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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


FACULDADE DE FARMÁCIA

LUIZ HENRIQUE MARTINS MODESTO

RELATÓRIO DO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ACADEMICO


PROFISSIONAL IX

BELÉM – PA 2022

LUIZ HENRIQUE MARTINS MODESTO

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Trabalho acadêmico para obtenção de
aprovação da disciplina PIAP IX
Prof.: Drª. Cristiane Maia.

BELÉM – PA 2022

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS

3. SÍNTESE TEORICA

3.1. Farmácia Central

3.2. Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF)

3.3. Farmácia Ambulatorial

3.4. Unacon

4. DISCUSSÃO

5. CONCLUSÃO

1. INTRODUÇÃO

O farmacêutico tem a sua profissão e função reconhecida no âmbito hospitalar no


Brasil, através da Resolução nº 492, de 26 de novembro de 2008 emitida pelo Conselho
Federal de Farmácia. Esta resolução regulamenta o exercício profissional da categoria e
delega, ao profissional farmacêutico, atribuições como o desenvolvimento de infraestrutura
e gestão, nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros
serviços de saúde.
Segundo Torres et al., 2007, a farmácia hospitalar deve ser organizada de acordo com
as características do hospital onde se insere o serviço, isto é, manter coerência com o tipo e
o nível de complexidade do hospital.
Historicamente, os procedimentos de aquisição e distribuição de medicamentos
consolidaram-se como foco das atividades da farmácia hospitalar brasileira (BRASIL,
2009). Mais recentemente, a assistência farmacêutica hospitalar ganhou destaque nas
discussões institucionais e acadêmicas, sendo inserida no conjunto das ações de saúde, por
centralizar sua atenção no paciente e suas necessidades, mantendo não só o medicamento
como foco de trabalho, mas também o paciente como um todo. (SANTANA, 2013).

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2. OBJETIVOS
• Fornecer uma interpretação como estagiário do ambiente farmacêutico
hospitalar.
• Analisar e buscar compreender as atribuições do farmacêutico no âmbito
hospitalar.

3. SINTESE TEORICA

3.1. Farmácia central

A farmácia central é o espaço organizado, no qual os materiais e medicamentos


advindos da Central de abastecimento são armazenados, tendo como função principal
desde o recebimento e armazenamento, até a distribuição a outros setores do hospital,
além de sua importância no âmbito administrativo. Além disso, o controle sob a utilização
de medicamentos do ambiente hospitalar é gerido pela Farmácia Central, bem como a
atenção especial na dispensação de antibióticos e outros medicamentos de controle
especial.
3.2. Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF)

A central de abastecimento farmacêutico é uma área física destinada ao


armazenamento adequado, contabilização e distribuição de medicamentos e materiais
diretamente para a farmácia central. Na gestão logística de uma farmácia hospitalar, a
Central de Abastecimento Farmacêutico tem um lugar de muita importância, de modo
que, se bem estruturada e com processos de trabalho eficientes, assegura a manutenção
das características físico-químicas, da integridade e da qualidade dos medicamentos e
demais produtos para a saúde acondicionados nesse ambiente.
O espaço físico de uma CAF deve obedecer a uma série de regras contidas na RDC
nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, afim de garantir armazenamento que mantenha os
padrões físico-químicos dos medicamentos e materiais.

3.3. Unacon

No contexto da oncologia, as principais metas globais relacionadas ao cuidado


farmacêutico envolvem: a promoção do cuidado de alta qualidade, a eliminação dos erros
de medicação com agentes antineoplásicos, o desenvolvimento de planejamento ético

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para o gerenciamento dos medicamentos, e a contribuição para a melhoria dos resultados
do uso dos antineoplásicos (SILVA; OSORIO DE CASTRO, 2019).

4. DISCUSSÃO

Observa-se de uma forma geral que o papel do farmacêutico no âmbito


hospitalar é bem elucidado, e que é centrado no manejo e cuidado do paciente, uma
vez que é possível notar uma estrutura lógica focalizada nas inúmeras atribuições que
são exclusivas desse profissional.

Além disso, é altamente perceptível que, embora em algumas áreas do


hospital, como na Unacon, o profissional farmacêutico infelizmente - pela
intensidade de trabalho e a falta de quadro de funcionários- não possui acesso total
ao quadro clinico do paciente, porém ele é responsável exclusivamente na
manipulação e, consequentemente na sua terapia medicamentosa, o que corresponde
a uma grande responsabilidade e cuidado, mais ainda sim, percebe-se uma falta de
estruturação no quadro de pessoal no Hospital Barros Barreto, pois o
acompanhamento farmacoterapêutico oncológico no âmbito hospitalar é essencial
para o tratamento de pacientes com câncer.

Na Unacon, a experiência obtida foi de forma clara e coesa, é possível notar


o papel no farmacêutico em três grandes áreas de atuação; na dispensação de
medicamentos quimioterápicos, na análise de prescrições médicas, e na manipulação.
É extremamente importante frisar que existe todo um controle de qualidade antes da

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manipulação, que é encontrado na análise de prescrições, no qual o farmacêutico é
responsável por cálculos diferenciados de fármacos oncológicos, isso reduz custos
através da prevenção de reações adversas pelo uso dos medicamentos e,
consequentemente, melhora a efetividade do tratamento na hora da manipulação.

Já na Central de abastecimento farmacêutico é possível perceber uma


padronização dos medicamentos feita de acordo com a especialidade de cada área
hospitalar através da demanda do hospital e seus protocolos clínicos, formula-se
ainda uma lista de medicamentos que constam na Relação Nacional de
Medicamentos Brasileira (RENAME) e que estão de acordo com diretrizes
protocoladas pelo Ministério da Saúde.

Na farmácia ambulatorial o foco é a dispensação de medicamentos, sejam eles


de baixo custo, ou de alto custo. Os medicamentos de alto custo necessitam por lei
de Autorização de Procedimentos Ambulatoriais (APAC) esses medicamentos são
financiados pelo Ministério da Saúde mediante transferência de recursos financeiros
para aquisição pelas Secretarias de Saúde dos Estados e Distrito Federal sendo delas
a responsabilidade pela programação, armazenamento, distribuição e dispensação
para tratamento das doenças contempladas no âmbito do Componente Especializado
da Assistência Farmacêutica.

Outrossim, observa-se também a orientação e acompanhamento farmacêutico


na posologia, interações medicamentosas, reações adversas e condições de
conservação do produto. Ressalta-se ainda, que de acordo com o Decreto nº 85.878
de 07 de abril de 1981, A dispensação é atribuição privativa do farmacêutico. Dessa
forma a farmácia ambulatorial cumpre seu papel na resolução 585 do Conselho
federal de farmácia (As atribuições clínicas do farmacêutico visam proporcionar
cuidado ao paciente, família e comunidade, de forma a promover o uso racional de
medicamentos e otimizar a farmacoterapia, com o propósito de alcançar resultados
definidos que melhorem a qualidade de vida do paciente).

A farmácia Central do Hospital Barros Barreto, além da dispensação para todo


o hospital é também ala de dispensação de medicamentos para pacientes em
internação, portanto, é considerado o coração do hospital. Observa-se principalmente
um papel de rigoroso controle na análise de prescrições medicamentosas, o papel do
farmacêutico nesse ambiente é bem elucidado tanto no acompanhamento

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farmacoterapêutico, como também na intervenção. É na farmácia central que o
farmacêutico, realiza de forma árdua a correção de dose e posologia prescritas, a
diminuição de dose de medicamentos envolvidos nas interações entre outras
adaptações hospitalares.

5, CONCLUSÃO

Portanto, percebe-se que o serviço de farmácia é de suma importância para o


hospital, pois assegura o reabastecimento racional dos materiais e medicamentos
necessários ao ciclo operacional da instituição. O farmacêutico na farmácia hospitalar
deve possui as ferramentas necessárias ao gerenciamento efetivo de todas as
atividades da unidade relacionadas ao uso de medicamentos e demais insumos
farmacêuticos. Ademais, tão importante quanto os médicos e enfermeiros, o
farmacêutico é capaz de orientar o paciente de forma correta, facilitar a adesão ao
tratamento, garantir o controle e qualidade dos fármacos, monitorar e acompanhar o
tratamento, prevenir os erros de medicação, fazendo assim com que diminua o tempo
de internação do paciente e consequentemente a perda de medicamento e os custos
hospitalares

REFERÊNCIAS

BRASIL. Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do Sistema Único de Saúde.


2009. CIPRIANO, S. L. et al. Comissão de Farmácia e Terapêutica. Pharmacia Brasileira.
nº83,2011.Disponívelem:https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/134/encarte_far
mAcia_hospitalar_pb8 1.pdf

DE FARMÁCIA, Conselho Federal. Resolução CFF nº 585, de 29 de Agosto de 2013. Regula a


prescrição Farmacêutica e dá outras providências. Diário Oficial da União, v. 29, 2013.

SANTANA, Gabriela S.; OLIVEIRA, Giovana S.; NETO, Luciane M. Ribeiro. O

7
farmacêutico no âmbito hospitalar: assistência farmacêutica e clínica. São Paulo,
2014. Disponível em:<http://www.saocamilo-sp.br/novo/eventos-noticias/ simposio/
14/ SCF001_14. pdf>. Acesso em: 31 jul. 2017.

SILVA, Inês Candice Rodrigues da. MODELO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA FARMÁCIA


SATÉLITE EM UMA UNIDADE HOSPITALAR DO RECÔNCAVO BAIANO. 2019. 51 f. TCC
(Graduação) - Curso de Farmácia, Faculdade Maria Milza, Governador Mangabeira, 2019.
Disponível em: http://131.0.244.66:8082/jspui/handle/123456789/1925

SILVA, M. J. S.; OSORIO-DE-CASTRO, C. G. S. Organização e práticas da assistência


farmacêutica em oncologia no âmbito do Sistema Único de Saúde. Interface (Botucatu). p. 1-17.
2019.

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