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Farmácia Clínica
na Unidade de
Terapia Intensiva
Terapia Intensiva e do Co- gar a 38% do total em um corpo clínico fechado, a UTI
légio Americano de Farmá- hospital. O acompanha- traduz-se em um excelente
cia Clínica publicou, na Cri- mento que o farmacêutico local para atuação do far-
tical Care Medicine de 2000, faz, por meio de trabalhos macêutico clínico. A grande
qual seria o papel do far- de farmacoeconomia, con- questão do desenvolvimen-
macêutico nestas unidades tribui para a redução e oti- to da farmácia clínica não é
e o que eles consideram mização destes gastos na por onde começar, como já
atividades fundamentais, terapia medicamentosa. dito anteriormente, mas,
desejáveis e ótimas dentro Montazeri and Cook, 1994, sim, como começar, pois
da terapia intensiva. caracterizaram os tipos de sabemos da necessidade
A Sociedade Européia intervenção farmacêutica, de alguns pré-requisitos
de Farmácia Clínica, cria- na Unidade de Terapia In- de caráter administrativos
da, em 1979, também, pu- tensiva, em um período de fundamentais como, por
blicou a necessidade do três meses, onde foram ob- exemplo: obter uma farmá-
serviço de farmácia clínica servadas 575 intervenções cia hospitalar estruturada
enfatizando os níveis de que representaram uma e com processos seguros
ação desta atividade, que economia de 10.000 dóla- e bem definidos, além do
podemos transpor para res canadenses. número de profissionais
dentro do ambiente de te- Outros trabalhos mos- compatíveis; apoio do cor-
rapia intensiva, analisando tram que dentre 398 inter- po administrativo tanto da
o uso de medicamentos em venções farmacêuticas, na farmácia quanto do hos-
três níveis: antes, durante e UTI, houve adesão médi- pital; ter uma relação de
depois da prescrição. ca em até 99% dos casos. medicamentos e comissão
Daí em diante, pode- Quanto à questão da die- de farmácia e terapêutica
mos citar vários trabalhos ta e especificamente em atuante e educação técnica
que reforçam a atuação pacientes que possuem na área e suporte técnico
da farmácia clínica como sondas enterais (60% dos adequado.
um trabalho eficaz e ne- pacientes na Unidade de Além disso, também, há
cessário: humanístico (por Terapia Intensiva), o far- necessidade de outras fer-
exemplo, a qualidade de macêutico tem participa- ramentas para o desenvol-
vida e a satisfação), clíni- ção e responsabilidade vimento do trabalho, como
co (por exemplo, o melhor quanto à identificação de sistemas informatizados e
controle e manejo de do- medicamentos associados banco de dados eletrônicos
enças crônicas) e econômi- à obstrução da sonda, inte- que permitem ao farma-
co (por exemplo, a redução rações com a dieta além de cêutico melhor tratamento
de custos). problemas de absorção. da prescrição médica no
O gasto com medica- Diante de todo este que concerne às interações
mento, na Unidade de Te- quadro, associado ao fato medicamentosas e eventos
rapia Intensiva, pode che- de se ter uma unidade de adversos, permitindo ao
farmacêutico intervir e pre- sabemos que muito se faz, Esperamos contar com os
venir a ocorrências, antes na prática. farmacêuticos que atuam,
da administração do medi- É, diante deste quadro ou desejam atuar, nesta
camento, agregando maior e sabendo da importân- área, participando da Asso-
segurança à prescrição mé- cia deste profissional, que ciação. Ainda lembramos o
dica e ao paciente. esperamos agregar forças “14° Congresso da AMIB”,
Apesar de sabermos junto à Associação de Me- que será realizado, em no-
que não dispomos de to- dicina Intensiva Brasileira vembro de 2009, na cidade
das as condições e ferra- (AMIB), somarmos o co- de São Paulo, no qual tere-
mentas necessárias para a nhecimento na nossa área, mos temas voltados para a
implementação e desen- definir os princípios bási- nossa área.
volvimento da farmácia cos para quem está inician-
clínica na grande maioria do e fortalecer a prática da Maiores informações:
dos hospitais, no Brasil, farmácia clínica, no Brasil. www.amib.com.br
Marco Aurélio Schramm Ribeiro Ilenir Leão Tuma Eugenie Desireé Rabelo Neri
Este encarte foi idealizado e organizado pela Comissão de Farmácia Hospitalar do Conselho
Federal de Farmácia (Comfarhosp), composta pelos farmacêuticos hospitalares Marco Aurélio
Schramm Ribeiro, Presidente (CE), Ilenir Leão Tuma (GO) e Eugenie Desireé Rabelo Neri (CE).
O e-mail da Comissão é comfarhosp@cff.org.br