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V MOSTRA INTEGRADA DE EXPERIÊNCIAS EM EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E PESQUISA EM

SAÚDE DA SECRETARIA DE SAÚDE DO RECIFE

EXPERIÊNCIAS EXITOSAS EM ESTÁGIO DO CURSO DE FARMÁCIA NA ATENÇÃO BÁSICA


– POLICLÍNICA ALBERT SABIN

Ludmila Andrade Rodrigues de Lima 1; Bruna Carolina Costa Rafael 2; Maria Eduarda Dias de
Luna de Brito Pereira3 ; Clara de Assis Silva Ribeiro 4 ; Mônica Maria Henrique dos Santos 5 ;
Evanilson Alves Feitosa6; Simone Santos Bezerra7.

1,2,3,4 e 5 6 e 7
Faculdade Pernambucana de Saúde - FPS; ludmilaliima@gmail.com Farmácia da
Família, Policlínica Albert Sabim.

O QUE FOI REALIZADO E POR QUÊ?

Durante o período de 3 meses, as estudantes da Faculdade Pernambucana de Saúde


- FPS cumpriram o estágio obrigatório na policlínica Albert Sabin, localizada no bairro da
Tamarineira, para vivencia pratica da atuação do farmacêutico na Atenção Primária a
Saúde (APS). As policlínicas visam prestar serviços de atenção básica e média
complexidade na rede de saúde da região, ampliando o acesso ambulatorial a
especialidades médicas diversas e exames em busca de uma maior atenção à saúde do
paciente.

O trabalho aconteceu na maior parte do tempo na farmácia comunitária,


acompanhando a preceptora farmacêutica e a equipe em como externar corretamente
a Assistência Farmacêutica através da Dispensação de Medicamentos nas áreas de
Saúde Mental, Asma, Saúde da Mulher, Hipertensão, Diabetes, entre outras. Foram
feitos trabalhos de conscientização dinâmicos com os pacientes, acompanhamento das
rotinas do serviço e, especialmente, o conhecimento sobre o Sistema HÓRUS. Além de
termos contato com atividades importantes do farmacêutico junto aos Programas de
Vacinação, Tuberculose e Hanseníase.
COMO FOI DESENVOLVIDA A EXPERIÊNCIA?

A saúde é um processo amplo e complexo, em que se deve considerar uma


pluralidade de determinantes e condicionantes sociais. Com vistas a atender todas as
demandas e necessidades apontadas pela sociedade, assim como a implementação de
diferentes abordagens e espectros de atuação, é fundamental considerar a importância
de uma amplitude assistencial que possibilite uma atuação sistêmica e integral nos
pontos de atenção em todos os campos da área da saúde, inclusive na área farmacêutica
(BRASIL, 2020; COSTA, 2017).

Neste contexto, a vivencia dentro da farmácia possibilitou compreender melhor o


SUS, entender as necessidades da população e identificar o papel do farmacêutico como
agente aliado a equipe multiprofissional para garantir o acesso a saúde por meio da
dispensação humanizada de medicamentos e produtos, afim de minimizar os riscos de
doenças e/ou trata-las.

Por meio da Atenção Farmacêutica na policlínica, nosso papel como estudante e


futuro profissional foi proporcionar o uso racional de medicamentos, orientar acerca da
posologia e do tratamento que o paciente devia seguir, tirar quaisquer duvidas,
colaborar com a farmacêuticas em atividades relacionadas ao estoque da farmácia por
meio do software Hórus, bem como fazer a dispensação sob supervisão da preceptora.

Por ter sido oportuno, durante a vivencia do estagio elaboramos uma ação de
Uso Racional de Medicamentos para a população assistida, com orientação sobre os
cuidados com o uso adequado dos medicamentos, envolvendo o cumprimento da
posologia de forma correta, o armazenamento em domicílio e o descarte de forma
segura.
O QUE VOCÊ E A SUA EQUIPE APRENDERAM COM ESSA EXPERIÊNCIA?

A primeira experiência vivenciada no estágio supervisionado em uma policlínica


do Recife foi o contato direto com os pacientes no momento da Dispensação de
Medicamentos, onde era necessário utilizar todos os nossos conhecimentos a respeito
das classes e posologia, de forma a explicar para o paciente como, para quê, quando
tomar a medicação. Neste primeiro momento é imprescindível a importância do
farmacêutico nos serviços públicos de saúde na questão do uso racional dos
medicamentos, pois é possível garantir a segurança, efetividade e melhora dos
resultados farmacoterapêuticos e da qualidade de vida dos pacientes. Somado ao ato
da dispensação de medicamentos, conseguimos promover algumas ações dentro da
policlínica, na qual destacam-se: aferição de pressão, glicose, orientação sobre os
medicamentos, saber se o paciente toma outras medicações e se possui algum tipos de
interação medicamentosa, dentre outras atividades que tiveram a finalidade de ter esse
acompanhamento farmacoterapêutico e levar informações seguras e confiáveis para a
população local. As demais experiências foram com relação a como utilizar o Sistema
Hórus no registro de todas as entradas, saídas e fluxo de produtos de medicamentos e
nos almoxarifados/Central de Abastecimento Farmacêutico e nas Farmácias/Unidades
de Saúde, sendo desenvolvido na qualificação da Gestão Farmacêutica no SUS.

QUE DESAFIOS FORAM ENCONTRADOS PARA O SEU DESENVOLVIMENTO?


O primeiro desafio enfrentado foi a falta de reconhecimento e valorização do
profissional farmacêutico na Atenção Primária. Torna-se fundamental uma maior
participação e interação do farmacêutico tanto com os pacientes quanto com a equipe
multiprofissional, onde possa haver uma maior parceria, construindo de forma
harmônica uma maior integração junto com os serviços ofertados de forma a impactar
no desenvolvimento da saúde na atenção primária. Além disso, outras estratégias são a
implementação de mais projetos de ações comunitárias, isto é, atividades que possam
expandir o conhecimento e serviços para atender a grande demanda nos serviços de
saúde da população local.
O QUE VOCÊ MAIS GOSTOU E O QUE VOCÊ NÃO GOSTOU?

A experiência do estagio foi bastante importante, pois nos possibilitou ter


contato com pacientes em diversas questões de saúde, onde com o nosso conhecimento
adquirido em aula pudemos atende-los. Também foi importante conhecer profissionais
de outras áreas da saúde, e compreender a importância da equipe multiprofissional.

Compartilhar a vivencia com outros profissionais foi de fato um momento único,


somente deixa a desejar a falta de reconhecimento do farmacêutico. Em diversos
momentos presenciamos pacientes e outros profissionais dirigindo-se a farmacêutica
como enfermeira, o que reforça que a população não compreende o papel do
farmacêutico quando ele está fora de uma drogaria.

PENSANDO NO QUE VOCÊ DESCREVEU SOBRE A SUA EXPERIÊNCIA, O QUE MAIS


AINDA PODE SER FEITO?

O Farmacêutico, conforme o CFF (2016), deve exercer suas responsabilidades,


tendo reconhecimento tanto da população, como dos companheiros de equipe.
Desenvolver mais ações voltadas para a população, desmitificar o papel do
Farmacêutico e compreende-lo como um profissional além da dispensação, sendo
fundamental na atenção integral à saúde.

Para tanto é necessário se ter mais apoio da Gestão do Sistema de Saúde, dando
acesso ao profissional de infraestruturas de serviço compatíveis com todas as suas
atividades, principalmente em recursos humanos. Promovendo ações interprofissionais
com toda equipe de saúde, inserindo-o, efetivamente, em todas as etapas do Cuidado
Farmacêutico frente a população.

PALAVRAS-CHAVE: Assistência Farmacêutica Básica; Dispensação de Medicamentos;


Atenção Primária a Saúde.
REFERÊNCIAS:

Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de


Promoção da Saúde. Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica: aplicação do método
clínico. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao


paciente, à família e à comunidade: contextualização e arcabouço conceitual. Brasília:
Conselho Federal de Farmácia; 2016.

COSTA, K. S. et al. Assistência farmacêutica na atenção primária: a pactuação


interfederativa no desenvolvimento das políticas farmacêuticas no Sistema Único de
Saúde (SUS). In Revista de Saúde Pública, n. 51 (supl. 2:2s), 2017.

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