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V. 17 n.4, 2020
FARMÁCIA CLÍNICA EM
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA
CLINICAL PHARMACY IN
PEDIATRIC INTENSIVE THERAPY UNIT
Ana Márcia Silva Aguiar1 Karolyna dos Santos Rocha2, Ana Julia Oggioni Guerrera3, Bethania Rodrigues
Almeida4.
Resumo
Compreende-se farmácia clinica como cuidados com o paciente visando maximizar a terapia
e minimizar os riscos do uso com medicamentos, podendo considerar que o farmacêutico é de
suma importância do desenvolvimento das atividades da farmácia hospitalar junto à equipe
multidisciplinar, tendo papel relevante em direcionar os PRMS’s à farmacovigilânca em função
da segurança no uso dos medicamentos. Estudos evidenciam que cerca de 70% da população
apresentam PRM’s, tendo relação ao uso dos off label, por tanto objetivo do estudo é elucidar a
importância da farmácia clínica aplicada a clinica pediátrica,a partir da elaboração de um
Manual de Cuidados Farmacoterapêuticos, com ênfase na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
pediátrica. O estudo iniciou-se a partir de uma pesquisa bibliográfica, de meta-análise, sendo
utilizadas como critérios de inclusão, obras que mantivessem a temáticas, protocolos
terapêuticos em pediatria, mídias governamentais, além de legislação sanitária e
regulamentadora vigente. A relevância de população pediátrica suscetível ao uso de
medicamentos no período de internação hospitalar é elevada, resultando da importância de
elaboração do manual de cuidados, guias que forneçam bases para o farmacêutico clínico
selecionar a melhor conduta nos cuidados farmacêuticos na atenção à saúde.
Palavras-Chave: Farmácia Clinica; assistência farmacêutica na Pediatria; Manual de intervenção.
Abstract
Clinical pharmacy is understood as caring for the patient in order to maximize therapy and
minimize the risks of using drugs, considering that the pharmacist is of paramount importance
in the development of hospital pharmacy activities with the multidisciplinary team, having a
relevant role in directing patients. PRMS's to pharmacovigilance due to the safe use of medicines.
Studies show that about 70% of the population have MRP's, regarding the use of off labels, so
the objective of the study is to elucidate the importance of clinical pharmacy applied to pediatric
clinics, based on the elaboration of a Pharmacotherapeutic Care Manual, with emphasis in the
pediatric Intensive Care Unit (ICU). The study started from a bibliographic research, of meta-
analysis, being used as inclusion criteria, works that maintained the themes, therapeutic
protocols in pediatrics, government media, in addition to current health and regulatory
legislation. The relevance of the pediatric population susceptible to the use of medications during
hospitalization is high, resulting from the importance of preparing the care manual, guides that
provide the basis for the clinical pharmacist to select the best conduct in pharmaceutical care in
health care.
Keywords: Clinical Pharmacy; pharmaceutical assistance in pediatrics; Intervention Manual.
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1. Introdução
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2. Metodologiã
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3. Resultãdo e Discussão
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off label seja superior a 90%, enquanto em adultos esse uso varia entre 7,5% e
40% das prescrições (PAULA et al., 2011).
De acordo com o Decreto nº 8.077, de 14 de agosto de 2013, indica-se às
instituições de saúde brasileiras que o uso off label seja regimentado por
protocolos que instaurem as situações clínicas nas quais pode ser benéfico, no
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qual poderá ser realizado pelo CONITEC junto a ANVISA (BRASIL, 2013). Tal
padronização deve ser implantada antes que a tecnologia seja disponibilizada
para uso, preferencialmente na etapa de avaliação do medicamento para
inserção (COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO
SUS, 2012).
A CONITEC, coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos, foi regulamentada pelo Decreto 7.646/2011 e tem por objetivo
assessorar o Ministério da Saúde na incorporação, exclusão ou alteração pelo
SUS de novos medicamentos, produtos ou procedimentos, bem como na
constituição ou alteração de protocolos clínicas ou diretrizes terapêuticas, sendo
fundamental como norteio na padronização de medicamentos, incluindo a
regulamentação sobre o uso de off label junto a ANVISA (BRASIL, 2011).
É sabido que a prescrição de medicamentos em pediatria segue os mesmos
critérios da empregada para adultos, embora existam mais particularidades e
muitas vezes indícios insuficientes para garantir riscos e benefícios, entre esses
critérios a escolha da farmacoterapia apropriada, dose, administração e duração
de tratamentos adequados, inexistência de contraindicações e mínima hipótese
de reações adversas, bem como segurança e eficácia estabelecidas, são fatores
importantes no uso racional de medicamentos (CERQUEIRA, 2018).
Atualmente com as regulamentações da Food and Drug Administration
(FDA), que fomentam a inclusão de crianças em pesquisas clínicas, vêm
ampliando os estudos de segurança e eficiência dos fármacos para crianças,
como também as estratégias políticas para a redução dos riscos e propostas de
farmacovigilância para serem concretizados durante o ciclo de vida do
medicamento (FERREIRA et al., 2012).
Contudo, apesar de as evidências que visam resultar na melhoria da
padronização de medicamentos na Pediatria, há ainda poucas informações sobre
a amplificação do uso de medicamentos off label em crianças hospitalizadas, dos
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1.2 FARMACOVIGILÂNCIA
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) o termo
farmacovigilância é definido como: “a ciência e atividades relativas à
identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou
quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos” (BRASIL, 2019).
Neste contexto, a farmacovigilâcia é uma ciência, compreendendo as
atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de
efeitos adversos ou qualquer problema relacionado ao uso de medicamentos tem
função de monitorar a ocorrência dos eventos adversos dos medicamentos
comercializados no mercado brasileiro, com o objetivo de garantir o uso seguro
e racional de medicamentos e também trata das questões relevantes para a
farmacovigilância, tais como eventos adversos por desvios da qualidade de
medicamentos, inefetividade terapêutica, erros de medicação, uso de
medicamentos para indicações não aprovadas no registro, uso abusivo,
intoxicações e interações medicamentosas (ALMEIDA, 2014).
Tais conceitos corroboram com o Ministério da Saúde, cujas ações de
farmacovigilância incluem os efeitos adversos dos medicamentos, bem como,
assegurar o uso racional dos medicamentos (BRASIL, 1998), o histórico da
farmacovigilância foi descrita pioneiramente em 1962, pela agência sanitária
norte americana Food and Drug Administration (FDA), na qual passou a exigir
estudos não clínicos e clínicos mais rigorosos das indústrias farmacêuticas. No
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4. Conclusão
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5. Refere nciãs
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BELELA, Aline S. C.; PEDREIRA, Matilde L. G.; PETERLIN, Maria A.S. Erros de
medicação em pediatria. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília v. 64,
n.3,p.563-569,mai/junh.2011.Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-
71672011000300022&script=sci_abstract&tlng=pt > A cesso em: 24 out.2019.
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