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ATENÇÃO

FARMACÊUTICA NO
USO DE
ANTIMICROBIANOS
Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica.
Edson Luiz de Oliveira
• Farmácia – Universidade Estadual de Londrina
• Aperfeiçoamento em Farmacologia - UFPR
• Especialização em Fisiologia – UFPR
• Mestrado em Fisiologia – UFPR
• Especialização em Farmácia Clinica e Hospitalar
• Doutoramento em Ciências Médico-Cirúrgicas-UFC
• Professor do Curso de Farmácia
• Preceptor de Estágio em Farmácia Comunitária
• Convidado para avaliação clínica de Pacientes em
UTI - HUWC
• Professor Palestrante do MEAC, HUWC e HGF
• Professor do Curso de pós-graduação em Farmácia
Edson Luiz de Clinica e Prescrição
• Professor do Curso de pós-graduação em
Oliveira Enfermagem – Farmacologia e Fisiologia
• Professor de Semiologia e Semiotécnica –CRF-CE
CRF-CE 6030 • Membro da Comissão de Ensino – CRFCE
• Membro da Comissão de Farmácia Clínica e
Prescrição Farmacêutica - CRFCE
• Membro do FCEFC- Fórum dos Educadores em
Farmácia Clínica
Objetivos da aula
• Avaliar aspectos Fisiológicos e Farmacocinéticos em Pediatria
• Doses em Pediatria
• Cuidados Farmacêuticos ao Paciente Pediátrico
Objetivos da aula
Desenvolver competências que permitam o farmacêutico atuar
de forma efetiva na atenção farmacêutica de pacientes em uso
de medicamentos antimicrobianos, entre estes os antibióticos,
os antifúngicos e os antiprotozoários. Tais competências devem
se fundamentar em habilidades clínicas de atenção primária à
saúde e em conhecimentos específicos sobre os medicamentos
antimicrobianos e as consequências do seu uso.
Bactérias
❑Célula Bacteriana
❑Célula Bacteriana
❑Célula Bacteriana
❑Célula Bacteriana
Protozoários
Fungos
Fungos : Leveduras
Bolores
Combinação (dimórficos)
Fungos X Seres Humanos :

✔ Eucariotos
✔ Semelhança filogenética
✔ Vias metabólicas homólogas
PV Malassesia furfur
Tinea cruris

Tinea pedis

Tinea capitis

Tinea corporis
Antiprotoários
FÁRMACOS ANTIPROTOZOÁRIOS

Parasito Fármaco

Entamoeba Metronizadol, tinidazol, secnidazol e


histolytica/E. dispar nitazoxamida
Giardia lamblia Metronidazol, tinidazol e nitazoxamida

Trichomonas Metronizadol e tinidazol


vaginalis
Leishmania spp. Estibogliconato de sódio, anfotericina,
isetionato de pentamidina
Balantidium coli Metronidazol e Tetraciclina
FÁRMACOS ANTIPROTOZOÁRIOS

Parasito Fármaco

Plasmodium falciparum, P. vivax, P. Artesimisina, cloroquina,


ovale e P. malariae meftoquina, quinina,
quinidina, pirimetamina e
sulfadiazina
Crysptosporidium parvum e Nitazoxanida
Cystoisospora belli
Cyclospora cayetnensis Ciprofloxacino,
sulfematoxazol + trimetropina
Toxoplasma gondii Pirimetamina + sulfadiazina
Encephalitozoon bieneusi, E. Albendazol
intestinalis (Microsporídios
intestinais)
Metronidazol ✔ 2-(2-methyl-5-nitro-1H-imidazol-1-yl)etanol
✔ Espectro amplo (vaginose, endocardite,
doença inflamatória pélvica , tricomoníase ,
amebíase ...)
✔ Afeta a síntese do DNA – desestabilização da
dupla hélice (estado reduzido)
✔ Alto risco no inicio da gestação/Risco B após
o primeiro trimestre
✔ Efeitos adversos comuns: náusea, sabor
metálico, perda de apetite e cefaleia
✔ Não deve ser ingerido com álcool (reação
semelhante ao dissulfiram – rubor, náusea,
vômito, taquicardia e taquipnéia)
✔ Inibição das enzimas CYP 2C9 e CYP 3A4.
Metronidazol
✔ Interações Medicamentosas:
1. carbamazepina, bussulfano e fluorouracil –
aumento dos níveis plasmáticos (efeitos de
toxicidade)
2. Colestiramina e fenobarbital – redução dos
efeitos do metronidazol
3. Varfarina e Dicumarol – risco de
sangramento aumentado
4. Micofenolato de Mofetil* – redução dos
efeitos na presença do metronidazol
* inibidor da enzima inosinomonofosfato-
desidrogenase (IMPDH) – síntese de guanina
✔ Cuidados Farmacêuticos: essencial para atividade dos Linfócitos B e T
1. Não é indicado para tratamento de
infecções pleuropneumonares (aero
(imunomodulador/rejeição de transplante)
e ana)
2. Boa penetração em LCS e abscesso
3. Pode ocasionar desmaio e sonolência
(evitar dirigir ou efetuar outras
atividades)
4. Pode escurecer a urina
Profilaxia Toxoplasmose

✔ Sulfadiazina 500 mg 2 cp /dia

✔ Pirimetamina 25 mg 1 cp/dia

✔ Ácido Folínico 15 mg/dia

✔ Para indivíduos que possuem


hipersensibilidade à Sulfadiazina:

▪ Clindamicina 600 mg 12/12 ou


▪ Claritromicina 500 mg 12/12 ou
▪ Azitromicina 500 mg/dia
Tricomoníase

✔ Tratamento : mulher e parceiro

o Grávida
o Primeiro Trimestre : Metronidazol ou Tinidazol creme vaginal por 7 noites
o Após 12ª semana:
▪ Tinidazol e Secnidazol (alterantiva)
▪ Metronidazol 400 mg VO 12/12 hs 7 dias
250 mg VO 8/8 hs 7 dias
500 mg VO 12/12 hs 7 dias

o Não grávida
o Metronidazol 2 g VO, dose única
o Metronidazol 500 mg VO 8/8 hs por 7 dias
o Secnidazol 2 g VO, dose única
o Tinidazol 2 g, VO, dose única
Antifúngicos
Anfotericina B
Mecanismo de ação Modificação da permeabilidade seletiva da membrana
plasmática
Principal toxicidade Nefrotoxicidade
Principais indicações ✔ Micoses sistêmicas (candidíase invasiva,
clinicas criptococose, Pbmicose, histoplasmose)
✔ Terapêutica empírica na neutropenia febril
✔ Micoses superficiais refratárias a outros
antifúngicos

Apresentações ✔ AnfoB – deoxicolato (Fugison)


✔ Anfo B dispersão coloidal (Amphocil)
✔ AnfoB complexo lipídico (Abelcet)
✔ Anfo lipossoma (Ambisome)
Anfotericina B (Lipossomal) Cuidados farmacêuticos:
✔ Menor
nefrotoxicidade
✔ Monitorar provas de
função hepática,
ureia, creatinina,
eletrólitos,
hemograma, sinais de
hipocalemia,
temperatura
✔ Pré-tratar o paciente

Reações sistêmicas imediatas (“tempestade de


citocinas” - TNFa e IL-1)
❑ Febre, calafrios, tremores musculares e hipotensão
❑ Minimizar (pré-tratamento) –paracetamol, AINES e hidrocortisona
Nistatina
Cuidados farmacêuticos:
✔ Os pacientes com infecção oral por Candida albicans
devem manter boa higiene oral, principalmente os idosos
que utilizam próteses
✔ Manter o tratamento sob orientação médica (tempo de
uso)
✔ Em bebês, aplicar a suspensão oral com auxílio de uma
gaze
✔ Não é efetivo contra Tinea corporis
✔ Sem efeitos sistêmicos (não é absorvido em mucosas e
pele íntegra/pouco absorvido no TGI)
Azóis
✔ Imidazólicos:
▪ Clotrimazol
▪ Cetoconazol, miconazol, econazol, isoconazol, tioconazol
e oxiconazol

✔ Triazóis
▪ 1ª geração: Fluconazol e Itraconazol
▪ 2ª geração: Terconazol, Saperconazol e Electrazol
▪ 3ª geração: Voriconazol, posaconazol e Ravuconasol
Aliaminas e Benzilaminas
São quimioterápicos sintéticos derivados do naftaleno com
uma cadeia lateral insaturada amínica. São compostos
lipossolúveis, o que determina grande deposição em
membranas biológicas. Seus principais representantes são:
naftilina, butenadina e terbinafina.

Terbinafina (alilaminas) Butenafina (Benzilaminas)


Síntese ergosterol
Acetil-CoA

HMG-CoA
Ergosterol
14α-esterol
desmetilase Imidazólicos
Mevalonato
Triazólicos
Alilaminas
Benzilaminas
Esqualeno
Esqualeno
epoxidase
“Restrito para micoses cutâneas
Miconazol causadas por dermatófitos e
Candida, e para infecções
vaginais. Não é substância de
primeira escolha para tratamento
de infecções do couro cabeludo,
barba e unhas. Penetra no estrato
Creme, pomada, pó, solução
córneo onde persiste durante
(1 a 2%) deve ser aplicado 2 mais de 4 dias, e a absorção
vezes ao dia (mínimo 14 dias) sistêmica por via cutânea ou
Óvulos vaginais (400 mg)
deve ser utilizado 1 ao dia vaginal é mínima”
por 6 dias
Cetoconazol
Aspectos farmacológicos ✔ Disponível para uso via oral com biodisponibilidade
variável por esta via
✔ Solúvel em pH ácido
✔ Uso concomitante de bloqueadores H2 ou inibidores de
bomba de prótons prejudica sua absorção e eficácia
✔ Biotransformação hepática, com eliminação biliar
✔ Eliminação renal muito baixa

Reações adversas ✔ Hepatotoxicidade - (AST (aspartato aminotransferase)


e ALT (alanina aminotransferase)
✔ Absorção errática e perfil de interação medicamentosa
quando comparado a outros azólicos mais modernos
Fluconazol (Triazólico)
Por ser hidrossolúvel tem
absorção oral independente do
pH, se liga pouco a proteínas
plasmáticas (11%), é excretada
quase que totalmente por via real
e apresenta boa penetração
tecidual
Apresentação oral e
endovenosa (não empregar por Primeira substância de escolha no
via SC e IM) tratamento de Neurocriptococose
A presença de alimento retarda
a absorção, mas não afeta a
e Candidíase oral, esofágica e
extensão total vaginal
Itraconazol (Triazólico)

As concentrações no fígado,
pulmão superam o nível sérico,
porém não possui penetração no
SNC
Apresenta amplo espectro de
atividade, mas não é mais eficaz
para candidíase que a
Disponível em cápsula, solução
oral, endovenosa e pomada. anfotericina B, e atua bem sobre
A absorção oral é feita em meio outras micoses sistêmicas (H,B,A),
ácido e melhora quando
administrada próxima ou junto
além de atuar em anicomicose
às refeições
Voriconazol (Triazólico)
Potente atividade contra ampla variedade de
fungos:
Voriconazol (Triazólico)
Cuidados Farmacêuticos:
1. Não atinge concentração terapêutica na urina
2. Sua formulação oral contém galactose, e seu uso não está
indicado para indivíduos que tenham intolerância a
galactose
3. Corrigir todos os distúrbios hidroeletrolíticos antes de
iniciar o tratamento (risco de arritmia cardíaca)
4. Não é efetivo contra zigomicose
Alialminas e Benzilaminas
✔ Biodisponibilidade oral = 40%
✔ Meia-vida : 300 h (acúmulo extensa pele, unhas e
gordura)
✔ Tratamento dermatófitos
✔ Menos efetivos no tratamento da Candidíase
Saiba que... A presença de alimento favorece a
biodisponibilidade. A ação antifúngica é atingida
em 2 semanas
Aliaminas e Benzilaminas
✔ Forma oral – Onicomicose e Tinea (corpo, crual,
pé e couro cabeludo)
✔ Não é recomendada para pacientes com
insuficiência hepática ou gestantes

✔ Níveis plasmáticos aumentam com


coadministração de cimetidina (inibidor da P450)

✔ Níveis plasmáticos diminuem com


coadministração de rifampicina (indutor da P450)
Aliaminas e Benzilaminas
Cuidados Farmacêuticos:
1. Apresenta sinergismo com Azois e Anfotericina B
(tratamento Aspergillus)
2. Orientar , no caso de pé de atleta, na troca de meias e
sapatos ao menos uma vez ao dia
3. O uso em nádegas, mamas e região inguinal poderá ser
recoberto com gaze, principalmente à noite.
4. Tratamento tópico da pitiríase versicolor (tratamento por
via sistêmica não é efetivo)
5. No atua nas onicomicoses por cândida
6. Alternativa para a esporotricose cutânea
Ciclopirox/Olamina

Hidroxipirodona que apresenta a


propriedade de quelar íons di e
trivalentes necessários para a
atividade enzimática e da cadeia
respiratória das células fúngicas
Indicada no tratamento de
Supressão da captação de
micoses cutâneas causadas por aminoácidos e outros nutrientes,
dermatófitos e leveduras inibição da síntese de parede e a
Taxa de cura de até 90% para
tratamento de micoses célula estaciona em G1 e S
cutâneas
Ciclopirox/Olamina + Fluconazol
Ciclopirox/Olamina + Fluconazol
Equinocandinas
Caspofungina, Anidulafungina e Micafungica
Mecanismo de ação
Inibem a síntese de 1-3-β-D-glucana, principal componente da
parede celular da maioria dos fungos
Principais espectros ✔ Infecções por Candida e Aspergillus
✔ Não apresentam concentrações na urina e no LCR, não
devendo ser usados nesses sítios

Caspofungina ✔ Sem necessidade de dose de ataque


✔ Biotransformação hepática como a da caspofungina
Micafungina ✔ Sem necessidade de dose de ataque
✔ Biotransformação hepática como a da caspofungina
Anidulafungina ✔ Semelhante a caspofungina, mas sem apresentar a
mesma biotransformação hepática (pode ser usada em
hepatopatas com mais segurança)
Equinocandinas

✔ Cuidados Farmacêuticos
• Não atinge concentrações terapêuticas na urina
• Sinérgica com itraconazol, posaconazol, anfoterecina B e
terbinafina
• Monitorar reações infusionais (rash, prurido, edema facial,
vermelhidão), administração lentamente (1 hora)
• Uso off label em pediatría (infecção de Repetição Das Vias
Aéreas Superiores em Pediatria -IRVAS)
PREPARAÇÕES TÓPICAS DE SUBSTÂNCIAS ANTIFÚNGICAS
INESPECÍFICAS
Ácidos e sais ✔ Ácido undecilênico : undecilenato de zinco – 1:4 a 1:10
✔ Ácido propiônico: proprionato de sódio 1:3
✔ Tiosulfato de sódio 25% com ácido salicílico 1%
✔ Cloreto de alumínio 30%
✔ Sulfeto de selênio 2,5%
✔ Permanganato de potássio 1:5000
✔ Tintura de iodo (iodo metaloide 2% e iodeto de sódio 2,4%
em 50% de etanol)

Queratinolíticos e ✔ Ácido benzoico 12% com ácido salicílico 6% (Unguento de


emolientes Whitfield)
✔ Propilenoglicol 50%
✔ Uréia 40%
Corantes ✔ Violeta de Genciana
Homem 54 anos foi admitido em UTI com quadro de pancreatite necrotizante.
Analise de TC demostrou presença de abscesso pancreático infectado sendo
iniciado o tratamento com meropenem e vancomicina. Após duas semanas de
tratamento, o paciente apresentou febre e a analise do leucograma indicou
leucocitose. O paciente também apresentou alterações hemodinâmicas e oliguria.
Foi iniciado o tratamento empírico com caspofungina para possível infecção
invasiva por Candida. A hemocultura demostrou presença de leveduras,
confirmando assim a suposição de candidíase. Por meio de técnica molecular de
PNA FISH ficou confirmado que a infecção era ocasionada por Candida
parapsilosis. Assinale a alternativa que apresenta a decisão da equipe clínica,
equipe multiprofissional, considerando que o paciente encontra-se
henmodinamicamente estável.
a) manter a terapêutica com caspofungina eliminando as leveduras sensíveis
b) alterar para voriconazol 6 mg/kg a cada 12 horas
c) alterar para anfotericina lipossomal 5mg/kg/dia
d) alterar para fluconazol 400 mg EV diariamente
Antibacterianos
Eucarioto Bactérias Bactérias Par. IC Vírus
s Mico Gram
Fungos bactérias positivas Clamídias Riquétsias RNA
Gram
negativas DNA

Azóis T P
Alilaminas -Inibidores não
Sulfonamidas Nucleosídicos de
Ciclo-
Cefalosporina Transcriptase
heximida
E Quinolonas reversa
Polienos
Polioxinas - Inibidores de
Análogos Tetraciclina Tetraciclina - proteases
de ácidos
- Análogos
nucléicos
Nucleosídicos
I - Interferon
PO V

(T – Tobramicina) (P – Penicilina) (E – Estreptomicina) (I- Isoniazida) (PO – Polimixina)


(V- Vancomicina)
INTRODUÇÃO
❑Antibacterianos:
Fármaco Eficaz Eficaz Eficaz contra Eficaz com
Classe de Eficaz contra
Antimicrobiano Representativo contra contra pseudomonas? MRSA anaeróbios?
gram- gram-
positivos? negativos?

Penicilinas Amoxicilina Sim Sim Não Não Sim


Cefalosporinas 1ª Cefalexina Sim Não Não Não Sim
geração
Cefalosporinas 2ª Cefuroxima Sim Sim Não Não Sim
geração
Cefalosporinas 3ª Ceftriaxona Sim Sim Não Não Sim
geração
Cefalosporinas 4ª Cefepima Sim Sim Sim Não Não
geração
Cefalosporinas 5ª Cetarolina Sim Sim Não Sim Não
geração
Carbapenem Imipenem Sim Sim Sim Não Sim

Monobactâmicos Azteronam Não Sim Sim Não Não

Antimicrobianos
INTRODUÇÃO
❑Antibacterianos:
Fármaco Eficaz Eficaz Eficaz contra Eficaz com
Classe de Eficaz
Antimicrobiano Representativo contra contra pseudomonas? MRSA contra
gram- gram- anaeróbios?
positivo negativos?
s?

Sulfonamidas Sulfametoxazol Sim Sim Não Sim Não

Tetraciclinas Doxiciclina Sim Sim Sim Sim Sim

Fluoroquinolonas Ciprofloxacino Sim Sim Sim Não Não

Nitrofuranos Nitrofurantoína Sim Sim Não Não Não

Macrolídeos Azitromicina Sim Sim Não Não Não

Aminoglicosídeos Gentamicina Não Sim Sim Não Não

Lincosaminas Clindamicina Sim Não Não Sim Sim

Glicopeptídeos Vancomicina Sim Não Não Sim Sim

Antimicrobianos
Penicilinas

6-D-amino-p-hidroxifenilacetamido

6-D-aminofenilacetamido
❑Monobactamas
❑Penicilinas:
Lista Parcial das Penicilinas
Natural: Aminopenicilinas de
Benzilpenicilinas (Penicilina G-protótipo) espectro prolongado:
Fenoxibenzilpenicilina (Penicilina V) ▪ Ampicilina
▪ Amoxicilina
Ureidopenicilinas :
Resistentes à β-lactamase: ▪ Piperacilina –PIPE-
Nafcilina PIPETAZO
Oxacilina ▪ Mezlocilina
Cloxacilina Carboxipenicilina:
Dicloxacicilina Ticarcilina
Cefalosporinas

Cefaclor Cefamandol

Ceftriaxona Cefixima
❑Cefalosporinas:
Gerações de Cefalosporinas
Primeira Geração: Ativa contra os cocos gram-positivos,
▪ Cefalozina (IV) incluindo estafilococos, penumococos e
▪ Cefalexina (VO) estreptococos. São particularmente eficazes
▪ Cefadroxil( VO) contra infecções de tecido mole e pele
Segunda Geração: Esses ATB têm diferenças marcantes em seu
▪ Cefuroxima (IV) a forma oral é espectro de atividade. Em geral, eles são
cefuroxima axetil ativos contra determinadas bactérias aeróbias
▪ Cefotoxina (IV) gram-negativas, em adição à diversos
▪ Cefotetona (IV) organismos gram-positivos sensíveis às
cefalosporinas de primeira geração. Alguns
agentes são ativos contra Haemophilus
influenzae (p. ex. cefuroxima), enquanto
outros são ativos contra Bacteriodes fragilis
(p. ex. cefotoxina)
❑Cefalosporinas:
Gerações de Cefalosporinas
Terceira Geração: Espectro gram-negativo aeróbio expandido.
▪ Cefotaxima (IV) Atravessam a BHE. Eficazes contra cepas de
▪ Ceftazidima (IV) bactérias resistentes a outros fármacos
▪ Ceftriaxona (IV)
Quarta Geração: Geralmente, tem atividade semelhantes às
▪ Cefepima cefalosporinas de terceira geração, mas maior
resistência às β-lactamases. Também tem
cobertura para pseudomonas.
Quinta Geração: Eficazes contra bactérias gram-positivas e
▪ Ceftarolina MRSA
▪ Ceftobiprol
Quinolonas
(DNA girase)

Em bactérias gram-positivas observa-se a interação da molécula de DNA com a


enzima topoisomerase IV. Nas bactérias gram-negativas ocorre interação entre a
molécula de DNA e a enzima girase ou topoisomerase II.
❑Quinolonas:
Gerações de Quinolonas
Primeira Geração: ✔ Baixa concentração plasmática e tecidual
▪ Ácido Nalidíxico ✔ Não é empregado em infecções sistêmicas
▪ Ácido Pipemídico ✔ Sem atividade contra Pseudomonas aerugino,
▪ Ácido Oxilínico organismos gram-positivos e anaeróbios
▪ Cinoxacino
Segunda Geração: ✔ Concentrações plasmáticas e teciduais ideais.
▪ Ciprofloxacino ✔ Infecções sistêmicas
▪ Norfloxacino ✔ Ativo contra organismos gram-negativos incluindo P.
▪ Levofloxacino aeruginosa; pouca atividade frente Streptococcus
▪ Ofloxacino pneumoniae e sem atividade contra anaeróbios

Terceira Geração: ✔ Dose diária


▪ Gatifloxacino ✔ Ativo contra S. pneumoniae e pouco ativo contra P.
▪ Grepafloxacino aeruginosa
▪ Esparfloxacino
Terceira Geração: ✔ Ativo contra aeróbios e anaeróbios gram-positivos e
▪ Trovofloxacino organismos gram-negativos
▪ Moxifloxacino
▪ Gemifloxacino
Glicopeptídeos
Classificação dos Glicopeptideos

- Liga-se aos peptidoglicanos que compõem a parede celular (N- -metilglicosamina e ácido N-
acetilmurâmico) e aos peptídeos que fazem as ligações cruzadas entre essas moléculas,
inibindo a síntese da parede celular em bactérias Gram positivas.

✔ Vancomicina
✔ Teicoplanina
Terapia Antimicrobiana
❑Glicopeptídios:
Antibacterianos
Antibacterianos Mecanismo de ação Efeitos Adversos

Glicopeptídio Inibição da síntese da Vancomicina:


▪ Vancomicina (o, p) parede celular bacteriana ▪ Relativamente não tóxico
(bactericida) ▪ Febre , calafrios, rubor
relacionado com a infusão
(síndrome do “homem
vermelho”) são encontrados.
Degranulação de basófilo e
mastócito. Prurido, flushing e
eritema. Infusão lenta. Uso
de anti-histamínicos e se
persistirem os sintomas
emprego de inibidores H2
(cimetidina e ranitidina EV)
▪ Otoxicidade efeito raro

Antimicrobianos
Polipeptídeos

 Bacitracina
 Não é ativa contra P. aeruginosa

 Altemente nefrotóxica

 Utilizada por via tópica em associação (corticosteroides, nemicina


ou polimixina B) para ampliar o espectro de ação
Polipeptídeos

Polimixina B
 Ativa somente contra bactérias G -, especialmente P.aeruginosa,
(principal uso) E.coli, Klebisiella pneuminiae e Enterobacter
aerogenes.

 Uso parenteral muito limitado por ser extremamente nefrotóxica e


neurotóxica

 Uso indicado: infecções por P.aeruginosa quando os pacientes são


resistentes a outros fármacos, não toleram ou são alérgicos a eles.
Anfenicois (Cloranfenicol)
e Tetraciclinas
❑Cloranfenicol e Tetraciclinas :
Antibacterianos
Antibacterianos Mecanismo de ação Efeitos Adversos

Cloranfenicol Ligam-se aos ribossomos Cloranfenicol:


inibindo p processo de ▪ Distúrbios Gis, supressão
Tetraciclinas síntese de proteínas reversível da medula
▪ Tetraciclinas óssea, raramente anemia
(o,p) aplásica
▪ Oxitetraciclinas Tetraciclinas:
(o,p) • Distúrbios Gis e
▪ Doxiciclina (o,p) deformação de dentes e
▪ Metaciclina (o,p) ossos em crianças
▪ Minociclina (o,p)
TETRACICLINAS
Caracterizam-se pela presença do anel
octaidronaftaceno (quatro anéis
condensados)
Amplo espectro de ação (Gram-positivas,
Gram-negativas, riquétsias, micoplasma,
clamídias e alguns protozoários que causam
malária)
Gram-positivos, Gram-negativos, organismos aeróbios e anaeróbios,
micoplasmas e outros parasitas intracelulares

A fonte inicial foi a o processo de fermentação efetuado por micro-organismos do gênero


Streptomyces , sendo clortetraciclina e oxitetraciclina , as primeiras as serem
isoladas. A obtenção de tetraciclinas semissintéticas ocorreu a partir de 1970 destacando-
se doxicilina e minociclina.
Propriedades Farmacocinéticas das Tetraciclinas

Tetraciclina Coeficiente de Absorção Oral Excreção nas Ligação com


Partição (pH 5,6) (%) fezes (%) Proteínas
Plasmáticas
(%)
Tetraciclina 0,056 58 20-50 24-65
Oxitetraciclina 0,075 77-80 50 20-35
Clortetracicliina 0,41 25-30 .50 42-54
Demeclociclina 0,25 66 23-72 68-77
Doxiciclina 0,95 93 20-40 60-91
Minociclina 1,10 100 40 55-75

Propriedades Farmacocinéticas das Tetraciclinas


Tetraciclina Volume de distribuição Clearance renal Meia vida (horas)
(% do peso corporal) (mL/mim/1,73m2)
Tetraciclina 156-306 50-80 10
Oxitetraciclina 180-305 99-102 9
Clortetracicliina 149 32 7
Demeclociclina 179 35 15
Doxiciclina 63 18-28 15
Minociclina 74 5-15 19
Macrolídeos
Terapia Antimicrobiana
❑Macrolídeos, Cetolídeos e Oxazolidinonas :
Antibacterianos
Antibacterianos Mecanismo de ação Efeitos Adversos
Macrolídeos Ligam-se aos ribossomos Eritromicina e Claritromicina:
▪ Eritromicina (o,p) inibindo o processo de síntese ▪ Distúrbios GIs graves
▪ Claritromicina (o) de proteínas ▪ Hipersensibilidade
▪ Azitromicina (o) ▪ Inibição da P450 hepática

Cetolídeos Telitromicina:
▪ Telitromicina (o) ▪ Inibição da P450 hepática

Oxazolidinonas Linezolida:
▪ Linezolida (o,p) ▪ Trombocitopenia reversível

Antimicrobianos
Aminociclitois
(Aminoglicosídeos)
Terapia Antimicrobiana
❑Aminoglicosídeos, Espectinomicina e Lincomicinas :
Antibacterianos
Antibacterianos Mecanismo de ação Efeitos Adversos
Aminoglicosídeos Ligam-se aos ribossomos Aminoglicosídeos:
▪ Estreptomicina (p) inibindo o processo de síntese ▪ OToxicidade
▪ Neomicina (o) de proteínas ▪ Hepatotoxicidade
▪ Amicacina (p)
▪ Gentamicina (p) Clindamicina:
▪ Tobramicina (p,i) ▪ Distúrbios GIs
▪ Disfunção hepática
Espectinomicina ▪ Colite potencialmente Fatal

Lincomicinas
▪ Clindamicina (o,p)

Antimicrobianos
• Aminoglicosídeos
▪ Cuidados farmacêuticos (aminoglicosídeos)

abdominal grave
• Aminoglicosídeos
▪Cuidados farmacêuticos (aminoglicosídeos)
Sulfonamidas e Trimetoprima
Terapia Antimicrobiana
❑Sulfonamidas e Trimetoprima:
Antibacterianos
Antibacterianos Mecanismo de ação Efeitos Adversos
Sulfonamidas Sulfonamidas: análogos estruturais Sulfonamidas:
▪ Sulfadiazina (o) do ácido p-amino-benzoico (PABA) ▪ Disfunção de hipersensibilidade
▪ Sulfametizol (o) que inibem a enzima di- do trato urinária, anemia
▪ Sulfametoxazol (o) hidropteroato sintase bacteriana, hemolítica aplásica, síndrome de
▪ Sulfanilamida (t) bloqueando a síntese de ácido fólico Stevens-Jonson potencialmente
▪ Sulfisoxazol (t,o) e o crescimento celular fatal ( eritema multiforme ou
polimorfo)
Trimetoprima Trimetoprima: inibe seletivamente a Trimetoprima:
ácido di-hidrofólico redutase, ▪ Discrasias sanguíneas
bloqueando a síntese de ácido fólico (Leucopenia, agranulocitose ou
e o crescimento celular. Atua anemia aplástica
sinergicamente com sulfametoxazol,
com o qual é frequentemente
coadministrada. Bacteriostático

Antimicrobianos
CP, sexo feminino , 67 anos e com história médico marcada por DPOC, DM tipo II, DAC.
A paciente encontrava-se em UTI sendo intubada devido o agravamento da DPOC. A
paciente foi medicada (12 dias anteriores) com azitromicina. O quadro agravou-se e foi
verificado infiltração na base inferior do pulmão esquerdo, com exacerbação da
secreção, temperatura 38,8 oC e piora da oxigenação e a avaliação médica indica que a
paciente apresenta PAV (pneumonia associada a ventilação. O aspirado traqueal foi
encaminhado para avaliação laboratorial para identificação do agente causal do quadro
apresentado. Nessa UTI prevalece infecções por MRSA em 30% dos casos e o mais ativo
dos agentes beta-lactâmicos anti-pseudomonas (P. aeruginosa) mostra , através do
antibiograma, 80% de atividade. Qual o regime de tratamento empírico deve ser
aplicado a paciente?
a) azitromicina e moxifloxacino
b) cefepima associada a tobramicina, e vancomicina
c) ceftriaxona e azitromicina
d) Linezolida e tobramicina
Homem 74 anos foi admitido em UTI cirúrgica após cirurgia eletiva de quadril. O paciente apresenta
DPOC, no entanto não foi entubado após o procedimento. Durante a fase de convalescença
manifestou sinais e sintomas de infecção. Seus sinais vitais e resultados laboratoriais são os
seguintes: PAS 94/55 mmHg, FC 114 bat/min, temperatura 38,8 oC, leucograma 18X103/mm3 e lactato
3,2 mmol/L. A terapêutica empírica inicial foi piperacilina/tazobactan, vancomicina e foi
administrado 2 L de fluido cristaloide. Cultura múltipla foi solicitada. Uranalise revela piuria, esterase
leucocitária positiva e nitrito. Hemocultura e cultura de secreção pulmonar foram negativas, mas a
urocultura indicou presença de E. coli. O cateter urinário foi removido, e a vancomicina foi
descontinuada. No terceiro dia de antibioticoterapia, a suscetibilidade aos antibacterianos foi
analisada. A bactéria isolada apresenta resistência frente as cefalosporinas de terceira geração com
confirmação laboratorial de ESBL. Os resultados laboratoriais indicaram os valores de MIC:
piperacilina/tazobactan < 2mcg/mL (S); cefepima 4 mcg/mL (S); imipenem 0,5 mcg/mL (S) e
ciprofloxacino 1 mcg/mL (S). Os sinais vitais os resultados laboratoriais do paciente são o seguinte:
PAS 110/70, FC 98 bat/min, FR 30 ciclos/min, temperatura 37,1 oC e leucograma 9X103 células/mm3.
Qual a conduta mais apropriada:
a) alterar piperacilina/tazobactan para imipenem
b) continuar piperazilina/tazobactan
c) alterar piperacilina/tazobactan por cefepima
d) adicionar ciprofloxacino ao tratamento com piperacilina/tazobactan
PG, 33 anos, sexo feminino, histórico de hidrocefalia desde a infância e que utiliza
dreno para remoção do excedente de LCR. A paciente apresenta-se com temperatura
de 39,3 oC, alteração do estado metal e contagem de leucócitos de 19x10 3
células/mm3. TC não revelou alterações da estrutura ventricular, que justifica-se
alterações anatomofuncionais cerebrais. A análise do Fluido cérebro-espinal
demonstrou alta proporção de neutrófilos e baixa concentração de glicose. O
neurocirurgião associou o quadro a infecção vinculada com o dreno. Considerando o
quadro da paciente, qual regime empírico de antibacterianos deveria ser empregado.
a) Ceftriaxona e ampicilina
b) Ceftriaona e vancomicina
c) Piperacilina/tazobactan e tobramicina
d) Cefepima e vancomicina
Mulher 64 anos foi admitida em unidade médica com possível PAC (pneumonia
adquirida na comunidade). O tratamento inicial inclui emprego de ceftriaxona e
azitromicina. RX revelou infiltrado focal. A paciente apresenta-se dispinéica (33
ciclos/min). Os parâmetros fisiológicas PAS 90/50 mmHg, FC 101 batimentos/min , o
leucograma com 18 x 103 células/mm3 e o valor para lactato foi 4,2 mmol/L. Na
admissão da paciente foi avaliado o PCT. O resultado do PCT (procalcitonina) após 12
horas do início da terapêutica foi reavaliado. O resultado obtido foi de 0,1 mcg/L.
Considerando o resultado deve-se:
a) continuar a terapêutica com os antibacterianos citados
b) descontinuar a terapêutica
c) substituir por piperacilina/tazobactan
d) descontinuar somente a ceftriaxona.
Resistência Microbiana (Bacteriana)
MRSA (Methicilllin Resistant Staphylococcus aureus)

• Presente na pele sendo responsável por infecções


de pele.
• Primeira a apresentar resistência à penicilina
((1950)
• OMS – três quartos da sua versão MRSA seja
ultrarresistente e não responsa a vários tipos de
ATBs.
1997, isolamento de GISA (EUA – Michigam, Nova Jersey, Nova Iorque e
Illinois). Pacientes com infecção de repetição e desenvolveram infecção
por GISA (sem resposta clínica à Vancomicina)

Até, 1996, todas as


cepas de MRSA eram
universalmente sensíveis
aos glicopeptídeos 2002, isolamento de
S.aures com resistência
Primeira cepa GISA (CIM total aos glicopeptídeos
8mcg/mL)- Japão (GRSA, nos EUA)

1996 1997 2002

GISA – S. aureus com resistência intermediária aos glicopeptídeos

GRSA – S. aureus resistente aos glicopeptídeos

Fonte: Anvisa, 2010


KPC (Klebsiela pneuminiase carbapenemase)

• Presente nos intestinos e pode ocasionar


pneumonia e ITU
• Versão mais resistente (KPC) – sintomas como
febre, prostração, tosse e dores no corpo
• 2010, 18 óbitos em Brasília e no PR.
• 2013, seis dos doze pacientes com KPC no
Hospital Celso Pierro, em Campinas, morreram

"Eles morreram por causa de hemorragias, descompensação cardíaca. A infecção


comprometeu o quadro de evolução do paciente, mas não provocou diretamente"
Escherichia coli

• Presente no Intestino(s)
• Principal causadora de ITUs
• Primeiras evidências de resistência foram
identificadas nos anos de 1970
• Cerca de 25% das E. coli são resistentes ao grupo
de ATBs chamado quinolonas.
MDR-TB (Multi Drug Resistent Tuberculosis)

• Variável da Mycobacterium tuberculosis resistente a


mais de um ATB
• Numero expressivos de novos casos no mundo (2
milhões adicionais)
MDR-TB (Multi Drug Resistent Tuberculosis)
NDM-1 (New Delhi Metallobetalactamase)

• Enzima identificada em K. pneumoniae e E. coli


(origem India)
• 2009 – Europa, Austrália, EUA e América Latina
• 2014, cinco pacientes no RS foram infectados
(bactéria resistente a vários ATBs – inclusive
carbapenemico)
Saiba que...Prescrição em ITU
Cistite não complicada (mulher)

E. coli e outros gram-negativo, Proteus, Klebsiella


e Enterobacter
Staphylococcus saprophitycus

Nitrofurantoína - Evitar
100mg 12/12 (5 dias) nitrofurantoína em
Fosfomicina 3g pielonefrite e TGF <
SMX-TMP 800/160 40mL/min
(3 dias)
Nitrofurantoína – Categoria B*
* A nitrofurantoína é contraindicada (categoria X) a partir da 38ª semana de gestação, pois está relacionada a uma
elevado risco de anemia hemolítica no recém-nascido.
Cistite homem

Disúria, Polaciúria, Urgência e dor suprapúbica


Fluoroquinolonas
(Cipro 500 mg 12/12 h ou
Prostatite: Levo 750 750mg/dia)
Febre Cistite -7 a 14 dias –
Mialgia Prostatite aguda – 4
Dor pélvica semanas
Turvação Urinária Prostatite crônica – 30 dias
Devido à baixa penetração no tecido prostático, deve-se evitar a prescrição
de nitrofurantoína e de betalactâmicos em pacientes com ITU.
Opção de antibacteriano para o tratamento ambulatorial da pielonefrite em não gestantes

Antibacteriano Posologia Duração do Indicação da dose inicial IV


Tratamento
Ciprofloxacino 500 mg/cp 1cp 12/12 7 dias 1. Náuseas e vômitos
2. Resistência local às fluoroquinolonas superior
a 10%
Ciprofloxacino liberação 1 cp/dia 7 dias 1. Resistência local às fluoroquinolonas superior a
prolongada 1.000 mg/cp 10%

Levofloxacino 750 mg/cp 1 cp/dia 5 dias 1. Resistência local às fluoroquinolonas superior a


10%

SM-TMP 800/160 mg/cp 1 cp 12/12h 14 dias 1. Em todos os pacientes cuja suscetibilidade não
seja conhecida
Betalactâmicos : 1 cp 8-8 hs 10-14 dias 1. Em todos os paciente
amoxi/cla 500-125 mg/cp
; Cefaclor 250 mg/cp
Opção de antibacteriano para o tratamento hospitalar da pielonefrite em não gestantes

Fase do tratamento Antibacteriano Dose

Inicial Ciprofloxacino 400 mg IV 12/12h

Levofloxacino 250-500 mg IV, 1 vez ao dia

Ceftriaxona 1000 mg IV, 1 vez ao dia

Gentamicina 5 mg/kg 1 vez ao dia

Tobramicina 5 mg/kg 1 vez ao dia

Imipeném + 500 mg IV 6-6 hs


cilastatina
Descalonamento Ciprofloxacino 500 mg VO, 12/12 por 7 dias

Ciprofloxacino de 1000 mg VO, 1 vez ao dia por 7 dias


liberação prolongada
Levofloxacino 750 mg VO, 1 vez ao dia por 5 dias

SMX-TMP 800/160 VO 12/12 por 14 dias


Saiba que...Antibioticoprofilaxia Cirúrgica
(Pacientes alérgicos a Cefalosporinas)
Infecção no sítio cirúrgico constituem uma das
maiores causas de mortalidade pós-cirúrgica

Cefazolina – espectro de ação que cobre cocos


aeróbios gram-positivos e S. aureaus produtor de
penicilinase

Erupações Clindamicina
maculopapulares na associada com
pele, teste de Coomb’s gentamicina ou
positivo e febre, vancomicina IV,
enquanto urticária, ciprofloxacino,
eosinofilia e anafilaia levofloxacino e
são menos comuns aztreonam
Clindamicina (600-900 mg) é um dos ATBs com
maior atividade antimicrobiana sobre anaeróbios que
exercem papel fundamental nas infecções
associadas ao aborto séptico, que constituem
infecções ginecológicas e obstétricas

Mycobacterium
pneumoniae
Clindamicina (600 mg)
Gram positivos
+
Aeróbios gram-
Gentamicina (1,5 mg/Kg)
negativos
Para evitar infecções após colecistectomia e
cirurgias geniturinárias

Escherichia colo
Clindamicina (600 mg) Klebsiella
+ Proteus
Gentamicina (5 mg/Kg) S. enterococcus
IV 24 hs
Saiba que...Antibioticoterapia Pneumonia
✔ Os pacientes geralmente apresentam-se indispostos e febris e podem

apresentar sinais ou sintomas de infecção de tórax, dor no peito, tosse que

pode produzir catarro, cansaço e dificuldade ou dor ao respirar

✔ Auscultação do tórax pode revelar sons crepitantes e evidenciar a

consolidação até mesmo antes de estas alterações tornarem-se visíveis nos

raios-X (auxiliar importante no diagnóstico)

✔ Os pacientes com pneumonia geralmente apresentam sombras em uma ou

mais áereas do pulmão, indicando consolidação


Pneumonia de origem Bacteriana
✔Streptococcus pneumoniae ✔Chlamydia psittaci

✔Haemophilus influenzae ✔Legionella pneumophila

✔Mycoplasma pneumoniae ✔Coxiella burnetti

✔Chlamydia pneumoniae ✔Moraxella catarrhais


✔ Causa comum de óbitos entre idosos

✔ Complicações de infecção incluem a disseminação dos


organismos infectantes diretamente para sítios
extrapulmonares, como o espaço pleural, originando

epiema, ou indiretamente, por via hematogênica, para


outras partes do organismo
Infecções Virais – Distrib. anual

Seco
Fev. M A M J
1
RSV PARAINFLUENZA 2
3

ADENOVÍRUS

Dez. Jan. Fev Agosto Dez.

INFLUENZA A VARICELA-ZOSTER
Uso Racional de Antimicrobianos
Segundo a OMS,o Uso Racional de Antimicrobianos
pode se definir como: “aquele que maximiza os
efeitos terapêuticos clínicos, enquanto minimiza tanto
a toxicidade relacionada aos medicamentos quanto
ao desenvolvimento da resistência antimicrobiana”.

O conhecimento dos diferentes mecanismos de


resistência e sua interpretação clinica-laboratorial é
essencial para a escolha terapêutica mais adequada
O SUCESSO NA TERAPÊUTICA ANTIMICROBIANA DEPENDE DE 3 ELEMENTOS:
FÁRMACO, HOSPDEIRO E ORGANISMO

MICRO-ORGANISMO

SENSIBILIDADE DOENÇA

EFICÁCIA

FÁRMACO PACIENTE
FARMACOCINÉTICA
USO INAQUEDAO DE ANTIMICROBIANOS
ESCOLHA INCORRETA
DOSAGEM INADEQUADA
TEMPO DE UTILIZAÇÃO INCORRETO
UTILIZAÇÃO DE TERAPÊUTICA DE PROVA EM
PACIENTES FEBRIS SEM DIAGNÓSTICO
DEFINIDO
VIA DE ADMINISTRAÇÃO INADEQUADA
Princípios de regem o uso de antimicrobianos
Estratégias para uso racional
Uso racional de Antimicrobianos
Conhecimento do espectro de ação Não dever ser por tempo prolongado (exceto
condições especiais)
Diagnóstico bacteriológico Adesão ao tratamento
Terapêutica dirigida Ajustar a forma administração
Sensibilidade dos micro-organismos Ambulatórios – uso oral
Hiperssenbilidade ao ATBs Profilaxia pré-operatória deve seguir normas
(tempo não deve ser prolongado)
Terapia combinada em situações específicas Monitorização de antimicrobianos
(M. tuberculosis) nefrotóxicos (aminoglicosídeos e
vancomicina)
Febre , isolada, não é indicativo de infecção Avaliar interações
que exija ATBs
Avaliar resposta em 72 hs Evitar ATB uso tópico (exceto infecções
oculares e cutâneas)
Avaliação da eficácia da antibioticoterapia
Orientações para uma Caso a antibioticoterapia não esteja
antibioticoterapia eficaz sendo eficaz, reavalie
✔ Todos os antibióticos contribuem ✔ Presença de infecção não
para a pressão seletiva e seleção bacteriana (infecção viral, por
de micro-organismos resistentes eemplo)
✔ Antibióticos de espectro restrito são ✔ Adequação a dose empregada
sempre mais efetivos e selecionam
menos organismos resistentes
✔ A utilização de dados ✔ Perfil farmacocinético inadequado (o
microbiológicos é sempre fármaco não atinge o sítio
recomendada, em contraposição à infeccioso)
terapia empírica ✔ Diminuição da imunidade do
paciente por fármacos
(cortcosteróides, por exempl) ou
comorbidades (neoplasias, por
exemplo)
✔ Utilize sempre consensos e ✔ Presença de cepas (linhagens)
diretrizes atualizados como resistentes
referência terapêutica
• Educar os • Reduzir o uso de
profissionais de antimicrobianos
saúde na pecuária

Aumentar a
Ampliar o disponibilidade
acesso aos dos
antimicrobianos medicamentos
essenciais

Disponibilizar
Acesso a medicamentos
profilaxia efetivos para os
mais pobres
• Contenção da • Investir na
resistência em descoberta de
ambiente novos
hospitalar antimicrobianos
Problemas relacionados ao uso de
Antimicrobianos (reações adversas e
interações medicamentosas relevantes)
❑Penicilinas: - Ampicilina

Toxicidade direta é reduzida,


de forma que a maior
preocupação com essa
classe de antibacterianos
refere-se as reações
alérgicas. Avaliar uso
anterior. Pacientes com
Eptein-Barr (mononucleose)
– ocorrência de rash
❑Penicilinas:

Ampicilina
Alopurinol Pode desencadear reações alérgicas
cutâneas
Contraceptivos orais Podem ter seus efeitos reduzidos
Probenicida Podem aumentar os níveis séricos da
ampicilina
Aminoglicosídeos (CAGENTO) Podem ter sua eficácia diminuída se
administrados concomitantemente com
penicilina

Atenolol Podem ter seus efeitos reduzidos


(intervalo de 1 hora)
Omeprazol e Lanzoprasol Podem reduzir a eficácia das penicilinas
❑Penicilinas: - Am0xicilina
Segurança é grande,
excetuando-se as reações
alérgicas, que podem
ocorrer com qualquer
penicilina. Por apresentar
maior absorção intestinal, os
efeitos de inversão da
microbiota e diarreias
associadas são menos
frequentes do que com
ampicilina
❑Penicilinas:

Amoxicilina
Alopurinol Pode desencadear rash cutâneo

Aminoglicosídeos (CAGENTO) Podem apresentar perda da eficácia


concomitantemente com amoxicilina
Metotraxato Pode desencadear quadros de
toxicidade do MTX
Probenicida Pode aumentar as concentrações
plasmáticas da moxicilina
Venlafaxina Pode desencadear síndrome
serotoninérgica (tremores, rigidez
muscular e taquicardia)

Varfarina Pode resultar em aumento do efeito


anticoagulante
❑Penicilinas: Ureidopenicilinas - Piperacilina

Interações medicamentosas
Aminoglicosídeos Pode resultar em perda
(GNET) da eficácia do
aminoglicosídeo
Probenicida Pode resultar em
aumento nos efeitos da
piperacilina/tazobactan
Vecurônio Pode resultar em
prolongamento no efeito
de bloqueio muscular
❑Penicilinas: Carboxipenicilina - Carbecilina

Interação medicamentosa
Ácido clavulânico - Sinergismo (inibição da enzima
betalactamase)
- P aeruginosa (granulicitopenia e fibrose
cística)

Aminoglicosídeos - Sinergismo (favorece a penetração dos


aminoglicosídeos – penicilinas inibem a
formação da parede celular)
- Incompatíveis in vitro na mesma seringa
ou infusão IV

Cefalosporinas - Ação aditiva ou parcialmente sinérgica


(divisão de opiniões)

Probenicida - Níveis mais altos e prolongados


❑Penicilinas: Carboxipenicilina - Ticarcilina
Interações medicamentosas
Aminoglicosídeos (TAGE) Inativação da ticarcilina se
administrado
concomitantemente

Anticoncepcionais orais Diminuição da eficácia do


anticoncepcional
Probenicida Pode ocorrer aumento dos
níveis plasmáticos da
ticarcilina

Saiba que...
Com aminoglicosídeos, administrar com intervalo de 1 hora
Monitorar sinais de extravasamento, balanço hídrico e efeitos adversos
(principalmente dermatológicos e gastrintestinais) do medicamento
❑Cefalosporinas - Cefalexina
Rash cutâneo está bem
documentado, em especial
pacientes com mononucleose
Distúrbios gastrointestinais
ocorrem em 2% dos
tratamentos, com elevação
transitória de enzimas
marcadoras de função hepática

Interações medicamentosas
O uso concomitante aumenta os níveis e a atividade da
METFORMINA, por diminuir sua secreção tubular
❑Cefalosporinas - Cefaclor
As reações de hipersensibilidade
podem ocorrer em 2% dos
tratados; os distúrbios
gastrointestinais respondem por
3% das reações, com elevação
transitória das enzimas de função
hepática

Interações medicamentosas
Não há interações medicamentosas importantes destacadas na
literatura. Atenção deve ser dada as fármacos com excreção renal,
associados ao cefaclor, no paciente com insuficiência
❑Cefalosporinas - Ceftriaxona
Podem ocorrer flebites locais
(2%), rashes cutâneos (2%),
neutropenia (2%) e eosinofilia
(6%). Náuseas, vômitos, diarreia
(3%), desconforto abdominal e
colite também podem ocorrer.
Pode haver hepatotoxicidade
transitória. Em neonatos,
deslocamento da bilirrubinas

Interações medicamentosas
Quando utilizada a via intravenosa, não deve ser administrada com
soluções ricas em cálcio (gliceptato de cálcio, cloreto de cálcio, solução de
Ringer, solução de Ringer + lactato, acetato de cálcio e gliconato) pelo
risco de ocorrer precipitação de ceftriaxona cálcica em neonatos
❑Carbapenêmicos – Imipenem e Meropenem
Pode desencadear convulsões
em pacientes neurológicos ou
com infecções no SNC,
possivelmente por ação
GABAérgica. Outros efeitos
adversos incluem flebite local
(2%), rashes cutâneos (2%),
náuseas e vômitos (2%)

Interações medicamentosas
O uso associado a ganciclovir aumenta a possibilidade de convulsões.
Diminui concentrações de ácido valpróico, reduzindo a atividade
anticonvulsivante. Pode aumentar as concentrações de ciclosporina, com
aparecimento de agitação, confusão e tremores
❑Glicopeptídeos - Vancomicina
✔ Febre , calafrios, rubor
relacionado com a infusão
(síndrome do “homem
vermelho”) são encontrados.
Degranulação de basófilo e
mastócito. Prurido, flushing e
eritema. Infusão lenta. Uso
de anti-histamínicos e se
persistirem os sintomas
emprego de inibidores H2
(cimetidina e ranitidina EV)
✔ Otoxicidade efeito raro

Interações medicamentosas
Todos os agentes nefrotóxicos guardam potencial interação
medicamentosa com vancomicina. O uso desse antibiótico com
aminoglicosídeos (gentamicina, p. e.), anfotericina e diuréticos pode
aumentar a nefrotoxicidade
❑Macrolídeos - Eritromicina

A presença de alimentos causa variações nos níveis plasmático do medicamento

Instável no pH estomacal – presença de cetona e


2 hidroxilas (álcool) com formação de cetal

Efeitos adversos GI – Irritação gástrica, diarreia e


Hepatite colestática
Interações Medicamentosas - Eritromicina

Ciprofloxacino Potencializa o efeito da Eritromicina

Clopidogrel Efeitos do clop. Podem diminuir

Fluconazol
Nifedipino
Carbamazepina
Digoxina Efeitos potencializados na presença de
Ergotamina Eritromicina
Sinvastatina
Loratadina
❑Macrolídeos - Azitromicina

Antiácidos Redução do NS em até 24%

Amiodarona Cardiotoxicidade

Diarréia, ototoxicidade e
Nelfinavir hepatotoxicidade

Astemizol, Cisaprida
Fluconazol
Prolongamento do intervalo QT
Ondasentrona

Boletim de Informação Farmacoterapêutica de Navarra -


“Medicamentos y prolongación del intervalo QT
❑Macrolídeos - Azitromicina
Interações Alimentares- Azitromicina

Cápsulas , na presença de alimentos, têm redução de 50% na biodisponibilidade,


recomendando-se administração em jejum (1 hora antes ou 2 horas após consumir
alimentos)

Formulações orais de liberação prolongada são afetadas pela presença de alimentos e


devem ser administrada em jejum (não disponíveis no Brasil)

Presença de amina terciária aumenta


a estabilidade ao meio ácido e aumenta
a solubilidade em lipídeos
❑Macrolídeos - Claritromicina
Interações Medicamentosas - Claritromicina

Clopidogrel Sua concentração sérica pode diminuir

Fluconazol,
Benzodiazepínicos
Carbamazepina Aumentar os NS desses fármacos
Sinvastatina
Colchicina

Salmeterol Evitar uso concomitante


❑Macrolídeos - Claritromicina

Interações Alimentares- Claritromicina

Pode ser administrada com alimentos, sem alteração na extensão total da absorção.
Apenas há um retardo na absorção

6-metil éter – estabilidade em meio ácido e


Biodisponibilidade oral e reduzido efeitos adversos
no TGI
❑Tetraciclinas -Doxiciclina
✔ Manifestação de reações
gastrointestinais, especialmente com
estômago vazio. Há relatos de
ocorrência de esofagite quando
administrada antes de dormir, em
vista disso, recomenda-se a
administração com muita água.
Fotossenbilidade e onicólise.
Escurecimento dos dentes em
crianças menores de 8 anos

Interações medicamentosas
Interfere com a atividade dos contraceptivos orais, sendo recomendada a
utilização de métodos adicionais durante o tratamento. Derivados
barbitúricos, hidantoínas e carbamazepina podem diminuir sua atividade,
diminuindo seu tempo de meia-vida. Cátions di e trivalentes (ferro inclusive)
resulta em QUELATOS
❑Lincosaminas – Lincomicina e Clindamicina
✔ Aparecimento de diarreia. O
tratamento pode levar ao
aparecimento de erupções cutâneas,
elevação reversível de enzimas de
função hepática, em especial em
pacientes HIV-positivos
✔ Sindrome de Steven-Johson e Colite
pseudomembranosa
✔ Neutropenia, agranulocitose e
trombocitopenia

Interações medicamentosas
O uso de clindamicina pode potencializar a atividade de bloqueadores
neuromusculares curarizantes (atracurônio e cisacurônio, por exemplo). O
uso associado à ciclosporina pode diminuir a atividade do antibiótico por
mecanismo ainda não identificado
❑Aminoglicosídeos– Gentamicina
Gentamicina
✔Emprego por via oftálmica
→ colírio (pressionar o saco
conjuntival por 1 a 2 minutos
– redução de efeitos
sistêmicos) e pomada (pode
ser aplicada no saco
conjuntival). Observação:
cuidar para não encostar os
instaladores na mucosa
oftálmica (contaminação).
✔Administração parenteral →
IV/intermitente (infusão) e
IM.
❑Aminoglicosídeos–Tobramicina
Tobramicina
✔ Via inalatória – não associar
com outros fármacos
inalatórios → risco de
precipitação
✔ Via intravenosa (não a de
uso inalatório) →
IV/intermitente
✔ Via intramuscular (não a de
uso inalatório)
✔ Via oftálmica → instalar o
colírio no saco lacrimal e
pressionar por 1 minuto para
diminuir absorção e risco de
efeitos sistêmicos. O tubo
de pomada e o aplicador do
colírio não pode ter contato
com a mucosa oftálmica.
❑Aminoglicosídeos– Gentamicina

Interação medicamentosa

Ciclosporina A gentamicina pode potencializar os


efeitos desse fármaco
Carboplatina Pode potencializar efeitos de
ototoxicidade

Ciclosporina, tacrolimus e vancomicina Podem potencializar efeitos de


nefrotoxicidade

Anfotericina B, furosemida, vancomicina Os efeitos da gentamicina podem ser


e AINEs potencializadas por esses fármacos
Penicilinas (ampicilina, oxacilina, Pode ocorrer diminuição na eficácia da
piperazina, ticarcilina e penicilina G) gentamicina de antagonismo entre os
fármacos
❑Aminoglicosídeos– Tobramicina

Interação medicamentosa
Penicilinas Pode ocorrer diminuição na eficácia da
tobramicina; administrar com intervalo
de 1 a 2 horas
Carboplatina Pode potencializar os efeitos de
ototoxicidade

Ciclosporina e Tacrolimus Podem potencializar os efeitos de


nefrotoxicidade

Indometacina, furosemida e Pode ocorrer aumento nos efeitos


vancomicina ototóxicos e nefrotóxicos
❑Anfenicois– Cloranfenicol
✔ Supressão reversível de medula
óssea 9anemia, trombocitopenia e
leucopenia progressiva)
✔ Anemia aplástica e síndrome
PANCITOPENIA cinzenta do recém-nascido (não
biotransformação- colapso
cardiovascular)
✔ Distúrbios gástricos após o uso por
via oral
✔ Pode ocorrer reação do tipo
dissulfiram, caso ingerido com álcool

Interações medicamentosas
Pode aumentar a toxicidade das hidantoínas. Pode aumentar o tempo de
meia-vida de clorpropamida e tolbutamida, levando à HIPOGLICEMIA. O
uso com outro agente hepatotóxico (paracetamol) pode aumentar a
toxicidade do cloranfenicol
❑Sulfametoxazol + Trimetoprima
✔ O uso de SXT pode desencadear febre,
confusão mental e kernicterus em recém-
nascidos
✔ Reações dermatológicas incluem rashes
cutâneos e, raramente, síndrome de
Stevens-Johnson
✔ Nauseas , vômitos e hepatite
medicamentosa
✔ Distúrbios hematológicos como
agranulocitose, hemólise e anemia
megaloblástica
✔ Em virtude da excreção de SXT por via
renal, pode ocorrer, por competição,
aumento de creatinina e potássio

Interações medicamentosas
O uso associado com fenitoína pode aumentar os níveis séricos de
fenitoína, o mesmo ocorrendo com loperamida, fenitoína e varfarina. Risco
de redução dos efeitos dos contraceptivos orais (método contraceptivo
adicional)
❑Quinolonas
Reações Adversas
✔SNS – irritabilidade, tremor,
insônia, vertigem, ansiedade,
agitação e convulsão →
antagonismo dos receptores GABA
(principal neurotransmissor
inibitório no SNC).
✔Náusea, vômitos, diarreia e dor
abdominal
✔Reações cutâneas
✔Hipersensibilidade – incomum
✔Fotossensibilidade e
fototoxicidade – Lomefloxacino
❑Quinolonas Reações Adversas
✔Aumento das transaminases
✔Artralgia
✔Tendinites, ruptura de tendões (em
idosos, uso de corticoide)
✔Prolongamento do intervalo QT
(“Torsades de point”) – Sparfloxacino,
Levofloxacino – Não empregar com
antiarrítmicos (classe IA -quinidina,
procainamida- ou classe III --
amiodarona, sotalol-.
✔Hipo/Hiperglicemina - Gatifloxacino

Interações medicamentosas
Todos os estimulantes do SNC, como a CAFEÍNA a TEOFILINA podem
aumentar a excitação central. Associação com ESTATINAS pode
aumentar a miotoxicidade. Uso com ANTIÁCIDOS ORAIS reduz a
absorção por via oral
Aspectos legais da terapia antimicrobiana
no Brasil
Regulamentação Sanitária
Aspectos legais da terapia antimicrobiana
no Brasil
Regulamentação Sanitária
Lei 5991/73 de 17/12/1973 – dispõe sobre o
controle sanitário do Comércio de drogas,
Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e
Correlatos, e de outras providências

RDC 80/06 de 11/05/06 – estabelece que as


farmácias e drogarias poderão fracionar
medicamentos...

RDC 27/07 de 30/03/07 – dispõe sobre o Sistema


Nacional de Gerenciamento de Produtos
Controlados (SNGPC)
DRC 44/09 de 17/08/09 – dispõe sobre Boas Práticas
Farmacêuticas para o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação e da comercialização
de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos
em farmácias e drogarias e da outras providências
RDC 47/09 de 08/09/09 – estabelece regras para
elaboração, harmonização, atualização,
publicação e disponibilização de bulas de
medicamentos para pacientes e profissionais de
saúde

RDC 60/09 de 26/11/09 – dispõe sobre produção,


dispensação e controle de amostras grátis de
medicamentos de dá outras providências
✔ Médicos e odontólogos
✔ Ambulatórios, hospitais e
consultórios
✔ 50% da quantidade total do
peso (volume)
✔ A empresa deve entregar a
quantidade suficiente para o
tratamento completo
DRC 71/09 de 22/12/09 – estabelece regras para a
rotulagem de medicamentos

Resolução 542/11 de 19/01/11 do CFF – dispõe sobre


as atribuições do farmacêutico na dispensação e
controle de antimicrobianos
DRC 20/11 de 05/05/11 – dispõe sobre o controle de
medicamentos à base de substâncias classificadas
como antimicrobianos, de uso sob prescrição,
isoladas ou em associações: que revogou as RDC
44/10, RDC 61 12/10 e RDC 17 04/11

• Coibir a venda ilegal


• Promover o uso racional
de medicamentos
antimicrobianos
• Contribuir para combater
à resistência
antimicrobiana
• Evitar a exposição da
população aos riscos da
automedicação
Resolução 545/11 de 18/05/11 do CFF, que dão nova
redação ao Artigo 2º da Resolução 542/11 do CFF
Resolução 571/13 de 25/04/13 do CFF, que dão nova
redação ao Artigo 1º da Resolução 542/11 do CFF
• Receituário
• Dispensação
• Escrituração
• Embalagem,
rotulagem e bula
• Amostra grátis
• Controle e Guarda
• Documentação
Atenção Farmacêutica e Seguimento
Farmacoterapêutico
Certificar se a prescrição está legível

Verificar se a prescrição está datada, dentro


do prazo de validade e tempo de tratamento

Completar com os dados do paciente e do


prescritor
Substituição por genérico/Informar o
paciente

Orientar sobre o uso correto/Ingerir com


Água (leite reduz absorção)

Cuidado com horário de uso


Contraceptivos orais X Antibacterianos

Evitar bebidas alcóolicas


A administração de antibacterianos deve ser
realizada através desse método. Adicionalmente,
a dose deve ser recomendada de acordo com o
diagnóstico.
Dose recomendada
< 2 kg 50-100 mg/kg/24h q 8h
> 2kg 100-200 mg/kg/24 h q 8 h
Infecção leve- 100-200 mg/kg/24 h q 6 h
moderada
Ampicilina Infecção grave 100-200 mg/kg/24 h q 4-6 h
pH gástrico mais elevados em
prematuros, recém-nascidos e
infantes favorecem a absorção Amoxicilina
de fármacos instáveis em pH
ácido

Ampicilina
pH gástrico mais elevados em
prematuros, recém-nascidos e
infantes favorecem a absorção
de fármacos instáveis em pH
ácido

Eritromicina
Atenção Farmacêutica e Seguimento
Farmacoterapêutico
Referencia bibliográficas
✔ LIMA Santos, P.C.J. Atenção Farmacêutica, Atheneu, 2016.
✔ FERRACINI, F.T.; ALMEIDA,S.M.; FILHO, W.M.B. Farmácia Clinica, Editora Manole,
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✔ ROVERS, J.P.; CURRIE, J.D. Guia prático da Atenção Farmacêutica- Manual de
habilidades Clínicas, Pharmabooks, 2010.
✔ BISSON, M.P. Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica, editora Manole, 2016.
✔ GREENE, R.J.; HARRS, N.D. Patologia e terapêuticas para farmacêuticos, ARTMED,
2009.
✔ GURGEL, T. C., CARVALHO, W. S. A Assistência Farmacêutica e o Aumento da
Resistência Bacteriana aos Antimicrobianos. Latin American Journal of Pharmacy. Ano
2008, v. 27, n.1, páginas 118-123. Lima, A.P.C.S., Gallani, N.R., Toledo, M.I., Lopes,
✔ LIMA, A.P.C.S., GALLANI, N.R., TOLEDO, M.I., LOPES, L.C. Utilização de um Sistema
de Gerenciamento de benefícios farmacêuticos (PBM) para a caracterização do perfil de
prescrição e aquisição de antibióticos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas.
Ano 2008, v.44, n.2, abr/jun.

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clínica. Porto Alegre: Artmed, 2012. p. 515-577.
✔ HILAL-DANDAN, R.; BRUNTON, L. L. (Orgs.) Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. 2.
ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. p. 829-839, 894-941.
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C.; LEITE, S. N. (Org.). O farmacêutico na atenção à saúde. Itajaí-SC: Universidade do Vale do Itajaí, 2005. p.
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✔ WANNMACHER, L. Uso indiscriminado de antibióticos e resistência microbiana: uma guerra perdida? Uso racional
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✔ ZIMERMAN, R. A. Uso indiscriminado de antimicrobianos e resistência microbiana. In: BRASIL. Ministério da
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