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SUMÁRIO
1. Imagem corporal 4
2. Transtornos alimentares 6
2.1 Complicações clínicas 6
2.2. Epidemiologia 6
4. Anorexia 8
4.1. Aspectos nutricionais da anorexia nervosa 8
4.1.1. Dieta restritiva autoimposta com jejum progressivo 8
SUMÁRIO 4.1.2. Estrutura da alimentação 8
4.2. Diagnóstico 9
4.3. Complicações clínicas 11
5. Bulimia nervosa 12
5.1. Aspectos nutricionais da bulimia nervosa 12
5.1.1. Compulsão alimentar 12
5.1.2. Estrutura da alimentação 12
5.1.3. Consumo alimentar 12
5.1.4. Atitudes alimentares 12
5.1.5. Comportamento alimentar 12
5.1.6. Comportamentos e pensamentos bizarros 13
5.2. Diagnóstico 13
5.3. Complicações clínicas 14
6. Tratamento 16
6.1. Aspectos gerais 16
6.1.1. Aspectos gerais do tratamento medicamentoso 16
6.1.2. Aspectos gerais modalidades de tratamento 16
6.1.3. Aspectos gerais e particularidades do regime de internação 16
6.2 Tratamento nutricional 17
6.2.1. Aspectos gerais 17
6.3. Diário alimentar 17
6.4. Como falar com o paciente com TA 18
6.5. Foco 18
6.6. Diferenciais da avaliação nutricional 18
6.6.1. Particularidades do tratamento da AN 20
6.6.2. Bases para o tratamento da anorexia nervosa 20
6.7. Particularidades do tratamento da BN 21
6.7.1. Bases para o tratamento da bulimia nervosa 21
6.7.2. Passos para o tratamento da bulimia nervosa 21
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Avaliação da Imagem Corporal
Referências bibliográficas 24
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Figura 3 – Fatores que influem na incidência de transtornos alimentares. Fonte: Produção do autor.
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• Mulheres
* Preocupação com o peso.
* Menor preocupação com atividade
física.
* Enxergam-se mais gordas.
• Homens
* Preocupação com o corpo.
Figura 4 - Preocupação exagerada com o peso e a forma do corpo.
* Maior quantidade de exercícios.
Fonte: http://www.hcpa.ufrgs.br/downloads/Comunicacao/transtornos_
alimentares.pdf. * 20% do público homossexual
masculino desenvolve alguma forma de
TA.
* Enxergam-se menos musculosos.
* Histórico de obesidade.
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Estrutura e consumo são mais “fáceis” de se mudar ao A doença inicia-se com restrição progressiva de
longo do tratamento, porém, sem mudança das atitudes alimentos:
alimentares, é muito grande a chance de recaída.
1º alimentos calóricos.
Nos transtornos alimentares, o consumo, a estrutura e
as atitudes alimentares estão seriamente comprometidos. 2º outros tipos de alimentos.
O próprio nome “transtornos alimentares” dá a entender
que a alimentação está transtornada, alterada. O comportamento varia de paciente para paciente.
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Atitudes alimentares:
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Quadro 2. Critérios para diagnósticos de anorexia nervosa segundo o DSM-IV (APA, 1994)
1. Recusa a manter o peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo normal adequado à idade e à altura (por
ex., perda de peso levando à manutenção do peso corporal abaixo de 85% do esperado ou fracasso em ter o ganho
de peso esperado durante o período de crescimento, levando a um peso corporal menor que 85% do esperado).
2. Medo intenso do ganho de peso ou de se tornar gordo, mesmo com peso inferior.
3. Perturbação no modo de vivenciar o peso, o tamanho ou a forma corporais; excessiva influência do peso ou da
forma corporais na maneira de se autoavaliar; negação da gravidade do baixo peso.
4. No que diz respeito especificamente às mulheres, ausência de pelo menos três ciclos menstruais consecutivos,
quando é esperado ocorrer o contrário (amenorreia primária ou secundária). Considera-se que uma mulher tem
amenorreia se os seus períodos menstruais ocorrem somente após o uso de hormônios, por exemplo, estrógeno
administrado.
Tipos:
- Restritivo: não há episódio de comer compulsivamente ou prática purgativa (vômito autoinduzido, uso de laxantes,
diuréticos, enemas).
- Purgativo: existe episódio de comer compulsivamente e/ou purgação.
A. O peso corporal é mantido em pelo menos 15% abaixo do esperado (tanto perdido quanto nunca alcançado)
ou o índice de massa corporal de Quetelet (peso em kg / altura em cm ao quadrado), em 17,5 ou menos. Pacientes
pré-púberes podem apresentar falhas em alcançar o ganho de peso esperado durante o período de crescimento;
B. A perda de peso é autoinduzida por abstenção de “alimentos que engordam” e um ou mais do que se segue:
vômitos autoinduzidos, purgação autoinduzida, exercício excessivo, uso de anorexígenos e/ou de diuréticos.
C. Há uma distorção da imagem corporal na forma de uma psicopatologia específica por meio da qual um pavor de
engordar persiste como uma ideia intrusiva e sobrevalorada e o paciente impõe um baixo limiar de peso a si próprio.
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* Sintomas de hipotireoidismo:
constipação, intolerância ao frio,
bradicardia etc.
* Não requer tratamento com
hormônios tireoidianos - cuidado com o
abuso com finalidade de perda de peso.
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A. Episódios recorrentes de compulsão periódica. Um episódio de compulsão periódica é caracterizado por ambos
os seguintes aspectos:
1- Ingestão, em um período limitado de tempo (por exemplo, dentro de um período de duas horas), de uma
quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria em um período similar e sob
circunstâncias similares.
2- Sentimento de falta de controle sobre o comportamento alimentar durante o episódio (por exemplo, um
sentimento de incapacidade de parar de comer ou de controlar o que ou quanto está comendo).
Especificar tipo:
Tipo purgativo: durante o episódio atual de bulimia nervosa, o indivíduo envolveu-se regularmente na autoindução
de vômitos ou no uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas.
Tipo sem purgação: durante o episódio atual de bulimia nervosa, o indivíduo usou outros comportamentos
compensatórios inadequados, tais como jejuns ou exercícios excessivos, mas não se envolveu regularmente na
autoindução de vômitos ou no uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas.
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A. Há uma preocupação persistente com o comer e um desejo irresistível de comida; o paciente sucumbe a
episódios de hiperfagia, nos quais grandes quantidades de alimento são consumidas em curtos períodos de tempo.
B. O paciente tenta neutralizar os efeitos “de engordar” dos alimentos por meio de um ou mais do que se segue:
vômitos autoinduzidos; abuso de purgantes; períodos alternados de inanição; uso de drogas tais como anorexígenos,
preparados tireoidianos ou diuréticos. Quando a bulimia ocorre em pacientes diabéticos, eles podem escolher
negligenciar seu tratamento insulínico.
C. A psicopatologia consiste em um pavor mórbido de engordar, e o paciente coloca para si mesmo um limiar de
peso nitidamente definido, bem abaixo do pré-mórbido que constitui o peso ótimo ou saudável na opinião do médico.
Há frequentemente, mas não sempre, história de um episódio prévio de anorexia nervosa, o intervalo entre os dois
transtornos variando de poucos meses a vários anos. Esse episódio prévio pode ter sido completamente expressado
ou ter assumido uma forma disfarçada menor, com uma perda de peso moderada e/ou uma fase transitória de
amenorreia.
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Abuso de diuréticos ou laxantes no subtipo purgativo Abuso de diuréticos ou laxantes no subtipo purgativo.
ou bulímico.
Perda de peso grave. Menor perda de peso, peso normal ou acima do normal.
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Comorbidade com doenças afetivas. Comorbidade com doenças afetivas e abuso de ál-
cool e drogas.
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Experimental:
6.4. Como falar com o paciente com TA
• Separar comportamentos relacionados
• Expressar empatia (mostrar que está
a alimento e peso, de sentimentos e questões
entendendo o ponto de vista do paciente).
psicológicas;
• Evitar confronto (discussões são
• Incrementar as mudanças de
contraproducentes, suscitam defesa e
comportamento/atitude alimentar;
resistência; mostrar aceitação e entendimento).
• Aumentar ou diminuir o peso
• Promover autoeficácia (crença da própria
gradativamente;
pessoa na sua habilidade de executar uma
• Orientar a manutenção de um peso
tarefa).
adequado e o comportamento com o alimento em
• Explorar metas do paciente.
ocasiões sociais (ADA, 1994, apud ALVARENGA;
• Olhar para frente e para trás (Como você
LARINO, 2002, p. 40).
era sem a doença? Daqui a alguns anos, como
você quer estar?).
Além disso, devem-se trabalhar questões relativas à
imagem corporal. Trata-se, portanto, de uma fase mais
6.5. Foco baseada no aconselhamento.
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O exame físico ainda pode revelar alterações nos • Na adolescência, você sofria provocações
cabelos (ressecamento e diminuição de espessura, volume ou pressões da família ou amigos em relação
e quantidade), pele ressecada e problemas nas unhas ao seu peso? Como você se sentia em relação
(geralmente fracas, quebradiças e com mudança brusca a isso?
de cor no frio). • Você fez tratamentos para ganhar ou
perder peso na adolescência? Qual(is)? Como
Histórico do peso, da alimentação e do TA: você se sentiu na época?
• Não são indicadas anamneses • Descreva dietas que já fez para perda
estruturadas, com muitas perguntas fechadas, de peso. Qual seu peso na época e qual o peso
pois elas não dão chance para o paciente contar mínimo atingido? Em quanto tempo esse peso
sua história e apresentar suas questões únicas e foi atingido?
particulares. • Algo o incomoda a respeito de sua
• Recomenda-se que não se faça perguntas alimentação? Quando percebeu que havia algo
diretas do tipo “como começou seu transtorno incomum a respeito de sua alimentação?
alimentar?”. • Como variou a prática de atividades
• Iniciar a entrevista com perguntas físicas ao longo da vida? Por que motivo você
indiretas, como “como eram sua alimentação e escolhe determinada atividade física? Você gosta
seu peso na infância?”. de praticar atividade física?
• Anotar os dados, atentando para • Como você vê seu corpo? Sente-se
momentos importantes. satisfeito com ele?
• Seus sentimentos em relação ao seu
Roteiro de perguntas que não precisam ser feitas corpo interferem na sua vida pessoal?
diretamente, mas cujas respostas devem ser contempladas • Qual o peso que você imagina ser o ideal
ao final da anamnese: para você? Você já o atingiu alguma vez?
• Como eram seu peso e sua alimentação • Qual foi o peso que manteve por mais
na infância? tempo?
• Como você se sentia em relação ao seu • Aspectos atuais:
peso e à sua alimentação naquela época? • História alimentar simplificada, com
• Na infância, você sofria provocações ou rotinas e horários, abordando o que o paciente
pressões de família ou amigos em relação ao seu costuma comer normalmente.
peso? Como você se sentia em relação a isso? • Rotina de 24 horas não é recomendada
• Você fez tratamentos para ganhar ou devido à enorme variação de consumo de um
perder peso na infância? Qual(is)? Como você se dia para o outro.
sentiu na época? • Exemplos de compulsão (tipo de
• Como foi a passagem da infância para alimentos, quantidades, duração e sentimento
a adolescência? Que modificações sentiu no envolvidos) e frequência.
corpo? Como se sentiu? • Métodos compensatórios utilizados e com
• Com quantos anos teve a menarca? que frequência: vômitos, diuréticos, laxantes,
• Qual o peso mínimo para manter seus anfetaminas, atividade física.
ciclos menstruais regulares? • Alimentos que restringe por ter medo de
• As alterações no peso e no corpo durante comer, considerar “engordativos” ou proibidos;
a puberdade fizeram-no mudar sua alimentação aversões e preferências alimentares. É
de alguma forma? Como? importante separar o que é pré ou pós-TA.
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7.2. Ortorexia
Trata-se da fixação em alimentação saudável.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, Marle; LARINO, Maria Aparecida. Terapia nutricional na anorexia e bulimia nervosas. Revista
Brasileira de Psiquiatria, v. 24, supl. 3, São Paulo, dez.2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1516-44462002000700009&lng=en&nrm=iso, acesso em: 26.ago.2014.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Diagnostic and statistical manual of mental disorders. 4th ed.
Washington: American Psychological Association, 1994.
PHILIPPI, S. T.; ALVARENGA, M. Transtornos alimentares: uma visão nutricional. In: CORDÁS, T. A.; SALZANO,
F. T.; RIOS, S. R. Os transtornos alimentares e a evolução no diagnóstico e no tratamento. Barueri: Manole;
2004. p. 39-62.
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THOMPSON, J. K. Body image, eating disorders and obesity. Washington: American Psychological Association, 1996.
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