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Profª. Enfª.

: Alciane Dias
PROGRAMAÇÃO

Data Programação
27/02/2023 Apresentação da disciplina e
aula expositiva;

28/02/2023 Aula expositiva;


01/03/2023 Aula expositiva;
02/03/2023 Aula expositiva;
06/03/2023 Aula prática;
07/03/2023 Prova avaliativa;
08/03/2023 Apresentação da simulação
realística;

09/03/2023 Continuação das


apresentações de simulação
realística; Revisão para
recuperação.

13/03/2023 Visita técnica na central do


SAMU;
14/03/2023 Recuperação.
Para um
bom
aproveita
Seja pontual; mento da
disciplina.
Mantenha o celular no silencioso;

Se precisar atender, retire-se da sala sem


interromper a aula;
Se tiver dúvida, pergunte, não guarde
para si;
Participe das atividades, pois servirão
tanto para o seu aprendizado como para
sua pontuação;
As faltas deverão ser justificadas na
Coordenação em até 48h.
Número máximo de faltas 2.

Faça valer a pena seu tempo em sala de


aula.
“Os primeiros 10 minutos após um
acidente são essenciais par salvar vidas.
Atitudes efetivas, de forma planejada,
seguindo protocolos internacionais,
podem prevenir sequelas e evitar risco
de vida.”
Introdução

A necessidade de um pronto
atendimento pré hospitalar surgiu no
fim do século XVIII, com o cirurgião
chefe de Napoleão Bonaparte, o
barão Dominique Jean Larrey, que
desenvolveu uma ambulância puxada
a cavalo para socorrer rapidamente
os feridos em batalhas.
Na França, foram criadas,
em 1955, as primeiras equipes
móveis de reanimação, tendo
como missão inicial a
assistência médica aos
pacientes vítimas de acidentes
de trânsito e a manutenção da
vida dos pacientes submetidos
a transferências inter-
hospitalares.

Em 1965, criaram
oficialmente os Serviços
Móveis de Urgência e
Reanimação (SMUR),
dispondo agora das Unidades
Móveis Hospitalares (UHM).
Conceitos importantes

• APH: Atendimento pré-hospitalar. UPA's ou


prontos-socorros
• SBV: Suporte básico de vida. Manobras não
invasivas para a manutenção da vida e
prevenção de lesões irreparáveis (Primeiros
socorros).
• SAV: Suporte avançado de vida. Manobras
invasivas específicas e mais complexas para o
tratamento de agravos à saúde (APH).
O APH no
Brasil

No Brasil, o SAMU teve início através de um


acordo bilateral, assinado entre o Brasil e a França,
através de uma solicitação do Ministério da Saúde,
o qual optou pelo modelo francês de atendimento,
em que as viaturas de suporte avançado possuem
obrigatoriamente a presença do médico,
diferentemente dos moldes americanos em que as
atividades de resgate são exercidas primariamente
por profissionais paramédicos (profissional este não
existente no Brasil).
As principais causas de Emergências
e Urgências no Brasil

 Acidentes de transportes
 Agressões, Suicídios e Homicídios
 Intervenções legais e operações de guerra
 Complicações de assistência médica e
cirúrgica
 Quedas
 Fogo
 Envenenamentos acidentais, dentre outras.
Conceitos Aplicados aos
Primeiros Socorros

Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos


prestados a uma pessoa cujo estado físico coloca
em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o objetivo
de manter as suas funções vitais e evitar o
agravamento de suas condições, até que receba
assistência médica especializada.

Socorrista: Atividade regulamentada pelo


Ministério da Saúde, segundo a portaria n° 824 de
24 de junho de 1999. O socorrista possui um
treinamento mais amplo e detalhado que uma
pessoa prestadora de socorro.
Exemplo

Mulher de 40 anos está em casa e sofre um


ataque cardíaco. Junto a ela está os seu filho
de 10 anos. Como estão sozinhos o menino
decide ligar pro SAMU 192. Nessa situação a
mulher é vítima do ataque cardíaco e o
menino socorrista (sim, ligar pro SAMU já é
um cuidado de primeiros socorros).
Objetivos dos Primeiros
Socorros
Preservar a vida;
Aliviar o sofrimento
da vítima;
Prevenir o
agravamento da
lesão;
Promover a
recuperação da
vítima.

Cuidado –
Calma Planejamento Agilidade
“cena segura”.
Urgência: Existe a necessidade de um
atendimento com rapidez, na proporção da
gravidade, mas sem risco eminente à saúde.

Emergência: Situação que envolve risco de


eminente de morte ou sofrimento intenso, entre
elas, as paradas cardiorrespiratórias e as
hemorragia.
Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas
e/ou mortas que necessitam de atendimento.
Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não
resultam pessoas mortas ou feridas, mas que pode
oferecer risco futuro.
Sinal: É a informação obtida a partir da observação
da vítima.
Sintoma: É a informação a partir de uma relato da
vítima.
NR7 – Programa de
Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO).
Primeiros socorros
“Todo estabelecimento deverá estar equipado
com material necessário à prestação dos
primeiros socorros, considerando-se as
características da atividade desenvolvida;
manter esse material guardado em local
adequado e aos cuidados da pessoa treinada
para esse fim”.
Objetivo do PCMSO é preservar a saúde dos
colaboradores de uma empresa.
• Atividades de prevenção e rastreamento;
• Diagnóstico precoce dos danos à saúde
decorrentes do ambiente de trabalho;
• Reconhecimento dos casos de doenças
ocupacionais;
• Reconhecimento dos danos irreversíveis à
saúde dos trabalhadores.
Composição do kit de
primeiros socorros

• Algodão hidrófilo • Pinças


• Tesoura • Barra de sabão
• Soro fisiológico • Colar cervical
• Atadura de gaze • Papel e caneta
• Válvula para RCP • Compressas limpas
• Xilocaina spray • Cotonete
• Atadura de crepom • Garrote
• Talas variadas • Esparadrapo
• Água oxigenada
• Bandagem
• Luva de procedimentos
• Líquido anti-séptico
• Gaze esterilizada
Equipamentos utilizados no
atendimento pré-hospitalar
• Equipamentos de comunicação
móvel e portátil;
• Equipamentos para segurança no
local do acidente;
• Equipamentos de reanimação e
administração de oxigênio;
• Equipamentos de imobilização e
fixação de curativos;
• Materiais utilizados em curativos;
• Materiais de uso obstétrico;
• Equipamentos para verificação
de sinais vitais;
• Macas e acessórios;
• Equipamentos de uso exclusivo
do médico.
Aspectos Legais do Socorro

Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão


de socorro consiste em "Deixar de prestar
assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à
pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em
grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o
socorro da autoridade pública."
Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou
multa.
Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se
da omissão resulta lesão corporal de natureza grave,
e triplicada, se resulta em morte.
Importante: O fato de chamar o socorro
especializado, nos casos em que a pessoa não possui
um treinamento específico ou não se sente confiante
para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão
de socorro.
Direitos da pessoa que estiver
sendo atendida

O prestador de socorro deve ter em mente que


a vítima possui o direito de recusa do
atendimento.
No caso de adultos, esse direito existe quando
eles estiverem conscientes e com clareza de
pensamento.
Isto pode ocorrer por diversos motivos, tais
como crenças religiosas ou falta de confiança no
prestador de socorro que for realizar o
atendimento.
Nestes casos, a vítima não pode ser forçada a
receber os primeiros socorros, devendo assim
certificar-se de que o socorro especializado foi
solicitado e continuar monitorando a vítima,
enquanto tenta ganhar a sua confiança através
do diálogo.
Caso a vítima esteja impedida de falar em
decorrência do acidente, como um trauma na
boca por exemplo, mas demonstre através de
sinais que não aceita o atendimento, fazendo
uma negativa com a cabeça ou empurrando a
mão do prestador de socorro, deve-se proceder
da seguinte maneira:

Não discuta com a vítima;


Não questione suas razões, principalmente se
elas forem baseadas em crenças religiosas;
Não toque na vítima, isto poderá ser
considerado como violação dos seus direitos;
Converse com a vítima, informe a ela que você
possui treinamento em primeiros socorros, que
irá respeitar o direito dela de recusar o
atendimento, mas que está pronto para auxiliá-la
no que for necessário;
Arrole testemunhas de que o atendimento foi
recusado por parte da vítima;
Caso a vítima esteja impedida de falar em
decorrência do acidente, como um trauma na
boca por exemplo, mas demonstre através de
sinais que não aceita o atendimento, fazendo
uma negativa com a cabeça ou empurrando a
mão do prestador de socorro, deve-se proceder
da seguinte maneira:

Não discuta com a vítima;


Não questione suas razões, principalmente se
elas forem baseadas em crenças religiosas;
Não toque na vítima, isto poderá ser
considerado como violação dos seus direitos;
Converse com a vítima, informe a ela que você
possui treinamento em primeiros socorros, que
irá respeitar o direito dela de recusar o
atendimento, mas que está pronto para auxiliá-la
no que for necessário;
Arrole testemunhas de que o atendimento foi
recusado por parte da vítima;
No caso de crianças, a recusa do atendimento
pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo
responsável legal.
Se a criança é retirada do local do acidente
antes da chegada do socorro especializado, o
prestador de socorro deverá, se possível, arrolar
testemunhas que comprovem o fato;
O consentimento para o atendimento de
primeiros socorros pode ser formal, quando a
vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o
atendimento, após o prestador de socorro ter se
identificado como tal e ter informado à vítima
de que possui treinamento em primeiros
socorros, ou implícito, quando a vítima esteja
inconsciente, confusa ou gravemente ferida a
ponto de não poder verbalizar ou sinalizar
consentindo com o atendimento.
Neste caso, a legislação infere que a vítima daria
o consentimento, caso tivesse condições de
expressar o seu desejo de receber o
atendimento de primeiros socorros.
O consentimento implícito pode ser adotado
também no caso de acidentes envolvendo
menores desacompanhados dos pais ou
responsáveis legais.
Do mesmo modo, a legislação infere que o
consentimento seria dado pelos pais ou
responsáveis, caso estivessem presentes no
local.
Identificação de Emergências

Têm-se percebido na
maioria dos casos de
acidentes, que as pessoas
leigas dotadas apenas de
boa vontade e
solidariedade, no
atendimento a uma vítima
sem as devidas instruções
acerca de primeiros
socorros e suas técnicas,
acabam causando muito
mais danos, do que
benefícios, agravando ainda
mais a situação de um
ferido e/ou intoxicado, do
que colaborando para a
melhoria de um quadro
clínico.
O tempo decorrido para que uma pessoa leiga
identifique uma situação de risco, por exemplo,
é muito maior do que uma que teve um
preparo para lidar com situações de
emergência, o que pode decisivamente interferir
na recuperação de uma vítima.
Uma pessoa devidamente
capacitada adquire, dentre as
técnicas de primeiros socorros,
a característica de encarar
lucidamente e com
tranquilidade as situações
adversas de um acidente, onde
pessoas não treinadas,
normalmente, perdem o
controle emocional,
colaborando, assim, para um
aumento de risco, tanto para
a(s) vítima(s) quanto para ela
própria.
Abordagem inicial à
vítima

É primordial que o socorrista atente para a


preservação de sua segurança, neste momento, não
colocando a sua própria vida em risco.
Manter a calma é essencial para que as ações
realizadas tenham êxito.
No atendimento inicial a qualquer indivíduo com
dano à saúde, indicam-se as etapas seguintes como
forma de proporcionar segurança na adequação de
ações a serem empregadas, e que também
conferirão ao indivíduo uma visão geral do quadro
encontrado:
AVALIAÇÃO DA
CENA
SOLICITAÇÃO
DE AUXÍLIO
SINALIZAÇÃO

ATENDIMENTO

EXAME
PRIMÁRIO
EXAME
SECUNDÁRIO
1- Avaliação da cena

Clínica: Causada por


condições fisiológicas da
vítima, como um mal-estar,
um ataque cardíaco,
desmaios, intoxicações, etc.

Trauma: Gerado por


mecanismos de troca de
energia, como colisões
automobilísticas, quedas,
queimaduras choques em
geral, etc.
Consiste na primeira etapa básica na
prestação dos primeiros socorros:

Ao chegar no local do acidente, seja em casa


ou no local de trabalho, assuma o controle
da situação e proceda a uma rápida e segura
avaliação da ocorrência;
Chame por ajuda: Telefones de emergência:
193 (Bombeiro), 192 (SAMU), 190 (Polícia
Militar);
Obtenha o máximo de informações
possíveis sobre o ocorrido;
Evite o pânico;
Mantenha afastados os curiosos para evitar
confusão e ter espaço para trabalhar;
Observe rapidamente se existem perigos
para o acidentado e para quem estiver
prestando o socorro nas proximidades da
ocorrência, como: fios elétricos soltos e
desencapados; tráfego de veículos;
andaimes; vazamento de gás, etc.
Identifique pessoas que possam ajudar, dando
ordens breves, claras, objetivas e concisas.
Não altere a posição em que se encontra o
acidentado, somente, no caso de risco de vida para
ele ou para o socorrista. Ex: risco de explosão,
estrada perigosa onde não haja como sinalizar.
Tranquilize o acidentado e transmita-lhe segurança
e conforto.
A calma do acidentado desempenha um papel
muito importante na prestação dos primeiros
socorros.
Proceder da seguinte forma:

a) Manter a vítima deitada, em posição confortável,


até certificar-se de que a lesão não tem gravidade;
b) Investigar particularmente a existência de
hemorragia, envenenamento, parada respiratória,
ferimentos, queimaduras e fraturas;
c) Dar prioridade ao atendimento dos casos de
hemorragia abundante, inconsciência, parada
cardiorrespiratória, estado de choque e
envenenamento, pois EXIGEM SOCORRO
IMEDIATO.
d) Verificar se há lesão na cabeça, quando o
acidentado estiver inconsciente ou semiconsciente.
Havendo hemorragia por um ou ambos os ouvidos,
ou pelo nariz, PENSAR em fratura de crânio;
e) Não dar líquidos a pessoas inconscientes;
f) Recolher, em caso de amputação, a parte
seccionada, envolva-a em um pano limpo para
entrega IMEDIATA ao médico;
g) Certificar de que qualquer providência a ser
tomada não venha a agravar o estado da vítima;
h) Chamar o médico ou transportar a vítima, SE
NECESSÁRIO.
Fornecer as seguintes informações:
Local, horário e condições em que a vítima foi
encontrada;
Quais os Primeiros Socorros a ela prestados.

i) Inspirar confiança - EVITAR PÂNICO;


j) Comunicar a ocorrência a autoridade policial
local.
Deve-se seguir 4 etapas na fase de avaliação da cena, a
fim de se isolar os riscos e poder promover um
socorro efetivo até a chegada de profissionais:

1- Segurança: É necessário verificar se a cena é segura


para poder ser abordada, e assim procurar tornar o
ambiente adequado para o atendimento prévio. Por
exemplo, no caso de acidentes de trânsito, deve-se
procurar improvisar um espaço de maneira a desviar
o fluxo de veículos, sinalizando aos carros que vêm
no sentido do problema ocorrido.

2- Cinemática: Verificar como se deu o acidente ou


mal sofrido pela vítima, perguntando a ela, se estiver
plenamente consciente, ou a pessoas próximas que
testemunharam o ocorrido.
3- Bioproteção: Deve-se procurar maneiras de
evitar possíveis infecções através do contato direto
com o sangue das vítimas, usando luvas cirúrgicas
se possível, em situações adversas não deve-se
abortar os procedimentos por falta de
instrumentos.

4- Apoio: Deve-se procurar auxílio de pessoas


próximas da cena, no sentido de ajudar a dar o
espaço necessário para o atendimento prévio,
chamar imediatamente o socorro especializado,
desviar o trânsito de veículos, procurar manter a
ordem e a calma entre as outras pessoas, etc. No
caso de não haver pessoas por perto isso deve ser
feito com o máximo de agilidade e tranquilidade,
pela própria pessoa que presta o socorro inicial.
EXTRICAÇÃO

•É a retirada da vítima de um local, de onde


ela não pode sair por seus próprios meios.
No caso de confinamento, retire as ferragens
e escombros da vítima e não a vítima das
ferragens.
Sequência da Extricação
1. Reconheça a cena;
2. Obtenha acesso ao paciente;
3. Realize exame primário;
4. Imobilize o paciente dando prioridade a coluna
cervical;
5. Afaste os obstáculos físicos;
6. Remova a vítima;
7. Reimobilize o paciente caso necessário;
8. Transporte à vítima.

CHAVE DE
RAUTECK
Retirada do capacete

• As vítimas por acidentes de motocicleta


devem ter o capacete retirado antes da
chegada da ambulância somente se houver
inconsciência. Fixe a cabeça, solte a jugular
do capacete, mantenha a fixação enquanto
tira o capacete. Após retirar o capacete
mantenha a fixação da cabeça e coloque o
colar cervical.
2- Solicitação de
Auxílio

Solicitar se possível a
outra pessoa que peça
auxílio chamando o
socorro especializado
comunicando a provável
causa do acidente, o
número de vítimas, a
gravidade das mesmas e
todas as outras
informações que ele
precisar.
Estas informações você
terá obtido
anteriormente, durante
a fase de avaliação do
ambiente.
QUANDO
CHAMAR
Atividade 1
• Avaliea cena mostrada em sala de aula e
escreva em seu caderno quais os possíveis
riscos observados, tanto para o socorrista,
quanto para as vítimas e população.
1) Defina com suas palavras o que são
primeiros socorros?
2) O que é considerado primordial numa
ocorrência de primeiros socorros por parte
do socorrista? Em relação ao seu
comportamento e segurança.
3) Diferencie urgência e emergência.
4) Se uma vítima recusa atendimento de
primeiros socorros, o que o socorrista deve
fazer?
5) Quais recursos básicos são necessários para
a prestação dos procedimentos de
primeiros socorros em um
estabelecimento?
Obrigada!
“APAIXONE-SE POR
ESTUDAR, POIS É
ISSO QUE TORNARÁ
O SEU SONHO
REALIDADE.”
Profª Enfª. Alciane Dias
Abordagem a vítima
3- Sinalização

Efetuar, sempre que necessário, a sinalização do


local para evitar a ocorrência de novos acidentes.
 Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou
qualquer objeto que chame a atenção de outras
pessoas para o cuidado com o local, na falta destes
recursos, pode-se pedir para que uma pessoa fique
sinalizando a uma certa distância.
Distância do acidente para
início da sinalização
4- Atendimento

Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente


o que fazer e o que não fazer.
 Manter o autocontrole é imprescindível nesta
fase.
Não minta para a vítima.
Procure expressar segurança e confiança no que
faz.
No atendimento, a pessoa que estiver prestando
os primeiros socorros deve realizar os dois
exames básicos: exame primário e exame
secundário.
5- Exame Primário

O exame primário consiste em verificar:


se a vítima está consciente;
se a vítima apresenta pulso;
se as vias aéreas estão desobstruídas;
se a vítima está respirando;
se a vítima apresenta hemorragia;
Este exame deve ser feito em 2 minutos ou menos.
Se a vítima não estiver respirando, mas apresentar
batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração
artificial conforme o procedimento.
 Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo
o procedimento.
6- Exame Secundário

Consiste na verificação Diagnósticos:


de:
 tamanho das pupilas;
Avaliar o nível de
enchimento
capilar
consciência.
(perfusão sanguíneas
Escala de Coma de das extremidades);
Glasgow.
cor da pele.

Avaliar os 4 sinais
vitais:
pulso

respiração

pressão arterial (PA),


quando possível
temperatura

Avaliar os 3 Sinais
Realizar o exame físico na vítima:

pescoço;
cabeça;
tórax;
abdômen;
pelve;
membros inferiores;
membros superiores;
dorso.
O que o prestador de primeiros socorros deve
observar ao avaliar o pulso e a respiração:

Pulso:
Frequência: É aferida em batimentos por minuto,
podendo ser normal (normosfigmia), lenta
(bradisfigmia) ou rápida (taquisfigmia).
Ritmo: É verificado através do intervalo entre um
batimento e outro. Pode ser regular ou irregular.
Intensidade: É avaliada através da força da
pulsação. Pode ser cheio (quando o pulso é forte)
ou fino (quando o pulso é fraco).
Valores médios, de pulso e frequência cardíaca,
considerados ideais de acordo com a idade.

 Adultos: 60 a 100 bpm


 Crianças: 80 a 120 bpm
 Bebês: 100 a 160 bpm
Respiração:

Frequência: É aferida em respirações por


minuto, podendo ser: normal (eupneico), lenta
(bradipneico) ou rápida (taquipneico).
Ritmo: É verificado através do intervalo entre
uma respiração e outra, podendo ser regular
ou irregular.
Profundidade: Deve-se verificar se a respiração
é profunda ou superficial.
Valores médios, de frequência respiratória,
considerados ideais de acordo com a idade:

 Adultos: 12 a 20 rpm
 Crianças: 20 a 30 rpm
 Bebês: 30 a 60 rpm
Pressão arterial:
A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo
sangue no interior das artérias.
Durante a contração do ventrículo esquerdo
(sístole) a pressão está no seu valor máximo, sendo
chamada pressão sistólica ou máxima.
 Durante o relaxamento do ventrículo esquerdo
(diástole) a pressão está no seu valor mínimo ou
basal, sendo chamada pressão diastólica ou mínima.
A pressão arterial é medida em milímetros de
mercúrio (mmHg).

• Hipotensão arterial: PA abaixo da média de 100x60


mmHg.
• Hipertensão arterial: PA acima da média de 140x90
mmHg.
• Normotensãoarterial: PA com valores encontrados
entre 100x6mmHg a 140x90mmHg.
A posição em que o
paciente se encontra (em
pé, sentado ou deitado),
atividade física recente e
manguito inapropriado
também pode alterar os
níveis da pressão.

Pacientes, particularmente,
sob o risco de alteração dos
níveis tencionais, são
aqueles: com doença
cardíaca, doença renal,
diabetes, hipovolemia ou
com lesão craniana ou
coluna espinhal.
O local mais comum de verificação da pressão
arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a
artéria braquial.
Os equipamentos usados são o esfigmomanômetro e
o estetoscópio.
PARTES QUE COMPÕEM O
ESFIGMOMANÔMETRO
PARTES QUE COMPÕEM O
ESTETOSCÓPIO
Terminologias Básicas:

Hipotensão arterial: PA abaixo da média de


100x60 mmHg.
Hipertensão arterial: PA acima da média de
140x90 mmHg.
Normotensão arterial: PA com valores
encontrados entre 100x6mmHg a 140x90mmHg
O QUE NÃO FAZER

Abandonar a vítima de acidente;


Omitir socorro sob pretexto de
não testemunhar;
Tentar remover a vítima presa
nas ferragens, sem estar
preparado;
Tumultuar o local do acidente;
Não tire o Capacete de um
motociclista.
Deixar de colaborar com as
autoridades competentes.
O QUE FAZER

Cuidar da sua segurança;


Tomar medidas de proteção;
Análise global da(s) vítima(s)
de acidente;
Acionar Recurso
Especializado.
COMO AGIR

Manter a calma;
Afastar os curiosos;
Quando aproximar-se, ter certeza
de que está protegido (evitar ser
atropelado);
Faça uma barreira, protegendo
você e a vítima de um novo trauma;
Chamar ajuda;
Parada
Cardiopulmonar

A cessação da circulação e da respiração, é


reconhecida pela ausência de batimentos cardíacos e
da respiração, em um cliente inconsciente.

Ela representa uma emergência médica extrema,


cujos resultados serão a lesão cerebral irreversível e a
morte, se as medidas adequadas para restabelecer o
fluxo sanguíneo e a respiração não forem tomadas.

“Cardio” refere-se a coração e “pulmonar” se refere


a pulmão. A aplicação imediata e eficiente da RCP
auxilia a manter as funções básicas da vida até
chegar ao local de atendimento profissional com
suporte avançado.
Sinais de uma parada cardiopulmonar

 Apneia (parada respiratória)


 Inconsciência
 Ausência do pulso femural ou carotídeo
 Pela fria
 Extremidade cianótica
 Midríase
Identificação

Reconhecimento imediato da Parada


Cardiorrespiratória (PCR) e acionamento do
Serviço de Emergência/Urgência;
A Reanimação cardiopulmonar precoce, com
ênfase nas compressões torácicas;
Rápida desfibrilação com uso do desfibrilador
externo automático (DEA);
Suporte Avançado de vida eficaz;

A RCP dá à vítima grande chance de ser salva, se é


iniciada até 4 minutos após o coração ter parado, e
se o atendimento médico profissional é realizado
dentro dos próximos 8 minutos. Se a RCP não foi
aplicada, danos ao cérebro começam dentro de 4 a
6 minutos e se concretizam após 10 minutos.
A PCR é reversível se houver
atendimento rápido,
especialmente na forma do
Suporte Básico de Vida
(SBV) prestado por aquele
que presenciou o acidente ou
que primeiro encontrou a
vítima.
A maioria das paradas cardiorrespiratórias em
adultos é decorrente de uma alteração do ritmo
cardíaco, denominada fibrilação ventricular.
O único tratamento para essa alteração é a
desfibrilação, que consiste em uma descarga
elétrica aplicada no coração na tentativa de fazê-
lo retornar a seu ritmo normal.
Reanimação Cardiorrespiratória
(RCP)

A RCP é a associação das técnicas de abertura das


vias respiratórias, ventilação e compressão
torácica, e constitui as medidas iniciais para
manutenção da vida do indivíduo em PCR.
A aplicação da RCP deverá ser realizada após o
reconhecimento eficaz da PCR, por meio da
verificação da respiração e da pulsação da vítima.
Se tiver dúvida da ocorrência de PCR, é
recomendável realizar o procedimento de
ventilação passiva (respirações de resgate - uma
respiração a cada 5-6 segundos) do indivíduo por
duas vezes.
A RCP deverá ser realizada na forma de ciclos.
Cada ciclo corresponde a duas ventilações e 30
compressões torácicas. E, cada ventilação, precisa
ter duração de um segundo.
Para ventilar um paciente em PCR existem três
formas:
Boca a boca;
Dispositivo Válvula Máscara (Pocket-Mask);
Dispositivo Bolsa-Válvula-Máscara (AMBU).
Depende do que estiver disponível no local.
As compressões torácicas deverão ter frequência
de 100 a 120min.
Serão realizados cinco ciclos sequenciais, o que
corresponde a dois minutos de RCP.
De modo geral, função da RCP não é despertar a
vítima, mas estimular a oxigenação e a circulação
do sangue até que seja iniciado o tratamento
definitivo.
Boca a boca
Válvula Máscara
(Pocket-Mask)
Bolsa-Válvula-
Máscara (AMBU)
Técnica de compressões torácicas
em adultos

1. O socorrista deve posicionar-se de joelhos,


formando boa base, ao lado da vítima e localizar o
esterno situado entre os dois mamilos (linha
intermamilar).
2. Apoiar a palma de uma das mãos sobre a metade
inferior do esterno, devendo o eixo mais longo da
mão acompanhar o eixo longo do esterno.
3. Colocar a outra mão sobre a primeira, com os
dedos estendidos ou entrelaçados, mas que não
devem ficar em contato com o esterno.
4. Manter os braços esticados, com os ombros
diretamente sobre as mãos, efetuando a compressão
sobre o esterno da vítima.
5. A força da compressão deve ser provida pelo
peso do tronco e não pela força dos braços, o
que causa rapidamente cansaço.
6. O esterno deve ser comprimido cerca de 1/3 à
metade de sua profundidade para o adulto
normal (cerca de 5 cm).
7. A compressão deve ser aliviada
completamente sem que o socorrista retire suas
mãos do tórax da vítima.
A execução da RCP deve ser parada, somente,
diante:

Chegada do suporte especializado


Ordem médica
Cansaço extremo do socorrista
Presença de sinais de vida na vítima
Atividade 2

1) A avaliação da vítima é dividida em dois


momentos principais. Assinale a alternativa
que apresenta estes dois momentos:
a) ( ) Avaliação primária e avaliação
secundária.
b) ( ) Avaliação inicial e final.
c) ( ) Urgência e Emergência.
2) Para que possamos prestar os primeiros
socorros de forma adequada, quais etapas
devem ser seguidas, independentemente do
tipo de emergência?
3) Quais os sintomas de uma parada
cardiorrespiratória?
4)Como é feita uma ressuscitação
cardiopulmonar de qualidade?
Quiz de perguntas

1) Ao realizar qualquer atendimento de primeiros


socorros, é essencial que o socorrista:
a) Seja muito rápido e precipitado.
b) Fale rapidamente com a vítima, mas não aguarde
que ela responda.
c) Faça o máximo possível de perguntas à vítima,
independente de suas condições.
d)Não explique o procedimento que realizará, caso a
vítima esteja consciente.
e)Preocupe-se com possíveis transmissões de
doenças por via respiratória e sangue.

Letra e
2) Para um bom atendimento de primeiros
socorros, é imprescindível, EXCETO:
a) manter a calma e evitar pânico.
b) avaliar a cena do acidente e observar se ela
pode oferecer riscos.
c) afastar o acidentado de olhares de curiosos,
mantendo sua integridade física e moral.
d) mesmo que o local do acidente ofereça
riscos, permanecer no local para prestar os
socorros necessários.
e) tranquilizar o acidentado.

Letra d
3) Ao acionar um serviço de socorro profissional, é
importante que a pessoa tenha as respostas para
algumas perguntas que os atendentes do chamado
de socorro poderão fazer. São elas:
I – Tipo do acidente.
II – Gravidade aparente do acidente.
III – Nome da rua e número próximo.
IV – Número aproximado de vítimas envolvidas e
de pessoas presas nas ferragens.
V – Vazamento de combustível ou produtos
químicos. Está correto o que consta em
a) I, II e III, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) IV e V, apenas.
e) I, II, III, IV e V.
Letra e
4) Assinale a alternativa que apresenta os três
sinais iniciais mais importantes para o
reconhecimento de uma parada
cardiorrespiratória, consecutiva à queda ao
solo de um trabalhador que instalava postes
de iluminação.
a) Inconsciência, ausência de pulso e de
movimentos respiratórios.
b) Cianose, palidez cadavérica e imobilidade.
c) Inconsciência, cianose e ausência de
respiração.
d) Cianose, imobilidade e midríase.
e) Palidez cadavérica, ausência de movimentos
respiratórios e midríase.

Letra a
5) Com relação aos procedimentos adotados
em primeiros socorros, julgue os itens
subsequentes. A vítima de parada
cardiorrespiratória deve ser transportada para
o pronto-socorro da forma mais rápida
possível, independentemente da chegada do
socorro especializado, pois, quanto mais
rapidamente ela chegar ao pronto-socorro,
maior será a possibilidade de se evitarem
lesões cerebrais.
a) Verdadeiro.
b) Falso.
Para que servem os primeiros socorros
mesmo?
Para aliviar o sofrimento, evitar agravamento
de lesões e SALVAR A VIDA. Partindo
disso, ao se deparar com uma vítima em
PCR, o socorrista deve agir, fazendo a
RCP. Levar para o hospital sem ter feito os
procedimentos é perda de tempo, pois
quanto mais tempo a pessoa fica em PCR,
mais difícil voltar. Errado.
6) Na reanimação cardiopulmonar, há uma
sequência de procedimentos e seu início
ocorre com
a) massagens cardíacas.
b) verificações da síncope.
c) verificações dos olhos.
d) verificação da pupila.
e) insuflações ou ventilações.

Letra a
7) Em uma situação de emergência, verificou-
se que o paciente estava em parada cardíaca.
Neste caso, o profissional deve realizar
massagens de reanimação a serem aplicadas
sobre a região
a) dorsal.
b) lombar.
c) femoral.
d) gástrica.
e) esternal.

Letra e
8) A partir da apresentação da aula sobre a
Parada Cardiorrespiratória (PCR) e
Reanimação Cardiopulmonar (RCP),
marque V para verdadeiro e F para falso.
Quanto à definição das mesmas:
A Parada Cardiorrespiratória é a cessação
da respiração e inconsciência.
(V) ou (F)
Falso.

9) A partir da apresentação da aula sobre a


Parada Cardiorrespiratória (PCR) e
Reanimação Cardiopulmonar (RCP),
marque V para verdadeiro e F para falso.
Quanto à definição das mesmas:
Numa situação em que o socorrista
presencia uma PCR o essencial é que ele
chame o serviço de ambulância e inicie a
reanimação.
Verdadeiro .
10) De acordo com as Diretrizes da American
Heart Association, é correto afirmar que a
cadeia de sobrevivência de Parada
Cardiorrespiratória Extra Hospitalar
(PCREH) para socorristas leigos deve ser
iniciada a sequência por:

a) Desfibrilação imediata.
b) Vigilância e prevenção.
c) Reanimação Cardiopulmonar imediata de
qualidade.
d) Reconhecimento e acionamento do serviço
médico de emergência.

Letra c
11) Um trabalhador da indústria têxtil, 55
anos, apresentou parada cardiorrespiratória
repentinamente no local de trabalho, sendo
atendido pelos colegas e a equipe da Saúde
do Trabalhador foi acionada. Durante a
reanimação cardiopulmonar (RCP), a relação
compressão-ventilação sem via aérea
avançada deverá ser de
a) 15:2 com um ou dois socorristas.
b) 30:2 com um socorrista ou dois socorristas.
c) 5:2 com dois socorristas.
d) 3:1 com um socorrista

Letra b
12) Conforme a American Heart
Association 2020, a cadeia de sobrevivência
foi criada para ressaltar a importância da
adoção de atitudes organizadas nas situações
de parada cardiorrespiratória (PCR) no
ambiente extra e intra-hospitalar. Assinale a
alternativa que NÃO compreenda um elo da
cadeia de sobrevivência extra-
hospitalar. Alternativas:
A) Recuperação.
B) Cuidados pós-PCR.
C) Ressuscitação cardiopulmonar de alta
qualidade.
D) Reconhecimento e prevenção precoces.
E) Desfibrilação.

Letra d
Primeiros socorros nas
emergências traumáticas

Quando falamos em emergências traumáticas


estamos nos referindo aos problemas de
saúde que ocorrem por conta de acidentes
ou situações provocadas propositalmente,
como quedas, colisão entre veículos,
atropelamentos, incêndios, contato com o
fogo, brigas, violência, seja em ambiente
doméstico, ou na rua.
FERIMENTOS

•Éconceituado como uma lesão em alguma


parte do corpo seja na pele, nas estruturas
externas (olhos, orelha, nariz, unhas, etc) ou
nos órgãos internos. São situações comuns
que podem variar de um caso leve até risco á
vida.

Superficiais
Profundos
Superficiais
Contuso ou Abrasão Empalamento
contusão
Contusão
São lesões provocadas por golpes ou pancadas,
em que não há presença de ferimentos abertos,
isto é, sem rompimento da pele. Porém, os vasos
sanguíneos adjacentes ao local lesionado são
rompidos, ocorrendo derramamento de sangue
no tecido subcutâneo ou em camadas mais
profundas.
Quando vasos maiores são lesados, o sangue
extravasado produz uma tumoração visível sob a
pele, ocorrendo o hematoma. A mancha,
inicialmente arroxeada no local contundido, vai
sendo absorvida lentamente até o
desaparecimento completo.
Conduta:
• Aplicação de bolsa térmica de gelo ou de água
gelada nas primeiras 24 horas e repouso da parte
lesada são suficientes.
• Casopersistirem os sintomas de dor, inchaço e
vermelhidão, procure o ajuda especializada.
Retirada de corpos
estranhos

• O termo corpos estranhos na prática médica é usado


quando elementos estranhos se alojam em cavidades
naturais do corpo. Os lugares mais comuns,
encontrados em pronto-socorros, são olhos, nariz,
ouvidos, gargantas e ânus, sendo esse último local
quase sempre ocorrendo em indivíduos
homossexuais.
Olhos
• Os olhos possuem um reflexo natural e muito eficaz
que impede, apesar da sua vulnerabilidade, a
penetração de corpos estranhos. O corpo estranho
que mais comumente atinge os olhos são terra e areia,
trazidas pelo vento ou atiradas por terceiros. Esses
elementos podem alojar-se nas conjuntivas, córneas
ou mesmo penetrar ou ficar encravados na córnea.
• O fechamento do mesmo, com a formação natural
das lágrimas, na maioria dos casos, resolve o
problema com sua passagem para o canto dos olhos,
onde poderá ser retirado facilmente. A conduta
deverá ser a colocação de colírio e observação do
corpo estranho e sua retirada com cotonete molhado.
Se o objeto estiver encravado, o mais correto a fazer é
fechar o olho, colocar um tampão e encaminhar a
vítima a um oftalmologista.
Retirada de corpos
estranhos

Nariz
• É muito comum em crianças que têm a mania de
introduzir caroço de feijão, milho, pedra, etc. ou
mesmo insetos que em um momento de descuido
penetram pelo orifício externo do nariz. A conduta
consiste em fazer a pessoa respirar pela boca,
tapar o nariz desobstruído e forçar a saída de ar
com violência para o jato de ar expulsar o objeto
estranho. Caso não dê resultado, a conduta será
encaminhá-la ao pronto-socorro, onde o médico
com aparelhos fará sua retirada.
Ouvido
• Da mesma forma como no nariz, essa ocorrência é
muito comum em crianças, que comumente
apresentam hábito de introduzir cereais como
milho, feijão e outros anteriormente citados
nesses orifícios. Entretanto, nesta região torna-se
um pouco mais difícil de ser retirado, e
recomenda-se um encaminhamento hospitalar
para estas complicações.
Profundos
Corto-contuso Empalamento profundo
Hemorragias

Ruptura de um vaso sanguíneo com


extravasamento de sangue.
 Ela pode ocorrer por meio de ferimentos em
cavidades naturais como nariz, boca etc.
Pode ser também, interna, resultante de um
traumatismo.
Local para onde o sangue é derramado:

Externa: Sangramento de estruturas superficiais


com exteriorização do sangramento. Podem,
geralmente, ser controladas utilizando técnicas
de cuidados iniciais.
Interna:Sangramento de estruturas profundas.
As medidas básicas de cuidados iniciais não
funcionam.
As hemorragias podem ser classificadas de acordo
com o vaso sanguíneo atingido:

Arterial: Sangramento em jato, possuem a


coloração vermelho vivo, geralmente. É mais
grave que o sangramento venoso.
Venoso: Sangramento contínuo e lento,
geralmente de coloração escura.
Capilar: Sangramento contínuo discreto.
Os sinais e sintomas variam conforme a quantidade de
sangue perdida:

Perdas de até 15% (aproximadamente 750 ml em


adultos): Geralmente não causam alterações; o corpo
consegue compensar; é o caso da doação de sangue.
Perdas maiores que 15% e menores de 30%
(aproximadamente 750 a 1.500 ml): Ansiedade,
sede, taquicardia, pulso radial fraco, pele fria,
palidez, suor frio, taquipneia.
Perdas acima de 30% (maiores que 1.500 ml):
Levam ao choque descompensado com redução da
pressão arterial; alterações das funções mentais,
agitação, confusão, até inconsciência; sede intensa;
pele fria; palidez; suor frio; taquicardia; pulso radial
ausente;
Quanto maior a quantidade de sangue perdida, mais
graves serão as hemorragias.
Principais Condutas a serem tomadas em caso de
hemorragias externas:
• Acione o sistema de urgência adequado, informando o local da
lesão.
• Aplique as medidas de bioproteção.
• Se o sangramento for pequeno, aplicar gaze ou compressa do kit
de primeiros socorros (ou pano limpo) e apertar a região, por
pelo menos, 10 minutos – HEMOSTASIA;
• A hemostasia deve ser feita apertando a região, com cuidado
para não causar dor;
• O socorrista deve evitar ficar desfazendo a compressão antes de
ocorrer à coagulação.
• Se a compressa ficar encharcada, coloque outra por cima sem
retirar a primeira
• No caso da hemorragia ser em mãos, braços, pés ou pernas,
mantenha-os elevados acima do coração.
• Não eleve o segmento ferido se isso produzir dor ou se houver
suspeita de lesão interna como uma fratura.
Atenção:

Não utilize quaisquer produtos sobre os ferimentos,


tais como pó de café ou açúcar, pois podem ocasionar
comprometimentos, provocando uma lesão
secundária, além de trazerem microrganismos,
infectando o ferimento.
Não faça torniquetes, uma vez que este procedimento
é exclusivo dos profissionais de saúde habilitados, pois
ao realizá-lo pode-se comprimir um ponto arterial
importante para a irrigação dos tecidos adjacentes à
lesão.
Cuidados com a parte
amputada esmagada
• A amputação é a perda de partes dos membros
(dedos, mãos, antebraço, braço, pés, perna e coxa)
ou outras estruturas externas, como orelhas, nariz,
pênis, etc. Pode ser acidental como na manipulação
de máquinas no trabalho ou acidentes
automobilístico, ou proposital, quando alguém de
fato deseja ferir o outro.Também pode ser
cirúrgica, mas nesses casos não há atuação do
socorrista.
• Esmagamento também pode ser consequência de
causas acidentais ou intencionais e representam a
destruição dos tecidos de uma parte do corpo.
Ações do socorrista:
• Primeira ação do socorrista vai ser a hemostasia
• Por ordem de prioridade o socorrista deve tentar:
HEMOSTASIA – TORNIQUETE MILITAR –
CURATIVO HEMOSTÁTICO –
TORNIQUETE IMPROVISADO.
• O torniquete pode ser feito com o equipamento
chamado militar ou profissional ou improvisado.
• O torniquete militar deve ser aplicado
aproximadamente 5 cm acima da lesão, apertando
(girar o bastão) até o sangramento parar e mantido
no local até a chegada do serviço de emergência;
• Deve-se anotar a hora de colocação do torniquete
para informar à equipe profissional;
• Somente o serviço de emergência retirará o
torniquete. O socorrista não deve afrouxar o
torniquete.
Cuidados com a parte
amputada
• Lavara parte amputada com água corrente
limpa, em temperatura ambiente;
• Envolver
a parte amputada com gaze ou
compressa ou pano limpo;
• Colocá-la em um saco plástico impermeável
limpo;
• Identificar
o saco com o nome do paciente,
hora e data, se possível;
• Colocar o saco em um outro saco ou em
recipiente com gelo;
• Levar
a vítima e a parte amputada à
emergência;
• Jamaiscolocar a parte amputada diretamente
no gelo.
Hemorragia nasal -
epistaxe
•A hemorragia nasal pode ter causas
sistêmicas ou locais. O termo técnico para
hemorragia nasal é EPISTAXE! Além das
abaixo citadas, a cirurgia de nariz também
pode levar à epistaxe.
Orientações
• Colocar a vítima sentada, com a cabeça
voltada para frente, e apertar (hemostasia)
a(s) narina (s) durante 5 minutos;
• Caso a hemorragia não ceda, comprimir
externamente o lado da narina que está
sangrando e colocar um pano ou toalha
fria/gelada sobre o nariz. Se possível, usar um
saco com gelo;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
Queimaduras

É toda lesão produzida no tecido de revestimento


do organismo, por agentes térmicos, elétricos,
produtos químicos, radiação ionizante, animais
(água-viva) e plantas (urtiga),entre outros.

O fogo é o principal agente das queimaduras,


embora as produzidas pela eletricidade sejam as
mais graves.

A dor na queimadura é resultante do contato das


terminações nervosas, expostas pela lesão, com o
ar.
Os agentes causadores de queimaduras podem ser:

Físicos:

Temperatura: vapor, objetos aquecidos, água


quente, chama etc.
Eletricidade: corrente elétrica, raio etc.
Radiação: sol, aparelhos de raios X, raios
ultravioleta, nucleares etc.

Químicos:

Produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina


etc.

Biológicos:

Animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa etc.


Quanto à profundidade, as queimaduras podem ser:

Primeiro grau: Só atinge a epiderme ou a pele


(causa vermelhidão).
Segundo grau: Atinge toda a epiderme e parte da
derme (forma bolhas).
Terceiro grau: Atinge toda a epiderme, a derme e
outros tecidos mais profundos, podendo chegar até
os ossos. Surge a cor preta, devido à carbonização
dos tecidos.

Na prática, é difícil de distinguirmos queimaduras de


segundo e terceiro graus.
Além disto, uma mesma pessoa pode apresentar os
três graus de queimaduras, no entanto, a gravidade
do quadro não reside no grau da lesão, e sim na
extensão da superfície atingida.
Quanto à extensão ou
severidade, as queimaduras
podem ser:

Baixa - menos de 15% da


superfície corporal atingida;
Média – entre 15% e menos
de 40% da pele coberta;
Alta– mais de 40% do corpo
queimado.
O grau de mortalidade das queimaduras está
relacionado com a profundidade e extensão da
lesão e com a idade do acidentado.
Queimaduras que atinjam 50% da superfície do
corpo são geralmente fatais, especialmente em
crianças e em pessoas idosas.
Quanto maior a extensão da queimadura, maior é
o risco que corre o acidentado.
Em queimaduras de pequena extensão: lavar a área
queimada com bastante água corrente, em jato suave,
por aproximadamente, 10 (dez) minutos.
 Em caso de queimaduras extensas, colocar a vítima
debaixo do chuveiro durante 30 minutos.
Após este período, retire as roupas molhadas e proteja
seu corpo com um lençol ou pano limpo.
Se não tiver acesso a água corrente, fazer uma compressa
com água limpa fria;
NÃO USAR ÁGUA GELADA OU GELO;
Cubra a área queimada com curativo leve e antiaderente,
de preferência material limpo e seco e sem fiapos (não
macio), por exemplo papel filme.

Observar queimaduras de VIAS


AÉREAS, sempre considere
lesões no rosto, cabelos nasais,
sobrancelhas ou cílios. Tosse preta
no escarro, voz rouca ou
dificuldade respiratória.
Alguns agentes possuem
inflamação pulmonar retardada -
24 horas depois.
Os cuidados aos queimados devem ter as seguintes
recomendações:

1. Retirar a vítima do contato com a causa da


queimadura:

Em caso de vestes pegando fogo não permita que


pessoa corra, pois pode aumentar as chamas,
apague o fogo, abafando com um cobertor ou
simplesmente rolando o acidentado no chão;
Verificaro nível de consciência, a respiração e o
batimento cardíaco da vítima.
Retirar a roupa do acidentado, se ela ainda contiver
parte da substância que causou a queimadura;
2. Aliviar a dor e prevenir infecção no local da
queimadura:

Não romper as bolhas. Se as bolhas estiverem


rompidas, não colocá-las em contato com a água;
Não utilizar água em queimaduras provocadas por
pó químico, pois este pode se espalhar para outras
localidades e produzir novas queimaduras;
Não retirar as roupas queimadas que estiverem
aderidas à pele;
Não aplicar pomadas, líquidos, cremes, manteiga,
pó de café, creme dental ou outras substâncias
sobre a queimadura, pois podem complicar o
tratamento e necessitam de prescrição
medicamentosa;
Não oferecer água a vítimas com mais de 20% da
superfície corporal atingida;
Não aplicar gelo sobre a queimadura. O gelo
poderá agravar mais a queimadura;
Encaminhar, o mais rápido possível, a vítima para
o cuidado e atendimento especializados.
Cuidado para não causar hipotermia ao resfriar
grandes queimaduras;
Cuidado ao realizar resfriamento em crianças e
bebês
Choque Elétrico

São abalos musculares causados pela passagem


de corrente elétrica pelo corpo humano. Os
danos ao corpo humano são causados pela
conversão da energia elétrica em calor durante a
passagem da eletricidade.

A gravidade depende de: tipo de corrente,


resistência, duração do contato, magnitude da
energia aplicada e caminho percorrido pela
corrente elétrica.

A partir de 50 volts, o corpo humano já sente os


efeitos de uma descarga elétrica, ou seja, um
choque acima desse valor pode ser fatal,
dependendo do caminho que ele percorra no
corpo e a sua duração.
As principais
consequências
decorrentes do
choque elétrico
são:

Parada
cardiorrespiratóri
a;
Queimaduras.
Em 7 anos de levantamento
de dados da Abracopel –
Associação Brasileira de
Conscientização para os
Perigos da Eletricidade, é
possível afirmar que mais de
4.300 pessoas perderam
suas vidas somente em
acidentes envolvendo choque
elétrico.
Em 2019, o fio partido em
ambiente interno foi a maior
causa das mortes com 99
ocorrências e 85 mortes.
Em seguida, vem os
eletrodomésticos e
eletroeletrônicos que
mataram 52 pessoas em 57
ocorrências.
As condutas a serem
realizadas quando ocorrem
acidentes com choque
elétrico são:

Antes de iniciar qualquer procedimento,


ligue para o corpo de bombeiros ou
qualquer outro atendimento especializado.
Avaliar a segurança da cena;
Desligar a fonte de energia;
Se possível, interromper o contato da
vítima com a fonte de eletricidade;
Realizar o CAB da vida;
O choque pode provocar queimaduras
internas e externas, nesses casos proceder
como indicado anteriormente.
O que é CAB?

 C = compressões
torácicas;
 A = abertura das
vias aéreas;
 B = ventilar.

Ou seja, a RCP deve


ter início pelas
compressões
torácicas, seguidas
da liberação das
vias aéreas e
ventilações de
resgate.
Principais lesões traumato –
ortopédicas e suas consequências

A maioria das lesões traumato-ortopédicas não


apresenta muita gravidade. Porém, todas elas são
extremamente dolorosas, desde as mais simples
entorses até as fraturas expostas com hemorragia.
Todo acidentado de lesão traumato-ortopédica
necessita obrigatoriamente de atendimento médico
especializado.
Entorses
São lesões dos
ligamentos das
articulações, onde estes
esticam além de sua
amplitude normal,
rompendo-se.
Quando a entorse
acontece há uma
distensão dos
ligamentos, mas não há
o deslocamento
completo dos ossos da
articulação.
As causas mais comuns
da entorse são violências
como puxões ou
rotações, as quais
forçam a articulação.
Os locais mais
recorrentes onde
ocorrem são as
articulações do
tornozelo, ombro,
joelho, punho e dedos.
Condutas

Aplicar bolsa térmica de gelo ou de água gelada na


região afetada para diminuir o edema e a dor, durante
as primeiras 24 horas, lembrando de colocar uma
compressa (pano limpo) protegendo a pele do local de
aplicação térmica; após este tempo aplicar compressas
mornas.
Se houver alguma ferida no local da entorse, agir
conforme o ferimento: cobrir com compressa seca e
limpa.
Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima.
O enfaixamento de qualquer membro ou região
afetada deve ser firme, mas sem compressão excessiva,
para prevenir insuficiência circulatória;
Encaminhar a vítima para o atendimento especializado,
para avaliação e tratamento.
Luxação

São lesões em que a extremidade de um dos ossos


que compõem uma articulação é deslocada do seu
lugar.
Nas luxações, ocorre o deslocamento e perda de
contato total ou parcial dos ossos que compõe a
articulação afetada.
Os casos de luxação ocorrem geralmente devido a
traumatismos, por golpes indiretos ou movimentos
articulares violentos, porém, às vezes uma contração
muscular é suficiente para causar a luxação.
As articulações mais atingidas são os ombros,
cotovelos, dedos e a mandíbula.
Para identificar uma luxação deve-se observar as
seguintes características:

Dor intensa no local afetado (a dor é muito maior


que na entorse), geralmente, afetando todo o
membro cuja articulação foi atingida
Edema

Impotência funcional
Deformidade visível na articulação.
 Podendo apresentar um encurtamento ou
alongamento do membro afetado
Cuidados iniciais que deverão
ser tomados são:

Acionar o sistema de urgência adequado para


atendimento à vítima.

Otratamento de uma luxação (redução), recolocação


na posição anatômica original, é atividade exclusiva
de pessoal especializado em atendimento a
emergências traumato- ortopédicas.

Os primeiros socorros limitam-se à aplicação de


bolsa de gelo ou compressas frias no local afetado e à
imobilização da articulação, preparando o acidentado
para o transporte.
O acidentado deverá ser mantido em repouso, na
posição que lhe for mais confortável, até a chegada
de socorro especializado ou até que possa ser
realizado o transporte adequado para atendimento
médico.
A imobilização ou enfaixamento das partes afetadas
por luxação devem ser feitas da mesma forma que
se faz para os casos de entorse.
A manipulação das articulações deve ser cuidadosa,
mínima e com extrema delicadeza, levando sempre
em consideração a dor intensa que o acidentado
estará sentindo;
Fratura
Trata-se de uma interrupção na
continuidade do osso.
Ocorre geralmente devido à queda, impacto
ou movimento violento com esforço maior
que o osso pode suportar.
Suspeita-se de fratura ou lesões articulares
quando houver:
Dor intensa no local e que aumente ao
menor movimento
Edema local
Paralisia (lesão de nervos)
Crepitaçãoao movimentar (som parecido
com o amassar de papel)
Hematoma (rompimento de vasos, com
acúmulo de sangue no local) ou equimose
(mancha de coloração azulada na pele e
que aparece horas após a fratura).
As fraturas podem ser classificadas
em fechadas ou abertas.

Fratura Fechada ou Interna


São as fraturas nas quais os ossos
quebrados permanecem no
interior do membro sem perfurar
a pele.
Poderá, entretanto, romper um
vaso sanguíneo ou cortar um
nervo.
Fratura Aberta ou Exposta

São as fraturas em que os


ossos quebrados saem do
lugar, rompendo a pele e
deixando exposta uma de
suas partes, que pode ser
produzida pelos próprios
fragmentos ósseos ou por
objetos penetrantes.
 Este tipo de fratura pode
causar infecções.
Cuidados:
Acionar o atendimento especializado o mais
rápido possível
Manter a estrutura afetada imóvel, evitando dessa
forma piora da lesão e aumento da dor da vítima
Em caso de fraturas abertas, deve-se proteger o
tecido exposto com compressas ou panos limpos
para evitar grandes perdas sanguíneas, mantendo
a estrutura imóvel;

Atenção: Nunca se deve tentar recolocar o osso


fraturado de volta no seu eixo. As manobras de
redução de qualquer tipo de fratura só podem ser
feitas por pessoal médico especializado.
Imobilização
Atividade 3
1) Os acidentes mais comuns de trabalho são os
ferimentos, que podem ser leves ou superficiais,
(com hemorragia moderada), ou profundos (com
hemorragia mais substancial). Em ferimentos
profundos onde existam “objetos encravados”,
assinale a alternativa CORRETA.
a) Retire o objeto se o mesmo estiver bem visível, ou
seja, pode-se perceber a olho nu que não
perfurou nenhum órgão importante. O
transporte será melhor efetuado, pois à vítima
estará mais tranquila.
b) Depois de retirar os objetos encravados, proteja a
área com pano limpo, após efetuar os curativos e
estancamentos necessários.
c) Sempre retire objetos encravados, (madeira, ferro,
arame, vidros, galho etc.). A retirada não provocará
mais lesões nos órgãos, pois deixará o ferimento
amostra, podendo-se fazer uma melhor avaliação.
d) Não retire objetos encravados, (madeira, ferro,
arame, vidros, galho etc.). A retirada pode provocar
lesões nos órgãos e graves hemorragias, pois libera
o ponto de pressão que está fazendo. Proteja a área
com pano limpo, sem retirar o objeto, fixando-o
para evitar movimentação durante o transporte.
2) Com relação à hemorragia (perda de sangue
decorrente do rompimento do vaso
sanguíneo), é correto afirmar que
a) toda hemorragia deve ser controlada
imediatamente.
b) sempre deve ser utilizado o torniquete para
conter a hemorragia.
c) somente hemorragia na região do pescoço
deve ser controlada imediatamente.
d) para estancar a hemorragia, o ferimento não
deve ser comprimido com o uso de luvas.
3) “Quem presta socorros deve saber o que
fazer e o que não fazer”. Em caso de
Epistaxe, deve-se:
a) Lavar com água e sabão.
b) Deixar a vítima de pé e forçar sua cabeça
para trás.
c) Deve-se pedir que a vítima faça bochechos
com água gelada.
d) Sentar a vítima e não inclinar a cabeça desta
para trás.
e) Colocar a vítima sentada, com a cabeça
voltada para frente, e apertar (hemostasia)
a(s) narina (s) durante 5 minutos.

4) Acerca dos procedimentos adotados em


primeiros socorros, julgue o item a seguir. É
recomendada, em caso de queimaduras, a
retirada imediata da roupa grudada na pele
da vítima.
Verdadeiro ou Falso?
5) É procedimento INCORRETO de vítimas com
fraturas é,
a) movimentar a vítima o mínimo possível.
b) colocar talas para sustentar o membro atingido.
c) impedir o deslocamento das partes, para evitar
maiores danos.
d) encaixar os ossos fraturados, o mais rápido
possível.
e) improvisar, podendo usar vários materiais como
talas.

6) Julgue o item relativo a primeiros socorros. Em


primeiros socorros prestados em acidentes de
trânsito com queimadura na vítima, caso haja
bolhas na área do corpo afetada, deve‐se
perfurá‐las imediatamente com qualquer objeto
pontiagudo existente no local.
Verdadeiro ou Falso?
7) Em relação aos primeiros socorros, analise:
(  ) Tome cuidado com movimentações excessivas, bruscas ou
desnecessárias em região fraturada, seja cauteloso;
(  ) No tratamento das fraturas expostas, deve ser desconsiderado
o controle da hemorragia com o uso de curativos sobre o
ferimento;
(  ) A imobilização deve ocorrer reposicionando-se o osso de
forma intencional, pois fragmentos ósseos podem comprometer
estruturas internas (vasos sanguíneos, músculo, nervos, tendões e
ligamentos);
(  ) Manipulações incorretas dos ossos podem repercutir em
complicações adicionais; portanto, assim que possível, depois de
eliminar todas as situações de riscos, priorize a imobilização
adequada da fratura;
Levando-se em consideração que (V) significa verdadeiro e (F)
significa falso, a sequência das proposições acima é:
a) F – F – V – V.
b) V – V – F – F.
c) V – F – F – V.
d) F – V – V – F.
Profª. Enfª. Alciane Dias
Emergências clínicas

• Quando falamos em emergências clínicas,


estamos nos referindo aos problemas de
saúde que ocorrem por conta de doenças
preexistentes, geralmente crônicas, que
evoluíram para uma situação que exigem
atendimento imediato.
ACIDENTE VASCULAR
CEREBRAL (AVC) OU
ENCEFÁLICO (AVE) OU
DERRAME

•O AVC ocorre quando um vaso sanguíneo


do cérebro é obstruído por um coágulo
(trombo) ou se rompe e causa sangramento.
Em ambos os casos, as células do cérebro
morrem por falta de oxigênio. O primeiro
tipo é chamado de AVC ISQUÊMICO
(AVCI) e é o mais comum, em 85% dos
casos. O segundo é chamado de AVC
HEMORRÁGICO (AVCH), acontecendo
em 15% dos casos.
INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO (IAM) OU
ATAQUE CARDÍACO OU
ANGINA
• É um evento grave que atinge o músculo do
coração (miocárdio) devido à obstrução das artérias
que levam sangue para ele.
• Quando essas artérias sofrem algum bloqueio por
conta de um coágulo ou trombo de gordura ou por
fortes emoções, o miocárdio sofre e o paciente
sente dor. Aquela região específica do miocárdio
que deixou de receber sangue das coronárias pode
morrer (NECROSAR) e o coração ficará mais
fraco.
A principal manifestação do IAM é
a DOR NO PEITO ou torácica ou
precordial ou precordialgia.
Ações do socorrista:
• Manter a vítima em repouso
absoluto;
• Acionar o serviço de emergência;
• Perguntar se a pessoa tem alergia
a ASPIRINA OU AAS;
• Se não for alérgica, peça que
mastigue 3 AAS infantis (300 mg).
ATENÇÃO
NÃO DE AAS OU ASPIRINA
SE:
- a vítima estiver sonolenta ou
inconsciente;
- for alérgica ao medicamento;
- estiver também com suspeita de
AVC;
- apresentar algum tipo de
sangramento.
Obstrução das vias aéreas

Ocorre mais frequentemente em crianças,


idosos e indivíduos sem dentição, devido a
pedaços de alimentos e objetos pequenos que
ficam detidos em alguma localidade das vias
aéreas, impedindo a passagem do ar para os
pulmões.
É de fundamental importância para que se
tenha sucesso na ajuda a indivíduos que
apresentem obstrução de vias aéreas a
identificação do tipo de obstrução ocorrida.
A obstrução pode ser parcial ou total.
Na obstrução parcial, o indivíduo apresenta tosse
ineficaz, ainda há ruídos respiratórios e agudos; o
indivíduo apresenta sensação de sufocamento.
Enquanto na obstrução total, a vítima fica em
apneia (ausência de respiração), ocorre cianose,
ausência de ruídos respiratórios e resulta em
inconsciência.
Caso a vítima não for socorrida a tempo ela
poderá evoluir para PCR.

Parcial
Adultos/Crianças Total
Adultos/Crianças
Em caso de obstrução parcial, deve-se acalmar a
vítima, estimular a tosse, retirar roupas apertadas
que dificultam a respiração como golas e
gravatas, bem como solicitar socorro
especializado.
Já no caso de obstrução total, deve-se solicitar
ajuda especializada e iniciar a técnica de
desobstrução, chamada Manobra de Heimlich.
Essa técnica objetiva a expulsão do corpo
estranho através da eliminação do ar residual dos
pulmões, criando uma espécie de tosse artificial.
Engasgo severa total =
Parada respiratória

MANOBRAS DE
DESOBSTRUÇÃ
O
Compressões
abdominais
Golpes dorsais
Compressões
torácicas
Golpes dorsais
Passo a Passo - Manobra de
Heimlich

Com a vítima consciente (em pé), o


socorrista deve se posicionar atrás
dela, formando base com os pés e
colocando uma de suas pernas entre
as pernas da vítima.
Abraça-se a vítima por trás, com os
braços na altura do ponto entre a
cicatriz umbilical e o apêndice
xifoide.
Com as mãos em contato com o
abdômen da vítima, punho fechado e
polegar voltado para dentro, serão
realizadas compressões abdominais
sucessivas direcionadas para cima
(movimentos em J), até desobstruir a via
aérea ou a vítima perder a
consciência.
Compressões torácicas
Com a vítima inconsciente (deitada), o socorrista
deve inspecionar sua boca, removendo o corpo
caso seja visível; em seguida realizar duas
ventilações, com duração de um segundo cada;
posicionar-se de joelhos ao lado da vítima; realizar
30 compressões torácicas.
Segue-se a verificação da boca e realiza-se esta
sequência (ciclo) até que ocorra a desobstrução ou
até a chegada do socorro especializado. (Passar
vídeo).
Convulsão

É a perda súbita da consciência acompanhada de


contrações musculares bruscas e involuntárias.

Entre as principais causas estão: Epilepsia, exposição


a agentes químicos de poder convulsígeno
(inseticidas clorados e o óxido de etileno),
hipoglicemia, overdose de cocaína, abstinência
alcoólica ou de outras drogas, meningite, lesões
cerebrais (tumores, AVE, TCE) e febre alta.
Os procedimentos a serem realizados são:
Avaliar a segurança da cena;
Procurar sinais de consumo de drogas ou
envenenamentos;
Aplicar medidas de bioproteção;
Verificar Nível de Consciência da Vítima;
Proteger a cabeça da vítima, colocando um apoio
macio
Não impedir os movimentos da vítima, não segure
ou a agarre.
Não coloque a mão dentro da boca da vítima
(inconscientemente a pessoa poderá mordê-lo).
Posicione o indivíduo de lado para que o excesso
de saliva, vômito ou sangue escorra da boca,
evitando broncoaspiração.
Atenção: Nunca tente introduzir objetos na boca da
vítima durante a crise convulsiva
Técnica de lateralização

A Posição Lateral de Segurança deve ser usada


para manter a vítima em segurança até à chegada da
ajuda médica e, por isso, só pode ser feita em
pessoas que estão inconscientes, mas respirando.
Por meio dela, é possível garantir que a língua não
caia sobre a garganta obstruindo a respiração, assim
como também prevenir que possíveis vômitos
possam ser engolidos e aspirados para o pulmão,
causando pneumonia ou asfixia.
Sua sequência consiste em:
Colocar uma das mãos da vítima embaixo do
próprio corpo.
Dobrar um dos joelhos da vítima, mantendo-o
seguro com uma das mãos.
Colocar a outra mão da
vítima embaixo do próprio
pescoço, mantendo uma
das mãos sob o pescoço
dela.
Segurar a vítima pelo
joelho dobrado e pelo
pescoço, lateralizando-a
em sua direção.
Posicionar a mão da
vítima que estava sob seu
próprio pescoço,
espalmada sob o rosto
dela, a fim de evitar
sufocamento por eventual
vômito.
Posicionar o braço da
vítima, que se encontrava
sob seu próprio corpo,
agora esticado ao lado
dela.
Desmaio ou Síncope (pré-
desmaio)

É a perda súbita, temporária e repentina da


consciência, devido à diminuição de sangue e
oxigênio no cérebro.

Automaticamente o cérebro reage com falta de


força muscular, queda do corpo e perda de
consciência.
Condutas a serem seguidas:

Se a vítima estiver acordada


(consciente) Sícope:

Sentá-la em uma cadeira, ou


outro local semelhante.
Curvá-la para frente.
Baixar a cabeça do acidentado,
colocando-a entre as pernas e
pressionar a cabeça para baixo.
Manter a cabeça mais baixa que
os joelhos.
Fazê-la respirar profundamente,
até que passe o mal-estar.
Havendo o desmaio:

Manter o acidentado deitado,


colocando sua cabeça e
ombros em posição mais baixa
em relação ao resto do corpo.
Afrouxe sua roupa.
Se houver vômito, lateralize a
cabeça, para evitar
sufocamento.
Se o desmaio durar mais que
dois minutos agasalhar a vítima
e chame o socorro
especializado.
Emergências ambientais

• Quando falamos em emergências ambientais,


estamos nos referindo aos problemas de
saúde que ocorrem por conta de acidentes
no contato com animais, insetos, extremos de
temperatura, água e substâncias tóxicas.
FERIMENTOS POR
ANIMAIS

ANIMAIS PEÇONHENTOS
OFÍDIOS: Cobras
ARTRÓPODES: Aranhas, Escorpiões.
INSETOS: Abelhas, Vespas, Marimbondos.

ANIMAIS NÃO PEÇONHENTOS


Cães, Gatos domésticos.
Animais silvestres
Seres humano
Ferimentos por animais
Peçonhentos

Conduta:
Prevenção: Observação do local, vestes,
calçados e luvas.
Lavar o local com água e sabão, deitar e
manter a vítima em repouso.
Se a picada for nos membros, mantê-los
elevados acima da linha do coração.
Tentar capturar o animal que causou o
acidente e levá-lo também, com a pessoa
picada à unidade de saúde.
Aplicar o soro antiveneno, específico:
jararaca (soro anti botrópico), cascavel
(soro anticrotálico), coral (soro anti
elapídico).
O que não fazer

Não amarrar o local, não


fazer garroteamento ou
torniquete.
Não furar, cortar ou chupar o
local picado.
Não colocar alho, fumo,
cinza, teia de aranha, urina ou
querosene.
Picada de abelha

Embora sejam importantes para a


polinização, produção de mel e outros
produtos, esses animais - únicos a
possuírem ferrões verdadeiros; utilizam
como defesa ferroadas, ou "mordidas",
em que o aguilhão possui uma glândula
de veneno, que introduzida na pele,
libera a substância tóxica.
Éimportante elucidar que há dois tipos de padrão
de utilização do aparelho de ferroar: há espécies
que sofrem autoamputação do ferrão e os que não
sofrem.
Os primeiros injetam, normalmente, uma maior
quantidade de veneno e morrem após ferroarem;
enquanto o segundo grupo pode utilizar o aparelho
de ferroar diversas vezes.
As reações desencadeadas pela picada de abelhas
são variáveis de acordo com o local e o número de
ferroadas, as características e o passado alérgicos
do indivíduo atingido.
As manifestações clínicas podem ser: alérgicas
(mesmo com uma só picada) e tóxicas (múltiplas
picadas).
 Conduta:

Após a picada, devem ser feitas


compressas frias no local.

A retirada dos ferrões da pele, sendo o


caso, deverá ser feita por raspagem com
lâmina e não pelo pinçamento de cada um
deles, pois a compressão poderá espremer a
glândula ligada ao ferrão e inocular no
paciente o veneno ainda existente.
O encaminhamento médico é necessário
em casos que apresentem os sintomas
descritos anteriormente, principalmente em
casos de múltiplas picadas.
Se possível leve alguns espécimes consigo.
Ferimentos por animais
não Peçonhentos

A mordida é considerada uma defesa


tanto quanto ataque.
Deve-se atentar para o fato que as
mordidas podem transmitir raiva e
tétano, além de infecções diversas,
podendo, em casos extremos, levar ao
óbito.
O cão continua sendo o maior
transmissor da RAIVA para o homem,
destacando-se, assim, a importância da
campanha de vacinação anual contra a
raiva.
NÃO SE ESQUEÇA

As lesões por mordedura devem ser


lavadas com água e sabão e protegidas
com gaze esterilizada ou pano limpo,
fixando sem apertar.
Em caso de mordedura de qualquer
animal e de qualquer gravidade, pro-
cure assistência médica.
Em caso de mordedura, procure
saber com o dono do animal se o
mesmo é vacinado.
Outros animais, além do cão,
transmitem Raiva, como gatos,
cavalos e morcegos.
Raiva é uma DOENÇA QUE MATA se não
tratada imediatamente.
As medidas preventivas são extremamente
fáceis de serem executadas.
 Não arrisque.
Conduta:

O local da mordida deve ser lavada com água -


preferencialmente corrente e sabão,
abundantemente, durante 10 ou 15 minutos.
 Deve-se então, encaminhar a vítima para o centro
de atendimento médico mais próximo,
informando, sempre que possível, a origem da
mordedura e do animal que cometeu tal ato.
Cachorros e outros animais domésticos devem ser
observados durante 10 dias em isolamento, sem con-
tato com humanos, para afastar a suspeita de raiva.
O centro de controle de zoonoses deve ser
informado do caso e de seu resultado. Animais
selvagens e não domesticados devem ser capturados
para posterior avaliação e afastamento da suspeita de
raiva e outras doenças, quando sua captura não
demonstrar um risco.
Caso não seja possível capturar o animal, mas o
mesmo continue a apresentar uma ameaça, outros
centros de zoonoses devem ser informados e farão a
captura com segurança.
ACIDENTES COM
ÁGUA-VIVA E
CARAVELAS
• Esses animais possuem tentáculos ou
extensões que liberam uma toxina (veneno)
ao tocar um outro animal ou ser humano.
Eles não chegam a atacar o ser humano,
como acontece com outros animais. Quanto
maior for o animal, maiores podem ser as
consequências.
Ações do socorrista

• Lavar com água DO MAR: a alternativa mais


inteligente, é usar a própria água do mar para
lavar;
• Lavar com VINAGRE: esse produto
consegue neutralizar o veneno e aliviar a dor.
O tempo de uso varia, mas o ideal é 30 a 60
segundos. Não se deve esfregar, apenas
colocar sobre as lesões;
• Retirar os tentáculos visíveis com espátulas
(palitos de picolé), raspando a área, com
cuidado para não se ferir nem aumentar as
lesões da vítima;
• Imergir a região em água morna, por 20 a 30
minutos.
Afogamento

Ao se afogar, os danos sofridos pela vítima irão


variar conforme duração, temperatura da
água e primeiros socorros adequados. A
ingestão da água, por si só, não traz danos,
porque ingerir significa que a água vai para o
estômago e não para o pulmão. A gravidade
aumenta quando a vítima fica sem oxigênio
ou os pulmões enchem de água ou entra em
parada cardiorrespiratória (PCR).
Como proceder?
• Verifique a segurança da cena: só haja se estiver
completamente seguro;
• Remova a vítima da água: a melhor forma de é
puxando-a por baixo da axila ou em posição
cruzada ombro-axila, sendo que o socorrista vai á
frente do afogado;
• Aplique ventilação ainda na água se você for
treinado;
• Não atrase a retirada da água para ventilar;
• Não aperte o abdome para retirar a água do
estômago: isso é uma crendice popular;
• Coloque a vítima em posição de segurança se
houver vômito, de preferência decúbito direito;
• Aqueça a vítima;
• Se a vítima tiver sinais de PCR, inicie o PCR por 2
minutos e acione o serviço de emergência;
• Se houver outra pessoa para ajudar inicie o PCR ao
mesmo tempo em que a pessoa aciona o serviço de
emergência;
Obrigada!
 Imperícia: falta de habilidade e
incompetência.
 Imprudência: falta de cautela e de
segurança.
 Negligência: omissão de ajuda.

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