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Medicamentos

Homeopáticos
O que é medicamento homeopático?
• “Medicamento homeopático é toda forma farmacêutica de
dispensação ministrada segundo o princípio da semelhança e/ou da
identidade, com finalidade curativa e/ou preventiva. É obtido pela
técnica de dinamização e utilizado para uso interno ou externo.”

Farmacopeia homeopática brasileira, 3a edição


O que é medicamento homeopático?
• Concepção homeopática

• Diferem substancialmente dos medicamentos alopáticos, enantiopáticos e


isopáticos - objetivo e natureza imaterial;

• Efetuam a cura mediante sua capacidade dinâmica de atuar sobre a vitalidade;

• Características energéticas - não atuam diretamente no organismo por meio de


átomos ou moléculas;

• Visa prevenir ou curar por meio de sua capacidade de ativar todo um complexo
reativo natural;
O que é medicamento homeopático?
• Concepção homeopática

• Deverá ser diluído e potencializado mediante uma farmacotécnica especial


e empregado de acordo com a lei dos semelhantes;

• Precisam ter sido previamente testadas no homem sadio, de acordo com os


protocolos de experimentação patogenética;

• Será sempre o "remédio" do paciente, ou seja, o seu simillimum;


Tautoterápicos
• Medicamentos dinamizados preparados com o mesmo agente que
provocou o distúrbio orgânico;

• Exemplo: tratamento de intoxicações por chumbo mediante doses


potencializadas dele, representa tautoterapia;

• Do grego tautó, o mesmo, e therapeia, tratamento;


Isoterápicos
• Produtos cujo insumo ativo pode ser de
origem endógena ou exógena

• Eles se classificam em autoisoterápicos e


heteroisoterápicos
• Autoisoterápicos - são produtos cujo insumo
ativo é obtido do próprio paciente e só a ele
destinados
• Heteroisoterápicos são produtos cujo insumo
ativo é externo ao paciente e, de alguma forma, o
sensibiliza
Bioterápicos de estoque
Produtos cujo insumo ativo é constituído por amostras preparadas e fornecidas
por laboratórios especializados;

• Não são medicamentos homeopáticos;

• Dispensação e preparação estão sob a responsabilidade do farmacêutico homeopata;

• Não foram previamente testados no homem sadio;

• Não possuem patogenesias definidas;


Quais as principais fontes que originam o
medicamento homeopático?
• Reinos vegetal, mineral e animal;
• Produtos de origem química, farmacêutica e biológica;
• Preparados especiais desenvolvidos por Hahnemann;
• Reino fungi, reino monera e reino protista;

Medicamentos imponderáveis
Eletricidade, Luna, Magnetis polus articus, Magnetis polus
australis, Magnetis polus ambos, Raios X, RadiuM, Sol etc.
Veículos e excipientes
• Realizar diluições, incorporar as
dinamizações e extrair os princípios ativos
das drogas na elaboração das tinturas
homeopáticas;

• Fazem parte integral do medicamento


homeopático;

• Devem atender às condições de pureza


exigidas pelas farmacopeias;
Veículos e excipientes
• Água purificada, álcool etílico, glicerina,
lactose e sacarose, glóbulos,
microglóbulos, comprimidos e tabletes
inertes; apósitos medicinais (algodão e
gaze esterilizados); as bases ou insumos,
para os linimentos, pomadas, cremes, géis,
géis-creme, loções e supositórios; e
amidos. carbonatos, estearatos e outros,
para os pós medicinais
Regras de nomenclatura
• Regras internacionais de nomenclatura botânica,
zoológica, biológica, química e farmacêutica e dos
nomes homeopáticos tradicionais encontrados nas
farmacopeias, matérias médicas e demais obras
reconhecidas pela comunidade homeopática
• Não é necessário destacá-los em itálico, negrito ou
sublinhado, tampouco indicar o autor da
classificação do ser vivo
• Ex.: Digitalis purpurea para identificar o
medicamento homeopático preparado a partir das
folhas de Digitalis purpurea L
Regras de nomenclatura
• Escreve-se o nome do primeiro componente com a
primeira letra maiúscula e os demais componentes
com a primeira letra minúscula
• Exemplos: Ferrum phosphoricum, Natrium muriaticum
natronatum, Bryonia

• Quando se emprega em homeopatia apenas uma


espécie de determinado gênero, é facultado omitir
a espécie, identificando o medicamento somente
pelo gênero
• Exemplos: Ruta (Ruta graveolens), Lycopodium
(Lycopodium clavatum)
Regras de nomenclatura
• Quando se empregam nomes tradicionais em
homeopatia, mesmo que haja várias espécies, pode-
se omitir a espécie, desde que não dê origem a
dúvidas
• Exemplo: Eupatorium. Trata-se do Eupatorium
perfoliatum, pois as outras espécies são pouco utilizadas

• Para os nomes tradicionais, faculta-se ainda adotar


somente o nome da espécie, omitindo-se o gênero
• Por exemplo: Chamomilla (Matricaria chamomilla),
Belladonna (Atropa belladonna)
Regras de nomenclatura

Com relação à nomenclatura de


Espécies poucos usadas devem substâncias químicas, além dos
ter identificação completa, com nomes oficiais são utilizados
gênero e espécie nomes homeopáticos
tradicionais

Exemplos: Rhus Exemplos: Barium


glabra, a fim de carbonicum (Baryta
distingui-lo de carbonica), Sulfur
Rhus (Sulphur)
toxicondendron
Sinonímia
• Uso comum no receituário clínico
• Contribui para evitar confusões

Ex.: Uma mãe leva seus três filhos ao médico homeopata. O primeiro apresenta diarreia
pastosa, gases intestinais, regurgitações ácidas, ansiedade e cefaleias com vertigens
como sintomas. Sente-se melhor com o frio. O segundo apresenta diarreia líquida,
ventre dilatado, prostração e medo da escuridão como sintomas. Sente-se melhor com o
calor. O terceiro mostra acesso de tosse durante a madrugada, dispneia, coriza
abrasadora, prostração e medo de morrer como sintomas. Ao primeiro, o médico
prescreve Argentum nitricurn; ao segundo, Arsenicum album; ao terceiro, também
Arsenicum album...
Sinonímia

• Ex.: ...Como os dois primeiros apresentavam diarreia,


sintoma que os levaram ao médico, a mãe, ao chegar em
casa, poderia confundir-se ministrando Arsenicum album a
essas duas crianças. Isso não seria nada adequado, pois a
homeopatia não trata de doenças, simplesmente. Apesar
de as duas apresentarem diarreia, seus medicamentos são
distintos. Já a terceira criança, apesar de não apresentar
diarreia, recebeu como medicamento o Arsenicum album,
pois ele contém a totalidade dos sintomas encontrados
nesse paciente, assim como no paciente que apresentava
diarreia líquida...
Sinonímia

• Ex.: ... Para evitar possível confusão, o médico prescreve


então à primeira criança o Argentum nitricum; à segunda, o
Arsenicum album; à terceira, o Metallum album, que é
sinônimo de Arsenicum album. O farmacêutico, ao aviar as
três receitas, não deve fazer comentários com o paciente
sobre o uso de sinónimos, para não criar desconfianças
quanto à condução médica.
Abreviaturas e símbolos
100 sucussões ↑↓ Quantidade suficiente qs
Comprimidos comp. Quantidade suficiente para qsp
Diluição dil. Resíduo seco tintura-mãe r.s.
Dinamização din. Resíduo sólido vegetal fresco r. sol.
Escala centesimal CH (método hahnemanniano) Solução sol.
Escala cinquenta milesimal LM (método hahnemanniano) Tabelete tabl.
Escala decimal de Hering DH (método hahnemanniano) Tintura-mãe TM, Tint. Mãe, Ø
Glóbulo glob. Título alcóolico da tintura-mãe tit. alc.
Método de fluxo contínuo FC Trituração trit.
Método korsakoviano K Partes iguais ãã (abreviatura de
Microglóbulos mcglob. ana, palavra grega)
Categorias de medicamentos
• Medicamentos policrestos
• Do grego: polys = muitos e khréstos =benéfico;
• polychrestus =que tem muitas aplicações (latina);
• Medicamentos homeopáticos mais utilizados na clinica diária;

• Semipolicrestos
• Medicamentos homeopáticos que apresentam ricas patogenesias, porém
não tão usados quanto os policrestos;

Esses medicamentos devem compor o estoque


mínimo das farmácias homeopáticas
Categorias de medicamentos
• Medicamentos agudos
• Preparados a partir de drogas que proporcionam quadros agudos violentos
durante o experimento patogenético;
• Belladonna, Aconitum e Cantharis;
• Utilizados na prática clínica para aliviar sintomas agudos de determinadas
doenças;

• Medicamentos de fundo ou de terreno


• Phosphorus, Silicea e Calcarea carbônica;
• Estão relacionados a estados crônicos, de acordo com constituição,
temperamento e miasma;
Categorias de medicamentos
• Medicamentos complementares
• Escola pluralista;
• Medicamento homeopático que supre as deficiências patogenéticas do outro;

• Antídotos (homeodoto)
• Medicamento ou a substância capaz de neutralizar os sintomas da agravação,
provocados por outro medicamento;
• Mercurius solubilis inativa os efeitos de Antimonium crudum;
• Cânfora, natural ou sintética, a menta e os perfumes fortes inativam a maioria
dos medicametos homeopáticos;
Categorias de medicamentos
• Placebo
• Interromper dependência medicamentosa antes do uso do simillimum
• Para satisfazer os impulsos dos hipocondríacos que se encontram sob
tratamento homeopático
• Nas provas duplo-cego, durante o experimento patogenético
• Nas agravações iniciais enquanto se aguarda o desenvolvimento de sintomas
secundários
• Exemplos:
• Aconitum 6CH 0/20 mL (para líquidos)
• Argentum nitricum 6CH 0/15 g (para glóbulos. comprimidos e tabletes)
• Thuya occidentalis 12CH 0/1 papel (para pós)
Rotulagem e embalagem
• Resolução RDC n. 67, de 8 de outubro de 2007, da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária e Farmacopeia homeopática brasileira

Farmácia Floralys
Av. Sampaio nº12 – 44062-161 - Feira de Santana – BA
Farmacêutico Responsável: Dr. João Almeida – CRF XXX
CNPJ00.000.000/00 – Licença nº00
Paciente: Amanda Ponce Prescritor: João Amorim

Belladona 6CH líquida. Conteúdo 20mL


Tomar conforme a prescrição médica

Farmacopéia Homeopática Brasileira II Uso interno


Lote: G0899 Dt de man.: 10/03/2010 Validade: 2 anos

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