( ) Não ( ) Sim, por que e quais?

6. SENTE ALGUM SINTOMA OU SENSAÇÃO PARA RELATAR?


_____________________________________________________________________

7. MEDICAMENTOS EM USO:

Farmacêutico (a):________________________________________

Figura 01 – Ficha de anamnese farmacêutica.

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Nome Nome Parte (s) Forma de Posologia e Via Contraindicações Efeitos Mecanismo de
botânico popular utilizada utilização modo de usar adversos ação
(s)

Aloe vera Babosa Folhas Pomada e Aloax pode ser Via  Mulheres Sensação de A manose-6-
comprimido utilizado tópica grávidas e que queimação, fosfato, o
diariamente, 2 (na pele) estejam seguido de principal
vezes ao dia. e oral. amamentando, vermelhidão polissacarídeo
não devem fazer e inflamação presente na Aloe
o uso deste da pele vera gel, seja o
medicamento sem devido a responsável pela
a orientação reação propriedade
médica. alérgica. cicatrizante ela
 Em caso de ocorre pela
hipersensibilidade estimulação direta
(alergia) ao da atividade dos
produto, macrófagos e
recomenda-se fibroblastos e age
descontinuar o como antioxidante
uso. no caso do
Diabetes.

Lycium Goji berry Fruto Possui atividade 2 cápsulas por Via oral Crianças, lactentes, Náusea, Inibe a atividade
barbarum antioxidante nas dia, uma no grávidas, pessoas em uso indigestão, dos radicais livres
bagas goji ajudando almoço e outra de medicamentos diarreia e e, por sua vez,
a regular o açúcar no jantar anticoagulantes, vômitos. diminui o estresse
no sangue e durante 3 portadores de doenças Reação oxidativo.
prevenir a diabetes meses sensíveis ao estrogênio e alérgica às
em forma de hemofílicos não devem bagas de goji
cápsulas. consumir Goji Berry também pode
resultar em
distúrbios

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digestivos.
Camellia Chá verde Folhas Pode ser Tomar 1 Via oral Pacientes que apresentem O chá verde Ingerido em
sinensis frescas da consumido como cápsula, 2 gastrite, úlcera apresenta excesso tem uma
planta chá quente, frio e vezes ao dia gastroduodenal, cafeína e o ação termogênica,
Camellia também há a versão (até no ansiedade, insônia ou seu uso em reduzindo o tecido
sinensis em cápsulas. máximo, às 17 taquicardia (batimentos excesso pode Adiposo.
horas). acelerados do coração). causar
insônia e
nervosismo.
Pode ser
prejudicial ao
fígado e
causar
hepatite
aguda.”
Eleutherine Marupá Bulbos. Através de Chá e Usar 25 mg/kg Via oral Grávidas e Lactantes Reação Os
americana cápsulas de peso. alérgica aos polissacarídeos e
Tomar uma metabólitos flavonoides tem
xícara de chá secundários. se destacado
antes das dentre os
refeições. demais grupos
químicos de
metabólitos
vegetais têm se
evidenciado pela
ação
imunoestimulante
através da
capacidade de
regular a função
dos macrófagos.
Cynara Alcachofra Brácteas e Através de cápsulas Ingerir 2 Via oral Crianças com menos de Dor de Os polifenóis

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scolymus folhas em dietas para (duas) 12 anos, em caso de barriga, apresentam ações
emagrecer e cápsulas, 3 obstrução do ducto biliar, diarreia, importantes na
melhora a digestão (três) vezes ao gravidez risco C, gases, redução da
por estimular a dia. lactação e em caso de náuseas, absorção de
produção de bile alergia à plantas da fraqueza e açúcar, aumentam
pelo fígado e família Asteraceae. azia a captação de
facilita a digestão glicose nos
dos alimentos com músculos
alto teor de esqueléticos e
gordura. tecido adiposo e
reduz os níveis de
glicose no sangue.

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