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Conteúdo

1. Farmacologia.................................................................................................. 6

1.1 Principais objetivos da farmacologia: ........................................................ 6

1.2 Terminologia ............................................................................................. 6

1.3 Farmacologia e suas vertentes ............................................................... 10

1.4 Prescrição de medicamentos.................................................................. 10

2. Origem dos medicamentos: ...................................................................... 11

2.1 Propriedades da droga ideal ................................................................... 11

3. Divisão da farmacologia ............................................................................... 12

4. Agonista e Antagonistas ............................................................................... 12

4.1 Tipos de agonistas e antagonistas ......................................................... 13

5. Vias de administração .................................................................................. 15

5.1 Via enteral............................................................................................... 16

5.2 Via parenteral ......................................................................................... 18

5.3 Tópico ..................................................................................................... 20

6. Absorção de drogas ..................................................................................... 21

6.1 Fatores que limita a absorção do fármaco .............................................. 21

7. DISTRIBUIÇAO DE DROGAS ..................................................................... 24

7.1 Fatores que interferem na distribuição de drogas ................................... 24

9. Excreção ou eliminação de drogas .............................................................. 33

9.1 Excreção renal ........................................................................................ 34

9.2 Filtração glomerular ................................................................................ 34

9.3 Secreção Tubular ................................................................................... 34

9.4 Reabsorção tubular................................................................................. 34

9.5 Excreção fecal e reciclagem hepato - biliar- fecal. .................................. 35


9.6 Modelos de ação dos fármacos .............................................................. 35

9.6.1 Efeito biológico: ................................................................................... 35

9.6.2 Efeito químico: ..................................................................................... 35

10. Introdução ao sistema nervoso autônomo.................................................. 35

10.1 Farmacológica ...................................................................................... 36

10.2 Quanto às diferenças fisiológicas ......................................................... 36

11. Agonistas muscarínicos.............................................................................. 39

11.1 Tipos de receptores muscarínicos ........................................................ 39

11.2 Localização dos receptores muscarínicos ............................................ 40

11.3 Fármacos .............................................................................................. 41

11.4 Mecanismo de ação: ............................................................................. 41

11.5 Farmacocinética ................................................................................... 41

11.6 Intoxicação: ........................................................................................... 42

11.7 Potencia farmacológica......................................................................... 42

11.8 Usos terapêuticos: ................................................................................ 42

11.9 Efeitos adversos: .................................................................................. 43

11.9.1 Principais efeitos dessa classe de fármacos; .................................... 44

12. Antagonistas muscarínicos......................................................................... 45

12.1 Existem três tipos de classes de fármacos antagonistas muscarínicos 45

12.2 Mecanismo de ação .............................................................................. 46

12.3 Ação terapêutica; .................................................................................. 46

12.4 Efeitos adversos ................................................................................... 49

13. Agentes anticolinesterásicos ação terapêutica........................................... 50

13.1 Ação terapêutica: .................................................................................. 50

13.2 Efeitos observados e adversos dos agentes anticolinesterásicos ........ 52

13.3 Toxicologia dos anticolinesterásicos ..................................................... 54

13.4 Tipos de envenenamento por Organofosforados.................................. 54


13.5 Sintomas da intoxicação nas junções neuromusculares:...................... 56

13.6 Sintomas da intoxicação no sistema nervoso central: .......................... 56

13.7 Diagnóstico e tratamento dos distúrbios causados pela intoxicação dos


agentes Organofosforados ........................................................................... 56

13.8 Tratamento ........................................................................................... 56

13.9 Reativadores das Colinesterases ......................................................... 57

13.10 Medidas de suporte adicional ............................................................. 57

14. Fármacos que atuantes na junção neuromuscular e gânglios autônomos . 58

14.1 Fármacos .............................................................................................. 59

14.2 Mecanismo de ação dos bloqueadores neuromuscular competitivos e


despolarizantes............................................................................................. 60

14.3 Vias de absorção .................................................................................. 60

14.4 Distribuição e metabolismo ................................................................... 61

14.5 Principais usos terapêuticos ................................................................. 62

14.6 Toxicologia............................................................................................ 62

14.7 Reversão dos efeitos ............................................................................ 63

15. Neurotransmissores ................................................................................... 64

15.1 Neurotransmissores podem ser classificadas por função: .................... 65

15.2 Os 6 tipos de neurotransmissores ........................................................ 65

16. Fármacos atuantes nos gânglios autônomos ............................................. 66

16.1 Estimulantes dos gânglios autônomos.................................................. 66

16.1.2 Bloqueadores dos gânglios autônomos ............................................. 66

16.2 Mecanismo de ação .............................................................................. 66

16.3 Usos gerais desses fármacos ............................................................... 67

16.4 Principais sistemas afetados ................................................................ 67

16.5 Farmacocinética da nicotina ................................................................. 68

16.5.1 Sintomas observados ........................................................................ 68


16.5.2 Tratamento ........................................................................................ 68

16.6 Ação farmacológica .............................................................................. 68

16.7 Farmacocinética ................................................................................... 69

16.8 Principais efeitos adversos ................................................................... 70

17.Sinalização adrenérgica........................................................................... 70

17.2 Tipos de proteínas G ............................................................................ 72

17.3 Respostas desencadeiada pela sinalização adrenérgica ..................... 72

18. Agonistas adrenérgicos .............................................................................. 73

18.1 Classificações dos fármacos ................................................................ 73

18.2 Efeitos gerais da adrenalina ................................................................. 75

18.2.1 Outros efeitos .................................................................................... 77

18.3 Farmacocinética ................................................................................... 77

18.4 Usos terapêuticos ................................................................................. 77

18.5 Efeitos observados ............................................................................... 78

18.6.1 Farmacocinética dessa droga ............................................................ 78

18.6.2 Efeitos adversos ................................................................................ 78

19. Agonistas beta adrenérgicos não seletivos ................................................ 79

19.1 Agonistas beta adrenérgicos não seletivos........................................... 79

19.2 Agonistas beta 2 seletivos .................................................................... 80

20 CAPITULO .................................................................................................. 84

Autacoides 22/11/19 ......................................................................................... 91

Outras ações .................................................................................................. 108

Anti-inflamatórios não - esteróides (AINE’s) ................................................... 114

O que é Inflamação ? ................................................................................. 114

Fármacos do sistema respiratório .................................................................. 128

Tireóide ....................................................................................................... 143

Diabetes ......................................................................................................... 154


Funções do estrogênio ............................................................................... 172

Hormônio ........................................................................................................ 176

Quinto ao décimo dia ..................................................................................... 176

Décimo primeiro ao décimo quinto dia ........................................................... 176

Decimo sexto ao vigésimo quinto dia ............................................................. 176

levonorgestrel ................................................................................................. 176

50 Ug .............................................................................................................. 176

75 Ug .............................................................................................................. 176

125 Ug ............................................................................................................ 176

etinilestradiol .................................................................................................. 176

30 Ug .............................................................................................................. 176

40 Ug .............................................................................................................. 176

30 Ug .............................................................................................................. 176

Anticoncepcionais injetáveis trimestral ........................................................... 179

Adesivos transdérmicos ................................................................................. 180

Antibióticos ..................................................................................................... 194

Antifúngicos .................................................................................................... 204

ANTIPARASITÁRIOS ..................................................................................... 217

Anti-helmínticos .............................................................................................. 230

ANTIVIRAIS ................................................................................................... 240

ACICLOVIR ................................................................................................ 243


Farmacologia

1. Farmacologia é a área da Farmácia que estuda como as substâncias químicas


interagem com os sistemas biológicos.

1.1 Principais objetivos da farmacologia:


• propriedades medicinais de determinadas substâncias químicas (fármacos,
remédios);
• composição física e química dos fármacos;
• absorção dos fármacos pelo organismo;
• ação dos fármacos no combate de determinadas doenças;
• efeitos das associações entre remédios diferentes;
• excreção dos remédios pelo organismo;

1.2 Terminologia
Fármaco: estrutura química conhecida; propriedade de modificar uma função
fisiológica já existente.

Princípio Ativo: É a substância que existe na composição do medicamento,


responsável por seu efeito terapêutico. Também pode ser chamado fármaco.

Medicamento: fármaco com propriedades benéficas, comprovadas cientificamente.


Todo medicamento é um fármaco, mas nem todo fármaco é um medicamento.

Droga: substância que modifica a função fisiológica com ou sem intenção benéfica.

Remédio: substância animal, vegetal, mineral ou sintética; procedimento (ginástica,


massagem, acupuntura, banhos); fé ou crença; influência: usados com intenção
benéfica. Afim de prevenir ou de curar as doenças.

Dose: É uma determinada quantidade de medicamento introduzida no organismo para


produzir efeito terapêutico e promover alterações ou modificações das funções do
organismo ou do metabolismo celular.

Nocebo: efeito placebo negativo. O "medicamento" piora a saúde.

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Medicamentos Simples: Aqueles usados a partir de um único fármaco. Ex. Xarope
de Vitamina C.

Medicamento Composto: São aqueles preparados a partir de vários fármacos. Ex.:


Comprimido de Ácido Salicílico+ Cafeína.

Medicamento de Uso Externo: São aqueles aplicáveis na superfície do corpo ou nas


mucosas. Ex.: Cremes, Xampus.

Medicamentos de Uso Interno: São aqueles que se destinam à administração no


interior do organismo por via bucal e pelas cavidades naturais (vagina, nariz, ânus,
ouvidos, olhos etc.)

Medicamentos de Manipulação: São aqueles preparados na própria farmácia, de


acordo com normas e doses estabelecidas por farmacopeia ou formulários e com uma
designação uniforme.

Adição: Efeito combinado de dois fármacos. Efeito Adverso ou Indesejado: Ação


diferente do efeito planejado.

Potencialização: Efeito que ocorre quando um fármaco aumenta ou prolonga a ação


de outro fármaco.

Efeito Colateral: Efeito imprevisível que não está relacionado à principal ação do
fármaco.

Medicamentos Placebos: São substâncias ou preparações inativas, administradas


para satisfazer a necessidade psicológica do paciente de tomar drogas.

Medicamentos Homeopáticos: são preparados a partir de substâncias naturais


provenientes dos reinos animal, vegetal e mineral, e não apenas plantas como muitos
acreditam.

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Medicamento Fitoterápico: São medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais.
Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato,
tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros).
Medicamento de Referência ou de Marca: Os laboratórios farmacêuticos investem
anos em pesquisas para desenvolver medicamentos e, por isso, possuem a
exclusividade sobre a comercialização da fórmula durante um determinado período,
que pode chegar a 20 anos. Estes medicamentos são denominados de ― referêncial
ou ― de marca. Após a expiração da patente, há a liberação para produção de
medicamentos genéricos e similares.

Nome Fantasia ou Comercial: O nome de fantasia é aquele registrado e protegido


internacionalmente e que identifica um medicamento como produto de uma
determinada indústria. Um mesmo medicamento pode ser comercializado sob muitos
nomes de fantasia. A expressão "nome de fantasia" nada tem a ver com as
características químicas ou farmacológicas dos medicamentos. São criados mais em
função de uma identificação comercial dos produtos.

Medicamento Genérico: É aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na


mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma
indicação terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a mesma
segurança que o medicamento de referência no país. É mais barato porque os
fabricantes de genéricos, ao produzirem medicamentos após ter terminado o período
de proteção de patente dos originais, não precisam investir em pesquisas e refazer os
estudos clínicos que dão cobertura aos efeitos colaterais, que são os custos inerentes
à investigação e descoberta de novos medicamentos, visto que estes estudos já foram
realizados para a aprovação do medicamento pela indústria que primeiramente
obtinha a patente. Assim, podem vender medicamentos genéricos com a mesma
qualidade do original que detinha a patente a um preço mais baixo. Na embalagem
dos genéricos deve estar escrito "Medicamento Genérico" dentro de uma tarja
amarela. Como os genéricos não têm marca, o que você lê na embalagem é o
princípio ativo do medicamento.

Medicamento Similar: Cópia do medicamento de referência. Alguns itens, porém,


podem ser diferentes, como dose ou indicação de administração, tamanho e forma do
produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo
sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Um medicamento referência

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vendido somente sob a forma de comprimido pode possuir um similar na forma líquida.
Representados por meio de uma marca comercial própria, esses medicamentos são
uma opção ao medicamento de marca.

Tóxico: também conhecido como veneno é uma droga que se administrada a um


organismo vivo promovera um prejuízo ou até mesmo a morte.

Dose letal: é a dose capaz de matar. Ela e determinada em valores percentuais de


morte em uma amostra de cobaias, a dose letal para 50% de uma amostra (DL 50). É
usada como padrão para se determinar o índice terapêutico da droga.

Dose efetiva é a dose que apresenta atividade terapêutica, ela é calculada em valores
percentuais de eficácia terapêutica em uma amostra de cobaias. A dose efetiva para
50% é usada como padrão para se determinar o índice terapêutico

Índice terapêutico é um parâmetro que informa o grau de segurança da droga, ou


seja o quanto a dose letal é maior que a dose efetiva. Quanto maior o índice
terapêutico, mais segura é a droga.
O índice terapêutico é determinado pela seguinte equação.

IT= índice terapêutico


DE= dose efetiva
DL= dose letal

(DL 50)
IT= ------------
(DE 50)

Tempo de meia - vida o tempo de meia vida de uma droga é o tempo em que sua
concentração no sangue se reduz a metade. E com base no ½ do fármaco que
estabelece a posologia do medicamento istó é qual a concentração de fármaco que
deverá ter em cada dose e o intervalo de tempo que essas doses devem ser
administradas.
É o tempo necessário para que metade de uma substância seja removida do
organismo por um processo químico ou físico.

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Especificidade: capacidade de um fármaco reconhecer apenas um receptor.

Afinidade: tendência de um fármaco se ligar ao receptor.

Eficácia: tendência de um fármaco, uma vez ligado, ativar o receptor.


Bioequivalência é um termo utilizado para avaliar a equivalência biológica esperada
em vivo de duas preparações diferentes de um medicamento. Se dois medicamentos
são ditos ser bioequivalentes, isso significa que se espera que eles sejam, para todas
as intenções e propostas, iguais.

Posologia: é o modo como o medicamento deve ser administrado.

Biodisponibilidade: é uma medida da extensão de uma droga terapeuticamente ativa


que atinge a circulação sistêmica e está disponível no local de ação.

Dessensibilidade: diminuição do efeito de um fármaco que ocorre gradualmente


quando administrado de modo contínuo ou repetidamente.

Forma farmacêutica: é a forma final como o medicamento se apresenta;


comprimidos, cápsulas, injetáveis etc.
Efeito de primeira passagem É a metabolização do medicamento pelo fígado e pela
microbiota intestinal, antes que o fármaco chegue à circulação sistêmica. As vias de
administração que estão sujeitas a esse efeito são: via oral e via retal (em proporções
bem reduzidas).

1.3 Farmacologia e suas vertentes

Farmacogenética: trata-se do estudo das influências genéticas sobre as respostas a


fármacos.
Farmacogenômica: este novo termo superpõe-se á farmacogenética, descrevendo o
uso da informação genética para orientar a escolha da terapia farmacológica numa
base individual.
Farmacoepidemiologia: trata-se do estudo dos efeitos dos fármacos em nível
populacional.

1.4 Prescrição de medicamentos


A prescrição é restrita para médicos, veterinários e odontologista.

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Para prescrever é preciso ter informações sobre o paciente e sobre o
medicamento, levando em considerações;

a) situações fisiológicas

idade, sexo, peso e gestação.

b) hábitos do paciente

fumo e álcool.

c) doenças

insuficiência renal e hepática.

d) características da droga

via de administração.

droga tóxica (fígado, rim, medula óssea etc.)

tempo de eliminação da droga.

seletividade do fármaco.

2. Origem dos medicamentos:


Segundo a sua origem os medicamentos podem ser:
* Naturais: extraídos de órgãos, glândulas, plantas ou peçonhas de animais. Ex:
Insulinas
* Sintéticos: preparados com o auxílio de matéria-prima natural, são resultados
exclusivamente do trabalho de laboratórios. Ex: alguns antibióticos.
* Semi-Sintéticos: resultam de alterações produzidas em substâncias naturais,
com a finalidade de modificarem as características das ações por elas exercidas.

2.1 Propriedades da droga ideal


Isenta de reações adversas

Mínimas interações

Efetividade

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Segurança

Seletividade

Fácil administração

Reversibilidade

3. Divisão da farmacologia
Farmacocinética estuda os processos que ocorrem com as drogas dentro do
organismo. Ou seja é o caminho que o medicamento faz no organismo

1- Absorção, 2 - distribuição, 3 - metabolismo 4 - eliminação.

Farmacodinâmica estuda os mecanismos de atuação das drogas no organismo


é como a droga age no organismo.

Farmacoterapia: União da farmacocinética e a farmacodinâmica para desenvolver


uma terapia medicamentosa.

4. Agonista e Antagonistas

Para estudarmos a farmacodinâmica é necessário ter em mente o conceito de


agonistas e antagonistas
é considerado agonista o componente que tem a capacidade de aumentar a atividade
que realiza outra substância.
Os antagonistas, por sua vez, são os compostos que provocam o contrário: ao unir-
se ao receptor, provocam um bloqueio.

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• Agonistas; produzem efeito terapêutico porque se ligam e produzem alteração na
função celular.
Se ligam no receptor, se ligam na enzima, transportador de íons, e vai produzir um
efeito, alterando a função celular.

• Antagonistas; se ligam no receptor, mas eles não produzem nenhum efeito.


Impedem a ligação do agonista com isso a função celular não é alterada, não
causando o efeito terapêutico.

4.1 Tipos de agonistas e antagonistas

1) Agonistas: Fármacos que se ligam aos receptores fisiológicos e simulam os efeitos


dos compostos endógenos.
Substâncias que causam alterações na função celular, produzindo vários tipos de
efeitos

2) Agonistas endógenos constituem fatores internos que induzem uma resposta


biológica. Alguns exemplos de agonistas endógenos incluem hormônios e
neurotransmissores, que se ligam a receptores definidos e induzem uma resposta
desejada.

3) Agonistas exógenos são fatores externos que se ligam a vários receptores e


induzem uma resposta biológica. Um exemplo de um agonista exógeno, um fármaco,
tal como a dopamina sintética, que se liga ao receptor da dopamina e desencadeia
uma resposta análoga da dopamina endógena.

4) Agonistas Totais / Parciais: Agonistas totais são aqueles que conseguem uma
resposta de 100% do receptor quando ligados ao mesmo. Enquanto os agonistas
parciais, independente da dose utilizada, não conseguem obter uma resposta total do
receptor.

5) Agonistas inversos: São fármacos que estabilizam o receptor em seu estado


inativado. Logo, não podem ser chamados de antagonistas, pois alteram a
conformação do receptor. Esta é a principal diferença deles para os Antagonistas que
possuem eficácia zero (não alteram a conformação do receptor – Ativa ou Inativa).
A principio paradoxalmente, há exemplos em que se pode verificar um nível de
ativação de receptores mesmo na ausência de ligantes. Os agonistas inversos podem

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ser considerados como drogas de eficácia negativa para se diferencia-los dos
agonistas (eficácia positiva), e dos agonistas (eficácia nula).
Agonista inverso, causa uma ação oposta do agonista.

6) Agonista integral ou agonista pleno: constituem os agonistas clássicos que,


quando em concentrações suficientes, provocam a resposta máxima desencadeada
pelo receptor.

7) Agonista não competitivo: bloqueia algum ponto da cadeia de eventos que leva a
produção de resposta pelo agonista.

8) Antagonista Competitivos: Fármacos que ligam-se aos receptores bloqueando o


sítio de ligação do agonista, devido a competição entre o agonista e o antagonista pelo
receptor. Normalmente os antagonistas apresentam maior afinidade pelos receptores
no que comparado aos agonistas do mesmo receptor. Sendo assim, os antagonistas
competitivos podem deslocar o agonista correspondente de seu sitio de ligação. Vale
ressaltar que no antagonismo competitivo, o aumento da concentração do agonista na
biofase irá deslocar o antagonista de seu sítio de ligação, logo a concentração do
agonista influência diretamente. Um caso prático de antagonismo competitivo na
clínica é o uso de anti-histamínicos no tratamento de uma crise anafilática.

Os anti-histamínicos não são utilizados isoladamente, pois devido a concentração


maciça de histamina liberada, a histamina facilmente deslocará os anti-histamínicos
dos seus receptores, uma vez que neste caso de antagonismo a concentração do
agonista/antagonista na biofase interfere o deslocamento de um ou de outro. Para
uma boa resposta e tratamento dos sintomas, é utilizado um antagonista
funcional/fisiológico para amenizar os efeitos da anafilaxia, em seguida os anti-
histamínicos, controlando de forma satisfatória o quadro clínico.

9) Antagonistas funcionais ou fisiológicos: Segundo Schellack trata-se, na


verdade, de agonistas de um sistema de receptores diferente, no qual produz os
efeitos fisiológicos opostos aqueles produzidos pelo agonista inicial. Um exemplo é o
antagonismo funcional apresentado pela adrenalina frente a histamina. “A adrenalina
pode ser usada para efetivamente controlar os problemas clínicos que oferecem riscos
de morte e que são produzidos por reações anafiláticas. A adrenalina é um agonista
total do sistema de receptores adrenérgico, causando broncodilatação e

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vasoconstrição. Ela, portanto, anula os efeitos que colocam a vida em risco,
provocados pela histamina, por meio da estimulação agonística de outro sistema de
receptores.

10) Antagonistas Químicos: São fármacos que formam uma ligação química com o
agonista reduzindo assim a sua eficácia. Ou seja duas substâncias interagem em
solução e uma impede o efeito da outra.
Exemplos desses são o sulfato de protamina, utilizado para terminar o efeito da
heparina por meio de ligações iônicas e o agente quelante dimercaprol, utilizado para
tratamento envenenamento por arsênico.

11) Antagonistas Metafinóides: Schellack define os metafinóides como sendo


antagonistas que mudam a conformação dos sítios de ligação dos receptores
utilizados pelos agonistas. Isso implica que o agonista não será mais capaz de se
encaixar de maneira ótima nos sítios de ligação do seu receptor. O antagonista
metafinóide influencia a ocupação do receptor agonista. Schellack cita ainda que, no
caso de enzimas, este antagonismo pode ser chamado de antagonismo alostérico.

12) Antagonismo competitivo reversível: um fármaco se liga de modo seletivo a um


receptor sem ativa-ló, mas impedindo sua ativação (por um agonista).

13) Antagonismo competitivo irreversível: se a ligação é covalente (final), a


combinação do antagonista com o receptor não é desfeita com facilidade e o
antagonista é denominado irreversível

5. Vias de administração
O método de administração dos medicamentos depende da rapidez com que se
deseja a ação da droga, da natureza e quantidade da droga a ser administrada e das
condições do paciente.
Para tanto, a escolha de determinada via ou sistema de administração das drogas,
depende de vários fatores:
• Propriedades da droga e da forma farmacêutica administrada;
• Efeito local ou sistêmico;
• Idade do paciente;
• Tempo necessário para o início do efeito;
• Duração do tratamento;

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• Obediência do paciente ao regime terapêutico.

As ações de medicamentos no organismo vivo podem ser classificadas em


quatro categorias principais:
• Ação Remota: nos casos em que a ação do medicamento em um alvo interfere no
funcionamento de outro;
• Ação Local/geral: quando a droga produz efeito no ponto de aplicação, sendo
absorvida posteriormente para ter ação sistêmica.
• Ação Sistêmica: para aqueles que atingem a circulação;
• Ação Local: quando o efeito ocorre no ponto de aplicação;

fármaco

ação ação local


sistêmica

enteral parenteral tópica

5.1 Via enteral

E a via de administração na qual os fármacos passam pelo trato gastrointestinal antes


de serem absorvidos

Ela depende da Solubilidade, dissolução dos excipientes e coeficiente de ionização


acido-base

Oral, sonda nasogastrica

Formas farmacêuticas: comprimidos, cápsula, drágea, liquidos

1- esôfago, 2- estômago 3- intestino delgado (absorvido).

Todo e qualquer fármaco administrado por esta via sofre metabolismo de primeira
passagem no figado ou seja o figado degrada o fármaco. logo os fármacos
administrados por via oral não seram 100% biodisponiveis.

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Via Oral

Vantagens:

boa aceitação, varias formas farmacêuticas boa acessibilidade, fácil administração

- Maior segurança, comodidade e economia;

- Estabelecimento de esquemas terapêuticos fáceis de serem cumprido pelos


paciente;

- Absorção intestinal favorecida pela grande superfícies de vilosidade intestinal.

- Mais seguro que a administração parenteral

Desvantagens:

- Apresentação de efeitos adversos (náuseas, vômitos e diarreias), pela irritação da


mucosa;

- Variações do grau de absorção conforme:

a) ação da enzima digestiva;

b) plenitude ou não gástrica;

c) tipo da formulação farmacêutica;

d) pH.

- Necessidade da cooperação do paciente.

Difícil deglutinação para alguns: gosto desagradável, cheiro, inviável para indivíduos
em coma,

Fatores como outros medicamentos e a alimentação, afetam a forma de absorção dos


medicamentos depois de sua ingestão oral. Assim, há alguns medicamentos que
devem ser tomados com o estômago vazio, e há outros que devem ser ingeridos com
o alimento ou simplesmente não podem ser tomados por via oral, pois serão
inativados por enzimas digestivas. A absorção começa na boca e no estômago, mas
ocorre principalmente no intestino delgado.

Retal: essa via é utilizada quando o paciente apresenta vômitos ou se encontra


inconsciente. A absorção é mais lenta, irregular e, com frequência, imprevisível. A

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administração, utilizando-se de supositórios, tem por objetivo deixar o fármaco livre do
metabolismo de primeira passagem, no fígado, mas a absorção retal costuma ser
irregular e incompleta e muitos fármacos provocam irritação da mucosa retal.

Vantagens:

- Administração de medicamentos a pacientes inconscientes ou com náuseas e


vômitos, particularmente em lactantes;

- Redução da biotransformação do princípio ativo pelo fígado, por atingir diretamente a


circulação sistêmica.

Desvantagens:

- Absorção irregular e incompleta;

- Irritação da mucosa retal.

Muitos medicamentos que são administrados por via oral podem ser administrados por
via retal, em forma de supositório. Em razão do revestimento delgado e da abundante
irrigação sanguínea do reto, o medicamento é rapidamente absorvido.

5.2 Via parenteral


e a via de administração no qual os fármacos não passam pelo trato gastrointestinal
(tubo digestivo) cai direto na circulação

não sofrem metabolismo de primeira passagem, logo todos serão 100% biodisponiveis
quando cairem na circulação

ação praticamente imediata, útil em pacientes em coma,veiculação de vários


fármacos.

Desvantagens irritação, dor, necessita de profissional treinado, pouca aceitação,


risco elevado de intoxicação, determinados veiculos não podem ser utilizados em
algumas vias.

Endovenosa ou Intravenosa

Vantagens:

- Obtenção rápida dos efeitos;

- Administração de grandes volumes em infusões lentas;

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- Aplicação de substâncias irritantes, diluídas;

- Possibilidade de controle de doses, para prevenção de efeitos tóxicos.

Desvantagens:

- Superdosagem relativa em injeções rápidas;

- Riscos de embolia, irritação do endotélio vascular, infecções por contaminações


bacterianas ou viróticas e reações anafiláticas;

- para solventes oleosos e substâncias insolúveis.

Intra arterial

É a administração do medicamento diretamente na artéria. É aplicada para localizar


seu efeito em determinado órgão ou tecido. Exige extremo cuidado e só deve ser feita
por pessoas treinadas e experientes;

Intramuscular

Os medicamentos são absorvidos pelo endotélio dos capilares vasculares e linfáticos.

Vantagens:

- Absorção rápida; - Administração em pacientes mesmo inconscientes; - Adequada


para volumes moderados, veículos aquosos, não aquosos e suspensões.

Desvantagens:

- Dor; - Aparecimento de lesões musculares pela aplicação de substâncias irritantes ou


substâncias de pH distante da neutralidade; - Aparecimento de processos
inflamatórios pela injeção de substâncias irritantes ou mal absorvidas.

Intratecal: Quando se desejam efeitos locais e rápidos nas meninges ou no eixo


cérebro-espinhal, como na anestesia espinhal ou nas infecções agudas do SNC.

Via pulmonar (aerossóis): Os fármacos gasosos e voláteis podem ser inalados e


absorvidos através do epitélio pulmonar e das mucosas do trato respiratório. As
vantagens são a quase instantânea absorção para o sangue, ausência de perda
hepática de primeira passagem e, no caso das doenças pulmonares, a aplicação local
do fármaco no ponto de ação desejado.

19
Sublingual: os medicamentos ao colocados debaixo da língua para serem
absorvidos pelos pequenos vasos sanguíneos ali situados. Apenas as drogas
lipossolúveis e não irritantes podem ser administradas por essa via. A absorção é
relativamente rápida, podendo a ação ser produzida em poucos minutos. A principal
vantagem é omitir a passagem pelo fígado.

Os medicamentos são absorvidos pela mucosa oral.

Vantagens:

- Absorção rápida de substâncias hidrossolúveis;

- Redução de biotransformação do princípio ativo do fígado, por atingir diretamente a


circulação sistêmica.

Desvantagens:

- Imprópria para substâncias irritantes ou de sabores desagradáveis.

O medicamento ingressa diretamente na circulação geral, sem passar através da


paredeintestinal e pelo fígado.

Subcultânea

Os medicamentos são absorvidos pelo endotélio dos capilares vasculares e linfáticos.

Vantagens:

- Absorção boa e constante para soluções;

- Absorção lenta para suspenções.

Desvantagens:

- Facilidade de sensibilização dos pacientes; - Dor e necrose por substâncias irritantes.

5.3 Tópico
via de administração na qual os fármacos são administrados superficialmente e
não caem na circulação.

Tipos

Cutânea (pele) superfície de mucosas (boca, vagina) aplicação em pelos

20
formas farmacêuticas cremes, gel pasta, pomada, esprays

Vantagens

Aplicação externa e especifica

Muitos casos é indolor

Possui boa variedade de formas farmacêuticas

Bem aceito pelos usuários

Desvantagens

Absorção pequena

Alergias

Aplicação sai facilmente

Odor desagradável

6. Absorção de drogas
É a transferência de um fármaco desde o seu local de administração até a circulação
sanguínea. Ou seja é o processo pelo qual a droga passa, do local onde foi
administrada, para a corrente sanguínea.

A velocidade e a eficácia da absorção vai depender entre outros fatores da via de


administração.

6.1 Fatores que limita a absorção do fármaco


• Solubilidade da droga.

• Dissolução dos excipientes.

• Coeficiente e ionização ácido / básico do fármaco.

• pH (potencial hidrogeniônico).

• superfície de absorção.

• disponibilidade de mecanismo de transporte celular.

• Tempo de esvaziamento gástrico.

21
• Características farmacotécnicas do medicamento.

Situações clinicas que alteram a farmacocinética e a biodisponibilidade

• Metabolismo hepático; pessoas que tem insuficiência hepática pode se intóxica


com a droga

• Disfunção hepática; se reflete da mesma forma.

• ICC (insuficiência cardíaca congestiva): os fármacos são distribuídos pelo


bombeamento cardíaco

PH Potencial hidrogeniônico

• Toda droga é um ácido fraco ou uma base fraca. E consequentemente tem a


capacidade de se ionizar.

AB A+ + B-
• Formas moleculares AB, ele é lipossolúvel, já na formula ionizada não tem
capacidade de atravessar a membrana pois se tornou hidrossolúvel.

• O Estômago apresenta caráter ácido enquanto o intestino apresenta caráter alcalino.

• Quando uma droga ácida administrada por via oral chega no estômago suas
moléculas prevalecerão em sua forma molecular (não ionizada). E quando atingir o
intestino, prevalecerá em sua forma ionizada.

• Com uma droga alcalina acontecerá o contrário, ou seja, quando chegar no


estômago prevalecerá em sua forma ionizada, e quando atingir o intestino,
prevalecerá em sua forma molecular (não ionizada).

• A molécula de uma droga atravessará membranas de células mais fácil e


rapidamente se estiver em sua forma molecular.

• portanto, quando uma droga ácida e administrada por via oral ela começara a ser
absorvida tão logo atinja o estômago, enquanto que uma droga alcalina, apenas
quando atingir o intestino.

• Logo, fármacos ácidos são melhores absorvidos em meio ácido e fármacos básicos
são melhores absorvidos em meio básico.

Solução isotônica: meio equilibrado.

22
Solução hipotônica: meio menos concentrado.

Solução hipertônica: meio concentrado.

Superfície de absorção

• Quando comparamos o intestino com o estômago, é fácil perceber que ele é muito
maior que o estômago.

• além disso, a superfície interna do intestino apresenta vilosidades que aumentam,


ainda mais a sua superfície interna.

• portanto em relação a superfície de absorção do intestino apresenta grandes


vantagens sobre o estômago em relação a absorção de drogas.

Disponibilidade de mecanismos de transporte celular

• As células da superfície interna do intestino apresentam, em sua membrana uma


grande e variedade de proteínas transportadoras para diversos tipos de substâncias.

• isso, somada a grande superfície de absorção e o fato de ser muito vascularizado,


faz com que o intestino seja o principal órgão responsável pela absorção de drogas
administração por via oral, em nosso organismo.

• Portanto, quando administrada por via oral, a maior parte do fármaco presente no
medicamento será absorvida pelo intestino.

Tempo de esvaziamento gástrico

• O esvaziamento gástrico é um processo fisiológico adaptado ás condições digestivas


e absortivas do indíviduo que têm por finalidade a transferência do conteúdo alimentar
do estômago para o duodeno.

• Como vimos anteriormente, a maioria das drogas é absorvida em maior proporção


pelo intestino.

• Portanto, quanto mais rápido a droga atingir o intestino, mais rapidamente será
absorvida e promoverá seu efeito.

• Sabemos que a presença de alimentos no estomago retarda o tempo de


esvaziamento gástrico. Assim, o fármaco presente em um medicamento administrado
por via oral, será mais rapidamente absorvido se administrado com o estômago vazio
e com água.

23
Solubilidade da droga

• Quando a solubilidade de uma substância, podemos classificá-la em hidrossolúvel


(solúvel em água), ou lipossolúvel (solúvel em gordura).

• A membrana de nossas células e constituída em maior parte por lipídios e proteínas


(lipoproteíca).

• Assim, quanto maior a lipossolubilidade de uma droga, mais, facilmente ela


atravessará a membrana de células (difusão simples) e mias rapidamente será
absorvida.

Ordem de solubilidade; solução, suspensão ou pó, cápsulas, comprimidos.

Características farmacotécnicas do medicamento

Para que o fármaco de um comprimido, por exemplo, seja absorvido pelo (TGI), é
preciso que ele se dissolva no líquido do TGI, e libere o fármaco.

Se um comprimido for mal fabricado e não se dissolver adequadamente, o fármaco


não ficara disponível para ser absorvido.

Portanto a qualidade de um medicamento pode interferir na absorção do fármaco.


Além disso, há uma pequena diferença no tempo de absorção entre as diferentes
formas farmacêuticas disponíveis para administração oral, que obedece a seguinte
ordem;

• solução, suspensão ou pó, cápsulas, comprimidos.

7. DISTRIBUIÇAO DE DROGAS
Distribuição e o processo pelo qual as moléculas da droga presentes na corrente
sanguínea é transportada para os diferentes tecidos do corpo.

7.1 Fatores que interferem na distribuição de drogas


Ligação as proteína plasmática

Perfusão sanguínea

Diferenças regionais de Ph

Solubilidade da droga

Barreira hemato encefálica

24
• Ligação as proteína plasmática

Devido a hidrofilicidade sanguínea, nem todos os fármacos são transportados


livremente através do mesmo. Ou seja apenas os fármacos que são solúveis são
transportados sem precisar de um transportador.

Visto isso alguns necesssitam estarem ligados a proteínas que carreiam estes
compostos, como fármacos lipofílicos.

Existe Duas formas de transporte sanguíneo, forma livre e conjugada.

Fármacos transportados livremente : são hidrofílicos.

Forma Conjugada são hidrofóbicos ; associação dos fármacos com as proteínas,


que tem dois tipos alfa- glicoproteina ácida e albumina.

Os fármacos que são básicos se conjuga com a Alfa - glicoproteína ácida. Já os


fármacos ácidos, se conjuga com a albumina.

A ligação dos fármacos com as proteínas plasmáticas são reversíveis, o que permite a
dissociação do complexo fármaco / proteína.

Fármaco se liga com proteínas do sangue e as que não se liga, saem da corrente
sanguínea e intoxicando o paciente.

No sangue, alem dos diversos tipos de células, há alguns tipos de proteínas (proteínas
plasmáticas).

Quando as moléculas de uma droga atinge a corrente sanguínea, algumas ligam-se a


essas proteínas, constituindo a fração conjugada da droga no sangue, e outras ficam
livres (fração livre da droga no sangue).

Apenas moléculas da fração livre são distribuídas, ou seja, saem da corrente


sanguínea para os tecidos.

No entanto quando uma molécula de droga da fração livre sai da corrente sanguínea,
uma molécula da fração conjugada se desprende da proteína para posteriormente,
também sair.

Quando duas ou mais drogas são administradas simultaneamente, pode haver


competição pelas mesmas proteínas plasmáticas e causar um aumento na fração livre
dessas drogas, e consequentemente provocar uma intoxicação

25
As proteínas plasmáticas mais comumente envolvidas na distribuição de drogas são a
albumina e as globulinas.

• Barreira hematoencefálica (BHE)

Os vasos sanguíneos são revestidos internamente por uma camada de células


denominadas endotélio

O endotélio dos vasos periféricos apresentam pequenas falhas (espaços) entre suas
células denominadas fenestrações que facilitam a distribuição de drogas para os
tecidos periféricos

Os vasos sanguíneos que perfundem (irrigam) o sistema nervoso central (snc), não
apresentam tais fenestações.

A ausência de fenestrações nesses vasos é o que constituí o que denominamos


barreira hematoencefálica (BHE).

A BHE dificulta a passagem de algumas drogas para o snc.

• Diferenças regionais de Ph

• Ph igual forma molecular

Ácido + ácido= forma molecular.

• Ph diferente forma ionizada

Ácido + base = forma ionizada.

Há diferenças de ph entre os diversos tecidos do nosso corpo, vimos que as moléculas


de uma droga apresenta comportamento diferentes de acordo com o Ph do meio onde
ela se encontra.

Sendo assim drogas de caráter ácido ionizadas em meio alcalino e não-ionizada em


em meio ácido, enquanto que drogas alcalinas ficam ionizadas em meio ácido e não
ionizadas em meio alcalino, portanto, drogas ácidas tendem a se acumular em tecidos
alcalinos, enquanto drogas alcalinas tendem-se acumular-se em tecidos ácidos. Isso
acontece porque na forma ionizada a molécula da droga não atravessa a membrana
das células para retornar a corrente sanguínea.

• Solubilidade da droga

26
• Já vimos que quanto maior a lipossolubilidade de uma droga, mais fácil e
rapidamente ela atravessa membranas celulares.

• Dessa forma, uma droga muito lipossolúvel será mais amplamente distribuída pelo
organismo quando comparada a uma droga hidrossolúvel.

• Perfusão sanguínea

Fluxo de sangue varia para cada tecido do corpo, vimos que a droga atinge seu local
de ação pela corrente sanguínea. Assim, tecidos muito perfundidos, (ex: cérebro, rins,
fígado,coração, pulmão). Recebem maior concentração de drogas por unidade de
tempo, quando comparados com tecidos poucos perfurados (ex: cartilagens, ossos, e
tecidos adiposo).

Transporte tecidual

Temos dois tipos de transporte tecidual do sangue para o tecido e do tecido para o
sangue

27
Tipos de transporte; difusão simples a onde o fármaco transita livremente sobre a
membrana citoplasmática, difusão facilitada que é mediada por um carreador que vai
desloca do meio mais concentrado para o meio menos concentrado. Transporte
passivo é aquele em que não há gasto de energia durante o processo. e ativo é
aquele em que há gasto de energia durante o processo.

Difusão simples e facilitada, sai do sangue para os tecidos, já o transporte passivo e


ativo sai do tecido para o sangue.

8. Biotransformação de drogas ou metabolismo

Quando falamos de farmacos, para o organismo a maioria da fração constituinte são


considerados xenobióticos, ou seja, são produtos que não fazem parte do nosso
metabolismo ou são componentes nutricionais.

Então o organismo vai fazer de tudo para eliminar esses constituintes.

O fígado é um órgão do nosso sistema que se responsabiliza para fazer a


metabolização dos fármacos e nutrientes do nosso organismo.

Deixando eles hidrofílico para ser eliminado nos rins sendo filtrado e indo pra urina.

Biotransformação é o conjunto de reações químicas medidas por enzimas que


ocorrem com as drogas em nosso organismo, com o objetivo de interromper sua
atividade biológica e torna-lá mais hidrossolúvel para que possa ser eliminada.

Existem drogas, no entanto, que são eliminadas de forma inalterada, ou seja, não
sofrem reações de biotransformação. Antes de serem eliminados.

Além disso, há casos em que uma droga após sofrer uma reação de biotransformação,
gera um metabolito que ainda apresenta atividade biológica (tóxica ou terapêutica).
Nesses casos, é comum o metabólito também sofre reações para ser posteriormente
eliminado.

As drogas podem ser biotransfromadas em várias partes do organismo, no entanto, a


grande maioria é biotransfromada em maior proporção pelo fígado que é o principal
órgão responsável pela metabolização de substâncias em nosso organismo.

Reações de biotransformações de drogas

Existem duas fases de metabolismos dos farmacos.

28
Fase 1: ocorre a oxidação dos fármacos, oxidando algum agrupamento químico do
fármaco

As principais enzimas metabolizadoras de fármacos de fase 1, pertencem a família do


citocromo p-450.

Diferentes enzimas do citocromo p-450, oxidam diferentes fármacos.

As enzimas do citocromo p-450, oxidam principalmente, agrupamentos que contém,


carbono ou oxigênio.

Exemplos

Cyp2d

Cyp2c

Cyp3a

São elas, responsáveis pela metabolização de quase 50% dos fármacos disponíveis
na terapêutica.

2 fase: reação de conjugação do fármaco

As enzimas desta fase adicionam grupamentos para torná-los mais hidrofilícos

Tipos de enzimas

• Sulfatransferazes, que adicionam agrupamentos sulfatos na molécula.

• Udp-glicronosiltransferases, adicão de ácido glicorônico

• Glutationa-s-transferase, que adicionam glutationa no fármaco.

• N- acetiltransferase, adição do grupo acetila.

• Metiltransferase, adição de grupo metila.

Nem sempre todos os fármacos passam pelas duas fases da metabolização.

Alguns vão direto para a fase 2, de metabolização.

E alguns fármacos, por serem extremamente hidrosoluveis, são eliminados,


diretamente sem a necessidade de metabolização.

29
Porém, mesmo alguns fármacos sendo hidrofilícos, os mesmos passam pelo
metabolismo de fase 1, para serem inativados

Ou seja os fármacos são metabolizados para serem inativados, parando de fazer seu
efeito biológico.E depois serem eliminados

As reações de biotransformações são divididas em dois grupos reações de fase 1 e


reações de fase 2 (ou de conjugação).

Nas reações de fase 1 (oxidação, redução , hidrolise). A molécula da droga sofre


pequenas alterações e, muitas vezes, gera metabolitos ativos que, por sua vez, pode
sofrer outras reações de biotransformação.

Por outro lado, nas reações de fase 2 (glicoronidação, acetilação e sulfatação), é


inserido na molécula da droga uma outra estrutura química que provoca uma grande
modificação na estrutura da molécula da droga, o que geralmente interrompe sua
atividade biológica.

As principais reações de conjugação que sofrem os fármacos são: glicuronidação,


sulfatação, conjugação com o glutatião, conjugação com a glicina, acetilação e
metilação. Podemos destacar que as reações de metilação e acetilação, ao contrário
das demais, não aumenta a polaridade do metabólito, apenas contribuem para sua
bioinativação.

Podemos exemplificar algumas das reações de conjugação:

a) Conjugação com ácido glicurônico

Os agentes tóxicos absorvidos pelo organismo que possuem em sua estrutura: -OH, -
COOH, -NH2 e –SH estão sujeitos a serem conjugados pelo ácido glicurônico, por
substituição do hidrogênio.

b) Sulfatação

Conjugação com sulfato ocorre com álcoois, fenóis e aminas primárias, com reação do
substrato com o PAPS (3 – fosfoadenosina – 5 – fosfosulfato).

c) Acetilação

Aminas aromáticas são acetiladas pela acetilcoenzima A.

Uma reação que merece destaque é a reação de conjugação com o glutatião, um


tripeptídeo sulfidrílico (GSH), que promove reações inativação de eletrólitos biológicos.

30
Algumas drogas sofrem apenas reações de fase 1, outras apenas reações de fase 2.
Há drogas, ainda que primeiro sofrem reações de fase 1 e, posteriormente, reações de
fase 2, porém, nunca o contrário.

Bio - transformação

Fase onde a droga é transformada em um composto mais hidrossolúvel para a


posterior excreção.

A Bio - transformação ocorre em duas fases:

Fase 1: etapas de oxidação, redução e hidrólise;

Fase 2: conjugação com o ácido glicurônico.

A fase 1 não é um processo obrigatório, variando de droga para droga é diferente da


fase 2, obrigatória a todas as drogas. O fígado é o órgão que prepara a droga para a
excreção. Essa é a fase que prepara a droga para a excreção.

Fatores que interferem na biotransfromação de drogas

• Idade

• indutor enzimático

• inibidor enzimático

• Idiossicrasia

Idade; a função dos vários órgãos do organismo varia com a idade, inclusive com o
fígado.

Por isso, existem drogas que são contra- indicadas em pediatria, sobretudo a recém-
nascidos e, deverão ter sua dosagem ajustada.

Isso acontece porque o fígado da criança ainda não produz enzimas necessárias para
biotransformação da droga, ou a produz, mas em concentrações pequenas,
comparado a um adulto.

O mesmo acontece com pacientes idosos mas nesse caso é porque o fígado já não
produz a mesma capacidade enzimática de antes.

Em ambos os casos, se a droga contra – indicada for administrada, está se acumulará


no organismo do paciente e poderá causar uma intoxicação.

31
Indutor enzimático;

As reações de oxidação são muito impotantes porque a maioria das drogas sofrem
oxidação durante a sua biotransformação

As reações de oxidação que ocorrem no fígado são mediadas por um conjunto de


enzimas denominado complexo enzimático do citocromo P-450.

As enzimas desse complexo podem sofrer interferências de diversas drogas.

Algumas drogas (ex: álcool crônico, fenobarbital, rifampicina), tem a propriedade de


estimular.

Essas drogas são conhecidas por serem indutores enzimáticos, se um paciente que
faz uso de um indutor enzimático, usar outra droga simultaneamente, pode ocorrer
dessa segunda droga ser biotransformada mais rapidamente, e ocorre falha
terapêutica , ou seja, a segunda droga não promoverá seu efeito.

Inibidor enzimático;

Existem drogas que apresentam a propriedade de inibir a produção de enzimas do


citocromo p-450, (ex: cimetidina, cetoconazol).

Caso um paciente que esteja fazendo uso de uma droga com essa propriedade (um
inibidor enzimático) venha utilizar outra droga simultâneamente pode ocorre dessa
segunda droga não ser biotransformada de forma adequada, sendo acumulada no
organismo e promover uma intoxicação.

Idiossincrasia;

Em farmacologia idiossincrasia é um fenômeno no qual o paciente apresenta uma


resposta a uma determinada droga diferente daquela observada na maioria das
pessoas

Isso pode ocorrer porque o paciente produz uma quantidade de enzimas para
biotransformar aquela droga diferente da maioria das pessoas.

Por outro lado, se o paciente não produz, ou produz as enzimas em menor


quantidade, a droga não será biotransformada, se acumulará no organismo e poderá
causar uma intoxicação.

32
9. Excreção ou eliminação de drogas
É a etapa farmacocinética na qual a droga e/ou seus metabolitos são eliminados do
organismo

A excreção de drogas pode ocorrer por diversas vias (ex: leite materno, suor, saliva,
lágrimas, ar exalado, urina e fezes. Mas as duas principais vias de excreção são a
urina e as fezes.

O néfron é a unidade básica funcional e estrutural do rim Essa estrutura funciona


filtrando o sangue, reabsorvendo nutrientes e excretando excesso de água e resíduos
como urina.

Esse filtrado contém água, ureia, vitaminas, aminoácidos, ácido úrico, sais, etc. sendo
composto pelo glomérulo, cápsula de Bowman, túbulo contorcido proximal (TCP), alça
de Henle, túbulo contorcido distal (TCD), túbulo coletor cortical e ducto coletor.

• Túbulo contorcido proximal: região onde ocorre a reabsorção de íons, água e


nutrientes do filtrado glomerular no processo de formação da urina;

• Alça néfrica (alça de Henle): região onde ocorre a reabsorção de água do filtrado.
Essa região possui inúmeros canais formados por proteínas, que tornam o local
permeável à água.

33
• Túbulo contorcido distal: região que regula o pH e a concentração de K+ (potássio) e
de NaCl (cloreto de sódio) no organismo. é a onde ocorre a excreção de algumas
substâncias tóxicas São exemplos dessas excretas o ácido úrico e a amônia. Por fim,
a urina é liberada no ducto coletor e encaminhada para os ureteres.

9.1 Excreção renal


A maioria das drogas é excretado na urina, nesse caso, a droga e seus metabólitos
encontrados na corrente sanguínea são filtrados pelos rins e atingem os túbulos
renais.

A filtração renal envolve 3 etapas filtração glomerular, secreção tubular e reabsorção


tubular.

9.2 Filtração glomerular


A primeira etapa da filtração renal é a filtração glomerular que ocorre na cápsula de
bowman. Na filtração glomerular, o sangue é filtrado por diferença de pressão entre o
sangue e o filtrado (líquido presente no interior do túbulo).

A pressão com que o sangue atinge o glomérulo é responsável pela transferência de


algumas moléculas de fármacos presentes no sangue para o interior do túbulo.

Nesse processo são filtrados moléculas de baixo peso molecular, e aquelas que estão
presentes na fração livre no sangue.

As moléculas que são excretadas por filtração glomerular, podem ser eliminadas por
secreção tubular.

9.3 Secreção Tubular


A secreção tubular ocorre em 3 porções do túbulo renal (túbulo contorcido proximal,
alça de henle e túbulo contorcido distal), e é mediada por proteínas transportadoras
localizadas nas células que revestem internamente o túbulo renal e os vasos
sanguíneos.

A maioria das drogas excretadas através da urina são filtradas por secreção tubular.

9.4 Reabsorção tubular


Algumas moléculas de fármacos ou de seus metabólitos podem ser reabsorvidos na
última porção do túbulo (túbulo coletor).

Como o filtrado encontrado no túbulo coletor apresenta carácter ácido, drogas ácidas
permanecerão em sua forma molecular e podem voltar para a corrente sanguínea.

34
Se quizermos acelerar a excreção renal de drogas ácidas, podemos alcalinizar a urina
administrando-se uma solução de bicarbonato de sódio, por via intravenosa no
paciente, na urina alcalinizada a droga ácida, prevalecerá em sua forma ionizada e
será excretada

9.5 Excreção fecal e reciclagem hepato - biliar- fecal.


Algumas drogas, após serem biotransformadas pelo fígado, sobretudo aquelas que
sofrem reações de segunda fase, são armazenadas na vesícula biliar e,
posteriormente, lançados no intestino para serem excretados nas fezes.

Em alguns casos, drogas que sofreram reações de conjugação ao, atingirem o


intestino, sofrem ação das bactérias da flora intestinal que quebram a ligação da droga
com o conjugado, liberando a droga que poderá ser reabsorvido pelo organismo e
continuara promovendo seus efeitos no organismo, ou seja, a droga é reciclada,
(reciclagem hepato – biliar – fecal).

O uso de antibacterianos pode destruir essa flora intestinal prejudicando a reabsorção


da droga e, consequentemente, diminuindo sua eficácia.

9.6 Modelos de ação dos fármacos


Os fármacos desencadeiam efeitos biológico ou simplesmente químicos. Cada um
possui um modelo específico.

Ou seja todos os fármacos que estão presentes na terapêutica ou eles vão


desencadeia, efeitos biológicos ou químicos.

9.6.1 Efeito biológico: é quando um fármaco se liga a um dado receptor ou enzima e


modifica sua função.

Os efeitos podem ser tanto de inibição como ativação de vias bioquímicas celulares.

9.6.2 Efeito químico: são efeitos provenientes de reações químicas que neutralizam,
ativam ou modificam a ação de moléculas no organismo

Nessa ocasião não tem - se ligação com macromoléculas, todo e qualquer fármaco
que não se liga á macro moléculas, ele vai desencadeia um efeito químico.

10. Introdução ao sistema nervoso autônomo


o SN autônomo se divide em duas porções, SN simpático e SN parassimpático, que se
distinguem segundo critérios anatômicos, farmacológicos e fisiológicos.

35
10.1 Farmacológica
Quanto às diferenças farmacológicas, ou seja, quanto a ação da droga. Existem
drogas (adrenalina e noradrenalina) que imitam a ação do SN simpático, são
denominadas simpaticomiméticas e vão estimular.

•Antagonista

Existem drogas (acetilcolina) que imitam a ação do S.N. Parassimpático, são


denominadas parassimpaticomiméticas e vão inibir.

• Agonista

10.2 Quanto às diferenças fisiológicas


No simpático encontramos um neurônio pré-ganglionar curto e um pós-ganglionar
longo, enquanto que no parassimpático ocorre o inverso;

• Em ambos, o mediador químico da sinapse pré-ganglionar é a acetilcolina, porém, o


mediador químico do neurônio pós-ganglionar é a adrenalina no simpático e a
acetilcolina no parassimpático.

Sistema nervoso parassimpático está relacionado com osistema crânio-caudal, onde


se localiza o neurônio pré-ganglionar. O neurônio pré-ganglionar esta localizado na
medula espinhal onde saem as fibras pré-ganglionares que acabam por fazer sinapse
com o gânglio parassimpático que esta muito próximo ou na própria víscera a ser
inervada. Fibra pré-ganglionar: longa. Fibra pós-ganglionar: curta. O neurotransmissor
é acetilcolina.

Sistema nervoso autônomo simpático: atua nas respostas às situações de


emergência ou estresse, alertando o organismo. É o de maior gasto energético.

Sua ação pode acelerar os batimentos cardíacos, dilatar as pupilas e diminuir o


peristaltismo do intestino. Para imaginar seu mecanismo, considere um veado, que é a
presa, avistando uma onça, sua predadora. Ao avistá-la, seu sistema autônomo entra
em ação e estimula na glândula suprarrenal a produção do hormônio adrenalina, que
atua no preparo do seu corpo para a fuga.

Sistema nervoso autônomo parassimpático: coordena as atividades dos órgãos em


situações de rotina e quando cessa o perigo após a atuação do sistema nervoso
simpático. Nesse sentido, pode-se inferir que a ação de ambos os sistemas é
antagônica.

36
37
38
11. Agonistas muscarínicos
O sistema nervoso autonomo (sistema nervoso parassimpático), a atuação final dele é
mediada pela sinalização da acetilcolina, nos receptores muscarínicos que estão
presentes em quase todos os orgãos que são inervados pelo sistema nervoso
parassimpático.

O sistema nervoso parassimpático tem a distribuição cranio sacral que vai ter um
neurônio pré-ganglionar que vai emergir, seja da parte craniana ou da parte sacral. E
vai sinalizar para um neurônio pós-ganglionar presente num ganglio autonomo.

Esse neurônio, pós-ganglionar ele tem um receptor de acth, chamado de receptor


nicotinico, o receptor nicotínico vai ser estimulado pela acetilcolina e esse neurônio vai
ter uma resposta final no tecido que ele inerva liberando acetilcolina, pra essa
acetilcolina ligar nos receptores muscarínicos e desempenhar seu efeito fisiológico no
organismo

Obs: acetilcolinesterases, ela é capaz de degradar a acetilcolina separando o


agrupamento acetil da colina. Com isso ela passa a ser não mais funcional.

A acetilcolina também estimula o snc, pelos receptores muscarínicos.

Farmacologicamente falando pode-se atuar de três maneiras

1) tendo ação semelhante a acth, ou seja utilizando fármacos agonistas dos


receptores muscarínicos.

2) fármacos que bloqueia os receptores muscarínicos, ou seja fármacos antagonistas


dos receptores muscarínicos.

3) ou aumentando da concentração da acth, através de bloqueio da


acetilcolinesterases

11.1 Tipos de receptores muscarínicos


Os receptores muscarínicos todos eles são acoplados a proteina G, ou seja eles são
receptores metabotrópicos que tem um papel na sinalização intracelular aumentando
ou diminuindo a concentração de segundos mensageiros intracelulares.

a) Receptores Muscarínicos: esses receptores, além de ligarem a acetilcolina, também


reconhecem a muscarina, um alcalóide (substâncias orgânicas nitrogenadas com
características básicas), que está presente em certos cogumelos venenosos. Os

39
receptores muscarínicos apresentam baixa afinidade pela nicotina. São diferenciadas
subclasses de receptores muscarínicos: M1, M2, M3, M4 e M5.

Estimulatório

• M1, M3 e M5, são receptores acoplados a proteína g, do tipo estimulatório, que ele vai
libera 2 segundos mensageiros intracelulares, que é diacilglicerol e inositol trifosfato,
tendo sinalização para a proteína quinase c, aumento da concentração de Ca+2 na
célula e desempenha varias funções de sinalização, mais todas elas numa condição
estimulatória.

Acredita-se que as funções do M1, M3 e M5, sejam respectivamente as mesmas, isso


depende dos tecidos em que estão.

Inibitório

• M2 e M4

São receptores acoplados da proteína g, do tipo gi, ou g zero, eles tem uma função
inibitória, inibindo uma proteína chave, pra produzir a mpcíclico, na célula inibindo a
adenilato ciclase (AC) ou adenilil ciclase é uma enzima amplificadora, que
transforma ATP (adenosina trifosfato) em AMPc (adenosina monofosfato cíclico).

Inibindo a adenilato ciclase, a diminuição da concentração de mpcíclico na célula,


desempenha varias funções inibitórias.

11.2 Localização dos receptores muscarínicos


• Coração; M2 e M3, possui muito mais M2 do que M3.

• Snc M1 até M5

• Glândulas secretoras; M1 e M3 estimulatórios.

• Músculo liso; M2 e M3, tem inibitório e estimulatoria, mas possui muito mais
estimulatória

• Bexiga; M2 e M3

• Pulmões; M2 e M3

• Pâncreas; M2 e M3

• Estômago; M2 e M3

40
• Intestino; M2 e M3

11.3 Fármacos
Existem 6 agentes com atividades agonistas á acetilcolina, estimulando os receptores
muscarínicos.

• Metacolina

• Carbacol

• Betanicol

• Arecolina

• Pilocarpina

(muscarina) não utilizada na terapêutica mais foi importante para identificação dos
receptores muscarínicos.

Suscetível a acetilcolinesterase

Acetilcolina e metacolina serão degradadas pelas acetilcolinesterase.

Atividade nicotínica

Podem estimular tanto os sistema nervoso simpático e parassimpático.

Acetilcolina, metacolina e carbacol;

Obs; Pilocarpina, arecolina e betanicol não são Suscetível a acetilcolinesterase, e nem


a atividade nicotínica.

11.4 Mecanismo de ação:


Agentes agonistas vão atuar semelhante, ao agente fisiológico que atua naquele
receptor, os agonistas muscarínicos vão fazer um efeito semelhante a acetilcolina.

11.5 Farmacocinética
A absorção, distribuição eliminação dos agonistas muscarínicos pode ser predito pelas
suas estruturas químicas.

Metacolina, carbacol e betanicol; possui uma amina quartenária em sua estrutura


química, esse nitrogênio é carregado positivamente se tornando hidrossolúveis,
prejudicando a sua absorção pela via oral, tendo dificuldade de passar as membranas

41
citoplasmáticas das microvilosidades do intestino, sendo também tendo um tempo de
meia vida muito curto sendo eliminados muito rápidos.

11.6 Intoxicação: em caso de intoxicação administrar vitamina C, para adificação da


urina, eliminando eles ainda mais rápido.

Pilocarpina e arecolina são aminas terciárias, tendo o nitrogênio da amina não


carregado, aumentando a lipossolúbilidade, tendo uma maior absorção pela via oral, e
tendo uma menor eliminação por via renal, por estar se associando as proteínas
plasmáticas.

11.7 Potencia farmacológica


Os fármacos agonistas muscarínicos podem atuar em praticamente todos os órgãos
inervados pelo sistema nervoso parassimpático.

Porém, seu uso terapêutico é mais restrito a distúrbios na bexiga olhos e pulmões.
Sendo mais utilizados como agentes inalatórios, e colírios em alguns casos como
glândulas secretoras de salivas e lágrimas.

Agonista cardiovascular Trato gástro Bexiga Olho (tópica)


intestinal

Acetilcolina ++ ++ ++ +

Metacolina +++ ++ ++ +

Carbacol + +++ +++ ++

Betanicol + +++ +++ ++

Pilocarpina + +++ +++ ++

Obs: a arecolina devido ao seu suposto potencial carcinogênico, o mesmo não entra
como opção terapêutica.

11.8 Usos terapêuticos:


Acetilcolina:

para induzir miose (contração da pupila, que pode ser fisiológica, patológica ou
terapêutica).em cirurgia oftálmica (sol. a 1%).

42
Metacolina:

Diagnóstico, da hiper-reatividade brônquica, sem asma clínica aparente (inalação).


Tendo uma broncoconstrição perdendo todo o ar, podendo morrer por asfixiação

Betanecol:

Tratamento de retenção urinária e alguns distúrbios gastrointestinais (pouco usado


atualmente).

Carbacol:

Tratamento de glaucoma e indução da miose em cirurgia oftálmica,(instilado sol, a


0,01 a 3 %).

Glaucoma é o aumento da pressão intraocular por dificuldade de humor aquoso pelo


canal de (shuelen)

Quando o carbacol é instilado no olho, o sistema nervoso parassimpático, os


receptores muscarínicos, quando estimulados eles aumentam,a drenagem do humor
aquoso, e essa drenagem do humor aquoso diminui drasticamente, a pressão
intraocular, e o carbacol faz isso, por ser um agonista muscarinícos, por isso ele é bem
utilizado no tratamento do glaucoma.

Pilocarpina:

Tratamento de xerostomia (boca seca), pós tratamento por radioterapia de cabeça e


pescoço, e glaucoma.

Cevimelina:

Utilizado para aumentar a secreção lacrimal e salivar, em pacientes com sindrome de


Sjögren é uma sindrome autoimune em que o organismo produz anticorpos para
combater células glandulares que produzem salivas e lagrimas.

Porém seu uso terapêutico é mais restrito a distúrbios na bexiga, olho e pulmão.

11.9 Efeitos adversos:


E caracterizado por um efeito, que não é o efeito desejavél, para aquele fármaco. Mas
ele pode acontecer porque determinados órgãos, possuem receptores para esses
fármaco.

43
Os principais efeitos adversos dos agonistas muscarínicos é exacerbação da via de
sinalização. Causada pela estimulação do sistema nervoso parassimpático.

Então se você sabe o que o sistema nervoso parassimpático faz naquele sistema você
saberá os efeitos adversos desses fármacos

11.9.1 Principais efeitos dessa classe de fármacos;


Sistema respiratório;

Broncoconstrição por isso ele é contra indicado para indivíduos com asma crônica e
dpoc (doença pulmonar obstrutiva crônica).

Sistema digestório;

Aumento da motilidade gástrica, transtornos como diarréia, náuseas e vômitos

é contra indicado em indivíduos com úlcera péptica e obstrução do T.G.I

Sistema cardiovascular

Bradicardia Batimentos cardíacos mais lento do que o esperado, geralmente com


menos de 60 batimentos por minuto. Hipotensão (diminuição da pressão arterial).

Contra indicado em pacientes hipotensos porque o fármaco vai aumenta mais ainda a
hipotensão, e com hipertireoidismo; pacientes que utilizaram obteve aumento de
fibrilação arterial promovendo fadiga e cansaço.

Sistema urinário

Aumento da diurese promovendo uma contração do musculo detrusor da bexiga

Contra indicado em indivíduos com obstrução urinária

A intoxicação por agonistas muscarínicos pode ser explicada através do estudo dos
efeitos da intoxicação por cogumelos do gênero Inocybe pois o cogumelo tem uma
alta concentração de muscarína.

Caracteristicas observadas;

Aumento da salivação, lacrimejamento, náuseas, vômitos, cefaléia, distúrbios visuais,


bradcardia, hipotensão e choque.

44
12. Antagonistas muscarínicos
Os antagonistas muscarínicos são os fármacos capazes de bloquearem os efeitos da
sinalização da acetilcolina nos receptores muscarínicos através da inibição do mesmo.

Ou seja todos os fármacos que tiverem uma caracteristica antagonista eles vão
bloquear os efeitos da sinalização dos receptor muscarínicos por meio de sinalização
de acetilcolina

12.1 Existem três tipos de classes de fármacos antagonistas muscarínicos


1) alcaloides naturais.

2) derivados semi-sintéticos dos alcaloides naturais.

3) derivados sintéticos.

Alcaloides naturais:

• Atropina

• Escopolamina

derivados semi-sintéticos dos alcaloides naturais;

são fármacos adulterados na sua função química, permitindo que eles fiquem mais
tempo no organismo ou seja mais dificil de ser degradado por biotransformação.

• Homatropina

• Nitrato de metilatropina

• Brometo de metilescopolamina

Derivados sintéticos:

• Pirenzepina

• Ipratrópio

• Tiotrópio

• Tolterodina

45
12.2 Mecanismo de ação
Vão se ligar nos receptores muscarínicos impedindo que a acetilcolina se ligue no
receptor para desencadeiar seu efeito.

Obs; em muitas ocasiões, os efeitos dos antagonistas muscarínicos podem apresentar


efeitos paradoxais, (efeitos derivados a ação agonista).

12.3 Ação terapêutica;


Os antagonistas muscarínicos, são usados principalmente para diminuir a atividade
parassimpática nos trato urinário, respiratório, gastro intestinal, olhos, coração e snc.

Ou seja os antagonistas muscarínicos vão tratar disturbios que são causados pela
estimulação execiva, desses receptores muscarínicos, ou tratar disturbios que quando
se bloqueia esses receptores se tem uma resposta contraria daquele distúrbio que
está acontecendo

Por mais que esses fármacos em dose terapêuticas sejam seguros, a incidência de
efeitos colaterias geralmente limita seu uso. Como boca seca e a má deglutinação

Trato respiratório:

• Tiotrópio

• Ipratrópio

São indicados para pacientes com dpoc

Causando o aumento da musculatura lisa que envolve os brônquios, aumento da


secreção de muco por células glandulares que ficam nas árvores brônquicas, e
hipertrofia dos brônquilos e dos brônquios que vai limitar a passagem do ar.

Quando utilizamos agonistas muscarínicos vamos reverter 3 condições que é


observada na dpoc

1) diminuição da força da contração da musculatura lisa.

2) diminuição da produção de muco

3) pode causar atrofia das células que revestem os brônquios com uso mais crônico
Aumentando a capacidade respiratória de indivíduos com dpoc

Trato urinário:

• Tolterodina
46
• Oxibutinina

• Fesoterodina

São utilizados para tratar hiperatividade vesical, que é o aumento da contração da


bexiga, e da atividade vesical, fazendo com que o indivíduo, urine.

Com isso pode se utilizar fármacos dessa classe para diminuir a vontade de urina
principalmente em crianças que urina na cama a noite diminuindo, a hiperatividade
vesical diminuindo a contração da bexiga, e diminuição da pressão intravesical e
diminuição de sensação de enchimento da bexiga.

Trato gastrointestinal:

• Pirenzepina

é utilzado para tratamento de úlceras pépticas

Bloqueando os receptores muscarínicos, diminuindo a motilidade gástrica diminuindo a


secreção de Hcl, aumentando a capacidade de cicatrização das úlceras pépticas

Efeitos adversos:

xerostomia, dificuldade de deglutição e perda da visão do tipo falta de concentração


em um determinado ponto.

Fotofobia, por conta da midriase (dilatação da pupila) com dificuldade de enxergar com
alta luminosidade

Olhos:

• Homoatropina

• Tropicamida

Eles causam midríase (dilatação da pupila), e cicloplegia que é o banimento completo


dos movimentos dos olhos, ou seja os movimentos dos olhos ficam de uma forma
estática não se movimentando, isso pode ajudar a permitir a avaliação precisão de
erros de refração do olho, para posteriormente corrigir com cirurgia

Obs: costuma-se utilizar homotropina e tropicamida, ao invés de atropina e


escopolamina. pois esses fármacos tem um tempo de meia vida extremamente curto

47
quando utilizados na forma de colírios seu tempo de meia vida é de 2 a 3h no
organismo.

Coração:

• Atropina

Tratamento inicial de infarto agudo do miocardio, causando bloqueio átrio ventricular e


bradcardia sinuzal

O bloqueio dos receptores muscarínicos no coração vai aumentar a frequência,


cardíaca pra suprir a demanda de oxigênio, no tecido cardíaco.

Obs: se utilizar a atropina numa concentração muito baixa vai apresentar os efeitos
paradoxais, tendo a inibição dos receptores pré - sinaptícos lá nos neurônios pós-
ganglionares.

Permitindo a liberação de acetilcolina, pra sinalizar nos receptores pós sinaptícos,


aumentando cada vez mais a bradcardia.

Mais em concentrações alta, pode aumentar muito a ataque cardia. Diminuindo a


oxigenação do tecido causando hipóxia.

Sistema nervoso central:

• Escopolamina

Utilizada em indivíduos com cinetose (emese vontade de vômitar, náuseas)


eprevenção e efeitos extrapiramidais que são diversos transtornos do movimento, o
principal é conhecido como discinesia tardia (movimentos musculares irregulares e
involuntários, geralmente na face).

Atravesa a barreira hemato encefálica

Em alguns casos pode-se utilizar a atropina para reduzir os reflexos vagais induzidos
pela manipulação cirurgica dos órgãos viscerais.

Ou seja diminui a crise de vômitos na hora da cirurgia de estômago e intestino.

Assim como os agonistas muscarínicos, os antagonistas muscarínicos irão


afetar todas os órgãos que são inervados pelo snp

48
Desta forma, podemos predizer os efeitos adversos destes fármacos, sabendo
o que ocorre quando há inibição dos receptores muscarínicos.

12.4 Efeitos adversos


Órgãos e sistemas afetados

• Coração

• Circulação

• Sistema respiratório

• Olhos

• T.G.I

• Glândulas

• Trato urinário

• Snc

Coração:

Alteração da frequência cardíaca (taquicardia ou bradcardia).

Circulação:

A atropina em doses tóxicas, pode promover a dilatação de vasos cutâneos.

Sistema respiratório:

Broncodilatação, diminuição das secreções broncotraquiais.

Olhos:

Midriase (dilatação da pupila), fotofobia e turvação da visão para com objetos


próximos.

Trato gastrointestinal:

Efeito antiespasmódico e inibição da motilidade do estômago tendo problemas


para digerir os alimentos

49
Glândulas:

Inibição da produção de saliva e produção de suor

Trato urinário:

Diminuição do tônus normal e amplitude da bexiga e dos ureteres

Snc:

• escopolamina causa; sono, amnésia e euforia

• Atropina; Irritabilidade, desorientação, alucinação ou delírios e coma

Os efeitos tóxicos causados pelos antagonistas muscarínicos apresentam


manifestações clínicas específicas facilmente observáveis.

O tratamento da infecção é sintomático. Pode-se utilizar fisostigmida para


confirmação da intoxicação por atropina.

Se houver excitação extrema, e não for possível tratamento mais específico,


utilizar benzodiazepínico, para evitar crises convulsivas.

13. Agentes anticolinesterásicos ação terapêutica


Os fármacos anticolinesterásicos aumentarão a concentração de acetilcolina,
Em todos os lugares no qual este neurotransmissor sinaliza.

Logo, distúrbios causados pela baixa concentração de acetilcolina são


prerrogativas terapêuticas para o uso desses fármacos.

Ou seja, esses fármacos devem ser utilizado em condições, onde a


concentração de acetilcolina é baixa. e também pode ser utilizada em
condições que existem problemas da quantidade de receptores de
acetilcolina. Seja receptores muscarínicos ou nicotínicos. Mas, o mais comum
é nicotínico.

13.1 Ação terapêutica:


Quatro distúrbios podem ser tratados com o uso de agentes
anticolinesterásicos, sendo:

50
• Atonia do músculo liso da bexiga

• Miastenia graves

• Glaucoma de ângulo aberto

• Alzheimer

Atonia do músculo liso da bexiga:

a falta de força de contratação da musculatura lisa da bexiga dificulta a


micção.

Então se a musculatura lisa que envolve a bexiga, não conseguir contrair, de


maneira adequada o indivíduo não consegue urinar, tendo um problema de
retenção urinária.

A sinalização dos receptores muscarínicos na musculatura lisa da bexiga,


estimula a sua contração.

Ou seja os agentes anticolinesterásicos vão permitir que a musculatura lisa da


bexiga seja sinalizada, para que promova contração, para expelir a urina, e
diminuir os sintomas da retenção urinária.

Fármaco

• Fármaco utilizado para tratamento é a Neostigmina

Miastenia graves:

É uma doença auto-imune caracterizada pela destruição dos receptores


nicotínicos na junção neuromuscular, acarretando em fraqueza muscular.

Diagnóstico: edofrônio

Ele Aumenta a força de contração após 45 segundos, sem fascículação lingual


(contração involuntária da língua)

Tratamento

Piridostigmina ou Neostigmina, aumenta a força de contração por um


período de 2 a 6 horas.

51
Glaucoma de ângulo aberto:

Caracteriza - se pelo aumento da pressão intra ocular devido a baixa drenagem


do humor aquoso. isso é um evento crônico e progressivo. Se não tratar pode
ficar cego.

Fármaco

• Fisostigmina

A estimulação muscarínica no olho aumenta, A drenagem de humor aquoso.


Aumentando essa drenagem a pressão intra ocular, ela vai diminuir.

Alzheimer:

É observada nessa doença a diminuição de neurônios Colinérgicos, em áreas


subcorticais do cérebro, e está incidência é fortemente correlacionavél com
surgimento de demência.

Ou seja perda da cognitiva do indivíduo. Os agentes anticolinesterásicos pode


retarda esse efeito, pois a acetilcolina presentes nas áreas subcorticais vai se
manter por mais tempo.

Tratamento:

•Tacrina, Donezepila e Rivastigmina, o aumento da acetilcolina nestes locais,


retardam o surgimento da demência.

Obs: Esses três fármacos tem um grande potencial para atravessar a barreira
hemato encefálica atuando no snc.

13.2 Efeitos observados e adversos dos agentes anticolinesterásicos


O uso dos fármacos anticolinesterásicos, aumentarão a concentração de acetilcolina
Em todos os lugares de sinalização da mesma.

Efeitos observados

1) estimular dos receptores muscarínicos nos órgãos efetores, porque a


concentração de acetilcolina vai aumentar.

52
2) estimulação seguida de depressão ou paralisação dos gânglios autônomos
e músculos esquelético.

3) estimulação com depressão ocasional, em locais do snc, que possuem os


receptores Colinérgicos.

Efeitos adversos

Os principais sistemas afetados pelos agentes anticolinesterásicos são:

• Olhos

• T.G. I

• Bexiga

•Sistema cardiovascular

• Glândulas

• Pulmões

Olho:

miose (contração da pupila), hiperemia (olhos vermelhos), bloqueio do reflexo


de acomodação que seria um bloqueio da focalização do olho para com
objetos. Ou seja é mais fácil observar objetos de perto do que de longe.

T.G.I :

aumento de secreção de Hcl, por isso é contra indicado para pacientes que
tem úlceras pépticas

Bexiga:

Aumento da sensação de bexiga cheia

Contra indicado para indivíduos com enurese (falta de controle para urinar).

Sistema cardiovascular

Bradicardia e quebra do débito cardíaco (diminuição da pressão arterial).

53
Obs: contra indicado para pessoas com problemas de pressão arterial.

Glândulas sudoríparas e salivares;

Aumento da sensação

Pulmões:

Aumento das secreções traqueobrônquicas

Contra indicado para pacientes com asma

13.3 Toxicologia dos anticolinesterásicos


Os compostos Organofosforados, são os compostos tóxicos dos agentes
anticolinesterásicos.

Aplicações:

Inseticida e agente pesticida utilizado em plantações, e utilizado como armas


químicas na segunda guerra mundial. Que são eles:

• Tabum, sarin e soman.

Os efeitos dos organofosforados podem predizer os efeitos tóxicos dos agentes


anticolinesterásicos utilizados na terapêutica. Porque os agentes
organofosforados, eles são os que apresentam maior efeito tóxicos, por isso
não são utilizados na terapêutica.

A capacidade tóxica que esses agentes apresentam pode - se extrapolar para


os agentes anticolinesterásicos utilizados na terapêutica. Só que em menor
grau, pois eles são Inibidores reversíveis durando menos tempo do que os
organofosforados.

13.4 Tipos de envenenamento por Organofosforados


Ocupacional: é quando o indivíduo se intoxica trabalhando com esse agente
organofosforado ex: plantações, sendo intoxicada pelas vias dérmicas e
pulmonares

Não ocupacional: é quando o indivíduo tenta se suicidar.

Sintomas da intoxicação

54
A velocidade na ação tóxica no organismo pode ser;

• Início rápido: através de aerossóis que vai acontecer através de vias aéreas,
olhos e peles.

Início rápido sintomas

Quando ocorre envenenamento, causa hiperestimulação do sistema nervoso


para simpático.

Miose ocular, dor no supercílio, rinoreia (escorrimento nasal), hiperemia das


vias aéreas superiores, broncoconstrição, aumento da secreção
traqueobrônquica.

• Início tardio: através de líquidos ou sólidos administração através de via oral.

Cada uma dessas vias apresentam sintomas diferentes por decorrência da


área da qual este composto foi absorvido.

Início tardio

Anorexia (perda do apetite), náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarréia.


Além dos sintomas descritos, podem ocorrer sintomas também nas junções
neuromusculares e snc.

A inibição da acetilColinesterases vai promover o acúmulo da acetilcolina e


isso pode sinalizar tanto nos receptores, nicotínicos e muscarínicos.

Nas junções neuromusculares tem predominância de receptores nicotínicos.


Então acumulando acetilcolina, isso vai ter um efeito nas junções
neuromusculares.

Obs; Uma junção neuromuscular (ou junção mioneural) é ajunção entre a


parte terminal de um axónio motor com uma placa motora (ou
sinapse neuromuscular), que é a região da membrana plasmática de uma
fibra muscular (o sarcolema) onde se dá o encontro entre o nervo e o músculo
permitindo desencadear a contração muscular.

Placa motora

55
A placa motora é a região da
membrana plasmática de uma
fibra muscular (o sarcolema) onde
se da o encontro entre o nervo e o
músculo permitindo desencadear
a contração muscular

13.5 Sintomas da intoxicação nas junções neuromusculares:


Cansaço, fraqueza muscular, fascículações dispersar (tremores em diversos
pontos do corpo de maneira involuntária), e posteriormente ocorre a fraqueza
intensa e a paralisia muscular. Nessas condições de paralisia muscular se
ocorrer uma paralisia no diafragma ocorrerá morte do indivíduo por asfixia

13.6 Sintomas da intoxicação no sistema nervoso central:


Ataxia (movimentos desordenados), fala atrasadas, convulsões, coma e
paralisia respiratória central.

13.7 Diagnóstico e tratamento dos distúrbios causados pela intoxicação dos


agentes Organofosforados
O diagnóstico pode ser feito de duas formas o quadro sintomatológico que é
observado a hiperestimulação do sistema nervoso parassimpático e a
descordenação, cansaço, fadiga muscular.

Outro método é mensurar atividade enzimática da Colinesterases do sangue,


pois o fato de elas estarem inibidas a atividade da Colinesterases vai diminuir
drasticamente.

13.8 Tratamento
O tratamento pode ser feito de duas formas:

Atropina que são reativadores da Colinesterases.

A Atropina é um antagonista dos receptores muscarínicos revertendo os


principais efeitos dos organofosforados, nos sistema nervoso parassimpático e
snc. Porém não atua nas junções neuromusculares.

56
Por que os receptores de acetilcolina que estão presentes nas junções
neuromusculares, são os receptores nicotínicos.e a Atropina não tem
capacidade de se ligar naqueles receptores. Ele pode reverte os efeitos no
snc, porém sua dose deve ser maior. Mais que seria algo não muito bom
podendo a mesma a usar efeitos colaterais.

13.9 Reativadores das Colinesterases


São moléculas que removem os organofosforados dos sítios nos quais eles
estão ligados a acetilColinesterases.

existem dois tipos:

• Pralidoxima e obdoxima

O agrupamento do nitrogênio com a hidroxila e importante para a remoção

Dos organofosforados as acetilColinesterases

13.10 Medidas de suporte adicional


1) remover o indivíduo do local contaminado e remover todo o traje que esteja
contaminado com os organofosforados.

2) fazer manutenção das vias aéreas com aspiração endobronquica e


fornecer O2 , se necessário.

3) alívio das convulsões com administração de diazepam por via intravenosa


de 10 a 5 mg

57
13.11 Neurotoxicidade tardia

Agentes organofosforados que possuem flúor podem acarretar neurotoxicidade


tardia. Acredita - se que esses problemas são decorrente da inibição da
esterases neurotóxicas

Sintomas

Inicial: distúrbios sensoriais leves, Ataxia (descordenação motora), fraqueza,


fadiga muscular leve e redução de reflexos.

Progressão, paralisia flácida e emaciação muscular

14. Fármacos que atuantes na junção neuromuscular e gânglios


autônomos

Receptores nicotínicos:

Receptores nicotínicos está presentes em várias partes do nosso organismo e


ele é estimulado pela acetilcolina, e ele é um oligomero que contém cinco
subunidades, e essas apresentam 4 subunidades diferentes que podem ser;

Alfa = 9 isoformas

Beta = 3 isoformas

Gama = 1 isoformas

Delta = 1 isoformas

58
Tem se a mesma estrutura a mesma função mais tem sequencia de
aminoácidos diferentes.

Bloqueadores neuromusculares

Os bloqueadores neurosmusculares irão bloquear principalmente as isoformas


dos receptores nicotínicos presentes nas junções neuromuscuclares.

O que faz com que os efeitos adversos desses fármacos, sejam bem
reduzidos.

Usados para provocar paralisia muscular durante a anestesia geral;

14.1 Fármacos
Bloqueadores neuromusculares despolarizantes; eles vão promover a
diminuição da contração muscular

• Suxametônio

• Decametônio

Eles apresentam essa capacidade de despolarizante, por conta da sua


estrutura química linear, que permite a rotação dos agrupamentos químicos,
por ser ligação simples, tem-se, um movimento mais livre, e por ter esses
movimentos, vai ter semelhança a acetilcolina, que sinaliza lá no receptor
muscarínico.

Bloqueadores neuromosculares competitivos benzilisoquinolínicos; que


são:

• tubocurarina.

• atracúrio.

Bloqueadores neuromusculares competitivos aminoesteróides:

• Vecurônio

• Vocurônio

Bloqueadores neuromusculares competitivos clorofumarato

59
• Gantacúrio que é derivado do clorofumarato.

14.2 Mecanismo de ação dos bloqueadores neuromuscular competitivos e


despolarizantes
Mecanismo de ação dos bloqueadores neuromuscular competitivos

Esses fármacos que são inibidores competitivos, vão se ligar reversivelmente, nos
receptores nicotínicos, e vão competir com a acetilcolina. Porém eles vão promover
um efeito antagônico ao efeito da acetilcolina. Eles vão bloquear os receptores
nicotínicos. Bloqueando esses receptores, não vai ocorrer a despolarização da placa
motora, e ai não vai promover a contração da musculatura. Então esse músculo vai
permanecer relaxado.

Mecanismo de ação dos bloqueadores neuromuscular despolarizantes

Os fármacos vão se ligar nos receptores nicotínicos e vão ativar esses receptores
assim como a acetilcolina faz, podendo dizer que eles são um agonista desses
receptores, porém eles vão ter um tempo de meia vida muito alto, promovendo uma
ativação duradora. A musculatura vai despolariza vai ter um potencial de placa motora
e o músculo vai contrair.

Porém conforme esses receptores nicotínicos ficam aberto por muito tempo, a taxa de
repolarização fica prejudicada. Ou seja, o músculo tem uma dificuldade para
repolarizar, e ai promovendo essa sinalização continua, no receptor nicotínico vai ter
um abalo na junção neuromuscular tendo um bloqueio da contração, esse bloqueio da
contração é por não permitir a polarização. Tendo contrações rápidas, até dar paralisia
flácida.

14.3 Vias de absorção


Via oral;

Baixa absorção

Via intra muscular;

100% de absorção e distribuição lenta.

Via intravenosa;

Absorção de 100 % inicio de ação muito rápida

60
14.4 Distribuição e metabolismo
• Tubocurarina

• Pancurônio (tempo de meia vida longo).

bloqueio reduzido após 30 minutos da primeira adiministração. Administração


repetitivas causam acumulo dos fármacos

• Aminoesteróides (duração intermediária).

os agrupamentos ésteres são hidrolisados no fígado, tendo o metabolito gerado


atividade inferior ao composto original.

• Atracúrio (duração intermediária).

Pode ser degradado por esterases plasmáticas ou hidrólise espontânea. Boa escolha
em pacientes com função renal reduzida.

• Suxametônio (duração curta).

Degradado por acetilcolinesterases plasmáticas (butirilcolinestrases), tendo


meia vida curta

• Gantacúrio (duração ultra curta).

Tem duração curta, pois sofre degradação química de duas formas:

1) adução rápida de cisteína. Cisteína se liga ao gantacúrio, promovendo a


degradação.

2) hidrolise lenta da ligação ester adjacente ao cloro.

Obs: são degradações químicas que não envolvem degradação enzimáticas,


só de estar em solução. Já faz com que sofra degradação.

Tempo de duração extremamente curta 5 minutos.

Perfil de escolha do fármaco neuromusculares

Bloqueadores neuromusculares causam problemas cardiovasculares,


insuficiência renal e hepática deve se ter cuidados ao administrá-los. Levando
em consideração Tempo de ação e Dose empregada

61
14.5 Principais usos terapêuticos
• Relaxamento muscular

Usado como adjunvante em anestesias cirúrgicas e manipulação ortopédica


para facilitar correções de luxações e fraturas

• Prevenção de traumatismo por tratamento de eletro-choque

Eletro-choque tratamento de indivíduos que tem distúrbios psicológicos, e


geralmente o eletro-choque pode causar crises convulsivas.

utilizados conjuntamente com barbitúratos de ação curta exemplo o tiopental


para impedir crises convulsivas induzidas pela terapia. Evitando lesões
traumáticas. Pois os barbitúratos,vai jogar mais cloreto para a célula causando
um relaxamento muscular

• Controle da rigidez muscular e espasmos.

Toxina botulínica

Vai atuar no bloqueio da liberação de acetilcolina nas fendas pré-sinapticas.

Tendo diminuição da contração muscular.

Dantroleno

Vai bloquear a liberação de cálcio no reticulo sarcoplasmático, por atuar


bloqueando a ação do receptor de renodina. Que vai permitir a liberação do
cálcio do reticulo sarcoplasmático para o sarcoplasma.

Isso vai causar um relaxamento muscular diminuindo a rigidez.

Obs: Como os bloqueadores neuromusculares de ação periférica são


amplamente administrados por via intravenosa e serem muito perigosos.
Somente um anestesista ou outro médico que recebeu treinamento
especializado pode administrar estes fármacos

14.6 Toxicologia
Inibidores competitivos

62
O sódio entra pelos receptores nicotínicos, quando se tem uma estimulação
pela acetilcolina, os inibidores vão competir pelo mesmo sitio de ação que a
acetilcolina só que esses inibidores, vão promover o fechamento dos
receptores nicotínicos e ai o sódio não vai entrar, não tendo despolarização e
não vai ter contração muscular.

Agentes despolarizantes

Já nos agentes despolarizantes, eles vão se ligar nos receptores nicotínicos e


vão ativar esses receptores e o sódio vai começa entrar, e como eles tem um
tempo de meia vida maior e uma certa resistência a degradação da
acetilcolinesterases, fazendo com que a célula se despolariza e não vai
conseguir polariza de novo. Tendo a saindo do potássio da célula.

Principais efeitos observados são

• Apneia prolongada (Diminuição da contração prolongada)

• Colapso cardiovascular;

• Aumento da liberação de histamina;

• Hipertermia maligna; doença autossomica dominante, decorrência de


mutação no receptor de rianodina, essa mutação vai fazer com que se o
individuo for exposto a anestésicos vai fazer com que o músculo se contraia de
uma forma muito brusca aumentando a temperatura do corpo

Obs: um aumento no tônus do músculo mandibular pode ser um sinal de inicio


da ocorrência da hipertermia maligna

• Hiperpotassemia; aumento de potássio no sangue caso dos fármacos


despolarizantes Suxametônio e Decametônio.

• Paralisia respiratória

Obs: um aumento no tônus do músculo mandibular pode ser um sinal de inicio


da ocorrência da hipertermia maligna

14.7 Reversão dos efeitos


• Reversão dos efeitos;

63
Situação Efeito

Bloqueadores Bloqueadores
competitivos despolarizantes

Agentes Reversão do bloqueio Nenhuma reversão


anticolinesterásico

Tubocurarina Aditivo Antagônico


administrada
previamente

Decametônio Nenhum efeito ou Taquifilaxia, mas pode


administrado antagonismo ser aditivo
previamente

Taquifilaxia; é quando se administra um mesmo fármaco diminuindo um efeito


em alguns fármacos, mais em alguns caso pode causar o aumento da
concentração.

• Reversão dos efeitos dos bloqueadores competitivos

Paralisia respiratória - administração de metilsulfato de neostigmina (0,5- 2


mg, por via intravenossa ou edrofônio (10mg via intravenossa, Máximo de
40mg)

• Reversão dos efeitos dos bloqueadores despolarizantes

Hipertermia maligna – administração intravenossa de dantroleno e medidas


paliativas (resfriamento corpóreo, administração de O2 à 100% e controle da
acidose).

15. Neurotransmissores
são substâncias químicas produzidas pelos neurônios (as células nervosas),
com a função de biossinalização. Por meio delas, podem enviar informações a

64
outras células. Podem também estimular a continuidade de um impulso ou
efetuar a reação final no órgão ou músculo alvo.

15.1 Neurotransmissores podem ser classificadas por função:


▪ Neurotransmissores excitatórios: Estes tipos de neurotransmissores
têm efeitos excitatórios sobre o neurônio; eles aumentam a
probabilidade de o neurônio disparar um potencial de ação.Alguns dos
principais neurotransmissores excitatórios incluem epinefrina e
norepinefrina.

▪ Neurotransmissores inibitórios: Estes tipos de neurotransmissores


têm efeitos inibitórios sobre o neurônio; eles diminuem a probabilidade
de o neurônio disparar um potencial de ação. Alguns dos principais
neurotransmissores inibidores incluem serotonina e GABA.

15.2 Os 6 tipos de neurotransmissores


1. Acetilcolina

2. Aminoácidos: ácido gama-aminobutírico (GABA), glicina, aspartato,


glutamato.

3. Neuropeptídeos: oxitocina, endorfina, vasopressina, etc.Monoaminas:


adrenalina, noradrenalina, histamina,

4. Dopamina e serotonina.

5. Purinas: adenosina, ATP.

6. Lipídios e gases: óxido nítrico, canabinoides.

Como identificar

A identificação real de neurotransmissores, na verdade, pode ser muito


difícil. Devido a isso, os neurocientistas têm desenvolvido uma série de
diretrizes para determinar se um produto químico deve ser chamado
de neurotransmissor ou não:

1. O produto químico deve ser produzido dentro do neurônio

2. As enzimas necessárias precursoras devem estar presentes no neurônio


65
3. Deve haver suficiente produto químico presente para realmente ter um
efeito no neurônio pós-sináptico

4. O produto químico deve ser liberado pelo neurônio pré-sináptico e o


neurônio pós-sináptico deve conter receptores a que o produto químico se
ligará

5. Tem de haver um mecanismo ou recaptação de enzima presente que inibe


a ação química

16. Fármacos atuantes nos gânglios autônomos


Estimulantes dos gânglios autônomos e Bloqueadores dos gânglios autônomos

16.1 Estimulantes dos gânglios autônomos


• Nicotina

• Lobelina

• Tetrametilamônio (TMA)

• 1,1-DimetilFenilpiperazinio (DMPP)

16.1.2 Bloqueadores dos gânglios autônomos


• Hexametônio

• Trimetafano

• Mecamilamina

16.2 Mecanismo de ação


• Mecanismo de ação dos gânglios autônomos

Como os fármacos dessa classe são como agonistas dos receptores


nicotínicos, eles vão estimular diretamente esse receptor aumentando a
resposta desencadiada por ele, tendo estimulação do sistema nervoso
simpático e parassimpático.

• Mecanismo de ação dos bloqueadores dos gânglios autônomos

66
Mesma condição porem esses bloqueadores, vão atuar inibindo e competindo
com a acetilcolina tendo uma ação antagonista. Ou pode atuar de uma maneira
despolarizante. Ativando o receptor nicotínico de uma forma prolongada,
fazendo com que o neurônio pós-ganglionar, sofre uma despolarização,
fazendo os canais de sódio se fechar, fazendo os neurônios pós–ganglionares
parar de funcionar.

16.3 Usos gerais desses fármacos


As ações terapêuticas destes fármacos são muito limitadas, sendo usados em
ocasiões muito específicas.

tendo muito mais uma ação toxicológica, do que terapêutica. Além disso, a
resposta final da ação destes fármacos tem ação muito complexa, ativando o
sistema nervoso simpático e parassimpático promovendo vários efeitos.

16.4 Principais sistemas afetados


• sistema nervoso periférico

Estimulação transitória seguida de depressão dos gânglios autônomos e


promovem a descarga de catecolaminas na medula suprarrenal.ou seja
liberando adrenalina e noradrenalina para a corrente sanguínea

• Sistema nervoso central

Dose baixa causa analgesia

Dose alta tremores e convulsões. Excitação respiratória e vômitos

• Sistema cardiovascular

Aumento da freqüência cardíaca e pressão arterial dado a estimulação das


suprarrenais, acarretando em liberação das catecolaminas.

• Trato gastrointestinal

Aumento do tônus e da atividade motora do trato gastrointestinal. Em


condições de alta dosagem, ocorrem vômitos.

• Glândulas exócrinas

67
Estimulação inicial das secreções salivares e brônquicas, seguido de inibição.

16.5 Farmacocinética da nicotina


Absorção rápida pelas mucosas, meia vida de duas horas, excreção renal feita
pelo glomérulo, pode ser excretada de duas formas de metabolitos; nicotina-1-
N-óxido e 3-hidróxinicotina.

Intoxicação aguda

Considera-se intoxicação aguda por nicotina, a exposição de uma dose de 30


até 60mg é considerado a dose letal.

16.5.1 Sintomas observados


Inicio:

Náuseas, vômitos, diarréia, sudorese fria, confusão mental, distúrbios visuais e


fraqueza. Isso por conta da hiperestimulação excessiva do sistema nervoso
central, parassimpático e simpático e da junção neuromuscular, causando um
aumento excessivo de catecolaminas na circulação desregulando todo o
sistema.

Tardio:

Queda abrupta de depressão, desmaios, insuficiência respiratória, óbito.

16.5.2 Tratamento
O principal tratamento consiste na lavagem gástrica seguida de administração
por via oral de pasta de carvão ativada para absorver a nicotina

16.6 Ação farmacológica


Existem duas classes principais;

• Agentes despolarizantes como a nicotina e o hexametônio.

• Antagonistas competitivos; trimetafano e mecamilamina.

Esses fármacos tem poucas aplicações farmacêuticas a não ser, quando não a
outra opção terapêutica

68
O uso dos bloqueadores ganglionares podem bloquear predominantemente o
tônus simpático ou parassimpático em diferentes tipos de tecidos.

Efeito no tônus parassimpático

Local Efeito

Coração Taquicardia

Iris Midriase dilatação da pupila

Músculo ciliar Cicloplegia é a paralisia do músculo


ciliar do olho, resultando na perda da
capacidade de acomodação.

T.G.I Constipação e redução de secreção

Bexiga Retenção urinária

Glândulas salivares Xerostomia boca seca

Efeitos no tônus simpático

Local Efeito

Arteríolas Vasodilatação, hipotensão

Veias Dilatação, queda no débito cardíaco

Glândulas sudoríparas Anidrose redução de suor

Obs: nos órgãos genitais, o bloqueio ganglionar acomete tanto o tônus


simpático como o parassimpático, acarretando em redução da estimulação.

16.7 Farmacocinética
Absorção

69
• hexametônio, possui Amônio quartenário e por isso possui baixa absorção.
Sendo muito ionizados e hidrossolúveis.

• Mecamilamina baixa absorção também

Esses fármacos não são bons, administrados por via oral

Distribuição

• Confinamento no espaço extracelular

Eliminação

• Renal

16.8 Principais efeitos adversos


Boca seca, distúrbios visuais, congestão conjuntival, redução da potencia
sexual, hipotensão profunda, ílio paralitico, retenção urinária.

17.Sinalização adrenérgica
O sistema nervoso simpático tem função primordial de estimulações no
organismo, que permite responder a situações de estresse (luta ou fuga).

Tem a sua origem, na região torácico lombar, e emerge os neurônios pré-


ganglionares, e eles se comunicam, não só com gânglios, podendo se
comunicar com mais de um gânglio. Esses neurônio, também são secretores
de acetilcolina, e a acetilcolina, vai sinalizar no receptor nicotínico, nos
neurônios pós - ganglionares.

Só que os neurônios pós-ganglionares conseguem fazer vários ramos, para se


comunicar com vários tecidos. E os neurônios pós-ganglionares diferentemente
dos neurônios pós ganglionares do sistema nervoso parassimpático eles vão
secreta noradrenalina ou norepinefrina no tecido. E a estimulação e via
receptores adrenérgicos, tem - se dois tipos alfa e beta.

70
Figura 1 Ne = Noradrenalina / Norepinefrina

Sistema nervoso parassimpático. Têm a sua origem lá na medula, na porção


crânio sacral. E de lá vão emergir, os neurônios pré - ganglionares, possuem
um axônio bem grande, esses neurônios pré- ganglionares são secretores de
acetilcolina.

Essa acetilcolina vai ser secretada em uma porção, chamada gânglio que vai
interagir, com neurônios que tem receptores nicotínicos. Vai estimular os
neurônios pós ganglionares, que também vai secreta acetilcolina diretamente
nos tecidos. Ai no tecido, tem os receptores muscarínicos que são os
receptores que desencadeiam a resposta do sistema nervoso parassimpático
no tecido.

Obs. A sinalização dos receptores muscarínicos desempenha uma função


específica no organismo, uma função mais basal do corpo. já o sistema
nervoso simpático via sinalização adrenérgica tem uma função mais
importante. De ativar o organismo, numa situação de estresse ou fuga.

17.1 Tipos de receptores adrenérgicos

71
• a1

• a2

• B1

• B2

• B3

Todos os receptores adrenérgicos, são receptores acoplados a proteína G. A


proteína G estimula uma resposta metabotrópica no organismo, ou seja, ela
estimula o metabolismo, portanto, toda a sinalização dos receptores
adrenérgicos, ela altera algum padrão metabólico da célula para desencadeia
uma resposta específica.

17.2 Tipos de proteínas G


• Alfa1 Gq, é uma proteína que gera 2 segundos mensageiros, intracelular.
Inositol trifosfato e Diacilglicerol, isso desencadeia uma series de resposta
intracelular aumentando a quantidade de Ca+2

• Alfa 2, É do tipo Gi, um receptor inibitório, ela promove um bloqueio da


produção de um segundo mensageiro

• Receptores beta são do tipo Gs, que libera apenas um segundo mensageiro
que é o ampciclico.

Obs. Apenas o (a2) tem uma resposta inibitória no tecido, agora o a1, B1, B2 e

B3. Possuem resposta estimulatória no tecido.

17.3 Respostas desencadeiada pela sinalização adrenérgica


A maioria maciça das respostas desencadeadas pelo sistema nervoso
simpático é antagônico, ao sistema nervoso parassimpático.

Ex:

• Rins; a sinalização adrenérgica tem aumento da secreção de renina.

72
• Nodo sinoatrial; a sinalização adrenérgica aumenta a freqüência cardíaca.

• Músculo radial da íris; a sinalização adrenérgica causa midríase

18. Agonistas adrenérgicos


Agonistas adrenérgicos tem a função primordial de ter um efeito mimético (uma
imitação), nos receptores adrenérgicos ou um efeito mimético na sinalização da
noradrenalina/ norepinefrina.

As drogas adrenérgicas atuam sobre receptores que são estimulados pela


adrenalina e noradrenalina (catecolaminas). Algumas dessas drogas atuam
diretamente sobre os receptores adrenérgicos, ativando-os, sendo
denominadas drogas simpatomiméticas.

São drogas que, ao entrarem em contato com o organismo, causam as


mesmas alterações que a ativação do sistema simpático.

Há ainda outras drogas que afetam a função adrenérgica, aumentado à


liberação de noradrenalina, conforme representado na figura seguinte.

As aminas simpaticomiméticas podem ser classificadas quanto a sua estrutura


química (catecolaminas e não catecolaminas) e quanto ao seu tipo de ação nos
receptores (direta, indireta ou mista).

18.1 Classificações dos fármacos


1) Agonistas de ação direta.

2) Agonistas de ação Indireta.

3) Agonistas de ação mista.

• Agonistas de ação direta

São fármacos que possuem um efeito mimético da noradrenalina sob


receptores adrenérgicos. Ou seja, o que a noradrenalina faz esses fármacos
também faz.

73
Tem-se uma divisão dos agonistas de ação direta que são fármacos seletivos e
não seletivos.

• Os seletivos tem uma certa escolha sobre os receptores adrenérgicos, ou


seja vai estimular um receptor específico.

Fenilefrina; ação específica no receptor a1

Clonidina; ação específica no receptor a2

Dobatamina; ação específica no receptor b1

Terbutalina; ação específica no receptor b2

Catecolaminas:
*Dopamina
*Adrenalina
*Noradrenalina
Isoproterenol

(*naturais).

•Não-Catecolaminas:
Fenilefrina (alfa); Clonidina (alfa2).

Terbutalina (beta2); Isoetarina (beta2).

Fenoterol (beta2); Albuterenol (beta2).

• Não seletivos estimulam mais de um tipo, mais de uma isoformas dos


receptores adrenérgicos.

Oximetazolina; estimula receptores a1, a2

Isoproterenol; estimula receptores b1, b2

Adrenalina; estimula receptores a1, a2 , b1 , b2

Noradrenalina; estimula receptores a1, a2 ,b1

74
Agonistas ação indireta

São fármacos que não possui efeitos diretos nos receptores adrenérgicos, mas
atua na liberação e degradação da noradrenalina. Ou seja, ela aumenta a
liberação, ou impedindo de ser degradada por enzimas.

Agentes de liberação: induzem liberação de noradrenalina→ Anfetamina e


Tiramina.

Inibidor de captação: impedem que a noradrenalina seja recaptada pelos


neurônios pré-ganglionares → cocaína.

Inibidor da mao enzima (monoamino oxidase), ela oxida o agrupamento amina


da noradrenalina e inativa esse neurotransmissor → selegnina

Inibidor da comt (catecol-o-metiltransferase) se você inibe ela, a noradrenalina


não e inativada → entacapona

De ação mista: direta e indireta

São fármacos que possui efeitos tanto diretos nos receptores adrenérgicos
como na liberação ou degradação da noradrenalina

• Efedrina

Efeito direto nas estimulações, nos receptores: a1 , a2 , b1 , b2

Efeito indireto: agente de liberação da noradrenalina, ou seja, ela favorece a


liberação da noradrenalina promove um efeito potente na sinalização.

18.2 Efeitos gerais da adrenalina


principais efeitos observados no sistema circulatório

aumento da pressão arterial e queda da pressão arterial efeito triplo.

1- estimulação direta do miocardio

2- frequencia cardíaca (efeito cronotropico +) coração aumenta a frequência.

obs: em baixas doses , a adrenalina pode diminuir a pressão arterial por atuar
no receptor b2 no coração.

75
3-vasoconstrição em vários leitos vascolares: a adrenalina diminui
acentudamente o fluxo sanguíneo cutâneo via constrição de capilares e
venulas via atividade b1, agonista

Obs: Doses terapêuticas de adrenalina aumentam o fluxo sanguíneo para os


músculos via ação receptor b2

ação vasoconstritora

estimulação cardíaca; promove o estimulo cardíaco em diferentes pontos


anatômicos do coração via estimulação dos receptores b1

Estimulação:

Efeito Intensidade da estimulação

Freqüência cardíaca +

Volume sistólico ++

Débito cardíaco Nenhuma estimulação ou +

Arritmias ++++

Fluxo sanguíneo coronariano ++

músculo liso: sistema respiratório, sistema nervoso central, e efeitos


metabólicos.

os efeitos no músculo liso mediados pela adrenalina apresentam caracteristicas


distintas em diferentes orgãos.

Músculo liso intestinal; causa relaxamento por receptores adrenérgicos alfa e


beta

Músculo liso uterino; causa contração por meio de receptores alfa


adrenérgicos

Músculo detrusor da bexiga; causa relaxamento expulsando a urinada bexiga

76
Sistema respiratório; causa efeitos de relaxamento do músculo brônquico e
causando broncodilatação.

Sistema nervoso central;

Adrenalina e fortemente bloqueada pela barreira hematoencefalica em doses


terapêuticas. Já que são muito hidrossolúveis e não tem muito feito no sistema
nervoso central Mas , os efeitos observados são apreensão ,cefaleia,tremores
e manifestações de ansiedade.

Efeitos metabólicos

Aumento de lactato e glicose sanguínea, inibição, a2, ou estimulação b2 da


secreção de insulina, aumento da secreção de glucacon (alfa e beta).

A adrenalina promove o aumento da glicogensae beta e aumento da liberação


de ácidos graxos pelos adipocitos beta.

18.2.1 Outros efeitos


aumento no número de leucócitos, fibrinolise, midríase, facilitação da contração
da musculatura esquelética, queda dos níveis de potássio.

18.3 Farmacocinética
• Absorção; baixa por via oral.

• Distribuição; ampla pelo organismo já que tem bastante receptores no


organismo.

• Excreção; metabolização sendo inativada pela comt (catecol-o-


metiltransferase e mao enzima (monoamino oxidase), Excreção renal pela
urina.

18.4 Usos terapêuticos


As principais ações terapêuticas da adrenalina são:

alivio de angustia respiratório, alivio de reações de hipersensibilidade, co-


aplicação com anestésicos e agente hemostáticos em ulceras hemorrágicas

77
18.5 Efeitos observados
Cefaleia pulsátil, tremores, palmitações, hemorragia cerebral e arritmias
cardíacas doses muito alta

Obs; o uso de adrenalina e contraindicado em pacientes que fazem uso de


beta bloqueadores não seletivos dados pela ação nos receptores alfa 1
enduzirem hipertensão e hemorragia cerebral grave.

18.6 Efeitos gerais da noradrenalina

Aumento da pressão, queda na freqüência e debito cardíaco e vasodilatação


coronariana

Outros efeitos

A estimulação pela noradrenalina ativa todos os órgãos inervados pelo sistema


nervoso simpático. Porém quando administrada, observa-se efeitos no fígado e
glândulas sudoriparas

Um dos efeitos metabolitos ad noradrenalina são a ativação da gliconeogênese


e glicogenólise

Glândulas sudorípara: estimulação da sudorese deve ser administrada por


intradermica e não tem o bloqueio do efeito da atropina que é um agonista
muscarínico

18.6.1 Farmacocinética dessa droga


• Absorção; baixa oral ou transdérmica

• Metabolismo; e degradada pela enzimática comt (catecol-o-metiltransferase E


mao enzima (monoamina oxidase)

•Excreção; pequenas frações eliminadas pelos rins.

18.6.2 Efeitos adversos


são parecido com a da adrenalina logo podemos destacar hipertensão
administradas em altas doses

78
19. Agonistas beta adrenérgicos não seletivos
Os agonistas beta adrenérgicos não seletivos são aqueles capazes de
estimular tanto os receptores beta1 como beta2 ou uma pequena resposta nos
receptores alfa.

19.1 Agonistas beta adrenérgicos não seletivos


• Isoproterol

Efeito nos receptores beta1 e 2 e alfa, mais no alfa a baixa estimulação


precisando de uma dose alta.

Efeitos: diminui resistência vascular periférica tendo vaso dilatação,


relaxamento do músculo liso, e aumento do debito cardíaco e tem poucos
efeitos para aumentar a pressão arterial.

pode ser utilizado como aerossóis e tem fácil absorção por via oral, e sendo
metabolizado predominantemente pela comt catecol-o-metiltransferase e sofre
depuração renal sendo eliminado através dos rins

Uso terapêutico; promove estimulação da freqüência cardíaca asma e choque

Efeitos adversos; palpitação, cefaléia, rubor e taquicardia

• Dobutamina

efeito nos receptores beta 1

Efeito efeito inotrópico (+) sem efeito cronotrópico ou seja tem um efeito na
força de contração sem necessariamente aumentar a freqüência dependendo
da freqüência

Farmacocinética

Administração por via intravenosa sendo metabolizada pela (catecol-o-


metiltransferase E mao enzima (monoamino oxidase) e sofre depuração sendo
eliminada pelos rins.

Aplicação;

79
tratamento de descompensação cardíaca em pacientes pós cirurgia cardíaca,
insuficiência cardíaca e congestiva

efeitos adversos

resposta pressora elevada em pacientes hipertensos,aumento no risco de


fibrilação atrial

19.2 Agonistas beta 2 seletivos


Classificação agonistas beta 2 de ação curta e agonista beta 2 de ação longa.

Agonistas beta2 de ação curta: são fármacos seletivos para o receptor beta 2
que possuem ação de ate 6 horas

• Metaproterenol

• Salbutamol

• Levossalbutamol

• Pirbuterol

• Terbutalina

• Isoetarina

• Bitolterol

• Fenoterol

• Procaterol

Farmacocinética :

Agonista b2 de ação curta Tempo de duração


METAPROTERENOL 3 a 4 horas

SALBUTAMOL 3 a 4 horas
PIRBUTEROL 4 a 6 horas
TERBUTALINA 3 a 6 horas

80
FENOTEROL 4 a 6 horas

Usos terapêutico

Exceto o METAPROTERENOL que e administrado por via oral, os demais


fármacos beta 2 seletivos de ação curta são utilizados pela via pulmonar
(aerossol) e são amplamente empregados para tratamento de asma e dpoc.

Agonista beta 2 de ação longa : são fármacos seletivos para o receptor beta
2 que possuem ação maiores que 12 horas por conta de alterações em suas
estruturas químicas.

• Salmeterol

• Formoterol

• Arfometerol

• Indacaterol

• Ritodrina

• Carmoterol

farmacocinética

Salmeterol tempo de duração maior que 12h

Formoterol até 12 horas

Indacaterol maior que 12h

Salmeterol via inalatoria por no Máximo 2x ao dia (manhã e noite), possui


resposta satisfatória na terapêutica de indivíduos com dpoc.

Obs: possui efeitos aditivos com teofilina oral e ipratropio inalado. É


metabolizado pela c4p3a4 e eliminado nas fezes.

81
Formoterol adiminstrado por via inalatoria por possuir elevado tempo de ação,
é eficaz em quadros de asma noturna.

Obs; pode ser utilizado com glicocorticóides (inalados ou sistêmicos) e


teofilina.

Indacaterol duração mais longa que o formoterol e salmeterol, utilizando


apenas uma dose unica diária (inalação) no tratamento de asma e dpoc.

Anestésicos locais
Roteiro da aula

1.- Definição

2 -.historico

3 - Fatores que interferem na ação anestésica

4 - tipos de fibras nervosas

5 - mecanismo de ação dos anestésicos locais

6 -.tipos de anestésicos locais

7 - relação estrutura-atividade

8 - propriedades físico-químicas

9 - classificação farmacocinética

10 - toxicidade dos anestésicos locais

O que são anestésicos locais

São fármacos que inibem reversívelmente os processos de excitação e


condução do impulso nervoso ao longo das fibras nervosas, sem produzir
inconsciência.

Os anestésicos locais são administrados por injeção ou de forma tópica na


área das fibras nervosas a serem bloqueadas Dependendo da dose, os
anestésicos locais provocam paralisia motora.

82
2. Histórico

• Nativos dos Andes - mastigavam folhas de erythoxylon coca (cocaína)


dormência na língua.

• Carl koller (1884) - cocaína como anestésico tópico para cirurgias oftálmicas

• Halstead popularizou sua aplicação na infiltração e anestesia

• substituição da cocaína (toxicidade e propriedades estimulantes)

• procaína - substituto sintético da cocaína em 1905

Potenciação de ação dos anestésicos locais

Dispolarização da membrana

Ativação dos canais de sódio

O estímulo é conduto pela despolarização sequêncial ao longo no axônio.

Queda na permeabilidade do sódio e aumento na contudância ao potássio-


potencial de repouso

Mecanismo de ação dos anestésicos locais: eles agem nos canais de sódio,
impedindo a condução do estímulo nervoso e bloqueio reversível dos canais de
sódio.

Via hidrofóbica (sem dependência de uso) - Agem a travessando a


membrana plasmática e a Bainha de mielina.

83
Via hidrofílica dependência do uso

Fatores que interferem na ação

• Tamanho molecular- moléculas menores despreendem mais facilmente dos


receptores

• Solubilidade lipídica - atravessam a bainha de mielina

• Tipo de fibra bloqueada - Fibras finas e de condução lenta: efeito mais


rápido, fibras grossas e de condução rápida efeito mais lento.

• Ph do meio - forma hidrossolúvel ou lipossolúvel

• Concentração do anestésico e associação com vasoconstrictores que


causa prolongamento do efeito anestésicos.

Ações sobre os nervos

Os anestésicos locais agem em todo o nervos a ação depende do tamanho


(diâmetro) e da moralização.

• As fibras menores (aferente da dor) são bloqueadas primeiro

• As fibras maiores (tato e função motora) são bloqueadas depois

• As fibras mielinizadas também são mais sensíveis

Ações sobre outras membranas excitavéis

• Junções neuro/efetoras (musculo estriado) são sensíveis as ações


bloqueadoras dos anestésicos locais, mas sem significado clínico relevante

• As ações sobre as fibras cardíacas tem importância (lidocaína possui ação


antiarrítmica)

• Sequência do bloqueio dos anestésicos locais - dor - frio - calor - tato,


compressão profunda e função motora

Farmácos anestésicos locais

84
Esteres - sofre hidrolise pela colinesterase plasmática e metabolitos
excretados na urina

• Cocaína - (fora do uso), uso tópico – se injetada ou ingerido causa


dependência química.

• Procaína - uso parenteral, grupo amina aumenta a atividade anestésica

• Tetracaína - (uso tópico) são mais estáveis – grupo etilamina gera


metabolismo lento

• Benzocaína - uso tópico

Amidas – fármacos mais resistentes a hidrolise, possui a duração do efeito


anestésico longo e metabolização pelas enzimas microssomais no fígado e
redução do metabolismo plasmático eleva o tempo de meia vida plasmática

Lidocaína – impedimento estérico de grupo volumosos

Prilocaína – anelação gera restrição conformacional e aumenta a potência do


fármaco.

Ropivacaína -

Bupivacaína

Mepivacaína

85
Relação estrutura atividade

Potencia - relacionada a solubilidade lipídica

Latência - tempo para o início de ação. Depende da proporção (base ionizada


e não ionizada), quando maior a quantidade de base não ionizada mais rápido
é o início de ação

Duração de ação - relacionada a ligação com proteínas plasmáticas

Lipossolubilidade
Anestésico local Lipossolubilidade Potencia
Lidocaína 366 1
bupivacaina 3420 4
Ropivacaina 775 4

Ligação protéica
Anestésico local Ligação protéica Duração após
infiltração
Lidocaína 64 60-120
Bupivacaina 95 240-480
Ropivacaina 94 240-480

86
Detalhes do mecanismo de ação:

a forma protonada do anestésico local liga-se preferencialmente ao canal de


sódio no estado aberto e inativo.

Anestésicos locais – duração da ação

• Fármacos de curta duração: procaína

• Farmácos de ação média: lidocaína e prilocaína

• Farmácos de ação longa: tetracaína, bupivacaina e etidocaína

Obs. Na prática podemos associar: um anestésico de início rápido de ação


com um de longa duração para manter o efeito anestésico prolongado

- Lidocaína (1%) Lidocaína (1%) +


tetracaína (0,2%)

Inicio de ação minimo 2 2

Duração de ação 120 270


minima

Associação com vasopressores (Epinefrina), diminui a absorção sistêmica e


diminui a toxicidade e aumenta o tempo de duração.
Contra indicações: extremidades

Fatores que influenciam a atividade dos anestésicos locais: adição de


adrenalina

87
Efeitos adversos dos anestésicos locais
• Ações cardiovasculares

Redução da freqüência cardíaca, Colapso cardíaco – reanimação cárdio-


respiratória deve estar ao alcance.

• Ações centrais

Ansiedade com tremores, euforia, agitação , convulsões, depressão respiratória


(em doses elevadas)

• Outras; reações alérgicas

Neurotoxicidade
• Bloqueio de fibras inibitórias no córtex cerebral – convulsão

88
• Bloqueio de fibras inibitórias e excitatorias – depressão generalizada do
snc.

Efeitos cardíacos dos anestésicos locais - Cardiotoxicidade

• Ação central sobre o sna

• Ação periférica sobre o sna

• Potente efeito vasodilatador direto

• Ação direta sobre o miocárdio

• Ação eletrofisiológia cardíaca

Toxicidade relativa ao snc e relação de dose necessária para toxicidade ao


sistema cardiovascular versus dose para toxicidade ao snc dos anestésicos
locais

Anestésicos locais - Toxicidade: cardiovascular prevenção

Limitar a dose total e lentificar a sua absorção, evitar buvicaína, manter


ventilação e oxigenação, bloqueadores do canal de cálcio fornecem proteção.

Midazolam aumenta o limiar para a cardiotoxicidade e diminui sua lentalidade.

Efeitos das patologias na farmacocinética da lidocaína

89
20 CAPITULO 06/03/21
Diuréticos parei aqui

atracurio liberam histamina e mais seguro para pacientes que tem


insuficiência renal

libera menos histamina, bloqueia receptores muscarinicos podendo causar


taquicardia em alguns indivíduos

Autacoides (HISTAMINA E SEROTONINA)

roteiro de aula

Definição de autacóides

Histamina: origem e metabolismo

Histaminas: armazenamento e liberação

90
Ações farmacológicas da histamina

Anti- histamínicos

Serotonina: síntese

Serotonina: efeito sobre os tecidos

Ação dos triptanos nos receptores de serotonina

Eicosanóides:

Inibição da produção de eicosanóides pelos AINES

Autacoides
São substâncias naturais do organismo com estruturas químicas e atividades
fisiológicas e farmacológicas variadas que são produzidas rapidamente pelo
organismo em resposta a estímulos

Hormônios de ação local

• Histamina

• Serotonina

• Eicosanóides

• Citocinas

• Cininas

• Óxido nítrico

• Angiotensina

• Histamina

A histamina é sintetizada e liberada por diferentes células humanas,


especialmente basófilos, mastócitos, plaquetas, neurônios histaminérgicos,

91
linfócitos e células enterocromafínicas, sendo estocada em vesículas ou
grânulos liberados sob estimulação.

é uma molécula que cumpre uma dupla função de comunicação em nosso


organismo. Dependendo de em que parte se encontra, pode atuar tanto como
hormônio quanto como neurotransmissor.

desempenha um papel fundamental na regulação do sistema imunológico. Além


disso, regula funções do sistema digestivo, como a criação de ácido gástrico no
estômago, inflamação e regulação do sono. Se a histamina atravessar a
barreira hemato encefálica pode induzir a pessoa ao sono.

existe em todos os tecidos do organismo, mas principalmente no pulmão, pele,


da face, mucosa nasal, estômago e vasos sanguíneos.

Principais ações fisiológicas da histamina


Tecido Efeito da histamina Manifestações Subtipo de receptor
clínicas
Pulmões Broncoconstrição Sintomas H1
semelhantes da
asma
Músculo liso Dilatação das Eritema H1
vênulas pós-
capilares, dilatação
das arteríolas
terminais,
venoconstrição
Endotélio vascular Contração e Edema, reação da H1
separação das pápula, prurido, dor
células endoteliais
Coração Pequeno aumento Insignificantes H2
da frequência e
contrabilidade
cardíacas
Estômago Aumento de HCL Doença ulcerosa H2
péptica, pirose
snc Neurotransmissor Ritmos circadianos, H3

92
estado de vigília

Papel mediador em vários processos inflamatórios

Receptores H1 – ativam terminações nervosas sensitivas que medeiam a dor e


o prurido

Receptores H2 e H4 – Vasodilatação, aumento da permiabilidade capilar,


edema, efeito quimiotáxico (atração das células inflamatórias), inibição dos
lisossomos e inibição da ativação de linfócitos B eT.

Receptores H3 – Liberação de peptídeos pelos nervos em resposta a


inflamação.

Histamina ações farmacológicas

Sistema cardiovascular (receptores H1 E H2)

Vasodilatação intensa; hipotensão acentuada

Ação cronotrópica e ionotrópica positiva (devendo-se principalmente a


estimulação dos barorreceptores desencadeada pela hipotensão).

Dilatação dos vasos cerebrais

Afastamento das células endoteliais dos capilares; aumento da permeabilidade


causando edema

Musculo liso

Contração do músculo liso

Brônquios (mais sensíveis); broncoconstrição (receptores H1)

Secreções exócrinas

Secreção de H+ no estômago (receptores H2)

As histaminas agem em vários receptores, denominados: H1, H2, H3 e H4.

• Os receptores H1 são bloqueados seletivamente pelos “anti-histamínicos”.

93
• Os antagonistas de H2 bloqueiam a secreção gástrica. Pois a histamina
quando age em H2 promove secreção gástrica, além disso, aumenta as
secreções de pepsina e fator intrínseco.

• Os receptores H3 foram descobertos como autorreceptores pré-sinápticos nos


neurônios contendo histamina.

• O receptor H4 é mais semelhante ao receptor H3, mas está expresso nas


células de linhagem hematopoiética, no entanto os antagonistas dos receptores
H4 possuem propriedade anti-inflamatória.

Empregos terapêuticos: antagonistas

Bloqueio dos receptores da histamina; Receptores H1 e H2

Inibidores da degranulaçao dos mastócitos (ex;cromoglicato)

Anti histamínicos H1

São seletivos para os receptores H1

94
Ação sobre os brônquios sem alterar secreção gástrica nem contratilidade do
miocárdio

Divididos em

1 geração e 2 geração

Segunda geração não provocam sedação, por não atravessarem a barreira


hemato encefálica

Farmacocinética

Emprego via oral

Biotransformados pelo fígado

Outras ações (falta de seletividade)

Sedação; compostos de 1 geração

Açao anti- emética e anticinetósica; compostos de 1 geração

Antimuscarinicos; ação parassimpaticolítica (ex: etanolamina e


etilenodiamina), ação antiparkinsônica: efeitos adversos como glaucoma,
retenção urinária, constipação.

Antagonistas a- adrenérgicos; hipotensão ortostática (exprometazina).

Anestésicos locais; (bloqueio de canais de sódio) substitutos dos


anestésicos locais para pacientes alérgicos aos anestésicos locais (ex:
prometazina, difenidramina).

Ações adversas

Anti histamínicos com ação antimuscarinica e anestésica local

Alterações cardíacas: taquicardia, palpitações, hipotensão e alterações do


ECG.

95
Alterações cardíacas mais graves: aumento do intervalo QT associado a
arritmias, fibrilação ventricular, parada cardíaca, devido a inibição de canais de
K+ (ex: terfenadina e astemizol - proscritos).

Anti-histamínico Atividade Outras ações Ações adversas +


antimuscarínica freqüência
1 geração
Buclizina Ação anestésica
local e ação Sedação
anticinetósica e - espessamento
antiemética das secreções
clemastina +++ Ação anestésica brônquicas
local (atividade
dimetindeno Ação anestésica antimuscarínica)
local
dimenidrato +++ ação anticinetósica
e antiemética
Doxilamina +++ Ação sedativa
intensa e ação anti-
emética
prometazina +++ ação anti-emética e
hipotensão
2 geração
cetirizina - Inibe
desgranulação de
mastócitos -
fexofenadina -
loratadina -

Anti histamínicos H2

Bloqueio dos receptores H2 é muito seletivo (não há bloqueio H1)

96
EX: cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina

Ação mais importante; bloqueio dos receptores H2, das células parientais do
estômago. Diminuindo a secreção ácida e da pepsina

97
• Serotonina

Efeitos sobre os tecidos e órgãos

• Receptor 5-HT1/5-HT2 em músculo liso vascular: ação vasoconstrictora

• Receptor 5-HT2 em plaquetas agregação plaquetária

• Receptor 5-HT3 no TGI e no centro do vômito no bulbo: (reflexo


quimiorreceptor) bradcardia e hipotensão.

• Receptor 5-HT2/ 5-HT4 no músculo liso do TGI: aumento do tônus e do


peristaltismo.

Triptanos (são agonistas dos receptores)

Agonistas seletivos 5-HT1D/ 5-HT1B

Receptores 5-HT1D e 5-HT1B são encontrados preferencialmente em vasos


cerebrais e meníngeos empregados no tratamento das crises de enxaqueca

Meia vida dos fármacos

98
Tempo 2-3 horas Tempo 2-6 horas
Sumatriptano Naratriptano

Almotriptano frovatriptano

Eletriptano -

Rizatriptano -

Zolmitriptano -

• Ondansetrona

Antagonistas seletivos 5-HT3

Receptores 5HT3 é encontrado no centro do vômito empregados no tratamento


da emese em pacientes em uso de quimioterapia.

• Tecaserode e prucaloprida

Antagonistas seletivos 5-HT4 é encontrada no músculo do TGI, empregados no


tratamento da síndrome do intestino irritável e aumentam a motilidade do TGI.

Eicosanóides Autacoides derivados de lipídeos

Derivados de fosfolipideos da membrana;

Eicosanóides: prostaglandinas, prostaciclina, tromboxano A2 e leucotrienos.

Fosfolipideos modificados; fator ativador plaquetário (FAP)

Eicosanóides são formados a partir de ácidos graxos poliinsaturados (ácido


araquidônico).

Tem sido detectados em quase todos os tecidos do corpo e líquido do corpo,


sua produção aumenta em resposta a vários estímulos.

99
100
• Síntese de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos

Isoformas de ciclooxigenase;

A enzima ciclooxigenase (cox) existe em duas isoformas:

• Cox-1;

Forma constitutiva

Encontrada na mucosa gástrica, plaquetas, endotélio vascular e rins.

• Cox-2

Forma induzida, gerada em resposta a inflamação;

Presente nos macrófagos, monócitos, músculo liso, endotélio vascular, epitélio


e neurônios;

A expressão é inibida por corticóides

• Funções das prostaglandinas H2 e tromboxano

Controle da pressão arterial

Estimulação da contração da musculatura lisa

Indução da resposta inflamatória

Inibição da agregação plaquetária

• Tramboxonos

produzido primariamente pelas plaquetas

mobiliza o cálcio intracelular

101
promove agregação plaquetária

vasoconstrição

contração do músculo liso

• principais funções dos leucotrienos

estimulação da contração da musculatura lisa;

indução da resposta alérgica

indução da resposta inflamatória

inibidores da síntese de leucotrienos (como a prednisona e a prednisolona) são


usados no tratamento da asma.

• Mecanismo de ação dos eicosanóides

Os eicosanóides possuem receptores ligados as proteínas Gs e Gi que agem


através da via da adenilato ciclase

Outros eicosanóides (PGFa2, PGH2, TXA2, endoperóxidos, leucotrienos e


lipoxinas), possuem receptores associados a proteína Gq que ativam a via de
fosfolipase C

Funções fisiopatológicas das PGs e efeitos dos AINES


PGs Função Efeitos dos aines
PGE2 e PGI2; sensibilização das Analgésico (dor leve e
terminações nervosas das moderada)
fibras nocicentoras
PGE2 Centro termo regulador; da antipirético
febre
PGS Mediador do processo Anti-inflamatório
inflamatório
TXA2 Potente agregante Anti- agregante plaquetário
plaquetário

102
Funções fisiopatológicas das PGs e efeitos dos AINES
PGs Função Efeitos dos aines
PGE2 e PGI2; Mucosa gástrica; citoprotetor Epigastralgia, náuseas,
ou aumento de HCL gastrite, sangramento, GI
Úlceras pépticas
PGE2 Renal; vasodilatação Retenção de NA/ fluídos
(edema)
PGE2 e PGF2a; Útero gravideo; contrações e Prolongamento da gestação
útero não – grávido
disminorréia

• Citocinas

• Cininas

• Óxido nítrico

• Angiotensina

https://www.passeidireto.com/arquivo/42113403/farmacologia-histamina

Corticosteróides

Histórico

A) Anatomia e historia da adrenal

b)Síntese dos corticóides endógenos

c) Eixo hipotálamo – pituitária – adrenal

d) Ciclo circadiano do cortisol

e) Respostas clinicas do cortisol

f) Mecanismo de ação dos corticóides

103
g) Uso de análogos dos glicocorticóides e supressão adrenal

h) Seleção do fármaco glicocorticóide

i) Usos terapêuticos dos análogos glicocorticóides

J) Efeitos adversos e contra indicações

Histórico

1563 - primeira referência sobre as adrenais, Bartolomeu eustacchio descreveu


anatômicamente as glândulas sobre os rins

1855 - Tomas Addison, descreveu uma síndrome decorrente da distruição das


supra- renais. Animais morriam em poucos dias

1930 - separação de cortina e adrenalina

1930 - Cushin descreveu um quadro de hipercortisonismo e observou a


existência de uma relação entre hipófise e adrenal.

1945 - Hench observou que o paciente com artrite reumatóide que se tornaram
icterícos ou que quando engravidaram, melhoram dos sintomas. Hipersecreção
adrenocortical.

1948 - Hench tratou com sucesso pacientes com artrite reumatóide, usando
cortisona (início da corticoterapia).

1952 - Astwood purificou o hormônio ACTH

O que são corticoides?

Corticoide é o nome dado a um grupo de hormônios produzido pelas glândulas


suprarrenais do corpo humano. Porém, esses hormônios também podem ser
produzidos sinteticamente, dando origem a um tipo de medicamento.

Esses medicamentos são muito conhecidos no meio da Oncologia devido aos


benefícios que podem trazer para o tratamento. Isso acontece por dois
motivos:

104
1º – Os corticoides possuem ação anti-inflamatória, por isso podem atacar
algumas células cancerosas que são estimuladas por processos inflamatórios.

2º – Outro efeito dos corticoides é o imunossupressor. Ou seja, eles minimizam


os mecanismos de defesa, servindo de tratamento para cânceres originados
das células do sistema imunológico. Por exemplo: leucemia, linfoma e mieloma
múltiplo.

Revisão farmacêutica

prinicipal glicocorticóide endógeno; Cortisol

Necessário para a manutenção da vida

Síntese e secreção estritamente reguladas

Regulação do metabolismo intermediário

Produzido em Resposta ao estresse

Imunidade

Alguns aspectos da função do SNC

• Ações dos glicocorticóides

Promovem o metabolismo intermediário normal

Favorecem a glicogênese

Estimulam o catabolismo protéico e a lipólise

• aumentam a resistência ao estresse

Aumenta o nível de glicose plasmática

Aumenta modestamente a pressão arterial

Ações dos glicocorticóides

105
glicose

diminuição de captação de glicose aumento de glicogênese

hiperglicemia

hiperinsulinemia

aumento do armazenamento de glicogênio

106
proteínas

redução da síntese aumento da


degradação

músculo

atrofia

lipídios

ativação da lipase

redistribuição da
gordura corporal

107
Outras ações
Alteram os níveis das células sanguineas no plasma

Diminuição dos eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos

Aumento de hemoglobina, hemácias e plaquetas

108
Atuam em outros sistemas

Aumentam a produção de pepsina e ácido clorídrico e tem grave perda óssea

Ações dos glicocorticóides

Cálcio; reduz absorção no T.G.I, aumenta a eliminação pelos rins e


posteriormente causa Osteoporose

109
Adeno hipófise reduz secreção CRH (hormônio liberador de corticotrofina)
reduz secreção de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) e posteriormente
causa atrofia da suprarenal

Seleção do fármaco

A seleção de corticosteróides é baseada basicamente em três propriedades


fundamentais

• Atividade anti-inflamatória

• Atividade mineralocorticóide (reação adversa)

• Meia vida plasmática

• Cortisol e cortisona

110
Usados apenas em terapias de reposição em pessoas que tem deficiência na
produção do cortisol.

Não possuem propriedades anti-inflamatória

Atividades mineralocorticóide relativamente alta

• prednisona prednisolona e metilprednisolona

São de primeira escolha para tratamentos anti-inflamatórios e


imunossupressores a longo prazo (poliosite-dermatosite e DPOC).

Meia – vida plasmática intermediária.

Atividades mineralocorticóide relativamente baixa

• Dexametasona e betametasona

Usados em terapias anti-inflamatórias agudas máximas (choque séptico e


edema cerebral)

Meia - vida plasmática longa e atividade mineralocorticóide mínima

Apresenta atividades supressoras de crescimento

• Farmacocinética dos Corticoides

Absorção rápida pelo T.G.I

Absorvidos prontamente pelos espaços sinoviais conjuntivo, porém lentamente


pela pele

Administração tópica usada apenas brevemente para produzir ação local

Farmacocinética
Via intra muscular Via intravenosa aerossol Tópico
(IM) (IV) e via intra
muscular (IM)
cortisona dexametasona beclometasona beclometasona
Dexocortisona hidrocortisona flunisolina dexametasona

111
triancinolona metilprednisolona fluticasona hidrocortisona
- prednisolona triancinolona triancinolona

Obs: todos os corticosteróides podem ser administrados por via oral, os


metabólitos, principalmente glicuronídeos ou sulfatos, aparecem na urina.

Principais sítios de inativação: fígado e rins.

Vias que levam a inativação: redução da dupla ligação na posição 4 e 5 na


sua estrutura, Redução do grupo cetona na posição 3 e hidroxilação na posição
6.

112
Principais usos terapêuticos

Vários derivados semi-sintéticos dos glicocorticóides são usados no tratamento


de várias condições patológicas;

• Insuficiência adrenocortical

• Diagnóstico da síndrome de cuching

• Alívio dos sintomas inflamatórios

• Tratamento de alergias e transplante de órgãos

• Aceleração da maturação pulmonar

Efeitos adveros

A exposição excessiva a glicocorticóides,Causa síndrome de cuching. E o


resultado da administração exógena excessiva de glicocorticóides, mas
também pode ser desencadeada por problemas endógenos

Adenomas adrenais ou produção de ACTH ou ectópica que não seja a hipófise

Em caso de exposições excessiva de glicocorticóides pode se fazer a remoção


de adenomas através de cirurgia ou tratamento com inibidores
biossínteticos.

Diminuição da produção de cortisol e insuficiência adenal primaria ou


secundaria

Diminuição da produção de cortisol e insuficiência adenal primaria ou


secundaria

Primária Secundária
Doenças autoimunes Administração prolongada de
glicocorticóides
Endócrinas Efeito colateral do tratamento doença de
cushing
Tuberculose -
Hemorragia adrenal -

113
Efeitos adversos dos glicocorticóides

• Osteoporose

• Hiperglicemia

• Deselvolvimento de úlceras pépticas

• SNC pode causar excitação, euforia, depressão, distúrbios do


sono,comportamento Psicótico.

• Diminuição do crescimento de criança

Anti-inflamatórios não - esteróides (AINE’s)

O que é Inflamação ?
A inflamação é uma reação de defesa do organismo frente a uma agressão.
Essa agressão pode vir de agentes:

• físicos (cortes, contusões, queimaduras),

• químicos (agentes irritantes, corrosivos, dentre outros)

• biológicos (infecções em geral).

É caracterizada inicialmente por quatro sintomas:

• calor, rubor ou vermelhidão.

• edema e dor,

podendo evoluir para a perda da função da região afetada.

Diversas doenças são capazes de ativar essa reação do organismo, contudo


em muitos casos ela torna-se exacerbada. Para que não se torne prejudicial ao
organismo, faz-se uso de substâncias anti-inflamatórias, que possuem a
habilidade de controlar esse complexo processo.

114
115
• Resposta imunológica inata – liberação de autocóides, contração de
arteríolas formação de edema e exsudação local rica em mediadores químicos.

• Resposta imunológica adaptativa - ativação de células competentes contra


possíveis patógenos na inflamação.

Classificação da Dor

A dor pode ser classificada de muitas maneiras, contudo considerando-se a


duração de sua manifestação ela é classificada em três tipos:

• Dor aguda: manifesta-se transitoriamente durante um período relativamente


curto, de minutos a algumas semanas. Está associada a lesões em tecidos ou
órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou outras causas.
Normalmente desaparece quando a causa é corretamente diagnosticada e
quando o tratamento recomendado pelo especialista é seguido corretamente
pelo paciente.

• Dor crônica: Com duração prolongada, de vários meses a vários anos, está
quase sempre associada a um processo de doença crônica. A dor crônica pode

116
também ser conseqüência de uma lesão já previamente tratada. Exemplos: Dor
ocasionada pela artrite reumatóide (inflamação das articulações), dor do
paciente com câncer, dor relacionada a esforços repetitivos durante o trabalho,
dor nas costas, entre outras.

• Dor recorrente: É aquela que se apresenta em curtos períodos, mas que se


repete com frequência, podendo ocorrer durante toda a vida do indivíduo.

Ciclooxigenases

Ciclooxigenases
Cox-1 Cox-2
Constitutiva Induzida
Esômago Macrófago
Rim Linfócito
Plaquetas PMN
Útero Endotélio
snc Constitutiva
Rim
snc

• Constitutiva quer dizer que é constantimente produzidas por essas células,


ou seja, elas independe de uma indução ou estímulo para ser produzida.

• induzida processo inflamatório

Ações das prostaglandinas


sigla Prostanóide Produção Ação
PGD2 Prostaglandina D2 Mastócitos Vasodilataçao,
inibição da
agregação
plaquetária, e
relaxamento do ML
Do T.G.I e útero
PGF2a Prostaglandina F2a Miométrio Contração do
miométrio, luteólise e
broncoconstrição

117
PGI2 Prostaciclina Endotélio Vasodilatação,
hiperalgesia, inibição
da agregação
plaquetária, liberação
de renina e
natriurese
PGE2 Prostaglandina E2 Pulmão, macrófago Vasodilatação, e
hiperalgesia, febre,
proliferação celular
TXA2 Tromboxano plaquetas Função trombótica
(agregação
plaquetária)
vasoconstrição e
broncoconstriçao

Papeis biológicos dos produtos da Cox;

Cox- 1 constitutivaçç

• Citoproteção do T.G.I (PGE2): Aumento da secreção de muco, diminuição da


secreção de HCL.

• Agregação de plaquetas (TXA2) e anti – agregação (PGI2)

• Dor e inflamação (PGE2, PGF2a, PGI2, PGD2)

• Função renal (PGE2,PGI2,PGF2a)

• Contração uterina (PGF2a)

Cox- 2 induziva

• Dor e inflamação (PGE2, PGF2a, PGI2, PGD2)

Cox- 2 constitutiva

• Função renal (PGE2,PGI2, PGF2a)

• Transmissão nervosa (PGE2, PGD2)

118
Os anti-inflamatórios não - esteróides (AINE’s) constituem uma das classes de
fármacos mais difundidas em todo mundo.

utilizados no tratamento da dor aguda e crônica decorrente de processo


inflamatório. Possuem ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética
auxiliando no alívio da dor e de outros sintomas característicos do processo
inflamatório, tais como o edema, febre e rubor.

por inibição da síntese de prostaglandinas mediante ao bloqueio da


ciclooxigenase1 (COX-1) e ciclooxigenase2 (COX-2), criando subgrupos de
AINE seletivos e não-seletivos para COX-2. Todavia, as cicloxigenases
expressam ações distintas.

As propriedades farmacológicas dos AINE’s decorrem principalmente da ação


inibitória sobre a COX-2, enquanto as reações adversas são resultantes da
inibição da COX-1. São múltiplos os riscos evidenciados à utilização
exacerbada de AINE: riscos cerebrovasculares, renais, hepáticos,
cardiovasculares e trombóticos, gastrintestinais, gestacionais e fetais

atividade antiinflamatória da aspirina conseguiram demonstrar que esta ação


estaria ligada a capacidade desta substância inibir a produção de
prostaglandinas (PGs), através de uma provável competição com o sítio ativo
da enzima cicloxigenase (COX)

a COX é efetivamente constituída por duas isoformas principais, com


características químicas e fisiológicas bem definidas, a COX-1 (constitucional
ou fisiológica) e a COX-2 (induzida ou inflamatória)

o desenvolvimento de inúmeros antiinflamatórios não esteroidais (AINEs),


inibidores seletivos de COX-2, numa tentativa de aumentar a aceitação dessas
medicações pelos pacientes, reduzir a toxicidade (principalmente
gastrintestinal), e aumentar o efeito antiinflamatório.

119
A Tabela 1 mostra a classificação dos AINEs, baseada nas estruturas químicas
de fármacos convencionais ainda de uso corrente, ao lado daqueles
considerados com maior seletividade antiCOX-2 (meloxicam, nimesulida,
celecoxibe, rofecoxibe, etoricoxibe, valdecoxibe, lumiracoxibe

Aines

• Antipirético

• Analgésico

• Inflamação

• Efeito antipirético

reajustam o “termostato” hipotalâmico através da Inibição das prostaglandinas


de ação hipotalâmica (PGE2 )

120
inflamação, lesão citocinas Aumentam a
tecidual inflamatorias sintese de PGE2
IL-I, IL-8 no hipotálamo

via receptor
hipotalâmico estimula o hipotálamo a
aumentar a temperatura
aumentam os niveis corpórea
de cAMP

• Efeito analgésico

Aines são eficazes contra a dor

Diminuem a produção de prostaglandinas que sensibilizam os nociceptores.

Eficazes: bursite, artrite, dor de dente,dor por mestátases cancerosas, dores


musculares, e de origem vasculares

Utilizados nas cefaléias com o objetivo de diminuir a vasodilatação cerebral via


prostaglandinas

• Efeito antiinflamatório

Variam muito em potencial de ação:

indometacina

piroxicans (fortes)

ibuprofeno (medial)

paracetamol (pouca)

reduzem: vasodilatação, edema (vasogênico) e dor.

121
Seletivos da Cox-1 Seletivos da Cox-2 Seletivos da Cox -2 Forte inibidor
Seletivos da Cox -2
AAS ou Aspirina Diclofenaco Nimesulida Rofecoxib
Cetoprofeno Zomepiraco Celecoxib -
Indometacina Ácido Niflúmico Meloxicam -
naproxeno Salicilato sódico Etodolaco -
Ibuprofeno Diflunisal - -
Cetorolaco Piroxicam - -
Fenoprofeno Tomoxiprol - -
Ampirona Meclofenamato - -
Suprofeno Sulindac - -
flurbiprofeno - - -

122
123
124
Anti-inflamatorios de primeira geração inibidores não-seletivos da Cox.

Antiinflamatorios de primeira geração inibidores não-seletivos da Cox.

Efeitos terapêuticos Efeitos adversos


Antiinflamatório moderado Irritação gástrica
Analgésico moderado Erosão gástrica
Antipirético Sangramento
Antitrombótico Lesão renal
- Eventos cardio vasculares
- Reação anafilactóides

Anti-inflamatórios de segunda geração inibidores seletivos da Cox - 2


Efeitos terapêuticos Efeitos adversos
Anti - inflamatório moderado Lesão renal
Antipirético Eventos cardiovascular
- Reação anafilactóides

Era coxibes

Significante redução do número de sangramentos gástricos, após o início da


comercialização dos COXIBES 1998-2001.

Rofecoxib (vioox)

Celecoxib (celebrex)

Etoricoxib (arcoxia)

Valdecoxib (bextra)

Riscos tromboembólicos para pacientes que fazem uso de aines por um ano ou mais
Cox -1 Cox-2

125
Proteção da mucosa gástrica Vasodilatação

Efeito vaso oclusivos Inibição da agregação plaquetária

Agregação plaquetária Inibição da proliferação do músculo liso


vascular
Vasoconstrição -
Proliferação do músculo liso vascular -

Principais classes de aines

• Salicilatos

Analgésicos (cefaléia, artralgia, cólicas menstruais, mialgia, dor de dente.

Antipirético, anti-reumático (inibe a inflamação mas não interrompe o progresso


e nem a causa da doença.

Anti-agregante plaquetário

Anti-trombótico

Profilático do infarto e do reinfarto do miocárdio

• Derivados de ácidos propiônicos

Ibuprofeno

Flurbiprofeno

Ketoprofeno

Naproxeno

Analgésico, antipirético, anti-inflamatòrio

Alivio da dor e inflamação em artrite gotosa aguda

Tratamento da disminorréia primária

Fechamento do ducto arterioso (persistência do canal arterial em prematuros)

126
• Oxicans (piroxicam e meloxicam)

Analgésico, antipirético e anti-inflamatório

Artrite reumatóide e osteoartrite

Distúrbios musculoesqueléticos agudos

Aminorréia primária

Menor efeitos gástro intestinais comparado com o AAS

• Coxib

Atividade analgésica, antipirética e anti- inflamatória atribuída a inibição seletiva


da Cox-2

Contra indicado em pacientes com insuficiência cardíaca e hipertensão – pró-


trombótica.

• Derivados de ácidos fenilacéticos diclofenaco

Analgésico, antipirético e anti- inflamatório

Tratamento da artrite reumatóide e quadros clínicos não reumáticos

Tratamento da disminorréia primária

Tópico; inflamação do músculo, articulações e tendões

https://pt.slideshare.net/borajon/inflamacao-e-dor

https://pt.wikipedia.org/wiki/Anti-inflamat%C3%B3rios_n%C3%A3o_esteroides

127
a aspirina age como um inibidor irreversível da cicloxigenase. As demais
drogas anti- inflamatórias não- esteróides ligam- se de forma não covalente à
enzima

Fármacos do sistema respiratório


O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis, basicamente, pela
absorção do oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico
retirado das células. O sistema respiratório é formado pelas vias respiratórias e pelos
pulmões. Os órgãos que compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais,
faringe, laringe, traqueia e brônquios.

Principais fármacos que atuam no sistema respiratório:

Grupo farmacológico Principal Função

BRONCODILATADORES Promover a broncodilatação bronquiolar,


facilitando a ventilação pulmonar.

ANTITUSSÍGENOS Promover a diminuição da frequência da


tosse

ou suprimi-la

EXPECTORANT ES Facilitar a eliminação de secreções


traqueobrônquicas

DESCONGESTIONANETES NASAIS Diminuir congestão nasal

ESTIMULANTES RESPIRATÓRIOS Estimular o centro respiratório (SNC) nos

processos de depressão respiratória.

128
Broncodilatadores:

Além de promoverem a dilatação e aumento do lúmen das vias respiratórias,


facilitando a ventilação

pulmonar, os broncodilatadores também estimulam secreção de muco bronquial,


facilitam a atividade ciliar e diminuem a liberação de m ediadores inflamatórios no
trato respiratório.

Agonistas β- adrenérgicos: tem efeito broncodilatador, ação direta nos receptores β -


adrenérgicos do

músculo liso dos brôn uios. Inibição e liberação de seratonina, histamina e de fatores
da inflamação.

Agonistas β-Adrenergicos: possuem ação direta nos receptores b adrenérgicos dos


receptores da musculatura lisa dos brônquios reduzindo a liberação de histamina pelos
mastócitos,e stmula movimentos ciliares e reduzem a viscosida de do muco
Medicamentos: SALBUTAMOL, TERBUTALINA, CLEMBUTEROL (B2 SELETIVO)

Ação curta Salbutamol-aerolin, Terbutalina-brycanil, Fenoterol-berotec

Salbutamol-aerolin

é um remédio broncodilatador, ou seja, que serve para dilatar os brônquios,


usado no tratamento, controle e prevenção das crises de asma, bronquite
crônica e enfisema.

Mecanismo de Ação

este composto, relaxa a musculatura das paredes dos brônquios, ajudando a


abrir as vias aéreas, tornando assim mais fácil a entrada e saída de ar dos
pulmões. Assim, Aerolin promove o alívio do aperto e chiado no peito e da
tosse, facilitando deste modo a respiração.

Efeitos colaterais

tremor, dor de cabeça, taquicardia, irritação na boca e na garganta ou câimbra


muscular, diminuição dos níveis de potássio no sangue, vermelhidão, coceira,
inchaço, falta de ar, desmaio e arritmias cardíacas.

129
Terbutalina-brycanil

é destinado ao tratamento de asma brônquica (doença caracterizada por crises


com dificuldade de respiração e chiado característico), bronquite crônica
(doença inflamatória em estruturas do pulmão), enfisema (doença respiratória
caracterizada por destruição de estruturas do pulmão) e outras doenças
pulmonares que apresentem broncoespasmo (estreitamento das vias áreas).
Também é indicado como relaxante do músculo uterino no manuseio do
trabalho de parto prematuro não complicado.

Mecanismo de Ação

A terbutalina é um agonista adrenérgico que estimula predominantemente os


receptores beta-2, produzindo relaxamento do músculo liso bronquial, inibição
do edema causado por mediadores endógenos, aumento do movimento
mucociliar e relaxamento do músculo uterino

Efeitos colaterais

tremor, palpitação, dor-de-cabeça (em menor frequência) e cãibras musculares.


Pode ocorrer diminuição dos níveis de potássio no sangue.

náusea ou boca seca; distúrbios do sono e de comportamento (p. ex.: agitação,


hiperatividade e inquietação).

Fenoterol-berotec

é um broncodilatador eficaz para uso em asma aguda e em outras condições


com constrição reversível das vias aéreas tais como bronquite obstrutiva
crônica com ou sem enfisema pulmonar.

é um remédio broncodilatador usado para tratar a asma, bronquite ou


enfisema, pois atua nas vias respiratórias facilitando a passagem do ar em
cerca de 3 horas.

Mecanismo de Ação

130
é um agente simpaticomimético de ação direta, estimulando seletivamente os
receptores beta2 em doses terapêuticas. A estimulação dos receptores beta1
ocorre com doses mais altas

Efeitos colaterais

tremores dos dedos, dor de cabeça, tonturas, palpitações e inquietação.


remores, nervosismo, taquicardia, inquietação, vertigens, palpitações, fadiga,
dor de cabeça, sudorese, secura da boca, reações alérgicas e tosse.

Ação longa

Salmeterol

O salmeterol é o princípio ativo do medicamente vendido como serevent. que é


utilizado no tratamento da asma e outras dificuldades respiratórias. Prevenção de
broncoespasmo associado à asma, bronquite, enfisema; prevenção de
broncoespasmo induzido por exercício físico.

Mecanismo de Ação

É um moderno agonista beta 2-adrenérgico seletivo, de ação prolongada, que é


empregado exclusivamente na forma inalatória (aerossol). Os receptores beta 2
encontram-se principalmente no músculo liso brônquico, embora entre 10% e
50% deles localizem-se no miocárdio, o que explica suas possíveis ações
cardiovasculares. O estímulo dos receptores beta 2 do músculo liso brônquico
gera broncodilatação, a estimulação do receptor no pulmão provoca o relaxamento do
músculo liso brônquico, broncodilatação e aumento do fluxo de ar brônquico.

Efeitos colaterais

Dor de cabeça, inflamação do nariz e garganta; infecção respiratória. Taquicardia,


palpitações, reações de hipersensibilidade imediata (erupções, urticária,
broncoespasmo), cefaléias, tremores, nervosismo e broncoespasmo paradoxal.

Formoterol um broncodilatador e antiasmático que age desobstruindo as vias


aéreas, melhorando a respiração. Indicado para Asma brônquica, bronquite
crônica, broncoespasmos.

131
Profilaxia e tratamento de broncoconstrição em pacientes com asma como
terapia adicional aos corticosteroides inalatórios (ICS); Profilaxia de
broncoespasmo induzido por alérgenos inalados, ar frio ou exercício; Profilaxia
e tratamento de broncoconstrição em pacientes com doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC) reversível ou irreversível, incluindo bronquite crônica
e enfisema;

Mecanismo de Ação

O mecanismo de ação e a farmacodinâmica do formoterol são de um potente


estimulante seletivo beta2- adrenérgico. Exerce efeito broncodilatador em
pacientes com obstrução reversível das vias aéreas. O efeito inicia-se
rapidamente (em 1 a 3 minutos), permanecendo ainda significativo 12 horas
após a inalação. Com as doses terapêuticas, os efeitos cardiovasculares são
pequenos e ocorrem apenas ocasionalmente. O formoterol inibe a liberação de
histamina e dos leucotrienos do pulmão humano sensibilizado passivamente.
Algumas propriedades anti-inflamatórias, tais como inibição de edema e do
acúmulo de células inflamatórias,

Efeitos colaterais

Dor de cabeça, tremor, Boca seca, Palpitações, Agitação, ansiedade,


nervosismo, insônia.

Bambuterol é um medicamento broncodilatador e antiasmático de uso oral,


que age nos pulmões e trata os sintomas associados à asma, como dificuldade
em respirar.

Mecanismo de Ação

é um agonista adrenérgico que estimula predominantemente os receptores


beta-2. Desta maneira, promove o relaxamento da musculatura lisa do
brônquio, a inibição da liberação de espasmógenos endógenos, a inibição
do edema causado por mediadores endógenos e o aumento do movimento
mucociliar.

Efeitos colaterais

132
Alguns efeitos colaterais deste remédio incluem tremores, cãibras, palpitações
e aumento das batidas cardíacas, distúrbios comportamentais

Expectorantes: são capazes de reduzir a viscosidade as secreções (catarro)

São três categorias de expectorantes : reflexos, mucoliticose inalante

Expectorantes reflexos: são substancias nauseantes que aumentam a


secreção salivar, nasal ,

lacrimal e traqueobrônquica .Eles estimulam terminações nervos as e


aumentam a produção de muco aquoso

Medicamentos : iodeto de potássio , guaifenesina e ipeca.

Expectorantes mucoliticos: Eles reduzem a viscosidade da secreção facilitando


assim a eliminação

Medicamentos : Bromexina e Nacetilcisteina

O mecanismo de ação da nacetilcisteina é o rompimento das pontes


dissulfidricas , ele promove broncoespasmo então deve ser associado a um
agonista beta adrenégico, deve se ter cuidado com hepatopatas pois sofre
biotransformação no fígado e é bio transformada em compostos sulfurados .

Expectorantes inalantes: uso limitado em veterinária,requer uso de


vaporizadores, mascaras ou ambiente fechado

Fármacos do sistema digestório

a) Principais doenças que afetam o estômago

b) Locais de ação dos fármacos que interferem com a secreção gástrica

c) Antiácidos

d) Inibidores da bomba de prótons

e) Inibidores do receptor H2 de histamina

f) Gastro protetores

133
g) Análogos das prostaglandinas

O sistema digestivo é formado pelo trato digestório, que compreende a boca,


a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado, intestino grosso, o reto e
o ânus, bem como pelos órgãos acessórios, que são os dentes, a língua, as
glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas.

O aparelho digestivo ou sistema digestivo é o sistema responsável por obter


dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do
organismo, como crescimento, energia para reprodução, locomoção, etc.

134
O equilíbrio do sistema digestorio vai depender de dois grupos de fatores

Fatores protetores

Muco

Bicarbonato

Fluxo sanguineo

Fatores agressivos

bacteria helicobacter pylori

Anti-inflamatorios não esteroidais

135
Substancias ácidas ou cítricas

Pepsina e fumo

Doenças que afetam o sistema digestório

a) pépticas

possuem três tipos;

Esofágica que afeta o esôfago

Estômago que seria a úlcera gástrica

Úlcera duodenal que ocorre no duodeno

B) refluxo

Queimação dolorosa no peito (pirose)

Aumenta quando a pessoa está deitada ou após a alimentação

Alivio com uso de antiácidos

Mais freqüente ou pior a noite

Sintomas; eructação, regurgitação do conteúdo estomacal, náuseas e vômito


(acompanhada com sangue), alteração da voz,dor de garganta tosse

FALTA PRINT DO VIDEO 1 ESTAGIO 1 2 3 E ENSAIO CLINICO

Causas

Aines

Estresse severo

Bebida alcoólica em excesso

Tabagismo

Síndrome de Zollinger-Ellison (tumor produtor de gastrina)

Fármacos para distúrbios gastrointestinais

136
• Redutores de acidez gástrica

Antiácidos

Antagonistas dos receptores H2

inibidores da bomba de H+

• Protetores da mucosa gástrica

Sucralfato

Composto de bismuto

Análogos das prostaglandinas

Antiácidos

Fármacos: Bicarbonato de sódio, bicarbonato de cálcio, hidróxido de alumínio


e hidróxido de magnésio

Antiácidos consistem em bases fracas que reagem com o ácido clorídrico do


estômago formando sal e agua.

utilizados para diminuir a acidez aumentando o pH do estômago. estes além de


diminuir a azia (queimação causada pelo excesso de ácido), também são
indicados para sintomas de má digestão, náusea e dores abdominais.

São menos eficazes nas úlceras gástricas do que nas úlceras duodenais

• Hidróxido de magnésio

Possui efeito laxante (causa diarréia)

Pó insolúvel que forma cloreto de magnésio no estômago, não produz alcalose


sistêmica, visto que o íon magnésio é pouco absorvido pelo intestino

• Hidróxido de alumínio (efeito constipante)

Forma cloreto de alumínio no estômago, eleva o pH do estômago para cerca


de 4 e adsorve a pepsina tem excreção fecal e renal.

137
• Bicarbonato

Atua rapidamente elevando o pH do suco gástrico para cerca de 7,4. Ocorre


absorção no intestino sendo o uso restrito (pode causar alcalose) não usar
tratamento a longo prazo e nem em pacientes com dieta de restrição sódica

• Indicações

Dispepsia

Alívio sintomático na úlcera péptica

Refluxo esofágico

• Contra indicações

Bicarbonatopois sua utilização a longo prazo aumenta o pH e a produção de


CO2 produzindo gastrina e levando a produção de Hcl. Ou seja o bicarbonato
neutraliza o PH,mais ele estimula a produção de mais H+.

• Fármacos sistêmicos

Bicarbonato de sódio

• Fármacos não sistêmico

Bicarbonato de cálcio

Hidróxido de magnésio

Hidróxido de alumínio

138
Antagonistas dos receptores H2

Mecanismo de ação:

bloqueia os receptores de Histamina H2, estimulatório da célula parental de


produção de H2, que aumenta a atividade da bomba de próton

Altamente seletivos frente a H1 e H3

Inibem 60 a 70% da secreção total de ácida.

Fármacos

Cimetidina

Ranitidina

Famotidina

Nizatidina

139
Obs:inibição da secreção acido gástrico > 50% durante 10 horas.

• Antagonistas de receptores H2 na terapia

Dispepsia não ulcerosa

Sangramento relacionado ao estresse

140
Redução significativa do sangramento em pacientes em estado grave com
estresse na unidade de terapia intensiva

Efeitos adversos

Diarréia, cefaleia, sonolência, dor muscular, constipação e redução da


contagem de plaquetas.

(Cimetidina) Ginecomastia, galactorreia, oligoespermia e impotência sexual.

• Interações

Inibição de enzima do sistema p450

Aumento do Tempo de 1/2

Varfarina

Fenitoína

Antidepressivos tricíclicos

Benzodiazepínicos

Sulfoniluréias

• Inibidores da bomba de prótons

Fármacos

Lansoprazol

Omeprazol

Rabeprazol

Pantoprazol

Mecanismo de ação inibidores de bomba de prótons (inibição irreversível)

Farmacocinética

Rápida absorção

141
Administração com alimentos =redução da biosisponibilidade 50%

Metabolismo de primeira passagem

Eliminação renal

Tabela fármaco pka biodisponibilidade ....acresentar

Administração oral

Revestimento ácido resistente

Desintegração no intestino

Absorção rápida

Acúmulo nos canalículos secretores

Conversão para a forma ativa

• Efeitos adversos

Náuseas vômitos dor abdominal constipação, flatulência, diarréia,


hipergastrinemia

Efeito trófico - crescimento de tumores

Efeito teratogênico

Interações

• Diminuição da acidez do estômago

Diminui a absorção de cetoconazol e digoxina

• Inibição de enzimas do sitema P450

Aumento da meia- vida de: benzodiazepínicos, varfarina, fenitoína

Protetores da mucosa gástrica

Sucrafato e composto de bismuto

• Sucralfato
142
Sucralfato de sacarose complexado com hidróxido de alumínio

Pasta viscosa liga-se as ulceras ausência de efeitos adversos

• Composto de bismuto

Subsalicilato de bismuto

Bismuto forma camada protetora que recobre ulceras

Analogos de prostaglandinas

Misoprostol (análogo metílico da PGE); estimula a produção de muco e reduz


a secreção de HCl

Farmacocinética

Via oral (rápida absorção)

Metabolizado em ácido livre (metabólito ativo)

Meia vida 30min (adm 3 a 4x ao dia)

Eliminação renal

Contra indicações

Hipersensibilidade ao misoprostol

Gravidez; PG1e e PG1F promovem contrações coordenadas do corpo lúteo


grávido, quando produzem relaxamento do colo uterino provocando aborto no
inicio e na metade da gravidez

Reações adversas

Diarréia e dor abdominal

Fármacos que interferem na secreção gástrica coloca foto ultima do vídeo

Tireóide
Roteiro da aula

a) Anatomia e histologia da tireóide


143
b) Síntese e secreção de hormônios da tireóide

c) Ações sistêmicas dos hormônios da tireóide

d) Disfunções da tireóide (hiper e hipotireoidismo)

e) Terapêutica do hipotireoidismo

f) Terapêutica do hipertireoidismo

O que é a glândula tireoide?

A glândula tireoide está localizada no pescoço, logo abaixo de sua laringe


(cordas vocais). Ela produz dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4).
O T3 e o T4 são levados através do sangue para todas as partes do corpo,
onde eles que regulam o metabolismo, que é a maneira como o seu corpo usa
e armazena energia.

A função da tireoide é controlada pela hipófise, uma pequena glândula


localizada na base do cérebro. A hipófise produz o hormônio estimulante da
tireoide (TSH), que induz a tireoide a produzir T3 e T4.

Regulação

Eixo hipotálamo-hipófise tireóide: o TRH (tireotropina) é secretado pelo


hipotálamo e através do sistema porta hipofisário, chega à adeno-hipófise onde
se liga a um receptor de membrana, o que estimula a secreção do TSH
(hormônio tireoestimulante), que através da corrente sanguínea chegara à
glândula tireóide onde se liga a receptores de membrana estimulando a
secreção do T3 e T4. Estes, por sua vez, vão até as células alvo onde se ligam
a receptores no núcleo celular o que estimula o metabolismo celular.

Feedback: o T3 é a principal molécula de feedback e o seu excesso diminui a


secreção do TSH, o que por sua vez diminuirá a secreção tanto de T3 quanto
de T4.

Metabolismo: a maior parte do T3 provém do T4, que perde uma molécula de


iodo.

144
Transporte no sangue: ao chegarem no sangue, 99% do T3 e T4 se
combinam imediatamente às várias proteínas plasmáticas, sendo a globulina e
a albumina as principais.

Ações fisiológicas

▪ T3 e T4 entram na célula pelo processo de difusão facilitada e após isso


T4 se transforma em T3.

▪ Os hormônios tireóideos ativam receptores nucleares, que estão


localizados no próprio DNA ou nas proximidades e, quando ocorre a
ligação hormônio-receptor, é estimulada a transcrição do DNA em RNA
e logo em seguida a tradução do RNA em proteínas, em tecidos
específicos.

▪ Os hormônios T3 e T4 aumentam o metabolismo celular e com isso


estimulam o consumo de oxigênio total da célula. O metabolismo celular
ou atividade metabólica basal pode ser aumentada até 100% quando
estes hormônios são secretados em grande quantidade.

▪ Os hormônios tireóideos aumentam o tamanho das mitocôndrias e


também o seu número, o que aumenta o número de ATP produzidos e
para isto, estimulam o consumo de glicose e também de gordura.

▪ Inibem o sistema nervoso simpático.

▪ Estimulam o crescimento linear, o desenvolvimento e a maturação dos


ossos.

Níveis baixos de T3 e T4 reduzem em até 60% o metabolismo basal.


Níveis altos de T3 e T4 aumentam cerca de 60 a 100% o metabolismo basal,
havendo maior produção de calor.

Causas do hipotireoidismo

- Congênita (cretinismo)

- Doença auto-imune (tireoidite de Hashimoto)

145
- Após cirurgia de retirada da tireóide por bócio nodular ou neoplasia.

- Por medicamentos que interferem na síntese e liberação dos hormônios da


tireóide T3 e T4. (Amiodarona, lítio e iodo).

- Mais raramente por bócio endêmico decorrente de deficiência de iodo na


alimentação.

Tipos

• Primário

Há um defeito ou uma destruição da própria tireóide

• Secundária

A causa é hipotalamica ou hipofisária

Sintomas do hipotireoidismo

Diminuição reversível de todas as funções corporais

Pele fria e pálida


Pálpebras caídas
Diminuição do débito cardíaco e bradcardia
Retenção de CO2
Diminuição do apetite
Letargia
Fadiga muscular
Anemia
Infertilidade
Impotência sexual e diminuição da líbido
Diminuição do metabolismo basal

• TSH alteração hipofisária

• TRH alteração Hipotalamica

Funções da tireóide

Reposição hormônios T3 e T4

146
TSH e TRH uso em procedimentos diagnóstico uso parenteral custo elevado

Hipotireoidismo: a glândula produz pouco T3 e T4, e em alguns casos chega-


se a não ter nenhuma produção, pela falta de iodo. Podemos definir
hipotireoidismo como um estado clínico resultante de quantidade insuficiente
de hormônios circulantes da tireóide para suprir uma função orgânica normal.
As manifestações clínicas do hipotireoidismo resultam da redução da atividade
metabólica e depósito de glicosaminoglicanos e ácido hialurônico na região
intersticial.

• Tratamento do hipotireoidismo

- Reposição hormônal

- Preparação mais apropriada, levotiroxina (T4). Meia vida prolongada,


administração uma vez ao dia.

- Liotironina (T3) (Triostat®) mais ativo que a tiroxina, meia vida curta e usado
para a supressão a curto prazo do TSH.

• Farmacocinética

T3 - 1 dia
T4- 7 dias mais ligadas a proteína plasmática

Bem absorvidos por via oral


Ílio e cólon
Obs. Absorção afetada por alimentos desjejum.

• Metabolização

Fígado- conjunção do ácido glicurônico. Eliminação pela bile. Reabsorção


circulação entero hepática ou eliminadas pelas fezes.

- Requerimento de levotiroxina

A) Má absorção; doenças intestinais inflamatória


B) Gravidez
C) Drogas que reduzem absorção da L- T4; hidróxido de alumínio, sulfato
ferroso

147
D) Drogas que aumentam o metabolismo hepático da L-T4; Rifampicina,
fenobarbital, carbamazepina
E) Drogas ou situações que diminuem a conversão de T4 em T3;
amiodarona e deficiência de selênio

- Requerimento de diminuição de levotiroxina

A) Envelhecimento, pessoas maior que 65 anos


B) Terapia androgênica em mulheres

• Hipotireoidismo

Dose; o esquecimento da medicação por 1 ou 2 dias não ocasiona grandes


problemas em virtude da, ½ vida longa da tiroxina

- Uso de T3 e T4 em situações especiais


Gestação, necessária manutenção do equilíbrio, pois se ter variação aborto
espontânea e desenvolvimento fetal anormal

- O estrogênio aumenta os níveis de TBG

- Toxicidade da tiroxina
Relacionada ao nível hormônal

Criancas; agitação, insônia, aceleração na maturação e crescimento dos ossos

Adultos: nervosismo, intolerância ao calor, palpitação e perda de peso


inexplicável.

• Hipertireoidismo

Exposição a excesso de hormônio tireoidianos;

• Bócio difuso tóxico (doença de graves)

• Bocio multinodular tóxico – proliferação dos folículos formando diversos


nódulos

• Bócio uninodular tóxico (adenoma tóxico) – apenas um nódulo

• Tireoidite linfocítica e tireoidite pós – parto

148
• Ingestão pós - parto

• ingestão de hormônio tireoidiano em excesso

• As mulheres são afetadas pelo menos 5x mais que os homens.

Sintomas do hipertireoidismo
• Ansiedade, nervosismo, irritabilidade; • Fadiga; • Fraqueza muscular; • Bócio;
• Emagrecimento;• Sudorese excessiva; • Palpitação, taquicardia, taquiarritmias
atriais; • Intolerância ao calor; • Pele quente e sedosa; • Tremor; • Pressão
arterial divergente; • Hiper-reflexia; • Retração palpebral; • Exoftalmia; •
Alterações menstruais; • Hiperfagia; • Hiperdefecação

Fome excessiva
Aumento do ritmo intestinal
Nervosismo, Insônia, labilidade emocional (instabilidade afetiva)
Tremores
Intolerância ao calor
Palpitaçãoes
Emagrecimento
Olho vivo e brilhante
Pele quente e úmida

• Tratamento do hipertireoidismo

Terapia com agentes antitireoidianos

Tireoidectomia cirúrgica

Destruíção da glândula com iodo radioativo.

• Agentes antitireoidianos

Pacientes jovens com glândulas pequenas e doença leve

Compostos usados clinicamente

• Tionamidas

• Iodetos

149
• Iodo radioativo

A) Tionamidas

• Propiltiouracil e metimazol

• Bociógeno induzem TSH

• Reino Unido - carbimazol

Farmacocinética:

Propiltiouracil; Rapidamente absorvido administração a cada 6-8 h

metimazol; Totalmente absorvido em taxas variáveis administração 1x ao dia

Obs.

- Tionamidas atravessam a barreira placentária

- Propiltiouracil droga de escolha na gravidez e lactação

• Tionamidas Mecanismo de ação

Diminuição da produção de hormônio


Inibem a tireóide peroxidase (iodação tirosinas e acoplamento MIT e DIT)

A liberação dos hormônios não é afetada, efeitos clínicos demoram a aparecer,


hormônio pre formado.

• Tionamidas indicação

Hiperfunção tireoidiana
Doença de graves; Hipertireoidismo, bócio difuso e oftalmopatia

Toxicidade das Tionamidas


Ocorrem em 3-12% dos pacientes

- Mais comuns
Erupção prurigenosa, Maculopapular acompanhado de febre

150
- Raros
Erupção urticariforme, vasculite, artralgia, hepatite, linfadenopatia.

Agranulocitose (fatal), realizar contagem basal de leucócitos.

- Inibidores aniônicos
Perclorato de potássio – bloqueia a captação de iodeto em pacientes com
Hipertireoidismo induzido por amiodarona

Obs: raramente usado - causa anemia aplásica.

• Iodetos

Desde 1940, são raramente utilizados.

- Mecanismo de ação

Inibem a organificação e liberação dos hormônios da tireóide, (retroalimentação


negativa)

Diminuição do tamanho e vascularização da glândula hiperplásica (importante


na preparação pré - operatoria).

Melhora dos sintomas tireotóxicos em 2-7 dias.

- Iodetos usos clínicos

Devem ser iniciados após instituição da terapia com Tionamidas.

Evitar o uso se houver necessidade do uso do iodo radioativo, Evitar uso na


gravidez e não utilizar sozinho pelo risco de provocar exacerbação da
tireotoxicose.

- Toxicidade;

Pouco freqüente;

Aumento de volume das glândulas salivares, ulcerações das mucosas,


conjuntivite, febre medicamentosa, gosto metálico e distúrbio hemorrágicos.

• Formulações disponível - Soluções de iodeto de potássio

151
Meios de constraste de iodados
Ipodato e ácido iopanóico (via oral), e diatrizoato via (IV)

Inibem a conversão de T4 em T3

Relativamente atóxicos
Terapia adjuvante na tempestade tireoidiana (hiperatividade extrema e súbita
da tireóide)

• Iodo radioativo 131

Administração por via oral


Rapidamente absorvido e armazenado nós folículos - destruição do
parênquima tireoidiano

- Vantagens

Fácil administração, baixo custo, eficácia, ausência de dor

Não pode ser administrado na gravidez e lactação.


Risco de desenvolver Hipotireoidismo

• Agentes bloqueadores dos receptores adrenérgicos

Sintomas da tireotoxicose = sintomas da estimulação simpática (sudorese,


tremor e taquicardia)

Uso de beta bloqueadores propanolol diminui o sintomas do hipertireoidismo é


um fármaco adjuvante.

Ações do HT no metabolismo

- Ativação dos ciclos fúteis

- Síntese e degradação dos lipídeo

- Neoglicogenese e glicogenólise

- Síntese e degradação de proteínas


Ciclo de Cori

- Efeito direto sobre: Bomba de sódio e potássio, Bomba de cálcio

152
e ATpasemiofibrilar

• efeitos sistêmicos

a) sistema nervoso

período embrionário - multiplicação celular, sinaptogênese, mielinização,


vascularização

fase adulta - manutenção dos processos cognitivos e circulação

b) sistema cardiovascular

• efeitos diretos

aumenta a força e velocidade de contração, freqüência cardíaca, débito


cardíaco.

• Efeitos indiretos

Aumenta receptores beta - adrenérgicos, (potencialização dos efeitos de


catecolaminas) e vasodilatação periférica.

c) Sistema respiratório

período fetal: surfactante

fase adulta: manutenção da freqüência respiratória e volume corrente (efeito


reflexo).

d) sistema muscular

estimulo do turnover protéico;

eutireoidismo: predomínio da síntese

hipertireoidismo: predomínio do catabolismo

diferenciação das fibras musculares

sistema musculoesquelético

153
T3 e T4; velocidade de contração muscular e o relaxamento

Estimulam o metabolismo ósseo, especialmente a reabsorção, causando


osteopenia.

Diabetes
Roteiro

• Diabetes fisiopatologia

• Insulina tipos e mecanismo de ação

154
• Sulfoniluréias

• Biguanidas

• Tiazolidinedionas

• Inibidores da alfa glicosidase

• Meglitinidas

• Inibidores da DPP4

Diabetes

Diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de


insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o
organismo.

A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose


(açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do nosso
organismo.

Comparação entre Tipo 1 Tipo 2


diabetes
Idade no inicio Geralmente durante a Frequentemente acima
infância ou puberdade dos 35 anos
Estado nutricional no Frequentemente Geralmente presença de
inicio subnutrido obsidade
Prevalência 5 a 10% dos diabéticos 90 a 95 % dos
diagnosticados diabéticos
diagnosticados.
Predisposição Moderada Muito forte
genética
Defeito ou deficiência As células são Incapacidade das
destruídas, eliminando a células de produzir
produção de insulina quantidades apropriadas
de insulina; resistência à
insulina; outros defeitos

• Sintomas do diabetes tipo 1:

Fome frequente;
Sede constante;
Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
Perda de peso;
155
Fraqueza;
Fadiga;
Mudanças de humor;
Náusea e vômito.

• Sintomas do diabetes tipo 2: resistência a insulina


Alterações pré – receptor

Causas
Defeitos do receptor
Receptor mutante
Deficiência pós – receptor
Cascata de sinalização GLUT4 deficiente

Sintomas
Fome frequente;
Sede constante;
Formigamento nos pés e mãos;
Vontade de urinar diversas vezes;
Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
Feridas que demoram para cicatrizar;
Visão embaçada.

• Como prevenir o diabetes?

Comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos, três porções de frutas.


Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras.
Parar de fumar.
Praticar exercícios físicos regularmente, (pelo menos 30 minutos todos os
dias).
Manter o peso controlado.

Tipos de insulina
Insulinas Tipo de ação Perfil de ação
Inicio Pico Duração Duração
efetiva maxima
Aspart/lispro Ultra - rápida 5 -15 min 1-2 h 3-4h 4-6h
Regular Rápida (r) 30-60 2-4h 3-6h 6-10h
min
NPH / lenta Intermediaria 1-2 h 4-8h 10-16h 14-18h
Ultra-lenta prolongada 2-4h Não 18-20h 20-24h
previsível
Detemir/glargina prolongada 1-3 h - - 20-24h

156
Preparações de insulina

• Insulina de ação ultra – rápida (lispro)


Insulina monomérica produzida por tecnologia recombinante em que 2 aa
situados próximos a extremidade C - terminal da cadeia beta tem suas
posições invertidas.

Prolina: posição B28 para B29

Lisina: posição B29 para B28

Obtem – se uma insulina cujo inicio de ação é mais rápido e a duração mais
curta do que a insulina humana regular, isso permite que seja aplicada antes
ou após as refeições.

• Insulina de ação rápida (regular)


Esta insulina é produzida pela tecnologia do DNA recombinante e é igual a
insulina humana. Uma injeção deve ser acompanhada de uma refeição ou
lanche contendo carboidratos dentro de 30 minutos. É indicado nos casos de
diabetes descompensada, choque e infecções

• Insulina de ação intermediária

Insulina NPH

É uma insulina cujo início de ação é retardado ao combinar-se, quantidades


apropriadas de insulina e protamina (complexo isofano)

6 moléculas de insulina - 1 protamina

Após a administração subcutânea enzimas proteoliticas degradam a protamina,


permitindo a absorção da insulina

Efeito máximo 4-12 Horas


Duração 24Horas
Aplicado pela manhã antes do café e a noite antes do jantar ou ao deitar.
Não é indicado em ceto - acidose, ou situações emergências.

Insulina de ação longa

• Insulina ultra lenta (insulina zinquica estendida)


Insulina de ação longa tem uma duraçãode mais de 24horas.

157
Insulina de ação longa (suspensão de insulina zinco em tampão acetato,
cristalina)
Efeito máximo 8-24 Horas
Duração 28 horas
• Insulina de ação longa

-Insulina glargina

Dois resíduos de arginina são adicionados na extremidade carboxil da cadeia


B.

Início de ação mais lento do que a NPH e tem efeito hipoglicemico achatado e
prolongado, ou seja, não tem pico utilizada por via SC
Ponto isoeletrico menor que a insulina humana, levando a precipitação no local
da injeção, prolongando a sua ação.

• Insulina pré - mistura

Contém uma combinação de insulina de ação rápida e de ação intermediaria


em proporções padrão. Este produto elimina a dificuldade que alguns
indivíduos têm quando misturam insulinas. Os produtos vêm em uma
variedades de combinações pré – misturas contendo 10-50% de insulina de
ação rápida e 50 a 90% de ação intermediária, sendo a proporção de 30% de
insulina de ação rápida e 70% de ação intermediária que é a mais utilizada.

Insulina pré – mistura (insulina humana bifásica consistituido de 30% solúvel e


70% de insulina isofana)
Efeito Maximo- 2 a 8 horas
Duração - 24 horas

• Novas opções de tratamento

Insulina humana DNA recombinante

Inalação oral e absorção pulmonar

Insulina de ação rápida: início de ação em 10 minutos e duração até 6h.

Geralmente indicado o uso 10 minutos pré - refeição.

Hipoglicemeantes de usos orais

Sulfonilureias

158
- Primeira geração

• Clorpropamida
• Tolbutamida
• Tolazamida
• Aceto-examida

- Segunda geração
• Gliburida
• Glibenclamida
• Glipizida
• Gliclazida
• Glimepiride

- Biguanidas

• Metformina
• Fenformina
• Buformina

- Derivados do ácido benzóico


• Meglitinida
• Repaglinida
• Nateglinida

- Tiazolidinadionas
• Rosiglitazona
• Pioglitazona

- inibidor da alfa glicosidase


Acarbose

A ação de alguns hipoglicemeantes orais depende da integridade das células


beta do pâncreas.

São drogas que só tem indicação no diabetes não insulina dependente tipo II.

Sulfonilureias - estimulam as células beta a produzirem mais insulina

1) geração

159
Tolbutamida - potencia( 1)
Tolazamida - potencial (3)
Clorpropamida - potência (6)

2) geração

Glipizida - potencia (75)


Glipizida XR - potencia (150)
Gliburida - potencia (150)
Gliburida micronizada - potencia (250)

3) geração

Glimepirida - potencia (350)

O que diferencia uma das outras são a potência para causar hipoglicemia.

Efeitos adversos e Toxicidade das sulfonilureias

Toxicidade das drogas de primeira geração, relativamente baixa (3-5%)

Hipoglicemia com doses altas (problema maior)

Hepatotoxicidade e icterícia colestatica com clorpropamida

Reação do tipo dissulfiram com álcool.

Reações hematológica

Reações alérgicas

• Drogas da segunda geração


Principalmente hipoglicemia

• Sulfonilureias - interação medicamentosa

Podem aumentar a biotransformação da digoxina

Beta bloqueadores diminuem a liberação de insulina.

Na presença de bebidas alcoólicas, existe risco do paciente apresentar reações


do tipo dissulfiram.

160
Obs. AINEs, cimetidina, clofibrato, I MAO, sulfonamidas, todos aumentam a
hipoglicemia.

Cetoconazol e miconazol diminuem a biotransformação das sulfoniluréias.

Fenobarbital aumenta a biotransformação das sulfoniluréias

Farmacocinética comparativa – sulfunilureias


Fármaco Eliminação T ½ HORAS Tempo de ação
em horas
Clorpropamida (1) Hepática renal 36 Até 72
Tolbutamida (1) Hepática 4-6 6-12
Glibenclamida (2) Hepática 6-12 Até 16
Gliclazida (2) Hepática 12 Até 18
Glipizida (3) Hepática 3-5 Até 12

-Biguanidas

Diminuição de glicogenese hepática

Aumenta a utilização da glicose pelo metabolismo anaeróbico

Diminuição da absorção intestinal da glicose

• Ações da metformina

Aumenta a captação da glicose para o músculo esquelético

Ativação da AMPK (Adenosina monofosfato proteína cinase) uma enzima


normalmente ativada pela Adenosina monofosfato, subproduto do ATP

• Mecanismo de ação
atividade hipoglicemiante da metformina parece ser uma redução da produção
de glicose no fígado (neoglicogênese), além de diminuição da absorção de
glicose no trato gastrointestinal e aumento na sensibilidade à insulina, devido
ao maior uso da glicose pelos músculos.

• efeitos colaterais

problemas digestivos como náusea, vômito, diarreia, dor na barriga, perda de


apetite e alterações no paladar.

Contra indicações da metformina

161
Ao contrário das sulfoniluréias, as Biguanidas não induzem ganho de peso,
mas são contra indicadas nas seguintes situações

I- insuficiência renal (são excretadas exclusivamente pelos rins

II- gravidez

III- doença hepática

IV - alcoolismo

V- doença hipóxica pulmonar crônica (produzem acidose metabólica).

-Inibidores da a - glicosidase

1- acarbose
Dose 25 a 100mg

2- voglibose

3- miglitol
Dose 25 a 100mg

Mecanismo de ação dos Inibidores da a - glicosidase

Inibem competitivamente enzimas da borda em escova do intestino delgado,


responsáveis pela quebra de oligossacarídios e dissacarídeos em
monossacarídios mais facilmente absorvíveis

Inibem sobretudo as a - glicosidases, encontradas predominantemente na


metade proximal do intestino delgado. Dessa forma a absorção intestinal de
carbohidratos é retardada, ficando para as partes mais distais do intestino
delgado e cólon

Efeitos adversos mais frequentes

Gastro intestinais; Desconforto abdominal, flatulência e diarréia, (30% dos


pacientes) diminuem com o uso continuado

Não existe efeitos sistêmicos indesejáveis

Opção terapêutica segura para idosos - sem interações medicamentosas com


outros fármacos

162
- Derivados do ácido benzóico

Repaglinida

- Ações
O mecanismo de ação da repaglinida é estimular as células beta do pâncreas a
produzirem insulina. Ela funciona aumentando a secreção de insulina em
resposta a elevação da glicemia, regulando a sensibilidade dos canais de K+
em locais de ligação diferentes aos da sulfoniluréias.

Meia - vida menos de 1 hora


Ação mais rápida e mais curta do que as sulfoniluréias (comparável a
gliburida).

Repaglinida

Reduz a Hba1c em 1,4 a 1,9 pontos

O risco de hipoglicemia é considerado menor com as sulfoniluréias.

A associação com metformina tem sido segura e melhora o controle glicêmico

Perfil de efeitos colaterais semelhante ao das sulfoniluréias.

- Glitazonas Tiazolidinedionas

Troglitazona foi a primeira Glitazona aprovada para o uso no DMINID, saiu do


mercado por provocar insuficiência hepática em usuários.

Rosiglitazona e pioglitazona são as Glitazonas atualmente em uso, agem


ligando-se ao peroxisome proliferator- activated receptor g (PPARg)

PPARs participam na transcrição dos genes de resposta a insulina e na


regulação do metabolismo lipídico dos adipócitos.

Pioglitazone dose diária 15-45mg

Rosiglitazona dose diária 2-8mg

Troglitazona dose diária 200 -600mg

163
• Farmacodinâmica das Glitazonas
Na presença de insulina endógena ou exógena as glitazonas irão.

Reduzir a gliconeogênese, oferta de glicose, e produção hepática de


triglicerídeos.

Aumentar a captação e utilização da glicose pelo músculo esquelético

Aumentar a captação e utilização da glicose e reduzir a oferta de ácidos graxos


no tecido adiposo.

Efeitos poucos claros na secreção de insulina.

Podem re-sensibilizar as células beta a glicose.

Monoterapia, com metformina ou sulfoniluréias

• Farmacocinética das glitazonas

Pioglitazona: via oral com ou sem alimentos

Pico plasmático ao redor das 3 horas

Meia vida plasmática de 3-7 horas, metabólitos ativos (t1/2= 16-24 horas)

Metabolismo hepático pelo CYP2C8 e CYP3A4, excreção fecal (⅔) e urinaria


(⅓)

Rosiglitazona: é bem absorvida, com ou sem alimentos

Pico plasmático ao redor da 1 hora


T 1/2 de 3-4 horas (há relatos de 103 -158h) via CYP2C8

Efeitos adversos e interações

Ambas glitazonas:

Retenção hídrica produzindo edema, anemia leve, ganho de peso, dose


dependente, segurança na gravidez e lactação ainda não determinadas

Não produzem acidose lactica, mesmo em pacientes com insuficiência renal.

Pioglitazona sujeito a interação com o metabolismo CYP3A4

164
Pode reduzir níveis plasmáticos de anticoncepcionais orais contendo
etinilestradiol e noretindrona

Podem interagir com muitas outras drogas metabolizadas pelo CYP3A4.

Novas opções terapêutica

Agonistas das incretinas (GLP-1 e GIP) exenatida e Liraglutida.

Inibidores da DPP4 (gliptinas)


Sitagliptina (januvia) e vildagliptina (Galvus).

Prolongam a sobrevida das incretinas, auxiliando o pâncreas a fornecer


insulina quando a glicemia está elevada, a produção de glucagon pelas células
alfa é suprimida, reduzindo a liberação de glicose hepática.

DPP4, enzima que degrada as incretinas em formas inativas

Classes de Mecanismo Efeitos na Risco de Comentários


fármacos de ação insulina hipoglicemia
plasmática
Sulfonilureias Estimula a Aumenta Sim Histórico bem
de 1 geração secreção de estabelecido
tolbutamida insulina quanto a
eficácia. Pode
ocorrer aumento
da massa
corporal
Sulfonilureias Estimulam a Aumenta Sim Histórico bem
de 2 geração secreção de estabelecido
Glipizida insulina quanto a
Gliburida eficácia. Pode
glimepirida ocorrer aumento
da massa
corporal
Análogos da Estimula a Aumenta Sim Ação curta com
meglitinida; secreção de (raramente) menos
insulina hipoglicemia a
Nateglinida noite ou com
repaglinida esquecimento
de refeição.
Efeito pós-

165
predial
Biguanidas Diminui a Diminui Não Fármaco
metformina produção preferido contra
endógena o diabete tipo 2
hepática da histórico bem
glicose estabelecido
quanto a
eficácia. Pode
ocorrer perda de
massa corporal.
É conveniente a
dosagem diária.
Muitas
contraindicações
monitorar a
função renal

Contraceptivos hormonais

a)Sistema reprodutor feminino e ciclo menstrual

b) Definição de anticoncepção hormonal

c) Progesterona e seus efeitos

d)Estrogênio e seus efeitos

e)Anticoncepcionais hormonais

f) Oral

g) Injetável

h)Transdérmico

i) Implantes

j) DIU

166
Sistema Reprodutor Feminino ou Aparelho Reprodutor Feminino é o
sistema responsável pela reprodução humana.

Ele cumpre diversos papéis importantes:

• produz os gametas femininos (óvulos);

• fornece um local apropriado para a ocorrência da fecundação;

• permite a implantação de embrião;

• oferece ao embrião condições para seu desenvolvimento;

• executa atividade motora suficiente para expelir o novo ser quando ele
completa sua formação.

167
O ciclo menstrual:

• Nas mulheres o ciclo inicia-se no primeiro dia da menstruação e tem


aproximadamente 28 dias;

• A camada superficial do endométrio desprende-se;

• Este processo está associado a uma hemorragia que dura entre 3


e 5 dias;

• No período da menstruação observasse baixa concentração dos


hormônios FSH, LH, estrógeno e progesterona;

• O hormônio FSH secretado pela adeno-hipófise estimula um folículo por


vez a iniciar a sua maturação, assim como o ovócito I a continua a
divisão meiótica;

• o Folículo em maturação aumenta a produção do estrógeno;

• O aumento da concentração de estrógeno por sua vez estimula a


produção do hormônio LH, que também é secretado pela adeno-
hipófise;

168
• Este aumento repentino na concentração de LH que ocorre
aproximadamente no meio do ciclo, encerra a maturação do
folículo e o induz a se romper, liberando o ovócito II;

• O folículo rompido forma o corpo lúteo ou corpo amarelo, que


produz muita progesterona e pouco estrógeno;

• Se não ocorrer a fecundação, em torno de 10 dias o corpo lúteo


se transforma em corpo albicans ou corpo branco, encerrando ao
produção de progesterona;

• A falta de progesterona provoca a descamação da camada


superficial do endométrio e encerra a inibição sobre a adeno-
hipófise que retorna a secretar FSH.

• Através do FSH outro folículo inicia o processo de maturação e o


ciclo se reinicia.

As três fases do ciclo menstrual:

• Fase menstrual:

• Dura de 3 a 5 dias;

• Ocorre a liberação do fluxo menstrual.

• Fase proliferativa ou estrogênica:

• Do final da menstruação até a ovulação;

• É a etapa do amadurecimento folicular e aumento da


concentração do estrógeno.

• Fase secretora:

• É o período de grande atividade do corpo lúteo e de maior


produção de progesterona.

• Fase isquêmica ou pré-menstrual:

169
• Transformação do corpo lúteo em corpo albicans.

• Diminuição dos níveis de progesterona;

• Descamação da camada superficial do endométrio.

• O período entre a ovulação e a próxima menstruação é sempre de 2


semanas.

Anticoncepção hormonal: consiste na utilização de progestageno ou na


associação com um estrogêno com a finalidade de impedir a concepção
hormonal.

O que é o progesterona

Progesterona é um hormônio produzido pelas células do corpo lúteo do ovário.


O corpo lúteo é uma estrutura que se desenvolve no ovário, no lugar que ocupa
um óvulo maduro que tenha sido liberado durante a ovulação.
Conseqüentemente, o nível de progesterona se eleva durante a segunda
metade do ciclo menstrual.

Produção

Sempre que o óvulo liberado não é fecundado, a produção de progesterona


diminui, ocorre a menstruação e degeneração do corpo lúteo.

O hormônio progesterona é um esteróide que possui a mesma composição


química dos hormônios estrogênios femininos e dos hormônios androgênios
masculinos.

Função da progesterona no organismo

A principal função do hormônio progesterona é preparar a membrana mucosa


do útero para receber o óvulo. Além disso, estimula o preparo das mamas para
a produção de leite.

Anticoncepcionais

170
Existem substâncias que imitam a ação do hormônio progesterona com o fim
de serem utilizados junto com estrógenos sintéticos, como no caso dos
anticoncepcionais orais e também nos casos de reposição hormonal.

Inibição da secreção de LH: inibe a ovulação

Alteração do muco cervical: muco hostil para ascensão de espermatozóides


no útero deixando o muco mais espesso

Atrofia das glândulas endometriais: interfere na implantação

Alterações da motilidade e secreções das trompas: impede o transporte de


oócito/embrião.

Progestágenos dose para inibir a ovulação


Fármaco Dose
levonorgestrel 0,05 mg/dia
Desogestrel 0,06 mg/dia
gestodeno 0,03 mg/dia
linestrenol 2,0 mg/dia
noretisterona 0,5 mg/dia
medroxiprogesterona 10 mg/dia
drospirenona 2,0 mg/dia
ciproterona 1,0 mg/dia
clormadinona 1,5 - 2,0 mg/dia
dienogest 1,0 mg/dia

Progesterona efeitos adversos

Aumento de apetite/ ganho ponderal

Flutuações de humor

Depressão

Diminuição da libido

171
Fadiga

Acne

Aumento do tamanho das mamas

Alteração do metabolismo de lipídios e carboidratos

Drospirenona

Atividade antimineralocorticoide: pela menor retenção de sódio e água, melhora


a tensão mamária, edema, peso corpóreo e síndrome pré – menstrual.

Atividade antiandrogênica: pelo bloqueio do receptor androgênico melhora


acne e seborréia.

Estrogênios

Funções do estrogênio
O estrogênio é o principal hormônio responsável pelas características sexuais
secundárias femininas, tais como o tamanho dos seios e o controle da
ovulação.

A partir da puberdade, o estrogênio desempenha importante função no ciclo


menstrual. Durante a menopausa ocorre a diminuição da liberação de
estrogênio e progesterona, os principais hormônios femininos.

As principais funções do estrogênio são:

• Estimula o crescimento do endométrio do útero preparando-o para a


fertilização;

• Regula a distribuição de gordura no corpo, contribuindo para as formas


corporais femininas, como por exemplo da região do quadril;

• Desenvolvimento mamário;

• Crescimento de pelos pubianos;

• Estimula o desenvolvimento dos pequenos e grandes lábios da vulva.

Tipos de estrogênio

172
O estrogênio é, na verdade, um termo que designa também outros compostos,
os quais são denominados de hormônios esteroides.

Mais de vinte estrogênios foram identificados, sendo que os mais importantes


são o estradiol, a estrona e o estriol. Eles são sintetizados a partir do colesterol.

Existem três tipos de estrogênios naturais presentes nas mulheres, são eles:

• Estradiol: Principal e mais importante hormônio sexual feminino e


essencial para que a gravidez possa acontecer. Estima-se que possua
mais de 300 funções no organismo feminino.

• Estrona: Predominante em mulheres após a menopausa.

• Estriol: Subproduto do metabolismo da estrona, sendo mais importante


durante a gravidez.

Progestagenos sintéticos: Gestodeno e norgestimato

Estrogênio mecanismo de ação:

173
Inibição da secreção de FSH;

interfere no crescimento folicular

Potencializa a ação de progestogênio

Mantém o padrão de sangramento cíclico

Estrogênio outras funções

Diminui o colesterol total /LDL

Aumenta HDL

Aumento da glicemia e dos triglicérideos

Fígado aumenta as enzimas e proteínas

Aumenta os fatores de coagulação: V e VII.

Aumento de antitrombina III

Estrogênios sintéticos Doses acima de 50 Ug, aumenta em 28% o risco de


trombose venosa profunda.

Dosagens baixas afetam menos o metabolismo de carboidratos e lipídeos.

Estrogênios efeitos adversos

Náuseas e vômitos Hipersensibilidade mamária Cloasma (alteração da


pigmentação) Aumento de incidencia de Cefaleia vascular

Anticoncepcionais hormonais-Efeitos metabólicos glicídeos

Diminuí a tolerância a glicose (EE)

Aumenta o nivel de insulina

Reduz o número de receptores de insulina

Efeitos metabólicos coagulação.

• anticoncepção hormonal

174
Orais

Injetável

Implante

Transdérmico

Dispositivo ultra - uterino (endoceptivo)

• Tipo de anticoncepcionais orais:

Combinados

Estrogênio + progestagenos associado

Monofásico

Bifásico

Trifásico

- Minipilula

- Interceptivos (pós - coito)

Anticoncepcionais orais Combinados mecanismo de ação:

Suprimem a ovulação

Reduzem o transporte ovular nas trompas de falópio

Alteram o endométrio e dificultam a nidação

Tornam mais espesso o muco cervical (evitando a penetração do


espermatozóide)

Tipos e composição

Dependendo da quantidade de etinilestradiol (EE)

De baixa dosagem 35Ug ou menos de EE

De média dosagem 50Ug de EE

175
Monofásico

Combinação de estrógenos e progestagenos em concentrações iguais em


todas as pílulas

A administração ocorre por 21 dias começando do quinto dia

A cada três semanas de uso, tem se uma semana de repouso.

Bifásico

A dose de progesterona varia duas vezes durante o ciclo artificial e o


estrogênio permanece com a mesma dose durante todo o uso

Trifásico

A dose de progesterona varia três vezes durante o ciclo artificial enquanto o


estrogênio varia apenas uma vez

Tenta mimetizar o ciclo menstrual normal

Hormônio Quinto ao décimo Décimo primeiro ao Decimo sexto ao


dia décimo quinto dia vigésimo quinto dia

levonorgestrel 50 Ug 75 Ug 125 Ug

etinilestradiol 30 Ug 40 Ug 30 Ug

Minipilulas

Características

Só apresenta progesterona

Não é anovulatória

Administração diária e interrupta de progestínico (pp- pilulas progestínicas) em


baixa dosagem ½ a 1/10 dos AOC.

176
Dura todo o tempo em que se deseja controla a fertilidade

São utilizadas na amamentação

Agem alterando as propriedades reológica do muco cervical

Retorno imediato a fertilidade quando suspenso o uso

Noretisterona 0,35 mg Micronor norestin 35 ativas


Levonorgestrel 0,030 mg nortrel 35 ativas
Linestrenol 0,5 mg exluton 28 ativas

Minipilulas benefícios anticoncepcionais

Eficazes quando tomada diariamente a mesma hora (0,05-5mg) gravidezes 100


mulheres no primeiro ano de uso.

Eficácia imediata menos de 24 horas

Não afeta a amamentação

Retorno imediato da fertilidade quando suspenso o uso

Poucos efeitos colaterais

Minipilulas Benefícios não anticoncepcionais

Podem diminuir as cólicas menstruais

Podem reduzir o sangramento menstrual

Podem melhorar a anemia

Protegem contra o câncer do endométrio

Diminuem as doenças benignas das mamas

Diminuem a incidência de gravidez ectópica

Minipilulas limitações

Devem ser tomadas diariamente a mesma hora

177
O esquecimento aumenta a falha do método

Interceptiveis (pós-coito)

Terminologia

Pílula do dia seguinte

Anticoncepção pós coital

Pílula francesa

Contracepção de emergência

Método de yuzpe

Pipulas anticoncepcionais contendo

Dose total = 4 comprimidos de EE 50 mcg + 250 levonorgestrel 250 mcg


(neovlar + ou evanor ou normamor)

Dose total 8 comprimidos de EE 30 mcg + levonorgestrel 150 mcg (microvlar


ou nordette ou levordio ou ciclo 21)

Agora só pílulas de progestogenio

Dose total 2 comprimidos com 750 mcg de levonorgestrel cada um ( postinor -


2, pozzato, pilem, diad, neo-post, poslov, nogravid)

Posologia

Em duas doses;

A primeira dose deve ser tomada antes das 120h (5 dias após relação).

A segunda dose deve ser tomada após 12 h após a primeira.

Em uma dose - estudos mostram que tomar duas juntas é igualmente eficáz.
Doses passarão a ser 1 comprimido (a eficácia é maior quanto antes se
tomar).

Metodos yuzpe Levonorgestrel

178
Até 24 horas 75,0 % 95,0 %
25 a 48 horas 48,8 % 85,0 %
49 a 72 horas 41,3 % 66,3 %
Média 60,0 % 86,3 %

Mecanismo de ação

1) inibição da ovulação se ingerida antes da ovulação tem a mesma função da


pílula anticoncepcional, impede que o óvulo seja enviado para as trompas

2) inibição da fecundação; afeta a mobilidade dos espermatozóides em direção


ao óvulo a migração dos grupos de espermatozóides que permanecem dentro
do útero cerca de 72 horas a 120 hrs após a relação sexual fica prejudicada.

Injetáveis

As diferentes formulações contem estradiol, e um progestageno sintético,


diferentemente dos anticoncepcionais orais combinados, nos quais ambos os
hormônios são sintéticos

Falha dos injetáveis combinados 0,2 a 0,4 %

Falha dos injetáveis apenas de progesterona 0,1 a 0,6%

Anticoncepcionais injetáveis mensais aprovados no Brasil


50 mg de enantato de noretisterona e mesigyna
5mg de valerato de estradiol
25 g de acetato de medroxiprogesterona cyclofemina
e 5mg de cipionato de estradiol
150 mg de acetofenido de Perlutan
dihidroxiprogesterona 10mg de enantato Ciclovular
de estradiol unociclo

Anticoncepcionais injetáveis trimestral


Contem apenas progestogênio – 150 mg de acetato de medroxiprogesterona

179
Adesivos transdérmicos
Dois hormônios sintéticos

Troca toda semana, no mesmo dia 3x ao mês

Na quarta semana não é utilizado

Índice de falha é semelhante a pípula

DIU dispositivo intra - uterino hormonais

Dispositivo de plástico em forma de T contendo levonorgestrel

Liberação lenta e constante por cinco anos

Inibe o crescimento do endométrio, mas continua ovulando

Após um mês retirado, a mulher já pode engravidar

Índice de falha 0 a 0,2 %

Implantes subdérmicos

É um dispositivo na forma de bastonete, com

Anorexígenos

Roteiro da aula

A) Obesidade

B) Índices para avaliar a obsidade

C) Causas da obsidade

D) Tratamento farmacológico da obsidade

E) Catecolaminas

F) Catecolaminérgicos e serotoninérgicos

G) Antagonistas canabinóides

H) Medicamentos que interrompem a absorção de gorduras

180
O que é obsidade?

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no


indivíduo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais
comumente é o do índice de massa corporal (IMC). O IMC é calculado
dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado.

Ou seja, excesso de peso caracterizado por uma participação da massa de


tecido adiposo superior a 20 % no peso total do indivíduo

Acrescentar figura

• Outros índices para avaliar a obsidade

A obsidade pode ser também diagnósticada quanto a distribuição da gordura


corporal, O IMC é o método mais utilizado, porém ele ignora está distribuição

O excesso de gordura pode estar mais concentrado Nas regiões abdominais ou


no tronco; obsidade tipo andróide, mais frequentes no sexo masculino.

Na região dos quadris; obsidade do tipo ginóide, inferior, periférica ou


subcutânea, mais frequentes no sexo feminino.

A obsidade Andróide apresenta maior correlação com complicações


cardiovascular e metabólicas que a obsidade ginóide, que apresenta como
doenças mais associadas complicações vasculares periféricas e problemas
ortopédicos e estéticos.

• Causas da obsidade

Vários fatores estão relacionados com o surgimento da obsidade, pode ser


Endogenos; genética, idade, sexo e raça.

Ambientais: aqueles que determinam o surgimento só sobrepeso e obsidade


em indivíduos susceptíveis expostos a eles.

Controle do consumo dos alimentos

Hipotálamo

- Início; ingestão e centro da fome

181
- Receptores químicos e térmicos

- Termino da ingestão centro da saciedade

• Tratamento da obsidade

- Farmacológico

- Cirúrgico

- Atividade física

- Dietético + atividade física

- Indicação correta da medicação

• Quem deve usar remédio para emagrecer ?

- Obesos (IMC > 30)

- Sobrepesos (IMC > 25) com alguma comorbidade

- Pacientes com transtorno de compulsão alimentar

• Quem não deve usar ?

- IMC menor que 25

- Hipertensos descontrolados

- História de doença coronáriana ou insuficiência cardíaca

- Diabetes

- Outras doenças endócrinas hormonais associadas (cushing, Hipotireoidismo,


hipogonadismo).

- Automedicação

Obs. Anorexígenos inibe a fome ou aumenta a saciedade.

(Catecolaminérgicos acrescentar mais informações) pesquisar e anexar )

• Farmacocinética dos catecolaminérgicos

182
- Biotransformação hepática - metabólito ativo anfetamina (femproporex).

- Derivados anfetaminicos: tempo de meia vida 2-6h

- Mazindol tempo de meia vida 10h Aumenta a lipossolúbilidade

• Mecanismo de ação dos farmacos (anfepramona e femproporex)

- Inibe a MAO, obs: (MAO degradacatecolamina)

- Aumenta a liberação de neurotransmissores que são armazenados nas


vesículas de neurônios.

- Bloqueia a recaptação desses neurotransmissores que são liberados na fenda


sináptica.

• Mazindol mecanismo de ação

- Bloqueia a recaptação de neurotransmissores, aumentando a noradrenalina e


dopamina. Ou seja, noradrenérgico e dopaminérgico

- Aumento da noradrenalina diminui a sensação de fome

- Dopamina aumento da sensação de saciedade

Efeitos colaterais

Boca seca, Taquicardia, Constipação, Hipertensão, Insônia, Tremor, Ansiedade


e Irritabilidade.

Interações medicamentosas

Crises hipertensivas

- IMAO (Monoclobemida, tranilcipromina, selegilina)

- Descongestionante, antitussígenos e antialérgicos: Transtornos psicótico e


depressão

- Drogas ilícitas e álcool Aumenta a excreção (diminui o efeito).

- Vitamina C - Alteração de biodisponibilidade do fármaco.

183
- Fármacos metabolizados pelo citocromo P450

Contra indicações

Glaucoma, Hipertireoidismo, Hipertensão arterial, Ateriosclerose, História de


abuso de drogas ou álcool, Estado de agitação, Gravidez, Lactação, Crianças e
jovens menores de 18 anos e idosos maiores de 65 anos.

• Segundo grupo de fármacos (Catecolaminérgicos e serotoninérgico)

Sibutramina (Reductil, Plenty)

Farmacocinética

Absorvido rapidamente pelo trato gastro intestinal

Biotransformação hepática - 2 metabólitos ativos.

Aumenta a ligação a proteína plasmáticas

Tempo de meia vida 1,1 hora para sibutramina é de 14 -16 horas para
metabólitos.

Excreção renal

Sibutramina mecanismo de ação

Atua em neurotransmissores cerebrais (serotonina e dopamina), aumentando a


sensação de saciedade. Além disso, acarreta um aumento do gasto calórico,
por aumentar levemente a pressão arterial e o batimento cardíacos.

Útil em indivíduos compulsivos para doces e hidratos de carbono complexos


(pães e massas).

Diminui sensação da fome

Aumenta a sensação da saciedade

Inibe a recaptação de serotonina e noradrenalina

Efeito saciogênico e termogênico

Efeitos colaterais

184
Boca seca

Constipação

Taquicardia

Hipertensão

Vômitos

Sudorese

Insônia

Tremor

Ansiedade

Irritabilidade

Contrações musculares

Disfunção hepática

Interações medicamentosas

IMAOs, agentes serotoninérgicos, agentes antienxagueca.

Síndrome serotoninérgica

Descongestionante nasal, antitussígeno, antialérgico

Aumento da pressão arterial e aumento da frequência cardíaca

Farmácos que inibem o citocromo P450

Risco de Toxicidade

Contra indicações

Glaucoma

Pacientes em tratamento com IMAOs,

Hipotireoidismo não tratada

185
Convulsão

Hipertensão arterial

Gravidez

Lactação

Hipertensão pulmonar

Crianças, jovens menores de 18 anos e idosos maiores de 65 anos. Doença


coronáriana, arritmias, infarto

• Terceiro grupo (Antagonistas canabinóides)

Rimonabant

Acrescenta imagem vídeo 2

Tempo 25:04

Efeitos colaterais

Depressão

Ansiedade

Perda da memória

Síndrome do Pânico

Desordem emocional

Tendinite e espasmos musculares

Aumento da transpiração

Interação medicamentosa

Inibidores de CYP3A4 (cetoconazol):

Aumenta a concentração plasmática do Rimonabant

Indutores de CYP3A4 (Rifampicina, fenitoína)

186
Diminui a concentração plasmática do Rimonabant

Contra indicações

Histórico de problemas renais

Histórico de problemas psiquiátricos sérios, como depressão profunda

Histórico de problemas cardiovasculares (infarto do miocárdio, AVC, etc. Em


menos de 6 meses

Lactação

Gravidez

• Quarto grupo (Medicamentos que afetam a absorção)

Orlistat (xenical)

Farmacocinética

Absorção sistêmica insignificante

Biotransformação no TGI- 2 metabólitos

Eliminado pelas fezes

Mecanismo de ação orlistat

Inibe a lipase pancreática, 30% da gordura da dieta é excretada

Efeitos colaterais

Esteatorreia

Incontinência fecal

Cólicas

Interações medicamentosas

Pravastatina- aumenta a concentração plasmática

Vitaminas lipossolúveis

187
Reduz a absorção

Contra indicações

Gravidez

Lactação

Síndrome de má absorção

Indivíduos menores de 12 anos

Hipolipemiantes

Roteiro da aula

Estrutura das lipoproteínas

Classe das lipoproteínas

Características das lipoproteínas

Transporte do colesterol

Dislepidemias

Tratamentos farmacológico

Inibidores da HMG-CoA redutase

Ezetimiba

Resina de troca iônica

Fibratos

Derivados do ácido nicotínico

Orlistat

O que é o colesterol?

O colesterol é um lípido (gordura) produzido pelo fígado a partir de alimentos


ricos em gordura, e é necessário para o funcionamento normal do corpo,

188
estando presente nas membranas (camadas externas) de todas as células do
organismo.

Funções do Colesterol

• Formação de vitamina D

Embora seja denominada uma vitamina, a vitamina D é, na verdade, um pré-


hormônio. Ela é produzida pelas células da pele, onde o colesterol converte-se
nesta substância em contato com a luz ultravioleta.

• Produção de hormônios como testosterona e a progesterona.

• Produção de sais biliares

O colesterol é o material inicial para a formação de sais biliares, que


contribuem para a digestão das gorduras da dieta.

Composição da membrana plasmática

As membranas são formadas por lipídeos, carboidratos e proteínas. O


colesterol é importante para a integridade das membranas e pode representar
até 25% de seu conteúdo.

Eliminação

A rota predominante da eliminação do colesterol é pela excreção na bilis.

Lipoproteínas

São estruturas moleculares responsáveis pelo transporte no plasma das


gorduras tornando esses lipídios solúveis no meio aquoso.

As lipoproteínas podem ser classificadas em cinco grupos distintos:

quilomícrons (Qm), lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL),


lipoproteínas de densidade intermediária (IDL), lipoproteínas de baixa
densidade (LDL) e lipoproteínas de alta densidade (HDL). As duas principais
lipoproteínas são a LDL e a HDL,

Transporte de quilomícrons - transporta triacilglicerol exógeno

189
• VLDL - lipoproteína de densidade muito baixa,transporta triacilglicerol
endógeno

• IDL - lipoproteína de densidade intermediária, é formada na transformação


de VLDL em LDL.

• LDL - lipoproteína de densidade baixa, é a principal transportadora de


colesterol, seus níveis aumentados no sangue aumentam o risco de infarto
agudo do miocárdio.

• HDL - lipoproteína de densidade alta, atua retirando o colesterol da


circulação. Seus níveis aumentados no sangue estão associados a uma
diminuição do risco do infarto agudo do miocárdio.

(Classe das lipoproteínas acrescentar tabela quando passar para word


print no Cel )

Funções das apoliproteinas tabela print acrescentar

Dislipidemias

Designam-se dislipidemias as alterações metabólicas lipídicas decorrentes de


distúrbios em qualquer fase do metabolismo lipídico, que ocasionem
repercussão nos níveis séricos das lipoproteínas.

Dislipoproteinemias

1) Causas primárias de hiperlipidemia

Aumento da produção

Deficiência no processamento

Deficiência na captura celular

Remoção inadequada

2) causas secundárias de hiperlipidemia

Sedentarismo

190
Doença hepática

Insuficiência renal

Diabetes e Hipotireoidismo

Obs aula 3 rever pois ficou um pouco confuso falta acrescentar!!!

Aula 4

Terapêutica

Mudança no estilo de vida e os fármacos

Níveis de colesterol colocar foto do print no celular ou baixar outro na Net


valores de referência !!!!

Tratamento medicamentoso

Os hipolipemiantes devem ser empregados sempre que não houver efeito


satisfatório das MEV ou impossibilidade de aguardar os efeitos da MEV por
prioridades clínicas

A escolha da classe terapêutica está condicionada ao tipo de dislipidemia


presente

Tratamento para hipercolesterolemia

Na hipercolesterolemia isolada, os medicamentos recomendados são as


estatinas, que podem ser administradas em associação a ezetimiba,
colestiramina e eventualmente a fibratos ou ácido nicotínico.

As estatinas são na maioria das vezes administradas ao deitar

Acrescenta os nomes dos medicamentos no print

Sinvastatina

-Inibidores HMG - CoA redutase

Reduzem o LDL - C de 15% a 55% em adultos.

Reduzem os TG de 7% a 28%

191
Elevam o HDL- C de 2% a 10%

efeitos adversos - Inibidores HMG -CoA redutase

Insuficiência hepática

Miopatia

Contra indicado na gravidez

Outra classe de fármaco ezetimiba

A ezetimiba é um Inibidor de absorção do colesterol que atua na borda em


escova das células intestinais inibindo a ação da proteína transportadora de
colesterol.

Usada isoladamente, reduz cerca de 20% o LDL - C

Tem sido mais empregada em associação com as estatinas, em função da


potenciação da redução do colesterol intracelular.

Redução da síntese pela estatina

Redução da absorção intestinal pela ezetimiba.

Pode ser administrada a qualquer hora do dia, com ou sem alimentação, não
interferindo na absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis.

Resinas de troca iônicas colestiramina

São farmácos que reduzem a absorção intestinal de sais biliares;


interrompendo a circulação êntero-hepática.

Com a redução da absorção, reduz-se o colesterol intracelular no hepatócito e,


por este motivo, Aumenta-se o número de receptores de LDL.

Não reduzem a absorção de triglicerídeos, podendo inclusive aumenta- lá.

Reduz em média 20% dos valores basais de LDL- C

É potencializado pelo uso de estatinas

Pode promover pequena elevação do HDL-C

192
Pode ser utilizada em crianças, sendo a única liberada para mulher no período
reprodutivo sem método anticoncepcional efetivo.

Usados como alternativa quando os níveis de colesterol não são reduzidos o


suficiente com as estatinas.

O aumento da síntese de ácidos biliares é acompanhada da síntese de TG


(não deve ser usada em paciente com hipertrigliceridemia). A colestiramina é
administrada antes das refeições.

Tratamento para a hipertrigliceridemia

No tratamento da hipertrigliceridemia isolada são prioritariamente indicados


fibratos e, em segundo lugar, o ácido nicotínico ou associação de ambos.

O ácido graxo ômega-3 pode ser utilizado isoladamente ou em associação com


outros fármacos.

Na hiperlipidemia mista, o nível de triglicérides orienta a escolha

Acima de 500mg/DL, deve-se iniciar o tratamento com um fibrato, adicionando-


se Necessário ácido nicotínico e /ou ômega-3

Abaixo de 500mg /dL, deve-se iniciar o tratamento com uma estatina


isoladamente ou associada a ezetimiba, priorizando-se a meta de LDL-C.

• Fibratos São farmácos derivados do ácido fibrico que agem estimulando os


receptores nucleares denominados Receptores alfa ativados de proliferação
dos peroxissomas (PPAR-alfa).

(Acrescentar tabela do print)

• Ácido nicotínico

O ácido nicotínico reduz a ação da lipase tecidual nos tecidos adipócitos,


levando a menor liberação de ácidos graxos livres para a corrente sanguínea.

Como consequência, reduz-se a síntese de TG pelos hepatócitos.

193
Reduz o LDL-C em 5% a 25%

Aumenta o HDL-C em 15 a 35%

Melhor fármaco para aumentar os níveis de HDL

Diminui os triglicerídeos em 35 a 50%

Tão efetivo quanto os fibratos ou as estatinas mais potentes.

• Orlistat

Inibidor das lipases intestinais. Atuam ligando -se covalentemente aos sítios
Cataliticos das lipases gástricas e pancreática

Diminui a absorção de triglicerídeos ingeridos em 30%

Dose recomendada 360mg/dia

Não se conhece definitivamente o papel do seu uso na prevenção da


ateriosclerose.

Antibióticos
Estrutura e funções da célula bacteriana

A célula de uma bactéria gram-positiva é circundada pela parede celular


onde se encontra o peptidioglicano em todas as formas de bactérias, com
exceção dos micoplasmas. O peptidioglicano é formado por cadeias
dissacarídicas, ligadas entre si através de pontes peptídicas.

A célula de uma bactéria gram-negativa além de apresentar as estruturas da


gram-positiva, possui de fora para dentro, uma membrana externa à parede
celular com dupla camada de lipídios, contendo proteína, semelhante à
membrana plasmática, possuindo também polissacarídeos que diferem nas
diferentes cepas de bactérias, sendo importantes fatores que determinam a
antigenicidade da bactéria, constituindo as endotoxinas que podem

194
desencadear reações inflamatórias, ativar o sistema complemento, provocar a
febre e/ou outros aspectos da inflamação

Os principais microrganismos gram-negativos são:

Cocos: neisserias (gonococos – meningococos). Bacilos: Bacteroides –


Enterobacter – Escherichia – Klebsiella – Proteus – Salmonella – Shigella –
Providencia – Acinetobacter – Bordetella – Brucella – Haemophilus ducreyi –
Francisella tularensis.

Os principais microrganismos gram-positivos são:

Cocos: estafilococos – estreptococos. Bacilos: Clostridium – Bacillus – Listeria


– Corynebacterium.

Antimicrobianos: inibem o crescimento ou provocam a destruição dos


microorganismos

Uso indiscriminado: Resistência Bacteriana e Germes multirresistentes

Resistência Bacteriana:

existem três tipos de resistência bacteriana: Resistência intrínseca,


resistência por mutação, e, resistência mediada por plasmídio.

A resistência intrínseca é descrita quando a bactéria evolui para a produção


de uma enzima capaz de degradar o fármaco, por exemplo, a enzima b-
lactamase, sendo uma resistência intrínseca ao microrganismo.

A resistência por mutação ocorre com a evolução, e, mutação que leve a


alteração estrutural do microrganismo impedindo as ações do fármaco.

A resistência mediada por plasmídio é a que envolve a passagem de


informação da resistência por mutação de um microrganismo para outro, assim,
o DNA alterado, que confere a resistência, é envolvido (empacotado) dentro de
um plasmídio que pode ser transferido a outros organismos.

Classificação dos Antibioticos:

195
Bactericidas – são os antibióticos que matam as bactérias. Eles podem fazer
isso de diversas formas, reduzindo seus números drasticamente e facilitando
tudo para o sistema imunológico.

Os principais antibióticos que são considerados bactericidas, são:

Amoxicilina – ampicilina – bacitracina – canamicina – carbenicilina –


cefalosporinas – estreptomicina – gentamicina – oxacilina - penicilina -
polimixina – rifampicina, vancomicina, aminoglicosídeos, quinolonas e
polipeptídicos.

Bacteriostáticos – são antibióticos que impedem as bactérias de se


reproduzir. Assim, o número de bactérias para de crescer, para então
passarem a morrer naturalmente e serem mortas pelo sistema imunológico,
sem sobrecarregá-lo.

Os bacteriostáticos impedem que as bactérias se multipliquem. Eles podem


inibir a síntese de proteínas das células, o que as impede de se dividir. Ainda
podem impedir a duplicação do DNA da bactéria, o que faz com que parem de
se multiplicar, deixando que o sistema imunológico as elimine de maneira
eficiente.

Ácido nalidíxico - eritromicina – lincomicina – nitrofuranos – tetraciclina,


cloranfenicol, sulfonamidas.

Outro ponto importante a ser considerado é que as drogas administradas


podem agir em diferentes reações do organismo bacteriano, chamadas de
Reação I, II ou III. As reações do tipo I não são específicas da bactéria e por
isso não são bons alvos terapêuticos (Exemplo vias de obtenção de energia da
Glicose); as do tipo II são aquelas que ocorrem em vias metabólicas
especificas da bactéria ou que são preferenciais nelas (Exemplo Via do Acido
fólico); já as do Tipo III são as mais específicas e os melhores alvos (Exemplo
Síntese de Peptideoglicano).

196
Sítios de Ação dos Diferentes tipos de Agentes ATB:

Inibe Síntese da parede celular – cicloserina, bacitracina, beta-lactâmicos,


glicopeptídeos.

Metabolismo ác fólico – Trimetoprima e sulfonamidas,

Danos A Membrana celular ou plasmática – polimixinas e daptomicinas

Síntese e Replicação do DNA – quinolonas, nitroimidazóis. o RNA polimerase


DNA-dependente – rifamicinas.

Síntese de proteínas – aminoglicosídeos, macrolídeos, lincosamida,


estreptograminas, anfenicóis, tetraciclinas, rupirocina.

Inibem a Síntese de parede celular – cicloserina, bacitracina, beta-


lactâmicos, glicopeptídeos.

197
Ciclosserina: Ela é usado para tratar a tuberculose.

Os efeitos mais frequentes são cefaleia, sonolência, tremores, disartria,


vertigem, confusão, irritabilidade, crises psicóticas com tendências ao suicídio,
depressão, contraturas, hiper-reflexia, distúrbios visuais e paresias. Não são
recomendadas para pacientes epilépticos.

Bacitracina, Sulfato de neomicina + bacitracina: com ação antibiótica,


impedindo com que o fosfolipídio bacteriano se regenere ao inibir a enzima D-
fosforilase, consequentemente com que o ciclo de formação de parede
bacteriana continue e realize função bactericida.

é indicado para o tratamento de infecções da pele e/ou mucosas, causadas


por diferentes bactérias, como por exemplo, nas “dobras” da pele, ao redor dos
pêlos, na parte de fora da orelha, nos furúnculos, nas lesões com pus, na acne
infectada, nas feridas abertas (como úlceras da pele) e nas queimaduras de
pele.

Efeitos colaterias

reações de alergia na pele com sintomas como inchaço, irritação local,


vermelhidão ou coceira, alterações na função dos rins, problemas de equilíbrio
e audição, sensação de formigamento ou dores musculares

beta-lactâmicos: Os beta lactâmicos têm como mecanismo de ação a inibição


da síntese da parede celular bacteriana. Nesta classe de antimicrobianos
temos os seguintes subgrupos:

a) Penicilina: b) Cefalosporinas: c) Monobactâmicos: d) Carbapenémas: e)


Glicopeptídicos:

a) Penicilina: inibe síntese de peptideoglicanas da parede celular bacteriana


e também algumas enzimas, levando a lise ou quebra.

Podem ter sua ação inibida por amidases e b-lactamases bacterianas (as
chamadas penicilinases). Por conta desse mecanismo de resistência, são
administradas combinadas a outros antibióticos.

198
Exemplos: Benzilpenicilina, Flucloxacilina, Amoxicilina, ampicilina
Ticarcilina e pivampicilina.

Os principais antibióticos derivados da penicilina são:

Amoxicilina. Ampicilina. Azlocilina. Carbenicilina. Cloxacilina. Mezlocilina.


Nafcilina. Penicilina. Piperacilina. Ticarcilina.

Benzilpenicilina ou Penicilina G é um tipo de penicilina que é dada


intravenosamente ou intramuscularmente especialmente em casos de infecção
por bactéria Gram-positiva, mas também em casos de algumas bactérias gram-
negativas como Neisserias

Efeitos

Cefaleia. náusea; vômito; diarreia.

Flucloxacilina

está indicada no tratamento de infecções nos seguintes locais, quando


causadas por organismos sensíveis, particularmente Streptococcus e
Staphylococcus

Mecanismo de ação

A flucloxacilina, ao actuar na síntese da parede bacteriana, exerce uma ação


bactericida contra os estreptococos, estafilococos, incluindo Clostridium e
Neisseria.

Efeitos colaterias

hipersensibilidade à substância, o que pode provocar febre, urticária ou dores


articulares. angioedema Leucopenia (normalmente transitória) trombocitopenia
(normalmente transitória).

amoxicilina

A amoxicilina é um antibiótico de amplo espectro indicado para o tratamento de


infecções bacterianas Gram-positivos e gram-negativos

Efeitos colaterias

199
Diarreia, náusea e rash cutâneo

b) Cefalosporinas e Cefamicinas: surgiram logo depois da penicilina


e apresentam mecanismo de ação muito semelhante a estas. agem na fase de
construção da parede celular bacteriana, inibindo-a, também apresentam
resistência por conta da ação de b-lactamases.

Maioria é administrada parenteralmente, intramuscular e intravenosa; algumas


atravessam barreira hemato-encefálica (como a Cefotaxima).

Exemplos: Cefalexina, Cefuroxima, Cefotaxima., cefadroxil, cefuroxima,


ceftazidima e a ceftriaxona;

c) Monobactâmicos: são resistentes a maioria das b-lactamases,


bloqueiam sintese de parede celular. Não tem ação sobre gram positivas ou
microrganismos anaeróbicos

exemplo de fármacos:

aztreonam

d) Carbanêmicos: são de amplo espectro, por exemplo o Imipeném


meropenem e o ertapenem

apresentam efeitos colaterias do tipo reações de hipersensibilidades, urticária


e choques anafiláticos , neurotoxicidade, nefrotoxicidade e toxicidade
hematológica

e) Glicopeptídeos: com ação sobre parede celular de bactérias gram


positivas, usada em casos de alergia a Penicilina e Cefalosporina. Exemplo:
Vancomicina que apresenta efeitos colaterias do tipo febre, calafrios, flebite,
nefrotoxicidade, otoxicidade, leucopenia e eosinofelia

Metabolismo ác fólico – Agentes antibacterianos que interferem na


Síntese ou Ação do Folato (Reação de fase II) Trimetoprima e sulfonamidas

a) Sulfonamidas:

200
são análogos estruturais da ácido precursor essencial na síntese de ácido
fólico necessário para a síntese de DNA e RNA nas Bactérias, ou seja,
interferem na síntese de nucleotídeos. A resistência a esse fármaco é comum e
mediada por plasmídeo. São absorvidas por via oral e bem distribuídas pelo
corpo, cruzam barreira placentária e hemato-encefálica, e são metabolizadas
no fígado.

Fármacos: Sulfadiazina, Sulfametoxazol


A) Sulfanilamida, sulfatiazina, sulfametoxazol a sulfassalazina e a
sulfametopirazina são fármacos que compõem este subgrupo).

Efeitos colaterias:
febre, cefaléia, tremores, flebite vasculite, hipercalemia, nefrotoxicidade,
anafilaxia, anormalidades hematológicas, reações cutâneas graves,
teratogenicidade
b) Trimetoprima:

antagonista do folato, administrado via oral e com boa distribuição corpórea.


São geralmente associados às sulfonamidas

inibição da Síntese de proteínas – aminoglicosídeos, macrolídeos,


lincosamida, estreptograminas, anfenicóis, tetraciclinas, rupirocina.

a) Tetraciclinas:
inibem a síntese proteica impedindo a ligação do RNAt ao complexo RNAm-
ribossomo. São de amplo espectro, porém com alta taxa de resistência.

Fármacos: Doxicilina, tetraciclinas e Minociclina.

Efeitos colaterias
Reações alérgicas,(urticárias –anafiláticas), alteração coloração
dentaria,crescimento ósseo anormal, náuseas e vômitos, diarréia,cefaléia e
hipertensão intracraniana

b) Anfenicóis:

201
ligam-se na subunidade 50S do ribossomo bacteriano, o principal agente é o
Cloranfenicol que é de amplo espectro de ação, porém pode gerar efeitos
tóxicos graves como depressão da medula óssea.

Efeitos colaterias:
Reações de hipersensibilidade, erupção mucular ou vesicular, toxicidade
hematológica, náuseas vômitos diarréia, anemia aplástica irreversível,
síndrome do bebê cinzento, letargia, cianose, hipotensão, hipotermia

c) Aminoglicosídeos:
interferem na leitura do RNAm (fase inicial do processo), são altamente
polarizados e atravessam a barreira placentária, porém não atingem barreira
hemato-encefálica. São mais usados para Gram negativos entéricos e na
sepse, administrados por injeção.

Exemplo: Gentamicina, Estreptomicina, neomicina amicacina e tobramicina

Efeitos colaterais:

Nefrotoxicidade, ototoxicidade e paralesia neuromuscular

d) Macrolídeos:
ligam-se na porção 50 S e impedem a translocação do Ribossomo ao longo do
RNAm. Tem espectro bacteriano semelhante ao da Penicilina, administrados
oral e parenteralmente, não cruzam barreira hemato-encefálica.

Fármacos:
Eritromicina, Azitromicina e Claritromicina Rifampicina

Efeitos colaterais:
Colicas abdominais, náuseas e vômitos, diarréia, eosinofilia,
hiperbilirrubinemia, hepatite colestática e reações adversas raras

Lincosamida:
se aderema parte 50s do ribossomo bacteriano inibem o prolongamento da
cadeia de proteína
Fármacos:
clindamicina com nomes adacne®, dalacin® e clindoxyl®
Efeitos colaterais:
diarréia, febre, colite pseudomembranosa, flebite via e.v, e eusinofilia

202
Outros fármacos

Linezolida
inibem a sub-unidades 50s do ribossomo.

Efeitos colaterais:
leucogenia, plaquetogenia, neurotoxicidade

Mupirocina
inibem a enzima isoleocina RNA transportador sintetase competindo com a
isoleocina bacteriana por ser local de ligação na enzima o que leva a depleção
das reservas celulares de RNA transportador carregado com isoleocina.

Efeitos colaterais:
Ardência, coceira, vermelhidão ressecamento do local aplicado.

Inibidores da Síntese e Replicação do DNA – quinolonas, nitroimidazóis. o


RNA polimerase DNA-dependente – rifamicinas.

c) Quinolonas – As quinolonas são muitos usadas para tratar infecções de


bactérias originárias do intestino, entre elas, diarréias e infecções urinárias. As
novas quinolonas também são eficazes para pneumonias.

Fármacos

Ciprofloxacina. Enoxacina. Levofloxacina, Lomefloxacino, Moxifloxacino.


Norfloxacino, Ofloxacina.

Efeitos colaterais:
Alterações de humor, angiodema, cefaléia, desconforto abdominal, febre,
fototoxicidade, leucopenia e eosinofelia, náuseas e vômitos, rash cutâneo,
reações anafiláticas, tontura, urticária e vasculite

Nitroimidazolicos
metronidazol ou flagyl®
efeitos colaterias

203
ataxia cerebelar,cefaléia, cistite, convulsões, diarréia, erupções cutâneas,
ginecomastia, náuseas e vômitos, neuropatia periférica, secura e gosto
metálico na boca, urticaria e vertigem

Danos A Membrana celular ou plasmática – polimixinas e daptomicinas

polimixinas Rompem os fosfolipideos das menbranas externas das bactérias


retirando cálcio e magnésio deixando escapar substancias essências a células
causando sua morte.

Fármacos

Polimexina b, ou associado

Efeitos colaterais:
Ataxia, febre, formigamento das extremidades, fraqueza, irritabilidade,
nefrotoxicidade, sonolência, turvasão da visão, rash cutâneo
Daptomicinas

Efeitos colaterais:
artralgia, fraqueza muscular distal, mialgia e exige monitoramento semanal de
creatino fosfoquinase

Antifúngicos

Os fungos são seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou


pluricelulares, eucariotas (com um núcleo celular), heterótrofos.

são encontrados no solo, na água, nos vegetais, nos animais, no homem e nos
detritos em geral.

De acordo com o tipo de alimentação, os fungos são classificados em:

• Fungos Saprófagos: Obtêm alimentos decompondo organismos mortos;


• Fungos Parasitas: Alimentam-se de substâncias de organismos vivos;
• Fungos Predadores: Alimentam-se de pequenos animais que capturam.

204
Algumas doenças provocadas por fungos:

• Micoses;

• Frieiras;

• Sapinho;

• Candidíase;

• Histoplasmose.

Infecções fungicas
Superficiais Cutâneas Subcutâneas Sistêmicas Oportunistas
Atingem a Atingem a Atingem Quando ocorre Quando ocorre
camada pele, pêlos e camadas disseminação em virtude de
superficial da unhas profundas da do fungo pela imunossupressão
pele derme, tecido corrente
subcutâneo e sanguínea
osso

As infecções por fungos são denominadas micoses e, de modo geral podem


ser divididas em infecções superficiais (que afetam a pele, as unhas, o couro
cabeludo ou as mucosas) e infecções sistêmicas (que afetam os tecidos e
órgãos mais profundos). Muitos dos fungos passíveis de causar micoses vivem
em associação com o homem como comensais e estão presentes no meio-
ambiente.

As infecções fúngicas superficiais podem ser classificadas em dermatomicoses


e candidíase. As dermatomicoses são infecções da pele, dos cabelos e das
unhas causadas por dermatófitos. As mais comuns são produzidas por
microrganismos do gênero Tinea, responsáveis por vários tipos de tinha. Tinea
capitis afeta o couro cabeludo, Tinea cruris, virilha, Tinea pedis, o pé e Tinea
corporis, o corpo. Na candidíase superficial, o microrganismo leveduriforme
infecta as mucosas da boca (afta) ou da vagina ou pele.

205
As micoses profundas podem envolver orgãos internos ou acometer todo
organismo do hospedeiro, produzindo variado quadro anatomo-patológico. Os
fungos dimórficos estão muito frequentemente associados a esta condição. A
maioria dos fármacos antifúngicos convencionais atua sobre a membrana
plasmática do fungo, interferindo, em grande parte das vezes, no metabolismo
do ergosterol.

Susceptíveis a infecções fúngicas

• Paciente em UTI

• Pacientes imunossuprimidos (quimioterapia, transplantes)

• Uso disseminado de antibiótico de amplo espectro

• Próteses

Antifúngico ideal

• Amplo espectro de ação contra uma variedade de fungos patogênicos

• Excelente penetração no líquido cefalorraquidiano (LCR), na urina e no osso.


Pois são de difícil acesso esses locais.

• Baixa toxicidade farmacológica

• Múltiplas vias de administração

Agentes antifúngicos naturais

• Anfotericina

• Griseofuvina

• Equinocandinas

Agentes antifúngicos sintéticos

• Azóis (cetoconazol, fluconazol, miconazol.)

206
Alvos moleculares dos antifúngicos
Fuso Síntese de Parede celular Membrana Reticulo
mitótico DNA plasmática endoplasmático
(inibição Da
síntese do
ergosterol)
Griseofulvina Flucitosina Equinocandinas Polienos Alilaminas
(Anfotericina Benzilaminas
B) Imidazólicos
Triazolicos

Classificação dos Antifúngicos

Sistêmicos Tópicos
Caspofungina Haloprogin
Flucitosina Terbinafina
Griseofulvina Miconazol
Itraconazol Tolnaftato
Fluconazol Ciclopirox
Anfotericina B Nistatina
Cetoconazol Cetoconazol

Anfotericina

A anfotericina é um antibiótico macrolídeo de estrutura complexa, caracterizado


por um anel de áto mos de carbono com múltiplos membros.

A anfotericina B persiste como o agente mais eficaz para infecções fúngicas


sistêmicas.

Mecanismo de ação: A anfotericina liga-se às membranas celulares e interfere


na permeabilidade e nas funções de transporte. Forma um poro na membrana,
criando com a parte central hidrofílica da molécula um canal iônico
transmembrana. Uma das conseqüências disso é a perda de íons potássio
intracelulares.

207
A anfotericina exerce uma ação seletiva, ligando-se avidamente às membrans
de fungos e de alguns protozoários e com menor avidez às células de
mamíferos, não havendo nenhuma ligação às bactérias.

A especificidade relativa por fungos pode ser devida à maior avidez da droga
pelo ergosterol (o esterol da membrana dos fungos) do que pelo colesterol, que
é o principal esterol encontrado na membrana plasmática de células animais. A
anfotericina mostra-se ativa contra a maioria dos fungos e leveduras.

Quando administrada por via oral, a anfotericina é pouco absorvida, razão pela
qual só é administrada por esta via para infecções fúngicas do trato
gastrintestinal. Nas infecções sistêmicas, é complexada com desoxicolato de
sódio e administrada na forma de suspenção por injeção intravenosa lenta.

Os efeitos adversos associados à anfotericina B podem ser divididos em três


grupos: reações sistêmicas imediatas (tempestade de citocinas), efeitos renais
(toxicidade renal) e efeitos hematológicos (anemia secundária à diminuição da
produção de eritropoetina pelos rins).

A toxidade renal constitui o efeito indesejável mais comum e mais gave da


anfotericina. Observa-se um certo grau de redução da função renal em mais de
80% dos pacientes aos quais se administra o fármaco.

Outros efeitos indesejáveis incluem comprometimento da função hepática,


trombocitopenia e reações anafiláticas.

Nistatina:

A nistatina é um antibiótico macrolídeo poliênico de estrutura semelhante à da


anfotericina e com o mesmo mecanismo de ação. Praticamente não ocorre
nenhuma absorção pelas mucosas do corpo ou a partir da pele, e seu uso
limita-se a infecções fúngicas da pele e do trato gastrintestinal.

Flucitosina:

A flucitosina é um agente antifúngico sintético que, quando administrada por via


oral, mostra-se ativa contra uma gama limitada de infecções fúngicas
sistêmicas, sendo principalmente eficaz naquelas causadas por leveduras.

208
Quando administrada isoladamente, é comum o desenvolvimento de
resistência à droga durante o tratamento, razão pela qual costuma ser
associada com anfotericina para infecções graves, como a meningite
criptocócica. Isto se dá devido ao fato de ocorrer mutações na citosina
permease ou citosina desaminase do fungo. O fármaco é captado
seletivamente pelas células fúngicas através de permeases específicas de
citosina, que são apenas expressas nas membranas dos fungos.

Mecanismo de ação:

A flucitosina é convertida no antimetabólito 5-fluorouracil nas céluas dos


fungos, mas não em células humanas. O 5-FU inibe a timidilato sintetase e,
portanto a síntese de DNA. Em geral, a flucitosina é administrada por infusão
intravenosa, mas também pode ser usada por via oral.

Associação da flucitosina com anfotericina B

Utilizada em Micoses sistêmicas. Flucitosina como único medicamento, pode


desenvolver resistência rapidamente do fungo. Com isso a anfotericina B,
promove o aumento da captação de flucitosina pelas células fúngicas.

209
A vantagem farmacocinética desse agente reside no seu grande volume de
distribuição, com excelente penetração no SNC, olhos e trato urinário. Os
efeitos adversos depende da dose e consistem em supressão da medula
óssea, que resulta em leucopenia e trombocitopenia, em náusea, vômitos,
diarréia e disfunção hepática

Flucitosina
Farmacocinética Contra indicações Efeitos adversos
Administração por via oral Gravidez e lactação Supressão da medula
ou intravenosa óssea (leucopenia e
trombocitopenia)
Excelente penetração no Insuficiência renal severa Náuseas, vômitos e
SNC, olhos e trato urinário diarréia
Grande volume de Hipersensibilidade ao Disfunção hepática
distrbuição principio ativo
Liga-se pouco as proteínas Crianças Falta de apetite
plasmáticas
Meia vida de 3-5 h - Transtornos
gastrintestinais

Griseofulvina

A griseofulvina é derivada do Penicilinum griseofulvum e inibe a mitose dos


fungos através de sua ligação à tubulina e a uma proteína associada aos
microtúbulos, rompendo, assim, a organização do fuso mitótico.

Foi também relatado que o fármaco inibe a síntese de RNA e de DNA pelo
funfo.

A griseofulvina acumula-se nas células precursoras de queratina e liga-se


firmemente à queratina nas células diferenciadas. A associação prolongada da
griseofulvina com a queratin a permite o novo crescimento da pele, dos cabelos
ou das unhas livres de infecção por dermatófitos.

O fármaco não é efetivo contra leveduras e contra fungos dimóricos. Como a


griseofulvina induz as enzims hepáticas do citocromo P450, pode aumentar o

210
metabolismo da varfarina e reduzir potencialmente a eficácia dos
contraceptivos orais com baixo teor de strogênio. A griseofulvina deve ser
evitada durante a gravidez, visto que foram relatadas anormalidades fetais.

griseofulvina
Farmacocinética Contra indicações Efeitos adversos
Muito insolúvel Gravidez e lactação Sn (letargia, visão
embaçada, vertigem)
Absorção aumenta com Criança com menos de Cefaléia, erupção na
alimentos gordurosos 2 anos de idade pele e urticária
Tratamento prolongado Hipersensibilidade Hematológicos
(leucopenia ,
neutropenia e
monocitose)
Os efeitos adversos Indivíduos com Insônia, síndrome
aumentam com o problemas hepáticos alérgica, T.G.I, e
consumo de álcool hepatotoxicidade
Doses deve ser Indivíduos com histórico Interações
administrada com de lúpus farmacológicas com
intervalo de 6h varfarina, barbitúricos,
contraceptivos orais
- - Doença do soro,
angiodema, dermatite
esfoliativa e necrólise
epidérmica tóxica

Características da griseofulvina

• O uso terapêutico é limitado por via oral.

• Não é efetivo contra leveduras e contra fungos dimorficos.

211
• Acumula-se nas células precursoras de queratina e liga-se a queratinas das
células diferenciadas

• Na maioria das situações a griseofulvina parece ser fungistática

• Crescimento da pele, dos cabelos ou das unhas livres de infecção por


dermatófitos.

Azóis (inibidores da 14 a - desmetilase)

Os azóis constituem um grupo de agentes fungistáticos sintéticos, com amplo


espectro de atividade. Os principais fármacos disponíveis incluem fluconazol,
itraconazol, cetoconazol, miconazol e econazol.

Mecanismo de ação:

Os azóis inibem as enzimas P450 fúngicas (por exemplo, a esterol


desmetilase) responsáveis pela síntese do ergosterol, o principal esterol
encontrado na membrana das células fúngicas. A conseqüente depleção de
ergosterol altera a fluidez da membrana, interferindo na ação das enzimas
associadas à membrana. O efeito global consiste em inibição da replicação.
Outra conseqüência é a inibição da transformação das células da levedura
cândida em hifas, a forma invasida e patogênica do parasita (dimorfismo).

Inibem a enzima fúngica 14 a- desmetilase

Inibem a síntese de ergosterol

Desestabilizam a membrana fúngica

a) Cetoconazol:

O cetoconazol foi o primeiro azol a ser administrado por via oral no tratamento
das infecções fúngicas sistêmicas. Mostra-se eficaz contra vários tipos
diferentes de fungos todavia, é tóxico. Ele é bem absorvido pelo trato
gastrintestinal.

O principal risco do cetoconazol é a hepatotoxidade, que é rara, mas que pode


se tornar fatal. A rifanpicina, os antagonistas dos receptores H2 e os antiácidos

212
diminuem a absorção do cetoconazol e, por conseguinte, reduzem sua
concentração plasmática.

Efeitos adversos

Afeta metabolismo de outros fármacos, distúrbios do T.G.I, efeitos endócrinos


significativos

b) Fluconazol:

O fluconazol pode ser administrado por via oral ou por via intravenosa. Atinge
altas concentrações no líquido cefalorraquidiano e líquidos oculares, podendo
tornar-se o fármaco de primeira escolha na maioria dos tipos de meningite
fúngica. São também alcançadas concentrações fungicidas no tecido vaginal,
saliva, pele e unhas. Apesar do seu alto custo, o fluconazol é, hoje em dia, o
agente antifúngico mais amplamente utilizado .

Os efeitos indesejáveis, que geralmente são leves, incluem náusea, cefaléia e


dor abdominal.

Fármaco utilizzado para tratar meningite criptocócica

c) Itraconazol:

O itraconazol é administrado por via oral e, após absorção, sofre extenso


metabolismo hepático. Não penetra no líquido cefalorraquidiano.

Os efeitos indesejáveis consistem em distúrbios gastrintstinais, cefaléia e


tonteiras. Os efeitos indesejáveis raros consistem em hepatite, hipocalemia e
impotência.

d) Miconazol: O miconazol é administrado por via oral para o tratamento das


infecções do trato gastrintestinal. Atinge concentrações terapêuticas no osso,
nas articulações e no tecido pulmonar, mas não no SNC. Mais comunmente,
este fármaco é utilizado para uso tóp ico contra fungos patogênicos e
oportunistas.

Os efeitos indesejáveis são relativamente raros, e os mais comuns consistem


em distúrbios gastrintestinais, embora se tenha relatado a ocorrência de

213
prurido, discrasias sanguíneas e hiponatremia. Devido a possibilidade de
interações adversas, deve-se evitar a administração concomitante de
antagonistas dos receptores H1, terfenadina e astemizol.

e) Clotrimazol, econazol, tioconazol e sulconazol:

Esses fármacos são angentes antif úngicos azóis utilizados apenas para
aplicação tópica. O clotrimazol interfere no transporte de aminoácidos para o
interior do microrgnismo através de uma ação sobre a membrana celular.
Mostra-se ativo contra uma ampla variedade de fungos, incluindo
microrganismo do gênero Cândida.

Terbinafina

A terbinafina é um composto fungicida ceratinofílico altamente lipofílico, que


exibe atividade contra uma ampla variedade de patógenos cutâneos.

Mecanismo de ação:

Atua ao inibir seletivamente a enzima esqualeno epoxidase, que está envolvida


na síntese do ergosterol a partir do esqualeno na parede celular dos fungos. O
acúmulo de esqualeno no interior da célula é tóxico para o fungo.

A terbinafina é utilizada no tratamento de infecções fúngicas das unhas.


Quando administrada por via oral, é rapidamente absorvida e captada pela
pele, unhas e tecido adiposo. Quando administrda topicamente, penetra na
pele e nas mucosas.

Ocorrem efeitos indesejáveis em 10% dos indivíduos, que costumam ser leves
e autolimitados. Incluem distúrbios gastrintestinais, exantema, prurido, cefaléia
e tonteira.

Terbinafina
Farmacocinética Contra indicações Efeitos adversos
Atualmente lipofílico Gravidez e lactação Erupções cutâneas, prurido
Fúngicida ou fungistática Insuficiência renal ou Dores articulares e
hepática musculares
Administração oral ou tópica Criança menores de 2 anos Diarréia cefaléia e tontura
Liga-se fortemente a proteína Hipersensibilidade ao Perda do apetite e paladar

214
plasmática principio ativo
Biodisponibilidade de 40% - Hepatotoxicidade, síndrome
de Stevens- jonhson,
neutropenia
Meia vida de eliminação é - -
300h
Os níveis plasmáticos - -
aumentam com cimetidina e
diminuem com rifampicina

Naftifina e butenafina

Só disponível na forma tópica

Mecanismo de ação: similar ao da terbinafina

Amplo espectro de atividade antifúngica

Tratamento de tinha do corpo

Equinocandinas:

As enchinocandinas constituem a classe mais nova de agentes antifúngicos.


Trata-se de grandes peptídeos cíclicos ligados a um ácido graxo de cadeia
longa. São inibidores da síntese da parede celular

Estresse osmótico

Quebra da célula

Morte do fungo

A caspofungina, a micafungina e a anidulafungina são os fármacos


aprovados nessa categoria de antifúngicos. A caspofungina é apenas
disponível numa forma intravenosa.

Mecanismo de ação:

A caspofungina atua na parede celular do fungo ao inibir a síntese de beta-


glucano. Essa inibição resulta em ruptura da parede celular e morte do fungo.

215
A caspofingina é extremamente bem tolerada e a ocorrência de efeitos
colaterais gastrintestinais mínimos e rubor têm sido relatados
infrequentemente. Atualmente, a caspofungina só é aprovada para terapia de
recuperação em pacientes com aspergilose invasiva que não respondem à
anfotericina B.

Tratamento farmacológico das micoses superficiais:

O tratamento da maioria das micoses muco - cutâneas superficiais pode ser


feito com medicações tópicas. Apenas em algumas situações são necessários
fármacos sistêmicos.

Antifúngicos tópicos:

• - agentes imidazólicos (butoconazol, clotrimazol, cetaconazol, econazol,


isoconazol, miconazol, oxiconazol e tioconazo l).
• terconazol, nistatina, ciclopirox, haloprogina, tolnaftato, iodo e
terbinafina.

Os antifúngicos imidazólicos, equivalentes entre si, são os fármacos de


primeira escolha para o tratamento tópico da maioria das micoses cutâneas.

Esses compostos são virtualmente ativos contra todos os fungos causadores


de infecções superficiais da pele e mucosas. São muito eficazes, pouco
tóxicos, com baixos níveis de resistência e pouco custo financeiro. Nas
infecções de pele, os agentes imidazólicos devem ser aplicados uma
(oxiconazol) ou duas vezes ao dia (todos os demais fármacos dessa classe),
por 2 a 3 semanas.

Em pele espessa, aplicar 3 a 4 vezes ao dia, por 21 dias ou mais. Nas


infecções de couro cabeludo e unhas, imidazólicos tópicos podem ser
utilizados como adjuvantes, mas é necessário tratamento sistêmico com
griseofulvina ou com os próprios imidazólicos.

A candidíase vaginal responde bem a uma aplicação diária de clotrimazol por 7


dias, ou de econazol, por 3 a 5 dias.

216
A candidíase oral pode ser tratda com gel oral de miconazol, em 4 aplicações
diárias, por 10 a 14 dias ou mais.

A terbinafina está disponível para uso tópico ou oral, sendo eficaz no


tratamento de micoses superficiais da pele e das unhas, porém possui baixa
atividade contra infecções causadas pela cândida albicans.

O ciclopirox e a haloprogina são eficazes no tratamento de dermatofitoses e


ptiriase versicolor, além de atingirem também a cândida.

A nistatina é utilizada somente no tratamento de infecções cutâneas e


mucosas superficiais por cândida.

ANTIPARASITÁRIOS
São drogas que atuam sobre as parasitoses, provocando sua expulsão ou
morte sem lesar de forma grave o hospedeiro.

A função dos antiparasitários é:

• Reduzir ou eliminar o número de ovos nas fezes animais;

• Eliminar os helmintos;

• Promover a migração dos vermes dentro do hospedeiro para órgãos onde


possam ser destruídos por fagocitose.

Antiprotozoários

O tratamento contra protozooses é mais difícil do que bactérias, pois os


protozoários são seres eucariotos o que se assemelham as nossas células,
metabolicamente, do que as bactérias. Com isso podemos dizer que os
fármacos que são utilizados para tratar os protozoários são mais tóxicos devido
a sua falta de especificidade, e semelhança entre as nossas células e as
células dos protozoários.

Agem inibindo as oxidases (enzimas que catalisam reações que envolvem


oxigênio) de muitos protozoários, levando-os à morte. Tem absorção rápida e
quase completa no intestino delgado, quando administrado por via oral.

217
Indicado para tratamento da amebíase, giardíase, uretrites e vaginites. Ação
sobre trofozoítos e cistos.

Os fármacos deste grupo agem em quatro classes de protozoários:

1. Sarcodina, representada pela Entamoeba histolytica (agente etiológico da


amebíase);

2. Mastigophora (flagelados), que causam a doença de Chagas, giardíase,


leishmaniose e tricomoníase;

3.Ciliophora (ciliados), que inclui o Balantidium coli, causador da balantidíase;

4.Sporozoa, que compreende os agentes da coccidiose, malária,


pneumocistose e toxoplasmose.

Amebíase: Cloroquina, desidroemetina, Emetina, iodoquinol, metronidazol,


Paramocina, Tinidazol

Malárico: Artemisina, Cloroquina, mefloquina, primaquina, pirimetamina,


quinina/quinidina.

Tripanossomíase: Benzinidazol, melarzoprol, nifurtimax, pentamidina,


suramina.

Leshmaniose: estibogluconato Toxoplasmose: Pirimetamina. Giardíase:


Metronidazol, nitazoxanida, Tinidazol.

Fármacos

Amebíase:

é causada pelo parasita Entamoeba histolytica, que entra no organismo


principalmente por meio da ingestão de água ou comida contaminadas. Esse
parasita também pode entrar no corpo por meio do contato direto com a
matéria fecal.

Sintomas leves de amebíase

218
Cólicas abdominais Evacuação de fezes pastosas com muco e sangue
ocasional Fadiga Gases em excesso Dor retal durante evacuação (tenesmo)
Perda de peso involuntária

Sintomas graves de amebíase Sensibilidade abdominal Evacuação de fezes


líquidas, às vezes com sangue Evacuação de dez a 20 vezes por dia Febre
Vômitos

Os agentes antiamebianos disponíveis no Brasil podem ser divididos nas


seguintes, classes: 4-aminoquinolinas, antibióticos, haloacetamidas, 8-
hidroxiquinolinas e 5 - nitroimidazóis.

• Cloroquina, desidroemetina, Emetina, iodoquinol, metronidazol,


Paramocina, Tinidazol

Amebicidas luminais: paromomicina, iodoquinol.

Amebicidas sistêmicos: Cloroquina, Emetina e desidroemetina.

Amebicidas mistos: Metronidazol e tinidazol

Cloroquina

tratamento da artrite reumatóide, supressão do lúpus eritematoso e porfiria


cutânea tardia, em todas as formas de malária (terçã benigna, terçã maligna e
quartã). Indicado ainda no tratamento da giardíase e hepatite amebiana.

Mecanismo de ação:

Inibe a digestão da hemoglobina pelo parasita e, assim, reduz o suprimento


deaminoácidos necessários à viabilidade do parasita. Além disso, inibe a heme
polimerase – aenzima que polimeriza o heme livre tóxico em hemozoína,
tornando-o inócuo.

219
Efeitos adversos:

cefaléia, vômitos, prurido, diarréia, urticária, erupções purpúricas na pele.


Efeitos mais severos incluem raros episódios psicóticos, convulsões,
hipertensão e colapso cardiovascular, depressão, arritmias, choque, distúrbios
visuais, mudanças no ECG, visão dupla.

Iodoquinol

utilizado com mais frequência no tratamento de uma infecção


intestinal chamada amebíase.

Mecanismo de ação:

Efeitos adversos:

diarreia, náuseas ou vômitos, dor de estômago.

metronidazol (Flagyl®)

Derivado nitroimidazol com atividade antiprotozoária e também antibacteriana


contra bacilos gram-negativos anaeróbios, gram-positivos esporulados e todos
os cocos anaeróbios. Está indicado no tratamento de giardíase, amebíase,
tricomoníase e vaginites.

Mecanismo de ação:

Atua através da lesão do DNA do trofozoíta por produtos tóxicos de oxigênio


formados pelo parasita a partir da droga

Efeitos adversos:

Crises convulsivas e neuropatia periférica, esta última caracterizada por


paresia ou parestesia em uma das extremidades;-Náuseas, cefaléia, anorexia e
vômito;-Diarréia, dor epigástrica, cólica abdominal e constipação também
podem ocorrer;-Gosto metálico e desagradável, glossite, estomatite,
proliferação de Candida ;-Hipersensibilidade: urticária, eritema, congestão
nasal, secura da boca (ou da vagina evulva) e febre;-Geniturinárias: disúria,
cistite, poliúria, incontinência e sensação de pressão na região pélvica,

220
coloração escura (marrom-avermelhada) da urina devido à presença de
pigmentos hidrossolúveis provenientes do metabolismo da droga, pode ocorrer
proliferação de Candida na vagina, dispareunia, diminuição da libido;

Paramocina:

é utilizado para tratar amebíase intestinal aguda e crónica (infeção


intestinal causada por um parasita no estômago ou intestinos).

Mecanismo de ação:

Paromomicina inibe a síntese de proteínas por ligação à ARN 16S do ribossoma.

ARNt liga-se à parte superior desta estrutura do ribossoma. Paromomicina liga-


se ao local de A, o que leva à produção de cadeias de polipeptídeos com
defeito. A produção contínua de proteínas defeituosas, eventualmente, leva a
morte bacteriana.

Efeitos adversos:

uma reação alérgica (dificuldade em respirar, garganta a fechar, inchaço dos


lábios, língua, face ou urticária); – diminuição da audição ou zumbido nos
ouvidos; – pouca ou nenhuma produção de urina, ou – tonturas.

Tinidazol

O tinidazol é um antiparasitário derivado do nitroimidazol ativo contra


Trichomonas vaginalis, Entamoeba histolytica e Giardia lamblia. Interfere com o
DNA dos protozoários, levando as células à morte.

Mecanismo de ação:

Penetração da droga no interior da célula do microrganismo com subseqüente


destruição da cadeia de DNA ou inibição de sua síntese.

Efeitos adversos:

Relatados casos de cefaleia, gosto metálico ou amargo na boca, inapetência,


náuseas, vertigem, vômito, má-digestão, desconforto estomacal, constipação

221
intestinal, fraqueza, fadiga e mal estar. Leucopenia transitória,
distúrbios neurológicos, tais como: vertigem, ataxia,neuropatia periférica (pares
tesia, distúrbios sensoriais, hipestesia) e raramenteconvulsões.

Malárico:

Malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da


fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium.

regiões endêmicas: América do Sul e Central, África e Sul da Ásia.

Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois
com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares,
taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por P.
falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se
chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da
doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca,
perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões,
vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.

Os agentes antimaláricos atualmente disponíveis atuam contra alvos


constituídos por quatro vias fisiológicas dos plasmódios:-

o metabolismo do heme (cloroquina, quinina,mefoclina e artmisina);-

o transporte de elétrons (primaquina);-

a tradução de proteínas (oxicilina, tetraciclina eclindamicina);

e- o metabolismo do folato (sulfadoxima-pirimetamina e proguanil).

Clinicamente, os agentes antimaláricos são classificados quanto à sua ação


contra os diferentes estágios do ciclo de vida do parasita:

Fármacos usados na profilaxia da malária

Cloroquina

Fármacos usados no tratamento agudo da Malaria

Quinina e Artemisina

222
• Artemisina, Cloroquina, mefloquina, pirimetamina, quinina/quinidina.

Artemisina

A artemisina, um extrato químico obtido da artemísia,é um esquizonticida


sanguíneo de ação rápida, que tem sido eficaz no tratamento do ataque agudo
da malária tanto vivax quanto falcípara

Mecanismo de ação:

O mecanismo de ação não é conhecido; pode envolver lesão da membrana


do parasita por radicais livres ou alquilação covalente de proteínas.

Esses compostos não exercem nenhum efeitosobre os hipnozoítas hepáticos e


não são úteis para aquimioprofilaxia. Devido à resistência disseminada
dos parasitas a outros agentes antimaláricos, a terapia de primeira
linha para a malária não-complicada e complicada na África subsaariana
envolve uma combinação de artemisina com um segundo agente antimalárico,
com mecanismo de ação diferente e meia vida mais longa.

Efeitos adversos:

Ocorrência de bloqueio cardíaco transitório redução transitória dos neutrófilos e


episódios breves de febres

Pirimetamina (Sulfadoxina- Pirimetamina) - Daraprim®

Exerce efeito sinérgico, pois atua por bloqueio seqüencial de duas enzimas –
diidrofolato redutase e diidropteroato sintase – compreendidas na síntese do
ácido folínicodentro dos parasitos.

Infelizmente, a resistência disseminada dos parasitas da malária a essa


combinação limitou acentuadamente a sua utilidade.

Efeitos adversos:

223
Reações cutâneas: erupção cutânea, prurido e discreta queda de cabelo;-Em
pacientes hipersensíveis podem ocorrer reações graves, às vezes letais, como
o eritema multiforme, a síndrome de Stevens-Johnson e a síndrome de Lyell;

efeitos hematológicos (anemiamegaloblástica, leucopenia e trombocitopenia.A


sulfadoxina-pirimetamina não é utilizada como agente quimioprofilático contra a
malária.

Mefloquina

Tratamento de malária causada por Plasmodium falciparum ou P. vivax;-


Profilaxia e tratamento de malária causda por P. falciparum resistente à
cloroquina ou sufadoxina-pirimetamina;

Mecanismo de ação:

Está associada à inibição da heme polimerase, todavia, uma vez que a


mefloquina, aexemplo da quinina, não é tão concentrada no parasita quanto a
cloroquina, outros mecanismos devem estar envolvidos.

Efeitos adversos:

Náusea, vômito, mialgia, anorexia, sonolência, diarréia, dor abdominal,


cefaléia, tinido, exantemas;-Bradicardia, prurido, distúrbios emocionais, astenia,
vertigem grave, obnubilação; -Convulsões, psicose; -Leucopenia,
trombocitopenia;- Alteração nos testes de função hepática.

quinina/quinidina.

Quinina é um alcalóide de gosto amargo que tem funções antitérmicas,


antimaláricas e analgésicas. É um estereoisómero da quinidina.

A quinina, pó branco, inodoro e de sabor amargo, é uma substância utilizada


no tratamento de malária e arritmias cardíacas.

Tratamento da malária, resistente à cloroquina ou outros fármacos, causada


por P. falciparum, em associação com pirimetamina mais sulfadiazina ou
sulfadoxina;

Mecanismo de ação:
224
Assim como a cloroquina, seu mecanismo de ação esta associado a inibição
da heme polimerase do parasita. Alem disso ela pode se ligar ao DNA do
plasmódio com conseqüência separação das fitas através do rompimento das
pontes de hidrogênio e impedimento da transcrição e tradução desse DNA.

Efeitos adversos:

apresenta-se ochinchonismo (náusea, tonteira, zumbido, cefaléia e visão


turva), vômitos, liberação de insulina com hipoglicemia agravada pelo consumo
de glicose por parte do parasita Erupções cutâneas, prurido, rubor, sudorese,
edema facial, sintomas asmáticos

Cloroquina

tratamento da artrite reumatóide, supressão do lúpus eritematoso e porfiria


cutânea tardia, em todas as formas de malária (terçã benigna, terçã maligna e
quartã). Indicado ainda no tratamento da giardíase e hepatite amebiana.

Mecanismo de ação:

Inibe a digestão da hemoglobina pelo parasita e, assim, reduz o suprimento


deaminoácidos necessários à viabilidade do parasita. Além disso, inibe a heme
polimerase – a enzima que polimeriza o heme livre tóxico em hemozoína,
tornando-o inócuo.

inibe a digestão da hemoglobina pelo parasita e, assim, reduz o suprimento de


aminoácidos necessários à viabilidade do parasita.

Efeitos adversos:

cefaléia, vômitos, prurido, diarréia, urticária, erupções purpúricas na pele.


Efeitos mais severos incluem raros episódios psicóticos, convulsões,
hipertensão e colapso cardiovascular, depressão, arritmias, choque, distúrbios
visuais, mudanças no ECG, visão dupla.

leishmaniose

é uma infecção causada pelomicrorganismo do gênero Leishmania. O parasita


ocorre em duas formas – flagelada, encontrada no mosquito-pólvora (inseto

225
vetor) que se alimenta de animais de sangue quente; então flagelada, que
ocorre no hospedeiro mamífero picado. Neste último o parasita é capturado
pelo sistema fagocítico mononuclear, onde permanece vivo e viável. Existem
vários tipos clínicos de leishmaniose – uma infecção cutânea simples,que pode
ter cura expontânea, uma forma mucocutânea (na qual podem surgir grandes
úlceras nas mucosas) e uma forma visceral (calazar). Nesta última, o parasita
dissemina-se pela corrente sanguínea e causa hepatomegalia, esplenomegalia,
anemia e febre intermitente.

Os principais fármacos para o tratamento da leishmaniose são o


estibogliconato de sódio e o antimoniato de meglumina,que apresentam
mecanismo de ação ainda não totalmente e lucidado.

Primeira linha: antimoniais pentavalentes (antimoniato de N-metilglucamina –


Glucantime® e estibogluconato de sódio – Pentostam®);

Segunda linha: pentamidina e anfotericina B.

Outros fármacos incluem a anfotericina e o metronidazol

estibogluconato de sódio (Pentostam) O estibogluconato de sódio, vendido


sob a marca Pentostam, entre outros, é um medicamento usado para tratar a
leishmaniose. Isso inclui a leishmaniose dos tipos cutâneo, visceral e mucoso

GLUCANTIME® antimoniato de meglumina

Este medicamento é destinado ao tratamento de Leishmaniose tegumentar


americana ou cutâneo-mucosa e tratamento da Leishmaniose visceral ou
calazar.

Mecanismo de ação:

O mecanismo de ação preciso dos antimoniais pentavalentes permanece


incerto. É pressuposto que várias enzimas de Leishmania spp sejam inibidas
seletivamente. Esses agentes também parecem inibir a fosfofrutoquinase, com
subseqüente bloqueio da produção de adenosina trifosfato.

Efeitos adversos:

226
dores articulares, dores musculares, náusea e vômito, cefaleia, febre, anorexia,
alterações nos testes de função hepática (elevação das transaminases e
fosfatase alcalina), níveis de lipase e amilase, leucopenia, anormalidades no
ECG

Tripanossomíase ou tripanossomose

é a designação geral dada a várias doenças de vertebrados causadas por


protozoários parasitas do género Trypanosoma.

Existem três espécies principais de tripanossomo que causam doenças no ser


humano: o Tripanossoma gambiense e o Tripanossoma rhodesiense,
responsáveis pela doença do sono na África, e Tripanossoma cruzi,
responsável pela Doença de Chagas. Em ambos os tipos da doença surge uma
lesão local inicial no ponto de entrada, seguida de surtos de parasitemia e
febre. O dano aos órgãos é causado pelas toxinas liberadas, afetando o SNC
(na doença do sono), o coração e, algumas vezes, o fígado, o baço, os ossos e
o intestino (na Doença de Chagas).

As principais drogas utilizadas na doença do sono africana são a suramina,


com a pentamidina como alternativa,no estágio hemilinfático da doença, e o
composto melarsopol para o estágio avançado com comprometimento do SNC.

Suramina, pentamidina E melarsoprol.

Suramina

A suramina não mata imediatamente os parasitas, porém induz alterações


bioquímicas que levam à aliminação dos microrganismos da circulação depois
de um período de 24 horas.A droga liga-se firmemente às proteínas
plasmáticas do hospedeiro, e o complexo assim formado penetra no
tripanossomo por endocitose; a seguir, é liberado por proteases lisossômicas.
Possui ação seletiva sobre as enzimas tripanossômicas
Mecanismo de ação:

227
mecanismo é desconhecido, mas a atividade tripanocida pode ser devido à
inibição das enzimas envolvidas na oxidação de reduzida dinucleótido
nicotinamida-adenina (NADH), o qual funciona como uma co-enzima em várias
reações celulares, tais como a respiração e a glicólise, no parasita
tripanossoma.

Efeitos adversos:

A suramina é relativamente tóxica, sobretudo em pacientes desnutridos,


exercendo efeito tóxico principalmente sobre os rins.

Pentamidina Fauldpenta®

Pneumocistose, tripanossomose africana e leishmaniose visceral em áreas


com parasitas resistentes aos antimoniais, como no norte da África.

Atua interferindo a síntese de RNA, DNA e Proteínas.

É administrado intra venoso ou aerosol.

Nefrotoxicidade é o que limita o seu uso.

Efeitos adversos:

Hipotensão, hipoglicemia, vômitos, leucopenia, trombocitopenia, anemia, dor


no local da injeção, distúrbios do trato gastrintestinal, gosto metálico, dano
renal reversível, agravamento do diabete, choque, hipocalcemia, dano
hepático, cardiotoxicidade (arritmias), delirium, exantema cutâneo e, raramente,
anafilaxia, pancreatite aguda, hipercalcemia e reação Jarisch-Herxheimer.

Melarsoprol

Melarsoprol é um medicamento utilizado no tratamento da doença do sono,


causada pelo Trypanosoma brucei. Melarsoprol também é usado no tratamento
da doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi.

Mecanismo de ação:

O melarsoprol inibe a piruvato cinase dos tripanossomos, com conseqüente


inibição da glicólise e diminuição da produção de ATP. Os tripanossomos

228
afetados perdem rapidamente a sua motilidade e sofrem lise. O melarsoprol
também inibe a captação de adenina e adenosina por transportadores dos
tripanossomos.

Efeitos adversos:

infelizmente, o melarsoprol é muito tóxico para os seres humanos (taxa de


mortalidade de 4 a 6%). O melarsoprol é administrado por via intravenosa e
pode causar flebite grave. É também corrosivo para plásticos, o que limita o
seu armazenamento e as opções de administração. Além disso, 5 a 10% dos
pacientes com tripanossomíase africana de estágio avançado desenvolvem
inflamação intensa do cérebro após administração de melarsoprol
(“encefalopatia reativa”).

Trypanosoma cruzi

é uma espécie de protozoário flagelado da família Trypanosomatidae. É o


agente etiológico da doença de Chagas.

Estes triatomas, ou barbeiros, alimentam-se de sangue e contaminam-


se com o parasita quando sugam sangue de animais mamíferos
infectados, que são os reservatórios naturais (bovinos, por exemplo)
ou mesmo outros humanos contaminados. Uma vez no tubo digestivo
do barbeiro, o parasita é eliminado nas fezes junto ao ponto da
“picada”, quando sugam o sangue dos humanos que por aí infectam-
se.

Entre os principais sintomas estão: Febre Mal-estar Inchaço de um olho


Inchaço e vermelhidão no local da picada do inseto Fadiga Irritação sobre a
pele Dores no corpo Dor de cabeça Náusea, diarreia ou vômito Surgimento de
nódulos Aumento do tamanho do fígado e do baço.

NIFURTIMOX: é usado para o tratamento de Trypanosoma cruzi. Age


produzindo superóxidos eperóxidos que são radica is tóxico para o parasito,
pois não possui a enzima catalase. É bemabsorvido por via oral.

Benzonidazol Rochagan®

229
Ativo contra o Trypanosoma cruzi.

Efeitos adversos:

Alterações cutâneas (dermatite fotossensível e eritema polimorfo), intolerância


gástrica, mielossupressão e neurite periférica reversível dose-dependente, em
geral no final do período de tratamento.

Tricomoníase

O principal microrganismo do gênero Trichomonas que produz doenças no ser


humano é o T. vaginalis As cepasvirulentas provocam inflamação da vagina
nas mulheres e,algumas vezes, da uretra nos homens.

As principais drogas utilizadas na terapia são o metronidazol e otinidazol.

Toxoplasmose

O Toxoplasma gondi é um protozoário que infecta gatos e outros animais. Os


oocistos nas fezes do animal infectado podem infectar o ser humano, dando
origem a esporozoítas, a seguir, a trofozoítas e, por fim, a cistos nostecidos.
Em muitos indivíduos a toxoplasmose é auto limitada ou até mesmo
assintomática, porém a infecção pelo protozoário durante a gravidez pode
causar grave doença no feto. Os indivíduos imuno comprometidos também são
muito suscetíveis.O tratamento de escolha consiste em pirimetamina-
sulfadiazina (que deve ser evitado em gestantes); são também utilizados o
trimetoprima-sulfametoxazolou a pentamidina parenteral. Mais recentemente, a
azitromicina mostrou-se promissora.

Anti-helmínticos
São fármacos usados nas doenças parasitárias causadas por vermes,
chamados cientificamente helmintos. Eles agem ou pela destruição do parasito
ou pela sua expulsão do hospedeiro infestado.

Os anti-helmínticos disponíveis atualmente são, em sua maioria, ativos


contra mais
deum parasito. Alguns apresentam espectro amplo, sendo chamados de anti-

230
helmínticos polivalentes, pelo fato de agirem contra várias espécies de
parasitos.

Os quimioterápicos anti-helmínticos podem ser agrupados em três classes:

a) ativos contra nematódeos;

b) ativos contra cestóideos;

c) ativos contra trematódeos.

As principais doenças parasitárias intestinais são: NEMATODA: ancilostomíase


,ascaridíase, enterobíase (oxiuríase), estrongiloidíase, necatoríase, tricuríase;
CESTOIDEA: himenolepíase, teníase; DIGENEA: esquistossomíase.

Quanto à estrutura química, os anti-helmínticos comercializados no Brasil


podem
ser divididos em: compostos de amônio quaternário, derivados do benzimidazol
corantes cianínicos, derivados do imidotiazol, piperazina e sais, derivados da
quinolina, vinilpirimidinas e diversos.

RESISTÊNCIA AOS FÁRMACOS ANTI-HELMÍNTICOS

1. Entre os principais mecanismos de resistências aos antiparasitários,


destacam-se:

2. Metabolização da droga para uma forma inativa

3. Alteração da permeabilidade da droga diminuindo a tomada ou


aumentando a secreção;

4. Alteração do alvo de modo a reduzir a afinidade da droga;

5. Aumento da quantidade do alvo de modo a diminuir as consequências


metabólicas.

FÁRMACOS

• Piperazina (Pripsen®): (Xarope de piperazina) - áscaris e oxiúros

• Levamisol (Ascaridil) – ascaris.

231
• Albendazol (Zentel®) (Zolben) -

• Mebendazol(Pantelmin®):– áscaris, oxiúros, ancilotomideos, tricocefalos e


teniase.

• Tiabendazol (Foldan®):– estrongilídeos, oxiúros, ascaris e ancilostomideos.

• Praziquantel (Cisticid) - teniase e neurocisticercose

• Niclosamida (Atenase) – teníase

• Benzimidazol

• Cambendazol (Cambem®):

• Flubendazol (Fluvermal®):

• IVERMECTINA

Mebendazol, Tiabendazol e Albendazol (Derivados Benzimidazóis)

Mecanismo de ação:

Esses compostos são agentes de amplo espectro, que formam um dos


principais grupos de anti-helmínticos utilizados na clínica. Ligam-se à

β-tubulina livre, inibindo a sua polimerização e, assim, interferindo na captação


de glicose dependente de microtúbulos.Exercem ação inibitória seletiva sobre a
função microtubular dos helmintos, sendo 250-400vezes mais potentes nos
helmintos do que nos tecidos de mamíferos. O efeito leva algum tempo para se
manifestar, e os vermes podem não ser expelidos durante vários dias

Mebendazol (Pantelmin®): O mebendazol mais conhecido no Brasil é o


Pantelmin®. Possui Suspensão Oral e Comprimidos

mecanismo de ação inibe, de forma seletiva e irreversível, a absorção de


glicose, o que provoca a depleção dos depósitos de glicogênio nos
microtúbulos das células tegumentárias e intestinais do parasita. Tudo isso
gera imobilidade, paralisia motora e morte dos diferentes nematódeos.

232
Indicações; erradicação de ascaridíase, enterobíase, tricocefalíase,
ancilostomíase, Taenia solium e Taenia saginata

Efeitos adversos:

Dor abdominal transitória, diarréia, febre, prurido Neutropenia reversível.


erupções na pele como bolhas na pele, feridas na boca, nos olhos ou na região
ano-genital, convulsões, tontura ou problemas no sangue, fígado e rins.

Obs: Mebendazol não deve ser administrado em conjunto com alguns


medicamentos como metronidazol, cimetidina, carbamazepina ou com
fenitoína.

Tiabendazol (Foldan®): Tiabendazol, um derivado benzimidazólico, é um


agente anti- helmíntico com atividade contra nematóides. Atua em estágios
larvais e em ovos.

Mecanismo de ação: pode inibir o sistema fumarato-redutase interferindo


desta maneira com a fonte de energia do parasito.

Indicações:

é destinado ao tratamento de infecção na pele causada pela Larva migrans


(comumente conhecida como “bicho geográfico” ou dermatite serpiginosa).

-Tratamento da escabiose (sarna) causada por um ácaro escavador.

-Tratamento da capilaríase, dracunculíase e tricostrongilíase.

micoses superficiais produzidas por dermatófitos comuns.

Efeitos adversos:

-Sonolência, tontura, vertigem, anorexia, náusea, vômito, diarréia, dor


epigástrica; Irritação, ardor e descamação da pele.

Eritema multiforme, em casos graves (síndrome de Stevens-Johnson), até


morte;-Odor de aspargo na urina;-Quando usado no tratamento de ascaridíase,
às vezes lombrigas vivas aparecem na boca e no nariz.

Albendazol (Zentel®)

233
Benzimidazol mais recentemente introduzido no mercado, é de amplo espectro,
sendo a dministrado por VO.

É um anti-helmíntico derivado do benzimidazol e com mecanismo de ação


semelhante ao Mebendazol (impede a absorção da glicose pelo parasita,
interrompendo a função microtubular).

O albendazol inicialmente imobiliza os helmintos e posteriormente os mata.

É fracamente absorvido pelo trato gastrintestinal, A absorção oral aumenta com


a ingestão de alimentos gordurosos. É bem distribuído ao SNC e penetra nos
cistos hidáticos.

Como os demais derivados benzimidazólicos, o Albendazol é teratogênico e


embriotóxico, devendo ser evitado pro gestantes.

Indicações:

seguintes parasitas intestinais e dos tecidos: Ascaris lumbricoides, Enterobius


vermicularis, Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Trichuris trichiura,
Strongyloides stercoralis, Taenia spp. e Hymenolepis nana (somente nos casos
de parasitismo a eles associado). São indicações ainda a opistorquíase
(Opisthorchis viverrini) e a larva migrans cutânea, bem como a giardíase
(Giardia lamblia, G. duodenalis, G. intestinalis) em crianças

Efeitos adversos:

Casos raros de desconforto gastrintestinal, náuseas e vômitos, diarréia,


constipação, cefaléia, secura da boca e prurido cutâneo têm sido relatados.

Praziquantel (Derivado da Quinolina) É um anti-helmíntico de amplo


espectro.

Alterar a homeostasia do cálcio (bloqueia canais de cálcio) nas células do


parasita. Isso provoca contração da musculatura e, por fim, resulta em paralisia
e morte do helminto. O Praziquantel afeta não apenas os esquistossomos a
dultos, como também as formas imaturas e as cercarias - a for ma do parasita
que infecta o homem ao penetrar na sua pele. Por outro lado, ele não exerce
nenhum efeito farmacológico no homem
234
Indicações:

é um remédio antiparasitário muito utilizado para tratar verminoses,


especialmente teníase e himenolepíase.

cestoidíases causadas por Hymenolepis diminuta, Diphyllobothrium


latume Diphyllobothrium pacificum.

Efeitos adversos:

dor abdominal, náuseas, diarreia, vômitos, tonturas, sonolência, dores de


cabeça e aumento da produção de suor.

Piperazina (Pripsen®) É uma classe de compostos químicos com importantes


propriedades farmacológicas que contem um núcleo de piperazina funcional.

Mecanismo de ação:

Seu modo de ação baseia-se no bloqueio da resposta muscular, causando


paralisia do parasita. Tem ação agonista do GABA (ácido gama aminobutírico –
principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central dos mamíferos),
ocasionando a hiperpolarização da placa mioneural. O parasita imobilizado é
facilmente eliminado do organismo hospedeiro através dos movimentos
peristálticos intestinais, em um a três dias.

Como a piperazina interfere produzindo um efeito gabaérgico no verme, ela


produz nesse ver me abertura do canal de cloro, com isso o ver me paraliza
sua atividade elétrica e motora. Não mata o parasita, paraliza, e este parasita é
lançado vivo nas fezes.

Indicações:

Está indicado para tratamento de ascaridíase e oxiuríase. e enterobíase,


como fármaco alternativo.

Efeitos adversos:

náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais, reações alérgicas


(broncoespasmo e urticária), tonturas, confusão mental, descoordenação
motora, angioedema e síndrome de Stevens-Johnson (descritos raramente).
235
Está contra indicado no período de gravidez e aleitamento, em casos de
disfunção hepática, epilepsia, doença neurológica e doença renal grave.

A piperazina e o pirantel são antagonistas, não sendo, por isso, recomendada a


sua co-administração.

Levamisol (Ascaridil) (Derivado do Imidotiazol)

levamisol é um anti-helmíntico utilizado para o tratamento do Ascaris


lumbricoides.

Mecanismo de ação:

Exerce ação semelhante à da nicotina, estimulando e, posteriormente,


bloqueando as junções neuromusculares. Os vermes paralisados são então
eliminados nas fezes. Os ovos são destruídos.

Efeitos adversos:

Quando usado na ascaridíase, náusea, vômito, dor abdominal, tontura,


cefaléia; O Levamisol atravessa a BHE.

Quando usado como imunoestimulante (por período prolongado), reações de


hipersensibilidade, como febre, síndrome semelhante à da influenza, artralgia,
dor muscular, exantema e vasculite cutânea;

efeitos sobre o sistema nervoso central, como fadiga, cefaléia, confusão,


insônia, tontura, nervosismo e convulsões; anormalidades hematológicas,
como agranulocitose, leucopenia e trombocitopenia; distúrbios gastrintestinais,
como gosto metálico na boca, náusea e vômito.

O levamisol não deve ser utilizado durante a gravidez.

Obs.É um dos adulterantes mais usados no mundo no caso da cocaína,


pois ao causar esse bloqueio neuromuscular, ele pode ter ação de anestesia,
parestesia, como os anestésicos locais. O excesso dele pode causar
estimulação central.

236
IVERMECTINA é um anti-helmíntico semissintético, produto da
fermentação da bactéria Streptomyces avermitilis. é um antiparasitário de
amplo espectro

Além da atividade contra helmintos, ele também age contra parasitos não
intestinais, como o piolho e a sarna.

eficaz contra Strongyloides stercoralis, Ascaris lumbricoides, Enterobius


vermicularis, Trichuris trichiura, Onchocerca volvulus, Pediculus humanus
capitis (piolho), Sarcoptes scabiei (sarna) e Wuchereria bancrofti. Que seria
elefantíase.

Mecanismo de ação:

Acredita-se que a droga paralisa o verme ao abrir os canais de cloreto media


do pelo GABA e ao aumentar a condutancia do cloreto regulado pelo gluta
mato, que leva a hiperpolarização. O resultado consiste em bloqueio da
transmissão neuromuscular e paralisia do ver me. A ivermectina não interage
com os receptor es de GABA nos vertebra dos, porém a sua afinidade pelos
receptores GABA dos invertebrados é de cerca de 100 vezes maior.

Efeitos adversos:

diarreia, náusea, falta de disposição, dor abdominal, falta de apetite,


constipação e vômitos. Anorexia tontura, sonolência,vertigem e tremor;-As
reações epidérmicas incluem prurido, erupções e urticária

A ivermectina não deve ser administrada em grávidas, durante o aleitamento


materno nem em crianças com menos de 15 quilos.

NICLOSAMIDA ou Atenase

A niclosamida é um anti-helmíntico indicado para o tratamento da Taenia


solium, Taenia saginata e Hymenolepis nana.

A niclosamida pode ser administrada durante a gravidez.

Mecanismo de ação:

237
Lesa irreversivelment e o escólex (cabeça do verdecem órgãos que se fixam as
células intestinais do hospedeiro) e o segmento proximal. Não se sabe ao certo
como a niclosamida faz isso. O ver me separa-se da parede intestinal e é
expelido.

Efeitos adversos:

náuseas, vômito, dor abdominal, diarreia, dor de cabeça e sabor amargo


na boca. Anorexia;-Náusea ou vômito;-Tontura, sonolência, cefaléia;

OXAMNIQUINA

O oxamniquina é um anti-helmíntico indicado para o tratamento


do Schistosoma mansoni. afetando as formas maduras quanto
imaturas.

Mecanismo de ação:

Pode envolver a intercalação do DNA, e sua ação seletiva pode estar


relacionada com a capacidade de o parasita concentrar a droga. Provoca
o desprendimento dos vermes das veias mesentéricas para o fígado, onde são
destruídos.

Interfere com o DNA fazendo a dupla fita, a replicação, mas mata vermes que
não estão se reproduzindo também.

Efeitos adversos:

náuseas, vômito, dor abdominal e diarreia. estimulação do SNC,


incluindo alucinações e episódios convulsivos. Tontura, sonolência,
cefaléia;- Convulsões epileptiformes, embora raramente;-anorexia;-
Urticária;-Alterações do eletroencefalograma;

O oxamniquina não deve ser utilizado durante a gravidez.

CAMBENDAZOL (Cambem®):

O Cambendazol, derivado benzimidazólico, apresenta atividade anti- helmíntica


de amplo espectro, atingindo as parasitoses causadas por Ancylostoma

238
brasilienses (larva migrans), Ancylostoma caninum, Toxocara canis, Toxocara
cati e principalmente o Strongyloides stercoralis. É o fármaco de escolha para o
tratamento da estrongiloidíase, incluindo as formas crônicas e graves da
parasitose ou quando o paciente não responde à terapia com tiabendazol.

Mecanismo de ação:

Age inibindo a formação de microtúbulos através do bloqueio da captação de


glicose, resultando na depleção de glicogênio dos parasitas e formação
reduzida da adenosina trifosfato (ATP), necessária para a sobrevivência e
reprodução dos parasitas. Consequentemente ocorrem paralisia e morte dos
vermes, os quais são eliminados com as fezes.

Efeitos adversos:

dor de barriga, náuseas, diarreia, excesso de gases intestinais, tonturas, dor de


cabeça, cansaço e sonolência.

Flubendazol (Fluvermal®):

Está indicado no tratamento de infecções simples ou múltiplas como:


enterobíase, ascaridíase e enterobíase.

Mecanismo de ação:

age inibindo ou destruindo os microtúbulos citoplasmáticos das larvas,


ocasionando a morte dos vermes em poucos dias.

Efeitos adversos:

dor abdominal, náuseas, diarreia, vômitos, flatulência, anorexia, tontura,


sonolência e dor de cabeça.

Benzimidazol

É um anti-helmíntico versátil, especialmente contra nematódeos. É altamente


eficaz contra ascaríase, enterobíase, tricuríase e ancilostomíase, como

239
infecções únicas ou mistas. É um medicamento ativo contra larvas e os
estágios adultos de nematódeos.

Mecanismo de ação:

Inibe a captação de glicose produzindo redução na formação de ATP


(Adenosina tri-fosfato) necessário para a sobrevivência e reprodução,
ocasionando paralisia e morte do verme.

Efeitos adversos:

anorexia, náuseas, vômito, dor abdominal, diarreia, alucinações, convulsões,


embriotoxicidade e teratogenicidade.

ANTIVIRAIS
São acelulares e não apresentam metabolismo próprio parasitas intracelulares
obrigatórios

• Se reproduzem (dentro de células vivas) e evoluem (sofrem mutações)


organismos vivos.

• Fora da célula hospedeira, o vírus se cristaliza ficando inativo.

• Material genético: DNA ou RNA.

Classificação dos vírus:

Vírus de DNA

herpes vírus

adenovírus vírus

hepatite B

bacteriófagos

Vírus de RNA

retrovírus (HIV) influenza vírus vírus hepatite A, C e D vírus de febre


hemorrágica (dengue, hantavírus, ebola vírus) raiva vírus.

240
ANTIVIRAIS

São drogas úteis na profilaxia de vírus, utilizados nas infecções virais (herpes,
meningites) e no controle do vírus da AIDS.

São eficazes enquanto o vírus está se replicando;

Difícil seletividade para o patogeno;

O vírus usa a maquinaria da célula.

Como as fases iniciais da infecção viral são assintomáticas, o tratamento é


frequentemente retardado ate que a doença seja estabelecida.

INIBIDORES NUCLEOSÍDICOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA

Englobam um grande número de análogos nucleosíd eos (são fosforilados pel


a enzima da celula);

A principal utilidade desses fármacos é o tratamento do HIV;

FARMACO

ZIDOVUDINA

DEFINIÇÃO

Pode prolongar a vida dos indivíduos com HIV e diminuirá a demência. É um


análogo da timidina;

MECANISMO AÇÃO

inibir competitivamente a incorporação, pela enzima transcriptase reversa, da


timidina ao DNA viral. Inibe a transcriptase reversa.

FARMACOCINÉTICA

Em geral é administrado oralmente duas vezes ao dia. Maior parte é eliminada


no fígado, sob a forma de glicuronoides inativo; Apenas 2 0% é eliminado de
forma ativa na urina.

EFEITOS ADVERSOS

241
Alterações Gastriintestinais: Náusea, emese e dor de abdome. Alterações
sanguíneas: Anemia ou neurotropenia. Efeitos sobre o SNC:Insônia,tontura e
cefaléia

RESISTENCIA A AÇÃO ANTIVIRAL DA ZIDOVUDINA

Cepas resistentes ,transmitidas entre individuos: Ocasiões em que ambos


sejam infectados pelo HIV ,não deve ter relação sexual sem preservativo, para
assim evitar a troca de partículas virais , visto que as mesmas são diferentes

OBSERVAÇÃO

Outros fármacos desse grupo: Didanosina, Zalcetabina, lamivudina, estavidina


e abacavir.

INIBIDORES DA PROTEASE

São RNAm transcritos apartir de provirus e traduzido em duas poliproteinas


inertes;

Poliproteinas: são clivadas pela protease em poliproteinas virais; Exemplos de


fármcos inibidores da protease: Aprevanir, atazanavir, darunavir, indivanir.

FARMACO

RETONAVIR

DEFINIÇÃO

É exemplo típico de inibidores da protease;

MECANISMO AÇÃO

Inibidor da protease

FARMACOCINÉTICA

Inibidor da protease. Administração por via oral 2 vezes ao dia. Absorção


retardada na presença de alimentos.

EFEITOS ADVERSOS

242
Náuseas , êmese e dor abdominais.

USO CLINICO

Tratamento da AIDS

OBSERVAÇÃO

Inativa proteínas do HIV1 ou HIV 2,Utilizando em combinação outro inibidor da


protease (Lopivanir).

ACICLOVIR
É um derivado da guanosina que é típico dos fármacos desse tipo;

É convertida em monofosfato pela timidina quinase viral:

o processo de fosforilação é executado pela enzima viral que é mais eficiente


que a célula hospedeira.

Inibe a DNA polimerase. É o trifosfato de aciclovir que inibe a DN A polimerase


viral, interrompendo a cadeia nucleotidica.

Administrados por via oral em pacientes imunocompetentes e por via IV em


pacientes imunocomprometidos.

Na dosagem oral apenas 20% é absorvida; É altamente distribuído e atinge o


LCR em concentrações efetivas; Eliminação pelos rins: por filtragem glomerular
e por secreção tubular.

Inflamação local durante a injeção IV, disfunção renal, náusea, cefaleia pode
ocorrer. Encefalopatia. Infecções por varicella loster.. SURGIMENTO DE
CEPAS RESISTENTES: O trifosfato de aciclovir é rapidamente degradada na
célula do hospedeiro pelas fosfatases celulares; Cepas virai com genes
modificados codificam a timidina quinase ou DNA polimerase, conferindo
resistência.

O monofosfato de timidina é convertida a trifosfato de timidina pela enzima do


hospedeiro, que é a forma que inibe a DNA polimerase viral interrompendo a
cadeia nucleotidica. Cepas do herpvirus resistentes são causadores da
resistência
243
INIBIDORES DA DNA-POLIMERASE

FARMACO

ACICLOVIR

DEFINIÇÃO

É um derivado da guanosina que é típico dos fármacos desse tipo;

É convertida em monofosfato pela timidina quinase viral:

o processo de fosforilação é executado pela enzima viral que é mais eficiente


que a célula hospedeira.

MECANISMO AÇÃO

Inibe a DNA polimerase. É o trifosfato de aciclovir que inibe a DN A polimerase


viral, interrompendo a cadeia nucleotidica.

FARMACOCINÉTICA

Administrados por via oral em pacientes imunocompetentes e por via IV em


pacientes imunocomprometidos.

Na dosagem oral apenas 20% é absorvida; É altamente distribuído e atinge o


LCR em concentrações efetivas; Eliminação pelos rins: por filtragem glomerular
e por secreção tubular.

EFEITOS ADVERSOS

Inflamação local durante a injeção IV, disfunção renal, náusea, cefaleia pode
ocorrer. Encefalopatia.

USO CLINICO

Infecções por varicella loster. SURGIMENTO DE CEPAS RESISTENTES: O


trifosfato de aciclovir é rapidamente degradada na célula do hospedeiro pelas
fosfatases celulares; Cepas virai com genes modificados codificam a timidina
quinase ou DNA polimerase, conferindo resistência.

OBSERVAÇÃO

244
O monofosfato de timidina é convertida a trifosfato de timidina pela enzima do
hospedeiro, que é a forma que inibe a DNA polimerase viral interrompendo a
cadeia nucleotidica. Cepas do herpvirus resistentes são causadores da
resistência

Fármacos com ação similar: Cidofovir, fonciclovir (pró-fármaco do penciclovir),


conciclovir, pen iclovir, volaciclovir (pró - fármaco do aciclovir), valgenciclovir
(pró -fármaco do genciclovir), fosconete (mecanismo similar).

INIBIDORES DE NEURAMIDASE E INIBIDORES DE DESMONTAGEM DA


CAPA VIRAL

A neuramidase viral é uma das três proteínas codificadas pelo genoma da


influenza;

os antineoplásicos são classificados de duas maneiras principais: de


acordo com sua estrutura química e função em nível celular e com a
especificidade no ciclo celular.

Roteiro da aula

Definição de câncer

Ciclo celular

Classificação dos antineoplásicos

Locais de ação de antineoplasicos

Agentes alquilantes

Compostos de platina

Antimetabolitos

Produtos naturais

Antibióticos antineoplasicos

Resistência tumoral

Efeitos adversos

245
Ordem de incidência de câncer no Brasil
Entre mulheres Entre homens
1º pele 1º pele
2º mama 2º próstata
3º colo do útero 3º pulmão
4º colón e reto 4º estômago
5º estômago 5º colón e reto

Fármacos antineoplásicos

São fármacos empregados no tratamento do câncer, interferindo nos


mecanismos de sobrevivência, proliferação e migração celular.

O tratamento do câncer envolve varias terapias: remoção cirúrgica, radioterapia


e quimioterapia.

Morte celular programada apoptose

246
Fases do processo de apoptose;

• Mudanças na morfologia

• Formação de corpos apoptóticos

• Fagocitose dos corpos por células adjacentes

Obs. A eficácia da maioria dos fármacos antineoplásicos depende da ativação


dos processos de apoptose celular

Local de ação no ciclo celular

• Fármacos específicos da fase S (síntese de DNA)

Citosina arabinosídeo

Hidroxiureia

• Específicos da fase S autolimitantes, agem entre a fase S, e G 2

6-mercaptorina

Metotrexato

• Fármacos específicos da fase M (multiplicação mitose)

Vincristina, vimblastina, paclitaxel

• Fármacos inespecíficos do ciclo celular (agem em todas as fases do ciclo


celular)

Agentes alquilantes, nitrosoureias, antibióticos antitumorais, procarbazina,


cisplatina e dacarbazina

Classificaçao das drogas antineoplásicas

• Ciclo- inespecífico – aqueles que atuam nas células que estão ou não no
ciclo proliferativo, como, por exemplo, a mostarda nitrogenada.

• Ciclo – específicos - atuam somente nas células que se encontram em


proliferação, como é o caso da ciclofosfamida.

247
• Fase - específicos – aqueles que atuam em determinadas fases do ciclo
celular

Tratamento das neoplasias

Células tumorais são mais susceptíveis ao tratamento antitumoral quando se


encontram em alguma fase do ciclo celular não Gzero.

Algumas células tumorais se localizam em órgãos que atingem baixas


concentrações de fármacos antineoplásicos (snc e testículos).

Uso de poliquimioterapia (com diferentes mecanismos de ação) é comum no


tratamento de neoplasias.

Tipos e finalidades da quimioterapia

• Curativa - quando é usada com o objetivo de se conseguir o controle


completo do tumor.

• Adjuvante – quando se segue a cirurgia curativa, tendo o objetivo de


esterilizar células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência de
metástases a distância.

• Neoadjuvante ou prévia – quando indicada para se obter a redução parcial


do tumor, visando a permitir uma complementação terapêutica com a cirurgia
e/ou radioterapia.

• Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de melhorar a


qualidade da sobrevida do paciente.

Critérios para a administração da quimioterapia

Condições gerais do paciente:

Menos de 10% de perda do peso corporal desde o inicio da doença

Ausência de contra indicações clínicas para as drogas selecionadas

Ausência de infecções ou infecção presente, mas sob controle

248
Capacidade funcional correspondente aos três primeiros níveis ,segundo os
índices propostos por ECOG e KARNOFSKY

Índices
0 100 - 90% paciente assintomático ou com
sintomas mínimos.
1 89 - 70% paciente sintomático, mas com
capacidade para o atendimento ambulatorial.
2 69 - 50% paciente permanece no leito menos
da metade do dia.
3 49 - 30% paciente permanece no leito mais
da metade do dia.
4 29 - 10% paciente acamado, necessitando de
cuidados constantes.

Critérios para a administração de quimioterapia

Contagem das células do sangue e dosagem de hemoglobina. (Os valores


exigidos para aplicação da quimioterapia em crianças são menores)

Leucócitos > 4000/mm3

Neutrófilos > 2000/mm3

Plaquetas > 150.000 mm3

Hemoglobina > 10g/dl

Dosagens séricas (quantidade de uma determinada substância no sangue).

Uréia < 50mg/dl

Creatinina < 1,5 mg/dl

Bilirrubina total < 3,0 mg/ dl

Ácido úrico < 5,0 mg/ dl

Transferasses (transaminases) < 50 UI/mL

Classes de fármacos antineoplásicos

249
• Agentes alquilantes e compostos relacionados

• Análogos purínicos e pirimidínicos

• Antimetabólitos e inibidores da timidilato sintetase

• Agentes antimitóticos

• Inibidores das enzimas topoisomerases

• Inibidores da atividade hormonal e agentes correlatos

• Novos fármacos

Locais de ação dos antineoplásicos

• Antimetabólitos – síntese de DNA, ou fase S

• Agentes alquilantes - molécula de DNA

• Agentes intercalantes – transcrição do DNA e duplicação do DNA

• Inibidores mitóticos – mitose impedindo que a célula entre em divisão

Agentes alquilantes e compostos relacionados

Os agentes alquilantes podem ser classificados em:

Mostardas nitrogenadas e nitrosouréia

Composto derivados da platina

Bleomicina

Mostardas nitrogenadas e nitrosoureia

Mecloretamina

Clorambucil

Ciclofosfamida

Ifosfamida

Carmustina

250
Estramustina

Dacarbazina

Formam cátions altamente reativos que reagem com o nitrogênio na posição 7


da guanina do DNA .

Reagem também com outros grupos doadores de elétrons; NH2-, OH-, (ambos
do DNA) ou SH-, proteína.

Formam ligações covalentes cruzadas entre dois grupos nucleofílicos do DNA,


o que impede a replicação do DNA.

Principais efeitos adversos

Imunossupressão (ciclofosfamida)

Cistite hemorrágica

Cuidados na administração

Extravasamento no tecido subcutâneo resulta em endurecimento hipersensível


e necrose.

Solução; infiltração imediatamente de solução isotônica estéril de tiosulfato de


sódio seguida de compressa de gelo.

Compostos de platina

Cisplatina

Carboplatina

Oxaliplatina

Formam ligações covalentes com dois agrupamentos adjacentes no DNA,


prevalentemente nas posições N-7 e O-6 da guanina.

Câncer testicular, pulmonar, ovário e bexiga

Reações adversas

Nefrotoxicidade

251
Neurotoxicidade (perda da audição e parestesias nas mãos e pés)

•Antimetabólitos

Análogo do ácido fólico: metotrexato

Análogos das purinas: mercapturina, tioguanina

Análogos das pirimidinas: fluoruracila, gencitabina,citarabina

Mecanismo de ação:

Apresentam estruturas semelhantes a compostos utilizados pela célula, atuam


na fase S, do ciclo celular interferindo em diferentes rotas metabólicas

Antagonista do folato; metotrexato

Agem inibindo a síntese de precursores do DNA e/ou RNA

Ex; metotrexato, hidroxiuréia

O acido fólico é requirido na síntese dos nucleosídeos, que por sua vez são
essenciais a síntese do DNA e a divisão celular.

Inibe a enzima diidrofolato redutase.

Ex metotrexato

Metotrexato usos clínicos

Leucemia linfoblástica aguda, Linfoma NH, Câncer de mama, Câncer de


pulmão Câncer de cabeça e pescoço e osteosarcoma.

Análogos de bases

Análogos de bases das purinas: mercaptopurina, tioguanina, fludarabina e


azatioprina

6-mercaptopurina e tioguanina ; impede a formação da guanina

6- mercaptopurina impede que tenha a formação da adenilossuccinato, ou seja


impede a formação da adenina e da guanina.

252
Agente antimetabolitos agem na parte S, do ciclo. Ou seja, na parte de síntese
do DNA. Impedindo a replicação de mitose da divisão celular.

Reações adversar

Mielossupressão

Nefrotoxicidade por participação do metotrexato

Usar folinato de cálcio ácido fólico para prevenir a mucosite e a


mielossupressão causadas por esse tratamento.

Tioguanina; Disponíveis por via oral

Efeito colateral; hepatotoxicidade

Análogos das pirimidinas: fluoruracila, gencitabina, citarabina

Incorporação ao DNA e RNA, causando quebra de fitas, interferência no


alongamento da cadeia, interferência na transcrição do RNA ou interferência na
síntese de DNA.

5 - fluorouracil, inibe a timidilato sintetase, e a síntese de nucleotídeos de


timidina requeridos para a síntese de DNA.

Agentes antimitóticos

Alcalóides da vinca: vincristina e vimblastina.

Taxanos: paclitaxel e docetaxel

Alcalóides da vinca

Vincristina

Vimblastina

Vindesina

Vinorelbine

Mecanismo de ação: inibem a polimerização dos microtúbulos. Ou Seja, as


fases de profase e metafase.
253
Taxanos

Paclitaxel

Docetaxel

Mecanismo de ação: inibem a despolimerização dos microtúbulos. Ou Seja,


anafase e telofase.

Indicações clínicas

Taxanos: paclitaxel, docetaxel

Câncer pulmão, ovário e mama.

Alcalóides da vinca

Vincristina e vimblastina

Câncer de testículos metastático e linfoma

Principais efeitos adversos

Hipersensibilidade aguda (paclitaxel), Retenção hídrica (docetaxel), Neuropatia


periférica (vincristina e taxanos).

Cuidados na administração

Diluição em soro fisiológico ou glicosado, Contaminação acidental dos olhos


pode levar a ulceração da córnea

Antibióticos anti-neoplásicos

Topoisomerases (ou dna girase)

São enzimas que reduzem o stresse de tensão do dna espiralado, permitindo


que regiões do dna se desenrolem tornando - se disponíveis para a
ocorrência dos processos celulares (replicação, recombinação, reparo e
transcrição do dna).

As topoisomerases podem ser do tipo I ou II.

254
Fármacos anti - neoplásicos podem agir formando um complexo DNA –
farmaco - topoisomerase, inibindo a ação da enzima e induzindo roturas na
sequência de dna

Estes fármacos podem ser divididos em:

Inibidores da topoisomerase I: camptotecinas

Inibidores da topoisomerase II: antraciclinas e epipodofilotoxinas

Camptotecinas

Ex: Topotecano, irinotecano

Iigam - se ao complexo dna - topoisomerase I impedindo a ação da enzima


topoisomerase I

Efeitos adversos :

Diarréia grave e disfunção hepática

Inibidores da enzima topoisomerase II

Antraciclinas (doxorrubicina, daunorrubicina)

Inibem a ação da enzima topoisomerase II

Capazes de gerar radicais livres (superóxidos) que induzem fragmentação do


DNA, estão entre os mais importantes farmacos antineoplásicos

Efeito tóxico: cardiotoxicidade (insuficiência cardíaca e disritmias),


mielossupressão

Epipodofilotoxinas

Extraída da planta mandrágora

Inibição da topoisomerase II

Ex: etoposida, teniposida

Bleomicina

255
Glicopeptídeo natural derivado do streptomyces

A Bleomicina quela o Fe+2 na sua estrutura ligada ao dna gera radicais livres

Efeito colateral

Reações muco cutâneas, fibrose pulmonar (irreversível)

Novos fármacos utilizados como anti neoplásicos

Anticorpos monoclonais

- trastuzumab; anticorpo que tem como antígeno o receptor do fator de


crescimento her-2/neu, aplicável a terapia de câncer de mama.

Reações adversas;

Durante a infusão hipotensão, febre, calafrios e pode exarcebar os transtornos


cardiovasculares.

Cetuximab

Anticorpo que tem como o antígeno o receptor do fator de crescimento EGRF,


aplicável a terapia de câncer de intestino (cólon ou reto) e câncer de cabeça e
pescoço de célula escamosa (boca, garganta e laringe).

Efeitos colaterais

Exantema cutâneo e diarréia.

Retuximab

Anticorpo que reconhece o antígeno cd20

Expresso na superfície de tumores de linfócitos b

É indicado para o tratamento dos linfomas de células B, que não tenham


respondido a outros tratamentos.

Reações adversas

Broncoespasmo, hipotensão e reação anafilática

256
Imatinibe

Inibidor de vias intracelulares da tirosinacinase

Inibe a proteína ABL cinase – ativadora intracelular da via da tirosina – cinase

Fármaco de pequeno peso molecular

Indicação; exclusivamente na leucemia mielóide crônica sendo administrado


por via oral.

Efeito colateral;

Bem tolerado, edema, náuseas, cãibras, exantemas e diarréia.

Terapia antiangiogênica

Angiogênese no crescimento tumoral

Fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) – ativa receptor tirosina –


cinase.

Fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) – ativa receptor tirosina –


cinase.

Sorafenibe e sunitinibe: aprovados para o tratamento do câncer renal

Mecanismo de ação:

Inibe intracelularmente a ativação de vias de receptores tirosina - cinases

Resistência a quimiterapia

Deleção ou hiperexpressão de uma enzima chave no processo

Inativação do processo de apoptose (perda do gene p53)

Hiperexpressão de uma bomba de efluxo geral de fármacos (como a


glicoproteína P)

EFEITOS DA QUIMIOTERAPIA

257
Reorganizar apenas. 18/8/2019 virus

Virii; partícula com material genético e um envelope capsular protéico

Não apresentam sistema metabólico. Portanto, dependem de células


infectadas para crescimento e replicação

A supressão da replicação viral, portanto, requer a inibição seletiva dos


processos metabólicos que servem a essa replicação.

Classificação dos vírus

DNA

Herpes vírus

Adenovirus

Vírus hepatite b

Bacteriófagos

RNA

Retrovírus (HIV) síndrome da imuno deficiência

Influenza vírus
258
Vírus hepatite A,C e D

Vírus da febre hemorrágica (dengue, hantavírus, ebola vírus)

Vírus da raiva

Farmácos anti-herpeticos

Herpes simples 1 e 2; hsv-1 (boca,face,esôfago e cérebro) e hsv-2 (genitália,


reto, pele, mãos e meninges)

Varicela zoster (vzv)

Epstein- barr

Citomegalovírus ( cmv)

Herpes vírus humanos (HHV-6, HHV-7 e HHV-8)

259
Herpes

Podem causar lesões orais e genitais

Transmissao por secreções (saliva, líquido das vesículas), contato íntimo


(secreções vaginais) e pelo parto normal

Alta recorrência (reativação viral)

Ex febre, estresse, raios solares,imunosupressão

Tratamento da herpes

Uridinas inibem

Principais uridinas

Aciclovir

Análogo sintético da 2-desoxiguanosina

Início da terapia antiviral seletiva

Ativo contra DNA –vírus

Tratamento de herpes vírus (hsv-1 e hsv-2), e vzv (varicela – zoster)

Hsv 1 ( 0,02-0,9 ug/ml)

Hsv 2 ( 0,03-2,2 ug/ml)

Vzv e Epstein –barr ( 0,8-4,0 ug/ml)

260
CMV e HHV 6 ( 20 ug/ml)

Não afeta células humanas não infectadas (50 ug/mL)

REAÇOES ADVERSAS DO ACICLOVIR

- náusea, vômito, diarreia, dores abdominais; - prurido, erupções cutâneas


(incluindo fotossensibilidade); - fadiga, febre.

VALACICLOVIR

Analogo do aciclovir L- valil éster de aciclovir

Convertido em aciclovir quando ingerido

Pró- fármaco do aciclovir

Mecanismo de ação igual ao do aciclovir

261
Efeitos adversos

Náuseas, diarréia e dor de cabeça

Atua contra vírus hsv, vzv cmv

Penciclovir

Mecanismo de ação similar ao do aciclovir

Cerca de 100x menos potente na inibição da replicação viral do que o aciclovir,


mas atinge maior concentração plasmática

Tem maior tempo de vida

Atua contra hsv-1 e 2, e vzv

Brasil: vectavir, penvir e Hepigran

Foscarnet ou foscavir

Pirofosfato inorgânico

Inibe DNA polimerase,RNA polimerase e transcriptase reversa (HIV)

Não precisa ser fosforilado

Resistência: mutação no gene da DNA polimerase

Efeitos adversos : hipo- ou hipercalcemia e fosfatemia

Restrito a uso hospitalar

Fomivirsem

Oligonucleotideo anti-sense

Mecanismo de ação por ser complementar À sequência de bases,hibridiza-se e


bloqueia a expressão (tradução) do RNAm do CMV, inibindo a síntese de
proteínas e a replicação viral

Efeitos adversos

262
Irritação e aumento da pressão intraocular

Atua contra cmv

Influenza

H= Representa as Hemaglutininas, H1, H2, H3..

As hemaglutininas são glicoproteínas que tem a função de reconhecer uma


molécula nas células do trato respiratório. Chamado de ácido sialíco.

N= enzima Neuraminidase; N1, N2

Tem a função de quebrar a ligação entre hemaglutinina e ácido sialico para que
o vírus consiga se dissociar e infectar novas células.

Fármacos inibidores da neuraminidase

Acido sialico é a estrutura dos fármacos abaixo, enganando a neuraminidase,


se ligando a ela impedindo que a enzima consiga quebrar a ligação entre o
acido sialico e a hemaglutinina

Zanamivir (via inalatória)

Oseltamivir ou tamiflu (via oral)

Amantadina e rimantadina

263
Aminas tricíclicas

Ativas contra influenza A

Mec de ação

Interfere com a função da proteína viral M2

A proteina M2 age como um canal iônico facilitando a entrada de hidrogênio,


mantendo o Ph ácido e contribuindo com a dissociação das proteínas da matriz
do nucleocapsideo do virus

Farmacologia

Biosponibilidade por via oral

Amantadina excreção renal, não sofre metabolismo hepático

Rimantadina metabolismo hepático e excreção renal

Toxicidade

Neurotoxicidade : amantadina, rimantadina não causa neurotoxicidade

Agentes anti-hepatites

Impedir a evolução para a doença crônica (cirrose)

Impedir a transmissão da doença

Impedir a ocorrência de complicações (carcinoma hepático)

Hepatite b

Interferon alfa (imunomodulador)

Lamivudina (usado no HIV), em baixas dose para o HBV

Adefovir usado no HIV, em baixas dose para o HBV

Hepatite c

Interferon alfa

264
Ribavarina

Acompanhamento do tratamento

Normalização das enzimas hepáticas

Eliminação da viremia

Melhora na histologia hepática

Ausência na detecção de antigenos

Mecanismo de ação do interferon

Induz a proteína quinase que inibe a síntese protéica

Induz a oligoadenilato sintetase que comanda para a degradação do mRNA


VIRAL

Induz a fosfodiesterase que inibe o tRNA inibindo a traduçao

Farmacocinética

Biodisponibilidade oral; menor que 1%

Administração IV e SubCutanea

Distribuído em todos os tecidos, exceto snc e olhos

Meia vida 1 a 4 horas

Reações adversas

Febre, dor de cabeça e prurido

Supressão da médula óssea (anemia)

Neuro e cardiotóxico e Perda da fertilidade

265
Replicação de retrovírus HIV

a- O HIV liga-se ao complexo cd4 de células T através de uma glicoproteína


na cobertura viral.

b- Uma proteína de fusão rompe a cobertura viral e inicia a fusão desta com a
membrana celular

c- A transcrição do RNA viral em DNA e catalizada por uma transcriptase


reversa

d- O DNA é incorporado no genoma do hospedeiro com a ajuda de uma


integrase viral.

e- Sob o controle do DNA viral, a replicação se inicia ocorre então síntese de


RNA e proteínas virais ( incluindo enzimas como a transcriptase reversa e a
integrase, e proteínas estruturais como a matriz protéica que sustenta o
envelope

principais alvos da terapia retroviral

inibidores de fusão ou de adsorção; impede que o vírus entre na célula

266
inibidores da transcriptase reversa; impede a conversão do RNA em DNA
e consequentemente a sua incorporação no genoma humano

inibidores da integrase; que vão impedir que o DNA produzido consiga ser
inserido no genoma da célula humana

inibidores de protease; que vão impedir que a poli-proteína produzida, que


ela possa se transformar em proteínas funcionais

Inibidores da transcriptase reversa que não são análogos a nucleosídeos

Não vão se ligar ao sitio ativo, da transcriptase reversa

Nevirapina

é um fármaco utilizado no tratamento da AIDS. Age inibindo a replicação do


HIV e aumenta a produção de células CD4. Nevirapine não cura o HIV ou a
AIDS.

Infecção por HIV

Resistentes a AZT (zidovudina)

267
Inibe a transcriptase reversa

Transcriptase reversa de HIV-2 e DNA polimerase humana não são inibidas por
nevirapina

EFAVIRENZ

não-análogo dos nucleósidos que se administra como parte da terapêutica

Potente inibidor da transcriptase reversa em cepas resistentes e mutantes de


HIV-1

Uso em combinação com indinavir, aumentando as células CD4

Muito utilizado em terapias combinadas

Inibidores da transcriptase reversa análogo de nucleosídeos

A zidovudina ou AZT (azidotimidina) é um fármaco utilizado como


antirretroviral, inibidor da transcriptase reversa (inversa). Indicado para o
tratamento da AIDS e contágio por Pneumocystis jirovecii. Foi uma das
primeiras drogas aprovadas para o tratamento da AIDS (no Brasil)

Analogo de deoxitimidina, azidotimidina( AZT)

Entra na célula por difusão passiva

Alvo; transcriptase reversa

Fosforilação a AZT, 5- Trifosfato

Via; intra venosa e oral

Efeitos adversos; mielosupressão, intolerância gastro intestinal, cefaléia e


insônia.

Resistência; devido a mutações no gene da transcriptase reversa, mais


freqüente após terapia prolongada.

• Adefovir

Análogo de adenosina monofosfato

268
Fosforilado por quinases celulares

Mecanismo de ação ; inibe a transcriptase reversa competitivamente e atua na


terminação cadeia DNA viral

Efeitos adversos; nefrotoxicidade

Ativo contra HIV e HBV

Inibidores de proteases

• Invirase ou Saquinavir

Análogo sintético de substrato peptídico

Inibidor peptideomimético de proteases

Pode causar distribuição alterada da gordura de corpo, resistência a insulina e


hiperlipidemia

Indinavir

Nelfinavir

Amprenavir

Fosamprenavir

Efeitos indesejáveis dos inibidores das proteases

Inibição do P450

Distúrbios do T.G.I

Anomalias metabólicas ( resistência a insulina )

Redistribuição da gordura ( lipodistrofia – giba de bufalo

Desinvolvimento de cálculos renais

Parestesias em torno da boca, mãos e pés

269
Erupções cutâneas

Síndrome de Stevens- jhonson

Tipranavir

Inibidor de protease não peptídico

Ativo em vírus resistentes a outros inibidores de protease

Resistência so ocorre com mutações múltiplas

Inibidores de fusão

Enfuvirtida

Ativo contra HIV -1

MEC de ação; liga-se a gp41 do envelope viral, impedindo as mudanças


conformacionais necessárias para a fusão entre as membranas celular e viral.

Terapêutica combinada

Prós; maior eficácia (80 a 85%)

Diminuição da carga viral 30%

Redução da resistência viral

Contras

Aumento da toxicidade e reações adversas significativas

Freqüente abandono do esquema posológico, Terapêutica e monitoramento


dispendiosos

Antiprotozoarios e Anti-Helmintos. Reorganizar 4/8/19

Amebicidas

Antimaláricos

270
Fármacos antitripanossomas

Anti-leishmÂnia

Anti-nematodos

Anti-trematodos

Anti-cestodos

Os protozoários são seres eucariontes, unicelulares e heterótrofos. A maioria


deles é aquático de vida livre, mas alguns são parasitas e vivem dentro do
corpo de outros seres vivos, inclusive dos humanos.

Fármacos anti-protozoarios

Fármacos anti-protozoarios
Amebíase Malária Tripanossomíase Leishmaniose Taxoplase Giardíase
Cloroquina Artemisina Benzinidazol Estibogliconato Pirimetamina Metronidazol
de sódio
Desidrometina Cloroquina Melarsoprol - - Tinidazol
Emetina Primaquina Nifurtimax - - nitazoxanida
Iodoquinol Pirimetamina Pentamidina - - -
Metronidazol Quinina/quinidina Suramina - - -
Tinidazol - - - - -
paramomicina - - - - -

As principais infecções protozoárias e os tratamentos farmacológicos usuais

271
Amebíase (E.histolystica)

A infecção pode ser

Assintomática

colite amebiana não disenterica; diarréia

Colite amebiana disentérica; febre fezes, mucopiosanguinolenta, cólica,


tenesmo e perda de peso.

Infecções extra-intestinais; abcesso;hepático

Transmissão; alimentos ou água

Metronidazol

Utilizado para tratar E. HISTOLYSTICA

Também usado para giárdia lamblia e trichomonas vaginalis

Usado para tratar cocos gram negativos anaeróbios (bacteróides)

Bacilos gram positivos (clostridium)

Totalmente absorvido após administração oral

Para tratar amebíase usado em associação com furoato de diloxanida)


amebicida da luz intestinal)

Pode ser encontrado em níveis terapêuticos nos fluidos vaginal, seminal, saliva
leite e liquido cefalo-raquidiano

Metabolizado pelo figado

Efeitos adversos

Trato gastro intestinal, Náuseas, Vômitos, Desconforto epigástrico, Sensação


de gosto metálico na boca, Candidiase bucal, Sintomas neurotoxicos, Tontura,
vertigem e parestesias

272
Opções terapêuticas para tratamento da amebíase

Síndrome clinica farmaco


Portadoras assintomáticos de cistos Iodoquinol ou paromicina
Diarréia / disenteria, extra intestinal Metronidazol mais iodoquinol ou
paromicina
Abscesso, amébico e hepático Cloroquinamais metronidazol ou emetina

Malária plasmodium falciparum

Cinco espécies de gênero plasmodium (falciparum, p.vivax, p. ovale, p .


malariae, P.knowlesi).

p. falciparum e p.vivax 95% dos casos de malariae

p. falciparum: quase todos os casos severos e fatais

a infecção pode causar

febre alta persistente, hipotensão ortostática, eritrocitose maciça (vermelhidão


dos membros inferiores), obstrução capilar e morte

273
Antimaláricos classificação

Esquizonticida sanguíneo: ou agente supressor fármaco que atua sobre as


formas assexuadas sanguineas do parasita (cloroquina,quinina, amodiaquina,
artemisina, anti- folatos).

Esquizonticida tecidual ou agente profilático causal; fármaco que atua sobre as


formas assexuadas do parasita nos tecidos (fígado)

Primário: atua sobre as formas pré- eritrocíticas evitando a invasão dos


eritrócitos (primaquina)

Secundário : atua sobre as formas exo-eritrociticas secundárias ou latentes


evitando as recaídas (primaquina)

Primaquina

Elimina as formas exoeritrociticas de P. falciparum e P.vivax

Elimina a forma sexuadas circulantes (gametociticas)

274
Mecanismo de ação; não éinteiramente conhecido, acredita-se que os
intermediários atuem como oxidantes responsáveis pela ação esquizonticida

Efeitos adversos

Anemia hemolítica em pacientes com níveis baixos de G6PD (Glicose seis


fosfato desidrogenase

Obs. A deficiência de glicose-6- fosfato desidrogenase resulta em diminuição


da síntese de NADPH e GSH, tornando a célula mais suscetível aos agentes
oxidantes, como a primaquina. Isso causa hemólise.

A primaquina oxida o GSH a GSSG; por isso menos GSH fica disponível para
neutralizar os componentes tóxicos

Cloroquina

Efeitos adversos

Distúrbios do t.G.i

Urticária cutânea

Cefaléia

Visão borrada

275
Opções terapêuticas para tratamento da malaria
Todas as espécies P. falciparum Prevenção de Prevenção da
de plasmodium cloroquina- recaídas: somente malaria
exceto os resistentes P. vivax e P.ovale
P.falciparum e
cloroquina
resistente
cloroquina Quinina mais primaquina Áreas geográficas
pirimetamina,- sensíveis a
sulfadoxina ou cloroquina;
doxiciclina ou cloroquina
clindamicina
alternativa
mefloquina
Áreas geográficas
cloroquina resistente;
mefloquina
Na gestação;
Cloroquina ou
mefloquina

Tripanossomíase

• Americana causada pelo trypanossoma cruzi

Causa cardiomiopatia

Comum em crianças

Transmitida pelas fezes do inseto contaminando os olhos ou soluções de


continuidade da pele.

Tratada com nifurtimox

276
• africana causada pelo trypanossoma brucei

Transmitida pela picada da mosca Tsé- Tsé, causando a doença do sono.

• Tripanossoma brucei gambiense

Lento para o snc

Suramina e pentamidina são usadas somente nos estágios iniciais da doença

•Trypanossoma rhodesiense

Invasão precose do snc

Geralmente fatal se não tratado

Melarsoprol é usado quando a envolvimento do snc

Fármacos

Nifurtimox; tratamento de primeiro escolha

Usado no tratamento do trypanossoma cruzi.

Age produzindo radicais superoxido e peróxido de hidrogênio – tóxico pois o


trypanossoma não possui catalase

Bem absorvido por via oral.

Suramina; Usada no tratamento precose e profilaxia da trpanossomiase


africana

Age inibindo enzimas do metabolismo energético incluindo glicerol fosfato


desidrogenase

Melarsoprol; arsenical trivalente

Principalmente usada para tratar infecções do trypanossoma comenvolvimento


do snc

O fármaco reage com grupos SH de varias enzimas

277
Pentamidina ; ativo contra ( trypanossom, Leshmania e fungo – pneumocytis
carinii).

Pentamidina interfere na síntese de RNA, DNA e proteinas

Administrado IV ou Aerosol

Nefrotoxicidade é sua limitação

Leishmaniose

Leishmaniose transmitida pela picada de mosquito

1-Cutânea

2-Mucocutânea

3-Visceral (figado e baço) calazar

Farmacos

• Antimoniais pentavalentes- estibogluconato de sódio

Age inibindo a glicose e a oxidação de ácidos graxos, é administrada por via


intra muscular e via intra venosa

Arritmia cardíaca e nefrotoxicidade

• Pentamidina

• Anfotericina b

Antihelminticos

Quimioterapia das infecções helmínticas


Contra nematódeos Contra trematódeos Contra cestódeos
dietilcarbamazepina praziquantel albendazol
ivermectina - Niclosamida
mebendazol - -
Pamoato de pirantel - -

278
tiabendazol - -

• ONCOCERCOSE

Agente onchocerca vólvulos

Comum em área do México, America do sul e áfrica tropical.

Caracterizada por nódulos subcutâneos, eritema cutâneo pruriginoso e lesões


oculares com freqüência resultando cegueira.

Tratamento; ivermectina

• Enterobiase;

Agente; enterobius vermiculares

É a infecção helmíntica mais comum nos estados unidos

Ocorre prurido perianal com alguns vermes brancos visíveis nas fezes ou
região perianal.

Tratamento mebendazol ou pamoato de pirantel

• Ascardíase

Agente; ascaris lumbricóides

So perde para a enterobíase como o parasita multicelular mais prevalente nos


estados unidos. Cerca de um terço da população mundial está infectada com
esse verme

As larvas ingeridas crescem no intestino, causando sintomas intestinais,


incluindo obstrução intestinal; os ascaris podem passar para o sangue e
infectar pulmões

Tratamento pamoato de pirantel ou mebendazol

• Trecuriase (doença do verme chicote)


279
Agente; trichuris trichiura

Infecção em geral assintomática; contudo. Podem ocorrer dor abdominal,


diarréia e flatulência

Tratamento mebendazol

• Ancelostomíase

Agente ancylostoma duodenale (verme do velho mundo), necator americanus


(verme do novo mundo).

O verme se fixa na mucosa intestinal, causando anorexia, sintomas tipo úlcera


e perda intestinal crônica de sangue levando a anemia.

O tratamento é desnecessário em indivíduos assintomáticos que não estão


anêmicos

Tratamento pamoato de pirantel ou mebendazol

• Filariose

Agente wucheria bancrofti, brugia malayi

Os vermes podem bloquear o fluxo de linfa. Finalmente , ocorre inflamação


local e fibrose dos linfáticos.

Após anos de infestação , os braços, as pernas e o escroto se enchem com


líquido, causando elefantíase

Tratamento; uma combinação de dietilcarbamazepina e albendazol

• Estrongiliase

Agente strongyloides stercoralis

Relativamente incomum comparado com outros nematódeos intestinais;


doença relativamente benigna em individuos normais que pode progredir para
solução letal em pacientes imunocomprometidos

Tratamento tiabendazol e ivermectina

280
• Triquinose

Agente trichinella espiralis

Em geral causada pelo consumo de carne mal cozida, especialmente de porco

Tratamento tiabendazol (somente nos estágios iniciais da doença).

Benzimidazóis

Albendazol, mebendazol e triclabendazol

• Albendazol

A droga de escolha para nematodos intestinais

Melhor espectro de atividade

Melhor características farmacocinéticas

Tratamento de;

Ascaris lumbricóides, trichurius trichiuria, larva migrans cutânea, cisticercose e


filariose

Mecanismo de ação;

Liga-se a beta-tubulina, impedindo a formaçao de microtubulos. Reduzindo a


entrada de glicose.

Outros potencias mecanismos; inibe fumarato redutase ( especifica do


parasita), reduz os niveis de NADH.

Degradação do reticulo endoplasmático e da mitocôndria e causa redução da


produção de ATP

Mebendazol

Usado para tratar; helmintíase intestinal e Trichinella spiralis.

Mecanismo de ação; mesmo do albendazol

Farmacocinética;

281
Praticamente insolúvel em solução aquosa (absorção apenas na forma
mastigável e se ingerido com alimento)

Obs; albendazol, ivermectina e mebendazol são contraindicados na gestação.


pois causa má formação do bebe.

Farmacologia dos trematódios

• Paragonimíase

Essa doença é causada pelo paragonimus westermani (fasciola do pulmão). O


Microorganismo se move do T.G.I para o pulmão, que é o local de lesão
primário. Infecção bacteriana secundária pode produzir tosse e esputo
sanguinolento

A doença é adquirida pela ingestão de carne crua de caranguejos

A paragonimíase é diagnosticada pela identificação dos ovos no esputo e nas


fezes.

Tratamento praziquantel.

• Clonorquíase

Essa doença é causada pelo clonorchis sinensis (fasciola oriental do fígado).

O local primário de infecção é o trato biliar, onde a resposta inflamatória


resultante pode causar fibrose e hiperplasia

A doença é transmitida pela ingestão de peixes de água doce crus.

A clonorquíase é diagnosticada pela identificação dos ovos nas fezes

Tratamento praziquantel

• Esquistossomíase (novo mundo)

Essa doença é causado pelo schistosoma mansoni e S.japonicum. o local


primário de infecção é o T.G.I. lesões a parede intestinal são causadas pela
resposta inflamatória do hospedeiro aos ovos depositados naquele local. Os

282
ovos também secretam enzimas proteolíticas que produzem lesão adicional
aos tecidos.

Apresentação clinica inclui sangramento do T.G.I, diarréia e lesão hepática.

A doença é transmitida por penetração direta através da pele

Essa forma de esquistossomíase é diagnosticada pela identificação dos ovos


característicos nas fezes.

• Esquistossomíase (velho mundo)

Essa doença é causada pelo schistosoma haematobium. O local primário de


infecção são as veias da bexiga urinária, onde os ovos do parasita podem
causar fibrose, granulomas e hematúria.

A doença é transmitida pela penetração direta da pele

Essa forma de esquistossomose é diagnosticada com a identificação de ovos


característicos na urina e na parede da bexiga.

Tratamento praziquantel

Fármacos

Praziquantel

Usado para tratar

Cestodos;

taenia sp.

Dphyllobothrium latum

Echinococcus

Trematódeos;

Schistosoma

Chlorchis sinensis

283
Paragonimus westeramani

Exceção; fasciola hepática e cisticercose (segunda linha)

Mecanismo de ação

Tênias; liberação do Ca+2 dos estoques endógenos, paralisia espática e


expulsão do verme.

Schistosoma; dano ao tegumento resultando em intensa vacuolizaçao e


aumento da permeabilidade ao Ca+2.

Exposição de antígenos da superfície do parasita permite reconhecimento pelo


sistema imune

Farmacologia dos cestódeos (vermes planos)

• Equinococose

Essa doença também denominada hidatidose é causada pelo. Echinococcus


granulosis (tênia do cão). A infecção provoca grandes istos hidáticos no fígado,
pulmões e cérebro. Podem ocorrer reações anafiláticas contra os antígenos do
verme se os cistos se rompem.

A doença se estabelece com a ingestão dos ovos presentes nas fezes de cães.
Ovinos, com freqüência . servem de hospedeiro intermediário.

A equinococose é diagnosticada por tomografia ou biópsia do tecido infectado


e é tratada pela retirada cirúrgica dos cistos.

Tratamento albendazol

Difilobotríase

A doença é causada pelo Diphylobotrium latum (tênia de peixes). O verme


adulto no intestino do hospedeiro pode alcançar 15m.

A doença é transmitida por larvas em carne de peie crua ou mal cozida.

Teníase

284
Essa forma de doença é causada pela Taenia solium adulta. (tênia do porco)os
intestinos são o local primário de infecção, diarreia . a maioria dessas
infecções. Porém, é assintomática

A doença é transmitida por larvas presentes em carne de porco mal cozida ou


pela ingestão direta dos ovos das tênias.

Cisticercose

Essa doença é causada pelas larvas de Taenia solium. A infecção produz


cisticercose no cérebro ( causando convulsões, cefaléia e êmese).

A doença ocorre pela ingestão de ovos das fezes humanas

A cisticercose é diagnosticada por tomografia ou biópsia.

Tratamento praziquantel,albendazol ou cirurgia.

Teníase (saginata)

Essa doença é causada pelas larvas de Taenia saginata ( tênia de bovinos). O


parasita infecta primariamente o intestino e não produz cisticercos. A maioria
dos infectados é assintomáticos.

A doença é transmitida pelas larvas em carne mal cozida ou crua.

A teníase é diagnosticada pela presença de proglotes nas fezes

Tratamento niclosamida

Niclosamida

Mecanismo de ação; age desacoplando a fosforilação oxidativa.

Uso clinico; niclosamida é uma das drogas de esolha junto com o praziquantel,
para infecções causadas por tênia.

O uso de niclosamida e acompanhado de um laxante, com o objetivo de


expulsar os segmentos mortos de tênia. ( não age sobre os ovos – risco de
cisticercose).

285
Organizar

Conteudo programático makigut

286
1-Aines anti inflamatório não estereodais

2- aies (glicocorticóides)

3-histaminas e anti-histamínicos

4- Drogas de ação no sistema respiratório rever

Drogas de ação no sistema digestório

5- Fármacos de ação no distúrbio da tireóide

6- Contraceptivos hormonais

7- Insulina / hipoglicemiantes orais

8- Conceitos básicos de microbiologia

9- Anti-bacterianos

10- Antifúngicos

11- Antiprotozoários (anti-parasitarios e helmínticos)

12-antivirais

13-anti-neoplasicos

Funções das prostaglanadinas

Estimulação agregação plaquetaria (TXAz)

Inibição da agregação plaquetaria (PGI)

RELAXAMENTO VASCULAR (PGE e PGI)

CONTRAÇÃO VASCULAR (PGF, TXH)

Contração brônquica (PGF,leucotrienos)

Proteção da mucosa gstrica e secreção de HCL, PGE, PGI

Manutenção do fluxo renal (Na+ e K+)

287
Indução da contração uterina (PGE)

Redução da febre (PGE)

Hiperalgia (PGE e PGF)

APLICAÇÕES terapêuticas das prostaglandinas (análogos das


prostaglandinas)

1- Aprostatil (prostin)@

Possui ação vasodilatadora

Uso: RN(s) que tem estreitamento da orta, precisam usar continuamente


até a cirurgia

2- misoprostol

Lançado no mercado como gastroprotetor mas provoca aborto, já foi


retirado do mercado e relançado como um abortivo (citotec).

Uso: aborto retido a programa de aborto legal, indutor do trabalho de


parto e em alguns casos de hemorragias pós-parto. Quando a causa é a
não contração uterina.

Faz parte da portaria 344/98, exigindo do hospital que utilize rregistro da


vigilância sanitária, apresentação de mapa mensal com nome do paciente,
Cid, endereço, e retenção de receita.

3- sildenafil

Ação vasodilatadora Isso facilita a circulação do sangue pelos pulmões e


melhora a chegada do oxigênio para todos os órgãos, disfunção sexual, e
doença cardiovasculares.

288
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