19º Seminário de Pesquisa/Seminário de iniciação científica-UNIANDRADE 2021

FARMÁCIA CLÍNICA E A IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO NO CONTEXTO DA

ONCOLOGIA

Wagner da Silva*, Priscila de Fátima Cordeiro*, Stefani Regina Lglikoski* e Fernanda

Quaresma Araujo**

Acadêmicos do curso de Farmácia no Centro Universitário Campos de Andrade-

UNIANDRADE – Curitiba – Brasil.
Docente do curso de Farmácia no Centro Universitário Campos de Andrade-
UNIANDRADE – Curitiba – Brasil.
e-mail: wagnerfar10@gmail.com

Resumo: of oncology, where the pharmacist is not

A farmácia clínica tem apresentado
resultados promissores, em especial no
contexto da oncologia, onde o pharmacist inpatient care, with the aim of
farmacêutico não se limita apenas a
manipular a quimioterapia, mas enfatiza
as contribuições do farmacêutico na
assistência ao paciente, com o intuito de
obter resultados positivos na adesão ao
tratamento do paciente oncológico. Nesta
área de atuação o farmacêutico procura
encontrar e solucionar de forma
sistemática e documentada, os problemas
com os medicamentos que surgem
durante o tratamento, bem como,
participar do acompanhamento do
paciente para um cuidado mais seguro
Este artigo apresenta uma discussão
sobre as neoplasias e como o trabalho do
farmacêutico influencia no aprimoramento
da terapia antineoplásica, atuando além
da manipulação da quimioterapia
antineoplásica. Nesse sentido, este
estudo tem como objetivo apresentar,
através de uma revisão bibliográfica, a
farmácia clínica no contexto da oncologia,
assim como, discutir a importância do
farmacêutico e suas atribuições e
contribuições à equipe multiprofissional,
visando à melhoria da qualidade de vida
dos pacientes em tratamento
antineoplásico
Palavras-chave: Farmácia clínica,
oncologia, equipe multiprofissional.
Abstract: Clinical pharmacy has shown
promising results, especially in the context
limited to handling chemotherapy, but
emphasizes the contributions of the
obtaining positive results in the adherence
to treatment of the cancer patient. In this
area of expertise, the pharmacist seeks to
systematically and document find, and
solve problems with medications that arise
during treatment, as well as participate in
the monitoring of the patient for safer care
This article presents a discussion about
neoplasms and how the pharmacist's work
influences the improvement of anticancer
therapy, acting beyond the manipulation of
anticancer chemotherapy. In this sense,
this study aims to present, through a
literature review, clinical pharmacy in the
context of oncology, as well as to discuss
the importance of the pharmacist and his
attributions and contributions to the multi-
professional team, aiming to improve the
quality of life of patients in anticancer
treatment
Keywords: Clinical pharmacy, oncology,
multi-professional team
INTRODUÇÃO
O câncer é um conjunto de mais de 200
doenças, cuja principal característica é a
formação de células anormais que
crescem de forma anormal. Como
resultado, órgãos e tecidos próximos são
afetados, dando origem a tumores
conhecidos como metástases. A oncologia
é uma das áreas da medicina que estuda
esses tumores para tratar cada indivíduo
2[IFMBE PROCEEDINGS]
por meio da quimioterapia, que é a forma
primária e mais eficaz de tratamento. A
quimioterapia é administrada por meio de
agentes químicos, isoladamente ou em
combinação com outros quimioterápicos,
para fins de cuidados curativos ou
paliativos, levando-se em consideração o
tipo de metástase, a progressão da
doença e a condição física do indivíduo.
[1]
Portanto, o farmacêutico que atua na
oncologia procura encontrar e solucionar
de forma sistemática e documentada, os
problemas com os medicamentos que
surgem durante o tratamento, bem como
participar do acompanhamento do
paciente para um cuidado mais seguro. [2]
Outro dado importante é a contribuição do
farmacêutico na intervenção da terapia
dos pacientes com câncer, a fim de evitar
possíveis erros de prescrição e problemas
relacionados a medicamentos, diminuindo,
como mostrou alguns estudos, custos pa-
ra o hospital, pois evita desperdícios, além
de participar da CCIH (Comissão de con-
trole de infecção hospitalar, que ajuda a
obter meios para o controle de infecções
hospitalares. [3]
Dente as competências e atribuições do
farmacêutico, ressalta-se a formação hu-
manista deste profissional, o que possibili-
ta uma maior integração com o paciente,
amenizando os efeitos da doença, sendo
uma fonte de apoio tanto dos pacientes
como da família, transmitindo confiança e
suporte necessário quanto as dúvidas e
problemas relacionados aos medicamen-
tos. [4]
Neste sentido, este estudo tem como
objetivo apresentar, através de uma
revisão bibliográfica, a farmácia clínica no
contexto da oncologia, assim como,
discutir a importância do farmacêutico e
suas atribuições e contribuições à equipe
multiprofissional, visando à melhoria da
qualidade de vida dos pacientes em
tratamento antineoplásico.
MATERIAL E MÉTODOS
2
Este estudo consiste em uma revisão da
literatura, que visa reunir e sintetizar o
conhecimento científico já estabelecido
sobre a assistência farmacêutica na área
da oncologia. Portanto, buscou-se avaliar
e sintetizar as evidências disponíveis para
contribuir com o desenvolvimento do
conhecimento sobre o tema. Os
embasamentos utilizados foram: busca de
artigos referentes à Prática da Farmácia
Clínica em oncologia, publicados entre os
anos de 2018 a 2021. Para a busca dos
artigos, foram utilizadas as seguintes
palavras-chave em português: farmácia
clínica; oncologia; equipe multiprofissional.
Os critérios de inclusão foram: pesquisas
que abordavam erros na prescrição de
medicamentos e contribuições do
farmacêutico clínico, através de seus
estudos realizados.
RESULTADOS
A farmácia clínica tem apresentado
resultados promissores, onde o
farmacêutico não se limita a manipular a
quimioterapia, enfatizando a assistência
ao paciente, com o intuito de obter
resultados positivos na adesão ao
tratamento do paciente com câncer (o
profissional busca qualificação na prática
clínica). Nesta perspectiva, o Conselho
Federal de Farmácia definiu na resolução
585 de 29 de agosto de 2013 que a
atividade de assistência farmacêutica
envolve acompanhamento
farmacoterapêutico, conciliação ou
revisão da farmacoterapia, sendo
atividade privada do farmacêutico, em
interação com o profissional médico
responsável pelo propósito de melhor
adesão ao tratamento. [1]
A interação entre a equipe médica e a
equipe multiprofissional que acompanha o
trabalho realizado no dia a dia e busca
agregar seus conhecimentos
farmacológicos à qualidade do
atendimento prestado também é relevante
no campo da oncologia aprender sobre
novas terapias. Na equipe
multiprofissional de quimioterapia, a
19º Seminário de Pesquisa/Seminário de iniciação científica-UNIANDRADE 2021
presença do farmacêutico é necessária
para a elaboração de manuais de normas
e procedimentos farmacêuticos, com o
objetivo de reduzir a frequência de erros
na prescrição de medicamentos. [2]
Os problemas de medicação vão desde
erros de medicação até reações adversas
onde o paciente tem intolerância a
determinado componente do
medicamento, portanto o papel do
farmacêutico clínico na identificação
desses problemas é fundamental,
evitando despesas hospitalares
decorrentes da medicação e até mesmo
danos ao paciente que podem ou não ser
reversíveis. [1]
Esses erros podem levar a problemas de
medicação que interferem na adesão e
nos resultados ideais do paciente. No
contexto da farmacovigilância, a detecção
e identificação de efeitos adversos,
medidas de intervenção melhoram a
terapia e diminuem ocorrências de
internação. [2]
A assistência farmacêutica não envolve
apenas a terapia medicamentosa,
engloba uma série de decisões para o uso
correto dos medicamentos para cada
paciente, por isso é importante que o
profissional proceda de acordo com a
prescrição médica e siga todos os dados
recomendados na literatura, fazendo o
manuseio adequado em condições
assépticas adequadas, de acordo com os
critérios internacionais de segurança.
Para que haja todo esse cuidado, é
importante que o profissional esteja
qualificado, preparado e conheça as
atividades que realiza, só seguindo esses
requisitos é possível alcançar a qualidade
de vida do paciente. [1]
Muitas contribuições foram feitas com os
estudos realizados pelo Farmacêutico
Clínico, muitos problemas foram
descobertos quando o foco do tratamento
passou do medicamento para o paciente
e, com esse entendimento, foi possível
fazer tais correções ao longo do tempo
prejudicial ao tratamento anticâncer. Um
dos primeiros problemas identificados
foram os erros de prescrição médica, que
afetaram diretamente a qualidade do
tratamento e, consequentemente, a saúde
do paciente, que incluem: dosagem
incorreta, uso indevido de qualquer
medicamento, nome impreciso da
substância a ser prescrita. , ciclo
terapêutico confuso, via de administração
e tempo de infusão incorreto. [1]
Cabe ressaltar que a atuação do
farmacêutico na oncologia, além de
administrativo, é também clínico, pois ele
auxilia outros profissionais na
configuração do plano terapêutico, na
análise da prescrição e no monitoramento
dos pacientes, visando melhorar a
qualidade do serviço de saúde. Dentro
deste contexto, é fundamental e
significativo o cuidado farmacêutico, tanto
no uso racional e seguro dos
medicamentos antineoplásicos, assim
como ,na prevenção dos erros de
medicação, dentro de atividades
relevantes para um serviço de saúde
seguro e de qualidade ao paciente
oncológico. [2]
Resultados positivos foram alcançados
devido à redução de eventos adversos
relacionados aos medicamentos, custos
de cuidados e tempo de internação
hospitalar e progresso na adesão aos
medicamentos, à medida que os
pacientes se sentem especiais e apoiados
no desenvolvimento do tratamento, o que
contribui significativamente para o seu
sucesso. [4]
O farmacêutico deve garantir a segurança
por meio de informações técnicas e
clínicas que subsidiem as decisões para o
alcance do objetivo terapêutico do
tratamento, devendo sempre buscar a
integração efetiva e a boa comunicação
com a equipe multiprofissional que atende
o paciente. A janela terapêutica dos
antineoplásicos é muito estreita. [1]
Dentro deste entendimento, ressalta-se a
importância da atuação do farmacêutico
com a Resolução 288/96, que descreveu
a competência exclusiva deste profissio-
nal na manipulação de medicamentos
4[IFMBE PROCEEDINGS]
quimioterápicos ou citotóxicos. Esta Reso-
lução dispôs sobre a competência legal
exclusiva na manipulação de antineoplá-
sicos, fortalecendo a necessidade e as
contribuições do farmacêutico neste cam-
po de atuação. [5]
E mais, o conhecimento sobre o câncer
tem apresentado avanços, principalmente
no que diz respeito a sua prevenção e
tratamento, com novas habilidades e co-
nhecimentos, com grandes contribuições
para a atuação da equipe multidisciplinar
oncológica, as quais visam à segurança
do tratamento terapêutico e paliativo. O
farmacêutico, neste contexto, atua não só
na pesquisa, como também, tem outras
atribuições clínicas como a preparação de
medicamentos antineoplásicos, que é
competência privativa do deste profissio-
nal, além da supervisão do armazena-
mento, interação com fornecedores e fa-
bricantes desses medicamentos, além na
interação com o paciente visando a ade-
são ao tratamento farmacológico. [3]
CONCLUSÃO
Este estudo teve como objetivo geral
apresentar, através de uma revisão
bibliográfica, a farmácia clínica no
contexto da oncologia, assim como,
discutir a importância do farmacêutico e
suas atribuições e contribuições. Com
base na literatura consultada salienta-se
que nos estudos encontrados, foram
evidenciadas a participação e Saúde, v. 9, n.3, p. 56-65, jul-set, 2019.
contribuições do profissional farmacêutico
em espaços como laboratórios, clinicas e
hospitais. Esses profissionais são
responsáveis não somente em ministrar
medicamentos receitados pelos médicos,
mas, também em ajudar ao paciente na
adesão do tratamento farmacoterapêutico.
Através da farmacoterapia e a equipe
multiprofissional que envolve médico,
farmacêutico e o enfermeiro, o paciente
se depara com um trabalho mais próximo
e seguro para continuar com o seu
tratamento.
Na atenção farmacêutica, o profissional
realiza as funções de controle do uso dos
medicamentos (com habilidades e
conhecimentos apropriados), consciente
de seu compromisso com os interesses
do paciente. As orientações sobre a
utilização dos medicamentos, efeitos
colaterais e cuidados garantem a
qualidade do tratamento e qualidade de
vida.
Referências
[1] LIMA, Anderson Gomes de; COELHO,
José Leonardo Gomes; PEREIRA, Maria
Juliana Alves; SARAIVA, Emanuela
Machado Silva; FEITOSA, Raimunda
Aureniza; SANTANA, Willma José de. A
Prática da Farmácia Clínica em
Oncologia Id onLineRev.Mult. Psic.,
Fevereiro/2021, vol.15, n.54, p. 853-860.
ISSN: 1981-1179.
[2] SANTOS, Sandna; ALVES,Hérick;
PESSOA, Cinara; SARAIVA, Hévila;
BARROS, Karla Bruna. Evidências do
cuidado farmacêutico na prática clínica
da oncologia. RevFacCiêncMéd
Sorocaba. 2018;20(2):77-81. DOI:
10.23925/1984-4840.2018v20i2a4
[3] MEDEIROS, Jacqueline Aragão; ME-
LO, Aline Patrícia Fonseca Macêdo e
TORRES,Vivian Mariano. Atuação do
farmacêutico clínico hospitalar em pa-
cientes oncológicos frente ao avanço
na legislação brasileira. Rev. Bra. Edu.
[4] LOBATO, Laynara; CAMPOS, Luma;
CAETANO, Sheila; BRAZ,
Wilso.Cuidados farmacêuticos no
tratamento oncológico: Uma revisão
integrativa da literatura. Conexão Ci. |
Formiga/MG | Vol. 14 | Nº 1 |p.31-38| 2019
[5] BRASILAGÊNCIA NACIONAL DE VI-
GILÂNCIASANITÁRIA. Dispõe sobre a
competência legal para o exercício da
manipulação de drogas antineoplásica
pelo farmacêutico. Resolução RDC n.288,
de 21 de março de 1996. Brasília, DF,
1996.