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CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNORTE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE PÚBLICA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

RODOLFO GUSTAVO E SOUSA PESSANHA GUEDES PRATES


MONTES CLAROS
2022
1- FICHA DE CADASTRO DO ESTAGIÁRIO:

Nome do Estagiário: Rodolfo Gustavo e Sousa Pessanha Guedes Prates

Endereço:Rua Barão de Cotegipe,480, Santa Rita I, Montes Claros - MG

Nº de matrícula: 170668174 Período: 6º

Curso: Farmácia

Local de realização do Ciclo 1: Centro De Saúde Antônio Pimenta

Período: 21/02/22 a 06/04/22

Duração em horas 20 horas

Área de estágio: Saúde Pública

Supervisor de Estágio: Magaly Aparecida Soares Coelho

Local de realização do Ciclo 2: Rua Mailde Pereira Rocha, 336 - Antônio


Pimenta, Montes Claros – MG

Período: 11/04/22 a 15/05/22

Duração em horas: 20 horas

Área de estágio: Saúde Pública

Supervisor de Estágio: Thaís Damasceno Assis


SUMÁRIO

1. Introdução........................................................................................................... 4
1.1 História e ressignificações da Farmácia..................................................... 4
1.2 Atenção Farmacêutica...................................................................................5
2. Objetivos do estágio.............................................................................................7
3. Atividades Desenvolvidas................................................................................... 7
4. Conclusões e sugestões.......................................................................................10
5. Referências bibliográficas................................................................................ 11
6. Anexos ............................................................................................................... 13
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1. INTRODUÇÃO

1.1 História e ressignificações da Farmácia

A origem das atividades relacionadas a farmácias e drogarias se passa a


partir do século X com as boticas ou apotecas, nome dado as farmácias nesse
período. Seus responsáveis chamados boticários eram os responsáveis por
manipular substancias e tentar auxiliar a população em suas enfermidades e
para exercício dessa profissão era obrigatório cumprir alguns requisitos, além
de ter local e equipamentos adequados para as atividades (CRFMG,2021;
REZENDE, 2015).

A Farmácia por ser uma profissão milenar passou por crises e


mudanças, se transformando de acordo com as necessidades da sua
aplicabilidade determinados pelos diferentes cenários políticos, econômicos e
sociais (DE BARROS, LIMA & ROCHA, 2013). Os autores Hepler & Strand
exemplificam e analisam três períodos de ressignificações da atividade
farmacêutica no século XX: o tradicional, o de transição e o de
desenvolvimento da atenção (VIEIRA, 2007).
1. O papel tradicional foi desenvolvido pelo boticário que preparava e
vendia os medicamentos, fornecendo orientações aos seus clientes
sobre o uso dos mesmos. Era comum prescrevê-lo (VIEIRA, 2007,
pag. 215).
2. Período de transição as atividades farmacêuticas voltaram-se
principalmente para a produção de medicamentos numa abordagem
técnico industrial. O medicamento passou a ser visto com uma
solução “mágica” para todos os problemas humanos, assumindo o
conceito de bem de consumo em detrimento ao de bem social
(VIEIRA, 2007, pag. 215).
3. Desenvolvimento da atenção, advém após o lamentável desastre
ocorrido em 1962, em virtude do uso da talidomida por gestantes,
ocasionando uma epidemia de focomelia, desencadeou um novo
olhar sobre o uso dos medicamentos e foi o marco para o surgimento
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das ações de farmacovigilância. Assim nesta nova significação do


trabalho farmacêutico defende:

“A prática da atenção farmacêutica deve estar orientada


para a educação em saúde, orientação farmacêutica,
dispensação, atendimento e acompanhamento
farmacêutico, registro sistemático das atividades,
mensuração e avaliação dos resultados. O propósito da
atenção farmacêutica é reduzir a morbimortalidade
relacionada aos medicamentos” (VIEIRA, 2007, pag. 216).

O Farmacêutico se encontra em uma esfera estratégica para auxiliar a


população enquanto a educação em saúde, onde ele cria um elo a qual passa
confiança e informações sobre fármacos e praticas para uma maior qualidade
de vida; assim como orientação de dispensação de medicamentos, registro
sistemático das atividades, mensuração e avaliação dos resultados e suas
obrigações legais.

1.3.3 Atenção Farmacêutica

A atenção farmacêutica coloca o Farmacêutico em interação diretamente


com o paciente afim de atender suas necessidades ligadas ao medicamento
(FARINA & ROMANO-LIEBER). Opas (2002) complementa, que a atenção
farmacêutica tem o objetivo de solucionar ou prevenir problemas relacionados
com medicamentos – PRM (problemas relacionados à farmacoterapia e que
interferem nos resultados terapêuticos).
Assim profissional farmacêutico com seu conhecimento adquirido deve
orientar o paciente da forma correta ao uso do medicamento. Destas
orientações se engloba: dosagem, frequência, armazenamento, efeitos
colaterais, interações.
Dessa forma o Art. 2º - A Política Nacional de Assistência Farmacêutica
engloba os seguintes eixos estratégicos:
I - A garantia de acesso e equidade às ações de saúde, inclui,
necessariamente, a Assistência Farmacêutica;
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II - Manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública


de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária
articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias
gestoras do SUS;
III - Qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em
articulação com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes níveis de
atenção;
IV - Descentralização das ações, com definição das responsabilidades
das diferentes instâncias gestoras, de forma pactuada e visando a superação
da fragmentação em programas desarticulados;
V - Desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de
recursos humanos;
VI - Modernização e ampliar a capacidade instalada e de produção dos
Laboratórios Farmacêuticos Oficiais, visando o suprimento do SUS e o
cumprimento de seu papel como referências de custo e qualidade da produção
de medicamentos, incluindo-se a produção de fitoterápicos;
VII - Utilização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
(RENAME), atualizada periodicamente, como instrumento racionalizador das
ações no âmbito da assistência farmacêutica;
VIII - Pactuação de ações intersetoriais que visem à internalização e o
desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades de produtos e
serviços do SUS, nos diferentes níveis de atenção;
IX - Implementação de forma intersetorial, e em particular, com o
Ministério da Ciência e Tecnologia, de uma política pública de desenvolvimento
científico e tecnológico, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades
brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que
atendam os interesses nacionais e às necessidades e prioridades do SUS;
X -Definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização
das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à
saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com
embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e
renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos
trabalhadores em saúde no processo de incorporação desta opção terapêutica
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e baseado no incentivo à produção nacional, com a utilização da biodiversidade


existente no País;
XI - Construção de uma Política de Vigilância Sanitária que garanta o
acesso da população a serviços e produtos seguros, eficazes e com qualidade;
XII - Estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação e
monitoração do mercado de insumos e produtos estratégicos para a saúde,
incluindo os medicamentos; XIII - promoção do uso racional de medicamentos,
por intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o
consumo.

3- OBJETIVOS:

· Conhecer o processo de aquisição, armazenamento, distribuição e


dispensação de medicamentos na rede púbica. 

· Compreender os princípios legais que regem o funcionamento, bem como o


processo de abertura de uma farmácia pública.

· Aplicar a Atenção Farmacêutica aos pacientes atendidos pelo Sistema


Único de Saúde.

· Conhecer o funcionamento de uma farmácia pública bem como as


atribuições do Farmacêutico nesse estabelecimento.

Atuar na Farmácia Clínica identificando as necessidades dos pacientes

4- ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

Ciclo 1:
O Centro de Saúde Dr. Antônio Pimenta, se encontra na Rua Mailde Pereira
Rocha, 336 - Antônio Pimenta, Montes Claros – MG. Todas as atividades
relacionadas ao ciclo 1 foram desenvolvidas na Farmácia dentro do centro de
saúde Dr. Antônio Pimenta. Em sua estrutura física se encontravam: cadeiras,
mesas e computadores, prateleiras com medicamentos, armário para
medicamentos de controle e geladeira.
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No dia 22 de fevereiro de 2022 começou o ciclo 1 com a supervisão e


orientação da professora farmacêutica Magaly Aparecida Soares Coelho, foi
apresentado o sistema viver para dispensação de medicamentos e seus
procedimentos padrões, além da relação municipal de medicamentos
essenciais (RENUME) que engloba um conjunto de ações voltadas à
promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva,
tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu
uso racional.
O dia 08 de março teve foco nos procedimentos de dispensação no
sistema viver o qual o paciente chega à unidade básica de saúde é solicitado a
receita médica e o cartão SUS (Sistema Único de Saúde), analisa se a receita
é pertence ao SUS e em qual categoria se encaixa:

 Imediatos: Validade 10 dias; dispensada quantidade conforme


prescrição; em caso de antibióticos: retenção da 2ªvia e anotação da
data dispensação lote e validade na receita retida e guarda de 24 meses
 Contínuos: Validade 180 dias; dispensado tratamento para 30 dias;salvo
antibióticos e portaria 344;
 antibióticos uso contínuo: validade: 90 dias; dispensado para tratamento
de 30 dias; retenção da 2ª via somente na primeira dispensação.

Verifica se contém carimbo médico e assinatura e se está datada, após


verificação de todos esses requisitos a receita será lançada no sistema
conforme os dados apresentados (medicamento, posologia, médico que a
prescreveu), após salvar o sistema gera um número de prescrição e em
seguida a dispensação será realizada.
Nos dias 15 a 29 de março de 2022, foi apresentado as questões
administrativas as quais englobam balanço, pedidos e recebimentos de
medicamentos. O balanço é efetuado 1 vez ao mês, contasse todo estoque
afim de verificar se o estoque virtual está de acordo com o físico, validades dos
produtos disponíveis, lotes e a necessidade de insumos para a unidade. Após a
verificação das necessidades é feito o pedido que em determinado prazo o
almoxarifado central envia os insumos solicitados, assim a farmacêutica
responsável deve realizar a conferência.
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O ciclo foi encerrado no dia 05 de abril de 2022, onde houve uma


revisão dos procedimentos do sistema VIVVER para dispensação de
medicamentos e insumos aos pacientes do Centro de Saúde Dr. Antônio
Pimenta.

Ciclo 2:

A Farmácia Escola, se encontra na Faculdades Integradas do Norte de


Minas (Funorte) - Campus Amazonas na Rua Plínio Ribeiro, 539- Jardim Brasil,
Montes Claros- MG. As atividades relacionadas ao estágio foram
desenvolvidas na Farmácia Escola, onde em sua estrutura possuía cadeiras,
mesas e computadores, glicosímetro, esfigmomanômetro.
Com a orientação e a supervisão da professora e farmacêutica Thaís
Damasceno Assis, às atividades do ciclo 2 foi iniciada no dia 12 de Abril de
2022 apresentando o plano de ensino, revisar conceitos da atenção
farmacêutica e Método Dader que consiste na a oferta do serviço e o convite
ao paciente para obtenção da história farmacoterapêutica do paciente e na
avaliação de seu estado de situação em uma data determinada, com o intuito
de identificar e resolver os possíveis Problemas Relacionados ao Medicamento
(PRM) apresentados; por fim conhecemos as instalações do campos
amazonas.
Na semana seguinte 19 de abril foi apresentado as diretrizes nacionais
de Hipertensão e Diabetes para melhor entendimento dessas patologias, sendo
abordados os temas: causas, sintomas, tratamentos farmacológico e não
farmacológico. Na mesma data houve treinamento de aferição de pressão e
medição de glicemia entre nós acadêmicos de farmácia presentes.
Após a exposição dos dias anteriores no dia 26 de abril, fomos para
parte prática para a elaboração de um plano de cuidado. Assim foi
encaminhada via setor de fisioterapia dos campos amazonas a paciente Maria
Neuza Ribeiro da Silva. Detalhamos para a mesma o intuito do plano e
pegamos informações para sua ficha cadastro para obtenção de dados para
uma melhor análise de seu caso atual e lhe dar um feedback correlacionado a
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medicamentos e suas práticas diárias como atividades físicas e alimentares.


No dia 10 de abril houve uma ação na Farmácia de Todos na rua Cassimiro de
Abreu, 76 - Cândida Câmara, Montes Claros – MG, nós os acadêmicos de
farmácia fizemos a conscientização da automedicação e polifarmácia para os
pacientes que passavam pela unidade, além de aferição de pressão e glicemia
para os mesmos.
No dia 10 de abril de 2022, após a anamnese e os dados obtidos da
paciente foi elaborado o plano de cuidados com conclusões para melhoria de
vida e assim apresentado para a professora Thais para sua avaliação e
melhoria do mesmo. O encerramento do ciclo ocorreu no dia 17 de abril com a
entrega do plano de cuidados e explicações para a paciente Maria Neuza
Ribeiro da Silva, onde foi abordado os seguintes temas: Atividade física,
controle de glicemia e hipertensão, efeitos adversos de medicamentos e
tratamentos não medicamentosos, além de um encaminhamento para a
mesma para um nutricionista já que dentro do plano foi demonstrado algo
essencial para uma melhoria na qualidade de vida.

Conclusões

O estágio supervisionado da disciplina de Estágio Curricular II- Saúde Pública


tem o objetivo de preparar o aluno para o mercado de trabalho e suas
adversidades, desta forma o aprendizado teórico da faculdade é colocado em
prática. Dentro desse universo o estágio tem um foco na Atenção Farmacêutica
e a Assistência Farmacêutica,
Dentro da Farmácia Escola presente no Campus Amazonas-Funorte e
da Centro de Saúde Dr. Antônio Pimenta, como estagiário, é possível observar
e vivenciar a rotina de trabalho do farmacêutico, observando também as
técnicas de atendimento, dispensação e os cuidados ao realizar a atenção e a
assistência farmacêutica. Portanto, o estágio na Farmácia Escola e no Centro
de Saúde Dr. Antônio Pimenta, trouxe a visão e a vivência da responsabilidade
desde chegada do medicamento ao estabelecimento ao atendimento ao
paciente. Assim neste processo devemos ter ética, responsabilidade, atenção,
paciência e compaixão ao realizar o atendimento ao paciente.
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2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DE BARROS, L. C. F.; LIMA, T. S. A.; ROCHA, T. J. M. Perfil do egresso do curso de farmácia de uma
instituição particular do município de Maceió-AL. Revista Eletrônica de Farmácia, [S.l.], v. 10, n. 4, p.
1-15, 2013.
FARINA, Simone Sena; ROMANO-LIEBER, Nicolina Silvana. Atenção farmacêutica em farmácias e
drogarias: existe um processo de mudança?. Saúde e sociedade, v. 18, p. 7-18, 2009.
História da Farmácia. Conselho Regional de Farmácia / MG, 2021. Disponível em:
https://www.crfmg.org.br/externo/institucional/historia_historia.php
OPAS, ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Consenso brasileiro de atenção
farmacêutica: proposta. Brasília: OPAS, 2002.

REZENDE, Irene Nogueira de. Literatura, história e farmácia: um diálogo possível. História, Ciências,
Saúde-Manguinhos, v. 22, p. 813-828, 2015.

VIEIRA, Fabiola Sulpino. Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da


saúde. Ciencia & saude coletiva, v. 12, p. 213-220, 2007.
Política nacional de medicamentos 2001/Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de
Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2001. 40 p. : il –
(Série C
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3. ANEXOS
FICHA DE FREQUÊNCIA DO ACADÊMICO
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Perfil da paciente

Paciente: Maria Neuza Ribeiro da Silva ;


Naturalidade: Montes Claros/ MG;
Data de Nascimento: 08/09/1974;
Idade: 47 anos;
Endereço: Zona rural, comunidade de lavaginha, Montes Claros/MG;
Local de atendimento: Farmácia Escola / Campus Amazonas;
Peso: 66 kg;
Altura: 1m 56 centímetros;
IMC: 27,12 (obesidade grau 1)
Queixa Principal: Dores fortes nas pernas e braços, fraqueza, dificuldade de
locomoção.
Problemas de saúde: Fibromialgia, hipertensão, diabetes mellitus tipo II, colesterol.
Aferição P.A: 140x80 mmHg
Cirurgias: Não
História Familiar:
Alimentação:
Café da manhã: café com açúcar, biscoito de sal ou pão.
Lanche manhã: Sem lanche
Almoço: Arroz, feijão, verdura cozida e carne
Lanche da tarde: Uma fruta
Janta: Salada, feijão ovo e às vezes arroz.
● Não apresenta dificuldades para administração dos medicamentos.
● Não faz uso de bebidas alcoólicas frequente
● Pratica fisioterapia 50min 2 vezes na semana.
Prescrição médica atual:
● Hidroclorotiazida de 25 mg, uso contínuo (1/0/1);
● Losartana  Potássica de 50mg, uso contínuo;
● Cloridrato de Duloxetina (Velija ou Dual) de 60mg;
● Pregabalina (Glya ou Dorene tabs) de 150mg;
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● Paracetamol+ codeina 750 mg+30mg;


● Metformina 500mg, uso contínuo;

Hipertensão Arterial

Hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é ter a pressão arterial,


sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão se eleva por vários motivos,
mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem. O coração
e os vasos podem ser comparados a uma torneira aberta ligada a vários esguichos. Se
fecharmos a ponta dos esguichos a pressão lá dentro aumenta. O mesmo ocorre quando
o coração bombeia o sangue. Se os vasos são estreitados a pressão sobe.

Quais são as consequências da pressão alta?

A pressão alta ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos são


recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada, que é machucada
quando o sangue está circulando com pressão elevada. Com isso, os vasos se tornam
endurecidos e estreitados podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper.
Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa a angina que
pode ocasionar um infarto. No cérebro, o entupimento ou rompimento de um vaso, leva
ao "derrame cerebral" ou AVC. Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a
paralisação dos órgãos. Todas essas situações são muito graves e podem ser evitadas
com o tratamento adequado, bem conduzido por médicos.

Quem tem pressão alta?

Pressão alta é uma doença "democrática". Ataca homens e mulheres,


brancos e negros, ricos e pobres, idosos e crianças, gordos e magros, pessoas calmas e
nervosas.
A Hipertensão é muito comum, acomete uma em cada quatro pessoas
adultas. Assim, estima-se que atinja em torno de, no mínimo, 25 % da população
brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e está presente em 5% das
crianças e adolescentes no Brasil. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos
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derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. As graves conseqüências da


pressão alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e
mantenham-se em tratamento com adequado controle da pressão.

Estudo dos medicamentos usados pela paciente no tratamento da


hipertensão

1. Hidroclotiazida

Indicação:
A principal indicação da hidroclorotiazida é para o tratamento da
hipertensão arterial.
A hidroclorotiazida também pode ser usada, associada ou não a outros
diuréticos, para tratar os edemas nos pacientes com insuficiência cardíaca, síndrome
nefrótica ou cirrose hepática.

Ação:
A hidroclorotiazida é um diurético da classe das tiazidas e apresenta
mecanismo de ação semelhante a outros diuréticos dessa classe, tais como a
Clortalidona, Indapamida e a Metolazona.
Assim como a maioria dos diuréticos, a hidroclorotiazida tem como ação
básica o aumento da excreção de cloreto de sódio (sal) pelos rins. Sempre que a
quantidade de sódio urinário aumenta, o rim precisa eliminar mais água para diluí-lo. O
resultado, portanto, é um aumento da quantidade de água corporal eliminada pela urina.
Os diuréticos tiazídicos promovem uma diurese menor que a furosemida,
porém, por terem um efeito que dura até 12 horas (contra 6 horas da furosemida), a
perda de sódio e água acaba sendo mais constante ao longo do dia.
Após o início do tratamento, uma redução da pressão arterial costuma
ocorrer após cerca de 1 semana, mas o efeito hipotensor máximo pode só ser alcançado
após 12 semanas de uso.
A redução nos valores da pressão arterial costuma estar associada a uma
redução no volume de água corporal. Em geral, o paciente perde de 1 a 1,5 kg de água
após o início do tratamento.
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Um consumo exagerado de sal na dieta impede que o paciente alcance essa


perda de peso e acaba por ser uma das causas mais comuns de falta de eficácia da
hidroclorotiazida.

Farmacocinética
Hidroclorotiazida é rapidamente absorvido por via oral e inicia a ação
diurética em 2 horas, atingindo efeito diurético máximo dentro de 4 a 6 horas.
A ação diurética dura 8 a 12 horas. Atravessa a barreira placentária e é
excretado no leite.

Tratamento
● Em adultos
o Tratamento da pressão alta: geralmente, a dose inicial recomendada para adultos
varia de 50 a 100 mg por dia, administrados 1 vez por dia em toma única, de
acordo com indicação médica.
o Tratamento do inchaço: geralmente, a dose recomendada varia de 25 a 200 mg
por dia, administrados 1 ou duas vezes por dia, de acordo com indicação médica.
● Em crianças
o Criança até aos 2 anos de idade: a dose recomendada varia de 12,5 a 25 mg,
administrados 2 vezes por dia.
o Crianças entre os 2 e os 12 anos de idade: a dose recomendada varia de 25 a 100
mg, administrados 2 vezes por dia.
Os comprimidos de Hidroclorotiazida 25 mg devem ser engolidos inteiros,
juntamente com um copo de água, sem partir ou mastigar.

Reações adversas

● Aumenta a freqüência e volume da urina (tem ação diurética);


● Perda de apetite;
● Vertigens;
● Sensação de ardor, formigamento ou coceira na pele;
● Dor de cabeça;
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● Sensibilidade exagerada da pele à luz;


● Fraqueza;
● Espasmo muscular;
● Queda de pressão ao se levantar;
● Desconforto gástrico (acidez do estômago);
● Náuseas;
● Vômito;
● Coloração amarela da pele devido ao fluxo irregular da bile;
● Inflamação do pâncreas (pancreatite);
● Desconforto;
● Pode haver manifestação de diabete latente.
● Além disso, o tratamento da hidroclorotiazida pode alterar algumas informações
do exame de sangue, especialmente de populações especiais (idosos e crianças).
É comum que a pessoa passe a ter que acompanhar as alterações para se
certificar que nada saia dos níveis adequados, confira as mudanças nos
resultados do seu exame que você deve esperar após iniciar o tratamento com
esse remédio:
● Redução dos glóbulos brancos do sangue (diminuição da imunidade);
● Diminuição do número de plaquetas sanguíneas;
● Diminuição de glóbulos vermelhos (possibilidade de anemia aplástica);
● Presença de glicose na urina (glicosúria);

Interações medicamentosas

Hidroclorotiazida é um diurético representante do grupo dos tiazídicos, com


atuação no túbulo distal. Reduz a reabsorção ativa de sódio e cloreto, ocasionando
também a perda de potássio. A seguir estão descritas algumas interações
medicamentosas possíveis quando se associam outros fármacos a este diurético:
● Fluconazol: aumento dos níveis séricos do antifúngico
● Topiramato: aumento dos níveis séricos do anticonvulsivante
● Ibuprofeno: redução dos efeitos diuréticos
● Meloxicam: risco de insuficiência renal aguda (em pacientes desidratados)
● Lítio: elevação da toxicidade deste fármaco
● Glibenclamida: redução da ação hipoglicemiante
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● Escopolamina: aumento da biodisponibilidade das tiazidas

2. Losartana
Indicação
Losartana potássica é indicada para tratar pressão alta e insuficiência
cardíaca. Pode ser usado também na prevenção do AVC e problemas de rins em
resultado de diabetes tipo 2 ou para ajudar na recuperação após ataque cardíaco.

Ação
Losartana potássica aumenta o diâmetro dos vasos sanguíneos para ajudar o
coração a bombear o sangue para todo o corpo com mais facilidade e diminuir a pressão
arterial. No caso de insuficiência cardíaca, este medicamento ajuda a melhorar o
funcionamento do coração e a reduzir o risco de doenças do coração ou dos vasos
sanguíneos, como derrame. Atua também na proteção do rim em caso de diabetes tipo 2,
evitando que se percam proteínas importantes para o corpo através da urina.

Tratamento
● Pressão alta: normalmente é aconselhado a ingestão de 50 mg uma vez por dia,
no entanto, a dose pode ser aumentada até aos 100 mg.
● Insuficiência cardíaca: a dose inicial normalmente é de 12,5 mg por dia, porém
pode ser aumentada até 50 mg. Geralmente este remédio é ingerido de manhã,
mas pode ser utilizado em qualquer hora do dia, pois mantém sua ação por 24
horas.

Reações adversas

Apesar de ser um fármaco seguro, alguns efeitos colaterais do losartan são


relativamente frequentes. Vamos falar apenas dos mais comuns e dos mais
graves.
● Hipotensão: assim como acontece com qualquer medicamento anti-hipertensivo,
a hipotensão arterial é um dos efeitos colaterais possíveis da losartana. A
hipotensão ocorre em cerca de 5% dos pacientes.
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Os sintomas da hipotensão costumam se manifestar através de tonturas,


fraqueza e súbito escurecimento da visão, que surgem, habitualmente, quando o
pacientelevanta-se de forma rápida.
A ocorrência de hipotensão é mais comum quando a dose inicial da
losartana é muito alta ou quando os pacientes apresentam uma ou mais das seguintes
condições:
o Idade acima de 60 anos.
o Desidratação.
o Uso concomitante de diuréticos.

● Insuficiência cardíaca:
Conforme já explicado, nesses pacientes com elevado risco de hipotensão, a
dose inicial da losartana deve ser de 12,5 mg ou 25 mg.
● Hipercalemia (elevação do potássio sanguíneo): a elevação do potássio no
sangue é um efeito adverso relativamente comum e perigoso, já que ele pode
provocar arritmias cardíacas fatais.
A hipercalemia ocorre em cerca de 4% dos pacientes e é um dos principais
motivos para suspensão da losartana.
O risco de hipercalemia é maior nos pacientes diabéticos, portadores de
insuficiência renal crônica, idosos ou que façam uso de medicamentos que também
podem elevar o potássio, tais como anti-inflamatórios, anti-hipertensivos da classe dos
IECA ou o diurético espironolactona.
Em muitos pacientes, a redução da dose, a otimização dos outros
medicamentos e uma educação alimentar de forma a evitar alimentos ricos em potássio
são suficientes para controlar os níveis de potássio no sangue.
● Agravamento da função renal: apesar da losartana ser um medicamento muito
utilizado para a proteção dos rins, em circunstâncias específicas, ela pode
acabar sendo prejudicial.
Pacientes desidratados, hipotensos, que fazem uso de anti-inflamatórios ou
que apresentam insuficiência cardíaca descompensada são aqueles com maior risco de
terem alterações da função renal potencializadas pela losartana.
● Diarreia: apesar de ser um efeito colateral mais comum com a Olmesartana, a
diarreia também pode surgir em cerca de 4% dos pacientes que tomam losartana.
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A losartana, assim como os outros ARA II, apresentam uma incidência de


tosse e reações alérgicas mais baixa que os IECA.

Interações medicamentosas

A administração conjunta da losartana com os seguintes fármacos deve ser


evitada:
● Alisquireno (Rasilez): maior risco de hipercalemia e hipotensão.
● Anti-inflamatórios: maior risco de hipercalemia, hipotensão e lesão renal aguda.
● Medicamentos da classe dos IECA: maior risco de hipercalemia e hipotensão.
● Lítio: maior risco de toxicidade pelo lítio.

A administração conjunta da losartana com os seguintes fármacos deve ser


feita com cautela e monitorização dos riscos:
● Fluconazol: reduz eficácia da losartana.
● Rifampicina: reduz eficácia da losartana.
● Sulfametoxazol-trimetoprim (Bactrim): maior risco de hipercalemia.
● Espironolactona: maior risco de hipercalemia.
● Cannabis: aumenta a concentração sanguínea de THC.
A losartana potássica não interfere com a eficácia dos anticoncepcionais
hormonais.

Fibromialgia

A síndrome da fibromialgia (FM) é uma síndrome clínica que se manifesta


com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Uma característica da pessoa
com FM é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura pelo
examinador ou por outras pessoas.
Não existe ainda uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas já
temos algumas pistas porque as pessoas têm esta síndrome. Os estudos mais recentes
mostram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor
do que pessoas sem fibromialgia. Na verdade, seria como se o cérebro das pessoas com
fibromialgia estivesse com um “termostato” ou um “botão de volume” desregulado, que
ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Desta maneira,
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nervos, medula e cérebro fazem que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de
intensidade.
A fibromialgia pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma
pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais
comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para
envolver todo o corpo. O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem fibromialgia e
outras não ainda é desconhecido.

Quais são as consequências da fibromialgia?

A alteração do sono na fibromialgia é frequente, afetando quase 95% dos


pacientes. No início da década de 80, descobriu-se que pacientes com fibromialgia
apresentam um defeito típico no sono – uma dificuldade de manter um sono profundo.
O sono tende a ser superficial e/ou interrompido.
Alguns referem um desconforto grande nas pernas ao deitar na cama, com
necessidade de esticá-las, mexê-las ou sair andando para aliviar este desconforto. Este
problema é chamado Síndrome das Pernas Inquietas e possui tratamento específico.
Outros apresentam a Síndrome da Apneia do Sono, e param de respirar durante a noite.
Isto também causa uma queda na qualidade do sono e sonolência excessiva durante o
dia.
A fadiga (cansaço) é outro sintoma comum na FM, e parece ir além ao
causado somente pelo sono não reparador. Os pacientes apresentam baixa tolerância ao
exercício, o que é um grande problema, já que a atividade física é um dos grandes
tratamentos da FM.
A depressão está presente em 50% dos pacientes com fibromialgia. Isto quer
dizer duas coisas: 1) a depressão é comum nestes pacientes e 2) nem todo paciente com
fibromialgia tem depressão. 
Pacientes com FM queixam-se muito de alterações de memória e de
atenção, e isso se deve mais ao fato da dor ser crônica do que a alguma lesão cerebral
grave. Para o corpo, a dor é sempre um sintoma importante e o cérebro dedica energia
lidando com esta dor e outras tarefas, como memória e atenção, ficam prejudicadas.
A síndrome do intestino irritável acontece em quase 60% dos pacientes com
FM e caracteriza-se por dor abdominal e alteração do ritmo intestinal para mais ou para
menos. Além disso, pacientes apresentam a bexiga mais sensível, sensações de
22

amortecimentos em mãos e pés, dores de cabeça frequentes e maior sensibilidade a


estímulos ambientais, como cheiros e barulhos fortes

Quem tem fibromialgia?

A fibromialgia é um problema bastante comum, visto em pelo menos em


5% dos pacientes que vão a um consultório de Clínica Médica e em 10 a 15% dos
pacientes que vão a um consultório de Reumatologia.
De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres. Não se
sabe a razão porque isto acontece. Não parece haver uma relação com hormônios, pois a
fibromialgia afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa. Talvez os
critérios utilizados hoje no diagnóstico da FM tendam a incluir mais mulheres.  A idade
de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os 30 e 60 anos. Porém, existem
casos em pessoas mais velhas e também em crianças e adolescentes.

Tratamento da Fibromialgia

O tratamento da fibromialgia é realizado através do emprego de


medicamentos e de outras medidas não medicamentosas.
Todo individuo acometido pela fibromialgia obrigatoriamente deve praticar
alguma modalidade de atividade física. Em geral o paciente tem a liberdade de escolher
aquela na qual se ajusta melhor. 
A preferência deve ser dada a atividades aeróbicas, como andar, nadar, mas
a hidroginástica, alongamento ou fortalecimento muscular deve ser apoiado pois algum
benefício com estas modalidades de atividade física também é observado.
O paciente deve respeitar seus limites físicos, pois ao excedê-los corre o
risco de apresentar efeito contrário ao desejado, podendo agravar as dores e o cansaço.
O tratamento da dor e outros sintomas da fibromialgia geralmente não
melhoram com o uso de analgésicos simples ou antinflamatorios, frequentemente
prescritos por médicos que não estão familiarizados com a doença.
Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, relaxantes musculares e
os neuromoduladores. Muitos pacientes questionam o motivo do uso destes
medicamentos, sobretudo os antidepressivos. Se não forem adequadamente
esclarecidos, podem surgir dúvidas sobre a origem de seus sintomas. Portanto aos serem
23

empregados o reumatologista deve esclarecer que estes medicamentos atuarão sobre os


mecanismos envolvidos na geração e inibição da dor e dos outros sintomas da doença,
independente de influenciarem o estado de ânimo do paciente.
Quando os sintomas associados ao sono inadequado se encontram
exacerbados, o uso isolado de medicamentos que induzam ou perpetuem o sono pode
não ser suficiente, sendo obrigatório que o paciente tome medidas que melhorem a
higiene do sono, tais como adequação do local em que dorme com menos ruídos e
claridade, evite ingerir alimentos ou bebidas que piorem o sono antes de deitar entre
outras medidas.
Quando há presença de sintomas depressivos ou de ansiedade importantes
pode-se tornar necessário o acompanhamento psicológico ou ate psiquiátrico,
dependendo da gravidade dos sintomas. Existem técnicas psicológicas, como a terapia
cognitiva comportamental, que comprovadamente podem beneficiar estes pacientes.
Alguns pacientes (não todos) podem apresentar melhora clinica quando
acrescentamos a acupuntura.
Nos pacientes apresentam sintomas em outros órgãos como o intestino
(colón irritável), bexiga (cistite intersticial), cabeça (enxaqueca), as vezes necessitamos
avaliações e acompanhamento de médicos de outras especialidades.
É importante que esteja claro ao doente que o tratamento depende mais dele
e de sua atitude frente a fibromialgia e que estas medidas medicamentosas ou não
devem ser realizadas em conjunto, pois nenhuma delas é eficaz isoladamente.

Estudo dos medicamentos usados pela paciente no tratamento de


fibromialgia e Bursite

1. Cloridrato de Duloxetina

Indicações:
O Cloridrato de Duloxetina é indicado para o tratamento da depressão. Duloxetina é
eficaz na manutenção da melhora clínica durante o tratamento contínuo, por até seis
meses, em pacientes que apresentaram resposta ao tratamento inicial.
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Ação:
E um medicamento da classe dos inibidores da recaptação de serotonina e
noradrenalina. Duloxetina é um medicamento antidepressivo que age no sistema
nervoso central (SNC) proporcionando a melhora de sintomas depressivos em pacientes
com transtorno depressivo maior; sintomas dolorosos em pacientes com neuropatia
diabética [doença que provoca lesão dos nervos devido aos altos níveis de glicose
(açúcar) no sangue]; sintomas dolorosos em pacientes com fibromialgia [doença que
provoca dor muscular e fadiga (cansaço)]; sintomas dos estados de dor crônica
associados à dor lombar crônica; sintomas dos estados de dor crônica associados à dor
devido à osteoartrite de joelho (doença articular degenerativa) em pacientes com idade
superior a 40 anos e sintomas ansiosos em pacientes com transtorno de ansiedade
generalizada.
A absorção (ou início da ação) de Velija®, pela via oral, ocorre seis horas
após a administração do medicamento. Quando Velija® é administrado com alimento,
esta absorção ocorre entre 6 a 10 horas. Quando o medicamento é administrado à tarde,
observa-se um atraso de três horas na sua absorção. Esse atraso não ocorre quando o
medicamento é tomado no período da manhã.

Tratamento:
A Duloxetina é indicada para o tratamento de:
● Transtorno depressivo maior;
● Dor neuropática periférica diabética;
● Fibromialgia (FM) em pacientes com ou sem transtorno depressivo maior
(TDM);
● Estados de dor crônica associados à dor lombar crônica;
● Estados de dor crônica associados à dor devido à osteoartrite de joelho em
pacientes com idade superior a 40 anos;
● Transtorno de ansiedade generalizada

Contraindicações:
O Clorodrato de Duloxetina é contraindicado em pacientes com
hipersensibilidade conhecida à Duloxetina ou a qualquer um dos seus excipientes.
Velija® não deve ser administrado concomitantemente com inibidores da
monoaminoxidase (IMAO) e deve ser administrado, no mínimo, 14 dias após a
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interrupção do tratamento com um IMAO. Com base na meia-vida de Velija®, deve-se


aguardar, no mínimo, 5 dias após a interrupção do tratamento com Velija®, antes de se
iniciar o tratamento com um IMAO.

Reações adversas
Para fibromialgia, os seguintes eventos adversos foram relatados durante os estudos
clínicos com o uso de duloxetina:

● Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento)
o Constipação (intestino preso);
o Boca seca;
o Náusea (vontade de vomitar);
o Diarreia;
o Fadiga (cansaço);
o Tontura;
o Dor de cabeça;
o Sonolência;
o Insônia.

● Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento)
o Palpitação;
o Visão borrada;
o Vômito;
o Dispepsia (indigestão);
o Dor abdominal;
o Flatulência (gases);
o Diminuição ou aumento de peso;
o Aumento da pressão sanguínea;
o Rigidez muscular;
o Distúrbio de atenção;
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o Tremor,
o Parestesia (adormecimento ou formigamento de partes do corpo);
o Alteração do orgasmo, diminuição da libido (diminuição do desejo sexual);
o Distúrbio do sono;
o Alteração da frequência urinária;
o Hiperidrose (suor em excesso);
o Prurido(coceira).

● Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
medicamento)
o Taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos);
o Vertigem (falsa sensação de movimentos)
o Dor de ouvido;
o Hipotireoidismo (diminuição do funcionamento da glândula
o tireoide);
o Midríase (dilatação da pupila);
o Gastroenterite (inflamação das paredes do estômago e do intestino), Estomatite
(ferida na boca),
o Retenção urinária;
o Distúrbio menstrual
o Reação de fotossensibilidade

Interações medicamentosas:
Duloxetina deve ser administrado com cuidado em pacientes que estiverem
sob tratamento com qualquer um dos medicamentos descritos a seguir:
● Antidepressivos tricíclicos (ATCs);
● Inibidores da enzima CYP1A2 (por exemplo: fluvoxamina eantibióticos a base
de quinolona);
● Medicamentos metabolizados pela enzima CYP2D6 (por exemplo: desipramina
e tolterodina),
● Inibidores da enzima CYP2D6 (por exemplo: paroxetina, medicamentos com
atividade serotoninérgica (por exemplo: inibidores seletivos da recaptação de
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serotonina, inibidores darecaptação de serotonina e noradrenalina, triptanos ou


tramadol),
● Medicamentos com ação no sistema nervoso central e medicamentos que sejam
altamente ligados às proteínas presentes no sangue.
● Álcool: Quando a duloxetina e o álcool foram administrados em tempos
diferentes, notou-se que a duloxetina não aumentou o prejuízo das habilidades
mental e motora causado pelo álcool. No banco de dados de estudos clínicos
com duloxetina, três pacientes tratados com duloxetina tiveram lesões no fígado.
Em todos estes casos, foi descrito uso concomitante significativo de álcool, o
que pode ter contribuído para as anormalidades constatadas.
● Antiácidos e antagonistas H2: É aconselhável cuidado ao se administrar Velija®
para pacientes que possam apresentar retardo no esvaziamento gástrico (por
exemplo, alguns pacientes diabéticos).

2. Pregabalina

Indicação:

● Tratamento da dor neuropática (dor devido à lesão e/ou mau funcionamento dos
nervos e/ou do sistema nervoso) em adultos;
● Como terapia adjunta das crises epiléticas parciais (convulsões), com ou sem
generalização secundária em adultos;
● Tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada em adultos;
● Controle de fibromialgia (doença caracterizada por dor crônica em várias partes
do
● corpo, cansaço e alterações do sono) em adultos.

Ação:
A pregabalina age regulando a transmissão de mensagens excitatórias entre
as células nervosas.
O início da ação do medicamento é, geralmente, percebido cerca de uma
semana após o início do tratamento.

Reações adversas:
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As reações adversas mais frequentemente notificadas foram tontura e


sonolência; em geral, elas foram de intensidade leve a moderada e estão listadas abaixo.

● Reação Muito Comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento)
o Dor de cabeça.

● Reação Comum(ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este


medicamento):
o Embriaguez;
o Sensação anormal;
o Cansaço;
o Sumento de peso;
o Náusea;
o Diarreia.

Interações medicamentosas
Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele
for prescrever umamedicação nova.O médico precisa avaliar se as medicações reagem
entre si alterando a sua ação, ou da outra; issose chama interação medicamentosa. A
pregabalina pode potencializar o efeito da oxicodona (analgésico), bebidas alcoólicas e
de lorazepam (tranquilizante).
Quando usado com analgésicos opioides a pregabalina pode reduzir o
funcionamento intestinal (por ex, obstrução intestinal, constipação – intestino preso ou
prisão de ventre). Em experiência pós-comercialização, houve relatos de insuficiência
respiratória e coma em pacientes sob tratamento de pregabalina e outros medicamentos
depressores do Sistema Nervoso Central, inclusive em pacientes que abusam da
substância.Se ocorrerem quaisquer sintomas relacionados ao uso deste medicamento,
seu médico deve ser consultado.Aconselha-se precaução quando se prescreve
pregabalina concomitantemente com opiáceos devido ao risco de depressão do SNC.

3. Paracetamol + codeína
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O medicamento paracetamol + fosfato de codeína é indicado para o alívio


de dores de grau moderado a intenso, como nas decorrentes de traumatismo (entorses,
luxações, contusões, distensões, fraturas), pós-operatório, pós-extração dentária,
neuralgia, lombalgia, dores de origem articular e condições similares.

Estudo dos medicamentos usados pela paciente no tratamento de Diabetes mellitus tipo
II

Metformina

A metformina é um remédio hipoglicemiante oral indicado principalmente


para o tratamento da diabetes tipo 2, pois age reduzindo os níveis de açúcar no sangue,
para níveis mais próximos do normal, e pode ser utilizada sozinha ou em associação
com outros antidiabéticos orais.
Os comprimidos de metformina devem ser ingeridos por via oral, durante ou
depois de uma refeição, iniciando o tratamento com doses pequenas que podem ser
gradualmente aumentadas pelo médico, o que permite reduzir a ocorrência de efeitos
colaterais gastrointestinais. 

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento


com metformina são problemas digestivos como náusea, vômito, diarreia, dor na
barriga, perda do apetite ou alterações no paladar.

Interações Medicamentosas

Metformina não deve ser administrado em conjunto com alguns


medicamentos ou substâncias sem orientação médica, como bebidas alcoolicas,
inibidores da enzima da conversão da angiotensina, diuréticos, agonistas beta-2 tais
como salbutamol ou terbutalina, corticosteroides ou tetracosactida, clorpromazina,
danazol, sulfonilureias, insulina, meglitinidas.
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PLANO DE CUIDADO FARMACÊUTICO

Paciente: Maria Neuza Ribeiro da Silva

Metas Terapêuticas

 Controlar a pressão arterial, mantendo em, aproximadamente, 120x80


mmHg.
 Controlar o peso, mantendo o IMC entre 18,5 e 24,9 onde é considerado
peso normal, para ajudar no controle do colesterol e glicemia.
 Controlar dores causadas pela fibromialgia e artrose no Joelho.
 Controle glicêmico.
 Diminuição de efeitos adversos provenientes dos medicamentos, relados pela
paciente.

Intervenções não farmacêuticas

 Pratique exercício físico de media intensidade pelo menos 30 minutos ao dia,


cinco dias por semana. A atividade física diminui o risco de desenvolver
doenças cardiovasculares. Isso porque, ao colocar o corpo em movimento, o
organismo produz uma lipoproteína de alta densidade (HDL), conhecida como
“bom” colesterol, reduz o mau colesterol e diminui o nível de triglicérides no
sangue;
 Monitoramento da sua pressão arterial e glicemia com frequência;
 Inclua fontes de gorduras boas em sua alimentação. Você pode comer, por
exemplo, abacate, castanhas, azeite de oliva, ovos, linhaça, peixes;
 Como sua glicose está um pouco alta, é fundamental controlar a alimentação
diminuindo o consumo de massas, doces e bebidas adoçadas com açúcar;
 Continue praticando a fisioterapia;
 Continue tomando os medicamentos conforme a recomendação médica;
 Vá a um nutricionista para melhorar a sua alimentação e os níveis de glicose no
sangue.
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 Utilize de tratamentos paliativos para combate a fibromialgia e artrose tais


como:

Chás: Alguns chás possuem excelentes propriedades que melhoram a


circulação, relaxam os músculos e retiram os metabólitos do organismo, sendo
uma ótima ajuda para aliviar as dores provocadas pela fibromialgia e reduzir o
número de crises. Alguns exemplos de plantas que podem ser usadas são:
Ginkgo biloba; Erva de São João; Raiz de ouro; Ginseng indiano.

Aromaterapia com óleos essenciais: O aroma das plantas medicinais alcança as


células olfativas e estas estimulam determinadas áreas do cérebro produzindo o
efeito desejado. No caso da fibromialgia, a aromaterapia mais indicada é a de
essência de lavanda, que produz bem-estar, acalma e relaxa os músculos.

Incluir alimentos anti-inflamatórios: cúrcuma, gengibre, cúrcuma, tomate


orgânico, alho, pimenta, maracujá, romã, frutas vermelhas, chá verde,
azeite de oliva para melhorar controle de inflamações.

Dieta DASH

A dieta DASH foca na redução do sal para controlar a hipertensão, na melhorara da


qualidade dos alimentos consumidos diariamente, o que também ajuda a controlar
outros problemas, como obesidade, colesterol alto e diabetes. Além disso, não é
necessário comprar alimentos especiais.

Alimentos permitidos:

Os alimentos que devem ser consumidos em maiores quantidades são aqueles ricos em
proteínas, fibras, potássio, magnésio, cálcio e gorduras insaturadas, como:
 Frutas;
 Legumes e verduras;
 Grãos integrais, como aveia, farinha de trigo integral, arroz integral e quinoa;
 Leite e derivados desnatados;
 Gorduras boas, como castanhas, amendoim, nozes, avelãs e azeite de oliva;
 Carnes magras, de preferência peixes, frango e cortes magros de carnes
vermelhas.

Alimentos que devem ser evitados:


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 Os alimentos que devem ser evitados da dieta DASH são:


 Doces e alimentos ricos em açúcar, incluindo produtos industrializados como
biscoitos recheados, refrigerantes, achocolatados e massas prontas para bolos;
 Alimentos ricos em farinha branca, como biscoitos, macarrão e pão branco;
 Alimentos ricos em gordura saturada, como carnes vermelhas ricas em gordura,
salsicha, linguiça, bacon;
 Bebidas alcoólicas.
 Evitar o consumo de molhos tipo ketchup, mostarda, maionese, molho inglês,
molho de soja e snacks salgados.

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