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GRUPO SER EDUCACIONAL

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA


ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

Thaiza Santos do Amaral

RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO II

Março - Rio de Janeiro


2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
2 Atenção farmacêutica............................................................................................................4
3 fitoterapia................................................................................................................................8
4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL................................................................................12
5 cONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................21
REFERÊNCIAS......................................................................................................................22
4

1 INTRODUÇÃO

A atenção farmacêutica compreende valores éticos, comportamentos, habilidades,


compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da
saúde, sendo disponível durante a consulta farmacêutica. Dentre as ações promovidas
destacam-se a educação em saúde (incluindo promoção do uso racional de medicamentos),
orientação farmacêutica, dispensação de medicamentos, acompanhamento
farmacoterapêutico, registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos
resultados. A consulta farmacêutica se inicia com a anamnese onde o profissional coleta a
maioria dos dados do paciente que irá auxiliá-lo durante o plano de cuidado e possível
intervenção farmacêutica.
Devido aos efeitos adversos provenientes de alguns medicamentos e o alto custo, a
fitoterapia tem sido utilizada para amenizar os efeitos e contribuir com o tratamento
farmacológico já que 80% da população já a utiliza na atenção primária. Para que os produtos
naturais com atividades farmacológicas sejam utilizados segundo o decreto publicado nº.
5.813/06, eles devem atender critérios de eficácia, de segurança e qualidade, além de
apresentarem propriedades terapêuticas reprodutíveis e constância em sua composição
química, uma vez que é comum a confusão entre espécies diferentes com mesmo nome
popular. Embora as plantas medicinais desempenhem um papel fundamental na medicina
moderna, os fitoterápicos podem apresentar reações adversas e para minimizar esse efeito
exige-se um rigoroso controle de qualidade desde o cultivo até a elaboração do medicamento
final.
Nesse sentido cabe ao farmacêutico promover o uso racional dos produtos naturais
com fins medicinais, além de manipular, dispensar as plantas medicinais e seus derivados,
fitoterápicos manipulados e industrializados, orientar profissionais prescritores, realizar ações
de farmacovigilância e pode ainda indicar e/ou prescrever plantas medicinais, isentas de
prescrição médica, para a prevenção de doenças e para o bem-estar com base nas necessidades
de saúde do paciente.

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2 ATENÇÃO FARMACÊUTICA

A Atenção farmacêutica é uma prática profissional, onde o farmacêutico é responsável


pelas necessidades farmacoterapêuticas do paciente com o objetivo de alcançar resultados
terapêuticos definidos para o restabelecimento da saúde e melhora na qualidade de vida do
paciente (SOARES, 2020; ANGONESI e SEVALHO, 2010). A definição melhor aceita e
difundida é a considerada pela OMS:
“É um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no
contexto da Assistência Farmacêutica. Compreende
atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades,
compromissos e corresponsabilidades na prevenção de
doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma
integrada à equipe de saúde. É a interação direta do
farmacêutico com o usuário, visando uma
farmacoterapia racional e a obtenção de resultados
definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da
qualidade de vida. Esta interação também deve envolver
as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas
especificidades biopsicossociais, sob a ótica da
integralidade das ações de saúde.” (OPAS, 2002)

O farmacêutico durante à atenção farmacêutica, define um processo sistemático para


tomada decisão considerando o respeito aos princípios bioéticos e conhecimentos técnico-
científicos. Durante esse processo o objetivo está fundamentado em garantir que os
medicamentos utilizados pelo paciente sejam mais efetivos e seguros para tratamento dos
problemas de saúde e que o mesmo tenha condição de adquiri-los e utilizá-los da melhor
maneira possível para uma melhor qualidade de vida (SOARES, 2020; OPAS, 2022).
Dentro das ações incluídas na atenção farmacêutica destacam-se a educação em saúde
(incluindo promoção do uso racional de medicamentos), orientação farmacêutica, dispensação
de medicamentos, atendimento farmacêutico, acompanhamento/ seguimento
farmacoterapêutico, registro sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos
resultados (OPAS, 2002).
A atenção farmacêutica contribui também para o uso racional de medicamentos
através do acompanhamento farmacoterapêutico, buscando avaliar e garantir a necessidade,

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segurança e a efetividade do processo medicamentoso. Outra contribuição importante é a


colaboração para o sistema de farmacovigilância, informando e gerando notificações para o
Sistema ao identificar e avaliar problemas/riscos relacionados à segurança, efetividade e
desvios da qualidade de medicamentos, podendo desta maneira potencializar as ações clínicas
individuais. (FAUS e MARTINEZ, 1999; OPAS, 2002).
A notificação é o instrumento universal empregado para implementação da
farmacovigilância e é definida como a ciência e as atividades relativas à detecção, avaliação,
compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer outros problemas associados a
medicamentos (OMS, 2002 apud CRFSP, 2016). As principais situações a serem notificadas
são (CRFSP, 2012 apud CRFSP, 2016): suspeita de reações adversas a medicamentos
(RAMs) por desvio de qualidade e/ou uso não aprovado, interações medicamentosas,
inefetividade terapêutica, total ou parcial, intoxicações relacionadas a medicamentos, uso
abusivo e erros de medicação, potenciais e reais.
Uma das etapas mais importantes durante a atenção farmacêutica é a consulta
farmacêutica, pois é o primeiro contato do paciente com o farmacêutico para que o
profissional possa estabelecer estratégias e expor ao paciente o conhecimento sobre o
tratamento terapêutico. Durante uma consulta farmacêutica é realizada primeiramente o
acolhimento do paciente que é recebê-lo para a realização da anamnese e plano de cuidado,
esta deve ser em ambiente reservado e o atendimento é individual. A anamnese é uma breve
conversa e tem como principais elementos (FARMCLIN, 2021; CFF, 2015; SOUZA et al,
2015):

 A coleta de dados pessoais;

 Informações sobre a história familiar, social e médica;

 Queixas e a necessidade real do paciente em procurar esse serviço;

 Verificar parâmetros clínicos como medida da pressão arterial, temperatura, peso,


altura, entre outros para complementar as informações;

 Identificar possíveis problemas na farmacoterapêutica atual.

A coleta dos dados pessoais promove um maior acolhimento e entendimento das


possíveis queixas do paciente, fazendo assim a caracterização do mesmo, dentre as
informações coletadas incluem nome, idade, data de nascimento, idade, gênero, peso,

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altura, endereço residencial, telefone, se possui limitações, escolaridade, ocupação e


outras informações que sejam necessárias (SOUZA, 2015; CRFSP, 2016).

As informações do histórico familiar incluem a descrição de doenças genéticas,


familiares vivos e falecidos devido a doenças. No campo social e médico são incluídas
informações como ocorrências médicas, internações, lesões, procedimentos cirúrgicos, o
uso de drogas, álcool, alimentação, quantidade de gestações e natimortos, tabagismo,
hábitos de higiene e prática de atividade física, rotina e hábitos alimentares (se está
fazendo alguma dieta específica, se possui restrições alimentares por recomendação
profissional, se faz algum exagero e como é o consumo de água) (SOUZA, 2015; CRFSP,
2016).

Sobre as queixas devem ser avaliados os sintomas, tempo, inicio, localização,


agravamento, sintomas associados e medicamentos usados (SOUZA, 2015).

Na avaliação de medicamentos utilizados são importantes dados como: posologia,


dose, via de administração, frequência, alergias ou reações adversas conhecidas, se faz uso
de fitoterápicos e formulações caseiras (esse dado é importante por possuírem substâncias
que podem interferir na ação terapêutica e devem ser documentados da mesma forma e no
mesmo local que os outros medicamentos), além de dados como terapias integrativas,
vacinas, intenção do paciente em concordar e seguir os tratamentos (SOUZA, 2016;
CORRER e OTUKI, 2013).

Segundo SOUZA et al (2015) essas informações permitem ao farmacêutico definir


a gravidade da demanda e diferenciar as situações as quais ele pode intervir e as que
necessitam de encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde (SOUZA et al,
2015).

Após os dados coletados e os problemas identificados é elaborado o plano de cuidado


em conjunto com o paciente que é onde o profissional apresenta as metas terapêuticas, avalia
a possibilidade de intervenção para resolução da necessidade, avalia exames laboratoriais caso
necessário, define os parâmetros para avaliação dos resultados, estabelece a terapia
farmacológica e/ou não farmacológica e caso necessário faz o encaminhamento a outro
profissional ou serviço de saúde, e/ou outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do
paciente, além de agendar o retorno para acompanhamento (CRFSP, 2019; FARMCLIN,
2021; SOUZA, 2015; CRFSP, 2016). As intervenções farmacêuticas são ações decorrentes de
uma tomada de decisão e objetivam modificar alguma característica do tratamento, do

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paciente ou das circunstâncias que o envolvem (CRFSP, 2016).


O farmacêutico deve garantir que o paciente tenha conhecimento sobre seu problema
de saúde e as intervenções que serão realizadas seguindo o plano de cuidado e a avaliação dos
resultados e que o mesmo é protagonista de seu tratamento (SOUZA, 2015; CORRER e
OTUKI, 2013).
Para definir o prazo necessário para alcançar os resultados desejados, o farmacêutico
deve considerar o tempo de resposta para produção da resposta farmacológica e como
indicadores da mesma é possível utilizar a presença ou ausência de sinais ou sintomas,
resultados de exames laboratoriais e parâmetros de monitoramento ou fisiológicos e
bioquímicos (CORRER; OTUKI, 2013).
A exposição desses dados pode ser verbal em linguagem clara e objetiva, usar o
receituário como documento escrito de referência ao paciente e o prontuário para consulta do
farmacêutico e de outros profissionais da saúde, caso possível para maior efetividade dos
resultados e seguimento do tratamento terapêutico é recomendável materiais educativos
impressos para situações específicas que sejam comuns no cotidiano do cuidado à saúde dos
pacientes. Caso for necessário o uso de medicamentos, o farmacêutico deve expor os dados
como nome, indicação, efeito esperado e tempo de resposta, posologia, efeitos colaterais e
reações adversas, precauções de uso e interações com outros medicamentos, bebidas e
alimentos, cuidados no preparo, administração, armazenamento e descarte, além de expor a
importância na adesão ao tratamento para restabelecimento da saúde e qualidade de vida
(SOUZA, 2015; SOUZA, 2016; CRFSP, 2016).
Para o encerramento da consulta, o farmacêutico deve garantir que o paciente entendeu
todas as orientações e colocar-se à disposição caso surja alguma dúvida ou dificuldade, além
de definir o prazo e frequência de retorno do paciente, para avaliar os resultados do
tratamento e das intervenções, esse tempo dependerá da gravidade do problema de saúde
relatado e a complexidade do tratamento (BRASIL, 2014).

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3 FITOTERAPIA

O uso de plantas para tratamento de enfermidades já se fazia presente nas primeiras


civilizações e estava intimamente relacionada aos primórdios da medicina sendo
fundamentado no acúmulo de informações por sucessivas gerações (CRFSP, 2019; BRASIL,
2006a).
Um dos manuscritos mais antigos contendo cerca de 800 receitas referindo-se a mais
de 700 drogas, incluindo babosa, absinto, hortelã, mirra e mandrágora, entre outras plantas, é
o Papiro de Ebers, com origem no antigo Egito. Na Grécia, HIPÓCRATES (460-377 a.C.),
conhecido como o Pai da Medicina, fazia o tratamento dos enfermos de forma
individualizada, com dose unitária e personalizada com preparações de plantas. Já Aristóteles
(384 – 322 a.C.) mantinha um jardim com mais de 300 espécies de ervas para fins medicinais.
Teofrasto, o Pai da Botânica (372 – 287 a.C.), listou cerca de 455 plantas medicinais que
constituíram o Primeiro Herbário Ocidental e utilizado até hoje, com detalhes de preparação e
uso. Dioscórides (40 – 90 d.C.) escreveu o De Matéria Médica, que listava, descrevia e
ilustrava com cores cerca de 600 plantas, onde foi relatado o uso do salgueiro branco (Salix
alba L.) para dor, fonte mais antiga da salicina. Em Roma, Galeno (129 – 200 d.C.)
desenvolveu misturas complexas de plantas, conhecidas como fórmulas galênicas e incentivou
os Oficiais Romanos a verificarem a composição dos remédios preparados, introduzindo
conceito de controle de qualidade. Na Europa, Paracelsus (1493 – 1541) estabeleceu a
Doutrina da Signatura que correlacionava as características externas das plantas (forma,
habitat, interações) a órgãos como indicativo para o tratamento. Na Alemanha, SERTURNER
(1783 – 1841), um aprendiz de farmacêutico deu início à extração dos ingredientes ativos das
plantas e, em 1816, a partir da análise de ópio (Papaver somniferum L.), isolou o 1º alcaloide
conhecido, a morfina. Em 1819, a atropina foi isolada da beladona (Atropa belladonna L.),
utilizada no tratamento de doenças do sistema nervoso. Em 1820 é isolado o quinino,
antimalárico obtido da casca da planta peruana Cinchona sp. Em 1827, um químico francês
isolou a salicina da espireia (Filipendula ulmaria [L.] Maxim). Em 1829 foi isolada a emetina
da ipecacuanha (Psychotria ipecacuanha Mull.), um emético valioso. Em 1860, a cocaína foi
extraída das folhas de coca (Erithroxylum coca Lam), um anestésico local que tornou possível
muitas cirurgias (CRFSP, 2019).
No Brasil, a primeira descrição sobre o uso de plantas como remédio foi feita no
Tratado Descritivo do Brasil, em 1587, por Gabriel Soares de Souza, onde descrevia os
produtos medicinais utilizados pelos índios. No séc. XVI, o Jesuíta José de Anchieta foi o

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primeiro boticário de Piratininga e o comércio das drogas e medicamentos naturais era


privativo dos boticários. Em 1838, o farmacêutico Ezequiel Correia dos Santos isolou o
princípio ativo (alcaloide pereirinha) da casca do pau-pereira (Geissospermum vellosii), usado
no tratamento de malária e febres. Em 1926, foi publicada a 1ª Farmacopeia Brasileira, de
Rodolpho Albino Dias da Silva, chamada de Farmacopeia Verde, com 183 espécies de plantas
medicinais brasileiras, contendo descrições macro e microscópicas das drogas (CRFSP, 2019;
ARGENTA, 2011).
A OMS tem expressado a sua posição desde a Declaração de Alma-Ata, em 1978,
sobre a necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário já que
80% da população mundial utilizam plantas e suas preparações na atenção primária de saúde
(BRASIL, 2006).
Atualmente, a procura por recursos de fontes naturais tem se intensificado devido ao
alto custo dos medicamentos industrializados e seus efeitos colaterais decorrentes do uso
crônico, o difícil acesso da população à assistência médica e o incentivo ao uso da medicina
integrativa e abordagens holísticas para saúde e bem-estar (CRSP, 2019; ARGENTA et al,
2011).
Segundo a portaria 971 de 2006:
“Fitoterapia é uma terapêutica caracterizada pelo uso de
plantas medicinais em suas diferentes formas
farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas
isoladas, ainda que de origem vegetal” (BRASIL,
2006a).

A fitoterapia estabeleceu-se como ciência devido ao uso de plantas para fins


medicinais e trouxe consigo o conhecimento das características das drogas provenientes de
plantas, incluindo a morfologia, composição química e propriedades farmacológicas. Porém
para as plantas serem utilizadas com fins terapêuticos, elas devem atender a todos os critérios
de eficácia, de segurança e qualidade, além de apresentarem propriedades terapêuticas
reprodutíveis e constância em sua composição química, uma vez que é comum a confusão
entre espécies diferentes com mesmo nome popular (SANTOS e ALMEIDA, 2016).

Algumas nomenclaturas importantes dentro da fitoterapia são as definições de:


 Fitoterápico: produto obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto substâncias
isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo medicamento
fitoterápico e produto tradicional fitoterápico, podendo ser simples, quando o ativo
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é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou composto, quando o ativo


é proveniente de mais de uma espécie vegetal (RDC nº 26/2014);
 Medicamento fitoterápico (MF): medicamento obtido empregando-se
exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento
da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância
de sua qualidade. Sua eficácia e segurança são validadas por meio de levantamentos
etnofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas ou evidências
clínicas. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua
composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as
associações destas com extratos vegetais (RDC nº 17/2010);
 Produto tradicional fitoterápico (PTF): aquele obtido com emprego exclusivo de
matérias-primas ativas vegetais, cuja segurança seja baseada por meio da
tradicionalidade de uso e que seja caracterizado pela reprodutibilidade e constância
de sua qualidade (RDC nº 13/2013);

A Portaria nº 3916/98, que aprova a Política Nacional de Medicamentos (PNC),


estabelece que para o desenvolvimento científico e tecnológico, deve-se expandir o apoio às
pesquisas que visem o aproveitamento do potencial terapêutico da flora e fauna brasileiras e
enfatizar a certificação das propriedades medicamentosas desses recursos. O Relatório do
Seminário Nacional de Plantas Medicinais, Fitoterápicos e Assistência Farmacêutica,
realizado em 2003, recomenda integrar no Sistema Único de Saúde (SUS) o uso de plantas
medicinais e medicamentos fitoterápicos para tratamento de enfermidades e melhora na
qualidade de vida do paciente (BRASIL, 2006a; BRASIL, 1998).
Em 2006 foi publicado o Decreto nº. 5.813, definido como a Política Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos que estabelece o acesso a plantas medicinais, fitoterápicos
e serviços relacionados à fitoterapia, com segurança, eficácia e qualidade, na perspectiva da
integralidade da atenção à saúde, considerando o conhecimento tradicional sobre plantas
medicinais (BRASIL, 2006b).
As plantas medicinais desempenham um papel fundamental na medicina moderna,
pois podem oferecer fármacos dificilmente obtidos de forma sintética, oferecem compostos
que podem ser modificados para melhorar sua eficácia ou diminuir sua toxicidade e podem
servir de protótipos para obtenção de fármacos com atividades terapêuticas semelhantes à dos
compostos originais. Mas é importante destacar que muitas plantas medicinais apresentam
substâncias que podem desencadear reações adversas, seja pela presença de contaminantes ou
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adulterantes nas preparações fitoterápicas, exigindo um rigoroso controle de qualidade desde


o cultivo até a elaboração do medicamento final. Praticamente a maior parte dos fitoterápicos
utilizados por automedicação ou por prescrição médica não tem o seu perfil tóxico
completamente explorado e definido, portanto deve-se considerar que uma planta medicinal
ou um fitoterápico não tem somente efeitos imediatos e facilmente correlacionados com a sua
utilização, mas também efeitos em longo prazo e de forma assintomática, como os
carcinogênicos, hepatotóxicos e nefrotóxicos (BONIL e BUENO, 2017).
Portanto cabe ao farmacêutico promover o uso racional de plantas medicinal e
fitoterápico, além de manipular e dispensar plantas medicinais e seus derivados, fitoterápicos
manipulados e industrializados. Cabe também a este profissional orientar outros profissionais
prescritores e realizar ações de farmacovigilância como: estudos de utilização de plantas
medicinais e fitoterápicos e suas reações adversas visando à detecção, prevenção e resolução
dos problemas relacionados ao seu uso. Este pode ainda indicar e/ou prescrever plantas
medicinais isentas de prescrição médica, para a prevenção de doenças e para o bem-estar com
base nas necessidades de saúde do paciente, além participar do processo de implantação dos
Serviços de Fitoterapia, fazendo acompanhamento da seleção, cultivo, processamento e
distribuição das plantas medicinais, drogas vegetais e seus derivados. (CRFSP, 2019; CFF,
2013).
Na prescrição, o farmacêutico pode prescrever medicamentos e outros produtos cuja
dispensação não exija prescrição médica, sugerir melhorias na alimentação e procedimentos
caseiros de cuidado, como inalações, massagens e preparo de chás. Para produtos que exijam
prescrição médica, o profissional só está autorizado a prescrever em casos onde haja
existência de diagnóstico prévio e apenas quando previsto em programas, protocolos,
diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso de instituições de saúde ou quando
formalizados acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde. E para
essa atuação será exigido título de especialista na área clínica, comprovando-se
conhecimentos e habilidades em boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia,
comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. A receita deverá ser redigida em
vernáculo, por extenso, legível, sem emendas ou rasuras, descrever o nome científico da
espécie, parte usada e forma extrativa com respectiva padronização da planta medicinal, droga
vegetal ou fórmula magistral, além de conter a identificação do estabelecimento, nome do
paciente, dados do profissional, local e data. O farmacêutico deverá manter o registro de todo
o processo prescritivo pelo tempo determinado legalmente e o sigilo dos dados e informações
do paciente atendido em consulta farmacêutica (CRFSP, 2019; CFF, 2013).

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4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

4.1 Ficha de anamnese

Figura 1: Frente Ficha de anamnese farmacêutica. Fonte: Autor

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Figura 2: Verso da Ficha de anamnese farmacêutica. Fonte: Autor

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4.2 Fitoterapia para diabetes (BRITO et al, 2019; CHARRUD e LIMA, 2019; DANTAS, 2021; FLORIEN, 2016a; FLORIEN, 2016b;
KONAN, 2006; RAMALHO et al, 2021; SOUZA, 2003)

Parte (s)
Nome Nome Forma de Posologia e modo de Mecanismo de
utilizada Via Contraindicações Efeitos adversos
botânico popular utilização usar ação
(s)
Ferver 3 a 10 g da raiz em
Decocção 500 mL de água. Tomar Os glicanos
três xícaras por dia. Pessoas com hemofilia, estimulam a
Extrato seco Tomar 120mg, duas vezes crianças, lactantes, utilização da glicose
Alteração da pressão
4% ao dia gestantes e que fazem hepática através do
Panax arterial e na
Ginseng Raiz Ingerir 1-4 g diários Oral uso de medicamentos aumento da
ginseng coagulação Cefaleia,
Pó misturado em água ou antidepressivos, atividade da glicose-
diarreia e alergias
alimentos anticoagulantes e para 6-fosfato
Ingerir 30 gotas, duas ansiedade desidrogenase e
Tintura vezes ao dia fosfofrutoquinase

1 xícara de chá, 3 vezes ao Formação de bócio


Infusão
dia endêmico, além de O kaenferol-3,7-O-
Extrato seco 1 capsula de 250 mg / dia diarréias crônicas e (α)-diramnosídeo
Pessoas com
alteração no atua na captação de
Bauhinia Pata-de- Folha e hipoglicemia, pacientes
Oral funcionamento dos glicose pelos tecidos
forficata vaca caule hipotiroideos, lactantes e
30 a 40 gotas três vezes ao rins devido a sua ação periféricos alvos da
Tintura gestantes
dia purgante, laxativa e insulina (adiposo e
diurética. muscular).

Anacardium Cajueiro Casca e flor Decocção Ferver 0,4 a 3,75 g em 150 Oral Pessoas alérgicas, Diarréia, alergias, Liberação da
occidentale L mL de água por 5 min. cardíacos, renais, hipoglicemia, insulina através do
Tomar até 4 vezes ao dia. hepáticos ou com outras alteração na pressão estímulo das células
doenças crônicas. Não arterial beta pancreaticas e
utilizar aumento do
concomitantemente com consumo de glicose
anticoagulantes, pelos tecidos e
corticoides e órgãos.
antiinflamatórios.

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Nome Nome Parte (s) Forma de Posologia e modo de


Via Contraindicações Efeitos adversos Mecanismo de ação
botânico popular utilizada (s) utilização usar

Tomar 10 mL da tintura, Náuseas, desconforto


Tintura diluídos em 75 mL de água, gástrico e/ou
duas vezes ao dia esofágico, além de
alergias e hipotensão
em individuos que
Gestantes, lactantes,
façam uso de anti-
crianças menores de 12
hipertensivos. O uso Estimula a secreção de
Allium anos, pessoas que façam
Alho Bulbo Oral crônico em doses insulina pelas células
sativum L uso de anticoagulantes e
1 a 3 g por dia misturados excessivas de alho beta pancreáticas
Pó antirretrovirais inibidores
em alimentos pode resultar na
da protease
diminuição da
produção de
hemoglobina e lise de
eritrócitos, além de
favorecer hemorragias.
Pessoas que apresentam
Hipersensibilização,
hipersensibilidade aos Eleva a produção de
hipotensão arterial ou
Ferver 0,2 a 0,3g da erva em componentes da formulação insulina pelas células-ß
distúrbios digestivos.
Baccharis 150 mL de água. Tomar o e às espécies da família pancreáticas e inibe a a-
Doses excessivas e
trimera Carqueja Caule Decocção decocto, logo após o preparo, Oral Asteraceae e que façam uso glicosidase intestinal e
prolongadas (maiores
(Less.) DC de duas a três vezes ao dia 30 de anti-hipertensivos e os canais ATPase de K+
que 3 meses) podem
minutos antes das refeições. hipoglicemiantes. que retarda a absorção
provocar leucopenia e
Gestantes, lactantes e da glicose pósprandial.
hipoglicemia.
crianças.

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4.3 Fitoterapia para obesidade (WEISHEIMER et al, 2015;

Parte (s)
Nome Nome Forma de Posologia e modo de Efeitos Mecanismo de
utilizada Via Contraindicações
botânico popular utilização usar adversos ação
(s)
A catecol-O-
15 gotas até três vezes ao metiltransferase
Tintura (COMT) é inibida
dia
pelos flavonoides e
polifenóis das plantas,
Uma colher de sobremesa então o
Infusão por xícara, infundindo neurotransmissor
Pessoas abaixo do peso, Hepatite, diárreia,
por 10 minutos em água norepinefrina
Camelia Folhas e portadores de doenças irritação na mucosa
Chá-verde Oral (envolvido no
sinenses caule cardiacas, renais ou gástrica, insônia e
aumento da
hepáticas. irritabilidade
termogênese e na
50-100 mg ao dia, oxidação de gorduras)
Extrato Seco permanece em ação
preferivelmente pela
50% por mais tempo,
manhã
elevando seus efeitos
no gasto energético e
oxidação de lipídios
3g da folha seca em 150 Genotóxidade em
mL água, deixar doses elevadas,
Infusão Gestantes, lactantes,
infundindo por 10 alteração da pressão
menores de 12 anos,
minutos arterial,
portadoras de cálculos
potencialização de
biliares, obstrução dos Inibe a atividade da
Cynara drogas
Alcachofra Folhas Oral ductos enzima lipase
scolymus cardiotônicas,
biliares, colangite ou pancreática
diarreia leve
Extrato Seco 200-600 mg por dia hepatopatias, hipertensos
associada a cólica
e que façam uso de
abdominal,
anticoagulantes
náusea e reações
alérgicas

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Nome Parte (s)


Nome Forma de Posologia e modo de Mecanismo de
popula utilizada Via Contraindicações Efeitos adversos
botânico utilização usar ação
r (s)
A faseolamina atua
inibindo parcialmente
a ação da enzima alfa-
Uma colher de chá rasa
Gestantes, crianças, Diarréia, naúsea, milase, que transforma
Phaseolus Feijão diluída em água 30
Sementes Farinha Oral pacientes abaixo do peso diminuição do o amido dos alimentos
vulgaris branco minutos antes do almoço e
e/ou desnutridos. apetite em glicose. Dessa
jantar
forma, os carboidratos
não são quebrados e
não são digeridos.
Antocianina C3G está
envolvida na inibição
da sintese da enzima
Pessoas com Alterações HMG-CoA redutase,
hipersensibilidade, hormonais, fundamental na
Citrus Tomar 1 capsula de
Morosil Frutos Extrato seco Oral gestantes, lactantes, incomodo síntese do colesterol,
sinensis 500mg por dia
crianças, pessoas com estomacal, dor de auxiliando no
acidez estomacal cabeça e alergia gerenciamento do
peso e a redução dos
triglicerídeos e do
colesterol total.
A sinefrina, um
Não deve ser associado
alcaloide de ação
com fórmulas contendo Incomodo
Tomar 2 capsulas de adrenérgica estimula a
Ephedra sp., gravidas, estomacal, aumento
Citrus Citrus 500mg por dia, 30 termogênese,
Frutos Extrato seco Oral lactantes, crianças, com da pressão arterial e
aurantium aurantium minutos antes das transformação de
doenças cardíacas, frequencia cardíaca
refeições gorduras acumuladas
desordens no SNC ou e dor de cabeça.
em energia atrvés da
disfunções na tireoide.
lipólise.

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4.4 Fitoterapia para doenças do sistema imunológico (MARQUES et al, 2015; ANVISA, 2021;

Nome Nome Parte (s) Forma de


Posologia e modo de usar Via Contraindicações Efeitos adversos Mecanismo de ação
botânico popular utilizada (s) utilização
Devido a presença dos ácidos
Tintura 50 gotas até três vezes ao dia fenólicos as propriedade da
própolis se destacam como
antiinflamatória, bactericida,
fungicida, hepatoprotetora,
200 a 1000 mg ao dia. Ingerir as cicatrizante, anti-úlcera, anti-
Extrato seco Crianças menores de 1 ano,
cápsulas de preferência em jejum Alergias, vômitos, cárie e anestésica,
Apis mellífera Propolis Resina Oral alérgicos a abelhas e derivados de
desconforto gástrico. antivirótica, antiprotozoário,
mel
cicatrizante e regeneração de
tecidos, antissépticas e
hipotensivas, estimuladora do
Soluções 30 gotas diárias sistema imunológico, ação
inibidora na multiplicação de
células tumorais.

Os alcalóides oxindólicos
(rinocofilina, mitrafilina,
8 a 10 g de raízes ou entrecasca do isoteropodia A, pterodifina,
cipó seca para cada xícara de água isorincofilina, isomitrafilina)
Decocção que demonstraram
ferver por 10 minutos. Tomar até 3 Diarréia, obstipação, risco
vezes ao dia; propriedades de estímulo
de hemorragias, evitar uso
Gravidez, lactação, pacientes imunitário e antileucêmico e
Uncaria concomitante com
Unha de Casca, folhas e transplantados devido à os fitosteróis (b-sitosterol,
tomentosa Oral antiácidos, inibidores de
gato raízes possibilidade de produzir rejeição estigmastelrol, campesterol
(Wild) DC histamina-H2, citostáticos
e crianças. isolados), que são
químicos ou
encontrados na unha de gato,
imunossupressores.
são documentados com
10- 20 ml de tintura divididos em 2 propriedades
Tintura ou 3 doses diárias diluídas em imunoestimulantes, anti-
água; inflamatórias, anticancerígena
e reparadora das células

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Nome Nome Parte (s) Forma de


Posologia e modo de usar Via Contraindicações Efeitos adversos Mecanismo de ação
botânico popular utilizada (s) utilização

Sugere-se que o [6]-gingerol


Pessoas em tratamento com influencia a atividade dessas
Desconforto digestivo,
Zingiber Fazer o chá por infusão ou anticoagulantes, pacientes células imunes atraves do
gosto desagradável na boca
officinale Gengibre Rizoma Infusão ou decocção decocção com 0,5 a 3g das rizomas Oral hepáticos, hipertensivos, com canal iônico receptor TRPV1
e aumentar o risco de
Roscoe por 5 minutos. Tomar 1 vez ao dia. cálculos biliares e irritação presente em células do
hemorragia.
gástrica. sistema imune deixando-as
mais alertas.

Pode elevar os níveis de A arginina é precursora do


ureia no sangue e causar óxido nítrico (NO) e aumenta a
Até 1,5g por dia e crianças devem Pacientes hepáticos e renais,
hipercalcemia severa em resposta dos linfócitos T, a
Sintetizada tomar 500mg/Kg por dia. Tomar 1 lactantes, gestantes, crinças
L-Arginina Arginina Pó Oral pacientes com disfunção glutamina é um substrato
artificialmente capsula de 500mg entre as abaixo de 5 anos e em tratamento
renal. Náusea, vômito, essencial para proliferação de
refeições com imunossupressores.
rubor, dor de cabeça e enterócitos, macrófagos e
torpor. fibroblastos

Sobrecarga nos rins e


Pacientes hepáticos e renais, fígado, alterando enzimas A glutamina é um substrato
Tomar 5g do pó diluido em água ou
Sintetizada lactantes, gestantes, crinças hepaticas e compostos essencial para proliferação de
L-Glutamine Glutamina Pó alimentos por dia ou 2 capsulas de Oral
artificialmente abaixo de 5 anos e em tratamento renais. Hipersensibilidade e enterócitos, macrófagos e
500 mg entre as refeições.
com imunossupressores. diminuição da absorção de fibroblastos
outros aminoácidos

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desenvolver um texto falando sobre o que aprendeu no desenvolvimento desse


documento e na vivência da disciplina. Esse texto deve ser coerente, mas deve indicar sua
opinião pessoal, por isso, não é necessário referências.

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5

REFERÊNCIAS

ANGONESI, D; SEVALHO, G. Atenção farmacêutica: fundamentação conceitual e crítica


para um modelo brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva. V.15, n. 3, p. 3603-3614, 2010.

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MARÇO DE 2013. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Produtos Tradicionais
Fitoterápicos. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0013_14_03_2013.html. Acesso
em 19/03/23.

ANVISA. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC N°17, DE 16 DE


ABRIL DE 2010. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Disponível
em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0017_16_04_2010.html. Acesso
em 19/03/23.

ANVISA. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC N° 26, DE 13 DE


MAIO DE 2014. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a
notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf. Acesso em
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ARGENTA, S.C. et al. Plantas medicinais: cultura popular versus ciência. Vivências: Revista
Eletrônica de Extensão da URI. V.7, N.12, p.51-60, 2011.

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UNILAGO. V.1, n.1, 2017.

BRASIL. PORTARIA Nº 971, DE 3 DE MAIO DE 2006. Política Nacional de Práticas


Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Brasília, DF, 2006a.

BRASIL. DECRETO Nº 5.813, DE 22 DE JUNHO DE 2006. Política Nacional de Plantas


Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Brasília, DF, 2006b.

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Farmacêutica. Ministério da Saúde, Brasília, DF, 2014.

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https//www.even3.com.br/anais/17jornadacientificadohub/136998-USO-DA-CARQUEJA-
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(Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Fármaco e Medicamentos Área de Insumos
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RAMALHO, T. C. Et al. Efeito hipoglicemiante do Anacardium occidentale L.: prospecção


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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!

REDAÇÃO E LINGUAGEM

A linguagem utilizada deve ser clara, coerente, concisa e impessoal, ou seja, verbos na
terceira pessoa (Por exemplo: Trata-se, Percebia-se, Necessita-se...), empregando os termos
técnicos e científicos, inerentes a área de saúde.
O termo “etc” não deve ser usado ao fim de uma enumeração, pois nada acrescenta ao
texto. As abreviaturas, quando citadas pela primeira vez, devem ser citadas por extenso,
seguida de sua abreviatura.

ORIENTAÇÕES GERAIS

o Deve-se utilizar espaçamento simples;


o Letra Times New Roman;

o Tamanho 12.
o Os títulos dos capítulos devem apresentar-se totalmente em letras maiúsculas, negrito
e enumerado, o que facilita sua localização no texto.
o As páginas devem ser enumeradas a partir da introdução, porém contadas a partir da
CAPA (canto superior direito).
o Se utilizar figuras deve constar além da numeração, a legenda, ou título, precedida da
palavra FIGURA e do número correspondente.

AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL

o Os relatórios que não obedecerem aos critérios acima serão recusados, tendo nota
mínima ou ZERO atribuída;
o A entrega do relatório deverá ocorrer próximo ao cumprimento das horas de estágio
exigidas pela disciplina, em data pré-estabelecida pelo calendário.
o Textos que apresentarem plágio terão nota mínima (0,5) ou ZERO atribuído após a
correção pelo professor orientador da IES.

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