Você está na página 1de 15

GRUPO SER EDUCACIONAL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA


ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

Rachel da Silva Dantas

RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO I

AGOSTO - RIO DE JANEIRO


2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 5
3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA 9
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 13
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 14
REFERÊNCIAS 15
4

1 INTRODUÇÃO

Os farmacêuticos são responsáveis pelos técnicos de farmácia com e não gerenciadas.


Nas farmácias, onde devem ser cumpridas as funções administrativas e cuidados dos produtos
farmacêuticos, para garantir que as pessoas usem drogas racionalmente. As tarefas
administrativas incluem compra, recebimento, armazenamento de suprimentos e
medicamentos. Inventário e monitoramento ambiental para preservação de medicamentos,
desenvolvimento de procedimentos operacionais padrão (POPs) e Distribuição. A principal
função da atenção farmacêutica é a gestão farmacêutica (CRF-PR, 2016).

O farmacêutico responsável pelo preparo das preparações mestre na drogaria é


chamado de farmacêutico mestre, que atua no controle de qualidade das matérias-primas, em
um laboratório específico da drogaria e fornece informações tecnológicos aos usuários e
prescritores de medicamentos, como a forma de uso, possíveis efeitos colaterais durante o uso
e cuidados especiais com o medicamento.

A documentação é parte integrante do procedimento judicial, pois tem a dupla


finalidade de orientar os procedimentos individuais e possibilitar o controle das ações
realizadas. Desta forma, é possível a rastreabilidade do processo para melhoria contínua.
exemplos de documentos incluem manuais de boas práticas, procedimentos operacionais
padrão (POPs), registros de receitas, relatórios de autoinspeção e registros de reclamações de
usuários (CFF, 2017).

A assistência a medicamentos é um conjunto de ações voltadas ao acesso e uso. A


justificativa para a medicina que se concentra inteiramente na assistência farmacêutica, é
relação direta entre farmacêutico e paciente Seu objetivo é promover o uso racional de
medicamentos e manter a eficácia e segurança dos tratamentos individuais.

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital


5

2 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

A assistência farmacêutica é um conjunto de ações que estão voltadas ao acesso e uso


racional dos medicamentos que está totalmente voltada à atenção farmacêutica que é a relação
direta entre farmacêutico e paciente onde visa promover o uso racional dos medicamentos e a
manutenção da efetividade e segurança ao tratamento do indivíduo.
No Brasil, o Encontro Nacional de Assistência Farmacêutica e a Política de
Medicamentos (1988) considerou a assistência farmacêutica como um conjunto de
procedimentos necessários à promoção, prevenção e recuperação da saúde, individual e
coletiva, centrado no medicamento, englobando as atividades de pesquisa, produção,
distribuição, armazenamento, prescrição e dispensação, esta última entendida como o ato
essencialmente de orientação quanto ao uso adequado dos medicamentos e sendo privativa do
profissional farmacêutico. (Brasília, 1988)

Neste mesmo documento, foi definido o papel do farmacêutico nesta política: O


farmacêutico ocupa papel-chave nessa assistência, na medida em que é o único profissional da
equipe de saúde que tem sua formação técnico-científica fundamentada na articulação de
conhecimentos das áreas biológicas e exatas. E como profissional de medicamentos, traz
também para essa área de atuação conhecimentos de análises clínicas e toxicológicas e de
processamento e controle de qualidade de alimentos.

Em relação à atividade do farmacêutico neste teatro de operações, a Organização


Mundial de Saúde (OMS) reconheceu que esse é o profissional com melhor capacitação para
conduzir as ações destinadas à melhoria do acesso e promoção do uso racional dos
medicamentos, sendo ele indispensável para organizar os serviços de apoio necessários para o
desenvolvimento pleno da assistência farmacêutica. (OMS, 1978)

Posteriormente, Hepler & Strand propuseram o termo atenção farmacêutica, o qual foi
discutido, aceito e ampliado na reunião de Tóquio, propondo estender o caráter de
beneficiário da atenção farmacêutica ao público, em seu conjunto e reconhecer, deste modo, o
farmacêutico como dispensador da atenção sanitária que pode participar, ativamente, na
prevenção das doenças e da promoção da saúde, junto com outros membros da equipe
sanitária. (FAUS, M. J, 2000)

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital


6

Considerando os parâmetros delimitados pelas definições, a assistência farmacêutica é


uma grande área composta por, pelo menos, duas subáreas distintas, porém complementares,
ou seja, uma relacionada à tecnologia de gestão do medicamento (garantia de acesso) e a outra
relacionada à tecnologia do uso do medicamento (utilização correta do medicamento), sendo
que a atenção farmacêutica pode ser considerada como uma especialidade da tecnologia do
uso do medicamento e privativa do farmacêutico.

A tecnologia de gestão do medicamento tem como missão proporcionar o


abastecimento, passo essencial para garantir o acesso da população ao medicamento, em
especial a menos privilegiada. Esta tecnologia, após sua implantação, tem sido caracterizada
como atividade previsível e repetitiva, mas necessária ao cumprimento dos aspectos legais e
às diretrizes das políticas de saúde. Portanto, vinculada a normas e procedimentos
preestabelecidos, reduzindo o grau de liberdade e criatividade dos atores. Na implantação do
modelo de gestão, é fundamental o estabelecimento de critérios de padronização dos
medicamentos, mecanismos de aquisição, armazenamento e logística de distribuição, de modo
a garantir a racionalidade administrativa.

A seleção dos medicamentos deve ser baseada nos critérios epidemiológicos e


farmacoeconômicos, além de considerar a eficácia (evidências clínicas) e segurança dos
medicamentos, evitando as pressões mercadológicas e de relações interpessoais, minimizando
o modelo estruturado com base na consulta médica e no atendimento automático da demanda
por ela gerada.

A tecnologia do uso envolve desde a prescrição até a utilização correta e eficaz dos
medicamentos. Para o sucesso desse processo, torna-se necessária a participação das
diferentes classes de profissionais da saúde, além dos usuários. A execução desta atividade
depende do bom desenvolvimento da tecnologia de gestão do medicamento, uma vez que a
disponibilidade do medicamento está condicionada à eficácia desse processo.

Apesar do envolvimento de vários atores neste teatro de operações, na prática a


responsabilidade de direção deste processo cabe ao profissional farmacêutico, pelo seu
vínculo histórico e indissociável com o medicamento. A OMS, durante sua 47ª Assembléia
Mundial da Saúde, recomendou aos farmacêuticos e às suas associações profissionais em todo
o mundo que entreguem ao público, informação documentada e objetiva sobre medicamentos
e sua utilização, e realizem assessoramento técnico aos demais profissionais de saúde, aos
órgãos de regulamentação farmacêutica, aos planificadores sanitários e às instâncias
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital
7

normativas; promovam, em colaboração com os demais profissionais de saúde, o conceito de


assistência farmacêutica como meio de promover o uso racional dos medicamentos. (OMS,
1994)

Como a atividade profissional deve emanar do conhecimento formal, a OMS definiu


as características essenciais para que o profissional farmacêutico possa atuar junto ao sistema
primário de saúde: "prestador de serviços, tomador de decisão, comunicador, líder, gerente,
estudante por toda a vida e mestre", contribuindo também para nortear a educação
farmacêutica.

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) constituem a principal porta de entrada do


sistema de assistência à saúde estatal em nosso país. Nelas, de maneira geral, as farmácias
ocupam espaços relativamente pequenos, cerca de 20 metros quadrados, os quais são
estruturados como um local de armazenamento dos medicamentos até que sejam dispensados.
O atendimento é quase sempre externo, em local de circulação da unidade de saúde, e os
medicamentos são dispensados através de uma "janela" ou balcão envidraçado. (OMS, 1997)

Esta conformação reforça ainda mais o vínculo do serviço farmacêutico com o modelo
curativo, centrado na consulta médica e pronto atendimento, com a farmácia apenas
atendendo a essas demandas.

A atividade de orientação aos usuários na farmácia da UBS torna-se praticamente


impossível, pois na farmácia deságuam quase todas as mazelas do sistema de saúde, por estar
no elo final do processo de atendimento. Dessa forma, o farmacêutico deve discutir seu
posicionamento como profissional da saúde, redefinindo seu trabalho com o medicamento e
dando uma nova amplitude a ele. Neste sentido, essa mudança deve representar não somente
uma mudança operacional na atividade farmacêutica, mas também uma alteração importante
de paradigma com reflexos futuros na formação desse profissional.

Em síntese, o problema das interações medicamentosas e do conhecimento sobre o uso


de medicamentos parece ser de natureza bastante complexa, envolvendo diversos fatores.
Entretanto, torna-se imprescindível o envolvimento do profissional farmacêutico,
principalmente para um maior conhecimento da natureza do problema, buscando melhorar a
adesão dos usuários e reduzir possíveis problemas relacionados aos medicamentos que
possam surgir durante o tratamento.

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital


8

A Atenção Farmacêutica constitui uma prática profissional centrada no paciente, que


encontra-se em fase de implantação em algumas farmácias de diversas regiões do Brasil,
enfrentando porém muitos empecilhos, os quais devem ser superados em prol do resgate da
profissão perante a sociedade.

A implantação da Atenção Farmacêutica como parte dos serviços farmacêuticos


prestados em farmácias comunitárias exige ampla mobilização de profissionais e acadêmicos.
Esta começa com a elaboração da Proposta de Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica
(Ivama, 2002), passa pelas novas diretrizes curriculares dos cursos de farmácia, que enfocam
a atuação como profissional da saúde, e exige do farmacêutico a busca de um nível de
aperfeiçoamento interdisciplinar condizente com as novas responsabilidades, remetendo-o a
assumir efetivamente a autonomia de seu cargo liberal, incorporando os componentes da
moral, ética e ideologia dentro de sua atuação.

Constata-se que as dificuldades encontradas pelos profissionais farmacêuticos na


aplicação prática da Atenção Farmacêutica representam grande expressão dentro de sua
atuação, e a análise dos dados obtidos reflete a necessidade de estímulo e segurança dos
profissionais. Neste contexto, ocorre a necessidade do estímulo aos acadêmicos e
profissionais recém-formados, os quais possuem íntegra a energia e o anseio de colaboração
com a saúde da comunidade, de modo que ultrapasse as barreiras para realização de
programas de Atenção Farmacêutica, implantando-os além das perspectivas de aceitação pela
administração geral do estabelecimento farmacêutico e promovendo admissão e entendimento
da real necessidade do programa por parte da comunidade atendida.

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital


9

3 FARMÁCIA COMUNITÁRIA

O termo “farmácia comunitária” refere-se aos estabelecimentos farmacêuticos não


hospitalares e não ambulatoriais que atendem à comunidade. As farmácias comunitárias no
Brasil são, em sua maioria, privadas, de propriedade particular, mas existem também
farmácias públicas, sejam elas vinculadas à rede nacional de farmácias populares ou às esferas
públicas municipais ou estaduais. Há, no Brasil, também, uma distinção legal entre farmácia e
drogaria, sendo estas últimas proibidas de atuar na manipulação ou no fornecimento fraciona-
do de medicamentos. O termo “farmácia comunitária” (ou simplesmente “farmácia”) será
utilizado em todo este livro em seu sentido mais amplo, incluindo drogarias, farmácias de
dispensação e manipulação, públicas ou privadas. A principal necessidade da sociedade com
relação às farmácias é obter medicamentos sob condições ótimas de conservação e em acordo
com a legislação vigente. Ainda que seja a principal, entretanto, fornecer medicamentos não
constitui hoje a única responsabilidade da farmácia. Há um forte movimento no País buscando
ampliar a participação da farmácia comunitária no sistema de saúde brasileiro. Além da
dispensação de medicamentos e produtos para a saúde, busca-se atualmente o
desenvolvimento de serviços farmacêuticos clínicos, providos à população de forma
harmônica e articulada ao sistema de saúde. A farmácia comunitária no Brasil caracteriza-se
como estabelecimento que agrega dimensões comerciais, sanitárias, técnicas e sociais.
A farmácia comunitária, dada a sua acessibilidade à população, é uma das portas de
entrada no Sistema de Saúde. É um espaço que se caracteriza pela prestação de cuidados de
saúde de elevada diferenciação técnico-científica, que serve a comunidade sempre com a
maior disponibilidade e qualidade dos serviços prestados. Na farmácia comunitária realizam-
se actividades dirigidas para o medicamento e produtos de saúde, e actividades dirigidas para
os cidadãos, como a promoção da saúde e prevenção da doença. As atividades orientadas para
o medicamento incluem a preparação, obtenção, armazenamento, conservação, guarda,
distribuição e eliminação de medicamentos e produtos de saúde, bem como todas as outras
atividades que visem a disponibilização dos mesmos em condições de qualidade e segurança.
As actividades dirigidas para o cidadão incluem a dispensa, administração de medicamentos,
o aconselhamento, o acompanhamento fármaco-terapêutico, a indicação farmacêutica, a
farmacovigilância e, de certo modo, todas as actividades relacionadas com a gestão da
terapêutica medicamentosa e promoção da saúde pública e individual. Para que o
farmacêutico possa realizar estas atividades, necessita de infraestruturas, equipamentos e

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital


10

fontes de informação apropriadas, ou seja, necessita que a farmácia possua a estrutura


adequada para o cumprimento das suas funções.
Há, no Brasil, também, uma distinção legal entre farmácia e drogaria, sendo estas
últimas proibidas de atuar na manipulação ou no fornecimento fracionado de medicamentos.
A drogaria é definida como “estabelecimento de dispensação e comércio de drogas,
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais” (BRASIL,
2013). Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação- REASE Revista
Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.7.n.9. set. 2021. ISSN -
2675 – 3375 400 A atualização das definições ocorreu em 2014, na lei 13.021 que define
farmácia como: unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica,
assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a
manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou
industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos
(BRASIL, 2014). De acordo com essa resolução as farmácias podem ser classificadas em
“farmácia com manipulação” ou em “farmácia sem manipulação ou drogaria”. Ambas as leis
exigem a presença do farmacêutico no estabelecimento em todo o horário de funcionamento
(Brasil, 1973; Brasil, 2014). Com essa atualização da definição de farmácia esse
estabelecimento deixou de ser apenas comercial e tornou-se um local de prestação de
assistência farmacêutica e assistência à saúde. Nesse contexto, em 2013 foram publicadas as
resoluções do Conselho Federal de Farmácia (CFF) nº 585 e 586. A primeira regulamenta as
atribuições clínicas do farmacêutico e a segunda regula a prescrição farmacêutica (BRASIL,
2013a; BRASIL, 2013b). Ambas visam à “promoção, proteção e recuperação da saúde”
(BRASIL, 2013a).
O acompanhamento farmacêutico na farmácia comunitária consiste, entre outras
atribuições, no acolhimento da demanda ou queixa do paciente; a identificação das suas
necessidades de saúde; a intervenção e a avaliação de resultados, bem como a documentação
de todo o processo de cuidado (MOREIRA, 2013). Muitos dos clientes que fazem uso de
polimedicamentos têm dúvidas relacionadas à interação medicamentosa e alimentar. O
aprazamento dos horários das tomadas das medicações deve ser feita pelo farmacêutico,
durante a dispensação do medicamento para que haja um uso seguro e racional, diminuindo o
risco de eventos adversos na atenção primária. Segundo a OMS (2013), pacientes que
recebem AF diminuem 30% dos riscos supracitados. Os erros podem ser causados por fatores
referentes à prescrição, dispensação, administração, consumo e no monitoramento da
reconciliação medicamentosa (OMS, 2013). De forma concomitante, o farmacêutico também

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital


11

deve evitar que problemas, advindos do uso dos remédios, sejam evitados ao máximo. Porém,
esses efeitos indesejáveis ainda podem surgir e o profissional deve pensar numa solução. No
caso da atenção farmacêutica, o farmacêutico pode atuar com outros profissionais, de forma
multidisciplinar. Toda a equipe deve estar empenhada para que o paciente tenha o melhor
aproveitamento possível advindo do uso da medicação (OMS, 2013). Existem medicamentos
que são dispensados sem a retenção de receita, ainda assim podem causar danos à saúde.
Durante a AF faz-se necessário a conscientização da automedicação, a incompatibilidade com
os medicamentos de uso crônico e o risco de intoxicação. O cliente deve ser orientado quanto
à data de validade, forma de Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e
Educação- REASE Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São
Paulo, v.7.n.9. set. 2021. ISSN - 2675 – 3375 407 armazenamento e a demonstração da forma
correta a ser utilizado (BRASIL, 2014). Muitas farmácias comunitárias possuem postos de
coleta de medicamentos vencidos e sem uso, sendo de responsabilidade do farmacêutico
identificar e informar ao cliente sobre os postos de coleta a fim de evitar que os resíduos das
substâncias contaminem o meio ambiente (BRASIL, 2014).
No Brasil, a farmácia comunitária é o segmento profissional que reúne o maior
número de farmacêuticos: aproximadamente 60% de todos os profissionais registrados nos
Conselhos Regionais de Farmácia (SBFC, 2013). Entretanto, este segmento é talvez o que
recebe a menor remuneração salarial, oferece menos perspectivas de crescimento e, assim,
detém o maior índice de insatisfação profissional. Segundo o Conselho Federal de Farmácia
em seu relatório de atividades dos Conselhos Regionais de Farmácia (divulgado em dezembro
de 2010), existem 82.204 estabelecimentos farmacêuticos no país, com a proporção de um
estabelecimento para cada grupo de 3,2 mil pessoas, o que demonstra um número excessivo
de farmácias no Brasil. A situação atual das farmácias comunitárias no Brasil é de
transformação. Os problemas são muitos, mas aponta-se um combate a eles. As ações clínicas
na farmácia, antes restritas ao âmbito hospitalar, com o surgimento da atenção farmacêutica,
expandem-se gradativamente para as farmácias comunitárias (MOREIRA, 2013). Estas são
incentivadas pelo novo engajamento dos profissionais farmacêuticos ancorados pelas
instituições legais, modificações nas legislações e conscientização e cobrança da população.
No Brasil, as farmácias e drogarias ainda estão distanciadas do seu papel sanitário. A
dispensação de medicamentos nem sempre é entendida como processo de assistência à saúde;
há insuficiência de orientação farmacêutica no momento da dispensação de medicamentos,
tanto em estabelecimentos privados como nos públicos; e o profissional farmacêutico poucas
vezes está presente nas Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação-

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital


12

REASE Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. São Paulo, v.7.n.9.


set. 2021. ISSN - 2675 – 3375 408 farmácias para prestar adequadas informações e
orientações (ROMANO-LIEBER; CUNHA; RIBEIRO, 2013). Além disso, o farmacêutico
não tem atuação destacada no acompanhamento da utilização de medicamentos, na prevenção
e promoção da saúde e é pouco reconhecido como profissional de saúde tanto pela sociedade
quanto pela equipe de saúde (IVAMA, 2013). A revalorização do profissional farmacêutico e
seu posicionamento diante de suas funções e importância no processo geral de saúde vêm sido
enfatizadas e impulsionadas por mudanças que abrangem desde o ensino farmacêutico nas
Universidades até mudanças importantes nas legislações e programas do Governo Federal. As
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, aprovadas em 2002,
abandonando os modelos tecnicistas e voltando-se para uma formação mais generalista,
humanística e crítica, contribuiu, dessa forma, para a concepção de profissionais mais aptos a
lidar com os desafios que o contexto atual exige (BRASIL, 2013). Resta ao farmacêutico
buscar meios para se manter atualizado técnica e cientificamente, atuar na comunidade, unir-
se aos colegas de profissão e às equipes de saúde multidisciplinares. A valorização do
profissional parte do princípio da valorização pessoal.

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital


13

4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

FLUXOGRAMAS

GERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA FIGURA 1

CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA FIGURA 2

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital


14

Dessa forma, o estágio supervisionado em Farmácia contribuiu para o meu entendimento com
clareza do que posso esperar do mercado de trabalho e como farmacêutica no futuro quais são
os meus deveres como uma funcionária na área de saúde e pude ter um contato com a prática
em sim, que vai muito mais do que a teoria sobre a dispensação dos medicamentos, o
processo de intercambialidade que é a substituição de um medicamento de referência por um
genérico ou similar.

REFERÊNCIAS

ATA N.º 06/2016 DA 855ª REUNIÃO PLENÁRIA DO CONSELHO REGIONAL DE 2


FARMÁCIA DO ESTADO DO PARANÁ – CRF-PR
Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital
15

MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS – ATO PRIVATIVO


INTRANSFERÍVEL E INDELEGÁVEL DO FARMACÊUTICO - Brasília, 03 de outubro de
2017

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Disponível em: http://www.cff.org.br

LEI Nº 5.991, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1973, Disponível em: lei-5991-17-dezembro-


1973-358064-normaatualizada-pl.pdf (camara.leg.br)

ENCONTRO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E POLÍTICA


NACIONAL DE MEDICAMENTOS - CARTA DE BRASÍLIA: MINISTÉRIO DA SAÚDE;
1988

ORGANIGAZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE/UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND.


CUIDADOS PRIMÁRIOS ALMA-ATA; 1978.
FAUS, M. J. Atención Farmacéutica como respuesta a una necesidad social. Ars
Pharmaceutica, [S.l.], v. 41, n. 1, p. 1376-143, 2000. p. 246
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD, PUNTO 19 DEL ORDEN DEL DIA. 47ª
ASAMBLEA MUNDIAL DE LA SALUD. GINEBRA, 1994
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. 50ª ASAMBLEA MUNDIAL DE LA
SALUD, 1997
IVAMA, A. M. et al. Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta. Brasília:
Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p
RESOLUÇÃO No 012, de 8 de abril de 2016 - UFSJ

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Disponível em: http://www.cff.org.br

Brasil. Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. Preços de


medicamentos no Brasil e a atuação da SEAE em 1999. [acessado 2007 nov 11]. Disponível
em http://www.fazenda.gov.br/seae/documentos/Precomedi.html

Brasil. Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do


comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras
providências. Diário Oficial da União 1973; 19 dez.

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital


16

Cipolle R, Strand L, Morley C. O exercício do cuidado farmacêutico. Brasília: Conselho


Federal de Farmácia; 2006.

Brasil. Portaria nº 3.916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de


Medicamentos. Diário Oficial da União 1998; 10 nov.

Estágio Acadêmico I – Farmácia – 3º Período - Digital

Você também pode gostar