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Vias de Administração
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
FARMACOLOGIA
Vias de Administração
Marcela Conti
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Vias de Administração...................................................................................................................................................4
1. Absorção dos Fármacos.. ..........................................................................................................................................4
2. Classificação das Vias de Administração. .....................................................................................................5
2.1. Vias Enterais...............................................................................................................................................................6
2.2. Vias Parenterais.. .....................................................................................................................................................6
3. Vias enterais. . .................................................................................................................................................................9
3.1. Via oral............................................................................................................................................................................9
3.2. Via Sublingual.. ........................................................................................................................................................19
3.3. Via Bucal....................................................................................................................................................................20
3.4. Via Retal.....................................................................................................................................................................20
4. Vias Parenterais.. ...................................................................................................................................................... 24
4.1. Vias Parenterais Diretas. . .................................................................................................................................25
4.2. Vias Parenterais Indiretas.. .............................................................................................................................33
5. Via de Administração X Absorção. . .................................................................................................................36
Resumo.................................................................................................................................................................................41
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................45
Questões de concurso.. ...............................................................................................................................................47
Gabarito...............................................................................................................................................................................57
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................58
Referências........................................................................................................................................................................77
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Apresentação
Oieee!
Seja muuuuuuito bem-vindo(a)!
Espero que você esteja animado(a) e com muita energia para estudar esta aula!
Se precisar, beba um copo de água, pare por 2 minutinhos e respire profundamente! Esse
pequeno exercício pode fazer muita diferença para manter a sua energia constante!
Hoje vamos continuar nossa viagem pelo mundo da Farmacocinética e ver as característi-
cas das vias de administração dos medicamentos e qual a sua relação com a absorção dos fár-
macos, um conteúdo fundamental para que você conquiste mais alguns pontos na sua prova!
Geralmente, encontramos de 1 a 2 questões sobre esse assunto na prova, então você deve
concluir esta aula sabendo:
• Classificação das vias de administração
• Características, vantagens e desvantagens das vias enterais
• Sistemas de liberação convencional ou modificada/controlada.
• Características, vantagens e desvantagens das vias parenterais
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
1. Absorção dos Fármacos
Na nossa última aula, começamos a estudar a Farmacocinética, que compreende as
etapas de:
• Absorção
• Distribuição
• Metabolização (ou biotransformação)
• Eliminação
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Cada parte do organismo tem uma estrutura diferente que facilita ou dificulta a absorção
dos fármacos, de acordo com as suas características. Para realizar a escolha adequada da via
de administração a ser utilizada, diversos fatores devem ser considerados, tais como:
• Idade do paciente
• Conveniência e comodidade
• Características e particularidades do paciente e de seu cuidador (no caso de crianças,
idosos e pessoas consideradas incapazes)
• Objetivos
• Duração
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Marcela, e qual é a diferença entre as vias parenterais diretas e as vias parenterais indi-
retas?
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As vias parenterais diretas utilizam administração por meio do uso de injeção. E as parente-
rais indiretas, utilizam outros meios para administrar os medicamentos, sem o uso de injeções.
Veja só!
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Agora que vimos a classificação geral, vamos ver detalhadamente as principais vias de
administração de medicamentos!
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a) Certa. A via intrarraquídea, intratecal ou intraespinhal é uma via parenteral direta, pois a ad-
ministração do medicamento é realizada por meio do uso de uma injeção.
b) Errada. A via vaginal é considerada uma via parenteral indireta, pois não está relacionada ao
sistema gastrintestinal (parenteral) e não é necessário o uso de injeção para seu acesso.
c) Errada. A via ocular é considerada uma via parenteral indireta, pois não está relacionada ao sis-
tema gastrintestinal (parenteral) e não é necessário o uso de injeção para seu acesso (indireta).
d) Errada. A via retal é considerada uma enteral, pois está relacionada ao sistema gastrintestinal.
Letra a.
3. Vias enterais
3.1. Via oral
Vamos começar pela via oral!
Na via oral, o medicamento é administrado pela boca, sendo deglutido.
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A absorção dos medicamentos administrados por via oral se complementa no intestino delgado!
Lembre-se de que a absorção dos fármacos não depende apenas do local, mas de diversos
outros fatores que vimos na última aula!
Vamos agora ver alguns fatores específicos que interferem na absorção pela via oral, que
é a via de administração mais sujeita a variações no processo de absorção.
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a) Errada. A via intravenosa promove início de ação mais rápido e 100% de biodisponibilida-
de, porém é menos segura que as vias enterais, menos conveniente, mais cara, invasiva e
causa dor.
b) Errada. Apesar de ser segura, não invasiva e indolor, a via sublingual apresenta pouquís-
simas opções de medicamentos a serem utilizados por ela, não sendo tão conveniente ou
econômica.
c) Errada. A via intramuscular é menos segura que as vias enterais, menos conveniente, mais
cara, invasiva e causa dor.
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d) Certa. São todas características da via oral: mais segura, mais conveniente, mais econômi-
ca, não invasiva e quase sempre indolor.
Letra d.
Obs.: Isso significa que uma porcentagem do fármaco que chega aos hepatócitos é inativada
por enzimas hepáticas e, assim, eliminada, afetando a biodisponibilidade do fármaco.
Fonte: http://www.interacaomedicamentosa.com
EXEMPLO
Ao ser administrado pela via oral, um determinado medicamento tem 5% da concentração do
fármaco que não se dissolvem no estômago.
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Ao passar pelo intestino, 5% da concentração inicial são inativados por enzimas e, ao passar
pelo fígado, via circulação portal, perde 50% da concentração inicial de suas moléculas, também
por inativação enzimática.
5% + 5% + 50% = 60%
Obs.: Em maior ou menor proporção, todos os medicamentos administrados pela via oral
sofrem o efeito de primeira passagem.
Considerando que o trato gastrintestinal pode ser “hostil” ao medicamento, por promover vá-
rias interações físico-químicas e, consequentemente, perda do efeito terapêutico, quanto maior a
motilidade gastrintestinal e mais rápido for o esvaziamento gástrico, mais rápida será a absorção.
Por isso, fatores que retardam o esvaziamento gástrico, como a presença de alimento e
uso de medicamentos antiespasmódicos, podem levar à redução da absorção.
EXEMPLO
Imagine o trato gastrintestinal como uma máquina: se ela acelera, o fármaco é mais absorvido;
se ela desacelera, o fármaco tende a se movimentar mais lentamente e, com isso, fica mais
exposto à inativação e perda de efeito terapêutico.
Como vimos anteriormente, fármacos considerados bases fracas são fortemente ioniza-
dos no pH ácido do estômago necessitando de formulações resistentes à secreção gástrica,
com intuito de que o medicamento seja desintegrado/dissolvido apenas no intestino.
Além disso, fármacos fracamente ácidos não podem ser ingeridos com bebidas básicas,
como o leite, porque podem aumentar sua ionização, prejudicando sua absorção.
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Alguns medicamentos são formulados com sistemas de liberação modificada. Nesses ca-
sos, o medicamento pode ser lentamente dissolvido para produzir uma absorção lenta e uni-
forme do fármaco ao longo de 8 horas ou por um período de tempo maior.
Vamos relembrar os diferentes sistemas de liberação?
Tipo de liberação de formas farmacêuticas que não são modificadas intencionalmente por um de-
senho de formulação especial e/ou método de fabricação.
É aquela forma farmacêutica que libera o(s) princípio(s) ativo(s) de forma imediata, sendo
absorvido completamente e com rapidez pelo organismo. Caracteriza-se pela formação de um
pico plasmático.
Na liberação retardada, como o próprio nome diz, o(s) princípio(s) ativo(s) só começa a ser
liberado e absorvido um tempo depois de ser administrado.
As preparações gastrorresistentes são consideradas formas de liberação retardada, pois
são destinadas a resistir ao fluido gástrico e liberar o princípio ativo no fluido intestinal.
Esse sistema de liberação apresenta comportamento muito parecido com a liberação con-
vencional, porém com um atraso no início da ação.
Na Figura abaixo, podemos ver as curvas B e C, em que a curva B representa a liberação
convencional e a curva C representa um sistema de liberação retardada. Observe que, em am-
bas, há formação de pico plasmático, mas na liberação retardada, há um atraso.
Fonte: http://www.cespe.unb.br
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Fonte: http://nutexsaude.blogspot.com/
A insulina detemir apresenta uma ação prolongada, quando comparada à ação da in-
sulina NPH.
A insulina glargina, por exemplo, apresenta um sistema de liberação sustentada em rela-
ção aos outros tipos de insulina, assim, sua ação torna-se ultralonga.
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Nesse sistema, há liberação de uma dose individual logo após a sua administração, que se
apresenta na camada mais externa do comprimido. Em seguida, há uma segunda ou terceira
doses liberadas de 4 a 6 horas após a ingestão. Assim, há maior possibilidade de manter o efei-
to terapêutico por um maior período de tempo em relação à forma convencional, substituindo
uma nova administração do medicamento.
É como se o comprimido já contivesse 2 ou 3 doses na mesma unidade.
a) Errada. Na liberação prolongada, há liberação constante do fármaco, mas isso não diminui
possíveis interações com outros fármacos.
b) Errada. Há menor frequência de administração e maior adesão com o risco de esquecimen-
to das doses, mas isso não reduz a incidência de efeitos adversos.
c) Errada. Há menor frequência de administração, não significa ingestão de menores doses
menores do fármaco.
d) Errada. Há menor frequência de administração com liberação constante do fármaco, man-
tendo os níveis plasmáticos mais estáveis.
e) Certa. As formas farmacêuticas de liberação prolongada permitem menor frequência de
doses, aumentam a adesão do paciente ao tratamento e levam à redução de oscilações na
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(V) Verdadeiro. Pela via oral, a absorção envolve a passagem do fármaco pela membrana do
epitélio gastrintestinal (via transcelular ou paracelular), acessando a circulação sistêmica por
meio dos capilares sanguíneos.
(F) Falso. Para serem bem absorvidos, os fármacos devem ser lipossolúveis para serem capa-
zes de atravessar as membranas biológicas e apresentar certa hidrossolubilidade para serem
capazes de se difundirem nos líquidos do organismo.
(V) Verdadeiro. Fármacos ácidos fracos são melhor absorvidos em pH mais baixo. Porém, uma
das vantagens do intestino é sua grande área de superfície, facilitando a absorção mesmo de
pequenas quantidades não-ionizadas.
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a) Errada. Uma vantagem da via sublingual é a ausência de interferência dos alimentos na ab-
sorção dos fármacos.
b) Errada. A via sublingual é ideal para fármacos que podem ser tomados em pequenos volumes.
c) Errada. A via sublingual é ideal para fármacos que podem ser tomados em pequenos volumes.
d) Certa. A via sublingual evita o efeito de primeira passagem.
Letra d.
EXEMPLO
São exemplos de medicamentos utilizados para efeitos locais: supositórios à base de anti-in-
flamatórios para tratamento de fissuras retais, supositórios e enemas laxativos, dentre outros.
Ao entrar em contato com o reto, as moléculas do fármaco dissolvidas passam pela ca-
mada de muco e pelo epitélio retal, tendo sua absorção por difusão passiva, como em todo o
sistema gastrintestinal.
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Após a administração pela via retal, os fármacos que alcançam as veias hemorroidais su-
periores são levados ao fígado pelo sistema porta, sofrendo inativação enzimática de parte da
dose administrada pelo metabolismo de primeira passagem.
Já a porção que atinge as veias hemorroidais médias ou intermediárias e inferiores pas-
sam diretamente à circulação sistêmica, não sofrendo inativação enzimática pelo efeito de
primeira passagem.
Fonte: http://www.edisciplinas.usp.br
3.4.1. Vantagens
O uso para efeitos sistêmicos é muito útil quando o paciente se encontra inconsciente ou
com dificuldade de deglutição, ou ainda, quando o fármaco é irritante para a mucosa gástrica
ou tem sabor desagradável.
Essa via é muito utilizada em crianças que estão com quadro de vômitos ou que não con-
seguem ingerir o medicamento pelo sabor desagradável.
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3.4.2. Desvantagens
Obs.: Formas farmacêuticas clássicas para a via retal: supositórios e soluções enemas
ou clister.
Algumas formas farmacêuticas podem ser utilizadas nas regiões anal ou perianal (ao redor
do ânus), como emulsões, suspensões, pomadas, cremes e geis. Alguns autores consideram
essas regiões como parte da via retal, mas “classicamente” a administração nessas regiões
pode ser considerada como tópica.
I – Certa. Pela via retal, o fármaco é absorvido inicialmente por difusão passiva, porém a sua
biodisponibilidade é muito variável entre indivíduos, considerando que até 50% do fármaco
pode passar por inativação enzimática após passar pela circulação portal.
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II – Errada. Caso a molécula seja drenada do supositório para as veias hemorroidais inferior e
intermediária, ela não passa pela circulação portal. As veias hemorroidais superiores levam o
fármaco diretamente para o fígado, onde será metabolizado.
III – Errada. Se o fármaco for liberado para a veia superior retal, passará pela veia porta e che-
gará ao fígado, onde sofrerá o metabolismo de primeira passagem.
Está correto o que se afirma em I, apenas.
Letra e.
As formas farmacêuticas mais adequadas para a via retal são: supositório e soluções enemas
ou clister.
Letra b.
a) Errada. O revestimento de comprimidos é utilizado por vários motivos, e não somente por
conterem fármacos que agridem a mucosa. Um exemplo é o uso de revestimento gastrorresis-
tente para evitar a ionização no estômago de fármacos que sejam bases fracas.
b) Errada. Apesar de ser uma via de rápida absorção, a via sublingual apresenta uma área de
pequena extensão, sendo uma das suas desvantagens.
c) Certa. Uma das vantagens da via retal é a sua administração em pacientes que estejam in-
conscientes ou com dificuldade de deglutição.
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d) Errada. Pela via intramuscular, fármacos aquosos têm uma absorção mais rápida, pois as
partículas do fármaco já se encontram dissolvidas no meio aquoso.
Letra c.
4. Vias Parenterais
As vias parenterais são divididas em diretas e indiretas.
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Como vimos, as vias parenterais diretas utilizam administração por meio do uso de inje-
ção. E as parenterais indiretas, utilizam outros meios para administrar os medicamentos, sem
o uso de injeções.
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Consiste na introdução direta do medicamento em uma veia do paciente por meio de uma
injeção, apresentando biodisponibilidade de 100%.
4.1.1.1. Vantagens
• Rápido início de ação
• Biodisponibilidade de 100%
• Útil em situações de emergência
• Útil quando o paciente está inconsciente
• Permite administração de grandes volumes
• Precisão da dose, permitindo titulação
• Permite a administração de proteínas de alta massa molecular, como peptídeos e prote-
ínas que não são absorvidos por outra via
• Permite a administração de substâncias irritantes, desde que adequadamente diluídas
4.1.1.2. Desvantagens
• Maior risco de efeitos adversos devido ao rápido efeito
• Impossibilidade de administração de soluções oleosas e suspensões (com partículas
insolúveis), devido ao risco de embolias
• Pode provocar dor
• Geralmente mais cara que as vias enterais por requerer recursos humanos e materiais
para administração
• Necessidade de técnicas de assepsia
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Apesar dessa relação, o músculo deltoide ou o grande lateral apresentam maior velocidade de
absorção do que a administração no músculo glúteo.
Mulheres costumam ter absorção mais lenta do que os homens na região glútea devido às
diferenças na distribuição e na perfusão de gordura subcutânea. Mulheres apresentam maior
deposição de gordura e menor vascularização no glúteo.
4.1.2.1. Vantagens
• Adequada para volumes moderados (até 5mL, dependendo do músculo)
• Adequada para soluções oleosas e suspensões pouco solúveis
• Passível de autoaplicação: o paciente pode conseguir aplicar em si mesmo
4.1.2.2. Desvantagens
• Tempo de absorção variável
• Pode causar hemorragias intramusculares, devendo ser evitada quando o paciente utili-
zar anticoagulantes
• Substâncias irritantes podem causar dor e necrose no local da aplicação
• Pode levar à alteração de exames laboratoriais, como a creatinoquinase
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d) biodisponibilidade variável.
e) permite a administração de pró-fármacos.
e) Errada. Como não atinge a circulação portal, a via intramuscular não permite a administra-
ção de pró-fármacos.
Letra b.
4.1.3.1. Vantagens
• Adequada para fármacos de liberação lenta
• Ideal para suspensões pouco solúveis
• Passível de autoaplicação: o paciente pode conseguir aplicar em si mesmo
4.1.3.2. Desvantagens
• Substâncias irritantes podem causar dor e necrose no local da aplicação
• Inadequada para grandes volumes
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Obs.: Um tipo especial de técnica para administração pela via subcutânea é a hipodermóclise.
Ela é utilizada em idosos, pacientes em cuidados paliativos, pacientes dificuldade de
acesso venoso ou que recebam medicamentos compatíveis com essa via. Porém,
deve ser evitada em pacientes com comprometimento do tecido subcutâneo, como os
casos de anasarca grave.
Com a hipodermóclise, é possível administrar volumes um pouco maiores de medica-
mentos.
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Fonte: http://eephcfmusp.org.br
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necrose no local da aplicação, não sendo indicado o uso de medicamentos com fármacos
irritantes por essa via.
II – Certa. Considerando as características da via intravenosa, como rapidez de início da ação,
impossibilidade de reverter a dose aplicada, dentre outros, os medicamentos devem ser admi-
nistrados lentamente.
III – Certa. Uma das desvantagens da via intramuscular é o risco de lesões ou dor para os pa-
cientes. A injeção é aplicada no músculo, que contém grande inervação. A vacina tríplice bac-
teriana é um exemplo de medicamento administrado por esta via, por isso causa dor no local,
muitas vezes, inviabilizando a movimentação do membro.
Apenas as afirmativas II e III estão corretas
Letra c.
a) Errada. Via tópica: administração do medicamento sobre a pele ou mucosas para efeito local.
b) Errada. Via intramuscular: administração do medicamento no músculo.
c) Errada. Via subcutânea: administração do medicamento no tecido subcutâneo.
d) Certa. Via intradérmica: administração de pequeno volume sob a derme.
Letra d.
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Nessa via, o fármaco pode ser inalado ou aspirado, chegando rapidamente ao epitélio pul-
monar e, então, à circulação sistêmica.
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Vias de Administração
Marcela Conti
Utilizada para fármacos gasosos e voláteis, e para pós secos administrados em inaladores.
Quanto menor for o tamanho das partículas, maior é a possibilidade de que o fármaco atinja
efetivamente os alvéolos.
Os pulmões têm grande área de absorção e é muito vascularizado, favorecendo a absorção.
4.2.1.1. Vantagens
• Não sofre efeito de primeira passagem
• Útil para medicamentos cujo órgão-alvo seja os pulmões como broncodilatadores e cor-
ticosteroides para tratamento de bronquites e asma
• Menor risco de efeitos adversos
4.2.1.2. Desvantagens
• Dificuldade de manuseio no uso de inaladores
• Alguns fármacos, como os anestésicos gerais, são irritantes
4.2.2.1. Vantagens
• Não sofre efeito de primeira passagem
• Não apresenta efeitos sistêmicos (efeito local)
4.2.2.2. Desvantagens
• Baixa absorção
• Pode causar irritação local e alergia
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FARMACOLOGIA
Vias de Administração
Marcela Conti
EXEMPLO
Exemplos de fármacos administrados por essa via: contraceptivos, analgésicos e medicamen-
tos antitabagismo.
A via transdérmica (parenteral indireta) é diferente da via intradérmica, considerada uma via
parenteral direta, já que os medicamentos são administrados por meio de injeção.
4.2.4.1. Vantagens
• Não sofre efeito de primeira passagem
• Absorção mínima e não apresenta efeitos sistêmicos (efeito local)
• Baixo risco de efeitos adversos
4.2.4.2. Desvantagens
• Irritação local e alergia
• Risco de catarata
4.2.5. Mucosas
A aplicação de fármacos nas mucosas como na região bucal, ocular, nasal, vaginal etc pro-
movem ação local imediata e absorção sistêmica.
As mucosas são muito vascularizadas, permitindo rápida absorção. No entanto, a maioria
dos fármacos utilizados em mucosas possui o objetivo de efeito no local da administração.
É uma via que costuma ter baixas concentrações, minimizando a possibilidade de efeitos
sistêmicos, já que a quantidade de fármaco absorvida não chega a ser suficiente para gerar
efeitos, sejam terapêuticos ou adversos.
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EXEMPLO
Colírios, sprays bucais, comprimidos vaginais de rápida dissolução, gotas nasais, gotas otoló-
gicas etc
Cmáx é uma sigla que se refere à concentração máxima possível no compartimento intravas-
cular após a administração oral do fármaco. Ou seja, a concentração mais alta que o fármaco
pode atingir no plasma após ser administrado. O tempo que esse fármaco leva para alcançar
essa concentração máxima é chamado de “Tempo Máximo” ou Tmáx.
A Cmáx precisa estar dentro da faixa terapêutica, que corresponde à faixa de concentra-
ção plasmática que o fármaco pode atingir para exercer um efeito terapêutico. Essa faixa
fica compreendida entre o nível plasmático efetivo (NPE) e a concentração máxima tolerada
(CMT), em que:
NPE: é a concentração mínima necessária para que se obtenha a resposta farmacológica.
CMT: é a concentração máxima necessária para que se obtenha efeito farmacológico sem
causar efeito tóxico no organismo.
Para visualizar melhor a faixa terapêutica, observe a Figura:
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Fonte: http://www.interacaomedicamentosa.com
É possível perceber que a Tmáx e Cmáx podem variar dependendo da via administrada, da
forma farmacêutica, das características físico-químicas do fármaco e de qualquer outro fator
que interfira na extensão e na velocidade de absorção do fármaco.
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(4) Trata-se da via oral: via mais conveniente e econômica, geralmente a mais segura e que
depende da adesão ao paciente.
(3) Trata-se da via intramuscular: via que pode ser utilizada para volumes moderados, veículos
oleosos e algumas substâncias irritantes.
(2) Trata-se da via subcutânea: via adequada para algumas suspensões pouco solúveis e para
instilação de implantes de liberação lenta.
(1) Trata-se da via intravenosa: via extremamente útil para uso em emergências, permite a titulação
da dose e, geralmente, é necessária para proteínas de alto peso molecular e fármacos peptídeos.
(5) Trata-se da via inalada: apresenta grande área de absorção e efeitos rápidos, sendo utiliza-
da para fármacos voláteis.
Sequência correta: 4, 3, 2, 1 e 5.
Letra c.
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RESUMO
Tudo certinho por aí?
Como está se sentindo depois da aula?
Mais tranquilo(a)?
Agora, antes de nos despedirmos, vamos fazer um breve resumo dos principais pontos que
vimos aqui!
Ele será fundamental para te auxiliar nas revisões periódicas!
Vamos lá!
• Classificação das vias de administração
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Via de
Vantagens Desvantagens
administração
Limitação da absorção de
alguns fármacos
Possível interação com
Simples
alimentos
Econômica
Oral Necessidade de adesão pelo
Segura
paciente
Conveniente
Possível diminuição da
biodisponibilidade pelo efeito
de primeira passagem
Metabolismo de primeira
passagem: apenas 50% do
Uso em pacientes fármaco administrado pela via
inconscientes retal sofre efeito de primeira
Uso em pacientes com passagem
dificuldade de deglutição Absorção imprevisível devido
Retal
Viabilidade para administrar ao fato de o reto não conter
fármacos irritantes para a microvilosidades
mucosa gástrica ou com Muitos fármacos podem irritar
sabor desagradável a mucosa retal
Pode estimular e desencadear
a evacuação
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Via de
Vantagens Desvantagens
administração
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Via de
Vantagens Desvantagens
administração
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MAPA MENTAL
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/FARMACÊUTICO/2021) Em alguns casos
de encefalite, os fármacos são necessariamente administrados em vias diretas no Sistema
Nervoso Central. Para tal, a via de escolha é:
a) intratecal.
b) intravenosa.
c) intramuscular.
d) percutânea.
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Vias de Administração
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c) Inalatória.
d) Otológica.
e) Ocular.
007. (CESPE-CEBRASPE/HUB/FARMACÊUTICO/2017)
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d) Preparações de liberação lenta administrados por via oral permitem um maior espaçamento
das doses, porém não interfere na incidência ou intensidade dos efeitos adversos.
e) Soluções irritantes ou com potencial de risco de efeitos adversos não devem ser admi-
nistradas pela via endovenosa, pois não há como impedir a ação do medicamento após ad-
ministrado.
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a) As porções do sistema digestivo onde ocorre a absorção das drogas estão distribuídas na
boca, estômago, intestino delgado, intestino grosso e reto.
b) Comprimidos, drágeas e cápsulas se desintegram no estômago ou no intestino delgado,
antes da dissolução e absorção.
c) As soluções aquosas (xaropes ou gotas) são absorvidas mais rápido, quando comparadas
às formulações sólidas (comprimidos, drágeas).
d) As formas farmacêuticas gastrorresistentes são desenvolvidas para resistir a pH compreen-
dido entre 5,0 a 7,0 e desintegrar em pH compreendido entre 1,0 e 3,5.
e) O intestino é o local em que a maioria dos fármacos administrados pela via oral são
absorvidos.
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GABARITO
1. a
2. a
3. c
4. a
5. b
6. b
7. C
8. d
9. d
10. b
11. c
12. a
13. b
14. a
15. a
16. d
17. e
18. a
19. b
20. c
21. d
22. c
23. a
24. b
25. b
26. d
27. a
28. d
29. d
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GABARITO COMENTADO
001. (IMPARH/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/FARMACÊUTICO/2021) Em alguns casos
de encefalite, os fármacos são necessariamente administrados em vias diretas no Sistema
Nervoso Central. Para tal, a via de escolha é:
a) intratecal.
b) intravenosa.
c) intramuscular.
d) percutânea.
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a) Errada. A via oral é pouco efetiva em situações de emergência por necessitar de absorção.
b) Errada. A via transdérmica também é pouco efetiva em situações de emergência por neces-
sitar de absorção.
c) Certa. Pela via intravenosa, não há necessidade de absorção, pois o fármaco é administrado
diretamente na corrente sanguínea e, por isso, tem rápido início de ação. Por essas caracterís-
ticas, é muito utilizada em situações de emergência.
d) Errada. A via intranasal é pouco efetiva em situações de emergência por necessitar
de absorção.
Letra c.
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007. (CESPE-CEBRASPE/HUB/FARMACÊUTICO/2017)
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I – Certa. A via intramuscular permite a absorção tanto de soluções aquosas (absorção rápida)
quanto daquelas oleosas ou suspensões (absorção lenta).
II – Certa. As preparações nasais são administradas na mucosa nasal, que permite absorção e
a obtenção de efeito locais e sistêmicos.
III – Certa. A via parenteral, em especial a via endovenosa, quando comparadas às vias ente-
rais, apresenta como vantagens a absorção rápida, a depender da formulação, e níveis plasmá-
ticos mais previsíveis.
Todos os itens estão corretos.
Letra d.
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II – Errada. Via intramuscular: pico de ação quase total, após um rápido período após a ad-
ministração.
III – Errada. Via subcutânea: absorção intermediária, com pico de ação após um perío-
do de tempo.
IV – Certa. Via oral: absorção parcial e ação mais lenta.
Letra d.
Atenção ao enunciado!
Precisamos identificar uma VANTAGEM e uma DESVANTAGEM da via parenteral, nessa ordem.
a) Errada. A via parenteral pode ser indicada a pacientes com êmese, porém não é um “proble-
ma” para pacientes que não colaboram com a terapêutica, já que essas vias não necessaria-
mente requerem a colaboração do paciente. Por exemplo, quando está inconsciente.
b) Certa. As vias parenterais são úteis nas emergências, contudo por gerarem efeito muito rá-
pido, se torna mais difícil reverter os sinais e sintomas de hipersensibilidade.
c) Errada. As vias parenterais não são convenientes para doses frequentes (uso contínuo), já
que levam a maior desconforto do paciente.
d) Errada. Por exigirem um profissional habilitado, há maior dificuldade de administração e, no
caso da via endovenosa, é adequada para administração de grandes volumes de fluidos, aju-
dando a corrigir desequilíbrios hidroeletrolíticos.
e) Errada. A via parenteral favorece o rápido início de ação do fármaco e também são indicadas
para pacientes inconscientes.
Letra b.
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a) Certa. Na via oral, dependendo da lipossolubilidade do fármaco, a absorção por via oral pode
iniciar já pela boca, no estômago ou somente no intestino delgado.
b) Certa. A infusão intravenosa ajuda a manter os níveis plasmáticos do fármaco em uma con-
centração constante.
c) Errada. As propriedades físico-químicas interferem na escolha da via de administração. Me-
dicamentos hidrossolúveis, por exemplo, possuem baixa absorção por via oral e são melhor
biodisponíveis por via parenteral, como a intramuscular.
d) Certa. A via intra-arterial consiste na aplicação do medicamento no interior da artéria. Pos-
sui indicações restritas, como antineoplásicos e contrastes.
e) Certa. A via subcutânea consiste na aplicação do medicamento no tecido subcutâneo, abai-
xo da pele. O uso de substâncias irritantes pode causar dor e necrose.
Letra c.
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d) Preparações de liberação lenta administrados por via oral permitem um maior espaçamento
das doses, porém não interfere na incidência ou intensidade dos efeitos adversos.
e) Soluções irritantes ou com potencial de risco de efeitos adversos não devem ser admi-
nistradas pela via endovenosa, pois não há como impedir a ação do medicamento após ad-
ministrado.
a) Certa. Soluções aquosas possuem absorção intramuscular mais rápida que as oleosas, pois
são difundidas mais facilmente pelos líquidos intersticiais até o vaso sanguíneo.
b) Errada. A via subcutânea pode provocar trauma tecidual dependendo da formulação do
medicamento administrado.
c) Errada. A microbiota intestinal (termo correto para “flora microbiana”) interfere na absorção
gastrintestinal por alterar o pH e também a hidrólise de alguns fármacos.
d) Errada. Preparações de liberação lenta, por promoverem concentração plasmática mais
constante do fármaco, podem reduzir a incidência e a intensidade dos efeitos adversos.
e) Errada. Soluções com potencial risco de efeitos adversos apresentam maior dificuldade de
reversão de efeitos adversos quando administrados por via endovenosa, mas isso não con-
traindica a via. Para substâncias irritantes, deve ser feita adequadamente a sua diluição antes
da administração.
Letra a.
Trata-se da descrição da subcutânea, pois é uma via adequada para pequenos volumes, apli-
ca-se no tecido subcutâneo, ou seja, embaixo da pele.
São exemplos de medicamentos administrados por essa via: anticoagulantes e insulina, pois o
tecido adiposo é pouco vascularizado.
Letra b.
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a) Certa. Soluções aquosas possuem uma absorção quase que imediata pela via subcutânea,
enquanto que soluções em suspensão (depósito) possuem absorção lenta. Isso se deve ao
fato de as partículas de depósito não estarem dissolvidas no veículo.
b) Errada. Anticoagulantes podem ser administrados pela via subcutânea, por ser um tecido de
baixa vascularização.
c) Errada. A biodisponibilidade dos fármacos pela via oral pode passar por muitas perdas,
como ionização, efeito de primeira passagem, dissolução etc Portanto, é incompleta.
d) Errada. A via que mais aumenta os efeitos adversos não é a via oral e sim a via endovenosa,
pelo fato de atingir o pico plasmático mais rapidamente.
e) Errada. Substâncias irritantes podem ser utilizadas pela via endovenosa, desde que adequa-
damente diluídas.
Letra a.
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fornece uma ação sistêmica rápida e absorção de doses relativamente pequenas, geralmente
0,5ml ou menos.
III – A administração intradérmica é usada principalmente com fins de diagnóstico como em
testes para alergia ou tuberculina, as injeções intradérmicas indicam quantidades de doses
relativamente grandes, até 5ml, em locais adequados, dentro das camadas mais externas da
pele. Por haver baixa absorção sistêmica dos agentes injetada via intradérmica, este tipo de
injeção é usado principalmente para produzir um efeito local.
Pode-se afirmar que:
a) Somente a alternativa I é verdadeira;
b) Somente a alternativa II é verdadeira;
c) Somente a alternativa III é verdadeira;
d) Todas as alternativas são verdadeiras;
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a) Certa. A via inalada permite que o fármaco seja absorvido pelo epitélio pulmonar: região de
grande área de absorção e alta vascularização. Logo, essa via de absorção é muito rápida.
b) Certa. Nas vias parenterais, soluções em depósito possuem partículas insolúveis que não
são dissolvidas no veículo e tornam a absorção mais lenta que as soluções aquosas.
c) Certa. A via sublingual não sofre efeito de primeira passagem e a via retal pode passar pelo
efeito de primeira passagem hepática em menor proporção que a via oral.
d) Errada. A insulina não é estável no trato gastrintestinal, pelo contrário, por ser um peptídeo,
é inativada por enzimas gastrintestinais.
Letra d.
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a) Certa. Pela via retal, há possibilidade de administrar fármacos que sejam irritantes gástricos.
b) Errada. Cerca de 50% do fármaco administrado pela via retal pode passar para a circulação
portal e sofrer o efeito de primeira passagem, sendo essa uma desvantagem dessa via.
c) Certa. Poderíamos até pensar que não há tanta facilidade assim em administrar medica-
mentos pela via retal, mas em pediatria e geriatria pode ser considerada uma vantagem devido
à dificuldade de deglutição que essas populações podem apresentar.
d) Certa. Como não tem contato com a secreção gástrica, esse tipo de interação não ocorre.
Letra b.
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Às vezes, questões com gráficos podem parecer, à primeira vista, um pouquinho complexas...
Porém, com tranquilidade, podemos facilmente perceber que precisamos apenas de um pou-
quinho mais de atenção.
Vamos lá!
1. A linha 1 apresenta a curva padrão de liberação de um fármaco: início de ação imediata-
mente após a administração, presença do pico de ação e, por fim, a eliminação do organismo.
Assim, temos um sistema de liberação convencional.
Obs.: Veja que as assertivas apresentadas pela questão já deixam isso bem claro, né?
2. A linha 2 tem aspecto semelhante à curva 1, porém com diferença no início da ação, que
ocorre após decorrido um certo tempo da administração do medicamento. Nesse caso, temos
um sistema de liberação retardada.
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Obs.: Aqui, já poderíamos marcar a letra c), mas vamos supor que você tenha ficado na
dúvida....
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a) Errada. O efeito de primeira passagem é uma desvantagem da administração pela via oral.
b) Errada. A administração cutânea, especialmente em mucosas, permite absorção e ação sis-
têmica, dependendo da forma farmacêutica utilizada e da região da aplicação.
c) Certa. A administração cutânea realmente é mais segura do que a via intravenosa em rela-
ção ao risco de superdosagem.
d) Errada. Medicamentos administrados por via intramuscular não sofrem os efeitos de primei-
ra passagem pela circulação portal hepática e vão diretamente aos tecidos.
e) Errada. A administração intramuscular pode ser utilizada para fármacos de ação rápida (so-
lução aquosa).
Letra c.
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Apresentações farmacêuticas projetadas para produzir uma absorção lenta e uniforme duran-
te pelo menos 8 horas são denominadas formas farmacêuticas sólidas de liberação mantida.
Letra b.
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resultam em flutuações ao longo do tempo na concentração desses que podem fazer com que
esta concentração fique abaixo ou acima da faixa terapêutica, mesmo que a concentração mé-
dia esteja dentro da faixa. Uma das estratégias para reduzir essas flutuações é a utilização de
a) respirador.
b) bomba de infusão.
c) desfibrilador.
d) ressuscitador.
e) monitor cardíaco.
Para reduzir flutuações na concentração plasmática do fármaco, uma estratégia é utilizar a via
intravenosa, cuja biodisponibilidade é de 100%, e administrar o medicamento em bombas de
infusão contínuas (BIC), que controlam a sua velocidade de infusão.
Letra b.
a) Errada. A administração pela via inalada permite que o fármaco chegue rapidamente ao
epitélio pulmonar e, então, à circulação sistêmica.
b) Errada. A via sublingual é caracterizada pela rica vascularização local.
c) Errada. A via oral é uma via de absorção mais lenta que a via inalada. Ela é considerada a via
de eleição na terapêutica devido à sua comodidade e segurança.
d) Certa. Evitar a a destruição do medicamento por enzimas digestivas ou pelo baixo pH do
estômago é uma das vantagens via retal.
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Obs.: Mas... lembre-se de que a via retal não evita completamente o efeito de primei-
ra passagem.
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II – Errada. Fármacos de baixo índice terapêutico podem ser administrados pela via cutânea.
III – Certa. Fármacos com meia-vida curta podem ser administrados pela via cutânea.
IV – Certa. O uso de medicamentos pela via cutânea pode ser suspenso interrompendo o uso.
Estão corretas as assertivas I, III e IV.
Letra d.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Disponível em: http://www.anvisa.
gov.br. Acesso em: dezembro de 2021.
BRUNTON, L.L. GOODMAN & GILMAN: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª edição.
Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012.
FUCHS, F.D.; WANMACHER, L.; FERREIRA, M.B.C. Farmacologia Clínica. Fundamentos da tera-
pêutica racional 3ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 1074p.
GOLAN, D.E.; TASHJIAN, A.H.; ARMSTRONG, E.J.; ARMSTRONG, A.W. Princípios de Farmacolo-
gia: A Base Fisiopatológica da Farmacoterapia. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2009.
KATZUNG, B.G. Farmacologia básica e clínica. 12ª edição. Porto Alegre: AMGH, 2014.
KESTER, M.; VRANA, K.; QURAISHI, S.; KARPA, K. Farmacologia. 1ª edição. Rio de Janeiro: El-
sevier, 2006.
MERCK SHARP & DOHME CORP. MANUAL MSD - Versão para profissionais da saúde. Disponí-
vel em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional. Acesso em: dezembro de 2021.
RANG, H.P. RANG & DALE. Farmacologia. 8ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
Marcela Conti
Farmacêutica e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília (UnB). Farmacêutica da SES-
DF e tutora do Programa de Residência em Terapia Intensiva da ESCS/FEPECS/SES-DF. Trabalha com
mentoria e terapias integrativas voltadas para a área profissional e concursos. Atuou como consultora
no Ministério da Saúde pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT/SCTIE/MS) e professora do
curso de Farmácia da Universidade Católica de Brasília (UCB). É uma mulher muito feliz, ama fazer novas
descobertas e partilhar o que aprende. É casada, tem três crianças e ainda é escritora de livros infantis (nas
horas vagas, é claro!).
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