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ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO E DISPENSAÇÃO

DE MEDICAMENTOS, GERMICIDAS E CORRELATOS

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-


sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
A FARMÁCIA HOSPITALAR ....................................................................................... 4
O FARMACÊUTICO NA FARMÁCIA HOSPITALAR ................................................ 8
BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE
MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS ........................................................................... 10
FARMACOVIGILÂNCIA: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA E
RESPONSABILIDADE DO FARMACÊUTICO.......................................................... 27
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 28

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INTRODUÇÃO
No âmbito hospitalar o armazenamento de medicamentos compreende
um conjunto de atividades de caráter técnico, administrativo e operaci-
onal que engloba procedimentos de recebimento, estocagem, segu-
rança, conservação e controle de estoque, contemplando, desde a
avaliação das instalações físicas, externas e internas, até a garantia de
que o medicamento prescrito, na apresentação farmacêutica e dose
correta, chegou até o paciente/ cliente (BRASIL,1994).
Armazenar de forma inadequada os medicamentos pode gerar os mais
variados tipos de perigos, portanto, dependerá do tipo do produto e da maneira
como eles são armazenados, poderá haver, desde simples prejuízos financeiros,
até complicações mais graves, como morte ou intoxicação.
Assim sendo, o armazenamento é uma atividade necessária para ga-
rantir a qualidade dos medicamentos, através da proteção contra os
riscos de alterações físico-químicas e microbiológicas, incluindo rece-
bimento de medicamentos, segurança, conservação e controle de es-
toque (CAVALINI; BISSON, 2002).
Vale destacar que é importante a implantação de sistemas de detec-
ção e prevenção de erros de medicação deve ser um dos objetivos das
ações de farmacovigilância realizadas nas instituições de saúde, e este
processo, além da participação da equipe multidisciplinar, deve contar
com a colaboração de pacientes e seus familiares (NUNES et al.,
2008).
O gerenciamento dos medicamentos no setor hospitalar é de extrema im-
portância para a qualidade dos atendimentos dos pacientes assistidos e este
trabalho deve ser obrigatoriamente feito por profissional farmacêutico, único ha-
bilitado para a execução de todas as atividades relacionadas ao controle de me-
dicamentos em âmbito hospitalar.

A FARMÁCIA HOSPITALAR
A Resolução 300 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), de 30/01/1997,
define Farmácia Hospitalar como “unidade clínica de assistência técnica e admi-
nistrativa, dirigida por farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente às
atividades hospitalares”.

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Funções básicas
De acordo com o Guia Básico para a Farmácia Hospitalar do Ministério
da Saúde (1994), as atividades da Farmácia Hospitalar, com o fim de
promover o uso racional do medicamento, deve sustentar seu trabalho
em cinco pilares fundamentais, que são:

 Seleção de medicamentos, germicidas e correlatos necessários ao


hospital; Aquisição, conservação e controle dos medicamentos;
 Manipulação/produção de medicamentos e germicidas (Farmaco-
técnica);
 Estabelecimento de um sistema racional de distribuição de medi-
camentos;
 Implantação de um sistema de informação sobre medicamentos
O Conselho reconhece que a farmácia hospitalar tem como principal fun-
ção garantir a qualidade de assistência prestada ao paciente através do uso se-
guro e racional de medicamentos e correlatos, adequando sua utilização à saúde
individual e coletiva, nos planos: assistencial, preventivo, docente e de investi-
gação.
Ainda sobre as funções da farmácia hospitalar, a Sociedade Brasileira
de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde – Sbrafh (2007) reco-
nhece a gestão; o desenvolvimento de infraestrutura; o preparo, distri-
buição, dispensação e controle de medicamentos e produtos para a
saúde; a otimização da terapia medicamentosa; a informação sobre
medicamentos e produtos para a saúde; o ensino, educação perma-
nente e pesquisa como os seis grandes grupos de atribuições essen-
ciais da Farmácia Hospitalar.
Em relação às atividades de farmacotécnica da farmácia hospitalar,
cabe, não apenas adequar medicamentos disponíveis no mercado às
necessidades dos pacientes hospitalizados, como também desenvol-
ver preparações oficinais e magistrais específicas em situações pontu-
ais, mas com a preocupação da manutenção da qualidade (MAGARI-
NOS-TORRES; OSORIO-DE-CASTRO; PEPE, 2007a).
Assim, a farmácia hospitalar exerce funções que extrapolam a mera
guarda e distribuição de medicamentos e correlatos, assumindo um papel assis-
tencial relevante para o sucesso da terapia medicamentosa.

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Importância da Farmácia Hospitalar como parte integrante do Hospital
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o hospital é concei-
tuado como uma parte do sistema integrado de saúde, cuja função é
dispensar à comunidade completa assistência à saúde preventiva e
curativa, incluindo serviços extensivos à família em seu domicílio e
ainda um centro de formação para os que trabalham no campo da sa-
úde e das pesquisas biossociais e que tem como funções a prevenção
de doenças, a restauração da saúde, o exercício de funções educati-
vas e promoção à pesquisa (CAVALLINI; BISSON, 2002).
Em estudo realizado por Messeder, Osorio-de-Castro e Camacho
(2007), o qual envolveu 6.499 hospitais brasileiros cadastrados no Mi-
nistério da Saúde em 1998, estabeleceu-se o nível de complexidade
desses hospitais, de acordo com a presença de indicadores relaciona-
dos ao gerenciamento, seleção de medicamentos, logística (programa-
ção, aquisição e armazenamento), distribuição, informação, segui-
mento farmacoterapêutico, farmacotécnica, ensino e pesquisa.
Sendo considerados de nível 5 os hospitais de baixa complexidade, os
quais possuem apenas os componentes considerados básicos; nível 6, hospitais
de média complexidade sem serviço de apoio diagnóstico-terapêutico ambulato-
rial de alta complexidade, além dos componentes farmacotécnica e seguimento
farmacoterapêutico; nível 7, hospitais de média complexidade com serviço de
apoio diagnóstico-terapêutico ambulatorial de alta complexidade e hospitais de
nível 8, alta complexidade, com a presença de todos os componentes.
Ainda neste estudo foi constatado que, no Brasil, observa-se que 33,6%
dos hospitais estão localizados no Sudeste, 28,4% no Nordeste, 18% na região
Sul, 14% no Centro-Oeste e 6% na região Norte. Em relação ao nível de com-
plexidade, 52,9% dos hospitais de nível 8 e 41,9% dos hospitais de nível 7 loca-
lizam-se na região Sudeste.
Os hospitais de nível 6 se localizam, em maior concentração, na região
Sudeste (30,6%), seguida das regiões Nordeste (29,4%), Sul (20,0%), Centro-
Oeste (13,1%) e Norte (6,9%).
Dos hospitais de nível 5, 47,1% estão localizados na região Nordeste.
Mostrando uma distribuição desigual entre a rede hospitalar brasileira, com
maior concentração de hospitais de alta complexidade no Sudeste, o que leva
ao enfraquecimento das redes instaladas em outras regiões e à sobrecarga dos
serviços na região Sudeste.

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As instituições hospitalares têm evoluído em passo comum aos avanços
da Medicina, oferecendo, não só assistência médica, atividades nas áreas de
ensino, pesquisa, investigações e programas de desenvolvimento, tendo, desta
forma, enorme importância no Setor Saúde.
Além disso, tem peso razoável nos investimentos nacionais, já que ab-
sorve aproximadamente 50% dos gastos com saúde (NOVAES, 2010).
Independente do tamanho e complexidade do hospital, sem os medica-
mentos e correlatos não há sucesso na terapia medicamentosa do paciente.
Assim, os medicamentos representam uma parcela muito alta do orça-
mento do hospital, fazendo-se necessário, portanto, a implementação
de medidas que assegurem o uso racional destes produtos (BRASIL,
1994).
A farmácia hospitalar é responsável por diversas atividades importan-
tes no cuidado à saúde de pacientes hospitalizados, ocupando impor-
tante posição dentro do contexto assistencial do Sistema Único de Sa-
úde (SUS), pois é responsável por diversas atividades relacionadas ao
medicamento, o qual se constitui como instrumento terapêutico com
forte impacto na saúde e no custo hospitalar (MAGARINOS-TORRES;
OSORIO-DE-CASTRO; PEPE, 2007b).
Serafim (2005) fala que o enfoque da Farmácia Hospitalar deve ser
clínico assistencial e que sua preocupação maior deve ser o resultado
da farmacoterapia proposta a cada paciente e não apenas com a pro-
visão de produtos e serviços, assim, garantindo o uso seguro e racional
dos medicamentos.
Entretanto, Perazzolo et al. (2006), relatam que, para as instituições
hospitalares, consideradas sistemas abertos interagindo de forma
constante com o ambiente no qual estão inseridas, alcançarem seus
objetivos é necessária interação entre seus diversos setores, formando
uma rede de relações recíprocas, com o intuito de dinamizar o desen-
volvimento de suas atividades. E, dentro deste contexto, está a farmá-
cia hospitalar.

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O FARMACÊUTICO NA FARMÁCIA HOSPITALAR
De acordo com a Portaria 3.916/1998 do Ministério da Saúde, a gestão
da farmácia hospitalar é responsabilidade exclusiva do farmacêutico.
Além disso, 220, de 21 de setembro de 2004, unidades hospitalares
quesegundo a RDC n possuam Serviços de Terapia Antineoplásica (STA) de-
vem possuir Farmácia para a preparação dos medicamentos relacionados, e o
responsável técnico deve ser farmacêutico, com registro no Conselho Regional
de Farmácia (CRF).

Evidências da importância do farmacêutico


Com a implantação da política nacional de medicamentos, através da Por-
taria 3.916/1998 do Ministério da Saúde, a assistência farmacêutica é orientada
den modo que não se restrinja apenas à aquisição e distribuição de medica-
mentos, mas que seja fundamentada na descentralização da gestão, na promo-
ção do uso racional de medicamentos, na otimização e na eficácia do sistema
de distribuição no setor público e no desenvolvimento de iniciativas que possibi-
litem a redução nos preços dos produtos.
Assim, o farmacêutico passa a ter papel ativo e imprescindível nas ações
desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito de suas três es-
feras, incluindo às atividades desenvolvidas na farmácia hospitalar.
O Encontro Nacional de Assistência Farmacêutica e Política de Medi-
camento, ocorrido em 1988, considerou, entre outros aspectos da as-
sistência farmacêutica, a dispensação como o ato essencialmente de
orientação quanto ao uso adequado dos medicamentos e sendo priva-
tiva do profissional farmacêutico, pois é o único profissional da equipe
de saúde que tem sua formação baseada em conhecimentos das áreas
biológicas e exatas e, como profissional de medicamentos, traz tam-
bém para essa área de atuação conhecimentos de análises clínicas,
toxicológicas, bem como de processamento e controle de qualidade de
alimentos (ARAÚJO et al., 2008).
Os aspectos da assistência farmacêutica, tendo como um dos campos de
atuação, reconhecidamente pelo SUS, a farmácia hospitalar podem ser aplica-
dos às atividades da farmácia clínica, em conjunto com as ações da equipe mul-
tidisciplinar.

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Assim, cabe ressaltar, que a assistência farmacêutica no Brasil está
relacionada, não só à atuação do farmacêutico, mas também a servi-
ços prestados pela equipe multidisciplinar, com o intuito de promover
o acesso e o uso racional de medicamentos (MAGARINOS-TORRES;
OSORIO-DE-CASTRO; PEPE, 2007a).
Um marco decisivo para a importância do profissional farmacêutico na
316/MS, de agosto de 1977, afarmácia hospitalar foi a revogação da
Portaria n qual desobrigava os hospitais com menos de 200 leitos a
contratar farmacêuticos 4.283/MS, de 30 de dezembro(PHARMACIA
BRASILEIRA, 2010), pela Portaria n de 2010.
De acordo como o Institute of Medicine (IOM) (2000), 44 mil norte-ame-
ricanos morrem a cada ano vítimas de erros ocorridos na assistência à
saúde em ambiente hospitalar, sendo, na grande maioria, eventos ad-
versos preveníveis.
Desta forma, a implantação de sistemas de detecção e prevenção de
erros de medicação deve ser um dos objetivos das ações de farmaco-
vigilância realizadas nas instituições de saúde, e este processo, além
da participação da equipe multidisciplinar, deve contar com a colabo-
ração de pacientes e seus familiares (NUNES et al., 2008).
NUNES et al. (2008) ainda relatam que o profissional farmacêutico,
dentro dos sistemas de saúde, representa uma das últimas oportuni-
dades de identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados à
terapêutica e citam estudos que demonstram diminuição significativa
do número de erros de medicações em instituições nas quais os far-
macêuticos realizam intervenções junto ao corpo clínico, aumentando
assim a qualidade assistencial e diminuindo custos hospitalares.
De acordo com Miasso et al. (2006) os erros de medicação represen-
tam uma realidade, com sérias consequências para pacientes e orga-
nização hospitalar, sendo os erros relacionados à prescrição/transcri-
ção de medicamentos os mais comuns, incluindo a falta de atenção,
falhas individuais e problemas na administração dos serviços.
Estes autores afirmam que mudanças na estrutura hospitalar, nas condi-
ções de trabalho, na comunicação e interação entre setores e pessoas podem
diminuir esses problemas.
Enfatizando, portanto, a importância do trabalho multidisciplinar em ambi-
ente hospitalar.
Estudo realizado em hospital público pediátrico, no ano de 2008, mos-
trou que, na dispensação de medicamentos, ocorre 1 erro para cada 9
doses dispensadas, sendo 87,3% relacionados a erros de conteúdo,

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incluindo medicamentos dispensados diferentes do prescrito, concen-
tração incorreta, forma farmacêutica errada, sobredose, subdose, não
dispensação do medicamento, dispensação de medicamento vencido,
armazenado incorretamente ou com embalagem danificada, entre ou-
tros (COSTA; VALLI; ALVARENGA, 2008).
Erros que evidenciam a importância do profissional farmacêutico na ava-
liação e dispensação dos medicamentos solicitados na farmácia hospitalar.

BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE


MEDICAMENTOS EM HOSPITAIS
Armazenamento e conservação dos medicamentos
O armazenamento é uma atividade necessária para garantir a qualidade
dos medicamentos, através da proteção contra riscos de alterações físico-quími-
cas e microbiológicas durante sua estocagem, incluindo recebimento de medi-
camentos, segurança, conservação e controle de estoque.
O bom armazenamento de medicamentos depende de fatores como tem-
peratura, ventilação e iluminação adequadas, ausência de umidade, limpeza e
higiene, normas de segurança, disciplina e organização (BRASIL, 1989).
Segundo Yokaichiya (2003), a qualidade, eficácia e segurança dos me-
dicamentos somente é garantida quando estes são submetidos, desde
a sua fabricação até a dispensação, a condições adequadas de arma-
zenamento, transporte e manuseio.
O armazenamento é um aspecto muito importante do sistema de controle
de qualidade dos medicamentos.
O controle ambiental adequado (temperatura, luz, umidade, limpeza do
local, segurança, ventilação e segregação) deve ser mantido em qualquer lugar
onde há estoque de medicamentos.
Santich e Rojas (1994) referiram que a escolha do local de armazena-
mento de medicamentos deve se basear em critérios de acessibilidade,
comunicação, segurança, drenagem e serviços públicos.
Além disso, o tamanho da área de armazenagem deve ser determi-
nado em razão da frequência de entregas, volume e características dos
medicamentos a armazenar, e ainda ao tamanho da clientela atendida.
De acordo com o Guia Básico para a Farmácia Hospitalar do Ministério
da Saúde (1994), toda farmácia hospitalar deve dispor das seguintes

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áreas, consideradas essenciais: Central de Abastecimento Farmacêu-
tico (CAF) – que tem como objetivo básico garantir a correta conserva-
ção dos medicamentos, germicidas, correlatos e outros materiais ad-
quiridos, dentro dos padrões e normas técnicas específicas, que ve-
nham assegurar a manutenção das características e qualidade neces-
sárias à sua correta utilização.
E deve estar organizacionalmente dividida em recepção, armazenagem e
distribuição.
Área de dispensação interna – a qual deve permitir dispensar correta-
mente os medicamentos e deve possuir espaço para análise das prescrições e
para guarda dos produtos de forma a facilitar a separação e preparação das
doses.
Área de produção/manipulação (farmacotécnica) – deve dispor de equi-
pamentos específicos e convenientemente instalados, cujo grau de complexi-
dade deve está em consonância com os medicamentos e germicidas manipula-
dos.
Deve ser feito o controle de qualidade físico-químico e microbiológico dos
produtos manipulados e água utilizada, podendo ser terceirizado.
Centro de informações sobre Medicamentos (CIM) – a farmácia hospi-
talar e de serviços de saúde é responsável por prover à equipe de sa-
úde, estudantes e pacientes, informações técnico-científicas adequa-
das sobre eficácia, segurança, qualidade e custos dos medicamentos
e produtos para saúde, sendo necessária a disponibilidade de biblio-
grafias isentas e atualizadas (SBRAFH, 2002).
O CIM pode estar ou não situado na própria área da farmácia, mas deve
ser de fácil acesso à equipe do hospital.
Em caso de hospitais com 500 leitos ou mais, faz-se necessária a insta-
lação em local independente com um farmacêutico e uma secretária em tempo
integral.
Área administrativa – local onde são realizadas às atividades de aquisição
de produtos, controle de estoque, estudo de consumo e custos, previsão de ati-
vidades, entre outras atividades relacionadas ao gerenciamento da farmácia.
De acordo com a Resolução RDC n ANVISA, deve haver, separada-
mente, áreas para armazenamento e controle das matérias-primas,
material de embalagem e envase, quarentena, contrastes radiológicos,
medicamentos termolábeis, materiais e artigos médicos descartáveis,

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saneantes, soluções parenterais de grande volume, produtos para sa-
úde (correlatos), materiais de escritório e embalagem.
Além disso, ainda segundo esta resolução, todos os projetos de arquite-
tura de estabelecimentos de saúde públicos e privados devem ser avaliados e
aprovados pelas vigilâncias sanitárias estaduais ou municipais previamente ao
início da obra.
Segundo os Padrões Mínimos para Farmácia Hospitalar e Serviços de
Saúde estabelecidos pela Sbrafh (2007) a CAF deve possuir área de
0,6m2 /leito; a área de distribuição deve constituir-se de 10% do ambi-
ente total de armazenagem; o setor de fracionamento deve possuir
6m2 e a farmacotécnica área de 20m2 . E deve possuir farmacêutico e
auxiliares em número adequado às suas atividades, proporcionando o
desenvolvimento de serviços seguros.
Assim, o trabalho realizado pela Farmácia Hospitalar, pode ser conside-
rado um processo, constituindo-se de uma combinação de pessoas, máquinas,
equipamentos, materiais, métodos, informações e decisões, agregados para pro-
duzir um produto específico, para oferecer um serviço ou para alcançar uma
meta determinada.
E os clientes são os que recebem os produtos ou serviços, neste caso,
os pacientes internados e ambulatoriais (AMADEI et al., 2009).
E o profissional farmacêutico exerce papel fundamental neste contexto. A
492, de 26 de novembro de 2008, do Conselho Federal de FarmáciaResolução
n (CFF) estabelece como funções do farmacêutico, em âmbito hospitalar, entre
outras atividades, o cumprimento da legislação vigente no que diz respeito ao
armazenamento, conservação, controle de estoque de medicamentos, produtos
para a saúde, saneantes, insumos e matérias-primas, bem como as normas re-
lacionadas coma distribuição e utilização dos mesmos.

Cuidados no armazenamento dos produtos


De forma geral, segundo Vecina-Neto e Reinhardt-Filho (1998), deve-
se ter os seguintes critérios ou cuidados na armazenagem dos produ-
tos: armazenar os produtos por forma farmacêutica; colocar os produ-
tos em ordem alfabética rigorosa, da esquerda para a direita; armaze-
nar os produtos por prazo de validade: os que irão expirar a validade
primeiro devem ser armazenados na frente e à esquerda; o empilha-
mento máximo permitido para os produtos deve ser observado, de
acordo com as recomendações do fabricante; observar a temperatura

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ideal na qual o produto deve ser armazenado; as caixas abertas devem
ser riscadas, indicando a violação e quantidade existente e, em se-
guida, a caixa deve ser lacrada.
Ainda segundo estes autores, as áreas que abrigarão os materiais preci-
sam possuir as seguintes características: ausência de umidade e de calor ou frio
C); proteção contra animais eexcessivo (temperatura não deve ultrapassar 25
parasitas; proteção contra incêndio; boa circulação de ar; disposição adequada
para circulação de pessoas e materiais; área administrativa; área para produtos
que necessitem de temperatura controlada; área para produtos inflamáveis.
Além disso, os produtos farmacêuticos, segundo a Secretaria de Sa-
úde do Município de São Paulo (2003), quando vencidos, contamina-
dos, interditados ou não utilizados, são resíduos que apresentam risco
potencial à saúde pública e meio ambiente.
Desta forma, a farmácia hospitalar, de acordo com a RDC n 05/03/2003,
da ANVISA, todo estabelecimento de saúde deve estabelecer um sistema de
gerenciamento de resíduos, de forma a dar destinação final aos produtos des-
cartados por esses estabelecimentos.

Distribuição de medicamentos pela Farmácia Hospitalar


A Portaria 3.916, de 30 de outubro de 1998, do Ministério da Saúde, define
a dispensação de medicamentos pela Farmácia Hospitalar como: “... o ato pro-
fissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente,
geralmente como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um
profissional autorizado.
Neste ato, o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso ade-
quado dos medicamentos. “São elementos importantes da orientação, entre ou-
tros, a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a intera-
ção com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas em po-
tencial e as condições de conservação dos produtos.”
De acordo com Cavalini e Bisson (2002), um sistema de distribuição
de medicamentos deve ser racional, eficiente, econômico, seguro e
deve estar de acordo com o esquema terapêutico prescrito e deve ser
escolhido e implantado no hospital pelo profissional farmacêutico.
Esses autores ainda classificam os sistemas de dispensação de medi-
camentos em coletivo, individualizado (direto ou indireto), dose unitária

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e misto. No Brasil, a maioria dos hospitais adota o sistema de distribui-
ção individualizado, que se caracteriza pela dispensação de medica-
mentos por paciente, geralmente por um período de 24 horas e é ba-
seado na cópia da prescrição médica ou na sua transcrição (SERAFIM,
2005).
Entretanto, este sistema de distribuição apresenta algumas desvanta-
gens, como erros de distribuição e administração de medicamentos;
consumo significativo do tempo de enfermagem em atividades relacio-
nadas ao medicamento; necessidade, por parte da enfermagem, de
cálculos e preparo de soluções; perdas de medicamentos devido a
desvios, caducidade e uso inadequado (PORTAL EDUCAÇÃO, 200-).
Cabe ressaltar que, com a inovação permanente das tecnologias, a
Farmácia Hospitalar vem sofrendo um processo de alteração no decor-
rer dos anos, principalmente no que se diz respeito à informatização e
a automação, o que otimiza a área física e recursos humanos, trazendo
ganhos no que se refere a custo-benefício (CIPRIANO, 2009).
Em estudo realizado para avaliar o impacto da informatização na dis-
pensação de medicamentos em hospital universitário, Serafim (2005)
detectou que a incorporação da informática às atividades da farmácia
resultou em melhoria no atendimento aos pacientes, pois possibilitou a
transmissão rápida e precisa das informações.
Além disso, facilitou os aspectos relacionados à gestão, já que tornou pos-
sível a obtenção de dados estatísticos sobre aquisições e dispensação.

A dispensação de medicamentos: uma reflexão sobre o processo


para prevenção, identificação e resolução de problemas relacionados à far-
macoterapia
A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, estabelece que o processo
de dispensação de medicamentos na farmácia está sob a responsabi-
lidade do profissional farmacêutico (Brasil, 1973).
Com o passar dos anos houve o surgimento de novas definições das
atividades farmacêuticas, tais como, a Atenção Farmacêutica apresen-
tada por Hepler e Strand (1990), as quais têm influenciado cada vez
mais estes profissionais a assumir um papel ativo de promoção da sa-
úde.
Segundo Petty (2003), a profissão farmacêutica está mudando da sim-
ples oferta de medicamentos para uma função clínica de fornecimento
de informações.

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Neste contexto, Pepe e Castro (2000) ressaltam que 466 D. Galato, G.
M. Alano, S. C. Trauthman, A. C. Vieira cançar resultados satisfatórios
que melhorem a qualidade de vida dos pacientes”, surge também o
conceito de Problemas Relacionados à Farmacoterapia.
Este último conceito é apresentado como sendo “qualquer evento indese-
jável em que o paciente apresente-se envolvendo ou com suspeita de envolvi-
mento do tratamento farmacológico e que interfira de maneira real ou provável
na evolução do paciente”.
Estes problemas foram sistematizados por diversos grupos, sendo que
os mais aceitos são os descritos pelo grupo de Granada (Comité del
Consenso, 2002), que os classificam em três categorias que são: ne-
cessidade, efetividade e segurança.
O processo de identificação de Problemas Relacionados à Farmacote-
rapia requer a análise minuciosa dos problemas de saúde dos pacien-
tes e dos medicamentos em uso pelos mesmos (Comité del Consenso,
2002; Cipolle, Strand, Morley, 1998), sendo realizado durante a Aten-
ção Farmacêutica.
A realização deste processo na farmácia comunitária apresenta limita-
ções, principalmente relacionadas à carga de trabalho dos farmacêuti-
cos, à falta de tempo e de estrutura física dos estabelecimentos (Alano,
2005; Oliveira et al., 2005).
Contudo, na prestação do serviço de dispensação farmacêutica pode ser
possível prevenir, identificar e resolver problemas relacionados à farmacotera-
pia. Desta forma, este artigo tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre este
processo de atendimento farmacêutico na farmácia comunitária.
A reflexão apresentada, a seguir, refere-se a uma pesquisa qualitativa
baseada na pesquisa-ação (Minayo, 2004) do atendimento farmacêu-
tico de dispensação, realizado pelo grupo de professores do Estágio
em Farmácia Comunitária na prática de docente assistencial na Far-
mácia-Escola.
Apesar da Farmácia-Escola já ser reconhecida pela qualidade do atendi-
mento, esta reflexão teve como motivação principal a observação da aparente
falta de homogeneidade entre os dispensadores (farmacêuticos do estabeleci-
mento e docentes assistenciais), que se ressalta ser importante por se tratar de
um local de estágio.
Segundo Ezpeleta e Rockwell (1989), o desenvolvimento de uma rela-
ção entre a construção teórica e a aproximação de realidades está pre-
sente no processo de pesquisa participante.

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Para esses autores, a valorização do trabalho teórico surge, sem dú-
vida, das necessidades da prática e corresponde a uma intencionali-
dade política e educacional. o farmacêutico, como um profissional ca-
paz de interagir com os prescritores e os pacientes, deve possuir o
quesito informação como alicerce desta relação.
A informação repassada deve ser confiável e baseada em evidências
(Correr et al., 2004).
Porém, muitas vezes, a informação que o farmacêutico tem acesso nas
farmácias é obtida de fontes terciárias, como apontado por Correr et
al. (2004), o que pode ser crítico ao atendimento prestado. Isto pode
ocorrer pelo fato das fontes mais precisas serem muitas vezes inaces-
síveis, seja pelo custo ou pela língua, ou mesmo em algumas situações
pela dificuldade de negociação com o proprietário.
Além disso, Silva e Vieira (2004) alertam para o fato de que, quando o
farmacêutico exerce sua função de prestar serviços na farmácia, mui-
tas vezes, apresenta deficiências de conhecimento que podem gerar
distorções do seu verdadeiro papel.
Por outro lado, o tempo disponível (pelo paciente ou farmacêutico) para o
atendimento pode ser insuficiente para que sejam prestadas as devidas orienta-
ções, contribuindo também para que haja distorções.
Naves, Merchan-Hamann e Silver (2005) indicam que a capacitação
do farmacêutico passa a ser uma importante estratégia de saúde pú-
blica quando se busca a prevenção de doenças e o uso racional de
medicamentos.
Correr et al. (2004) enfatizam este caminho e apresentam que é o far-
macêutico comunitário, que atua na dispensação, quem tem procurado
formação na área de Atenção Farmacêutica.
Na perspectiva da promoção de saúde, a Organização Mundial da Sa-
úde promoveu diversos encontros discutindo o tema “O papel do far-
macêutico no sistema de atenção da saúde” (OMS, 1993).
Destes encontros foi elaborado, pela Federação Internacional dos Far-
macêuticos, o documento “Boas práticas em farmácia: normas de qua-
lidade de serviços farmacêuticos” (FIP, 1997).
Este documento tem sido norteador de diversas alterações nos serviços
farmacêuticos, em especial naqueles com foco no paciente como é o caso da
Atenção Farmacêutica.
Alano (2005) demonstra que os farmacêuticos apresentam diversos
desafios perante mudança de prática na farmácia comunitária, entre

16
eles se destacam: a priorização dos interesses econômicos e a exigên-
cia do cumprimento de tarefas administrativas no processo de trabalho,
em detrimento das atividades clínicas e de educação em saúde.
Os próprios pacientes reivindicam por um profissional farmacêutico
que não promova a prestação do serviço somente pensando no seu
retorno financeiro (West et al., 2002).
Assim, essa aproximação para a realidade não-documentada permitiu o
desenvolvimento teórico sobre o serviço de dispensação, por meio de experiên-
cias e da reflexão epistemológica.
Desta forma, iniciou-se a construção de um fluxograma que representa o
processo de atendimento farmacêutico de dispensação, enfatizando os cuidados
necessários para a prevenção e identificação de Problemas relacionados à Far-
macoterapia e, por fim, as estratégias de resolução e de notificação, quando for
o caso.
Para cada etapa do processo foram desenvolvidas as orientações para a
tomada de decisão endossadas pela literatura, quando possível.

O processo de dispensação
A dispensação é o ato farmacêutico de distribuir um ou mais medica-
mentos a um paciente em resposta a uma prescrição elaborada por um
profissional autorizado (Arias, 1999).
Trata-se de uma oportunidade para o farmacêutico contribuir para o
uso racional de medicamentos (Marin et al., 2003), pois na interação
com o paciente é possível identificar a necessidade do mesmo e orien-
tar tanto sobre o medicamento quanto sobre educação em saúde, atu-
ando desta forma como um agente de saúde.
Antes de começar a reflexão do processo de dispensação imagine-se di-
ante do seguinte cenário “Em um grande supermercado, com uma lista de com-
pras onde está anotado arroz. Ao se aproximar da prateleira do produto, um fun-
cionário uniformizado e atencioso aproxima-se e inicia a interação. “Bom dia!
Tudo bem? Verifiquei que na sua lista temos arroz. Temos todas estas marcas”.
Em seguida pergunta: “Este arroz é para você mesmo? Você está adquirindo
para a sua alimentação ou tem uma outra finalidade? Como você costuma pre-
pará-lo? O que faz com as sobras? Como o guarda?” Neste momento, você pro-
vavelmente muito irritado deve estar procurando o gerente da loja, ou mesmo

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dirigindo-se para a saída, afinal de contas, você foi submetido a um interrogató-
rio, sem nenhuma explicação e sem sentido aparente. Vender o arroz no mer-
cado e o medicamento na Farmácia Comunitária pode ser visto da mesma
forma?
Acredita-se que não, em função das regulamentações que estão sujeitos
o estabelecimento e, em especial, o responsável técnico e, do novo contexto de
prática profissional.
Desta forma, inicia-se a seguir um processo de reflexão sobre o processo
de dispensação farmacêutica.
A dispensação deve ser entendida como integrante do processo de aten-
ção ao paciente, ou seja, como uma atividade realizada por um profissional da
saúde com foco na prevenção e promoção da saúde, tendo o medicamento
como instrumento de ação.
Em um trabalho desenvolvido recentemente por Arrais, Barreto e Coe-
lho (2007) foi demonstrado que não existe, na maioria das vezes, por
parte dos dispensadores, a preocupação em coletar informações dos
pacientes que podem ser utilizadas na prevenção de agravos.
Neste mesmo estudo, foi observado que a participação dos pacientes no
processo de dispensação é considerada nula, pois em 97% dos atendimentos
os mesmos não tomam a iniciativa de realizar nenhum questionamento.
Esta atitude até pode ser cômoda para o paciente, mas o coloca diante
de possíveis riscos para o uso irracional do medicamento.
O início da interação: o acolhimento Um estudo realizado por West et
al. (2002) demonstrou que os pacientes que se dirigem a uma farmácia
possuem a expectativa de encontrar um profissional farmacêutico bem
vestido, de boa aparência, adequada formação acadêmica e com qua-
lidades como inteligência, simpatia, honestidade, paciência e, que te-
nha conhecimentos e consistência no repasse de informações.
Segundo Alano (2005), as características do profissional apontadas
pelos pacientes compreendem uma forma de estabelecerem a sua
crença nos farmacêuticos dignos de confiança.
O autor ressalta que esta confiança é obtida na recepção ao paciente,
quando o mesmo observa no profissional os conhecimentos técnicos,
somados com as atitudes de cuidado.

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Desta forma, a observação deste autor pode ser utilizada como um indi-
cativo ao profissional para que o mesmo passe a demonstrar tais características
no momento da dispensação, a qual tem início no momento da recepção.
No momento de receber o paciente, quando o mesmo se aproxima do
local de atendimento, o farmacêutico deve demonstrar consistentemente res-
peito, sensibilidade e dar prioridade ao mesmo, prestando atenção à sua como-
didade física e emocional.
A privacidade, neste momento, é algo muito importante, e pode ser obtida
através da adoção de tom de voz adequado, bem como, pelo encaminhamento
do paciente a um local de menor fluxo no balcão de atendimento.
Cipolle, Strand e Morley (1998) afirmam que o profissional que atua
para interesse dos demais está contribuindo também para melhorar a
própria situação dos farmacêuticos e da profissão.
Nessa postura de acolhimento do paciente, o profissional cria uma situa-
ção de empatia imprescindível para se iniciar as etapas seguintes do processo
de dispensação de medicamentos. Neste contexto, o farmacêutico quando não
conhecido do paciente, deve se apresentar e colocar-se à disposição.
O estudo realizado com farmacêuticos do Estado de Santa Catarina
por Alano (2005) apresentou outros fatores que podem interferir nesse
momento de acolhimento, tais como: a falta de um espaço físico ade-
quado e o pouco tempo disponível pelo profissional aos atendimentos
dos pacientes devido à função gerencial da farmácia.
Por isso, torna-se importante observar a área disponível ao atendimento,
de forma a garantir um ambiente propício para estabelecer uma conversa com
os pacientes.
Essa área não requer da farmácia uma reestruturação dispendiosa.
Uma área semiprivada pode ser criada, colocando-se estrategica-
mente uma parede divisória em um local (Fortner et al., 2007; Rovers
et al., 2003).
Em farmácias com extensa área de atendimento, pode-se dispor a
certa distância da área de maior fluxo de pessoas uma mesa com ca-
deiras, propiciando um local semi-privativo (Alano, 2005).
Também pode ser importante dispor de um espaço totalmente privado
para conversar com pacientes em situações especiais.
Entretanto, a maior parte dos pacientes prefere uma área cômoda e
aberta, semi-privada, ao invés de uma sala fechada (Cipolle, Strand,
Morley, 1998; Krska, Veitch, 2001).

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Da mesma maneira, o farmacêutico precisa reconhecer as funções de
sua equipe, suas limitações e promover uma reorganização das atividades, de-
legando funções quando possível e supervisionando-as.
Assim, o trabalho diário da farmácia pode permitir ao farmacêutico desem-
penhar suas competências profissionais relacionadas à dispensação de medica-
mentos.
Para Rovers et al. (2003), os farmacêuticos precisam saber como o
seu tempo é consumido a cada dia e reestruturar suas prioridades com
enfoque no atendimento ao paciente.
A avaliação da prescrição Para avaliar uma prescrição é necessário saber
a quem ela está direcionada.
A forma de identificar esta informação pode ser através de perguntas, tais
como: “Esta medicação é para você?”, ou “O senhor é o Fulano? (nome escrito
na prescrição)”, quando a resposta for negativa deverá ser investigada a relação
entre o comprador e o paciente, identificando se a pessoa que está adquirindo o
medicamento é o cuidador (indivíduo responsável pelos cuidados à saúde), uma
pessoa próxima ao paciente (familiar), ou apenas alguém que está fazendo um
favor ao mesmo.
Esta informação é imprescindível para obter informações que possibilitem
avaliar a aplicabilidade do medicamento (pela indicação) e a posologia (pelas
características do paciente: idade, peso, doenças etc.).
Se o comprador for o próprio paciente ou seu cuidador essas informa-
ções serão mais facilmente adquiridas e apresentarão maior confiabili-
dade, permitindo uma análise mais adequada dos medicamentos da
prescrição e, consequentemente, maior possibilidade de identificar
possíveis problemas (Berguillos Moretón et al., 2003; Cohen, 1999).
Segundo Berger (2005), sempre que possível, chame o seu paciente
pelo nome. Desta forma, é possível desenvolver mais facilmente a re-
lação terapêutica, definida por Cipolle, Strand e Morley (1998) como
uma relação entre farmacêutico e paciente, em que se reconhecem e
assumem as funções e responsabilidades de ambas as partes em uma
participação ativa.
Durante essa etapa também deverá ser averiguada a legalidade e a legi-
bilidade da prescrição.

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Segundo as Boas Práticas de Prescrição (OMS,1998) e outras legisla-
ções brasileiras (Brasil, 1973, 1998) a legibilidade de uma prescrição é
obrigatória.
Tentar deduzir a escrita de um profissional é um exercício arriscado que
pode ser causa de erros de medicação podendo gerar danos ao paciente, inclu-
sive, dependendo da medicação e do paciente, até mesmo o seu óbito.
No quesito legalidade, devem ser avaliadas todas as informações su-
geridas pelas Boas Práticas de Prescrição (OMS, 1998), bem como,
pelos dispositivos legais brasileiros como a Portaria nº 344, de 12 de
maio de 1998 (Brasil, 1998), a Lei nº 5991, de 17 de dezembro de 1973
(Brasil, 1973), as Boas Práticas em Farmácia (Conselho Federal de
Farmácia, 2001) e a Resolução nº 308, de 02 de maio de 1997 (Con-
selho Federal de Farmacia, 1997).
No entanto, na prática, prescrições de medicamentos sujeitos a con-
trole especial (Brasil, 1998) acabam sendo os melhores avaliados.
A Tabela I apresenta as informações sistematizadas que deverão ser ob-
servadas durante a avaliação das notificações de receitas e receituários de con-
trole especial.
Uma informação muito importante que, às vezes, passa despercebida
no processo de avaliação de uma prescrição é a data da mesma, ex-
ceto na prescrição de medicamentos sujeitos ao controle especial (Bra-
sil, 1998) e na prescrição aviada no Sistema Único de Saúde, visto que,
nestas situações esta poderá ser uma informação que a inviabiliza. No
entanto, frequentemente, é ignorada nas prescrições de outras medi-
cações.
É importante salientar que a data poderá indicar a continuidade de um
tratamento ou a reutilização de uma prescrição, o que a torna neste último caso,
sem sentido quando não expresso pelo prescritor.
Um exemplo desta última situação é uma prescrição de antibiótico reali-
zada há dois meses devido ao diagnóstico de uma infecção nesse período e que
apenas agora esteja sendo aviada.
Avaliando a datação da receita em relação aos problemas relacionados à
farmacoterapia, podem-se identificar problemas relativos à necessidade dos me-
dicamentos, considerando-se a indicação, as características do paciente e as
situações de reutilização da mesma.
Contudo, quando não identificados problemas o medicamento será consi-
derado necessário.

21
Com a coleta de informações do paciente, também é possível prevenir
problemas de efetividade relacionados à baixa dose ou a inefetividade no paci-
ente específico e de segurança relativos a doses elevadas ou aos efeitos adver-
sos dos medicamentos.

O processo quando o comprador não for o paciente ou seu cuidador


Nesta situação, o atendimento do farmacêutico deve ser bastante cuida-
doso para repassar informações pertinentes ao uso correto do medicamento,
sem invadir a privacidade do paciente (como, por exemplo, revelando a indica-
ção do medicamento ao comprador).
Contudo, para evitar possíveis problemas relacionados à farmacoterapia
é importante se colocar à disposição para esclarecer possíveis dúvidas do paci-
ente.

22
Berguillos-Moretón et al. (2003) propõem que nessa situação seja con-
veniente incorporar ao atendimento uma oferta ampla de informações
que estimule o destinatário final do tratamento a entrar em contato para
obter as informações correspondentes.
Isso será facilitado, indicando ao solicitante que transmita ao paciente que
poderá falar por telefone com o farmacêutico. Ao final do atendimento, um ma-
terial escrito contendo os dados para a realização do contato deve ser entregue,
juntamente com o medicamento, ao solicitante.
No momento da entrega do medicamento, nesse contexto, o farmacêutico
deverá ter o cuidado de confirmar com o comprador o entendimento das infor-
mações repassadas e nunca esquecer de conferir os dados contidos na prescri-
ção com o(s) medicamento(s) aviado(s), conferindo a identidade do medica-
mento, a concentração e a quantidade necessária para o tratamento.
Galato et al. (2006) indicam que o uso de pictogramas afixados aos
medicamentos também podem auxiliar no uso racional dos mesmos, o
que pode ser uma estratégia utilizada nesta situação.

Negociando o repasse de informações com o paciente ou seu cuidador


É necessário, antes de continuar o processo, avaliar a disponibilidade de
tempo e o interesse do paciente em receber informações sobre o medicamento:
“O(a) senhor(a) tem alguns minutos para que possamos conversar?”.
Esta sugestão também é apresentada por Berger (2005) e evita situa-
ções desconfortáveis para o profissional da saúde ou para o paciente.
Algumas vezes, neste momento, o farmacêutico pode utilizar-se de sua
sensibilidade, adquirida por meio da prática profissional, para perceber a dispo-
nibilidade do paciente e despertar o interesse para o diálogo.
Ressalta-se ser importante realizar a apresentação como profissional e a
finalidade dessa abordagem, caso isto não tenha sido realizado na fase de aco-
lhimento, ou o profissional não seja conhecido do paciente.
Berguillos Moreton et al. (2003) perceberam que muitos farmacêuticos
têm dificuldades em perguntar aos pacientes a respeito de sua medi-
cação porque alguns manifestam um estado de alerta ou incômodo ao
receberem as indagações do farmacêutico.
Caso o paciente recuse a continuação do atendimento com o repasse de
informações, cabe ao farmacêutico confirmar a prescrição a ser aviada com o(s)

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medicamento(s) que está(ão) sendo entregue(s) e anotar (com a devida autori-
zação do paciente) a posologia e duração do tratamento na caixa do medica-
mento.
No caso de aceitação em receber as informações, os passos a seguir
poderão ser aplicados. O processo de dispensação para o paciente ou cuidador:
na primeira vez que for utilizar o medicamento
Segundo Cipolle, Strand e Morley (2004), os pacientes que já utiliza-
ram os medicamentos possuem a experiência dos mesmos, ou seja,
sabem o seu efeito sobre o seu organismo.
Enquanto que, quando esta experiência ainda não foi realizada, não se
pode prever com precisão o que ocorrerá.

Quando do início da terapia, os pacientes deverão ser instruídos sobre o
uso correto do medicamento (conforme a prescrição), sem omitir informações
sobre o horário de administração (que de preferência deverá ser negociado com
o paciente, quando possível) e a possibilidade de associação aos alimentos e
outros medicamentos.
Duas informações não podem ser omitidas nesta etapa do processo: o
efeito esperado e a duração do tratamento. Sabendo do efeito terapêutico a ser
obtido, o paciente poderá avaliar a efetividade, bem como, a segurança do me-
dicamento por meio da identificação de sinais e sintomas que apontem a neces-
sidade de retorno a seu prescritor ou à farmácia.
A compreensão da importância do tempo de uso do medicamento é fun-
damental para a adesão do paciente ao tratamento farmacológico, contribuindo
para o alcance do resultado esperado.
A informação de efeitos adversos a ser repassada ao paciente deve ser
selecionada com muita cautela, indicando aqueles que forem mais relevantes e
orientando o que deverá ser realizado caso venham a ocorrer.

O processo de dispensação quando o paciente é usuário do medicamento


(uso contínuo ou repetição de um tratamento já realizado anteriormente)
O paciente pode informar se no momento da utilização do medicamento
atual ou anterior ocorreu alguma manifestação de sintomas não esperados e
relacionados, por exemplo, às reações adversas e a problemas de toxicidade

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associados com a dose, além de fornecer dados sobre a efetividade do trata-
mento.
Para obter estas informações são úteis alguns questionamentos como:
“Como você percebe a ação deste medicamento?” e num segundo momento,
“Sente algo estranho quando o utiliza?”.
Com base nas respostas destas questões, é possível identificar se exis-
tem problemas relacionados à efetividade e segurança dos medicamentos no
caso específico do paciente.

A dispensação de medicamentos
Dando sequência à dispensação, na situação em que o paciente transmite
informações que confirmem a efetividade e segurança, deve ser realizada a ava-
liação final em relação ao medicamento, esta como mencionada anteriormente,
refere-se à verificação do medicamento quanto à sua identidade (princípio ativo,
concentração e quantidade).
Caso a resposta seja negativa para efetividade ou segurança, cabe ao
farmacêutico investigar a gravidade e a causa do problema, lembrando que a
causa para a efetividade poderá ser a não adesão ao tratamento.
Logo essa busca pela causa do problema identificado pode envolver o
uso inadequado do medicamento relativo com a dose, a posologia, a duração
entre outras.
Ainda o problema identificado pode estar relacionado a interações com
outros medicamentos ou mesmo com a alimentação. Além destes, por diversas
razões o paciente pode estar utilizando dois ou mais medicamentos com o
mesmo fármaco, o que ocasiona uma dose elevada da medicação, bem como,
o paciente pode não ter se adaptado ao(s) efeito(s) do(s) medicamento(s) e mui-
tas outras possibilidades podem ser apontadas.
Rieira et al. (2003) ressaltam que, para uma adequada análise da ne-
cessidade, efetividade e segurança de um tratamento é imprescindível
ter informações sobre os problemas de saúde e sobre os demais me-
dicamentos em uso ou de recente utilização.
Deve-se fazer o possível para que todas essas informações estejam dis-
poníveis no processo de dispensação, pois viabilizam identificar a causa de um
problema.

25
No entanto, ressalta-se que em inúmeras situações, a causa poderá não
ser identificada, o que indica a necessidade de um trabalho multiprofissional.
A partir do resultado obtido nessa etapa, o farmacêutico poderá propor
uma solução para o problema identificado e dispensar o medicamento quando a
sua intervenção for possível.
Na situação em que o farmacêutico não puder realizar, o mesmo poderá
entrar em contato com o prescritor para juntos solucionarem o problema.
Quando não for possível o contato, o profissional tem a possibilidade de
dispensar o medicamento e encaminhar o paciente ao prescritor ou caso haja
risco relevante ao paciente não dispensar o medicamento, encaminhando-o ao
prescritor imediatamente.
Uma dificuldade que poderá ser encontrada ainda nesta etapa de verifi-
cação da efetividade e segurança dos medicamentos se refere ao fato do paci-
ente não saber informar sobre a efetividade do mesmo.
Como na situação de um paciente com Diabetes cuja efetividade se con-
firme a partir do conhecimento dos níveis atuais de glicemia. Uma sugestão per-
tinente, nessa etapa do processo, seria a realização da pergunta sobre como é
feito o uso do medicamento, visando verificar se o faz conforme o indicado.
No entanto, em especial sugere-se realizar esta arguição quando for veri-
ficado anteriormente algum problema relacionado à efetividade ou segurança.
Na etapa de finalização do processo de dispensação reforça-se a impor-
tância de enfatizar as informações adicionais ao tratamento do paciente, o que
compreende além das orientações não farmacológicas, a educação em saúde.
O profissional, muitas vezes, omite essas informações por esquecimento
ou deficiência em seus conhecimentos sobre a doença, além de que, em alguns
casos, estas orientações são desconhecidas ou mesmo banalizadas pelos paci-
entes.
Neste contexto, Petty (2003) aponta que o conhecimento do farmacêu-
tico deve ser melhor utilizado para auxiliar os pacientes em tratamentos
de uso contínuo.
Quando identificadas dificuldades no paciente em compreender as in-
formações repassadas, as mesmas poderão ser orientadas na forma
escrita, sendo algumas vezes, auxiliadas por pictogramas (Galato et
al., 2006).

26
FARMACOVIGILÂNCIA: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA E
RESPONSABILIDADE DO FARMACÊUTICO
No Brasil, a farmacovigilância até pouco tempo não passava de um con-
ceito de pouca ou nenhuma aplicação prática.
Atualmente, para mudar esta situação estão sendo disponibilizados meios
para a sistematização das notificações.
Este esforço tem sido verificado, principalmente, nos Estados de Santa
Catarina e São Paulo com a realização das oficinas de notificação, programa
este conhecido como Farmácia Notificadora.
Nestes treinamentos, os farmacêuticos são motivados a realizar as no-
tificações de problemas relacionados à farmacoterapia, sejam eles re-
ferentes às reações adversas ou aos desvios de qualidade (Anvisa,
2006).
Igualmente, vários países já têm destacado o processo de identificação
de Problemas Relacionados à Farmacoterapia como um possível for-
necedor de informações para a realização de notificações, em espe-
cial, de reações adversas (Herrera Carranza, 2002).
Quando se observam os tipos de problemas que podem ser identificados
no processo de dispensação observa-se que, muitas vezes, as causas podem
estar relacionadas às questões de notificação apresentadas anteriormente.
A prioridade deve ser sempre dada a notificações de problemas relacio-
nados a novos medicamentos e a desvios de qualidade que realmente possam
prejudicar a saúde da população.
No entanto, reforça-se a necessidade da criação de bancos de dados so-
bre o perfil de morbidade e mortalidade relacionado com medicamentos no Bra-
sil, e a relevante contribuição para a saúde pública que os farmacêuticos em
hospitais e farmácias comunitárias podem realizar em termos econômicos e so-
ciais para o país.

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