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FARMÁCIA HOSPITALAR: UMA COMPREENSÃO SOBRE ATENÇÃO

FARMACÊUTICA E ERROS DE MEDICAÇÃO.

Edson lima e Lima1


Ivanilda Brandao Nolasco2

RESUMO

O presente estudo foi estruturado em pesquisa cientifica à farmácia hospitalar brasileira


direcionado a atenção farmacêutica com seu foco em aborda os processos de armazenagem
de medicamentos em farmácias hospitalares segundo a perspectiva da atenção farmacêutica
visto que as farmácias hospitalares são órgãos de abrangência assistencial, técnica cientifica e
administrativa que presta contribuição nos processos e cuidados à saúde, tendo, assim, uma
fundamental importância dentro das instituições hospitalares. O farmacêutico trabalha
promovendo a saúde, prevenindo eventos adversos e intervindo nas prescrições para obtenção
de resultados positivos. Os fatores intrínsecos e extrínsecos estão diretamente ligados a estes
setores farmacêuticos, por isso, este estudo pretende demonstrar a contribuição da farmácia
hospitalar no uso seguro e racional de medicamentos. Trata-se de um estudo na forma de
revisão bibliográfica nas bases de dados PubMed e BVS sobre a farmácia hospitalar e uso
racional de medicamentos dentro do âmbito hospitalar. Foi possível observar que a prática
farmacêutica ajuda a reduzir os custos, tanto para o paciente quanto para a instituição,
otimizando as prescrições, proporcionando maior adesão ao tratamento, ajudando no controle
de reações adversas e prevenindo problemas relacionados a medicamentos e a erros de
medicação. Apesar do alto custo inicial para implantação desse tipo de serviço, o
farmacêutico clínico traz o benefício de promover o uso seguro e racional de medicamentos,
permitindo que o paciente receba os medicamentos apropriados durante um período adequado
de tempo, em doses ajustadas às suas necessidades individuais. As pesquisas demonstraram
que a participação efetiva do farmacêutico junto à equipe multiprofissional melhora os
cuidados com o paciente, aumenta a segurança, garante qualidade do tratamento e, ao mesmo
tempo, reduz os custos e o tempo da internação do paciente. Assim, o envolvimento dele na
equipe de atendimento ao paciente é um diferencial para garantir e orientar sobre o uso
correto de medicamentos.
Palavras-chave: Farmacêutico Clínico; Internação; armazenagem, farmácia hospitalar.

1
Edson Lima e Lima Graduando em farmácia no 4º Período na Faculdade Florence Ensino Superior.
2
Ivanilda Brandão Nolasco Graduando em farmácia no 4º Período na Faculdade Florence Ensino Superior.
ABSTRACT

The present study was structured in scientific research to the Brazilian hospital pharmacy
directed to pharmaceutical care with its focus on addressing the processes of storage of
medicines in hospital pharmacies according to the perspective of pharmaceutical care since
hospital pharmacies are organs of assistance, scientific technique and administrative unit that
contributes to health care and processes, thus having a fundamental importance within
hospital institutions. The pharmacist works by promoting health, preventing adverse events
and intervening in prescriptions to obtain positive results. The intrinsic and extrinsic factors
are directly linked to these pharmaceutical sectors, therefore, this study aims to demonstrate
the contribution of the hospital pharmacy in the safe and rational use of medicines. This is a
study in the form of a bibliographic review in the PubMed and VHL data bases on hospital
pharmacy and rational use of medicines within the hospital environment.
It was possible to observe that the pharmaceutical clinical practice helps to reduce costs, both
for the patient and for the institution, optimizing the prescriptions, providing greater
adherence to the treatment, helping to control adverse reactions and preventing problems
related to medications and medication errors . Despite the high initial cost for implementing
this type of service, the clinical pharmacist has the benefit of promoting the safe and rational
use of drugs, allowing the patient to receive the appropriate drugs for an appropriate period of
time, in doses adjusted to their individual needs. . Research has shown that the effective
participation of the clinical pharmacist with the multidisciplinary team improves patient care,
increases safety, guarantees treatment quality and, at the same time, reduces the costs and
time of hospitalization of the patient. Thus, his involvement in the patient care team is a
differential to guarantee and guide the correct use of medicines.

Keywords: Clinical Pharmacist; Hospitalization; storage, hospital pharmacy.


INTRODUÇÃO

A reformulação do sistema de saúde brasileiro, com a normatização do SUS em


1990, suscitou a necessidade de elaboração de uma política específica para o setor de
medicamentos no Brasil com o propósito de garantir acesso à assistência farmacêutica
integral. Aprovada em 1998, a Política Nacional de Medicamentos reorienta, dentre outros, o
modelo de Assistência Farmacêutica, equiparando, em um mesmo nível de importância, ações
antes menos favorecidas.
Antes da promulgação da Política Nacional de Medicamentos, os
programas/projetos na área de Assistência Farmacêutica limitavam-se à aquisição e
distribuição de medicamentos. A Política confere caráter mais abrangente à Assistência
Farmacêutica, explicitando como fundamental, além do acesso aos medicamentos, a garantia
de sua qualidade, segurança e uso adequado. Diretrizes possíveis de serem alcançadas no
âmbito hospitalar, por meio de atividades de responsabilidade da farmácia hospitalar.

Atualmente, espera-se que a farmácia hospitalar desenvolva atividades clínicas e


relacionadas à gestão, que devem ser organizadas de acordo com as características do hospital
onde se insere o serviço, isto é, manter coerência com o tipo e o nível de complexidade do
hospital. Essas atividades podem também ser observadas sob o ponto de vista da organização
sistêmica da Assistência Farmacêutica, compreendendo seleção de medicamentos necessários,
programação, aquisição e armazenamento adequado dos selecionados, manipulação daqueles
necessários ou indisponíveis no mercado, distribuição e dispensação com garantia de
segurança e tempestividade, acompanhamento da utilização e provimento de informação e
orientação a pacientes e equipe de saúde.

Cabe, ainda, distinguir entre a atuação da farmácia hospitalar para com pacientes
hospitalizados daquela para com pacientes assistidos ambulatoriamente. Essa diferenciação
existe porque as estratégias e os alvos são distintos. Na dispensação ambulatorial, é
fundamental orientar adequadamente o paciente com propósito de ampliar as possibilidades
de adesão. Em contrapartida, o fornecimento de medicamentos a pacientes hospitalizados -
distribuição - deve se centrar no contato com a equipe de saúde. Da efetividade deste contato
depende, em grande parte, o sucesso da terapêutica medicamentosa e a resolutividade dos
serviços da assistência farmacêutica hospitalar.
Este artigo pretende discutir a produção científica relacionada às atividades da
farmácia hospitalar brasileira direcionada a importância da Atenção Farmacêutica e os Erros
de Medicação que acontece durante a internação de pacientes hospitalizados.
A farmácia hospitalar esta presente como serviço assistencial na maioria dos
hospitais brasileiros. A principal razão de sua inserção no hospital é contribuir no processo de
cuidado a saúde, garantindo há disponibilidade de medicamentos em perfeitas condições aos
pacientes. Por tanto, é necessário que a farmácia hospitalar, normalmente organizada sobre a
forma de setor ou serviço, desenvolva atividades de gestão, acompanhada do uso dos
medicamentos e orientação à equipe de saúde. Por sua vez a farmácia hospitalar que é um
órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa. O papel do
farmacêutico hoje é equiparado ao do médico, pois ambos tem que estar em sincronia para
que o tratamento e a recuperação do paciente dê o resultado esperado.
A farmácia hospitalar é o que movimenta o setor hospitalar por isso deve ser feito
um planejamento de seu funcionamento para que todos os funcionários estejam habilitados
para o seu pleno funcionamento.
Assim, o estudo, centra-se em discussões apresentadas na literatura pesquisada e
tem como objetivo geral compreender os processos de armazenagem de medicamentos em
farmácias hospitalares, segundo a perspectiva da farmácia hospitalar. Para isso foram
definidos objetivos especificos para darem um suporte na compreensão de tais processos, são
eles: Conhecer a origem e evolução e conceito de farmácia hospitalar; Descrever a
importância da armazenagem e seus processos no armazenamento de medicamentos.
O presente estudo bibliográfico tem sua literatura desenvolvida, através de uma
analise e seleção de vários estudos com o caráter exploratório e seletivo em livros e artigos já
publicados sobre o tema.
O levantamento bibliográfico mostrou uma visão generalizada, através de uma
leitura exploratória sobre o conteúdo pesquisado; possibilitando um enorme acrescimento nos
conhecimentos já obtidos.
METODOLOGIA

O presente trabalho desenvolveu-se por meio de estudo descritivo retrospectivo na


forma de revisão bibliográfica e exploratório sobre o farmacêutico clínico no
acompanhamento da farmacoterapia dos pacientes no âmbito hospitalar.
As pesquisas foram feitas em periódicos disponíveis nas bases de dados
Scielo(Scientific Library On-Line), PubMed, Lilacs (Literatura para a Latino América e
Caribe em Saúde), ANVISA (Agência Nacional da Vigilância Sanitária), Conselho Federal de
Farmácia. Utilizou-se dos descritores: farmácia clínica, intervenção farmacêutica, problemas
relacionados a medicamentos.

REFERENCIAL TEÓRICO
O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS EM FARMÁCIA HOSPITALAR
A farmácia hospitalar é responsável pelo armazenamento, distribuição,
dispensação e controle de todos os medicamentos e produtos de saúde para os pacientes
internados e ambulatoriais do hospital. Ela tem a função de garantir a provisão segura e
racional de medicamentos (SBRAFH, 2008). Sendo assim, é de grande relevância a escolha
do tipo de sistema de distribuição para racionalizar os custos da entidade hospitalar e,
principalmente, garantir a qualidade da prestação da assistência à saúde dos pacientes
(CASSIANI et al., 2009). Os três tipos de sistema de distribuição são:

 Sistema de Distribuição Coletiva: a prescrição médica é feita em um


único pedido e a assistência ao paciente fica prejudicada pela não
participação do farmacêutico na revisão e na análise da prescrição médica
(GOMES e REIS, 2003). Os gastos com medicamentos são extremamente
altos e também não há a preocupação em se estipular uma padronização
mínima de medicamentos a serem utilizados na instituição hospitalar
(OSÓRIO DE CASTRO e CASTILHO, 2004).
 Sistema de Distribuição Individualizada: o sistema de dispensação
individualizado caracteriza-se pelo fato do medicamento ser dispensado
por paciente, geralmente, para um período de 24 horas e ocasionalmente é
realizado o fracionamento de formas farmacêuticas (GOMES e REIS,
2003).
 Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose Unitária (SDMDU):
dentre todos os sistemas de distribuição, o SDMDU é o que garante maior
segurança e eficiência, pois é realizado por meio de uma distribuição
ordenada dos medicamentos apartir do fracionamento, que procura
assegurar a qualidade do produto até a administração ao paciente
diminuindo os erros associados (JARA, 2002). Nesse sistema, é realizada
distribuição ordenada dos medicamentos, a partir de uma embalagem
unitarizada com formas e dosagens prontas, por solicitação médica e com
a intervenção do farmacêutico na avaliação das prescrições, distribuídas
por um período de 24 horas ou turnos para serem administradas
diretamente ao paciente (ANACLETO et al., 2005).

A implantação do SDMDU, apesar do alto investimento financeiro inicial, é


umaexcelente oportunidade para atender, com mais eficiência, a demanda e as peculiaridades
das prescrições e necessidade dos pacientes. Esse sistema possui outros fatores positivos em
relação aos demais, como a diminuição do estoque nas unidades assistenciais e perdas
relacionadas a desvios, prazo de validade e falta de identificação; otimização das devoluções à
farmácia; promoção da participação ativa do farmacêutico na equipe assistencial; aumento de
segurança para a classe médica com a administração do medicamento certo, na dose e no
horário correspondente; faturamento mais exato; maior garantia no controle de infecção
hospitalar pelas preparações das doses de droga mais assépticas (ANACLETO et al., 2005).

Sendo assim, o farmacêutico, atuando nesse sistema de distribuição, vai garantir


uma maior qualidade no atendimento ao paciente, fazendo com que ele receba o medicamento
certo na dose e na hora certa, seguindo o preceito do uso racional de medicamentos.

CONCEITO E EVOLUÇÃO DA FARMÁCIA HOSPITALAR


Os hospitais sempre foram o lugar mais procurado pela população que se encontrava com
alguma enfermidade, sendo esta a mais rotineira até a mais especializada. Desde os tempos
mais remotos, podemos citar aqui início do século XX a farmácia já era de grande destaque,
pois havia uma grande comunicação e ligação entre o médico e o boticário e suas fórmulas
medicamentosas (RODRIGUES, 2010).
Os pacientes procuravam cada vez mais os hospitais em busca de drogas que aliviassem suas
dores físicas e mentais e curassem seus males mais tempestivos. Naquela época, quase
inexistiam especialidades farmacêuticas (medicamentos industrializados), o que valorizava
bastante o trabalho do farmacêutico e do médico, ressaltando as artes de manipular e formular
(NETO, 2005).
Em meados de 1940 houve uma crescente industrialização de produtos farmacêuticos e a
procura por eles vem aumentando de forma inestimável nos últimos tempos, fazendo com que
o conceito de farmácia fosse modificado, passando em 1950 de simples serviços de farmácia
hospitalar representados pelas santas casas de misericórdia e hospitais escolas para farmácias
desenvolvidas e modernas, deixando de serem restritas suas abrangências para serem
modificadas a partir da década de 80 e 90, conforme Resolução do CFF no 492 de 26 de
novembro de 2008 (BRASIL, 2008).
A Portaria do Ministério da Saúde 3916/98 criou a Política Nacional de Medicamentos, a
Política Nacional de Saúde estabelecendo as regras e orientando a assistência farmacêutica
aos sistemas de acesso e dispensação à promoção de uso racional de medicamentos (BRASIL,
1998).
Desde então a farmácia hospitalar passou a ser o coração das entidades hospitalares fazendo
com que o andamento do hospital e o bom atendimento e recuperação de seus pacientes fosse
altamente eficaz. Porém, a farmácia é um setor hospitalar do qual necessita de valores
elevados para se manter e de que os profissionais da área seja habilitado a assumir atividades
clínico- assistenciais contribuindo para a redução de custos (CAVALLINI et AL., 2005)
A evolução histórica da farmácia hospitalar no Brasil está vinculada à estruturação do
complexo médico industrial. No século XX, o farmacêutico era o profissional de referência
para a sociedade nos aspectos do medicamento. Nesta fase artesanal, além da guarda e
dispensa de medicamentos, o farmacêutico hospitalar era responsável também, pela
manipulação. A expansão da indústria farmacêutica, o abandono da prática de formulação
pela classe médica e a diversificação do campo de atuação do profissional farmacêutico,
levaram-na distanciar da área de medicamentos descaracterizando a farmácia. A Sociedade
Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) foi criada em 1995 e tem contribuído muito
para a dinamização da profissão e para o desenvolvimento da produção técnico-científica nas
áreas de assistência farmacêutica hospitalar. A Farmácia hospitalar atua em todas as fases da
terapia medicamentosa, cuidando, em cada momento da utilização nos planos assistenciais,
econômicos, de ensino e de pesquisa (GRECCHI, 2010).
Dentro do hospital existe a farmácia hospitalar, cujo objetivo é garantir o uso seguro e
racional dos remédios que serão prescritos pelo profissional médico, para isso tem que fazer
um bom planejamento na aquisição de medicamentos e materiais hospitalares para suprir à
demanda e necessidades dos pacientes hospitalizados, na mesma proporção da sua utilização
(NOVAES; GONÇALVES; SIMONETTI, 2006).
A farmácia hospitalar ajudou e muito com que os pacientes deixassem de se automedicar para
que buscassem a ajuda adequada nos hospitais e que lá recebessem a primeira dosagem do
medicamento e o tratamento de suas enfermidades. A maioria das pessoas quando tinham
alguns sintomas de doença procuravam as farmácias e compravam os remédios indicados por
amigos ou até mesmo que viam em comerciais de Televisao (TV), mantendo assim, uma
verdadeira farmácia em suas residências, (MASTROIANNI, 2011):
PROCESSO DE ARMAZENAGEM DE MEDICAMENTOS NAS FARMÁCIAS
HOSPITALARES

O armazenamento de medicamentos, é imprescindível para a assistência farmacêutica, tem a


qualidade e a racionalidade necessária, de modo a disponibilizar medicamentos seguros e
eficazes, no momento certo e nas quantidades adequadas. Um dos componentes essenciais
do sistema de fornecimento de medicamentos é a armazenagem em local bem localizado,
bem construído, bem organizado e seguro; isso torna imprescindível o planejamento de
trabalho da montagem e funcionamento dos armazéns de medicamentos e farmácias
hospitalares.
O armazenamento é uma das etapas do ciclo da Assistência Farmacêutica que visam, como
finalidades precípuas, a assegurar a qualidade dos medicamentos através de condições
adequadas de armazenamento e de um controle de estoque eficaz, bem como a garantir a
disponibilidade dos medicamentos em todos os locais de atendimento ao usuário.
(COSENDEY, 2000)
O armazenamento é o ato de arrumar os medicamentos em certa área definida de forma
organizada, para o maior aproveitamento possível de espaço e dentro de parâmetros que
permitam segurança e rapidez.
A área de armazenagem tem como objetivo garantir a preservação da qualidade e o
armazenamento ordenado, eficiente e seguro dos produtos sob sua responsabilidade (SILVA,
2005).
O armazenamento é uma das etapas do ciclo da assistência farmacêutica, e corresponde a um
conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que têm

como objetivo principal garantir a qualidade dos medicamentos e materiais médicos


hospitalares utilizados no ambiente hospitalar.
O principal objetivo do armazenamento é o de garantir sua qualidade sob condições
adequadas e controle de estoque eficaz, bem como de garantir à disponibilidade dos produtos
em todos os locais de atendimento, assegurada a qualidade dos produtos desde o recebimento,
armazenamento até sua entrega ao usuário.
A armazenagem é dita como uma importante função para atender com efetividade a gestão da
cadeia de suprimento. Sua importância reside no fato de ser um sistema de abastecimento em
relação ao fluxo logístico, que serve de base para sua uniformidade e continuidade,
assegurando um adequado nível de serviço e agregando valor ao produto. (GASNIER &
BANZATO, 2001)
A armazenagem de medicamentos é definida como a atividade que visa sua conservação
racional (SAKAI; LIMA; SOUSA, 2008). A estabilidade pode ser definida como a extensão
em que um produto retém, dentro dos limites especificados e do período de armazenagem e
de uso as mesmas características e propriedades que possuía na ocasião em que foi fabricado
(ANSEL, POPOVICH, ALLEN, 2000).
A armazenagem de medicamentos fármacos, (fármacos são entidades química ou biológica
com ação no organismo), segundo a boa pratica são requisitos indispensáveis para
preservação de medicamentos, pois os fármacos são produtos de natureza perecível. A
manutenção de sua estabilidade durante seu armazenamento é fundamental para garantir sua
efetividade, reduzir perdas e minimizar gastos.
A realização de uma armazenagem depende da existência de um bom layout no local do
armazenamento, que determina, tipicamente, o grau de acessibilidade ao medicamento, os
locais de áreas obstruídas, a eficiência de mão de obra, a segurança do pessoal e da farmácia
hospitalar. (MOURA, 1997)
O autor afirma que os objetivos do layout devem ser: assegurar a utilização máxima do
espaço; propiciar a mais eficiente movimentação de medicamentos; propiciar a estocagem
mais econômica, com relação às

despesas de equipamento, espaço e mão de obra; propiciar flexibilidade máxima para


satisfazer as necessidades de mudanças de armazenagem.( MOURA, 1997, p. 69)
.
O armazenamento geral de fármacos precisa-se de condições necessárias de modo a garantir
sua conservação correta. O espaço de armazenagem de fármacos é influenciado por múltiplos
e diversos fatores, como a superfície e prestação de serviço da Unidade; se a unidade de
Saúde é ou não abastecida por Serviço Farmacêutico Centralizado; o Número de camas ou
leitos; o tempo de internamento (Unidade de curta/ média /longa duração) e o local de acesso
fácil para comunicação externa (recepção do medicamento) e comunicação interna
(distribuição do medicamento).
A qualidade dos medicamentos interfere diretamente na eficácia e na segurança do tratamento
farmacológico. O fármaco pode ter a estabilidade alterada no processo de estocagem se esta
ocorrer em condições inadequadas (SILVA, 2005).
Toda armazenagem deve se observar as orientações fornecidas pelo fabricante, pois todo
medicamento possui propriedades físicas e quimicas especificas de acordo com a via de
administração. A manutenção das propriedades dos medicamentos depende da estabilidade,
que pode ser modificada por fatores intrínsecos e extrínsecos (ligado ao ambiente, condições
de armazenamento e acondicionamento). Então há a possibilidade de perda da estabilidade do
fármaco antecipada por fatores como temperatura, presença de oxigênio, luz solar, radiação
e umidade. (WELLS, 2005)
;
OBJETIVOS OBJETIVO GERAL

Buscar um melhor entendimento de farmácia hospitalar através dos meios de comunicação


como internet, revistas, livros e ate mesmo a pratica diária.
Apresentar a Farmacia Hospitalar e a atuação do profissional farmacêutico, mostrando como
se pode ser a melhor forma de execução de cada área de atuação dentro de uma Farmacia
Hospitalar, visando levar um melhor atendimento ao paciente, melhor administração de
materiais, aquisição e controle de seus produtos dentro do âmbito hospitalar e suas funções,
assim gerando melhor terapêutica ao paciente e melhor trabalho administrativo.
O desafio deste trabalho esta nas técnicas e na realidade que cada hospital vive, pois para uma
melhor valorização de seus métodos e exercer melhor um trabalho dentro de uma farmácia
hospitalar e preciso apoio e vontade de se implantar devidas técnicas para que melhor efetue
suas tarefas.

OBJETIVO ESPECIFICO

O objetivo deste estudo foi identificar a importância da farmácia hospitalar dentro de uma
entidade hospitalar, suas carências, sua forma de organização e andamento e a necessidade de
se dar maior suporte a campo, bem como demonstrando os tratamentos e as formas de
prevenção em relação ao uso desnecessário de medicamentos pela população em geral.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os trabalhos mencionados nesta revisão demonstram que a participação efetiva do


farmacêutico clínico junto à equipe multiprofissional melhora os cuidados com o paciente,
aumenta a segurança, garante qualidade do tratamento e, ao mesmo tempo, reduz os custos e o
tempo da internação do paciente.
Foi possível observar que, apesar da necessidade de um investimento inicial, a
intervenção desse profissional no âmbito hospitalar, nas formas de atenção e na assistência
farmacêutica, ajuda a reduzir os custos a curto prazo, tanto para o paciente quanto para a
instituição, otimizando as prescrições, proporcionando maior adesão ao tratamento, ajudando
no controle de reações adversas, e prevenindo problemas relacionados a medicamentos
(PRM). Assim, é um diferencial o envolvimento do farmacêutico clínico na equipe de
atendimento ao paciente para a garantia e a orientação sobre o uso correto de medicamentos.
A partir dos fatos demonstrados e expostos, pode-se considerar que desde os
tempos mais remotos a instituição hospitalar evoluiu muito, principalmente a Farmácia
Hospitalar, considerada hoje um dos setores de extrema importância, pois é ela que
movimenta todos os demais setores da instituição hospitalar.
Porém, ainda há muito o que se conquistar em desenvolvimento, pois, apensar do
grande avanço da medicina no que diz respeito a fármacos, ainda há poucos funcionários com
capacitação necessária e vontade para trabalhar nesse setor.
O ser humano ainda é falho em muitas coisas, mas sua maior falha é não se pôr a
aprender e a se dedicar com amor e responsabilidade naquilo em que foi preparado para fazer
ao longo de anos e anos de estudo. E a reciclagem (aperfeiçoamento e capacitação) de pessoas
nesse setor é de grande importância; o farmacêutico bioquímico deve sempre estar buscando
novas mudanças e estar sempre se atualizando para novas alternativas de procedimentos
hospitalares.
REFERÊNCIAS

AIZENSTEIN, M. L.; TOMASSI, M. H. Problemas relacionados a medicação;


AGAPITO, Naiana; Gerenciamento em estoques em
farmácia hospitalar; Universidade de federal de Santa Catarina; 2005; p.1.

ANSEL, H.C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN, L. V.; Formas farmacêuticas &


sistemas de liberação de fármacos; 6.ed.; São Paulo: Premier; 2000.
BARBIERI, Jose Carlos; MACHLINE, Claude; Logística hospitalar: teoria e
prática; São Paulo; editora Saraiva; 2006; p3.

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