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PRIMEIROS SOCORROS – INTRODUÇÃO

Os Primeiros Socorros são a primeira ajuda ou assistência dada a uma


vítima de acidente ou mal súbito antes da chegada de uma ambulância ou
médico. Geralmente se presta atendimento no próprio local da ocorrência.
Estes cuidados podem salvar vidas ou evitar que situações mais graves
aconteçam até que o socorro especializado chegue. O socorrista (quem atende
a vítima) deve avaliar a situação e a vítima, garantir sua segurança, a
segurança do local e prestar os Primeiros Socorros.
A forma como as pessoas reagem em uma situação de
urgência/emergência antes da chegada do socorro especializado determina
como será a recuperação de vítimas de mal súbito ou de acidentes e, em casos
extremos, pode significar a diferença entre a vida e a morte ou entre a vida
normal e sequelas graves e incapacitantes.
Definição: atendimento temporário e imediato prestado a uma pessoa
ferida ou que adoece repentinamente.
Objetivo dos Primeiros Socorros: manter a vítima com vida
monitorando suas funções vitais.
Finalidade dos Primeiros Socorros:
 Preservar a Vida.
 Evitar o agravamento do estado da vítima.
 Promover o seu restabelecimento.
Socorrista: Para salvar uma vida é preciso ter uma pessoa designada
para tal função, e esse papel cabe ao socorrista que deve ser um profissional
treinado para prestar os Primeiros Socorros, utilizando-se dos conhecimentos
básicos e treinamentos técnicos e auxiliar os profissionais do atendimento pré-
hospitalar, no local da emergência.
Todo cidadão brasileiro é obrigado a prestar socorro caso se depare
com situações que necessitem de auxílio médico ou do Corpo de Bombeiros,
independente de estarem envolvidos ou não no fato que gerou a emergência.
Deixar de prestar socorro significa não dar nenhum tipo de assistência à
vítima. O simples ato de usar o telefone para chamar o atendimento
especializado, já configura uma prestação de socorro.
A primeira atribuição do socorrista que ocorre no local da emergência é
com a segurança pessoal. O socorrista deve ter segurança ao aproximar-se da
vítima e permanecer em segurança, enquanto presta o atendimento.
É da responsabilidade do socorrista:
- AVALIAR A SITUAÇÃO
- IDENTIFICAR A DOENÇA
- PRESTAR SOCORRO
- PROVIDENCIAR TRANSPORTE
Omissão de Socorro
Segundo o Artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste
em "Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em
desamparo ou em grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro
da autoridade pública."
Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta
lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte.
Estatísticas apontam que a omissão de socorro e a falta de atendimento
de primeiros socorros eficiente são as principais causas de morte e danos
irreversíveis nas vítimas de acidente de trânsito. Revelam ainda que, nos
momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas, são os
mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das
pessoas feridas.
Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em
que a pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante
para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.

Os Dez Mandamentos do Socorrista (Bombeiros):


1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver
prestando socorro:
- PRIMEIRO EU (o socorrista)
- DEPOIS MINHA EQUIPE (Incluindo os transeuntes)
- E POR ÚLTIMO A VÍTIMA
Isto parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não
gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de
imediato ao chegar ao local do acidente.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir
no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão
e se sentirão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa)
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco
de vida como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que
estejam sangrando muito.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2° mandamento).

EM RESUMO

Diariamente, existe a hipótese de nos confrontarmos com situações de


emergência que exigem uma intervenção imediata e crítica.
Muitas vezes não nos sentimos preparados para atuar, por não
sabermos como proceder ou por desconhecemos a necessidade de fazer.
O fato é que podemos ser os únicos no local da ocorrência, e isso muito
importante para estarmos preparados para atuar rapidamente até a chegada de
Socorro Especializado.
Pode ser a vida de um familiar, de um amigo ou colega que está em
risco. Os Primeiros Socorros são a resposta rápida e inicial a uma emergência
médica, através da aplicação de técnicas simples e eficazes para reduzir a
gravidade da situação, melhorando as hipóteses de sobrevivência de uma
vítima e diminuindo o seu grau de sofrimento.
Aumenta-se assim a possibilidade de recuperação e conservação da sua
qualidade de vida. Saber o que fazer e, especialmente, o que não fazer pode
significar a diferença nestes casos, mas é preciso treinar para aprender.
Improvisar pode causar danos ainda maiores para a vítima, por exemplo
paralisia e mesmo a morte. A Cruz Vermelha acredita que o socorrismo é uma
responsabilidade cívica primária e que os cidadãos devem desenvolver
competências nesta área, no sentido de ajudarem o próximo e assim reforçar
os laços de solidariedade na sociedade.
(www.cruzvermelha.pt).
O principal objetivo dos Primeiros Socorros é salvar vidas; é proteger a
vítima contra maiores danos, até a chegada do atendimento especializado.

Conceitos:
1. Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados logo que um
acidente acontece, tendo dois objetivos: nas situações mais complicadas,
manter a pessoa viva, nas demais, ajudar a pessoa a se recuperar mais rápido.
2. Socorrista: Pessoa leiga, mas com o mínimo de conhecimento capaz de
prestar atendimento à uma vítima até a chegada do socorro especializado.
É a pessoa tecnicamente capacitada para, com segurança, avaliar e
identificar problemas que comprometam a vida. Cabe ao socorrista prestar o
adequado socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as
lesões já existentes.
3. Qualidade de Vida: ações desenvolvidas para reduzir as sequelas que
possam surgir durante e após o atendimento.
4. Manutenção da Vida: Ações desenvolvidas com o objetivo de garantir a
vida da vítima, sobrepondo a “Qualidade de Vida”
5. Urgência: Estado grave, que necessita atendimento médico, embora não
seja necessariamente uma emergência. Ex: contusões leves, entorses,
luxações.
6. Emergência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital.
O tempo gasto entre o momento em que a vítima é encontrada e o seu
encaminhamento deve ser o mais curto possível.
Exemplos de emergência: Parada Cardiorrespiratória e hemorragias graves.
7. Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que
necessitam de atendimento imediato.
8. Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resultam pessoas mortas
ou estão levemente feridas, mas que pode oferecer risco futuro.
9. Sinal: É a informação obtida a partir da observação da vítima.
10. Sintoma: É informação a partir de um relato da vítima ou de pessoas ao
redor.

Observação: Lembre-se: Acidentes ocorrem a qualquer hora, em


qualquer lugar e com qualquer pessoa. Devemos estar preparados para
enfrentá-los, e da melhor maneira possível.

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