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Programação

e Controle de
Estoque

Prof Alessandra Domingos


PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE
ESTOQUE

� Proporcionar aos
pacientes o
medicamento a tempo
de resolver seu problema
de saúde e em
condições sanitárias que
o permitam ser efetivo.
� Farmácia hospitalar requer uma logística
consistente para garantir o abastecimento
do medicamento de maneira eficaz.
PROGRAMAÇÃO
� A otimização no fluxo de medicamentos é
E CONTROLE DE de vital importância para a organização
ESTOQUE � Medicamentos representam grande parte
dos custos logísticos das instituições de
saúde
PROGRAMAÇÃO

� Definir os quantitativos dos


medicamentos
� evitar a descontinuidade do
abastecimento por um
determinado período de
tempo.
PROGRAMAÇÃO

� Objetivo principal da
programação
� manter o abastecimento
de medicamentos das
farmácias dos serviços de
saúde,
� compatibilizando os
recursos disponíveis com as
necessidades.
Quanto compra?

� Recursos financeiros
disponíveis para alocar em
estoques
� Quantidade 🡪
� pra quanto tempo?
� Como é o consumo?
� Além do aspecto financeiro
� preocupação com a
qualidade deve estar
sempre presente
PROGRAMAÇÃO � responsabilidade de
ofertar uma assistência
farmacoterapêutica
adequada as
necessidades dos
pacientes
COMPLICADORES

Ciclos de demandas e de ressuprimentos com flutuações


significativas e altos graus de incerteza

Fatores críticos diante da necessidade de manter


medicamentos em disponibilidade na mesma proporção de
sua utilização
COMPLICADORES

� Precisão das informações.


� Má informação pode gerar:
� má localização dos estoques;
� armazenamento inadequado;
� erros de cálculo nos relatórios de entrada e saída de
materiais;
� erros no recebimento;
� esquecimento e atraso na emissão de documentos
relativos a entrada e saída de materiais;
� procedimentos inadequados de contagem física
COMO VIABILIZAR:

� Ferramentas que lhe


proporcionem
informações para a
tomada de decisão
com precisão.

� Não existe gestão de


estoques sem
ferramentas que
envolvam a tecnologia
da informação
MÉTODOS DE PROGRAMAÇÃO

� CONSUMO HISTÓRICO
� Análise do comportamento do consumo
de medicamentos, em uma série histórica
no tempo, possibilitando estimar as
necessidades.

� Devem-se excluir:
� perdas,
� empréstimos
� outras saídas de produtos não regulares.
CONSUMO HISTÓRICO
MÉTODOS DE
PROGRAMAÇÃO Vantagens:
• Não requer dados de morbidade
e de esquemas terapêuticos,
• Cálculos são simplificados.

Desvantagens:
• Dificuldade na obtenção de
dados de consumo fidedignos
e/ou que retratem a real
necessidade;
• Períodos prolongados de
desabastecimento;
Requisitos:

CONSUMO
HISTÓRICO Registros de movimentação
de estoques (entradas,
saídas, estoque);

Dados de demanda
(atendida e não atendida);

Inventários com informações


de pelo menos 12 meses
CONSUMO HISTÓRICO

� Como calcular:

� Efetuar levantamento de dados:


� série histórica representativa do consumo no tempo de, pelo menos,
12 meses;
� Calcular o consumo de cada medicamento:
� somar as quantidades consumidas e dividir o resultado pelo número
de meses de utilização
CONSUMO HISTÓRICO

Exemplo:

� O consumo de comprimidos de Prednisona 5mg, ocorrido nos


últimos 12 meses, em um hospital do município, foi de: 570,
630, 750, 680, 740, 710, 690, 640, 670, 720, 700 e 660.
CONSUMO HISTÓRICO

� Calcular o consumo médio mensal pelo método do consumo


histórico (CMM).

� Solução:

CMM =(570 + 630 +750 + 680 + 740 + 710 + 690 +640 + 670 +720 +700 + 660)
12
� CMM = 680 comprimidos
CONSUMO HISTÓRICO

� Se, durante o período


analisado, ocorreu o
desabastecimento da
unidade de saúde, o
consumo médio mensal deve
ser calculado usando, no
denominador, apenas os
meses em que os
medicamentos estavam
disponíveis
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

� Baseia-se nos dados de morbidade das


doenças para as quais os medicamentos
padronizados são utilizados.

� Considera:
� os dados populacionais de
prevalência ou incidência da
doença,
� os medicamentos padronizados
� os esquemas terapêuticos
comumente utilizados para esses
medicamentos.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

Vantagens:

Pode ser utilizado quando não existem informações sobre o


consumo

Pode ser útil quando ocorre a padronização de um novo


medicamento, tendo o cuidado para considerar a confiabilidade
dos dados epidemiológicos de frequência da doença.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

Desvantagens:

• Disponibilidade e confiabilidade dos dados epidemiológicos.

Como calcular:

Verificar os dados de frequência das doenças


nas diferentes faixas etárias.

• Geralmente, usa-se prevalência para doenças crônicas como


diabetes mellitus e hipertensão e, incidência, para doenças
infecciosas como conjuntivite ou diarreia;
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

Identificar a
posologia e o tempo
Calcular a
de tratamento para
necessidade mensal
o medicamento
padronizado;
MÉTODO CONSUMO AJUSTADO

� Aplicado em
situações em que
não se tem
disponibilidade
alguma de dados
(consumo,
demográficos e
epidemiológicos).
Vantagens:
MÉTODO • Pode ser útil para
CONSUMO projeção de necessidades
AJUSTADO orçamentárias em
unidades de saúde

Desvantagem:

• Estimativa grosseira da
demanda, pois não levam
em consideração
quaisquer parâmetros
locais
MÉTODO CONSUMO
AJUSTADO

� Selecionar o serviço ou a área considerada padrão


(local e condições semelhantes aos da área ou serviço
para o qual se deseja extrapolar os dados);
� Determinar o período em que se fará a revisão de dados;
� Determinar o denominador a ser utilizado para o serviço
padrão (ex: número de habitantes);
� Determinar a taxa de consumo para cada medicamento no
serviço padrão;
� Extrapolar a taxa de consumo para a unidade-alvo,
multiplicando essa taxa pelo número de pacientes da
unidade-alvo.
MÉTODO CONSUMO
AJUSTADO

� Calcular a quantidade de frascos do colírio solução


oftálmica de tobramicina 3 mg para atender as
necessidades mensais do serviço de um hospital de
oftalmologia, que será implantado no município de
Água Fria/BA, com 14.966 habitantes, segundo
estimativa do IBGE (BRASIL, 2010a), utilizando o método
do consumo ajustado.
MÉTODO CONSUMO
AJUSTADO

� Levantamento das fichas cadastrais dos usuários em


tratamento com o medicamento de um outro hospital,
em um outro município da região

� 12.567 habitantes, o consumo é de 35 frascos.


� Exemplo:
MÉTODO
CONSUMO 35 frascos – 12.567 habitantes
X – 14.966 habitantes
AJUSTADO X = 42 frascos/mês
PROGRAMAÇÃO
Para todos os métodos
de programação
existem vantagens e
desvantagens.

Recomenda-se uma
combinação de
métodos para se obter
uma programação mais
adequada.
CONTROLE DE
ESTOQUE
� Sistema eficiente de controle de
estoque que apresente, de
maneira satisfatória, informações
sobre:

� a posição dos estoques,


� os dados de consumo,
� a demanda,
� o percentual de cobertura,
� os gastos efetuados com
medicamentos e o
quantitativo financeiro de
perdas de medicamentos
CONTROLE DE
ESTOQUE

� SEM INFORMAÇÃO, NÃO HÁ


GERENCIAMENTO

� Exercício do controle físico e


registro de todas as operações
realizadas (entradas e saídas),
informações precisas a respeito
do saldo existente em estoque.

� Todas as informações são


imprescindíveis para um
adequado processo de
programação.
FUNÇÃO E OBJETIVOS DO
ESTOQUE

� Como empresa, atingir o lucro máximo sobre o capital


investido na instituição e nos equipamentos, em
financiamentos de melhorias, em reserva de caixa e em
estoque.

� Dinheiro investido em estoque


� utilizado para a conveniente prestação de serviços aos clientes, o
que certamente aumentará o retorno dos investimentos
efetuados
Determinar o que deve
permanecer em estoque
(número de itens)

Determinar quando se devem


reabastecer os estoques
(periodicidade).
PRINCÍPIOS
Determinar quanto de
BÁSICOS estoque será necessário para
PARA O um período pré determinado.
CONTROLE
Acionar o departamento de
DE ESTOQUE compras para executar a
aquisição de estoque.
Receber, armazenar e atender os
materiais estocados de acordo com as
necessidades.

Controlar os estoques em termos de


quantidade e valor, e fornecer
informações sobre posição do estoque.

PRINCÍPIOS
BÁSICOS Manter inventários periódicos

PARA O
CONTROLE Identificar e retirar do estoque os itens
obsoletos ou danificado
DE ESTOQUE
CUSTOS DE
ESTOQUE
� Todo e qualquer armazenamento de
material gera determinados custos:
� juros;
� depreciação;
� aluguel;
� equipamentos de movimentação;
� deterioração;
� obsolescência;
� seguros;
� salários;
� conservação.
CUSTOS DE
ESTOQUE

� Esses custos podem ser agrupados


em diversas modalidades:
� custos de capital (juros,
depreciação);
� custos com pessoal (salários,
encargos sociais);
� custos com edificação (aluguel,
impostos, luz, conservação);
� custos de manutenção
(deterioração, obsolescência,
equipamentos).
NÍVEIS DE
ESTOQUE
� O cálculo dos níveis de
estoque toma por base
algumas variáveis:

� Consumo Médio Mensal


(CMM)
� quantidade referente à
média aritmética das
retiradas mensais do
estoque (devem ser
utilizados os valores
relativos a, no mínimo, os
últimos seis meses).
CONSUMO MÉDIO MENSAL

� Para fins de controle de estoque, são utilizadas técnicas quantitativas


para o cálculo da previsão, entre elas o método da média móvel

CM = C1+ C2 + C3...... +Cn


n

Em que:
CM = consumo médio
C = consumo nos períodos anteriores;
n = número de período
NÍVEIS DE ESTOQUE

� Intervalo de Suprimento ou Tempo de Reposição (TR)


� intervalo entre dois suprimentos (depende das quantidades
compradas, do tempo de entrega dos fornecedores e do
consumo médio).

� Estoque Mínimo (Emín)


� também chamado de estoque de segurança, é a quantidade
mínima que deve ser mantida em estoque;
� destina-se a cobrir atrasos no suprimento, de modo que se
garanta o funcionamento ininterrupto do processo produtivo, sem
o risco de faltas.
NÍVEIS DE ESTOQUE

� Para o cálculo do estoque mínimo, podemos recorrer à


fórmula simples ou ao método de rotatividade

Emín = CMM × K

Emín= estoque mínimo;


CMM = consumo médio mensal;
K = fator de segurança arbitrário para garantia contra ruptura
(em termos porcentuais).
Por exemplo: CMM = 60 caixas; K = 0,9 (90% de garantia).
NÍVEIS DE ESTOQUE

Por exemplo:
CMM = 60 caixas;
K = 0,9 (90% de garantia)

Então:
Emín = 60 × 0,9 = 54 caixas
NÍVEIS DE ESTOQUE

� Ponto de Pedido (PP): ponto em que se verifica se o saldo disponível está


abaixo ou igual a certa quantidade, que determina a necessidade de
um novo suprimento. Pode ser calculado pela seguinte fórmula:

PP = CMM × TR + Emín

Em que:
PP = ponto de pedido;
CMM = consumo médio mensal;
TR = tempo de reposição; Emín = estoque mínimo
� Por exemplo:
CMM = 20 caixas;

NÍVEIS DE TR = 2 meses;
Emín = 20 caixas.
ESTOQUE
Então:
PP = (20 × 2) + 20 = 60 caixas

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