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sistematizada e documentada, em colaboração com o próprio paciente e com a
equipe multidisciplinar, para alcançar resultados concretos que contribuam com
a melhor qualidade de vida do paciente (ANGONESI; SEVALHO, 2010).
O modelo de acompanhamento farmacoterapêutico mais utilizado por
pesquisadores e farmacêuticos no mundo é o espanhol, denominado Método de
Dáder. Ele propõe um procedimento concreto, no qual se elabora uma avaliação
da situação global do paciente. A partir dessa avaliação, derivam-se as
intervenções farmacêuticas correspondentes, nas quais cada profissional clínico
em conjunto com o paciente e seu médico decidem a conduta em função dos
conhecimentos e condições particulares que afetam cada caso.
Para a realização do cuidado farmacêutico, é necessária a realização do
acompanhamento farmacoterapêutico, em que são identificados os Problemas
Relacionados aos Medicamentos (PRM), que foram definidos como qualquer
evento indesejável experimentado pelo paciente que envolva ou se suspeite que
envolva a farmacoterapia e que interfira, real ou potencialmente, com um
resultado esperado no tratamento desse paciente. A interferência não se
restringe somente a enfermidades e a sintomas, podendo envolver qualquer
problema relacionado com os aspectos psicológicos, fisiológicos, socioculturais
ou econômicos (DÁDER; MUÑOZ; MARTINEZ-MARTINEZ, 2008).
De um modo geral, o AFT baseia-se na obtenção da história
farmacoterapêutica do doente, isto é, nos problemas de saúde que este
apresenta, nos medicamentos que utiliza e na avaliação de seu estado de
situação em determinada data, de forma a identificar e resolver os possíveis
resultados negativos associados à medicação que o doente apresenta. Após
essa identificação, realizam-se as intervenções farmacêuticas necessárias para
que, posteriormente, sejam avaliados os resultados obtidos (MACHUCA;
FERNÁNDEZ-LIMOZ; FAUS, 2005).
Para a realização da intervenção farmacêutica, o farmacêutico, em
conjunto com o paciente e seu médico, decide a ação a tomar em função de seus
conhecimentos e das condições particulares de cada caso (SANTOS et al, 2005).
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Para a Metodologia Dáder (2004), atualmente a mais utilizada no Brasil, o
AFT possui as seguintes fases:
0. Fase prévia (oferta do serviço)
1. Primeira visita (histórico farmacoterapêutico)
2. Estado de situação
3. Fase de estudo
4. Fase de avaliação
5. Plano de atuação
6. Intervenção farmacêutica
7. Resultado da intervenção farmacêutica
8. Novo estado de situação
9. Entrevistas sucessivas
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Saiba mais sobre o passo a passo do acompanhamento
farmacoterapêutico e a adaptação da metodologia para as atividades
hospitalares, assistindo ao próximo vídeo da professora.
(Vídeo 3 disponível no AVA)
Referências
ALBARRA, K. F.; ZAPATA, L. V. Analysis and quantification of selfmedication
patterns of customers in community pharmacies in southern Chile. Pharmacy
World & Science, v. 30, p. 863-868, 2008.
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DÁDER, M. J. F.; MUÑOZ, P. M.; MARTINEZ-MARTINEZ, F. Problemas
relacionados com medicamentos (PRM) e resultados negativos associados
ao medicamento (RNM). In: DÁDER, M. J. F.; MUÑOZ, P. A.;
MARTINEZMARTINEZ, F. Atenção farmacêutica: conceitos, processos e casos.
Madrid:
Rcn Comercial e Editora, p. 49-59, 2008.
HANNA, L. A.; HUGHES, C. M. First, do no harm: factors that influence
pharmacists making decisions about over-the-counter medication: a qualitative
study in Northern Ireland. Drug Safety, v. 33, n. 3, p. 245-55, 2010.
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MEHUYS, E. et al. Self-Medication of Upper Gastrointestinal Symptoms: A
Community Pharmacy Study. The Annals of Pharmacotherapy, v. 43 p. 890-
98, 2009.
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