Você está na página 1de 94

FARMACOVIGILÂNCIA

Profª. MSc Gracianny G. Martins 1


FARMACOVIGILÂNCIA

• Definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “a


ciência e as atividades relacionadas com detecção, avaliação,
compreensão e prevenção de reações adversas ou qualquer
outro possível problema relacionado com medicamento”.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 2


Objetivos Específicos da Farmacovigilância

• Melhorar o cuidado e a segurança do paciente em relação ao uso de


medicamentos e todas as intervenções médicas;

• Melhorar a saúde pública e a segurança em relação ao uso de medicamentos;

• Contribuir na avaliação do benefício, dano (malefício), efetividade e risco dos


medicamentos;

• Promover a compreensão, educação e treinamento clínico em


Farmacovigilância e sua efetiva comunicação com o público.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 3


Objetivos Específicos da Farmacovigilância

 Detectar reações adversas a medicamentos (RAMs), buscando meios para a prevenção.

 Identificação de efeitos indesejáveis desconhecidos;

 Quantificação do risco de efeitos adversos associados a uso de medicamentos


específicos;

 Identificação de fatores de risco e mecanismos subjacentes a efeitos indesejaveis;

 Informação e educação de profissionais da área de saúde e informação e subsídio a


autoridades sanitárias na regulamentação de medicamentos;

 Detecção de queixas técnicas de produtos para a saúde e/ou medicamentos.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 4


Segurança do medicamento e Farmacovigilância

 O marco histórico para o desenvolvimento das


atividades de farmacovigilância ocorreu em 1957,
quando foi lançada no mercado a talidomida, um
medicamento indicado para amenizar os sintomas de
náusea e enjoo em gestantes.

 No período anterior a 1960, acreditava-se que os


atributos de segurança e eficácia dos medicamentos
poderiam ser demonstrados apenas pelos ensaios em
animais de experimentação. Desse modo, como a
talidomida não apresentava efeitos teratogênicos em
camundongos, foi aprovada a comercialização e o uso
para a população humana.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 5


Segurança do medicamento e Farmacovigilância

 Em 1961, um pediatra alemão estabeleceu a relação causal entre as


mulheres que utilizaram a talidomida durante o primeiro trimestre de
gestação e o nascimento de bebês com malformação congênita (focomelia).

 No Brasil, cerca de 300 recém-nascidos foram acometidas pelos efeitos


teratogênicos desse fármaco.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 6


Segurança do medicamento e Farmacovigilância

 Em maio de 2001, foi criado o Centro Nacional de Monitorização de


Medicamentos (CNMM), localizado na Unidade de Farmacovigilância da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), propiciando a entrada do
Brasil no Programa Internacional de Monitorização de Medicamentos da
OMS (BRASIL, 2001), sendo o 62o país a fazer parte desse programa.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 7


Por que a Farmacovigilância?

 Depois do fracasso da talidomida, as políticas de regulamentação de


medicamentos das agências sanitárias determinaram que, antes de um
medicamento ser lançado no mercado (período pré-comercialização e,
portanto, durante o processo de pesquisa e de desenvolvimento do
produto), é necessário testá-lo em seres humanos, a fim de verificar seus
atributos de qualidade, segurança e eficácia.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 8


Pesquisa Clínica e Desenvolvimento dos Medicamentos

Profª. MSc Gracianny G. Martins 9


Pesquisa Clínica e Desenvolvimento dos Medicamentos

 A questão da segurança dos medicamentos não é totalmente elucidada pela pesquisa


clínica, pois esse método apresenta algumas desvantagens que limitam a capacidade de
detecção e identificação de todos os possíveis EVENTOS ADVERSOS que o medicamento
pode causar. Dentre essas desvantagens, destacam-se:

1. O curto espaço de tempo em que esses testes são conduzidos.

Embora os estudos clínicos da fase três sejam concluídos depois de 15 ou mais


anos de pesquisas, existem as desvantagens que não são identificadas nesse
período (tais como os efeitos carcinogênicos e mutagênicos), uma vez que
demandam um tempo maior para serem identificadas (uso crônico prolongado).

Profª. MSc Gracianny G. Martins 10


Pesquisa Clínica e Desenvolvimento dos Medicamentos

2. A exclusão de sujeitos de pesquisa, como, por exemplo,


idosos, gestantes e crianças.

Por apresentarem peculiaridades fisiológicas que podem alterar os parâmetros


farmacocinéticos e farmacodinâmicos, esses grupos populacionais não são
contemplados na pesquisa clínica, pois não se justificam os riscos, ainda
desconhecidos, aos quais serão expostos.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 11


Pesquisa Clínica e Desenvolvimento dos Medicamentos

3. A questão da polimedicação é muito controlada, pois o uso


concomitante de outro medicamento pode mascarar ou até mesmo exacerbar
o efeito do fármaco testado, culminando em resultados equivocados, como,
por exemplo, a reprovação do medicamento por ineficácia no tratamento ou
devido ao risco superar o benefício da utilização

eficácia
terapêutica
Profª. MSc Gracianny G. Martins 12
Pesquisa Clínica e Desenvolvimento dos Medicamentos

 Torna-se premente a monitoração dos medicamentos disponíveis no mercado


farmacêutico (estudos clínicos de fase IV ou pós-comercialização), principalmente
daqueles considerados novos (com menos de cinco anos de obtenção de registro), haja
vista que os critérios da exclusão anteriormente citados, adotados pela pesquisa clínica,
passarão a ser critérios de inclusão durante a comercialização do produto.

 Isso quer dizer que idosos, crianças, gestantes e pacientes polimedicados poderão
administrar o medicamento.

 Além disso, o período de utilização poderá ser crônico e prolongado.

 Desse modo, pelos métodos em farmacovigilância, será possível detectar os EAMs que
não foram descritos na pesquisa clínica, bem como verificar a frequência com que
ocorrem e, além disso, avaliar a gravidade dessas manifestações na saúde do usuário de
medicamentos.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 13


Pesquisa Clínica e Desenvolvimento dos Medicamentos

Profª. MSc Gracianny G. Martins 14


Profª. MSc Gracianny G. Martins 15
Profª. MSc Gracianny G. Martins 16
Fundamentos teóricos em farmacovigilância

EVENTO ADVERSO: É qualquer ocorrência médica


desfavorável, que pode ocorrer durante o tratamento com um
medicamento, mas que não possui, necessariamente, relação
causal com esse tratamento. Em outras palavras, o evento
adverso é qualquer dano causado ao paciente em função do
cuidado (ou assistência) prestado a ele.

Exemplos: fratura por queda do leito, flebite por falta de


qualidade do equipo, trauma pós-cirúrgico.

EFEITO ADVERSO: Resposta a um medicamento que seja prejudicial, não intencional, e


que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico
e tratamento de doenças, ou para a modificação de uma função fisiológica.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 17


Fundamentos teóricos em farmacovigilância

Principais problemas monitorados em farmacovigilância:

1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

2. Erros de medicação (EM)

3. Desvios da qualidade de medicamentos (DQM)

4. Inefetividade terapêutica (IT)

Profª. MSc Gracianny G. Martins 18


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

 Segundo a OMS, as RAMs são definidas como qualquer evento nocivo e não
intencional que ocorreu na vigência do uso de medicamentos, em doses
normalmente usadas em humanos com finalidades terapêutica, profilática
ou diagnostica.

 Portanto, não se incluem entre as RAM as sobredosagens (acidentais ou


intencionais) e a inatividade do medicamento para o tratamento proposto.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 19


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Classificação das RAMs de acordo com diferentes intensidades

 LEVE – Quando não requer tratamento específico e não leva à suspensão da droga.

 MODERADA – Quando exige modificação da terapêutica, sem suspensão da droga. Pode


prolongar a hospitalização e exigir tratamento específico.

 GRAVE – Quando ameaça a vida do paciente; é potencialmente fatal, requerendo


interrupção do tratamento, hospitalização ou prolongando a estadia do paciente no
hospital; causa anomalia congênita; requer intervenção para prevenir incapacidade ou
dano permanente.

 LETAL – Quando contribui direta ou indiretamente para a morte do paciente

Profª. MSc Gracianny G. Martins 20


Profª. MSc Gracianny G. Martins 21
1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)
Mecanismos envolvidos nas RAMs
 SUPERDOSAGEM RELATIVA – Quando há concentrações plasmáticas superiores às
obtidas com doses habituais, por alterações funcionais dos mecanismos de excreção
da droga ou por aumentarem o risco de concentrações elevadas do fármaco no
organismo.

Exemplo: surdez entre pacientes com insuficiência renal tratados com aminoglicosídeos (interferem
na síntese de proteínas)
Ototoxicidade  se manifesta em perda da audição irreversível e na hipofunção vestibular temporária  fator
mais importante que restringe o uso dos aminoglicosídios.
Nefrotoxicidade  acúmulo de aminoglicosídeo nas células tubulares proximais  comprometimento da função
renal é reversível.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 22


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Mecanismos envolvidos nas RAMs

 SUPERDOSAGEM RELATIVA

Profª. MSc Gracianny G. Martins 23


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Mecanismos envolvidos nas RAMs

 EFEITOS COLATERAIS – São inerentes à própria ação farmacológica do medicamento,


porém seu aparecimento é indesejável, por se expressarem em outro órgão que não
o desejado para a ação terapêutica.

Exemplo: sonolência com o uso de um benzodiazepínico prescrito como ansiolítico.

Ação farmacológica: Ansiolítico

Efeito colateral: Sonolência

Profª. MSc Gracianny G. Martins 24


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Mecanismos envolvidos nas RAMs

 EFEITOS SECUNDÁRIOS – São devidos a uma característica de ação não relacionada


à ação farmacológica principal do medicamento.

Exemplo: descoloração do esmalte dentário pelo uso de tetraciclinas em crianças.

Quando as tetraciclinas já se encontram na


circulação, a mesma interação com cátions —
em particular com o cálcio — pode causar
seqüestro do fármaco no osso e nos dentes,
levando potencialmente ao aparecimento de
anormalidades de desenvolvimento em
pacientes pediátricos.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 25


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Mecanismos envolvidos nas RAMs

 IDIOSSINCRASIA – Reações nocivas por sensibilidade peculiar a uma droga,


em geral por polimorfismo genético.

 HIPERSENSIBILIDADE ALÉRGICA – Reação claramente não relacionada à dose


administrada, envolvendo o sistema imunológico. Exemplo: anafilaxia.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 26


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Mecanismos envolvidos nas RAMs

 TOLERÂNCIA – Após administração repetida, contínua ou crônica de um fármaco ou


droga na mesma dose, gera diminuição progressiva da intensidade dos efeitos
farmacológicos, gerando necessidade de aumento da dose para manutenção do efeito
inicial. Exemplo: tolerância à carbamazepina, reduzindo seu efeito anticonvulsivante.

 INTOLERÂNCIA OU SENSIBILIDADE – Doses menores do que as usuais produzem as


respostas antecipadas.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 27


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Classificação quanto ao mecanismo de ação

As RAMs são classificadas em dois grandes grupos (A e B), segundo a definição de Rawlins e
Thompson (1998), que é a mais aceita pela comunidade científica.

Tipo A (augmented/aumentada)  Tipo A


 Tipo B
Tipo B (bizarre/bizarra)  Tipo C
 Tipo D
 Tipo E
Profª. MSc Gracianny G. Martins 28
1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Classificação quanto ao mecanismo de ação

Tipo A (augmented/aumentada)

Existem três principais mecanismos de ação:

1) Resposta terapêutica exagerada em decorrência dos efeitos farmacológicos primários


(mesmo local da ação terapêutica desejada). Por ex., hemorragia por anticoagulantes;

2) Resposta farmacológica secundária. Por ex., cefaléia com uso de vasodilatadores;

3) Ação farmacológica em locais não associados com a ação terapêutica desejada. Por ex.,
efeito extrapiramidal por neurolépticos (antagonistas dos receptores dopaminérgicos) e
efeitos carcinogênicos de medicamentos citotóxicos.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 29


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Classificação quanto ao mecanismo de ação

Tipo A (augmented/aumentada)

• Tratam-se de reações que são previsíveis, uma vez que são explicadas pelo mecanismo de ação do
fármaco e, por conseguinte, possuem relação dose-dependência.

• O manejo farmacoterapêutico para minimizar as manifestações clínicas geralmente é a redução da


dose.

• A frequência de ocorrências e a morbidade são altas, mas causam baixa mortalidade.

• Também podem ser ocasionadas por causas farmacocinéticas e causas farmacodinâmicas


(aumento na responsividade/sensibilidade dos tecidos-alvo, que pode ser influenciada por
receptores, mecanismos homeostáticos e patologias).

Profª. MSc Gracianny G. Martins 30


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Classificação quanto ao mecanismo de ação

Tipo A (augmented/aumentada)

Profª. MSc Gracianny G. Martins 31


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Classificação quanto ao mecanismo de ação

Tipo B (bizarre/bizarra)

• Não estão relacionadas com o mecanismo de ação do fármaco e, portanto, são


imprevisíveis (exceto se for conhecida a história de alergias medicamentosas do
paciente).

• Caracterizam-se por apresentarem baixa incidência e alta letalidade, por não


possuírem relação dose-dependência.

• Portanto, o ajuste de dose não é capaz de reduzir a intensidade do efeito, sendo


recomendada a suspensão do medicamento.

• Além disso, a detecção dessas reações pode resultar na retirada do medicamento do


mercado.
Profª. MSc Gracianny G. Martins 32
1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Classificação quanto ao mecanismo de ação


Tipo B (bizarre/bizarra)
Incluem-se na categoria de RAMs do tipo B as reações de:

a. Intolerância ao fármaco  pacientes com resposta excessiva a uma dose normal do medicamento, em
função de metabolismo lento (a resposta é qualitativamente normal, mas quantitativamente excessiva). Isso
significa que as doses habituais podem produzir efeitos tóxicos.

b. Hipersensibilidade  variação da reatividade resultante da exposição a um alérgeno (fármaco intacto ou


estrutura semelhante) que se caracteriza pela exposição prévia ao agente sensibilizante.

c. Idiossincráticas  diz respeito ao efeito distinto daquele que o medicamento promove. Ocorre em função
da existência de uma predisposição do paciente em desenvolvê-la (polimorfismo genético), não havendo a
necessidade de exposição prévia ao medicamento. Nesse caso, ambos os parâmetros da resposta ao
medicamento (quantitativo e qualitativo) são alterados.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 33


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Classificação quanto ao mecanismo de ação

Tipo B (bizarre/bizarra)

Profª. MSc Gracianny G. Martins 34


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Classificação quanto ao mecanismo de ação

Profª. MSc Gracianny G. Martins 35


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)
Classificação quanto ao mecanismo de ação

Profª. MSc Gracianny G. Martins 36


1. Reações adversas a medicamentos (RAMs)

Classificação quanto ao mecanismo de ação

Profª. MSc Gracianny G. Martins 37


2. Erros de medicação (EM)

Profª. MSc Gracianny G. Martins 38


2. Erros de medicação (EM)

Profª. MSc Gracianny G. Martins 39


3. Desvios da qualidade de medicamentos (DQM)

A queixa técnica ou desvio de qualidade compreende:


• DQM é o afastamento dos parâmetros de qualidade estabelecidos para um
produto
 falta ou processo,
de eficácia os quais são exigidos para sua comercialização e obtenção
terapêutica;
do registro.
 presença de corpo estranho;
• Em farmacovigilância, são considerados DQMs as irregularidades técnicas do
 contaminações por microrganismos;
produto e legais da empresa.
 alterações físico-químicas, como precipitações, dificuldade de solubilização,
homogeneização e outras alterações gerais;

 mudança nas características organolépticas (cor, odor, sabor) do produto;

 problemas com embalagens primárias ou secundárias (informações errôneas ou falta delas


e problemas do processo de produção da indústria) - ausência de comprimidos no blisters,
vazamento de formas farmacêuticas líquidas.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 40


3. Desvios da qualidade de medicamentos (DQM)

QUEIXAS TÉCNICAS DE PRODUTOS


FARMACÊUTICOS
A Anvisa define como queixa técnica a notificação feita pelo
profissional da saúde quando observado um afastamento
dos parâmetros de qualidade exigidos para a
comercialização ou aprovação no processo de registro de
um produto farmacêutico.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 41


3. Desvios da qualidade de medicamentos (DQM)

QUEIXAS TÉCNICAS DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS

Análises e encaminhamento:
 As notificações de queixas técnicas podem ser resultantes de busca ativa (p. ex.,
medicamento com suspeita de falha terapêutica ou reação adversa significativa) ou
notificação espontânea realizada pelos profissionais da instituição ao perceberem
alterações nos produtos farmacêuticos, principalmente durante os processos de
recebimento, dispensação e preparo de medicamentos.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 42


3. Desvios da qualidade de medicamentos (DQM)

QUEIXAS TÉCNICAS DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS

Análises e encaminhamento:

 Em casos de SUSPEITA DE DESVIOS DE QUALIDADE IMPORTANTES (p. ex., vários lotes do mesmo
medicamento envolvidos, várias unidades do mesmo lote com problemas, medicamento envolvido
em reação adversa grave ou sequencial – reação não grave, mas com número considerável de
notificações, falha terapêutica)  as vigilâncias Estaduais e a Anvisa devem ser acionadas.

 Os fabricantes responsáveis também devem ser notificados pelos sistemas de farmacovigilância da


indústria ou por outro meio de contato.

 Também é importante a troca de informações entre outros serviços de saúde na monitoração da


qualidade dos produtos.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 43


Análises e encaminhamento:
 Os profissionais da saúde devem encarar a notificação de RAMs e queixas
técnicas como parte de sua RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL e atuar de
forma conjunta com agências reguladoras, instituições de ensino e
pacientes para melhorar o conhecimento sobre segurança dos
medicamentos; assim, será possível detectar eventos nocivos de forma
precoce ou preveni-los.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 44


Profª. MSc Gracianny G. Martins 45
http://portal.anvisa.gov.br/produtos-irregulares2#/visualizar-produto-irregular/341435

Profª. MSc Gracianny G. Martins 46


4. Inefetividade terapêutica (IT)

A IT pode ser definida como a ausência ou a redução da resposta terapêutica esperada de


um medicamento, sob as condiç̧ões de uso prescritas ou indicadas em bula.

Esse evento pode ser originado por:

i. falhas durante o processo de fabricação do medicamento (desvios da qualidade ou queixas


técnicas, polimorfismos),

ii. por erros de medicação (não cumprimento da farmacoterapia, mau armazenamento,


administração em via incorreta),

iii. uso off-label

iv. estar relacionada com as características fenotípicas do paciente, como, por exemplo, nos
polimorfismos de enzimas metabolizadoras de fármacos, os quais apresentam grandes variações
dentre as etnias (p. ex., a população asiática apresenta fenótipo acetilado rápido mais frequente,
ou seja, metaboliza o fármaco mais rapidamente, diminuindo a concentração do princípio ativo
na corrente sanguínea e, por conseguinte, seu efeito esperado).

Profª. MSc Gracianny G. Martins 47


4. Inefetividade terapêutica (IT)

O problema relacionado a medicamento, especialmente quando é classificado


com inesperado, é um importante sinal em farmacovigilância, uma vez que pode
indicar o desenvolvimento de tolerância e/ou resistência ao medicamento, a
interação medicamentosa não descrita ou, até mesmo, os desvios da qualidade do
fármaco, ou identificar produtos falsificados.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 48


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

No Brasil, a farmacovigilância compreende,


principalmente:

Atividades de relato e registro de desvios de qualidade

RAMs  com análise e estabelecimento de


causalidade

• O estudo de RAMs pode ser realizado a partir de


dados obtidos de estudos epidemiológicos clássicos,
sobretudo ensaios Profª.
clínicos e caso-controle ou de
MSc Gracianny G. Martins 49
MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

• As atividades de farmacovigilância podem ser realizadas


por três métodos distintos:
Efetivos para detectar os sinais em
farmacovigilância, ou seja, são capazes de
1) Vigilância passiva levantar a suspeita (ou hipótese) de que
determinado efeito adverso que acometeu
o paciente teria sido causado pelo uso do
medicamento.

2) Monitoramento intensivo (ativo)

3) Desenvolvimento de
Testam estudos epidemiológicos
a hipótese originada pelos métodos ativo e passivo.
Assim, é a vigilância epidemiológica que vai confirmar se, de fato,
o efeito nocivo observado no paciente é, ou não, um evento
adverso a medicamento (EAM).

Profª. MSc Gracianny G. Martins 50


Profª. MSc Gracianny G. Martins 51
MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

SINAL EM FARMACOVIGILÂNCIA

 Conjunto de notificações sobre uma possível relação


causal entre um evento adverso e um medicamento,
até então desconhecida ou documentada de modo
incompleto, sendo freqüentemente necessária mais
de uma notificação, dependendo da gravidade do
evento e da qualidade da informação.

 É necessário estabelecer a força de associação,


importância clínica (gravidade, severidade e impacto
na saúde pública) e o potencial para a adoção de
medidas preventivas .

Profª. MSc Gracianny G. Martins 52


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA PASSIVA
Notificação Voluntária

 Suspeitas de reações adversas a um dado medicamento


que são, espontaneamente, transmitidas pelos
profissionais de saúde para as empresas farmacêuticas
ou centro de Farmacovigilância.
 Consiste no relato de caso de um paciente com um
evento adverso, o qual se suspeita ter sido induzido por
medicamento.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 53


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA PASSIVA
Notificação Voluntária

 Método mais difundido internacionalmente para detecção e quantificação


de RAMs.

 Baseia-se no relato de reações suspeitas, tanto com preparações antigas


quanto com medicamentos novos.

 A suspeita é registrada em ficha específica e encaminhada para centro


nacional ou regional, dependendo da organização adotada no país.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 54


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA PASSIVA
Notificação Voluntária

 No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) centraliza as notificações de


suspeitas de RAM, bem como queixas técnicas relacionadas com qualidade de produtos.

 As notificações podem ser feitas on-line, por meio do Sistema de Notificações em


Vigilância Sanitária (NOTIVISA), disponível na internet.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 55


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA PASSIVA
Notificação Voluntária

 O sucesso do sistema de notificação espontânea de RAMs


depende, fundamentalmente, da participação dos
notificadores.

 Os sistemas de notificação espontânea tornaram-se o


principal método de coleta de informações sobre a
segurança de fármacos pós-comercialização.

 Sua principal função: DETECTAR PRECOCEMENTE SINAIS DE


RAMS NOVAS, RARAS E GRAVES.

 Por meio deles, é possível controlar todos os medicamentos


do mercado durante todo seu ciclo de vida a um custo
relativamente baixo.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 56


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA PASSIVA
Notificação Voluntária

 Esse método é o preconizado pela OMS para captar informações sobre


reação adversa a medicamento (RAM), uma vez que é relativamente barato, pois
o recurso humano está disponível na própria instituição (profissionais de saúde),
e permite a identificação de sinais de EAM que não foram detectados durante a
pesquisa clínica.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 57


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA PASSIVA
Notificação Voluntária
 Principal limitação do método passivo: SUBNOTIFICAÇÃO dos casos de EAM.

7 principais causas, conhecidas como “Os sete pecados da subnotificação”, compreendem: (Inman)

1. Ingenuidade do profissional que acredita que se o medicamento foi registrado pela


agência regulatória, é seguro;

2. Medo de ser punido pelo chefe ou pela instituição;

3. Ambição acadêmica do profissional ao não notificar informações para posteriormente


publicar os casos em artigos científicos;

Profª. MSc Gracianny G. Martins 58


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA PASSIVA
Notificação Voluntária

4. Culpa por ter sido responsável pela prescrição, dispensação ou administração do


medicamento causador da RAM;

5. Ignorância, desconhecimento sobre a farmacovigilância (o que, como e para quem


notificar);

6. Incerteza, quando o profissional fica receoso em notificar por não saber se a suspeita
de RAM será confirmada;

7. Apatia, quando há falta de interesse ou tempo para notificar, o que denota o não
cumprimento dos deveres éticos dos profissionais da saúde em relação a essa prática.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 59


Profª. MSc Gracianny G. Martins 60
Profª. MSc Gracianny G. Martins 61
Profª. MSc Gracianny G. Martins 62
Profª. MSc Gracianny G. Martins 63
MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA INTENSIVA

INTENSIVO

Sistema de mineração
busca sistemática ou rastreadores de RAMs
ativa
de dados (data (trigger tools )
mining)

 O objetivo principal é coletar de forma completa e com qualidade informações sobre


suspeitas de EAM.

 Tais métodos caracterizam-se pela elevada sensibilidade (detecção dos problemas) e


confiabilidade.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 64


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA INTENSIVA

Rastreadores de RAMs
(trigger tools)

 Essa técnica consiste em utilizar indicadores de eventos-sentinela para detectar a


ocorrência de EAMs em pacientes hospitalizados, por meio de busca ativa em prontuários
médicos, exames laboratoriais e prescrições eletrônicas.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 65


Profª. MSc Gracianny G. Martins 66
MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA INTENSIVA

Busca sistemática ou
ativa

 Compreende a técnica de investigar e monitorar pacientes hospitalizados, a fim de


identificar EAMs.
Essa investigação ocorre por meio da
  avaliação de prontuários médicos,
prescrições medicamentosas, exames
laboratoriais e de imagem, além de
entrevistas com a equipe de saúde e com o
próprio paciente para coletar informações
que possam ser consideradas fatores de
risco para a ocorrência de EAM.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 67


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

VIGILÂ̂NCIA INTENSIVA

Sistema de mineração de dados


(data mining)

 Consiste na aplicação de algoritmos computacionais para extrair padrões ocultos em


grandes bases de dados, estabelecendo predições e correlações entre as variáveis
analisadas.

 OMS contém a maior base de dados do mundo sobre relatos de RAM (Vigibase), utiliza
a técnica de mineração de dados (metodologia denominada Bayesian Confidence
Propagation Neural Network – BCPNN) para detectar novos sinais em
farmacovigilância.

 
Profª. MSc Gracianny G. Martins 68
MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

 ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

COORTE CASO CONTROLE

Profª. MSc Gracianny G. Martins 69


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

 ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

COORTE

 Os estudos de coorte (cohort event monitoring) são úteis para identificar EAMs
inesperados, bem como fatores de risco para a ocorrência desses problemas.

 Trata-se de um método epidemiológico em que um grupo de pacientes (amostra) é


exposto, por exemplo, a determinado medicamento.

 Os sujeitos (pacientes) são monitorados ao longo do tempo, a fim de se verificar a


ocorrência de RAM. Então, a amostra é dividida entre os pacientes com e sem RAM, já
que se trata de um estudo observacional e, portanto, o pesquisador não interfere
experimentalmente no grupo estudado.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 70


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

 ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

COORTE

Profª. MSc Gracianny G. Martins 71


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

 ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
COORTE

Segundo a Organização Pan-americana de Saúde (2006), algumas vantagens dos estudos


epidemiológicos de coorte são as possibilidades de:

a) identificar os parâmetros relacionados à ocorrência de efeito adverso do medicamento de


interesse;

b) verificar a ocorrência dos EAMs de acordo com as características socio-demográficas dos pacientes
(detecção de fatores de risco);

c) Comparar, acuradamente, os quesitos de segurança e efetividade de diferentes classes


terapêuticas;

d) avaliar os óbitos relacionados ao uso do medicamento em questão;

e) produzir resultados rapidamente, que podem ser extrapolados para uma população definida.
Profª. MSc Gracianny G. Martins 72
MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

 ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

CASO CONTROLE
 Nos estudos de caso-controle, um grupo
de pacientes com determinada RAM
(caso) é avaliado e comparado com
outro grupo de pacientes sem RAM
(controle), mas que foram expostos ao
mesmo medicamento que o grupo caso.

 Nesse tipo de estudo, é possível


examinar apenas um EAM, no entanto
vários fatores de risco podem ser
evidenciados para a sua ocorrência.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 73


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

 A execução das atividades de farmacovigilância, em qualquer um dos


métodos utilizados, seja passivo ou intensivo, tem como objetivo principal:

Identificar as reações adversas a medicamentos consideradas graves,


inesperadas e relacionadas a medicamentos novos, que são as prioridades
estabelecidas pela OMS.

 Assim, o profissional de saúde, frente a alguma dessas situações, deve


informar a Anvisa sobre o caso, para que as medidas regulatórias cabíveis sejam
tomadas.
 

Profª. MSc Gracianny G. Martins 74


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

Resultados concretos da farmacovigilância decorrem de medidas


administrativas, como:

 A retirada de medicamentos do mercado

 A modificação de bulas e rótulos

 A restrição do uso do produto.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 75


MÉTODOS EM FARMACOVIGILÂNCIA

Profª. MSc Gracianny G. Martins 76


ANÁLISE DA CAUSALIDADE DAS RAM

• A análise da causalidade das RAMs é o último propósito da


farmacovigilância, já que é um importante componente
para auxiliar as agências de vigilância sanitária na
fiscalização e regulamentação do mercado farmacêutico.

• É uma atividade que contribui para a avaliação do


risco/benefício da utilização dos medicamentos, a qual
poderá implicar em futuras recomendações relacionadas
aos fármacos que estão sujeitos à vigilância pós-
comercialização, principalmente os considerados novos, ou
seja, com menos de cinco anos de obtenção de registro

Profª. MSc Gracianny G. Martins 77


ANÁLISE DA CAUSALIDADE DAS RAM

• A classificação das RAMs de acordo com as categorias de causalidade tem como


objetivo analisar a probabilidade de determinado fármaco ter causado um efeito
adverso observado.

• Métodos de causalidade  foram e vêm sendo propostos para avaliar a


probabilidade da ocorrência de uma suspeita de reação adversa após um
tratamento medicamentoso.

• Podem ser classificados em 3 categorias:

1. julgamento clínico por especialistas (introspecção global)


2. métodos probabilísticos
3. algoritmos de decisão

Profª. MSc Gracianny G. Martins 78


Profª. MSc Gracianny G. Martins 79
Profª. MSc Gracianny G. Martins 80
ANÁLISE DA CAUSALIDADE DAS RAM

1. Julgamento clínico por especialistas (introspecção global)

• Especialistas expressam um julgamento sobre o possível grau de imputabilidade


entre a tomada do medicamento e o aparecimento do evento adverso, após
considerar as informações relevantes, disponíveis sobre o caso observado.

• Frequentemente há subjetividade da análise, pouca reprodutibilidade, baixo índice


de acordo entre os profissionais (concordância interobservadores), e até mesmo
considerando o mesmo profissional que analisou o caso em dois momentos
distintos (concordância intraobservador), que limitam a aplicação do método para
a análise da causalidade de RAMs.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 81


ANÁLISE DA CAUSALIDADE DAS RAM

3. Algoritmos de decisão

• Escala de probabilidade de Naranjo e colaboradores

• Escala OMS

Profª. MSc Gracianny G. Martins 82


Profª. MSc Gracianny G. Martins 83
Profª. MSc Gracianny G. Martins 84
ATENÇÃO FARMACÊUTICA E FARMACOVIGILÂNCIA

PROBLEMAS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS

Atenção farmacêutica reforça as ações de farmacovigilância na medida em que o


farmacêutico passa a estar mais atento para a IDENTIFICAÇÃO E RESOLUÇÃO DOS
PROBLEMAS RELACIONADOS COM MEDICAMENTOS e pode notificar os casos
observados durante o acompanhamento de pacientes.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 85


ATENÇÃO FARMACÊUTICA E FARMACOVIGILÂNCIA

Um serviço de atenção farmacêutica, cuidado


farmacêutico ou seguimento farmacoterapêutico pode
contribuir com notificações de eventos adversos e
promover o uso seguro e efetivo de medicamentos.

Essas notificações podem resultar em informes,


adequações de rótulos, embalagens e/ou bulas de
medicamentos.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 86


A Atenção Farmacêutica é uma das entradas do sistema de
Farmacovigilância, ao identificar e avaliar problemas/riscos
relacionados a segurança, efetividade e desvios da qualidade de
medicamentos, por meio do acompanhamento/seguimento
farmacoterapêutico ou outros componentes da Atenção
Farmacêutica.

Isto inclui a documentação e a avaliação dos resultados, gerando


notificações e novos dados para o sistema, por meio de estudos
complementares (IVAMA et al., 2002).

Profª. MSc Gracianny G. Martins 87


ATENÇÃO FARMACÊUTICA E FARMACOVIGILÂNCIA

 Na medida em que o Sistema de Farmacovigilância retroalimenta a Atenção


Farmacêutica, por meio de alertas e informes técnicos, informações sobre
medicamentos e intercâmbio de informações, ele potencializa as ações clínicas
individuais (acompanhamento/seguimento, dispensação, educação) e outras atividades
de Atenção e Assistência Farmacêutica, como o processo de seleção de medicamentos,
a produção de protocolos clínicos com prática baseada em evidências, integrada nas
ações interdisciplinares e multiprofissionais.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 88


ATENÇÃO FARMACÊUTICA E FARMACOVIGILÂNCIA

 Um serviço de atenção farmacêutica deve,


primeiramente, avaliar a farmacoterapia do
paciente, compreendendo a sua experiência
farmacoterapêutica, identificando o uso de
todos os medicamentos, inclusive dos isentos
de prescrição, dos fitoterápicos e das plantas
medicinais, verificando a segurança,
efetividade e adesão de cada um dos
medicamentos em uso e identificando
problemas farmacoterapêuticos (PRM).

Profª. MSc Gracianny G. Martins 89


ATENÇÃO FARMACÊUTICA E FARMACOVIGILÂNCIA

 Em seguida, desenvolver um plano de cuidado, propondo metas viáveis de


serem atingidas e monitoradas.

 Todas as metas propostas devem ser compreendidas e consentidas pelo


paciente, sempre respeitando sua autonomia.

 Deve-se registrar passo a passo as intervenções, os problemas prevenidos,


resolvidos e os que irão surgir ao longo do seguimento.

Profª. MSc Gracianny G. Martins 90


ATENÇÃO FARMACÊUTICA E FARMACOVIGILÂNCIA

91
Profª. MSc Gracianny G. Martins
92
Profª. MSc Gracianny G. Martins
Profª. MSc Gracianny G. Martins 93
Profª. MSc Gracianny G. Martins 94

Você também pode gostar