Portaria nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010, descreve como principais
objetivos da gestão da farmácia hospitalar garantir o abastecimento, dispensação, acesso, controle, rastreabilidade e uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde, além de assegurar o desenvolvimento de práticas clínicas que possibilitem a monitorização da utilização dos medicamentos(BRASIL 2010). Farmacêutic@ Hospitalar
A gestão deve visar a otimização da relação entre custo, benefício e risco
das tecnologias assistenciais, desenvolvendo ações de assistência farmacêutica, alinhadas às diretrizes institucionais, participando ativamente do aperfeiçoamento da equipe de saúde (BRASIL 2010). Farmacêutic@ Hospitalar ATIVIDADES FOCADAS NO PACIENTE I - Farmácia Clínica
A ciência da saúde cuja responsabilidade é assegurar, mediante aplicação de conhecimentos e funções,
que o uso do medicamento seja seguro e apropriado, necessitando, portanto, de educação especializada e interpretação de dados, motivação pelo paciente e interação multiprofissional.
II - Atenção Farmacêutica
É um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica.
Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário. ATIVIDADES FOCADAS NO PACIENTE Ciclo da Assistência Farmacêutica
Prof. Dr. Gianni Mancini
Assistência Farmacêutica trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia de qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. Seleção de medicamentos
A seleção de medicamentos é o eixo do ciclo da Assistência
Farmacêutica, pois todas as outras atividades lhe são decorrentes (MARIN et al., 2003). É a atividade responsável pelo estabelecimento da relação de medicamentos, sendo uma medida decisiva para assegurar o acesso aos mesmos. A seleção deve ser realizada por uma Comissão/Comitê Estadual de Farmacologia e Terapêutica, com o objetivo de estabelecer a Relação Estadual de Medicamentos (Reme), definindo os medicamentos a serem disponibilizados pela SES para a atenção básica, média ou para a alta complexidade. Seleção de medicamentos
A seleção de medicamentos deve ser formalizada por meio de
portaria ou resolução específica, com a divulgação dos critérios técnicos utilizados para inclusão e exclusão dos medicamentos, dando a necessária transparência ao processo. A publicação da Reme deve vir acompanhada de um formulário terapêutico que oriente os prescritores e dispensadores acerca da indicação e utilização dos medicamentos.