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CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO-FIB

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO ÂMBITO HOSPITALAR: ASSISTÊNCIA


FARMACÊUTICA NO SUS

Aline Souza Fernandes - 201809060648


Felipe Correia - 201804049867
Marina Santos da Paixão – 201903286379

Orientadora: Profª Dayse Bastos

Salvador-BA
2023
O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO ÂMBITO HOSPITALAR: ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA NO SUS

Aline Souza Fernandes - 201809060648


Felipe Correia - 201804049867
Marina Santos da Paixão – 201903286379

Orientadora: Profª Dayse Bastos

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao curso de
graduação em Farmácia do
Centro Universitario Estacio da
Bahia como requisito para
aprovação a disciplina de projeto
de TCC em saúde.
Orientadora: Profª Dayse Bastos

Salvador-BA
2023
INTRODUÇÃO

O Sistema Único de Saúde, SUS, é estruturado pela união de todos os serviços e ações de
saúde que são ofertados pelas instituições públicas federais, municipais e estaduais, da
administração direta e indireta e fundações mantidas pelo Poder Público. Foi criado pela
Constituição Federal de 1988 (Brasil, Senado Federal. Constituição da República
Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal/Subsecretaria de Edições Técnicas; 2007) e
institucionalizado pela Lei Orgânica da Saúde (Brasil, Lei 8080/1990) desta forma tornou-
se acessível a todos, onde a saúde passou a ser promovida e a prevenção passou a fazer
parte do planejamento das políticas públicas. (VIEIRA, 2010, p. 149-154).

O serviço de farmácia é de suma importância para o hospital, pois assegura o


reabastecimento racional dos materiais e medicamentos necessários ao ciclo operacional
da instituição, sendo que as farmácias satélites possibilitam maior agilidade na dispensação
de materiais e medicamentos hospitalares. Uma administração de suprimentos eficaz
resolve grande parte dos problemas administrativos, qualitativos, operacionais e
financeiros, o farmacêutico na farmácia hospitalar possui as ferramentas necessárias ao
gerenciamento efetivo de todas as atividades da unidade relacionadas ao uso de
medicamentos e demais insumos farmacêuticos. O conhecimento sobre o gerenciamento
efetivo de todas as atividades administrativas e clínico-assistenciais da unidade é
fundamental para o desenvolvimento de ações que possam favorecer o uso racional de
medicamentos e produtos farmacêuticos, com maior custo-efetividade e custo-benefício
tanto para o paciente quanto para o hospital. (LOPES; SOUZA, 2021 p. 296).

Verificou-se que o conceito de farmácia hospitalar vai além de um setor de guarda de


medicamentos. É um departamento que agrega valor a outros setores do hospital, tornando
necessário a adequada assistência aos pacientes. Assim, os achados da pesquisa permitiram
concluir, que o farmacêutico, quando atuando em farmácias hospitalares, pode colaborar
com a equipe multiprofissional em saúde, acompanhando a utilização dos medicamentos e
a evolução clínica dos pacientes visto que o uso off label de medicamentos é uma realidade
atual que pode gerar sérios agravos a saúde dos indivíduos que já estão internados em
estado grave e situação crítica. (SILVA, TREVISAN, 2021, p. 5)
Este profissional é essencial para garantir o uso racional de fármacos, gerenciar a farmácia
hospitalar, elaborar medidas para custo e benefício em compras de medicamentos e
materiais, executar a rastreabilidade dos fármacos no hospital, assim como informar sobre
os erros de medicação e preveni- lós, realizar a assistência farmacêutica e colaborar na
segurança dos pacientes, além de, participar de uma equipe multiprofissional.
(CARVALHO, 2017 p. 26).

Embora a importância deste profissional seja uma realidade fundamental dentro de um


hospital, no Brasil ainda se tem muitos obstáculos para empregar as ações dos mesmos,
devido à resistência existente de sua inclusão e aceitação da equipe multiprofissional, o que
deixa sugestivo a intervenção por meio de estratégias de sensibilização dos membros da
equipe e atualização dos profissionais farmacêuticos, visando mais segurança ao uso dos
medicamentos e melhor adesão aos tratamentos. (SIQUEIRA, 2021, p.16).

A frente da equipe multiprofissional ainda, o farmacêutico clínico só tem a somar


positivamente em todos os processos da internação, visando que uma equipe bem
capacitada e instruída consiga tomar decisões mais assertivas para o paciente, viabilizando
mais agilidade no fechamento do diagnóstico e tratamento adequado, da mesma forma que
aumenta as chances de uma boa aceitação e precisão do tratamento após a alta, logo,
reduzindo os gastos em todas as etapas de forma individual. (SIQUEIRA, 2021, p.16).

O papel do farmacêutico na Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde, expõe


uma diretriz dotada de capacidades abrangentes, onde a união dos profissionais nesse
ambiente de saúde e o entendimento do comportamento da população, denotam a atenção
no processo de tratamento de forma diferenciada, onde a busca do restabelecimento da
saúde do paciente e da disseminação do conhecimento em torno do medicamento,
concretizam a promoção da saúde, o estabelecimento da educação sanitária e da sua saúde
e uma melhoria na qualidade de vida do paciente. (MOREIRA, 2019, p. 17)

No modelo atual, identificamos o ciclo de assistência farmacêutica que visa resultados


favoráveis ao uso racional e acesso ao medicamento, sendo o farmacêutico, o profissional
legalmente responsável pelo medicamento, tornando-o imprescindível para o
desenvolvimento das atividades relacionadas à área, tais como seleção, programação,
armazenamento, distribuição e dispensação de medicamentos. A ausência de um
gerenciamento efetivo pode acarretar grandes desperdícios, sendo considerado recurso
crucial (CAMPOS, 2018, p. 1709-1713).
O farmacêutico estabelece um viés competente para o sucesso terapêutico das pessoas,
graças a toda logística de envolvimento em todo ciclo da AF, incluindo atenção e cuidados
farmacêuticos. Entretanto, deixa-se claro e evidente, que para um bom funcionamento
dessas atividades e serviços de excelente qualidade, os estabelecimentos de atenção básica
de saúde dependem de uma Assistência Farmacêutica estruturada e qualificada, sendo
decorrentes de ações realizadas pelos principais gestores, bem como o governo federal,
secretarias de saúde estaduais e municipais e integração com profissionais de saúde. Graças
aos programas governamentais consolidados pelo SUS a nível de atenção primária, a
pessoa tem acesso de forma gratuita e igualitária à promoção, atenção e cuidados de saúde,
são atendidas por equipes de multiprofissionais nos diferentes estabelecimentos de saúde,
onde essas equipes promovem resultados melhores no quesito saúde e consequentemente
melhora a qualidade de vida das pessoas. (LOPES, 2022, p.23).

Com a ampliação de seu escopo de atuação na ABS, os farmacêuticos têm contribuído de


modo significativo para o atendimento da população. Contudo, os diversos problemas que
emergem de suas práxis evidenciam a complexidade da dimensão ética deste trabalho.
Envolvendo questões relativas à estrutura e à gestão dos serviços, tais problemas se
entrelaçam com a dimensão política do cuidado em saúde. Reconhecê-los, analisá-los e
discuti-los é fundamental para qualificar a ABS. Os desafios precisam ser enfrentados com
o fortalecimento da assistência farmacêutica como política pública e a defesa dos princípios
de universalidade, integralidade e equidade. (RIBEIRO, 2020, p. 371).

Tão importantes quanto à disponibilidade dos recursos financeiros necessários à aquisição


desses medicamentos, são a organização e a eficácia do gerenciamento do programa,
principalmente nos seus aspectos operacionais e administrativos. Para tanto, as Secretarias
Estaduais de Saúde devem buscar a organização da área de Assistência Farmacêutica, de
forma a racionalizar e otimizar os recursos existentes. A organização da atenção à saúde
também é importante. Na maioria das vezes, a avaliação, o tratamento e o acompanhamento
do usuário se dão em um serviço de média ou alta complexidade, portanto é conveniente a
estruturação dos mesmos pelos gestores estaduais e municipais, no sentido de organizar a
rede de atenção. Em muitas ocasiões, os usuários não conseguem participar do programa
devido às dificuldades no acesso às consultas especializadas e aos exames que confirmam
o diagnóstico. Em resumo, a promoção do acesso aos medicamentos excepcionais requer:
a instituição do critério epidemiológico de seleção dos medicamentos; a elaboração e
constante revisão dos protocolos clínicos; o uso racional dos medicamentos; a estruturação
de uma rede regionalizada e hierarquizada de atenção á saúde; a divulgação de informações
acerca do programa. (BELTRAME et al - 2006/2007 p. 11)
REFERÊNCIAS

LOPES, E, MELO, OLIVEIRA, L, SOUZA. Farmácia Hospitalar e o Papel do


Farmacêutico no Âmbito da Assistência Farmacêutica. Revista JRG de Estudos
Acadêmicos, 2021, p. 296-297. Disponível em:
http://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/238.

CARVALHO, S, J. A Importância do Farmacêutico no Âmbito Hospitalar. Faculdade de


Educação e Meio Ambiente, 2017, p. 26. Disponível em:
https://repositorio.faema.edu.br/bitstream/123456789/1232/1/CARVALHO%2c%20J.%2
0S.%20%20A%20IMPORT%c3%82NCIA%20DO%20PROFISSIONAL%20FARMAC
%c3%8aUTICO%20NO%20%c3%82MBITO%20HOSPITALAR.pdf.

SIQUEIRA, L, F; GOMES, L, C, N; GONÇALVES, K, A, M; Atuação do farmacêutico


clínico no âmbito hospitalar, Clinical pharmacist's performance in the hospital
environment. Brazilian Journal of Health Review, 2021, p. 16. Disponível em:
https://scholar.google.com.br/scholar?hl=ptBR&as_sdt=0%2C5&as_vis=1&q=Atua%C3
%A7%C3%A3o+do+farmac%C3%AAutico+cl%C3%ADnico+no+%C3%A2mbito+hos
pitalar&btnG=.

MOREIRA, F, C, S; MULLATI, J; COSTA, F, M; DOLCE, V, B, H; Assistência


Farmacêutica no Sistema Único de Saúde: O Papel do Farmacêutico na Promoção da
Saúde. FACIDER Revista Científica, 2019, p.17. Disponível em: http://revista.sei-
cesucol.edu.br/index.php/facider/article/view/178/207.

SEGUNDO, M, D, L; O Papel Do Farmacêutico No Âmbito Do Sus: Um Enfoque À


Assistência Farmacêutica Dos Serviços Prestados Na Atenção Primária De Saúde.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, 2022, p. 23. Disponível em:
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/48547/1/Opapeldofarmac%c3%aauticono
%c3%a2mbitodosus_LopesSegundo_2022.pdf.

SILVA, R.K.B.; TREVISAN, M.; Assistência farmacêutica em unidades hospitalares em


tempos de pandemia - uma revisão integrativa. Revista Pub Saúde, 2021, p. 5. Disponível
em: https://dx.doi.org/10.31533/pubsaude7.a180.

MOLINA, L.R.; HOFFMANN, J.B.; FINKLER, M.; Ética e assistência farmacêutica na


atenção básica: desafios cotidianos. Revista Bioética, 2020, p. 371. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/1983-80422020282398.

CAMPOS, G.W.S.; SUS: o que é como fazer? Departamento de Saúde Coletiva,


Faculdade de Ciências Médicas, Unicamp-SP. 2018, p. 1709-1713; Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/ZPyBXcTXwZvLh5H9PDzvxpn/?lang=pt&format=pdf

BELTRAME et al.; Assistência Farmacêutica no SUS. Conselho Nacional de Secretários


de Saúde – CONASS, 2007, p. 115; Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/colec_progestores_livro7.pdf

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