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FARMACOLOGIA

Vias de Administração

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
FARMACOLOGIA
Vias de Administração
Marcela Conti

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Vias de Administração...................................................................................................................................................4
1. Absorção dos Fármacos.. ..........................................................................................................................................4
2. Classificação das Vias de Administração. .....................................................................................................5
2.1. Vias Enterais...............................................................................................................................................................6
2.2. Vias Parenterais.. .....................................................................................................................................................6
3. Vias enterais. . .................................................................................................................................................................9
3.1. Via oral............................................................................................................................................................................9
3.2. Via Sublingual.. ........................................................................................................................................................19
3.3. Via Bucal....................................................................................................................................................................20
3.4. Via Retal.....................................................................................................................................................................20
4. Vias Parenterais.. ...................................................................................................................................................... 24
4.1. Vias Parenterais Diretas. . .................................................................................................................................25
4.2. Vias Parenterais Indiretas.. .............................................................................................................................33
5. Via de Administração X Absorção. . .................................................................................................................36
Resumo.................................................................................................................................................................................41
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................45
Questões de concurso.. ...............................................................................................................................................47
Gabarito...............................................................................................................................................................................57
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................58
Referências........................................................................................................................................................................77

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Apresentação
Oieee!
Seja muuuuuuito bem-vindo(a)!
Espero que você esteja animado(a) e com muita energia para estudar esta aula!
Se precisar, beba um copo de água, pare por 2 minutinhos e respire profundamente! Esse
pequeno exercício pode fazer muita diferença para manter a sua energia constante!
Hoje vamos continuar nossa viagem pelo mundo da Farmacocinética e ver as característi-
cas das vias de administração dos medicamentos e qual a sua relação com a absorção dos fár-
macos, um conteúdo fundamental para que você conquiste mais alguns pontos na sua prova!
Geralmente, encontramos de 1 a 2 questões sobre esse assunto na prova, então você deve
concluir esta aula sabendo:
• Classificação das vias de administração
• Características, vantagens e desvantagens das vias enterais
• Sistemas de liberação convencional ou modificada/controlada.
• Características, vantagens e desvantagens das vias parenterais

Fique concentrado(a) em tudo que conversarmos, combinado?


Lembre-se de que a motivação é o primeiro passo para que tudo se transforme na nossa
vida! E para isso, que tal começar com um bom sentimento de gratidão para dar uma levantada
na sua vibração hoje?
Nesse trecho da nossa viagem, estaremos um pouquinho mais tranquilos(as), então, apre-
cie as nuvens e veja como as cidades já ficaram pequenininhas lá embaixo.
Fique motivado(a)!
“Conti” comigo!
Você vai conseguir!
Marcela Conti
@profmarcelaconti

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1. Absorção dos Fármacos
Na nossa última aula, começamos a estudar a Farmacocinética, que compreende as
etapas de:
• Absorção
• Distribuição
• Metabolização (ou biotransformação)
• Eliminação

As etapas da Farmacocinética (ADME) compreendem o movimento que o fármaco faz no or-


ganismo vivo, ou ainda, como o organismo age sobre o fármaco.

A primeira etapa da Farmacocinética é a absorção, que consiste na passagem do fármaco


do local em que foi administrado para a corrente sanguínea.

Vimos os fatores que influenciam a absorção dos fármacos, você se lembra?


• Lipossolubilidade e hidrossolubilidade
• Coeficiente de partição óleo-água
• pH do meio
• pKa do fármaco
• Massa molecular
• Área da superfície de absorção
• Perfusão sanguínea no local de administração
• Concentração do fármaco
• Tempo de contato com a superfície de absorção
• Expressão da glicoproteína P
• Forma farmacêutica
• Via de administração

Um desses fatores é a via de administração, aquela pela qual o medicamento entra em


contato com o organismo. Ela faz toda a diferença para o processo da absorção, então esta
aula será inteirinha sobre esse assunto.

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Cada parte do organismo tem uma estrutura diferente que facilita ou dificulta a absorção
dos fármacos, de acordo com as suas características. Para realizar a escolha adequada da via
de administração a ser utilizada, diversos fatores devem ser considerados, tais como:

• Propriedades físico-química do fármaco


• Forma farmacêutica
• Quantidade/volume a ser administrado
• Rapidez para o início da ação do fármaco
• Capacidade de efeito local e sistêmico
• Velocidade de absorção e distribuição
• Pico do efeito do fármaco
• Duração do tratamento

• Idade do paciente
• Conveniência e comodidade
• Características e particularidades do paciente e de seu cuidador (no caso de crianças,
idosos e pessoas consideradas incapazes)

• Objetivos
• Duração

2. Classificação das Vias de Administração


Vamos lá!
Para começar, vamos checar a classificação mais geral das vias de administração, que
podem ser categorizadas em:

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2.1. Vias Enterais


As vias enterais são aquelas administradas em um local ou segmento do trato gas-
trintestinal.
São consideradas enterais as vias

2.2. Vias Parenterais


São todas as demais vias de administração que não utilizam o trato gastrintestinal.

Marcela, e qual é a diferença entre as vias parenterais diretas e as vias parenterais indi-
retas?

Que bom que você perguntou!

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As vias parenterais diretas utilizam administração por meio do uso de injeção. E as parente-
rais indiretas, utilizam outros meios para administrar os medicamentos, sem o uso de injeções.

Veja só!

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Fonte: Whalen, 2016

Agora que vimos a classificação geral, vamos ver detalhadamente as principais vias de
administração de medicamentos!

001. (INAZ DO PARÁ/PREFEITURA DE MAGALHÃES BARATA-PA/FARMACÊUTICO/2019) “A


administração de medicamentos deve ser realizada de forma eficiente, segura e responsável.
Sem isso, os objetivos da terapia sugerida podem ser comprometidos. Mas existem literal-
mente centenas de vias de administração de medicamentos possíveis: segundo a Food and
Drug Administration (FDA), órgão de controle americano que equivale a Agência de Vigilância
Sanitária (Anvisa) brasileira, existem 111 vias de administração de medicamentos. Embora a
FDA reconheça 111 formas de administração de medicamentos, elas podem ser divididas prin-
cipalmente em: Tópica, Enteral, Parenteral (direta e indireta).”
Disponível em: http://www.espacofarmaceutico.com.br/blog/2017/06/14/conheca-as-principais-vias-de-admi-
nistracao-de-medicamentos.

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Assinale a alternativa que indica uma via de administração parenteral direta:


a) Intrarraquídea.
b) Vaginal.
c) Ocular
d) Retal.

a) Certa. A via intrarraquídea, intratecal ou intraespinhal é uma via parenteral direta, pois a ad-
ministração do medicamento é realizada por meio do uso de uma injeção.
b) Errada. A via vaginal é considerada uma via parenteral indireta, pois não está relacionada ao
sistema gastrintestinal (parenteral) e não é necessário o uso de injeção para seu acesso.
c) Errada. A via ocular é considerada uma via parenteral indireta, pois não está relacionada ao sis-
tema gastrintestinal (parenteral) e não é necessário o uso de injeção para seu acesso (indireta).
d) Errada. A via retal é considerada uma enteral, pois está relacionada ao sistema gastrintestinal.
Letra a.

3. Vias enterais
3.1. Via oral
Vamos começar pela via oral!
Na via oral, o medicamento é administrado pela boca, sendo deglutido.

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É considerada a via de administração mais simples, econômica, segura e conveniente para


o paciente.
• Em compensação, tem algumas desvantagens, como:
• Limitação da absorção de alguns fármacos
• Possível interação com alimentos
• Necessidade de adesão pelo paciente
• Possível diminuição da biodisponibilidade pelo efeito de primeira passagem

Vamos continuar com o raciocínio da via oral!


Depois de deglutido, o medicamento chega ao estômago. Se estiver na forma sólida, como
um comprimido simples, por exemplo, passa pelos processos de degradação e dissolução
pela secreção gástrica, sendo levado ao intestino delgado, onde será predominantemente
absorvido.

 Obs.: Se o medicamento estiver na forma líquida, não há necessidade de degradação!

A absorção dos medicamentos administrados por via oral se complementa no intestino delgado!

Marcela, por que no intestino delgado?

Vamos aos motivos:


• As características do estômago são desfavoráveis à absorção, pois é um local que:
− apresenta uma camada de muco espessa
− contém pequena área de absorção
− apresenta paredes com maior espessura, e o fármaco precisaria atravessar várias
camadas de células para alcançar a corrente sanguínea
• Já o intestino delgado oferece algumas facilidades para a absorção, pois:
− Apresenta grande área de superfície para a absorção (cerca de 200 m2), pois há vilosi-
dades e microvilosidades, que ampliam a superfície de contato do fármaco
− Menor espessura, assim o fármaco só precisa atravessar uma fina camada de células

Lembre-se de que a absorção dos fármacos não depende apenas do local, mas de diversos
outros fatores que vimos na última aula!

Vamos agora ver alguns fatores específicos que interferem na absorção pela via oral, que
é a via de administração mais sujeita a variações no processo de absorção.

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002. (UNIMONTES/PREFEITURA DE JAÍBA-MG/FARMACÊUTICO/2017) A administração de


medicamentos deve ser realizada com eficiência, segurança e responsabilidade, a fim de que
sejam alcançados os objetivos da terapêutica implementada. A escolha da via apropriada em
determinada situação depende, tanto da droga, quanto de fatores relacionados ao paciente.
Das vias indicadas abaixo, assinale a que é mais segura, mais conveniente, mais econômica,
não invasiva e quase sempre indolor.
a) Via intravenosa.
b) Via sublingual.
c) Via intramuscular.
d) Via oral.

a) Errada. A via intravenosa promove início de ação mais rápido e 100% de biodisponibilida-
de, porém é menos segura que as vias enterais, menos conveniente, mais cara, invasiva e
causa dor.
b) Errada. Apesar de ser segura, não invasiva e indolor, a via sublingual apresenta pouquís-
simas opções de medicamentos a serem utilizados por ela, não sendo tão conveniente ou
econômica.
c) Errada. A via intramuscular é menos segura que as vias enterais, menos conveniente, mais
cara, invasiva e causa dor.

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d) Certa. São todas características da via oral: mais segura, mais conveniente, mais econômi-
ca, não invasiva e quase sempre indolor.
Letra d.

3.1.1. Efeito de Primeira Passagem ou Biotransformação Hepática de Primeira


Passagem ou Metabolismo Pré-Sistêmico

Quando o fármaco atravessa o epitélio gastrintestinal, antes de chegar à circulação sis-


têmica, ele passa pela circulação portal, sendo transportado até o fígado. Lá ocorre maior ou
menor biotransformação a depender das características do fármaco.

 Obs.: Isso significa que uma porcentagem do fármaco que chega aos hepatócitos é inativada
por enzimas hepáticas e, assim, eliminada, afetando a biodisponibilidade do fármaco.

A fração do fármaco que “consegue se salvar” da inativação enzimática, alcança a circu-


lação sistêmica e é considerada a fração biodisponível do fármaco, correspondendo à sua
biodisponibilidade.

Fonte: http://www.interacaomedicamentosa.com

Vamos ver um exemplo!

EXEMPLO
Ao ser administrado pela via oral, um determinado medicamento tem 5% da concentração do
fármaco que não se dissolvem no estômago.

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Ao passar pelo intestino, 5% da concentração inicial são inativados por enzimas e, ao passar
pelo fígado, via circulação portal, perde 50% da concentração inicial de suas moléculas, também
por inativação enzimática.

Qual será a biodisponibilidade do fármaco?

Considerando que os percentuais se referem à concentração inicial, basta somar as per-


das: 5% no estômago, 5% no intestino e 50% pela inativação hepática.

5% + 5% + 50% = 60%

Ou seja, há perda de 60% do fármaco administrado.


Assim, a biodisponibilidade oral desse medicamento, para essa formulação, é de 40%.

 Obs.: Em maior ou menor proporção, todos os medicamentos administrados pela via oral
sofrem o efeito de primeira passagem.

3.1.2. Taxa de Esvaziamento Gástrico e Motilidade Gastrintestinal

Considerando que o trato gastrintestinal pode ser “hostil” ao medicamento, por promover vá-
rias interações físico-químicas e, consequentemente, perda do efeito terapêutico, quanto maior a
motilidade gastrintestinal e mais rápido for o esvaziamento gástrico, mais rápida será a absorção.
Por isso, fatores que retardam o esvaziamento gástrico, como a presença de alimento e
uso de medicamentos antiespasmódicos, podem levar à redução da absorção.

EXEMPLO
Imagine o trato gastrintestinal como uma máquina: se ela acelera, o fármaco é mais absorvido;
se ela desacelera, o fármaco tende a se movimentar mais lentamente e, com isso, fica mais
exposto à inativação e perda de efeito terapêutico.

3.1.3. PKa do Fármaco

Como vimos anteriormente, fármacos considerados bases fracas são fortemente ioniza-
dos no pH ácido do estômago necessitando de formulações resistentes à secreção gástrica,
com intuito de que o medicamento seja desintegrado/dissolvido apenas no intestino.
Além disso, fármacos fracamente ácidos não podem ser ingeridos com bebidas básicas,
como o leite, porque podem aumentar sua ionização, prejudicando sua absorção.

3.1.4. Tipo de Formulação

As formas farmacêuticas podem apresentar sistemas de liberação convencional ou modi-


ficada/controlada.
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 Obs.: É muito importante conhecer as características de cada um deles

Alguns medicamentos são formulados com sistemas de liberação modificada. Nesses ca-
sos, o medicamento pode ser lentamente dissolvido para produzir uma absorção lenta e uni-
forme do fármaco ao longo de 8 horas ou por um período de tempo maior.
Vamos relembrar os diferentes sistemas de liberação?

3.1.5. Sistemas de liberação


3.1.5.1. Liberação Clássica, Imediata ou Convencional

De acordo com a ANVISA, a liberação imediata é definida como

Tipo de liberação de formas farmacêuticas que não são modificadas intencionalmente por um de-
senho de formulação especial e/ou método de fabricação.

É aquela forma farmacêutica que libera o(s) princípio(s) ativo(s) de forma imediata, sendo
absorvido completamente e com rapidez pelo organismo. Caracteriza-se pela formação de um
pico plasmático.

3.1.5.2. Liberação Retardada

Na liberação retardada, como o próprio nome diz, o(s) princípio(s) ativo(s) só começa a ser
liberado e absorvido um tempo depois de ser administrado.
As preparações gastrorresistentes são consideradas formas de liberação retardada, pois
são destinadas a resistir ao fluido gástrico e liberar o princípio ativo no fluido intestinal.
Esse sistema de liberação apresenta comportamento muito parecido com a liberação con-
vencional, porém com um atraso no início da ação.
Na Figura abaixo, podemos ver as curvas B e C, em que a curva B representa a liberação
convencional e a curva C representa um sistema de liberação retardada. Observe que, em am-
bas, há formação de pico plasmático, mas na liberação retardada, há um atraso.

Fonte: http://www.cespe.unb.br

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3.1.5.3. Liberação Prolongada

É um tipo de liberação modificada de formas farmacêuticas que possibilita pelo menos


uma redução na frequência de dose do medicamento de liberação convencional.
Como permitem menor frequência de doses, aumentam a adesão do paciente ao trata-
mento e levam à redução de oscilações na concentração plasmática do fármaco, evitando
níveis subterapêuticos ou tóxicos.
É obtida por meio de um desenho de formulação especial e/ou método de fabricação.

3.1.5.4. Liberação Sustentada ou Liberação Mantida

Os sistemas de liberação sustentada são caracterizados por manter constante a concen-


tração plasmática do fármaco por um período, geralmente, de 8 a 12 horas, intervalo de tempo
maior que a forma convencional.
Há uma prévia liberação de fármaco, suficiente para disponibilizar a dose terapêutica logo
após a administração e subsequente a sustentação do efeito, através da liberação gradual e
contínua do fármaco, por um tempo estendido.
Para ilustrar, vamos dar uma olhadinha nos tipos de insulina!

Fonte: http://nutexsaude.blogspot.com/

A insulina detemir apresenta uma ação prolongada, quando comparada à ação da in-
sulina NPH.
A insulina glargina, por exemplo, apresenta um sistema de liberação sustentada em rela-
ção aos outros tipos de insulina, assim, sua ação torna-se ultralonga.

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3.1.5.5. Liberação Repetida

Nesse sistema, há liberação de uma dose individual logo após a sua administração, que se
apresenta na camada mais externa do comprimido. Em seguida, há uma segunda ou terceira
doses liberadas de 4 a 6 horas após a ingestão. Assim, há maior possibilidade de manter o efei-
to terapêutico por um maior período de tempo em relação à forma convencional, substituindo
uma nova administração do medicamento.
É como se o comprimido já contivesse 2 ou 3 doses na mesma unidade.

003. (VUNESP/PREFEITURA DE PRESIDENTE PRUDENTE-SP/FARMACÊUTICO/2016) For-


mas farmacêuticas com liberação prolongada têm sido utilizadas, muitas vezes, no lugar das
formulações convencionais. Uma forma farmacêutica de liberação prolongada pode reduzir os
efeitos colaterais em relação à formulação convencional de um mesmo fármaco porque
a) o princípio ativo fica adsorvido a uma outra molécula que o libera continuamente, o que
diminui possíveis interações com outros fármacos, e com isso há uma menor incidência de
efeitos colaterais.
b) com menor frequência de administração, o risco de esquecimento das doses é menor e,
com isso, também é menor a incidência de efeitos colaterais.
c) com menor frequência de administração, são ingeridas doses menores do fármaco e, com
isso, também é menor a incidência de efeitos colaterais.
d) são liberadas dosagens maiores do fármaco em intervalos menores e, com isso, há redução
dos níveis plasmáticos e menor incidência de efeitos colaterais.
e) podem ser reduzidos os picos de concentração sanguínea acima dos níveis terapêuticos ou
em níveis tóxicos e, com isso, os efeitos colaterais tendem a ser menores.

a) Errada. Na liberação prolongada, há liberação constante do fármaco, mas isso não diminui
possíveis interações com outros fármacos.
b) Errada. Há menor frequência de administração e maior adesão com o risco de esquecimen-
to das doses, mas isso não reduz a incidência de efeitos adversos.
c) Errada. Há menor frequência de administração, não significa ingestão de menores doses
menores do fármaco.
d) Errada. Há menor frequência de administração com liberação constante do fármaco, man-
tendo os níveis plasmáticos mais estáveis.
e) Certa. As formas farmacêuticas de liberação prolongada permitem menor frequência de
doses, aumentam a adesão do paciente ao tratamento e levam à redução de oscilações na

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concentração plasmática do fármaco, evitando níveis subterapêuticos ou tóxicos, e assim,


menor incidência de efeitos adversos.
Letra e.

004. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/FARMACÊUTICO/2015) Assi-


nale a alternativa correta sobre as formas farmacêuticas de liberação modificada.
a) Formas de liberação prolongada foram desenvolvidas para liberar o fármaco num tempo
diferente daquele imediatamente após a administração, com o objetivo de protegê-lo da ação
do suco gástrico.
b) Formas de liberação retardada são modificadas para permitir a redução na frequência das
administrações necessárias, quando comparadas com a formulação convencional.
c) Formas de ação repetida, em geral, contêm duas doses do medicamento, uma para liberação
imediata e outra para liberação retardada, como no caso de comprimidos de duas camadas.
d) A granulação do fármaco com material plástico inerte, como polietileno, aumenta a veloci-
dade de liberação e a distribuição do fármaco no trato gastrintestinal, aumentando com isso a
velocidade de absorção e a biodisponibilidade.
e) A solução de um fármaco catiônico pode ser passada por coluna com resina de troca iônica
ácida para formar um complexo fármaco-resina que, uma vez comprimido, terá maior liberação
do fármaco no pH menos ácido do intestino delgado, evitando a absorção gástrica.

a) Errada. Essas são características das formas de liberação retardada.


b) Errada. Essas são características das formas farmacêuticas de liberação prolongada.
c) Certa. Nas formas de liberação repetida, em geral, há duas doses, sendo uma liberada ime-
diatamente e outra liberada após um período de tempo (liberação retardada), conforme as
camadas da formulação.
d) Errada. Quando um fármaco está granulado com material plástico inerte, sendo um exemplo
o polietileno, ele passa a ser liberado lentamente.
e) Errada. O complexo fármaco-resina obtido após passar por coluna com resina de troca iôni-
ca ácida tem maior tem menor liberação do fármaco no pH menos ácido do intestino delgado.
Letra c.

005. (UNESC/PREFEITURA DE MARACAJÁ-SC/FARMACÊUTICO/2020) A via de administra-


ção que não evita o metabolismo hepático de primeira passagem é a via:
a) Sublingual.
b) Intramuscular.
c) Oral.
d) Intravenosa.

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a) Errada. A via sublingual evita o metabolismo de primeira passagem.


b) Errada. A via intramuscular evita o metabolismo de primeira passagem.
c) Certa. A via oral não evita o metabolismo de primeira passagem.
d) Errada. A via intravenosa evita o metabolismo de primeira passagem.
Letra c.

006. (CPCON/PREFEITURA DE AREIAL-PB/FARMACÊUTICO/2021) Sobre o processo far-


macocinético ABSORÇÃO, marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso.
( ) Uma das etapas para a absorção oral do fármaco consiste em atravessar a membrana do
epitélio gastrintestinal, geralmente pela via transcelular ou paracelular, acessando a circulação
sistêmica por meio dos capilares sanguíneos.
( ) Para serem bem absorvidos, os fármacos devem ser lipossolúveis para se difundirem nos
líquidos do organismo. Além disso, devem também apresentar certa lipossolubilidade para
serem capazes de atravessar as membranas biológicas.
( ) Fármacos com ácidos fracos serão mais bem absorvidos em locais com pH mais baixo,
entretanto basta uma pequena fração não dissociada para que esse fármaco possa ser absor-
vido de modo eficiente no intestino devido à grande superfície de absorção disponível.
( ) A velocidade e a eficiência da absorção independem da via de administração da forma far-
macêutica que contém o fármaco.
O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa:
a) V, F, V e F.
b) F, F, V e F.
c) V, V, F e V.
d) V, V, F e F.
e) V, F, F e F.

(V) Verdadeiro. Pela via oral, a absorção envolve a passagem do fármaco pela membrana do
epitélio gastrintestinal (via transcelular ou paracelular), acessando a circulação sistêmica por
meio dos capilares sanguíneos.
(F) Falso. Para serem bem absorvidos, os fármacos devem ser lipossolúveis para serem capa-
zes de atravessar as membranas biológicas e apresentar certa hidrossolubilidade para serem
capazes de se difundirem nos líquidos do organismo.
(V) Verdadeiro. Fármacos ácidos fracos são melhor absorvidos em pH mais baixo. Porém, uma
das vantagens do intestino é sua grande área de superfície, facilitando a absorção mesmo de
pequenas quantidades não-ionizadas.

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(F) Falso. A velocidade e a extensão da absorção, definidas como biodisponibilidade, depen-


dem da via de administração da forma farmacêutica do fármaco.
Sequência correta: V, F, V e F.
Letra a.D

3.2. Via Sublingual


Consiste em administrar o medicamento sob a língua, sem mastigar ou engolir, e deixá-lo
dissolver completamente.
A absorção por essa via é extremamente rápida.
O fármaco é absorvido por microvasos sublinguais, atingem a veia cava superior e seguem
ao coração, escapando, portanto, do efeito de primeira passagem.

007. (INSTITUTO EXCELÊNCIA/PREFEITURA DE TOMBOS-MG/FARMACÊUTICO/2019) Ab-


sorção é a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente san-
guínea. A velocidade e a eficiência da absorção dependem do ambiente onde o fármaco é
absorvido, das suas características químicas e da via de administração. São vantagens da
administração sublingual:
a) Os alimentos podem interferir na absorção.
b) Ideal para dosagens de altos volumes.

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c) Ideal para fármacos que podem ser tomados em pequenas doses.


d) Evita o efeito de primeira passagem.

a) Errada. Uma vantagem da via sublingual é a ausência de interferência dos alimentos na ab-
sorção dos fármacos.
b) Errada. A via sublingual é ideal para fármacos que podem ser tomados em pequenos volumes.
c) Errada. A via sublingual é ideal para fármacos que podem ser tomados em pequenos volumes.
d) Certa. A via sublingual evita o efeito de primeira passagem.
Letra d.

3.3. Via Bucal


Consiste na administração do fármaco na mucosa oral, na boca, sendo colocado entre a
gengiva e a bochecha.
A mucosa da boca possui um epitélio fino e vascularização muito rica, favorecendo a ab-
sorção dos fármacos.
A via bucal é geralmente utilizada para efeito local.

 Obs.: Formas farmacêuticas para a via bucal: colutórios e pomadas em orabase

3.4. Via Retal


A via retal pode ser utilizada para 2 finalidades:
• Efeitos locais
• Efeitos sistêmicos

EXEMPLO
São exemplos de medicamentos utilizados para efeitos locais: supositórios à base de anti-in-
flamatórios para tratamento de fissuras retais, supositórios e enemas laxativos, dentre outros.

Ao entrar em contato com o reto, as moléculas do fármaco dissolvidas passam pela ca-
mada de muco e pelo epitélio retal, tendo sua absorção por difusão passiva, como em todo o
sistema gastrintestinal.

 Obs.: O pH da região retal (muco) é aproximadamente 7,5 em adultos e um pouquinho mais


alcalino em crianças.

Os plexos venosos hemorroidários se dividem em veias hemorroidais superiores, médias


ou intermediárias e inferiores.

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Após a administração pela via retal, os fármacos que alcançam as veias hemorroidais su-
periores são levados ao fígado pelo sistema porta, sofrendo inativação enzimática de parte da
dose administrada pelo metabolismo de primeira passagem.
Já a porção que atinge as veias hemorroidais médias ou intermediárias e inferiores pas-
sam diretamente à circulação sistêmica, não sofrendo inativação enzimática pelo efeito de
primeira passagem.

Fonte: http://www.edisciplinas.usp.br

3.4.1. Vantagens

O uso para efeitos sistêmicos é muito útil quando o paciente se encontra inconsciente ou
com dificuldade de deglutição, ou ainda, quando o fármaco é irritante para a mucosa gástrica
ou tem sabor desagradável.
Essa via é muito utilizada em crianças que estão com quadro de vômitos ou que não con-
seguem ingerir o medicamento pelo sabor desagradável.

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3.4.2. Desvantagens

São desvantagens da via retal:


• Metabolismo de primeira passagem: 50% do fármaco administrado pela via retal pode
passar pela veia porta-hepática e sofrer o efeito de primeira passagem
• Absorção imprevisível devido ao fato de o reto não conter microvilosidades
• Muitos fármacos podem irritar a mucosa retal
• Pode estimular e desencadear a evacuação

 Obs.: Formas farmacêuticas clássicas para a via retal: supositórios e soluções enemas
ou clister.

Algumas formas farmacêuticas podem ser utilizadas nas regiões anal ou perianal (ao redor
do ânus), como emulsões, suspensões, pomadas, cremes e geis. Alguns autores consideram
essas regiões como parte da via retal, mas “classicamente” a administração nessas regiões
pode ser considerada como tópica.

008. (FGV/FUNSAÚDE-CE/FARMACÊUTICO/2021) A via de administração retal é utilizada


em muitas farmacoterapias, objetivando ação local ou sistêmica. Com relação à biodisponibi-
lidade do fármaco por essa via, analise as afirmativas a seguir.
I – Nesta via, ela se dá primariamente por difusão passiva, porém a sua biodisponibilidade
pode variar de indivíduo para indivíduo.
II – Caso a molécula seja drenada do supositório para as veias hemorroidais inferior e interme-
diária, ela irá direto para a veia porta, levando o fármaco diretamente para o fígado, onde será
metabolizado.
III – Se o fármaco for liberado para a veia superior retal, alcançará o interior da veia cava, e,
então, o sangue seguirá para o coração e para a circulação sistêmica.
Está correto o que se afirma em
a) II e III, somente.
b) I e III, somente.
c) I e II, somente.
d) II, somente.
e) I, somente.

I – Certa. Pela via retal, o fármaco é absorvido inicialmente por difusão passiva, porém a sua
biodisponibilidade é muito variável entre indivíduos, considerando que até 50% do fármaco
pode passar por inativação enzimática após passar pela circulação portal.

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II – Errada. Caso a molécula seja drenada do supositório para as veias hemorroidais inferior e
intermediária, ela não passa pela circulação portal. As veias hemorroidais superiores levam o
fármaco diretamente para o fígado, onde será metabolizado.
III – Errada. Se o fármaco for liberado para a veia superior retal, passará pela veia porta e che-
gará ao fígado, onde sofrerá o metabolismo de primeira passagem.
Está correto o que se afirma em I, apenas.
Letra e.

009. (INSTITUTO UNIFIL/PREFEITURA DE SANTO ANTÔNIO DO SUDOESTE-PR/FARMA-


CÊUTICO/2020) Identifique uma forma farmacêutica adequada para a administração de me-
dicamentos pela via retal.
a) Gel.
b) Solução.
c) Pó.
d) Aerossol.

As formas farmacêuticas mais adequadas para a via retal são: supositório e soluções enemas
ou clister.
Letra b.

010. (FSPSS/FSPSS/FARMACÊUTICO/2019) A respeito das vias de administração de fárma-


cos, assinale a alternativa correta.
a) Somente fármacos que agridem a mucosa estomacal é que são administrados em apresen-
tações com revestimento.
b) A via sublingual é adequadamente utilizada para inúmeros fármacos, devido à grande super-
fície de absorção.
c) A via retal é, muitas vezes, útil quando o paciente encontra-se inconsciente e a ingestão oral
não é possível.
d) Fármacos aquosos são absorvidos de modo mais lento que os oleosos pela via intramuscular.

a) Errada. O revestimento de comprimidos é utilizado por vários motivos, e não somente por
conterem fármacos que agridem a mucosa. Um exemplo é o uso de revestimento gastrorresis-
tente para evitar a ionização no estômago de fármacos que sejam bases fracas.
b) Errada. Apesar de ser uma via de rápida absorção, a via sublingual apresenta uma área de
pequena extensão, sendo uma das suas desvantagens.
c) Certa. Uma das vantagens da via retal é a sua administração em pacientes que estejam in-
conscientes ou com dificuldade de deglutição.

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d) Errada. Pela via intramuscular, fármacos aquosos têm uma absorção mais rápida, pois as
partículas do fármaco já se encontram dissolvidas no meio aquoso.
Letra c.

011. (VUNESP/PREFEITURA DE PRESIDENTE PRUDENTE-SP/FARMACÊUTICO/2016) A


absorção é definida como a passagem de um fármaco de seu local de administração para o
plasma. Assinale a alternativa correta quanto à relação entre a via de administração de um
fármaco e a sua absorção.
a) A absorção é um fenômeno que deverá ocorrer com todos os tipos de fármacos, adminis-
trados por qualquer via, para que esse fármaco possa chegar ao seu sítio de ação e exercer
sua função.
b) No intestino, fármacos que são bases fortes e com elevado pKa são os mais rapidamente
absorvidos.
c) A administração retal é útil apenas para fármacos de ação local, ou seja, que são absorvidos
e agem diretamente no reto ou intestino.
d) Fármacos administrados por via sublingual podem passar diretamente para a circulação
sistêmica, sem entrar pelo sistema porta-hepático.
e) A via inalatória somente é útil para a administração de fármacos de ação local, ou seja, que
exercem seu efeito nos pulmões, e geralmente a administração é feita por inalação.

a) Errada. Não há que se falar em absorção quando o medicamento é administrado diretamen-


te na corrente sanguínea, como ocorre com a via intravenosa.
b) Errada. No intestino, fármacos que são bases fracas e com baixo pKa são os mais rapida-
mente absorvidos.
c) Errada. A administração retal é útil não só para ação local, ou seja, são absorvidos e apre-
sentam efeito sistêmico.
d) Certa. A administração de medicamentos pela via sublingual evita o efeito de primei-
ra passagem.
e) Errada. A via inalada permite absorção e ação sistêmica.
Letra d.

Agora vamos abordar as vias parenterais!

4. Vias Parenterais
As vias parenterais são divididas em diretas e indiretas.

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Como vimos, as vias parenterais diretas utilizam administração por meio do uso de inje-
ção. E as parenterais indiretas, utilizam outros meios para administrar os medicamentos, sem
o uso de injeções.

4.1. Vias Parenterais Diretas


Vamos começar pelas vias parenterais diretas!

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4.1.1. Via Intravenosa ou Endovenosa

Consiste na introdução direta do medicamento em uma veia do paciente por meio de uma
injeção, apresentando biodisponibilidade de 100%.

A via de administração intravenosa “pula” a etapa da absorção

E passa diretamente à etapa farmacocinética da distribuição.


Mais uma vez, lembre-se:

A via endovenosa não sofre absorção!

Pela via endovenosa, o medicamento pode ser aplicado:


• “In bolus”: de uma única vez
• Por infusão contínua: durante um período de tempo pré-determinado por meio de uma
bomba de infusão contínua (BIC)

4.1.1.1. Vantagens
• Rápido início de ação
• Biodisponibilidade de 100%
• Útil em situações de emergência
• Útil quando o paciente está inconsciente
• Permite administração de grandes volumes
• Precisão da dose, permitindo titulação
• Permite a administração de proteínas de alta massa molecular, como peptídeos e prote-
ínas que não são absorvidos por outra via
• Permite a administração de substâncias irritantes, desde que adequadamente diluídas

4.1.1.2. Desvantagens
• Maior risco de efeitos adversos devido ao rápido efeito
• Impossibilidade de administração de soluções oleosas e suspensões (com partículas
insolúveis), devido ao risco de embolias
• Pode provocar dor
• Geralmente mais cara que as vias enterais por requerer recursos humanos e materiais
para administração
• Necessidade de técnicas de assepsia

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012. (IDECAN/PREFEITURA DE BAEPENDI-MG/FARMACÊUTICO/2015) Qual das vias de ad-


ministração a seguir NÃO possui absorção?
a) Subcutânea.
b) Intravenosa.
c) Intradérmica.
d) Intramuscular.

a) Errada. A via subcutânea apresenta absorção.


b) Certa. Das vias de administração apresentadas, a única que não passa pelo processo de
absorção é a via intravenosa ou endovenosa, pois o medicamento é administrado diretamente
na circulação sistêmica. Como a etapa de absorção consiste na passagem do local de admi-
nistração para a corrente sanguínea, não há que se falar em absorção pela via intravenosa.
c) Errada. A via intradérmica apresenta absorção.
d) Errada. Pela via intramuscular, há o processo de absorção.
Letra b.

4.1.2. Via Intramuscular

O medicamento é injetado diretamente no músculo.


Por ser um local de boa vascularização, essa via possui uma biodisponibilidade mais alta
e início de ação mais rápido que a via oral.
Fármacos em solução aquosa são absorvidos mais rapidamente do que os que estão em
solução oleosa ou em suspensão (depósito).

Agora, olha que interessante!

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Dependendo do músculo que recebe a administração do medicamento, há diferenças na


velocidade de absorção!
Os músculos com maior capacidade para receber as injeções são o vasto lateral da coxa
e o glúteo maior.
Como o vasto lateral apresenta menor proporção de gordura, costuma ter absorção mais
rápida que o glúteo.

Apesar dessa relação, o músculo deltoide ou o grande lateral apresentam maior velocidade de
absorção do que a administração no músculo glúteo.

Mulheres costumam ter absorção mais lenta do que os homens na região glútea devido às
diferenças na distribuição e na perfusão de gordura subcutânea. Mulheres apresentam maior
deposição de gordura e menor vascularização no glúteo.

4.1.2.1. Vantagens
• Adequada para volumes moderados (até 5mL, dependendo do músculo)
• Adequada para soluções oleosas e suspensões pouco solúveis
• Passível de autoaplicação: o paciente pode conseguir aplicar em si mesmo

4.1.2.2. Desvantagens
• Tempo de absorção variável
• Pode causar hemorragias intramusculares, devendo ser evitada quando o paciente utili-
zar anticoagulantes
• Substâncias irritantes podem causar dor e necrose no local da aplicação
• Pode levar à alteração de exames laboratoriais, como a creatinoquinase

013. (IBADE/IAPEN-AC/FARMACÊUTICO/2020) Assinale a alternativa que apresenta uma


característica da via de administração intramuscular:
a) possibilidade de administração de grandes volumes.
b) tempo de absorção variável.
c) absorção lenta e constante.
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d) biodisponibilidade variável.
e) permite a administração de pró-fármacos.

a) Errada. Pela via intramuscular, é possível a administração de volumes moderados.


b) Certa. O tempo de absorção pela via intramuscular é variável, pois depende de diversos
fatores, como as características do medicamento, o músculo que recebe a administração em
relação à vascularização e presença de gordura, dentre outros fatores.
c) Errada. Pela via intramuscular, a absorção pode ser rápida ou lenta (variável) dependendo
das características do medicamento.
d) Errada. A biodisponibilidade dos medicamentos pela via intramuscular é alta, não sendo
é variável.

 Obs.: Apenas a via intravenosa apresenta biodisponibilidade de 100%.

e) Errada. Como não atinge a circulação portal, a via intramuscular não permite a administra-
ção de pró-fármacos.
Letra b.

4.1.3. Via Subcutânea

O fármaco é administrado no tecido subcutâneo.


Trata-se de um tecido delicado, portanto, é uma via inadequada para substâncias irritantes.
Além disso, é adequada apenas para pequenos volumes.
Podem ser administradas tanto soluções aquosas como oleosas e em suspensão, desde
que não causem irritação tecidual.

4.1.3.1. Vantagens
• Adequada para fármacos de liberação lenta
• Ideal para suspensões pouco solúveis
• Passível de autoaplicação: o paciente pode conseguir aplicar em si mesmo

4.1.3.2. Desvantagens
• Substâncias irritantes podem causar dor e necrose no local da aplicação
• Inadequada para grandes volumes

Cuidado para não confundir as vias!


Cada uma tem uma característica de acordo com o tecido em que o medicamento é ad-
ministrado.

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Fonte: Whalen, 2016

 Obs.: Um tipo especial de técnica para administração pela via subcutânea é a hipodermóclise.
 Ela é utilizada em idosos, pacientes em cuidados paliativos, pacientes dificuldade de
acesso venoso ou que recebam medicamentos compatíveis com essa via. Porém,
deve ser evitada em pacientes com comprometimento do tecido subcutâneo, como os
casos de anasarca grave.
 Com a hipodermóclise, é possível administrar volumes um pouco maiores de medica-
mentos.

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Fonte: http://eephcfmusp.org.br

014. (IBFC/MGS/FARMACÊUTICO/2020) A correta administração de medicamentos é um


dos fatores que determinam a segurança do paciente nos diversos serviços de saúde. Sobre
as vias de administração dos medicamentos, analise as afirmativas abaixo e assinale a alter-
nativa correta.
I – A hipodermóclise consiste na administração de medicamentos no tecido subcutâneo que
é pouco vascularizado. Logo, é a via mais indicada para administração de fármacos irritantes
em pacientes oncológicos.
II – Na via intravenosa, os medicamentos devem ser administrados lentamente e, as reações
do paciente, devem ser monitoradas pela equipe multiprofissional, pois o fármaco alcança di-
retamente a corrente sanguínea e os efeitos são manifestados imediatamente.
III – Na via intramuscular, a administração de medicamentos pode ocasionar sensações de dor
ou desconforto para os pacientes, uma vez que, o medicamento é administrado em camadas
musculares que são inervadas por fibras sensitivas. A vacina tríplice bacteriana é um exemplo
de medicamento administrado por esta via.
a) Apenas a afirmativa I está correta
b) Apenas a afirmativa III está correta
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
d) As afirmativas I, II e III estão corretas

I – Errada. A hipodermóclise consiste na administração de medicamentos no tecido subcutâ-


neo que é pouco vascularizado e muito inervado. Substâncias irritantes podem causar dor e

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necrose no local da aplicação, não sendo indicado o uso de medicamentos com fármacos
irritantes por essa via.
II – Certa. Considerando as características da via intravenosa, como rapidez de início da ação,
impossibilidade de reverter a dose aplicada, dentre outros, os medicamentos devem ser admi-
nistrados lentamente.
III – Certa. Uma das desvantagens da via intramuscular é o risco de lesões ou dor para os pa-
cientes. A injeção é aplicada no músculo, que contém grande inervação. A vacina tríplice bac-
teriana é um exemplo de medicamento administrado por esta via, por isso causa dor no local,
muitas vezes, inviabilizando a movimentação do membro.
Apenas as afirmativas II e III estão corretas
Letra c.

4.1.4. Via Intradérmica

O fármaco é administrado sob a derme.


É uma via muito restrita, que permite a administração de pequenos volumes (0,1 a 0,5 mL).
Geralmente é utilizada para provas de sensibilidade e aplicação da vacina contra a tuber-
culose (BCG).

015. (INSTITUTO UNIFIL/PREFEITURA DE SANTO ANTÔNIO DO SUDOESTE-PR/FARMA-


CÊUTICO/2020) Qual a via de administração empregada para aplicar uma pequena dose de
um medicamento sob a derme?
a) Via tópica.
b) Via intramuscular.
c) Via subcutânea.
d) Via intradérmica.

a) Errada. Via tópica: administração do medicamento sobre a pele ou mucosas para efeito local.
b) Errada. Via intramuscular: administração do medicamento no músculo.
c) Errada. Via subcutânea: administração do medicamento no tecido subcutâneo.
d) Certa. Via intradérmica: administração de pequeno volume sob a derme.
Letra d.

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4.1.5. Via Intratecal

A via intratecal consiste na aplicação do medicamento diretamente no espaço subaracnói-


deo, alcançando o sistema nervoso por evitar a barreira hematoencefálica.
Também pode ser denominada como via subaracnoidea, intrarraquídea ou intrarraquidiana.

4.1.6. Via Intra-Arterial

A via intra-arterial consiste na aplicação do medicamento diretamente em uma artéria.


É uma via que apresenta muitos riscos de sangramento devido à alta pressão nesses vasos
sanguíneos. Por isso, é restrita a condições que requeiram esse tipo de administração, como
o tratamento de tumores.

4.1.7. Via Intraperitoneal

A via intraperitoneal consiste na aplicação do medicamento no peritônio. É um tipo de ad-


ministração em cavidades serosas, pouquíssimo utilizada.
Está indicada, por exemplo, no caso de metástase intra-abdominal.

4.1.8. Via Peridural

Muito utilizada para aplicação de anestesias, consiste na administração do medicamento


no espaço entre a dura-máter e a parede do canal raquideano.
Agora vamos ver as principais vias parenterais indiretas!

4.2. Vias Parenterais Indiretas


São vias parenterais indiretas!

4.2.1 Via Pulmonar, Respiratória ou Inalada

Nessa via, o fármaco pode ser inalado ou aspirado, chegando rapidamente ao epitélio pul-
monar e, então, à circulação sistêmica.

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Utilizada para fármacos gasosos e voláteis, e para pós secos administrados em inaladores.
Quanto menor for o tamanho das partículas, maior é a possibilidade de que o fármaco atinja
efetivamente os alvéolos.
Os pulmões têm grande área de absorção e é muito vascularizado, favorecendo a absorção.

4.2.1.1. Vantagens
• Não sofre efeito de primeira passagem
• Útil para medicamentos cujo órgão-alvo seja os pulmões como broncodilatadores e cor-
ticosteroides para tratamento de bronquites e asma
• Menor risco de efeitos adversos

4.2.1.2. Desvantagens
• Dificuldade de manuseio no uso de inaladores
• Alguns fármacos, como os anestésicos gerais, são irritantes

4.2.2. Via Epidérmica (Cutânea)

Nesta via, o medicamento é aplicado sobre a pele.


A pele representa uma importante área de proteção contra agressões externas, sendo for-
mada por várias camadas celulares, com baixa vascularização. Essas características dificul-
tam a absorção sistêmica dos medicamentos aplicados por essa via.
Em geral, medicamentos aplicados sobre a pele, como cremes, unguentos, pomadas, géis,
loções etc não atingem a circulação sistêmica. Possuem, portanto, somente ação local, ou
seja, tópica.

4.2.2.1. Vantagens
• Não sofre efeito de primeira passagem
• Não apresenta efeitos sistêmicos (efeito local)

4.2.2.2. Desvantagens
• Baixa absorção
• Pode causar irritação local e alergia

4.2.3. Via Transdérmica

A via transdérmica consiste na administração de fármacos que sejam suficientemente li-


possolúveis para atravessar a barreira da derme e atingir a circulação sistêmica em concentra-
ção suficiente para realizar o efeito terapêutico.

 Obs.: Não se trata de uma via tópica!

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As formulações transdérmicas ou percutâneas são aplicadas na pele na forma de emplas-


tros, adesivos e geis que permitem a liberação controlada dos fármacos em pequenas quanti-
dades durante um longo período de tempo.
É uma via de administração simples e conveniente, aplicada em região de pele fina.
A absorção depende da área de exposição, difusão do fármaco na derme (alta lipossolubi-
lidade), temperatura e estado de hidratação da pele.

EXEMPLO
Exemplos de fármacos administrados por essa via: contraceptivos, analgésicos e medicamen-
tos antitabagismo.

A via transdérmica (parenteral indireta) é diferente da via intradérmica, considerada uma via
parenteral direta, já que os medicamentos são administrados por meio de injeção.

4.2.4. Conjuntival, Oftálmica ou Ocular

Consiste na administração do medicamento acima da pálpebra e/ou da conjuntiva.


É uma via pouco utilizada, destinada predominantemente para efeito local, sendo a absor-
ção pelo canal nasolacrimal indesejada.

4.2.4.1. Vantagens
• Não sofre efeito de primeira passagem
• Absorção mínima e não apresenta efeitos sistêmicos (efeito local)
• Baixo risco de efeitos adversos

4.2.4.2. Desvantagens
• Irritação local e alergia
• Risco de catarata

4.2.5. Mucosas

A aplicação de fármacos nas mucosas como na região bucal, ocular, nasal, vaginal etc pro-
movem ação local imediata e absorção sistêmica.
As mucosas são muito vascularizadas, permitindo rápida absorção. No entanto, a maioria
dos fármacos utilizados em mucosas possui o objetivo de efeito no local da administração.
É uma via que costuma ter baixas concentrações, minimizando a possibilidade de efeitos
sistêmicos, já que a quantidade de fármaco absorvida não chega a ser suficiente para gerar
efeitos, sejam terapêuticos ou adversos.

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EXEMPLO
Colírios, sprays bucais, comprimidos vaginais de rápida dissolução, gotas nasais, gotas otoló-
gicas etc

5. Via de Administração X Absorção


Diante das características apresentadas, fica claro que a via de administração interfere
muito no padrão de absorção dos fármacos, podendo, inclusive, alterar a sua Cmáx e Tmáx.

Mas, o que vem a ser Cmáx e Tmáx?

Cmáx é uma sigla que se refere à concentração máxima possível no compartimento intravas-
cular após a administração oral do fármaco. Ou seja, a concentração mais alta que o fármaco
pode atingir no plasma após ser administrado. O tempo que esse fármaco leva para alcançar
essa concentração máxima é chamado de “Tempo Máximo” ou Tmáx.
A Cmáx precisa estar dentro da faixa terapêutica, que corresponde à faixa de concentra-
ção plasmática que o fármaco pode atingir para exercer um efeito terapêutico. Essa faixa
fica compreendida entre o nível plasmático efetivo (NPE) e a concentração máxima tolerada
(CMT), em que:
NPE: é a concentração mínima necessária para que se obtenha a resposta farmacológica.
CMT: é a concentração máxima necessária para que se obtenha efeito farmacológico sem
causar efeito tóxico no organismo.
Para visualizar melhor a faixa terapêutica, observe a Figura:

Fonte: Golan, 2009

A área em laranja representa a faixa terapêutica do fármaco.

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A, B e C são diferentes formulações de um mesmo fármaco administrado por via oral.


Já na próxima Figura 2, temos representada uma curva de concentração plasmática versus tem-
po de um mesmo fármaco, na mesma concentração, quando é administrado em vias diferentes.

Fonte: Golan, 2009

Fonte: http://www.interacaomedicamentosa.com

É possível perceber que a Tmáx e Cmáx podem variar dependendo da via administrada, da
forma farmacêutica, das características físico-químicas do fármaco e de qualquer outro fator
que interfira na extensão e na velocidade de absorção do fármaco.

016. (IBADE/PREFEITURA DE ITAPEMIRIM-ES/FARMACÊUTICO/2019) A farmacocinética é


responsável por analisar o trajeto percorrido pelo fármaco, desde sua absorção até sua elimi-
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nação, passando pela distribuição e biotransformação. Os fármacos são planejados em poso-


logia definida que serão administrados em via específica. Com base nas vias de administração
estabeleça a correta correspondência entre a coluna I e II.
Coluna I
1. Via intravenosa
2. Via subcutânea
3. Via intramuscular
4. Via oral
5. Via inalatória
Coluna II
( ) Via mais conveniente e econômica: geralmente é a mais segura; depende da adesão
ao paciente.
( ) Via que pode ser utilizada para volumes moderados, veículos oleosos e algumas substân-
cias irritantes.
( ) Via adequada para algumas suspensões pouco solúveis e para instilação de implantes de
liberação lenta.
( ) Via valiosa para uso em emergências, permite a titulação da dose; geralmente é necessária
para proteínas de alto peso molecular e fármacos peptídeos.
( ) Via que apresenta grande área de absorção e efeitos rápidos; utilizada para fármacos voláteis.
A sequência correta é:
a) 5, 2, 3, 1 e 4.
b) 4, 2, 1, 3 e 5.
c) 4, 3, 2, 1 e 5.
d) 2, 1, 3, 4 e 5.
e) 4, 3, 1, 2 e 5.

(4) Trata-se da via oral: via mais conveniente e econômica, geralmente a mais segura e que
depende da adesão ao paciente.
(3) Trata-se da via intramuscular: via que pode ser utilizada para volumes moderados, veículos
oleosos e algumas substâncias irritantes.
(2) Trata-se da via subcutânea: via adequada para algumas suspensões pouco solúveis e para
instilação de implantes de liberação lenta.
(1) Trata-se da via intravenosa: via extremamente útil para uso em emergências, permite a titulação
da dose e, geralmente, é necessária para proteínas de alto peso molecular e fármacos peptídeos.
(5) Trata-se da via inalada: apresenta grande área de absorção e efeitos rápidos, sendo utiliza-
da para fármacos voláteis.
Sequência correta: 4, 3, 2, 1 e 5.
Letra c.
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017. (FURB/PREFEITURA DE PORTO BELO-SC/FARMACÊUTICO/2019) Sobre as vias de ad-


ministração de medicamentos, analise as afirmativas abaixo e identifique as corretas:
I – Pela via retal não ocorre a etapa de absorção.
II – A via subcutânea promove uma lenta absorção do medicamento.
III – A via endovenosa proporciona uma rápida absorção do medicamento.
IV – A via intramuscular proporciona uma lenta absorção do medicamento.
V – Medicamentos administrados via oral passam por metabolismo de primeira passagem.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas II e V estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

I – Errada. Pela via retal ocorre a etapa de absorção.


II – Certa. A via subcutânea promove uma lenta absorção do medicamento.
III – Errada. Pela via endovenosa, o medicamento é administrado diretamente na circulação
sistêmica, não havendo o processo de absorção do fármaco.
IV – Errada. A via intramuscular proporciona uma rápida absorção do medicamento.
V – Certa. Medicamentos administrados via oral passam por metabolismo de primei-
ra passagem.
Apenas as afirmativas II e V estão corretas.
Letra b.

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018. (IADES/EBSERH/FARMACÊUTICO/2014) Observe a figura abaixo:


A via de administração parenteral consiste na introdução direta de um fármaco através das
barreiras de defesa do corpo na circulação sistêmica ou em algum outro espaço tecidual. Com
base nas informações apresentadas, é correto afirmar que nelas estão descritas as vantagens
e desvantagens da via:
a) subcutânea em A, da via intratecal em B, da via intramuscular em C e da via peridural em D.
b) intramuscular em A, da via subcutânea em B, da via intravenosa em C e da via intratecal em D.
c) subcutânea em A, da via intraperitoneal em B, da via intravenosa em C e da via peridural em D.
d) subcutânea em A, da via intramuscular em B, da via intravenosa em C e da via intratecal em D.
e) intravenosa em A, da via subcutânea em B, da via intramuscular em C e da via intratecal em D.

Sequência correta: subcutânea em A, via intramuscular em B, via intravenosa em C e via intra-


tecal em D.
Letra d.

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RESUMO
Tudo certinho por aí?
Como está se sentindo depois da aula?
Mais tranquilo(a)?
Agora, antes de nos despedirmos, vamos fazer um breve resumo dos principais pontos que
vimos aqui!
Ele será fundamental para te auxiliar nas revisões periódicas!
Vamos lá!
• Classificação das vias de administração

• Vias enterais: local ou segmento do trato gastrintestinal.


• Vias parenterais: não utilizam o trato gastrintestinal.

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Via de
Vantagens Desvantagens
administração

Limitação da absorção de
alguns fármacos
Possível interação com
Simples
alimentos
Econômica
Oral Necessidade de adesão pelo
Segura
paciente
Conveniente
Possível diminuição da
biodisponibilidade pelo efeito
de primeira passagem

Precisa ser lipossolúvel


Adequada somente a
Resposta rápida
pequenos volumes
Não passa pelo
Poucos medicamentos
Sublingual metabolismo de 1a
disponíveis
passagem
Sabor muitas vezes
desagradável
O paciente não pode deglutir

Metabolismo de primeira
passagem: apenas 50% do
Uso em pacientes fármaco administrado pela via
inconscientes retal sofre efeito de primeira
Uso em pacientes com passagem
dificuldade de deglutição Absorção imprevisível devido
Retal
Viabilidade para administrar ao fato de o reto não conter
fármacos irritantes para a microvilosidades
mucosa gástrica ou com Muitos fármacos podem irritar
sabor desagradável a mucosa retal
Pode estimular e desencadear
a evacuação

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Via de
Vantagens Desvantagens
administração

Rápido início de ação


Biodisponibilidade de 100%
Maior risco de efeitos
Útil em situações de
adversos devido ao rápido
emergência
efeito
Útil quando o paciente está
Impossibilidade de
inconsciente
administração de soluções
Permite administração de
oleosas e suspensões (com
grandes volumes
partículas insolúveis), devido
Precisão da dose,
ao risco de embolias
Intravenosa permitindo titulação
Pode provocar dor
Permite a administração
Geralmente mais cara que
de proteínas de alta massa
as vias enterais por requerer
molecular, como peptídeos
recursos humanos e materiais
e proteínas que não são
para administração
absorvidos por outra via
Necessidade de técnicas de
Permite a administração
assepsia
de substâncias irritantes,
desde que adequadamente
diluídas

Adequada para volumes Tempo de absorção variável


moderados (até 5mL, Pode causar hemorragias
dependendo do músculo) intramusculares, devendo ser
Adequada para soluções evitada quando o paciente
oleosas e suspensões utilizar anticoagulantes
Intramuscular pouco solúveis Substâncias irritantes podem
Passível de autoaplicação: causar dor e necrose no local
o paciente pode conseguir da aplicação
aplicar em si mesmo Pode levar à alteração de
exames laboratoriais, como a
creatinoquinase

Adequada para fármacos


Substâncias irritantes podem
de liberação lenta
causar dor e necrose no local
Ideal para suspensões
da aplicação
Subcutânea pouco solúveis
Inadequada para grandes
Passível de autoaplicação:
volumes
o paciente pode conseguir
aplicar em si mesmo

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Via de
Vantagens Desvantagens
administração

Não sofre efeito de primeira


passagem
Útil para medicamentos
Dificuldade de manuseio no
cujo órgão-alvo seja
uso de inaladores
os pulmões como
Alguns fármacos, como
Pulmonar broncodilatadores e
os anestésicos gerais, são
corticosteroides para
irritantes
tratamento de bronquites
e asma
Menor risco de efeitos
adversos

Não sofre efeito de primeira Baixa absorção


passagem Pode causar irritação local e
Epidérmica
Não apresenta efeitos alergia
sistêmicos (efeito local)

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MAPA MENTAL

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/FARMACÊUTICO/2021) Em alguns casos
de encefalite, os fármacos são necessariamente administrados em vias diretas no Sistema
Nervoso Central. Para tal, a via de escolha é:
a) intratecal.
b) intravenosa.
c) intramuscular.
d) percutânea.

002. (FACET CONCURSOS/PREFEITURA DE CAPIM-PB/FARMACÊUTICO/2020) A via de


administração é determinada primariamente pelas propriedades do fármaco, possibilitando a
entrada do fármaco nos tecidos corporais, e pelos objetivos terapêuticos. A via de administra-
ção intratecal corresponde:
a) Na injeção de substâncias no canal raquidiano, diretamente no espaço subaracnoide, evitan-
do assim a barreira hematoencefálica, atuando assim no sistema nervoso.
b) Na administração de medicamentos pela mucosa nasal até os alvéolos pulmonares, geral-
mente na forma de aerossol.
c) Na administração de medicamentos pela via retal, atuando localmente ou produzindo efei-
tos sistêmicos.
d) Administração de medicamentos feita diretamente no músculo, cuja a absorção vai depen-
der do fluxo sanguíneo local e do grupo muscular.
e) Na administração de medicamentos diretamente na corrente sanguínea, através da veia,
promovendo 100% de biodisponibilidade do fármaco.

003. (IADES/HU-UFTM/FARMACÊUTICO/2013) A via de administração de medicamentos in-


dicada na emergência, em que o princípio ativo não necessita ser absorvido e, por isso, tem
rápido início de ação é a:
a) oral.
b) transdérmica.
c) intravenosa.
d) intranasal.

004. (EDUCA/PREFEITURA DE VÁRZEA-PB/FARMACÊUTICO/2019) Através de um adesivo,


o medicamento pode ser administrado lentamente e de forma constante, durante muitas ho-
ras, dias ou até mesmo mais tempo. Como resultado, os níveis do medicamento no sangue
podem ser mantidos relativamente constantes. Os adesivos são particularmente úteis no caso
de medicamentos que o organismo elimina com rapidez, pois, se os mesmos fossem adminis-
trados de outras formas, teriam de ser tomados frequentemente.
O conceito acima é de aplicação de medicamento pela Via:
a) Transdérmica.
b) Cutânea.
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c) Inalatória.
d) Otológica.
e) Ocular.

005. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ-ES/FARMACÊUTICO/2019) Sobre a absorção e


biodisponibilidade de fármacos é correto afirmar que:
a) o transporte inverso associado com glicoproteína-P é um mecanismo que aumenta a absor-
ção de fármacos administrados por via oral.
b) a baixa absorção de moléculas demasiadamente hidrossolúveis está relacionada com a
dificuldade que estas substâncias apresentam em atravessar a membrana lipídica celular.
c) o efeito de primeira passagem influencia diretamente a biodisponibilidade de fármacos ad-
ministrados por via intravenosa.
d) o transporte passivo através da membrana lipídica celular é favorecido para moléculas com
baixo peso molecular e iônicas.
e) moléculas com características ácidas são melhores absorvidas no intestino, pois encon-
tram-se majoritariamente em sua forma iônica.

006. (FUNRIO/SESAU-RO/FARMACÊUTICO/2017) A via de administração que NÃO evita o


metabolismo hepático de primeira passagem é a via:
a) transdérmica.
b) oral.
c) pulmonar
d) intravenosa.
e) nasal.

007. (CESPE-CEBRASPE/HUB/FARMACÊUTICO/2017)

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O gráfico precedente apresenta as curvas plasmáticas A, B, C e D de quatro medicamentos.


Com relação aos aspectos farmacocinéticos e farmacotécnicos envolvidos nessas curvas, jul-
gue o item subsequente.
A curva A poderia ser a curva plasmática de um medicamento administrado pela via endovenosa.

008. (OBJETIVA/PREFEITURA DE PORTÃO-RS/FARMACÊUTICO/2019) Considerando-se as


vias de administração de medicamentos, analisar os itens abaixo:
I – A via intramuscular permite a absorção de soluções aquosas e oleaginosas ou de suspensões.
II – As preparações nasais são absorvidas de tal forma que podem exercer tanto efeitos locais
como sistêmicos.
III – A via parenteral tem como uma das principais vantagens a rápida absorção, além de níveis
plasmáticos farmacológicos mais previsíveis.
Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente os itens I e II.
b) Somente os itens I e III.
c) Somente os itens II e III.
d) Todos os itens.

009. (COTEC/PREFEITURA DE LAGOA GRANDE-MG/FARMACÊUTICO/2019) A figura a se-


guir mostra variações da concentração de uma mesma droga na corrente sanguínea. Analise-a.

Considerando a figura e o assunto abordado, analise as alternativas abaixo e assinale a via de


administração correspondente à curva IV.
a) Via intravenosa.
b) Via intramuscular.
c) Via subcutânea.
d) Via oral.

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010. (INSTITUTO AOCP/EBSERH-HU-UFJF/FARMACÊUTICO/2015) A via de administração pa-


renteral é representada principalmente pelas vias intramuscular, endovenosa e subcutânea, impor-
tantes para a liberação dos fármacos diretamente no espaço interno do organismo. Qual das alter-
nativas a seguir apresenta uma vantagem e uma desvantagem da via parenteral, respectivamente?
a) Indicadas para pacientes com êmese, mas problemática em pacientes que não seguem a
terapêutica.
b) Indicada em situações de emergência, mas difíceis de reverter em casos de hipersensibili-
dade à droga administrada.
c) Convenientes para doses frequentes, mas necessitam de processo asséptico.
d) Facilitam administração por exigir profissional treinado, mas impróprias para corrigir dese-
quilíbrios de fluidos eletrolíticos.
e) Favorecem o rápido início de ação do fármaco, mas são contraindicadas em pacientes in-
conscientes.

011. (INSTITUTO AOCP/EBSERH-UFMA/FARMACÊUTICO/2015) Em relação às vias de ad-


ministração de medicamentos, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Na administração pela via oral, a absorção se dá no trato digestivo, podendo se iniciar na
boca, no estômago ou no intestino.
b) A infusão endovenosa tem por finalidade manter os níveis terapêuticos constantes em pa-
cientes hospitalizados, porém, na medida do possível, não deve ser utilizada para administrar
medicamentos oleosos ou que hemolisem as células do sangue.
c) A escolha da via de administração independe das propriedades físico-químicas do
medicamento.
d) A via intra-arterial destina-se à aplicação no interior da artéria, indicada quando se dese-
ja atingir um determinado tecido ou órgão. É utilizada principalmente para antineoplásicos e
contrastes.
e) A via subcutânea destina-se à aplicação logo abaixo da pele. É utilizada para aplicação de
substâncias não irritantes e de pH semelhante ao local de aplicação para evitar necrose.

012. (INSTITUTO AOCP/EBSERH-HUMAP-UFMS/FARMACÊUTICO/2014) A escolha da via


de administração mais adequada para determinado tratamento, deve considerar uma série de
fatores relacionados ao paciente, ao medicamento, bem como os objetivos terapêuticos. Com
base nas características que cada via de administração possui, assinale a alternativa correta.
a) Medicamentos em soluções aquosas injetados profundamente no tecido muscular são ab-
sorvidos mais rapidamente do que preparações oleosas.
b) A via subcutânea provoca pouco trauma tecidual, de modo que oferece pouco risco de atin-
gir vasos sanguíneos, sendo assim indicada para pacientes com problemas de coagulação.
c) A flora microbiana não interfere na absorção gastrointestinal de medicamentos utilizados
por via oral.

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d) Preparações de liberação lenta administrados por via oral permitem um maior espaçamento
das doses, porém não interfere na incidência ou intensidade dos efeitos adversos.
e) Soluções irritantes ou com potencial de risco de efeitos adversos não devem ser admi-
nistradas pela via endovenosa, pois não há como impedir a ação do medicamento após ad-
ministrado.

013. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE ARAGUAIANA-MT/FARMACÊUTICO/2014) Nesta


via os medicamentos são administrados embaixo da pele, a absorção é lenta, através de capi-
lares, de forma contínua e segura, é usada para a administração de vacinas, anticoagulantes e
hipoglicemiantes, o volume não deve exceder 1 mL. Assinale a alternativa que corresponde à
via de administração descrita:
a) Via intramuscular.
b) Via subcutânea.
c) Via retal.
d) Via endovenosa.

014. (INSTITUTO AOCP/EBSERH-HC-UFMG/FARMACÊUTICO/2015) Muitas vezes há possi-


bilidade de escolha da via de administração de um agente terapêutico, e o conhecimento das
vantagens e desvantagens das diferentes vias de administração tem então importância fun-
damental. Com base nas características das principais vias de administração utilizadas para
efeitos sistêmicos dos fármacos, assinale a alternativa correta.
a) A via subcutânea pode ter um padrão de absorção variado, sendo imediato com solução
aquosa e lento e prolongado com apresentações de depósito.
b) A via subcutânea deve ser evitada durante terapia anticoagulante.
c) A via oral é muito útil, uma vez que é segura, cômoda e a disponibilidade dos fármacos
é completa.
d) A via oral, embora muito utilizada, é a que mais aumenta o risco de efeitos adversos no pa-
ciente, por exemplo os efeitos gástricos.
e) A via intravenosa deve ser evitada para substâncias irritantes, mesmo que diluídas.

015. (ASSCON-PP/PREFEITURA DE ALTO BOA VISTA-SC/FARMACÊUTICO/2014) Sobre a


administração parenteral de medicamentos (realizada através de injeções) julgue as afirma-
ções abaixo:
I – Na administração subcutânea a medicação é injetada nos tecidos adiposos (gordura), abai-
xo da pele, se move mais rapidamente para a corrente sanguínea do que por via oral. A injeção
subcutânea permite uma administração medicamentosa mais lenta e gradual que a injeção
intramuscular, ela também provoca um mínimo traumatismo tecidual e comporta um pequeno
risco de atingir vasos sanguíneos de grande calibre e nervos.

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II – A administração intramuscular deposita a medicação profundamente no tecido muscular,


o qual é bastante vascularizado podendo absorver rapidamente. Esta via de administração
fornece uma ação sistêmica rápida e absorção de doses relativamente pequenas, geralmente
0,5ml ou menos.
III – A administração intradérmica é usada principalmente com fins de diagnóstico como em
testes para alergia ou tuberculina, as injeções intradérmicas indicam quantidades de doses
relativamente grandes, até 5ml, em locais adequados, dentro das camadas mais externas da
pele. Por haver baixa absorção sistêmica dos agentes injetada via intradérmica, este tipo de
injeção é usado principalmente para produzir um efeito local.
Pode-se afirmar que:
a) Somente a alternativa I é verdadeira;
b) Somente a alternativa II é verdadeira;
c) Somente a alternativa III é verdadeira;
d) Todas as alternativas são verdadeiras;

016. (CONSULPAM/PREFEITURA DE RERIUTABA-CE/FARMACÊUTICO/2014) Sobre as vias


de administração de fármacos é INCORRETO afirmar:
a) A inalação assegura a rápida distribuição dos fármacos através da superfície da membrana
mucosa do trato respiratório e do epitélio pulmonar.
b) A absorção dos fármacos injetáveis em solução aquosa é rápida, enquanto a das prepara-
ções tipo depósito é lenta.
c) A administração de fármacos pelas vias retal e sublingual minimizam a biotransformação
no fígado.
d) A administração parenteral é usada para fármacos que são pouco absorvidos no trato gas-
trointestinal e para aqueles que são estáveis no trato gastrointestinal, como a insulina.

017. (DENSM/MARINHA/FARMACÊUTICO/2010) Segundo A. Le Hir (1997), a escolha da via


de administração depende de diversos fatores como, por exemplo:
a) a biodisponibilidade do veículo empregado.
b) os coadjuvantes da formulação.
c) a temperatura corporal.
d) a dose tóxica do medicamento.
e) a duração do tratamento.Parte inferior do formulário

018. (DENSM/MARINHA/FARMACÊUTICO/2008) Qual das opções abaixo apresenta vias de


administração enteral, parenteral direta e parenteral indireta, respectivamente:
a) sublingual, intraperitoneal e conjuntival
b) retal, peridural e subcutânea
c) orofaríngea, intra-arterial e cutânea

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d) orofaríngea, intravenosa e geniturinária


e) oral, intramuscular e intradérmica

019. (COMPERVE-UFRN/UFRN/FARMACÊUTICO/2003) Sobre as vantagens da administra-


ção de medicamentos pela via retal, é incorreto afirmar:
a) possibilidade de administração de produtos mal suportados pela via oral.
b) o medicamento não sofre metabolismo hepático.
c) facilidade de administração, especialmente em pediatria e geriatria.
d) o medicamento não sofre as transformações químicas devido ao contato com o suco gástrico.

020. (COMPERVE-UFRN/UFRN/FARMACÊUTICO/2012) Considerando-se os perfis de libera-


ção de diferentes formas farmacêuticas apresentados na figura a seguir,

Os pontos 1, 2, 3,4 e 5 representam, respectivamente,


a) liberação convencional, liberação prolongada, liberação sustentada, liberação retardada e
liberação repetida.
b) liberação convencional, liberação prolongada, liberação repetida, liberação retardada e libe-
ração sustentada.
c) liberação convencional, liberação retardada, liberação repetida, liberação sustentada e libe-
ração prolongada.
d) liberação convencional, liberação retardada, liberação prolongada, liberação sustentada e
liberação repetida.

021. (INSTITUTO AOCP/EBSERH-HU-UFJF/FARMACÊUTICO/2015) A via oral de administra-


ção de medicamentos é a mais conveniente, natural e inócua, quando comparada a via pa-
renteral. A absorção dos medicamentos pela via oral depende de vários fatores relativos ao
fármaco e ao paciente. Sobre o assunto, assinale a alternativa INCORRETA.

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a) As porções do sistema digestivo onde ocorre a absorção das drogas estão distribuídas na
boca, estômago, intestino delgado, intestino grosso e reto.
b) Comprimidos, drágeas e cápsulas se desintegram no estômago ou no intestino delgado,
antes da dissolução e absorção.
c) As soluções aquosas (xaropes ou gotas) são absorvidas mais rápido, quando comparadas
às formulações sólidas (comprimidos, drágeas).
d) As formas farmacêuticas gastrorresistentes são desenvolvidas para resistir a pH compreen-
dido entre 5,0 a 7,0 e desintegrar em pH compreendido entre 1,0 e 3,5.
e) O intestino é o local em que a maioria dos fármacos administrados pela via oral são
absorvidos.

022. (VUNESP/SAP-SP/FARMACÊUTICO/2014) Na administração de um fármaco, pode-se


prever que o ideal seria administrá-lo diretamente no local onde a ação é desejável, o que
aumentaria a eficácia terapêutica e tenderia a reduzir os efeitos indesejáveis. No entanto, por
vários fatores, nem sempre isso é possível e deve-se recorrer a outras vias de administração
que apresentam vantagens e desvantagens. Assinale a alternativa correta sobre as vantagens
e desvantagens de cada uma das vias de administração de medicamentos.
a) Uma vantagem da administração oral consiste no fato de os fármacos utilizados por essa
via sofrerem o efeito de primeira passagem pelo fígado.
b) A administração cutânea é indicada apenas quando se deseja ação local, visto que não ofe-
rece o acesso dos fármacos à circulação sistêmica.
c) A administração cutânea apresenta menor risco de superdosagem que a administração
intravenosa.
d) Medicamentos administrados por via intramuscular não sofrem os efeitos da passagem
pela circulação pulmonar e vão diretamente aos tecidos.
e) A administração intramuscular somente é indicada para fármacos de liberação prolongada.

023. (VUNESP/PREFEITURA DE CUBATÃO-SP/FARMACÊUTICO/2012) Em relação às vias


de administração de fármacos, é correto afirmar que
a) a administração pela pele reduz a metabolização inicial do fármaco, pois o fígado é evitado
em uma primeira passagem.
b) após a administração intravenosa, os fármacos atingem primeiramente o fígado, que neste
caso, irá exercer as funções depuradora e reservatória sobre eles.
c) as soluções irritantes são mais bem toleradas por via subcutânea do que por via intramuscular.
d) os fármacos absorvidos através da via sublingual devem possuir baixo coeficiente de parti-
ção óleo/água.
e) os lipossomas devem ser usados para encapsular fármacos muito lipossolúveis de admi-
nistração oral.

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024. (VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO/2012) A taxa de ab-


sorção de formas farmacêuticas sólidas de administração oral depende em parte de sua taxa
de dissolução nos líquidos digestivos, o que constitui a base das apresentações farmacêuticas
projetadas para produzir uma absorção lenta e uniforme durante 8 horas ou mais. Essa estra-
tégia é denominada de
a) dose única.
b) liberação mantida.
c) tamponamento.
d) pellets.
e) dose de ataque.

025. (VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO/2012) Os modos tra-


dicionais de administração de fármacos, através de injeções ou comprimidos, por exemplo,
resultam em flutuações ao longo do tempo na concentração desses que podem fazer com que
esta concentração fique abaixo ou acima da faixa terapêutica, mesmo que a concentração mé-
dia esteja dentro da faixa. Uma das estratégias para reduzir essas flutuações é a utilização de
a) respirador.
b) bomba de infusão.
c) desfibrilador.
d) ressuscitador.
e) monitor cardíaco.

026. (VUNESP/IAMPSE/FARMACÊUTICO/2012) A absorção de um fármaco pode variar de


modo significativo, dependendo da formulação do medicamento utilizado e da via de adminis-
tração. Considerando-se a via de administração do fármaco, é correto afirmar que
a) a via inalatória, utilizada no tratamento das crises asmáticas, proporciona rápido contato
entre o fármaco e a grande área de troca das mucosas do trato respiratório e do epitélio pul-
monar, porém a velocidade da instalação do efeito é metade da via intravenosa.
b) na administração sublingual, a absorção, a partir da cavidade oral, é dificultada pela baixa
vascularização local.
c) fármacos consumidos por via oral são absorvidos tão rapidamente quanto os administrados
por via inalatória. Por esse motivo esta é a via de eleição na terapêutica.
d) uma das vantagens da via retal em relação à via de administração oral é evitar a destruição
do medicamento por enzimas digestivas ou pelo baixo pH do estômago.
e) a via intradérmica é a mais utilizada na administração de medicamentos.

027. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO CARLOS-SP/FARMACÊUTICO/2011) Normalmente a


presença de alimentos dificulta a desintegração de formas farmacêuticas sólidas, diminuindo

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a velocidade de dissolução e influenciando o processo de absorção (diminuindo a velocida-


de), porque
a) podem formar complexos insolúveis com a substância ativa.
b) estimulam a secreção gástrica.
c) podem impedir a absorção de nutrientes hidrossolúveis.
d) a produção de insulina aumenta.
e) diminui a motilidade intestinal.

028. (VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/FARMACÊUTICO/2011) Quando a pele é


usada como via de acesso de um fármaco à circulação sanguínea,
I – a metabolização inicial é reduzida, pois a primeira passagem pelo fígado é evitada;
II – não podem ser usados fármacos com pequena margem de segurança;
III – podem ser usados fármacos com meia vida biológica muito curta;
IV – o tratamento pode ser suspenso a qualquer tempo, simplesmente por interrupção da ad-
ministração.
Está correto o contido em
a) I e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

029. (VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/FARMACÊUTICO/2011) Assinale a alternati-


va correta em relação à administração de fármacos.
a) Na administração intramuscular, o músculo glúteo pode ser usado para proporcionar níveis
terapêuticos de forma mais rápida do que o músculo deltoide.
b) A via oral é a de eleição para a administração de hormônios peptídicos, como a insuli-
na e o ACTH.
c) A via sublingual não evita a metabolização hepática nem a degradação da droga no trato
gastrintestinal.
d) Fármacos introduzidos por via endovenosa atingem diretamente o coração e, em seguida,
os pulmões.
e) Nos aerossóis, quanto maior o tamanho da partícula, mais profundamente ela se situará no
trato respiratório.

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GABARITO
1. a
2. a
3. c
4. a
5. b
6. b
7. C
8. d
9. d
10. b
11. c
12. a
13. b
14. a
15. a
16. d
17. e
18. a
19. b
20. c
21. d
22. c
23. a
24. b
25. b
26. d
27. a
28. d
29. d

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GABARITO COMENTADO
001. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/FARMACÊUTICO/2021) Em alguns casos
de encefalite, os fármacos são necessariamente administrados em vias diretas no Sistema
Nervoso Central. Para tal, a via de escolha é:
a) intratecal.
b) intravenosa.
c) intramuscular.
d) percutânea.

A via intratecal, via subaracnoidea, intrarraquídea ou intrarraquidiana consiste na aplicação do


medicamento diretamente no espaço subaracnóideo, alcançando o sistema nervoso por evitar
a barreira hematoencefálica.
Letra a.

002. (FACET CONCURSOS/PREFEITURA DE CAPIM-PB/FARMACÊUTICO/2020) A via de


administração é determinada primariamente pelas propriedades do fármaco, possibilitando a
entrada do fármaco nos tecidos corporais, e pelos objetivos terapêuticos. A via de administra-
ção intratecal corresponde:
a) Na injeção de substâncias no canal raquidiano, diretamente no espaço subaracnoide, evitan-
do assim a barreira hematoencefálica, atuando assim no sistema nervoso.
b) Na administração de medicamentos pela mucosa nasal até os alvéolos pulmonares, geral-
mente na forma de aerossol.
c) Na administração de medicamentos pela via retal, atuando localmente ou produzindo efei-
tos sistêmicos.
d) Administração de medicamentos feita diretamente no músculo, cuja a absorção vai depen-
der do fluxo sanguíneo local e do grupo muscular.
e) Na administração de medicamentos diretamente na corrente sanguínea, através da veia,
promovendo 100% de biodisponibilidade do fármaco.

a) Certa. Exatamente a definição da via intratecal: injeção de substâncias no canal raquidiano,


diretamente no espaço subaracnoide, evitando assim a barreira hematoencefálica.
b) Errada. Trata-se da via pulmonar, respiratória ou inalada.
c) Errada. Trata-se da via retal.
d) Errada. Trata-se da via intramuscular.
e) Errada. Trata-se da via intravenosa ou endovenosa.
Letra a.

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003. (IADES/HU-UFTM/FARMACÊUTICO/2013) A via de administração de medicamentos in-


dicada na emergência, em que o princípio ativo não necessita ser absorvido e, por isso, tem
rápido início de ação é a:
a) oral.
b) transdérmica.
c) intravenosa.
d) intranasal.

a) Errada. A via oral é pouco efetiva em situações de emergência por necessitar de absorção.
b) Errada. A via transdérmica também é pouco efetiva em situações de emergência por neces-
sitar de absorção.
c) Certa. Pela via intravenosa, não há necessidade de absorção, pois o fármaco é administrado
diretamente na corrente sanguínea e, por isso, tem rápido início de ação. Por essas caracterís-
ticas, é muito utilizada em situações de emergência.
d) Errada. A via intranasal é pouco efetiva em situações de emergência por necessitar
de absorção.
Letra c.

004. (EDUCA/PREFEITURA DE VÁRZEA-PB/FARMACÊUTICO/2019) Através de um adesivo,


o medicamento pode ser administrado lentamente e de forma constante, durante muitas ho-
ras, dias ou até mesmo mais tempo. Como resultado, os níveis do medicamento no sangue
podem ser mantidos relativamente constantes. Os adesivos são particularmente úteis no caso
de medicamentos que o organismo elimina com rapidez, pois, se os mesmos fossem adminis-
trados de outras formas, teriam de ser tomados frequentemente.
O conceito acima é de aplicação de medicamento pela Via:
a) Transdérmica.
b) Cutânea.
c) Inalatória.
d) Otológica.
e) Ocular.

Adesivos transdérmicos são destinados à administração pela via transdérmica, considerada


uma via parenteral indireta em que há absorção e efeito sistêmico do fármaco durante lon-
gos períodos.
Letra a.

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005. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ-ES/FARMACÊUTICO/2019) Sobre a absorção e


biodisponibilidade de fármacos é correto afirmar que:
a) o transporte inverso associado com glicoproteína-P é um mecanismo que aumenta a absor-
ção de fármacos administrados por via oral.
b) a baixa absorção de moléculas demasiadamente hidrossolúveis está relacionada com a
dificuldade que estas substâncias apresentam em atravessar a membrana lipídica celular.
c) o efeito de primeira passagem influencia diretamente a biodisponibilidade de fármacos ad-
ministrados por via intravenosa.
d) o transporte passivo através da membrana lipídica celular é favorecido para moléculas com
baixo peso molecular e iônicas.
e) moléculas com características ácidas são melhores absorvidas no intestino, pois encon-
tram-se majoritariamente em sua forma iônica.

a) Errada. O transporte inverso associado com glicoproteína-P é um mecanismo que diminui a


absorção de fármacos administrados por via oral.
b) Certa. A baixa absorção de moléculas demasiadamente hidrossolúveis está relacionada à
sua dificuldade de atravessar a membrana lipídica celular.
c) Errada. A via intravenosa não apresenta efeito de primeira passagem, sendo sua biodisponi-
bilidade integral (100%).
d) Errada. O transporte passivo através da membrana lipídica celular é favorecido para molécu-
las com baixo peso molecular e apolares (não-iônicas).
e) Errada. Moléculas com características ácidas são melhores absorvidas no estômago, pois
encontram-se majoritariamente em sua forma não-iônica.
Letra b.

006. (FUNRIO/SESAU-RO/FARMACÊUTICO/2017) A via de administração que NÃO evita o


metabolismo hepático de primeira passagem é a via:
a) transdérmica.
b) oral.
c) pulmonar
d) intravenosa.
e) nasal.

a) Errada. A via transdérmica evita o metabolismo de primeira passagem.


b) Certa. A via oral não evita o metabolismo de primeira passagem.
c) Errada. A via pulmonar evita o metabolismo de primeira passagem.
d) Errada. A via intravenosa evita o metabolismo de primeira passagem.
e) Errada. A via nasal evita o metabolismo de primeira passagem.
Letra b.

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007. (CESPE-CEBRASPE/HUB/FARMACÊUTICO/2017)

O gráfico precedente apresenta as curvas plasmáticas A, B, C e D de quatro medicamentos.


Com relação aos aspectos farmacocinéticos e farmacotécnicos envolvidos nessas curvas, jul-
gue o item subsequente.
A curva A poderia ser a curva plasmática de um medicamento administrado pela via endovenosa.

A via endovenosa permite que, no momento da administração, haja biodisponibilidade máxima


do fármaco, não havendo necessidade de passar pelo processo de absorção, como é possível
observar nas curvas B, C e D.
Certo.

008. (OBJETIVA/PREFEITURA DE PORTÃO-RS/FARMACÊUTICO/2019) Considerando-se as


vias de administração de medicamentos, analisar os itens abaixo:
I – A via intramuscular permite a absorção de soluções aquosas e oleaginosas ou de suspensões.
II – As preparações nasais são absorvidas de tal forma que podem exercer tanto efeitos locais
como sistêmicos.
III – A via parenteral tem como uma das principais vantagens a rápida absorção, além de níveis
plasmáticos farmacológicos mais previsíveis.
Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente os itens I e II.
b) Somente os itens I e III.
c) Somente os itens II e III.
d) Todos os itens.

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I – Certa. A via intramuscular permite a absorção tanto de soluções aquosas (absorção rápida)
quanto daquelas oleosas ou suspensões (absorção lenta).
II – Certa. As preparações nasais são administradas na mucosa nasal, que permite absorção e
a obtenção de efeito locais e sistêmicos.
III – Certa. A via parenteral, em especial a via endovenosa, quando comparadas às vias ente-
rais, apresenta como vantagens a absorção rápida, a depender da formulação, e níveis plasmá-
ticos mais previsíveis.
Todos os itens estão corretos.
Letra d.

009. (COTEC/PREFEITURA DE LAGOA GRANDE-MG/FARMACÊUTICO/2019) A figura a se-


guir mostra variações da concentração de uma mesma droga na corrente sanguínea. Analise-a.

Considerando a figura e o assunto abordado, analise as alternativas abaixo e assinale a via de


administração correspondente à curva IV.
a) Via intravenosa.
b) Via intramuscular.
c) Via subcutânea.
d) Via oral.

I – Errada. Via intravenosa: não há absorção e a concentração máxima é atingida imediatamen-


te após a administração.

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II – Errada. Via intramuscular: pico de ação quase total, após um rápido período após a ad-
ministração.
III – Errada. Via subcutânea: absorção intermediária, com pico de ação após um perío-
do de tempo.
IV – Certa. Via oral: absorção parcial e ação mais lenta.
Letra d.

010. (INSTITUTO AOCP/EBSERH-HU-UFJF/FARMACÊUTICO/2015) A via de administração


parenteral é representada principalmente pelas vias intramuscular, endovenosa e subcutânea,
importantes para a liberação dos fármacos diretamente no espaço interno do organismo. Qual
das alternativas a seguir apresenta uma vantagem e uma desvantagem da via parenteral, res-
pectivamente?
a) Indicadas para pacientes com êmese, mas problemática em pacientes que não seguem a
terapêutica.
b) Indicada em situações de emergência, mas difíceis de reverter em casos de hipersensibili-
dade à droga administrada.
c) Convenientes para doses frequentes, mas necessitam de processo asséptico.
d) Facilitam administração por exigir profissional treinado, mas impróprias para corrigir dese-
quilíbrios de fluidos eletrolíticos.
e) Favorecem o rápido início de ação do fármaco, mas são contraindicadas em pacientes in-
conscientes.

Atenção ao enunciado!
Precisamos identificar uma VANTAGEM e uma DESVANTAGEM da via parenteral, nessa ordem.
a) Errada. A via parenteral pode ser indicada a pacientes com êmese, porém não é um “proble-
ma” para pacientes que não colaboram com a terapêutica, já que essas vias não necessaria-
mente requerem a colaboração do paciente. Por exemplo, quando está inconsciente.
b) Certa. As vias parenterais são úteis nas emergências, contudo por gerarem efeito muito rá-
pido, se torna mais difícil reverter os sinais e sintomas de hipersensibilidade.
c) Errada. As vias parenterais não são convenientes para doses frequentes (uso contínuo), já
que levam a maior desconforto do paciente.
d) Errada. Por exigirem um profissional habilitado, há maior dificuldade de administração e, no
caso da via endovenosa, é adequada para administração de grandes volumes de fluidos, aju-
dando a corrigir desequilíbrios hidroeletrolíticos.
e) Errada. A via parenteral favorece o rápido início de ação do fármaco e também são indicadas
para pacientes inconscientes.
Letra b.

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011. (INSTITUTO AOCP/EBSERH-UFMA/FARMACÊUTICO/2015) Em relação às vias de ad-


ministração de medicamentos, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Na administração pela via oral, a absorção se dá no trato digestivo, podendo se iniciar na
boca, no estômago ou no intestino.
b) A infusão endovenosa tem por finalidade manter os níveis terapêuticos constantes em pa-
cientes hospitalizados, porém, na medida do possível, não deve ser utilizada para administrar
medicamentos oleosos ou que hemolisem as células do sangue.
c) A escolha da via de administração independe das propriedades físico-químicas do
medicamento.
d) A via intra-arterial destina-se à aplicação no interior da artéria, indicada quando se dese-
ja atingir um determinado tecido ou órgão. É utilizada principalmente para antineoplásicos e
contrastes.
e) A via subcutânea destina-se à aplicação logo abaixo da pele. É utilizada para aplicação de
substâncias não irritantes e de pH semelhante ao local de aplicação para evitar necrose.

a) Certa. Na via oral, dependendo da lipossolubilidade do fármaco, a absorção por via oral pode
iniciar já pela boca, no estômago ou somente no intestino delgado.
b) Certa. A infusão intravenosa ajuda a manter os níveis plasmáticos do fármaco em uma con-
centração constante.
c) Errada. As propriedades físico-químicas interferem na escolha da via de administração. Me-
dicamentos hidrossolúveis, por exemplo, possuem baixa absorção por via oral e são melhor
biodisponíveis por via parenteral, como a intramuscular.
d) Certa. A via intra-arterial consiste na aplicação do medicamento no interior da artéria. Pos-
sui indicações restritas, como antineoplásicos e contrastes.
e) Certa. A via subcutânea consiste na aplicação do medicamento no tecido subcutâneo, abai-
xo da pele. O uso de substâncias irritantes pode causar dor e necrose.
Letra c.

012. (INSTITUTO AOCP/EBSERH-HUMAP-UFMS/FARMACÊUTICO/2014) A escolha da via


de administração mais adequada para determinado tratamento, deve considerar uma série de
fatores relacionados ao paciente, ao medicamento, bem como os objetivos terapêuticos. Com
base nas características que cada via de administração possui, assinale a alternativa correta.
a) Medicamentos em soluções aquosas injetados profundamente no tecido muscular são ab-
sorvidos mais rapidamente do que preparações oleosas.
b) A via subcutânea provoca pouco trauma tecidual, de modo que oferece pouco risco de atin-
gir vasos sanguíneos, sendo assim indicada para pacientes com problemas de coagulação.
c) A flora microbiana não interfere na absorção gastrointestinal de medicamentos utilizados
por via oral.

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d) Preparações de liberação lenta administrados por via oral permitem um maior espaçamento
das doses, porém não interfere na incidência ou intensidade dos efeitos adversos.
e) Soluções irritantes ou com potencial de risco de efeitos adversos não devem ser admi-
nistradas pela via endovenosa, pois não há como impedir a ação do medicamento após ad-
ministrado.

a) Certa. Soluções aquosas possuem absorção intramuscular mais rápida que as oleosas, pois
são difundidas mais facilmente pelos líquidos intersticiais até o vaso sanguíneo.
b) Errada. A via subcutânea pode provocar trauma tecidual dependendo da formulação do
medicamento administrado.
c) Errada. A microbiota intestinal (termo correto para “flora microbiana”) interfere na absorção
gastrintestinal por alterar o pH e também a hidrólise de alguns fármacos.
d) Errada. Preparações de liberação lenta, por promoverem concentração plasmática mais
constante do fármaco, podem reduzir a incidência e a intensidade dos efeitos adversos.
e) Errada. Soluções com potencial risco de efeitos adversos apresentam maior dificuldade de
reversão de efeitos adversos quando administrados por via endovenosa, mas isso não con-
traindica a via. Para substâncias irritantes, deve ser feita adequadamente a sua diluição antes
da administração.
Letra a.

013. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE ARAGUAIANA-MT/FARMACÊUTICO/2014) Nesta


via os medicamentos são administrados embaixo da pele, a absorção é lenta, através de capi-
lares, de forma contínua e segura, é usada para a administração de vacinas, anticoagulantes e
hipoglicemiantes, o volume não deve exceder 1 mL. Assinale a alternativa que corresponde à
via de administração descrita:
a) Via intramuscular.
b) Via subcutânea.
c) Via retal.
d) Via endovenosa.

Trata-se da descrição da subcutânea, pois é uma via adequada para pequenos volumes, apli-
ca-se no tecido subcutâneo, ou seja, embaixo da pele.

São exemplos de medicamentos administrados por essa via: anticoagulantes e insulina, pois o
tecido adiposo é pouco vascularizado.

Letra b.

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014. (INSTITUTO AOCP/EBSERH-HC-UFMG/FARMACÊUTICO/2015) Muitas vezes há possi-


bilidade de escolha da via de administração de um agente terapêutico, e o conhecimento das
vantagens e desvantagens das diferentes vias de administração tem então importância fun-
damental. Com base nas características das principais vias de administração utilizadas para
efeitos sistêmicos dos fármacos, assinale a alternativa correta.
a) A via subcutânea pode ter um padrão de absorção variado, sendo imediato com solução
aquosa e lento e prolongado com apresentações de depósito.
b) A via subcutânea deve ser evitada durante terapia anticoagulante.
c) A via oral é muito útil, uma vez que é segura, cômoda e a disponibilidade dos fármacos
é completa.
d) A via oral, embora muito utilizada, é a que mais aumenta o risco de efeitos adversos no pa-
ciente, por exemplo os efeitos gástricos.
e) A via intravenosa deve ser evitada para substâncias irritantes, mesmo que diluídas.

a) Certa. Soluções aquosas possuem uma absorção quase que imediata pela via subcutânea,
enquanto que soluções em suspensão (depósito) possuem absorção lenta. Isso se deve ao
fato de as partículas de depósito não estarem dissolvidas no veículo.
b) Errada. Anticoagulantes podem ser administrados pela via subcutânea, por ser um tecido de
baixa vascularização.
c) Errada. A biodisponibilidade dos fármacos pela via oral pode passar por muitas perdas,
como ionização, efeito de primeira passagem, dissolução etc Portanto, é incompleta.
d) Errada. A via que mais aumenta os efeitos adversos não é a via oral e sim a via endovenosa,
pelo fato de atingir o pico plasmático mais rapidamente.
e) Errada. Substâncias irritantes podem ser utilizadas pela via endovenosa, desde que adequa-
damente diluídas.
Letra a.

015. (ASSCON-PP/PREFEITURA DE ALTO BOA VISTA-SC/FARMACÊUTICO/2014) Sobre a


administração parenteral de medicamentos (realizada através de injeções) julgue as afirma-
ções abaixo:
I – Na administração subcutânea a medicação é injetada nos tecidos adiposos (gordura), abai-
xo da pele, se move mais rapidamente para a corrente sanguínea do que por via oral. A injeção
subcutânea permite uma administração medicamentosa mais lenta e gradual que a injeção
intramuscular, ela também provoca um mínimo traumatismo tecidual e comporta um pequeno
risco de atingir vasos sanguíneos de grande calibre e nervos.
II – A administração intramuscular deposita a medicação profundamente no tecido muscular,
o qual é bastante vascularizado podendo absorver rapidamente. Esta via de administração

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fornece uma ação sistêmica rápida e absorção de doses relativamente pequenas, geralmente
0,5ml ou menos.
III – A administração intradérmica é usada principalmente com fins de diagnóstico como em
testes para alergia ou tuberculina, as injeções intradérmicas indicam quantidades de doses
relativamente grandes, até 5ml, em locais adequados, dentro das camadas mais externas da
pele. Por haver baixa absorção sistêmica dos agentes injetada via intradérmica, este tipo de
injeção é usado principalmente para produzir um efeito local.
Pode-se afirmar que:
a) Somente a alternativa I é verdadeira;
b) Somente a alternativa II é verdadeira;
c) Somente a alternativa III é verdadeira;
d) Todas as alternativas são verdadeiras;

I – Certa. A via subcutânea:


• permite administração do medicamento no tecido adiposo
• tem absorção mais rápida que a via oral, considerando não sofrer efeito de primeira
passagem
• tem absorção mais lenta que a via intramuscular, porque o tecido subcutâneo é menos
vascularizado que o tecido muscular
• apresenta menor risco de traumatismo, porque o tecido adiposo é mais superficial
• apresenta menor risco de atingir vasos sanguíneos de grande calibre e nervos
II – Errada. A via intramuscular permite a administração de volume moderado (até 5mL), de-
pendendo do músculo utilizado.
III – Errada. A via intradérmica permite a administração de volumes até 0,5 mL.
Assim, apenas a afirmativa I está correta.
Letra a.

016. (CONSULPAM/PREFEITURA DE RERIUTABA-CE/FARMACÊUTICO/2014) Sobre as vias


de administração de fármacos é INCORRETO afirmar:
a) A inalação assegura a rápida distribuição dos fármacos através da superfície da membrana
mucosa do trato respiratório e do epitélio pulmonar.
b) A absorção dos fármacos injetáveis em solução aquosa é rápida, enquanto a das prepara-
ções tipo depósito é lenta.
c) A administração de fármacos pelas vias retal e sublingual minimizam a biotransformação
no fígado.
d) A administração parenteral é usada para fármacos que são pouco absorvidos no trato gas-
trointestinal e para aqueles que são estáveis no trato gastrointestinal, como a insulina.

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a) Certa. A via inalada permite que o fármaco seja absorvido pelo epitélio pulmonar: região de
grande área de absorção e alta vascularização. Logo, essa via de absorção é muito rápida.
b) Certa. Nas vias parenterais, soluções em depósito possuem partículas insolúveis que não
são dissolvidas no veículo e tornam a absorção mais lenta que as soluções aquosas.
c) Certa. A via sublingual não sofre efeito de primeira passagem e a via retal pode passar pelo
efeito de primeira passagem hepática em menor proporção que a via oral.
d) Errada. A insulina não é estável no trato gastrintestinal, pelo contrário, por ser um peptídeo,
é inativada por enzimas gastrintestinais.
Letra d.

017. (DENSM/MARINHA/FARMACÊUTICO/2010) Segundo A. Le Hir (1997), a escolha da via


de administração depende de diversos fatores como, por exemplo:
a) a biodisponibilidade do veículo empregado.
b) os coadjuvantes da formulação.
c) a temperatura corporal.
d) a dose tóxica do medicamento.
e) a duração do tratamento.Parte inferior do formulário

a) Errada. A escolha da via de administração depende da necessidade da biodisponibilidade


do fármaco.
b) Errada. Ao se escolher a via de administração, não se leva em consideração os coadjuvan-
tes da formulação. Mas... depois de definida a via, deve-se levar em consideração as formas
farmacêuticas e as suas formulações.
c) Errada. A temperatura corporal não é um fator a ser considerado para a definição da via de
administração do medicamento.
d) Errada. A dose tóxica do medicamento também não é um fator a ser considerado para a
definição da via de administração do medicamento.
e) Certa. A escolha da via de administração depende da duração do tratamento. Caso o trata-
mento seja prolongado, devem-se evitar vias que possam expor o paciente a riscos ou causar
desconforto, como as vias parenterais diretas.
Letra e.

018. (DENSM/MARINHA/FARMACÊUTICO/2008) Qual das opções abaixo apresenta vias de


administração enteral, parenteral direta e parenteral indireta, respectivamente:
a) sublingual, intraperitoneal e conjuntival
b) retal, peridural e subcutânea

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c) orofaríngea, intra-arterial e cutânea


d) orofaríngea, intravenosa e geniturinária
e) oral, intramuscular e intradérmica

a) Certa. Sublingual: enteral; Intraperitoneal: parenteral direta; Conjuntival: parenteral indireta.


b) Errada. Retal: enteral; Peridural: parenteral direta; Subcutânea: parenteral direta.
c) Errada. Orofaríngea: parenteral indireta; Intra-arterial: parenteral direta; Cutânea: parente-
ral indireta.
d) Errada. Orofaríngea: parenteral indireta; Intravenosa: parenteral direta; Genitourinária: paren-
teral indireta.
e) Errada. Oral: enteral; Intramuscular: parenteral direta; Intradérmica: parenteral direta.
Letra a.

019. (COMPERVE-UFRN/UFRN/FARMACÊUTICO/2003) Sobre as vantagens da administra-


ção de medicamentos pela via retal, é incorreto afirmar:
a) possibilidade de administração de produtos mal suportados pela via oral.
b) o medicamento não sofre metabolismo hepático.
c) facilidade de administração, especialmente em pediatria e geriatria.
d) o medicamento não sofre as transformações químicas devido ao contato com o suco gástrico.

a) Certa. Pela via retal, há possibilidade de administrar fármacos que sejam irritantes gástricos.
b) Errada. Cerca de 50% do fármaco administrado pela via retal pode passar para a circulação
portal e sofrer o efeito de primeira passagem, sendo essa uma desvantagem dessa via.
c) Certa. Poderíamos até pensar que não há tanta facilidade assim em administrar medica-
mentos pela via retal, mas em pediatria e geriatria pode ser considerada uma vantagem devido
à dificuldade de deglutição que essas populações podem apresentar.
d) Certa. Como não tem contato com a secreção gástrica, esse tipo de interação não ocorre.
Letra b.

020. (COMPERVE-UFRN/UFRN/FARMACÊUTICO/2012) Considerando-se os perfis de libera-


ção de diferentes formas farmacêuticas apresentados na figura a seguir,

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Os pontos 1, 2, 3,4 e 5 representam, respectivamente,


a) liberação convencional, liberação prolongada, liberação sustentada, liberação retardada e
liberação repetida.
b) liberação convencional, liberação prolongada, liberação repetida, liberação retardada e libe-
ração sustentada.
c) liberação convencional, liberação retardada, liberação repetida, liberação sustentada e libe-
ração prolongada.
d) liberação convencional, liberação retardada, liberação prolongada, liberação sustentada e
liberação repetida.

Às vezes, questões com gráficos podem parecer, à primeira vista, um pouquinho complexas...
Porém, com tranquilidade, podemos facilmente perceber que precisamos apenas de um pou-
quinho mais de atenção.
Vamos lá!
1. A linha 1 apresenta a curva padrão de liberação de um fármaco: início de ação imediata-
mente após a administração, presença do pico de ação e, por fim, a eliminação do organismo.
Assim, temos um sistema de liberação convencional.

 Obs.: Veja que as assertivas apresentadas pela questão já deixam isso bem claro, né?

2. A linha 2 tem aspecto semelhante à curva 1, porém com diferença no início da ação, que
ocorre após decorrido um certo tempo da administração do medicamento. Nesse caso, temos
um sistema de liberação retardada.

 Obs.: Agora ficamos com as opções c) ou d).

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3. Na linha 3, facilmente podemos identificar um sistema de liberação repetida, em que o me-


dicamento simula diversas administrações seguidas do fármaco, mesmo tendo sido realizada
apenas uma única administração.

 Obs.: Aqui, já poderíamos marcar a letra c), mas vamos supor que você tenha ficado na
dúvida....

4. A curva 4 apresenta um sistema de liberação sustentada: o pico de ação se mantém duran-


te um período muito maior do que aquele apresentado no sistema de liberação convencional.
Veja que a curva, na verdade, parece um pouco “retangular”.
5. Por fim, a curva 5 é representativa de um sistema de liberação prolongada, promovendo
menor número de administrações diárias do medicamento.
Os pontos 1, 2, 3,4 e 5 representam, respectivamente, liberação convencional, liberação retar-
dada, liberação repetida, liberação sustentada e liberação prolongada.
Letra c.

021. (INSTITUTO AOCP/EBSERH-HU-UFJF/FARMACÊUTICO/2015) A via oral de administra-


ção de medicamentos é a mais conveniente, natural e inócua, quando comparada a via pa-
renteral. A absorção dos medicamentos pela via oral depende de vários fatores relativos ao
fármaco e ao paciente. Sobre o assunto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) As porções do sistema digestivo onde ocorre a absorção das drogas estão distribuídas na
boca, estômago, intestino delgado, intestino grosso e reto.
b) Comprimidos, drágeas e cápsulas se desintegram no estômago ou no intestino delgado,
antes da dissolução e absorção.
c) As soluções aquosas (xaropes ou gotas) são absorvidas mais rápido, quando comparadas
às formulações sólidas (comprimidos, drágeas).
d) As formas farmacêuticas gastrorresistentes são desenvolvidas para resistir a pH compreen-
dido entre 5,0 a 7,0 e desintegrar em pH compreendido entre 1,0 e 3,5.
e) O intestino é o local em que a maioria dos fármacos administrados pela via oral são
absorvidos.

a) Certa. Lembre-se de que a absorção enteral dos medicamentos ocorre principalmente no


intestino delgado.
b) Certa. Inicialmente as formas farmacêuticas sólidas administradas por via oral se desinte-
gram e, posteriormente, ocorre a dissolução e a absorção.
c) Certa. Por já encontrarem-se “dissolvidas”, as formas farmacêuticas líquidas apresentam
absorção mais rápida quando comparadas às formas farmacêuticas sólidas.

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d) Errada. O item está invertido. Se a formulação é gastrorresistente, resiste a ambientes com


pH mais baixo, entre 1,0 e 3,5. Quando se encontram em pH menos ácido (acima de 5,0), co-
meçam a se desintegrar.
e) Certa. O intestino, especialmente o delgado, é o local em que a maioria dos fármacos admi-
nistrados pela via oral são absorvidos.
Letra d.

022. (VUNESP/SAP-SP/FARMACÊUTICO/2014) Na administração de um fármaco, pode-se


prever que o ideal seria administrá-lo diretamente no local onde a ação é desejável, o que
aumentaria a eficácia terapêutica e tenderia a reduzir os efeitos indesejáveis. No entanto, por
vários fatores, nem sempre isso é possível e deve-se recorrer a outras vias de administração
que apresentam vantagens e desvantagens. Assinale a alternativa correta sobre as vantagens
e desvantagens de cada uma das vias de administração de medicamentos.
a) Uma vantagem da administração oral consiste no fato de os fármacos utilizados por essa
via sofrerem o efeito de primeira passagem pelo fígado.
b) A administração cutânea é indicada apenas quando se deseja ação local, visto que não ofe-
rece o acesso dos fármacos à circulação sistêmica.
c) A administração cutânea apresenta menor risco de superdosagem que a administração
intravenosa.
d) Medicamentos administrados por via intramuscular não sofrem os efeitos da passagem
pela circulação pulmonar e vão diretamente aos tecidos.
e) A administração intramuscular somente é indicada para fármacos de liberação prolongada.

a) Errada. O efeito de primeira passagem é uma desvantagem da administração pela via oral.
b) Errada. A administração cutânea, especialmente em mucosas, permite absorção e ação sis-
têmica, dependendo da forma farmacêutica utilizada e da região da aplicação.
c) Certa. A administração cutânea realmente é mais segura do que a via intravenosa em rela-
ção ao risco de superdosagem.
d) Errada. Medicamentos administrados por via intramuscular não sofrem os efeitos de primei-
ra passagem pela circulação portal hepática e vão diretamente aos tecidos.
e) Errada. A administração intramuscular pode ser utilizada para fármacos de ação rápida (so-
lução aquosa).
Letra c.

023. (VUNESP/PREFEITURA DE CUBATÃO-SP/FARMACÊUTICO/2012) Em relação às vias


de administração de fármacos, é correto afirmar que
a) a administração pela pele reduz a metabolização inicial do fármaco, pois o fígado é evitado
em uma primeira passagem.

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b) após a administração intravenosa, os fármacos atingem primeiramente o fígado, que neste


caso, irá exercer as funções depuradora e reservatória sobre eles.
c) as soluções irritantes são mais bem toleradas por via subcutânea do que por via intramuscular.
d) os fármacos absorvidos através da via sublingual devem possuir baixo coeficiente de parti-
ção óleo/água.
e) os lipossomas devem ser usados para encapsular fármacos muito lipossolúveis de admi-
nistração oral.

a) Certa. A administração cutânea evita o metabolismo de primeira passagem.


b) Errada. A administração intravenosa permite que o fármaco esteja imediatamente disponí-
vel na corrente sanguínea. É uma vantagem dessa via o fármaco não passar pelo metabolismo
de primeira passagem no fígado.
c) Errada. As soluções irritantes são bem menos toleradas por via subcutânea do que por via
intramuscular.
d) Errada. Para serem administrados pela via sublingual, os fármacos devem possuir alto coe-
ficiente de partição óleo/água, o que representa alta lipossolubilidade.
e) Errada. Os lipossomas podem encapsular fármacos hidro e/ou lipossolúveis para adminis-
tração oral ou parenteral.
Letra a.

024. (VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO/2012) A taxa de ab-


sorção de formas farmacêuticas sólidas de administração oral depende em parte de sua taxa
de dissolução nos líquidos digestivos, o que constitui a base das apresentações farmacêuticas
projetadas para produzir uma absorção lenta e uniforme durante 8 horas ou mais. Essa estra-
tégia é denominada de
a) dose única.
b) liberação mantida.
c) tamponamento.
d) pellets.
e) dose de ataque.

Apresentações farmacêuticas projetadas para produzir uma absorção lenta e uniforme duran-
te pelo menos 8 horas são denominadas formas farmacêuticas sólidas de liberação mantida.
Letra b.

025. (VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO/2012) Os modos tra-


dicionais de administração de fármacos, através de injeções ou comprimidos, por exemplo,

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resultam em flutuações ao longo do tempo na concentração desses que podem fazer com que
esta concentração fique abaixo ou acima da faixa terapêutica, mesmo que a concentração mé-
dia esteja dentro da faixa. Uma das estratégias para reduzir essas flutuações é a utilização de
a) respirador.
b) bomba de infusão.
c) desfibrilador.
d) ressuscitador.
e) monitor cardíaco.

Para reduzir flutuações na concentração plasmática do fármaco, uma estratégia é utilizar a via
intravenosa, cuja biodisponibilidade é de 100%, e administrar o medicamento em bombas de
infusão contínuas (BIC), que controlam a sua velocidade de infusão.
Letra b.

026. (VUNESP/IAMPSE/FARMACÊUTICO/2012) A absorção de um fármaco pode variar de


modo significativo, dependendo da formulação do medicamento utilizado e da via de adminis-
tração. Considerando-se a via de administração do fármaco, é correto afirmar que
a) a via inalatória, utilizada no tratamento das crises asmáticas, proporciona rápido contato
entre o fármaco e a grande área de troca das mucosas do trato respiratório e do epitélio pul-
monar, porém a velocidade da instalação do efeito é metade da via intravenosa.
b) na administração sublingual, a absorção, a partir da cavidade oral, é dificultada pela baixa
vascularização local.
c) fármacos consumidos por via oral são absorvidos tão rapidamente quanto os administrados
por via inalatória. Por esse motivo esta é a via de eleição na terapêutica.
d) uma das vantagens da via retal em relação à via de administração oral é evitar a destruição
do medicamento por enzimas digestivas ou pelo baixo pH do estômago.
e) a via intradérmica é a mais utilizada na administração de medicamentos.

a) Errada. A administração pela via inalada permite que o fármaco chegue rapidamente ao
epitélio pulmonar e, então, à circulação sistêmica.
b) Errada. A via sublingual é caracterizada pela rica vascularização local.
c) Errada. A via oral é uma via de absorção mais lenta que a via inalada. Ela é considerada a via
de eleição na terapêutica devido à sua comodidade e segurança.
d) Certa. Evitar a a destruição do medicamento por enzimas digestivas ou pelo baixo pH do
estômago é uma das vantagens via retal.

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 Obs.: Mas... lembre-se de que a via retal não evita completamente o efeito de primei-
ra passagem.

e) Errada. A via oral é a via de administração de medicamentos mais utilizada.


Letra d.

027. (VUNESP/PREFEITURA DE SÃO CARLOS-SP/FARMACÊUTICO/2011) Normalmente a


presença de alimentos dificulta a desintegração de formas farmacêuticas sólidas, diminuindo
a velocidade de dissolução e influenciando o processo de absorção (diminuindo a velocida-
de), porque
a) podem formar complexos insolúveis com a substância ativa.
b) estimulam a secreção gástrica.
c) podem impedir a absorção de nutrientes hidrossolúveis.
d) a produção de insulina aumenta.
e) diminui a motilidade intestinal.

A administração de medicamentos junto com alimentos pode levar à formação de complexos


que podem inibir ou retardar a absorção dos fármacos.
É importante lembrar, é claro, que nem todos os medicamentos têm essa restrição, por isso é
tão importante ficar atento às informações sobre os medicamentos.
Letra a.

028. (VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/FARMACÊUTICO/2011) Quando a pele é


usada como via de acesso de um fármaco à circulação sanguínea,
I – a metabolização inicial é reduzida, pois a primeira passagem pelo fígado é evitada;
II – não podem ser usados fármacos com pequena margem de segurança;
III – podem ser usados fármacos com meia vida biológica muito curta;
IV – o tratamento pode ser suspenso a qualquer tempo, simplesmente por interrupção da ad-
ministração.
Está correto o contido em
a) I e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

I – Certa. A administração cutânea evita o efeito de primeira passagem.

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II – Errada. Fármacos de baixo índice terapêutico podem ser administrados pela via cutânea.
III – Certa. Fármacos com meia-vida curta podem ser administrados pela via cutânea.
IV – Certa. O uso de medicamentos pela via cutânea pode ser suspenso interrompendo o uso.
Estão corretas as assertivas I, III e IV.
Letra d.

029. (VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/FARMACÊUTICO/2011) Assinale a alternati-


va correta em relação à administração de fármacos.
a) Na administração intramuscular, o músculo glúteo pode ser usado para proporcionar níveis
terapêuticos de forma mais rápida do que o músculo deltoide.
b) A via oral é a de eleição para a administração de hormônios peptídicos, como a insuli-
na e o ACTH.
c) A via sublingual não evita a metabolização hepática nem a degradação da droga no trato
gastrintestinal.
d) Fármacos introduzidos por via endovenosa atingem diretamente o coração e, em seguida,
os pulmões.
e) Nos aerossóis, quanto maior o tamanho da partícula, mais profundamente ela se situará no
trato respiratório.

a) Errada. A velocidade de absorção no músculo deltoide ou no grande lateral é maior do que a


absorção no músculo grande glúteo.
b) Errada. A via oral não é adequada pra administração de hormônios peptídicos devido à sua
degradação.
c) Errada. A via sublingual evita o efeito de primeira passagem.
d) Certa. Pela via endovenosa, há 100% de biodisponibilidade, com início de ação imediato.
e) Errada. Nos aerossóis, quanto menor o tamanho da partícula, mais profundamente ela se
situará no trato respiratório.
Letra d.

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REFERÊNCIAS
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Disponível em: http://www.anvisa.
gov.br. Acesso em: dezembro de 2021.

BRUNTON, L.L. GOODMAN & GILMAN: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª edição.
Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012.

FUCHS, F.D.; WANMACHER, L.; FERREIRA, M.B.C. Farmacologia Clínica. Fundamentos da tera-
pêutica racional 3ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 1074p.

GOLAN, D.E.; TASHJIAN, A.H.; ARMSTRONG, E.J.; ARMSTRONG, A.W. Princípios de Farmacolo-
gia: A Base Fisiopatológica da Farmacoterapia. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2009.

KATZUNG, B.G. Farmacologia básica e clínica. 12ª edição. Porto Alegre: AMGH, 2014.

KESTER, M.; VRANA, K.; QURAISHI, S.; KARPA, K. Farmacologia. 1ª edição. Rio de Janeiro: El-
sevier, 2006.

MERCK SHARP & DOHME CORP. MANUAL MSD - Versão para profissionais da saúde. Disponí-
vel em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional. Acesso em: dezembro de 2021.

RANG, H.P. RANG & DALE. Farmacologia. 8ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.

Marcela Conti

Farmacêutica e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB). Farmacêutica da SES-
DF e tutora do Programa de Residência em Terapia Intensiva da ESCS/FEPECS/SES-DF. Trabalha com
mentoria e terapias integrativas voltadas para a área profissional e concursos. Atuou como consultora
no Ministério da Saúde pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT/SCTIE/MS) e professora do
curso de Farmácia da Universidade Católica de Brasília (UCB). É uma mulher muito feliz, ama fazer novas
descobertas e partilhar o que aprende. É casada, tem três crianças e ainda é escritora de livros infantis (nas
horas vagas, é claro!).

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