Você está na página 1de 17

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DNA

CURSO Técnico em
DISCIPLINA Primeiros socorros
PROFESSOR(A) Joubert leite
ALUNO (A)
APOSTILA 01 – INTRODUÇÃO E CONCEITOS INICIAIS

REGRAS E RESPONSABILIDADE DO SOCORRISTA

Em quaisquer situação ou atividades, pessoas se expõem a riscos e sujeitas a


ferimentos e traumatismos causados por acidentes (Não depende de nossa vontade).
Lembrando que muitas pessoas morrem ou sofrem danos irreversíveis por não
receber cuidados a tempo ou serem atendidas de forma incorreta. Portanto para atender ou
ajudar à essas vítimas é preciso saber prestar socorro de forma correta e eficaz, dominando
técnicas de primeiros socorros. Primeiros socorros são os procedimentos efetuados a uma
pessoa cujo estado físico coloca em perigo sua própria vida.
No Brasil, ao contrário de muitos países, não existem leis que regulamentem ou
garantam as ações específicas de Primeiros Socorros, executadas por leigos treinados. No
entanto, mesmo assim, quando ele se dispõe a fazer o treinamento fica implícito que ele
está assumindo regras e responsabilidades e que assumirá o dever de prestar o
atendimento. Em um local de emergência, toda a atividade do socorrista, é dirigida no
sentido de assegurar à vítima assistência, segurança, conforto e transporte adequado,
quando necessário. Assim cabe ao socorrista:
Estar preparado para atender uma emergência; Atender rapidamente, mas com
segurança; Ter cuidado com a sua segurança e da vítima, antes de iniciar a ação; Chamar
os serviços de socorros competentes; Determinar qual o problema da vítima e providenciar
os cuidados necessários; Providenciar o transporte mais adequado quando não for possível
fazê-lo pelos serviços de socorro competente..
Responsabilidade do Socorrista
Você deverá ter certeza que está em segurança ao aproximar-se da vítima e que
permanecerá em segurança, enquanto presta o atendimento evitando o contato direto com
o sangue da vítima, fluídos corpóreos, mucosas, ferimentos e queimaduras;(uso de EPI).
Assumir a situação: Evitar o pânico; Obter a colaboração de outras pessoas; Dar
ordens claras e objetivas; Solicitar ajuda qualificada (SAMU,BOMBEIRO, ETC.); Manter
curiosos afastados; Isolar, sinalizar e proteger o local.
Proteger a vítima: Observando rápida e atentamente o local (CENÁRIO), afastando
provável perigo; Certificar-se de que a movimentação da vítima não produzirá outros danos;
Manter a vítima aquecida, protegida da chuva, por exemplo.
Examinar a vítima: Fazendo de forma sistemática e rápida; observar as prioridades:
consciência, respiração, pulso em grandes artérias, grandes sangramentos.
Cuidar, aliviar a dor e tranquilizar a vítima: Ouvindo a vítima e as testemunhas com
atenção; Falar com diplomacia; Transportar a vítima com segurança para o recurso
hospitalar, quando necessário, etc.
O socorrista deve sempre estar atento: Mesmo os sintomas mais leves podem ser
sinais iniciais de problemas graves; entender as reações anormais e exageradas das vítimas
e familiares que estão sob situação de estresse; A responsabilidade sobre a vítima é sua até
que a mesma seja entregue a recursos competentes.
O socorrista deve ter em mente, que apesar da “falta de Legislação específica”, não
está completamente isento de responder a um processo quando ministrar cuidado a uma
vítima, isso ocorrerá se o socorrista:
Abandonar a vítima sem ter acionado recursos para ação de socorro; Não ministrar
os cuidados necessários dentro do seu limite de conhecimento; Prestar cuidados
incorretos, quando o cuidado correto era óbvio para o seu nível de conhecimento; Prestar
cuidado além do que lhe foi ensinado durante o seu treinamento em Socorro Básico; Forçar
os cuidados a uma vítima adulta, consciente e mentalmente capaz, que esteja recusando, a
não ser que haja perigo iminente de vida.
O medo de processos judiciais levam algumas pessoas a evitarem se envolver em
situações de emergências. No entanto as pessoas que prestam primeiros socorros
raramente são processadas, devido estarem agindo em uma emergência, de boa-fé (tem
PROF: JOUBERT LEITE PRIMEIROS SOCORROS (APH) APOSTILA 01.
boa intenção), está agindo sem remuneração, não é culpado por má conduta intencional ou
evidente negligencia para com a vítima (desviando intencionalmente das diretrizes de
atendimento).
O dever de agir, a maioria das pessoas tem dúvida sobre como e quando prestar
primeiros socorros, pois ajudar de qualquer maneira pode prejudicar a vítima e não ajudar
pode significar omissão. Atendimento de primeiros socorros deve ser prestado sempre
que uma vitima não tiver condições de cuidar de si própria, evitando o risco de morte
enquanto a ajuda especializada (SAMU 192, 193, 190, etc.), pois muitas vezes ficam entre a
vida e a morte completamente indefesas, incapaz de cuidar de sua própria sobrevivência. É
nesse momento que precisam de ajuda imediata para mantê-las vivas evitando o
agravamento da situação.
Podemos citar o simples fato de notar que a vitima não esta respirando, isso faz toda
diferença. Pois em algumas situações, se não forem tomadas providencias imediatas, a
vítima poder evoluir a óbito antes do socorro chegar (não respira ou grave sangramento).
Quem sabe o que fazer não perde tempo e ganha segundos preciosos, que salvam
vidas.
O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro:
“Deixar de prestar socorro a vítima de acidente ou pessoa em perigo iminente,
podendo fazê-lo é crime”.... . A pena de detenção é de 1 a 6 meses ou multa, podendo ser
aumentada pela metade se a omissão resultar em lesão corporal grave e ate triplicada se
resultar em morte.
Lembrando que é importante a solicitação de ajuda especializada, e é uma maneira de
prestar socorro a vítima. Mesmo que uma pessoa seja somente testemunha e tiver
condições de prestar auxilio e não o fizer, estará cometendo o crime de omissão de socorro.
A omissão de socorro e a falta de pronto atendimento eficiente as vítimas são as
principais causas de morte ou danos irreversíveis que poderiam ser evitados. Os minutos
imediatos após o acidente são os mais importantes para garantir recuperação e
sobrevivência de pessoas lesionadas.
Quem deve prestar os primeiros socorros as vitimas?
Quando o emprego exigir. O conselho federal de medicina recomenda que o socorro
deve ser prestado por pessoa capacitada e mais próxima do local do acidente. Sendo assim,
socorrista é a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada, para com segurança, avaliar e
identificar problemas que comprometem a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado
socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já existentes.
Medico ou outro profissional de saúde presente no local. Pode-se a principio que o
socorrista venha antes do medico, ocorre que nem todos os profissionais estão devidamente
capacitados para prestar os primeiros socorros seja em suporte básico ou avançado.
Pessoas leigas, mas que conheçam noções de primeiros socorros ou suporte
básico de vida, pois são conhecimentos úteis a todos e fazem a diferença em uma situação
de emergência, mantendo o a vitima viva enquanto se aguarda o socorro especializado
(SAMU 192, 193, 190, etc.).
Podemos citar uma queda de banheiro, onde a pessoa caiu de costa e para de
respirar. Obviamente, não haverá tempo sequer para acionar o serviço de socorro
especializado. O que fazer e o que não fazer? Alguém quebra o braço o que fazer e o que
não fazer?
Pessoas leigas, sem noções de primeiros socorros, temos que ter em mente que o
leigo ao ver um acidente obedecerá a seu instinto natural de solidariedade e tentará
ajudar. Por não possuir conhecimentos necessários, poderá prejudicar a vítima, mas
naquela hora, naquele local provavelmente não terá ninguém para orienta-lo sobre isso. Por
isso a importância de buscar sempre o conhecimento de primeiros socorros
A situação de emergência justifica as limitações, poucas pessoas sabem que a
situação de emergência justifica o atendimento ou a ajuda, mesmo que essa seja dada de
forma limitada, quer seja pelo nível de conhecimento de quem está ajudando, como também
pela precariedade das condições locais.
Quais as primeiras providências a serem tomadas?
Sempre se deve avaliar o cenário em primeiro lugar, sempre.
Em locais de acidentes é comum encontrar, cenas de sofrimento, pânico, dor,
nervosismo, pessoas inconscientes e outras situações que exigem providencias imediatas,
seja qual for a gravidade da situação, deve-se agir com calma, conhecimento de causa,
frieza, etc. evitando o pânico. Então devemos.

PROF: JOUBERT LEITE PRIMEIROS SOCORROS (APH) APOSTILA 01.


Transmitir confiança tranquilidade e segurança para vítimas consciente, sempre
informando que o atendimento especializado está a caminho se realmente já estiver a
caminho, sinalizar o local para evitar um novo acidente, agir rapidamente porem dentro dos
limites, usar conhecimentos de primeiros socorros, “algumas vezes saber improvisar”.
Um socorrista deve ter o consentimento (permissão) de uma pessoa responsiva
(alerta), antes de realizar o atendimento, podendo fornecer essa permissão verbalmente ou
mesmo balançando a cabeça dando permissão para o atendimento (consentimento
expresso). Se identifique, diga que é treinado para atender e o que gostaria de fazer.
Quando uma vítima estiver com debito de consciência for um adulto ou uma criança
mentalmente incapaz ou uma criança portadora de uma afecção potencialmente fatal, cujos
pais não estão presentes, os socorristas devem presumir que o consentimento foi permitido
(isto presume que a vítima, os pais, guardiões gostaria que o atendimento fosse
prestado) Uma vez iniciado os primeiros socorros, não deixe a vítima ate que outra pessoa
treinada assuma o controle da situação, deixar a vítima sem ajuda configura abandono.
Tentar evitar estas três falhas humanas
Negligencia: descaso, displicência, ou desleixo (ter o dever de agir ou agir de forma
incorreta). Muitos acidentes e óbitos são causados por negligência.
Imprudência: expõe a si e as demais pessoas a riscos desnecessários sem medir as
consequências.
Imperícia: falta de habilidade, não sabe como agir em uma situação de emergência.
Chamando por recursos especializados: Na maioria das grandes cidades existem
equipes de emergência, especialmente treinadas para o atendimento as vítimas. Tais
socorristas contam com formação e equipamentos adequados. Porem quando a gravidade
da situação não permitir esperar por socorro especializado o conhecimento de primeiros
socorros poderão salvar vidas.
Uso de EPI’S, protegendo-se das infecções: Dentro das normas de proteção, é
recomendado que os socorristas se protejam contra a transmissão de doenças infecto-
contagiosas. Incluindo o vírus da AIDS e da HEPATITE, são transmitidas em contato direto
com fluidos orgânicos, principalmente sangue e saliva. Para evitar contagio devemos
sempre nos prevenir usando luvas, evitar se ferir em um atendimento, não levar as mãos à
boca e olhos sem antes ter lavado com sabão e água abundante, entre outros acessórios de
equipamentos de proteção individual.
1° ATIVIDADE.
1) complete a frase:
a) Lembrando que muitas pessoas morrem ou sofrem danos irreversíveis por não receber
_______________ a _______________ ou serem atendidas de _____________.
b) Portanto para atender ou ajudar à essas vítimas é preciso saber prestar socorro de forma
correta e eficaz, dominando técnicas de primeiros socorros.
2) Em um atendimento a um acidente cabe ao socorrista?
3) Ao examinar uma vítima devemos fazer de forma sistemática e rápida observando que tipos
de prioridades?
4) “Deixar de prestar socorro a vitimas de acidente ou pessoa em perigo iminente,
podendo faze-lo é crime” ... estamos falando de que assunto e qual é este artigo do código
penal brasileiro?
5)Quem tem obrigação em prestar os primeiros socorros a uma vítima?
6) O que significa imprudência e imperícia?
7) Diga para que serve os EPI’s em um atendimento de primeiros socorros? Cite 3 exemplos de
EPI no Atendimento Pré-Hospitalar!

PROF: JOUBERT LEITE PRIMEIROS SOCORROS (APH) APOSTILA 01.


CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DNA
CURSO Técnico em
DISCIPLINA Primeiros socorros
PROFESSOR(A) Joubert leite
ALUNO (A)
(OVACE) obstrução de vias aéreas por corpo estranho / parada
respiratória.
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS E ASFIXIA / PARADA RESPIRATÓRIA

A obstrução das vias aéreas é definida como a dificuldade ou bloqueio da passagem


do ar para os pulmões, devido a algum obstáculo em qualquer região das vias aéreas.
A causa mais frequente de obstrução das vias aéreas na vítima inconsciente ou com
alteração do nível de consciência é a queda da própria língua. Isso ocorre devido ao
relaxamento das estruturas musculares que sustentam a língua, resultando em sua queda
em direção à faringe, impedindo a passagem de ar.
Edema de glote, em casos de alérgias, vômitos também podem ser causa de
obstrução de vias aéreas; corpos estranhos, que podem impedir a passagem de ar.
A Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho é conhecida como OVACE e pode
ser parcial ou total:
• Parcial: quando possibilita a passagem de ar mesmo que reduzida, caracterizada
por esforço respiratório, respiração ruidosa e ofegante.
• Total: quando a passagem de ar está completamente obstruída, havendo ausência
de ruídos e respiração iniciando uma parada respiratória.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS NO ENGASGO.


• Posição universal (a vítima leva as mãos à garganta);
• Agitação (desespero) e ansiedade;
• Tosse;
• Respiração ruidosa;
• Incapacidade de verbalização;
• Asfixia
• Cianose;
ATENDIMENTO
Inicialmente é preciso avaliar o grau de consciência da vitima, se estiver consciente o
socorrista deve solicitar que ela fique em pé, em seguido o socorrista deve se posicionar
atrás da vitima de modo que seu braço passe entre o braço e o tórax da vitima; fechar a
mão e posiciona-la acima da cicatriz umbilical, dois dedos com a outra mão deve se apoiar a
mão dominante; realizando uma compressão e movimentando a mão fechada para cima,
diversas vezes até que a vitima consiga expelir o objeto que a estava sufocando.

Adultos ou crianças maiores que um ano conscientes (MANOBRA DE HEIMLICH)

1. Identifique-se e informe à vítima que irá ajudá-la;


2. Posicione-se atrás da vítima, passando os braços em torno da mesma;
3. Realize compressões abdominais (na região epigástrica, cerca de 2 dedos acima da
cicatriz umbilical) com o punho fechado, até a desobstrução das vias aéreas ou até a vítima
tornar-se inconsciente;
4. Caso a vítima se torne inconsciente, iniciam-se as manobras de RCP.

Nota 1: Em casos de vítimas gestantes,


as mãos devem ser colocadas ao nível da
porção média do esterno.
Deve-se lembrar que uma obstrução
não revertida irá inevitavelmente evoluir para
um quadro de asfixia e posteriormente parada
respiratória (ausência de ar nos pulmões).
Portanto, assim que identificada a obstrução,
deve-se imediatamente iniciar manobras
apropriadas.
.

Recém-nascidos e bebês
Apóia – se a criança com a palma da mão, conforme a figura, sobre a coxa, mantendo
a cabeça mais baixa que o corpo, e aplicam-se 5 golpes na região dorsal, entre as
escápulas, com a mão em ― concha‖. Se não houver sucesso, pode-se alternar esta
manobra com as compressões torácicas. Ficar atento para a iminência de uma parada
respiratória (ausência de ar nos pulmões).

MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
• Inconsciência.
• Ausência respiração ou gasping (respiração anormal e agonizante).

SEQUÊNCIA DE SBV EM ADULTOS


1. Avaliação da CENA; uso de EPI´s; há necessidade de recursos adicionais?
2. Avalie o nível de consciência da vítima;
3. Rápida e dinâmicamente, verificar respiração (respira ou se apresenta gasping);
4. Acione o serviço de emergência 192,193, etc;
5. Verifique a presença de pulso carotídeo (não deve durar mais de 10 segundos).
Caso haja dúvida sobre a presença de pulso, considere que a vítima NÃO TEM PULSO;
6. Caso haja pulso, identifica-se uma parada respiratória (ausência de ar no
pulmão). Proceda a abertura das vias aéreas;
7. Inicie as ventilações, realizando de 8 a 10 ventilações por minuto (1 ventilação a
cada 6 a 8 segundos). As ventilações devem provocar elevação visível do tórax da vítima;
8. Reavalie a vítima após 02 minutos (voltou a respirar, tem pulso carotídeo
palpável);
9. Continue com esses procedimentos até o retorno da respiração espontânea;
10. Caso a vítima evolua para PCR, inicie as manobras de RCP.

Método com equipamento (boca-máscara)


• Desobstruir as vias aéreas.
• Fixar adequadamente a máscara sobre a face da vitima segurando a firmemente.
• Ventilar através da máscara
• Manter a mesma frequência do método anterior, lembrando de liberar a mascara
para a vitima poder liberar o ar.
Método com equipamento (Bolsa-valva-máscara)
• Escolha o balão(ambu) e máscara adequados ao tamanho da vítima;
• Com uma das mãos segure firmemente a máscara (técnica do C E) no rosto do
paciente;
• A outra mão comprime o balão para a ventilação, mantendo as mesmas frequências;
A utilização do BVM (bolsa válvula mascara) por uma única pessoa exige certa prática
para que se consiga um resultado satisfatório. Dessa forma, deve-se, sempre que possível,
utiliza-lo com dois membros da equipe.
Durante a ventilação com o BVM, não é necessário retirar o mesmo da face da vítima
durante a expiração, pois este possui uma válvula de escape que permite a saída do ar.
Durante os procedimentos de ventilação, podem ocorrer vômitos, devido à distensão
gástrica causada pelo ar insuflado. Para diminuir os riscos disso acontecer, as insuflações
não devem ser muito rápidas, devendo levar em média 1-2 segundos para encher o tórax.
O volume e a força da insuflação devem ser proporcionais ao biótipo da vítima, ou
seja, adulto, criança ou bebe.

2° ATIVIDADE

1)Como podemos definir uma obstrução de vias aéreas?

2)Qual a causa mais frequente de obstrução em vítimas inconsciente e por quê?

3) A obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) pode se manifestar de


quantas formas? explique cada uma delas!

4) Cite 4 manifestações clinicas!

5) Como se dá o nome da manobra realizada para engasgamento?

6) Como podemos definir uma parada respiratória?

7) Como identificar uma parada respiratória?

8) Em uma parada respiratória como devo proceder em um procedimento boca


máscara?

9) Se você tiver um equipamento de BVM, como você realizara o atendimento em uma


parada respiratória?

10) Que tipo de técnica devo usar com a mascara no rosto do paciente em parada
respiratória?
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DNA
CURSO Técnico em
DISCIPLINA Primeiros socorros
PROFESSOR Joubert leite
ALUNO (A)
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA (P C R)
E
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (R C P)

P.C.R: é o cessar da atividade elétrica e/ou mecânica do coração, o que não gera
circulação do sangue pelo organismo.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA:
Inconsciência; Ausência de
movimentos respiratórios ou gasping
(respiração anormal e agonizante);
Ausência de pulso carótideo .

Estatisticamente, cerca de 85% das PCR´s ocorridas fora do ambiente hospitalar


acontecem em casa. Os neurônios (células cerebrais) são extremamente sensíveis à falta
de oxigênio e glicose; portanto, o atendimento à vítima de PCR deve ser iniciado o mais
precocemente possível. Lembrando que após 10 (10 a 15 segundos) segundos de PCR sem
atendimento, ocorre a perda da consciência.
Após 04 minutos, todas as reservas de glicose se acabam e, em 06 minutos,
começa o dano celular irreversível. Após 16 minutos de PCR, a morte cerebral é completa.
Portanto, o tempo é fator importantíssimo no que se refere ao atendimento à vítima
de PCR e o socorro deve ser rápido e eficaz.
Mais de 90% das Paradas Cardíacas ocorridas no ambiente extra-hospitalar tem como
causa a FIBRILAÇÃO VENTRICULAR, um tipo de arritmia fatal, cuja reversão efetiva só é
possível através da desfibrilação.
A desfibrilação é a aplicação de uma corrente elétrica por meio de um desfibrilador
externo automático (D E A), com o objetivo de reorganizar a atividade elétrica do coração,
revertendo arritmias letais.

Com base nisso, foi criado o conceito de Corrente da Sobrevivência, formada por 05
elos e que tem por objetivo oferecer, o mais rápido possível, o suporte necessário à vítima
de PCR, aumentando suas chances de sobrevivência.

1° elo: SOCORRO PRECOCE espontânea.


Acionamento do serviço de emergência
assim que identificada a situação de PCR.
2° elo: RCP PRECOCE Iniciar as
manobras de Reanimação Cardiopulmonar
o mais rápido possível.
3°elo:DESFIBRILAÇÃO PRECOCE
Acesso e utilização do desfibrilador externo .
automático (DEA).
4° elo: SUPORTE AVANÇADO
Procedimentos e medicações utilizadas
pela equipe de socorro.
5° elo: CUIDADOS PÓS-PCR
INTEGRADOS Procedimentos a serem
adotados após o retorno da circulação
O conjunto de procedimentos de suporte básico de vida é realizado a partir das
recomendações da American Heart Association (AHA), que são revistas e atualizadas a
cada 5 anos. As diretrizes recentes são as de 2015, que enfatizam o trabalho em equipe do
serviço de emergência e a necessidade primária de fazer o sangue circular no corpo da
vítima prioritariamente. Didaticamente, é possível descrever a sequência de atendimento
pela sigla C A B, sendo:
• C- Circulação (compressão torácica).
• A- Abertura de vias aéreas
• B- Boa respiração / ventilação.

SEQUÊNCIA DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM ADULTOS


1. Avalie se a cena é segura, paramente-se com EPI´s e determine se há
necessidade de recursos adicionais;
2. Avalie o nível de consciência da vítima; tocando firme nos ombros.
3. De maneira rápida e dinâmica,
verifique a respiração (se a vítima
respira ou se apresenta gasping);
4. Verifique a presença de pulso
carotídeo (esse procedimento não deve
durar mais de 10 segundos). Caso haja
dúvida sobre a presença de pulso,
considere que a vítima NÃO TEM PULSO;
5. Acione o serviço de emergência ou a Unidade de Suporte Avançado;
6. Inicie compressões torácicas externas (no centro do tórax, na altura dos mamilos;
mãos sobrepostas e braços esticados);
7. Realize 30 compressões ininterruptas; comprima rápido (de 100 a 120
compressões por minuto) e forte (de 5 a 6 cm de profundidade), permitindo que o tórax
retorne totalmente à sua posição original entre as compressões;
8. Após a 30ª compressão, pare e faça abertura das vias aéreas (elevação do queixo);
9. Realize 02 ventilações (cada ventilação deve durar cerca de 1 segundo). As
ventilações devem provocar elevação visível do tórax da vítima;
10. Reinicie as compressões, repetindo os passos 7, 8 e 9 durante mais 4 vezes
(totalizando 5 ciclos);
11. Após os 05 ciclos (ou aproximadamente 02 minutos), verifique presença de pulso
carotídeo (ou seja, o passo 04);( REAVALIAÇÃO).
12. Caso não haja pulso carotídeo palpável, reinicie a RCP;
13. Em caso de retorno da circulação espontânea, posicione a vítima em decúbito
lateral esquerdo.

obs 1: O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é instalado tão logo esteja disponível.
obs 2: As interrupções nas compressões torácicas devem ser mínimas.
obs 3: As ventilações devem ser realizadas com equipamento específico (reanimador
manual ou BVM: bolsa-válvula-máscara).

Cuidado com crianças e recém-nascidos!


COMPRESSÕES TORÁCICAS
• Localizar o ponto de compressão.
• Não apoiar os dedos no tórax e manter os braços esticados.
• Utilizar o peso do corpo para fazer as compressões.
• Devem ser realizadas com uma frequência 100 à 120 compressões por minuto.

MANOBRAS DE RCP (1 SOCORRISTA)


Coloque-se ao lado da vítima, conforme a
figura. Manter uma relação de 30 compressões
para cada 02 insufladas. A cada ciclo de 30
compressão e duas ventilações com repetições
de 5 vezes, pare e reavalie a vítima.
MANOBRAS DE RCP ( 2 SOCORRISTAS).
Posicionam-se ao lado da vítima. ventilações (socorrista 2). Após o primeiro
Inicia-se com 30 compressões ciclo, manter uma relação de 30
torácicas (socorrista 1) seguidas de 2 compressões para 02 insuflações. Após 30
compressões e 2 ventilações por 5 vezes,
interrompem-se as manobras para
verificação dos sinais vitais e os socorristas
trocam de posição.

DESFIBRILADORE EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA)


São equipamentos para desfibrilação dotados de um microprocessador que analisa a
presença ou não de arritmias fatais e, se presente, promove a realização de choques
sucessivos para a reversão da arritmia.
São considerados como elo fundamental na Corrente da Sobrevida, uma vez que a
sua utilização por pessoas leigas é considerada segura, desde que devidamente
treinadas, oferecendo, dessa forma, a desfibrilação precoce.
Em países desenvolvidos, a presença do DEA em locais de grande fluxo de pessoas,
como shoppings, aeroportos e estádios de futebol, está se tornando uma realidade cada vez
mais presente. Além disso, as grandes empresas aéreas também estão colocando os DEA
como parte do equipamento de emergência nas aeronaves, treinando devidamente suas
tripulações na utilização dos mesmos.
No Brasil, alguns estados e o Distrito Federal promulgaram leis que torna obrigatória
a disponibilização de DEA´s em locais públicos e privados com alta circulação de pessoas.

MANOBRAS DE RCP EM CRIANÇAS E RECÉM NASCIDOS


Em crianças, o padrão de ocorrência de paradas cardiorrespiratórias muda, sendo
que, nesta faixa de idade, a grande maioria das paradas ocorre secundária a uma parada
respiratória, cujas causas incluem obstrução por corpo estranho, afogamentos,
problemas respiratórios prévios, etc. Assim sendo, no caso de crianças, a sequencia da
corrente da sobrevivência muda, conforme a seguir:
Mantém-se a frequência de 30 compressões para 02 ventilações. A compressão
externa pode ser feita com somente uma das mãos.
O equipamento utilizado deve ser pediátrico (tanto o B.V.M como a pá do DEA). Caso
não haja pá de DEA pediátrica disponível, pode ser utilizada a pá para adultos.

RCP em recém-nascidos
Mantém-se a freqüência de 30 compressões para 02 ventilação com 1 socorrista e 15
compressões para 2 ventilações. A compressão externa pode ser feita com dois dedos ou
com o polegar. Caso a respiração seja boca-a-boca, o volume de ar a ser insuflado deve
ser somente aquele armazenado nas bochechas do socorrista. O equipamento utilizado
deve ser próprio para recém-nascidos
O DEA não deve ser utilizado
“ INFORMAÇÕES SOBRE A RCP ”

Quando interromper a RCP : Quando a vítima voltar a ter pulso e respirar; o


socorrista for substituído por outro socorrista treinado ou se a ajuda chegar ao local; o
socorrista ficar exausto ou estiver em local perigoso; um médico ordenar que pare.

Como funciona a RCP : O ar atmosférico é uma mistura gasosa que apresenta cerca
de 21% de O2 em sua composição. Em cada movimento respiratório usamos cerca de 04 a
05% de O2, restando 16 a 17% de O2 no ar expirado pelo socorrista, isto não é o ideal, mas
é o suficiente para se manter a vida enquanto o Resgate ou o SAV está a caminho. Se
tivermos em mãos o conhecimento, a autorização para utilizarmos os aparelhos automáticos
como um desfibrilador (AED) ou um aparelho mecânico como um cilindro de O2, que
armazena oxigênio sob pressão, para realizarmos a manobra de respiração artificial, a
vítima terá muito mais chances de sobreviver. Quando às compressões torácicas, elas
produzem uma pressão sobre a bomba cardíaca (coração), fazendo com que o sangue já
oxigenado pela respiração artificial, seja levado através do sistema circulatório para todos os
tecidos e órgãos do corpo. ERROS AO APLICAR A RCP: Hiperextensão do pescoço
inadequada: O ar não entra nos pulmões; não posicionar a mascara adequadamente; Não
dar as insuflações com moderação: Causa distensão gástrica; Não observar se o tórax da
vítima sobe; não selar devidamente a mascara sobre a boca da vítima; flexionar os braços.

Quando não se deve iniciar a RCP: Quando a vítima apresentar Rigor Mortis;
estiver decapitada; apresentar evidência de decomposição; apresentar coloração arroxeada
na parte do corpo próxima ao solo; estiver em local que oferece risco de morte; estiver em
parada cardiorespiratória a mais de 30 minutos, exceto em caso de pré-afogamento.

DIFERENÇAS DA RCP BÁSICA ENTRE ADULTO / CRIANÇA / BEBÊ.

Ações Adulto Criança Bebê

Ciclo 30 x 02 30 x 02 30 x 02 e 15x02

Pulso Carotídeo Carotídeo Braquial

5 a 6 cm 4 a 5 cm de
Compressões 5 a 6 de profundidade
profundidade profundidade

Tempo de Insuflação 01 seg. cada 01 seg. cada 01 seg. cada

Tempo entre as
05 a 06 seg. 03 seg. 03 seg.
Insuflações

Execução da RCP 02 mãos 01ou 02 mãos 02 ou 03 Dedos

Volume Corrente *Volume das


Insuflações Volume Corrente
Bochechas
moderado

OBS: Se o socorrista estiver sozinho, faça o “C”, “A”, “B” antes de ligar para o resgate. Se
estiver acompanhado no local, peça para ligarem para o SAMU assim que você constatar
inconsciência e retornar para dizer o que obteve como resposta do resgate.

Classificação por Idade e Peso: IDADE PESO

Bebê 0 – 01 ano ******

Criança 01 – 08 anos Até 40 Kg.

Adulto 08 anos em diante Acima de 40 Kg.

Obs: Além da idade e do peso, deve se considerar o biofísico da vítima.

3° ATIVIDADE

1) Como identificar uma parada cárdio respiratória (PCR)!


2) Qual o conceito de PCR?
3) Dentro da sequencia de atendimento em SBV que ordem devo seguir em um atendimento?
4) Descreva o significado de cada letra dentro do atendimento!
5) Descreva os elos da cadeia de sobrevivência extra hospitalar da American Heart association?
6) Como seria um atendimento se você não tiver um bloqueio (mascara)?
7) Como seria a sequencia do atendimento em uma PCR caso você tenha o equipamento BVM?
8) Qual a profundidade das compressões em vitima adulta, criança e bebe?
9) Qual a frequência das compressões segundo a American heart de 2015, em adultos, criança e bebe?
10) Em uma pessoa que tem pulso e respira quantas compressões e ventilações devo fazer?

“É melhor ter o conhecimento e nunca precisar dele, que um dia precisar e não o ter”

prof, joubert leite.


CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DNA
CURSO Técnico em
DISCIPLINA Primeiros socorros
PROFESSOR(A) Joubert leite
ALUNO (A)
X A B C D E. DO TRAUMA
“UMA SEQUENCIA QUE PODEM SALVAR VIDAS SE APLICADAS COM EFICIENCIA”

No APH a avaliação mais conhecida e utilizada é baseada no mnemônico X A B C D E


do trauma (avaliação primária). Já no atendimento intra-hospitalar, além do XABCDE feito
para reavaliar o paciente recebido pela equipe, também se utiliza o mnemônico SAMPLE (ou
avaliação secundária). Avaliações complementares como verificação e monitorização de
sinais vitais (temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca e ventilatória), glicemia,
oximetria, dor, exames laboratoriais (ex. hemograma e gasometria) e de imagem (ex. raio-x e
tomografia) não são prioridade no primeiro atendimento, mas fundamentais no decorrer do
acompanhamento do paciente crítico.
Essas letras se bem utilizadas conforme seus significados são as cinco etapas
importantíssimas envolvidas em uma avaliação primária:

“X” – Hemorragias exsanguinantes

“A” proteção de via aérea e estabilização da coluna cervical.


“B” deve se avaliar respiração / boa ventilação.
“C” circulação e controle de qualquer sangramento(hemorragia).
“D” avaliação do estado neurológico.
“E” exposição do corpo para avaliar lesões e controle da hipotermia.
AVALIAÇÃO “XABCDE”
A avaliação primária é uma sequência de atendimento que antecipa situações que
podem levar ao óbito. Muito utilizado para situações de traumas. Assim como um trauma
inicialmente localizado pode ter consequências multissistêmicas, uma urgência clínica pode
ocasionar um trauma.
Em 2018, o “X” foi acrescentado antes do antigo ABCDE para destacar que
hemorragias exsanguinantes devem ser controladas imediatamente prevenindo choque
hemorrágico e complicações. Consecutivamente.

Letra X: investigar e tratar grandes hemorragias.


Se encontrado hemorragias significativas, exsanguinantes o socorrista deverá conter a
mesma imediatamente.
Letra A: VIAS AÉREAS

Checadas para garantir que estejam livres (aberta e limpa) para que não ocorra obstrução.

Causas comuns de obstrução das vias aéreas são: língua, dentes danificados ou
quebrados e dentaduras, vômitos, sangue e outras secreções, etc. Se obstruída, precisa ser
liberada inicialmente por métodos manuais (elevação do mento ou tração da mandíbula no
trauma). Deve-se remover o excesso de sangue, substâncias orgânicas e corpos estranhos.

Vitima que emite sons anormais na respiração frequentemente apresentam


obstrução nas vias aéreas. Por exemplo, os roncos, tipo de som emitido durante a
ventilação da vitima, resultado da queda da língua sobre as vias aéreas obstruindo a
passagem do ar. Isso ocorre frequentemente em vitimas em posição supina. Essa obstrução
pode ser facilmente aliviada por métodos manuais de elevação do mento (clinico) ou tração
da mandíbula no trauma. Sons Gorgolejantes indica acumulo de fluidos (sangue, saliva,
vômito, etc.) nas vias aéras. Precisam ser aspirados para liberar a passagem do ar. Sons
sibilosos (chiado no peito, assovio), indica, corpo estranho ou obstrução da passagem do
1
ar. Devem assumir uma posição de conforto, sempre que possível. Tentativas de remoção
do objeto pode forçá-lo a posicionar-se mais profundamente.

Controle da coluna cervical

O traumatizado com um mecanismo de trauma é suspeito de ser portador de lesão


na medula espinhal, principalmente cervical até que seja descartada. Por tanto ao realizar a
abertura das vias aéreas, a possibilidade de lesão cervical deve ser sempre considerada.

Evite movimento excessivo pois pode agravar os danos da coluna em virtude da


compressão óssea da medula espinhal, se a coluna tiver, lesionada ou mesmo fraturada. A
solução é estabilizar a coluna cervical manualmente mantida em posição neutra durante a
abertura da via aérea e da ventilação assistida, tais procedimentos devem ser feitos
enquanto se protege a coluna de movimentos desnecessários. Uma vez que tenha
imobilizado a cervical, deve-se, então, imobilizar toda a coluna. Logo, todo o copo do doente
deverá estar alinhado e imobilizado em seguida em uma base rígida (prancha longa, porta,
compensado, etc).

Letra B: VENTILAÇÃO e RESPIRAÇÃO

O primeiro passo é administrar, de maneira eficaz, oxigênio aos pulmões, para ajudar
a manter o processo metabólico aeróbico. A hipoxia (baixos nível de oxigênio no sangue)
pode resultar na ventilação inadequada dos pulmões e levar a falta de oxigenação nos
tecidos. Uma vez que a via aérea esteja livre, a qualidade e a quantidade da ventilação
devem ser avaliadas: Verifique se o doente está respirando.

V . O . S

VER – se há expansão torácica.

OUVIR – ruídos anormais.

SENTIR – o ar no rosto.

Se não estiver ventilando (apnéia), Assegure que as vias aéreas estejam livres,
inicie imediatamente a ventilação assistida continue a ventilação assistida. Se estiver
com um dispositivo de bolsa- válvula- ventilando, estime a adequação da frequência
máscara (BVM) com oxigênio suplementar e da profundidade da ventilação para
antes de continuar a avaliação. determinar se esta movimentado ar suficiente
e avalie a oxigenação. Forneça oxigênio
suplementar através de uma máscara facial.
Rapidamente observe a elevação do tórax e,
se estiver consciente, ouça-o para verificar se
é capaz para falar uma frase inteira, sem
dificuldade.
A frequência respiratória pode ser dividida em níveis:

Apnéia, ausência; bradpneia, lenta; eupneia, normal; taquipnéia, rápida;

LETRA C: CIRCULAÇÃO E CONTROLE DE HEMORRAGIA

2
Devemos verificar pulso, retorno capilar, para avaliar como esta a circulação. Pode
ocorrer que a vítima esteja com hemorragia interna ou externa. Deve-se identificar e
controlar a hemorragia. O socorrista pode, então, obter uma estimulação global adequada
do débito cardíaco e do estado de perfusão do doente.

Controle da hemorragia: Tratar de imediato a hemorragia externa na avaliação


primária. O controle da hemorragia é incluído na avaliação da circulação porque, se uma
grande hemorragia não for controlada de imediato, o potencial de morte do doente aumenta.

Tipos de hemorragia externa: Capilar, venosa e Arterial.

Capilar: Causada por escoriações Arterial: Lesão que lacera uma artéria.
que lesionam capilares abaixo da Hemorragia mais importante e, também a
superfície da pele. Geralmente diminuí ou mais difícil de ser controlada. Caracterizada
cessa antes da chegada do socorro. por um sangue vermelho vivo que jorra.
Mesmo uma ferida perfurante pequena pode
Venosa: Camada mais profunda do produzir uma hemorragia que ameaça a vida.
tecido e, normalmente é controlada
mediante uma pressão direta moderada
no local. Em geral, não ameaça vida, a
não ser que a lesão seja grave, ou a
hemorragia não seja controlada.

A importância de controlar uma hemorragia: A hemostasia é prioritária, pois cada


hemácia é importante. O rápido controle da perda sanguínea é um dos objetivos mais
importantes no atendimento de um traumatizado. A avaliação primária não pode prosseguir,
a menos que a hemorragia esteja controlada.

Hemorragia externa: Compressão direta controlará o sangramento maior. O controle


da hemorragia é iniciado durante a avaliação primária e mantido durante o transporte. O
socorrista pode precisar de ajuda para manter a ventilação e controlar a hemorragia.

Pode-se controlar a hemorragia das seguintes maneiras

Compressão direta: é exatamente aplicação de pressão no local do sangramento.


Aplicando compressão manual com uma gaze, pano limpo, ataduras, etc. (curativo).
Obs: Se a hemorragia não tiver controlada, não importa quanto oxigênio ou fluido o
doente receba, a perfusão não melhorará na presença de hemorragia ativa. De fato, o
curativo torna-se encharcado de sangue, significa que o controle de hemorragia não está
eficaz. Portanto o curativo deve ser removido menos o primeiro.
TORNIQUETE: Em geral “último recurso”. A experiência militar, somada ao uso seguro
pelos cirurgiões levou a reconsideração deste método de abordagem. Não se se recomenda
o uso de “elevação” e compressão sobre os “pontos de pressão”, em função da insuficiência
de dados que apoiem a sua eficácia. Os torniquetes, em contrapartida são muito eficazes no
controle de hemorragias graves e devem ser usados caso a compressão direta ou curativo
de pressão não consigam controlar a hemorragia de uma extremidade.

Em caso de suspeita de hemorragia interna, o tórax e o abdome são expostos, para


inspeção e palpação à procura de lesão. A pelve também é palpada, Já que fratura pélvica
são fontes importantes de hemorragias intra-abdominais. Muitas causas de hemorragia
interna são de difícil controle fora do hospital. O tratamento pré-hospitalar consiste em
transporte rápido do doente a um serviço médico equipado e com equipe disponível para
realizar o controle cirúrgico da hemorragia.

Letra D: DISFUNSÃO NEUROLÓGICA


O objetivo consiste em determinar o nível de consciência do doente e inferir o
potencial de hipóxia. Suspeitar sempre que um doente confuso, agressivo, combativo, ou
que não coopera está em hipóxia, até que se prove o contrário. Se a vítima recusa ajuda, o
motivo deve ser questionado. A vítima se sente ameaçado pela presença do socorrista no

3
local? Se sim, o socorrista deve fazer novas tentativas para estabelecer uma relação.
Durante a avaliação o histórico ajuda a determinar se a vítima ficou inconsciente em algum
momento desde a ocorrência da lesão. Se tem substância tóxicas envolvida ou se tem
alguma doença que possa reduzir o nível de consciência ou provocar o comportamento
excessivo.
O rebaixamento do nível de consciência alerta o socorrista para quatro
possibilidades
oxigenação Cerebral diminuída (causada por hipóxia // hipoperfusão). Lesão do
SNC (sistema nervoso central). Intoxicação por drogas ou álcool. Distúrbios metabólicos
diabetes, convulsão, parada cardíaca.

A ESCALA DO COMA DO GLASGOW (ECGI)


Utilizada para indicar o nível de consciência. É um método simples e rápido para
identificar a função central, melhor reposta motora. Também fornecer a função cerebral
basal para avaliações neurológicas seriadas. A ECGI é dividida em: Abertura ocular;
Melhor resposta verbal; Melhor resposta motora (QVM). Cada um dos componentes
deve ser avaliado e documentado individualmente em vez de apenas uma pontuação total.
ABERTURA OCULAR PONTOS
Abertura ocular espontânea 4
Abertura ocular ao comando 3
Abertura ocular ao estímulo doloroso 2
Sem abertura ocular 1

MELHOR RESPOSTA VERBAL


Resposta adequada (orientada) 5
Resposta confusa 4
Resposta inapropriadas 3
Sons incompreensíveis 2
Sem resposta verbal 1

MELHOR RESPOSTA MOTORA


Obedece ao comando 6
Localizar o estímulo doloroso 5
Retirada inespecífica à dor 4
Flexão anormal (decorticação) 3
Responde a estímulos dolorosos 2
Com extensão anormal 1
Sem resposta motora
TOTAL
Letra E: EXPOSIÇÃO? AMBIENTE
Remover as roupas do doente para não esquecendo dos curiosos que
uma melhor avaliação das lessões. gostam de bater fotos e por na internet.
Quando todo corpo do doente tiver sido
expecionado o doente deve ser coberto
(manta térmica ou saco plástico) para
conservar o calor corporal, embora seja
importante expor todo o corpo da vítima
para completar a avaliação correta,
porém deve-ser feito com todo o cuidado
, visto que a hiportemia é um problema,
Tranporte: Caso alguma condição de risco de vida seja identificada durante a
avaliação primária. E o doente deve ser rapidamente imobilizado para o transporte após o
inicio da interferência na cena. O transporte de vítimas traumatizadas graves para o hospital,
mas adequado e mais próximo deve ser iniciado. Transportado em prancha longa e
devidamente contido evitando assim um aumento de lesão.
4° Atividade
1) Qual sequencia é mais utilizada em um atendimento (avaliação) de trauma?
2) Diga qual o significado de cada uma?
3) Cite dois procedimentos de cada uma sequencia?
4) O AVDI é como um resumo da escala de coma de Glasgow, diga o significado de cada uma letra!

4
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DNA
CURSO Técnico em
DISCIPLINA Primeiros socorros
PROFESSOR(A) Joubert leite
ALUNO (A)
QUEIMADURAS
É a lesão causada por ação de calor ou de outras radiações, frio, produtos químicos,
friquição, etc. sobre o organismo. As queimaduras, além de provocarem intensa dor local,
podem causar choque e levar a vítima à óbito, dependendo do estado e da extensão da
área atingida.

Os seguintes agentes podem causar queimaduras:

Líquidos ferventes, contato direto com chama, sólidos superaquecidos ou


incandescentes, vapores quentes, substâncias químicas, radiações infravermelhas e
ultravioletas naturais, emanações radiativas e eletricidade, entre outros.

Classificação: As queimaduras externas podem ser superficiais, quando atingem


apenas camadas da superfície da pele, ou profundas, quando há destruição da pele na
área atingida. Em graus é uma classificação prática, que indica apenas a profundidade da
lesão, queimaduras de todos os graus (1°, 2°, 3° e 4°) podem apresentar-se no mesmo
paciente. Anualmente, mais de dois milhões de vítimas de queimaduras necessitam de
atenção médica. Cerca de 650.000 são tratadas em pronto socorro. Mais de 6.000 pessoas
morrem por causa das queimaduras. Fonte: U.S. Coast Guard

AVALIANDO UMA QUEIMADURA

Obs: Avalie uma queimadura somente após controlar os problemas respiratórios e o


sangramento caso precise.

Extensão da Queimadura: A extensão de uma queimadura é expressa como uma


porcentagem do total da superfície corpórea.

A “Regra dos Nove” é a regra utilizada para se verificar a extensão da queimadura.

OBS.: A regra dos nove é precisa somente para adultos. Em crianças pequenas, a
cabeça vale 18 % e cada membro inferior vale 14 %.

Importante: Obs: O tamanho da mão da vítima é aproximadamente 1% e o tamanho


dessa área pode ser usado para calcular a maioria das queimaduras;

As áreas de maior importância são: O rosto, as mãos, os pés e a genitália.

Queimaduras de vias aéreas são muito sérias se associadas à inalação de fumaça ou


calor. Queimaduras são mais sérias em crianças e idosos com mais de 65 anos.
Queimaduras podem agravar casos de diabetes, doenças cardíacas e pulmonares e outras.
Profundidade da Queimadura:

Primeiro Grau: (Superficiais) Não passam da Epiderme.

Pele vermelha (Hiperemia), inchaço


suave, sensibilidade e dor, não sangra,
geralmente seca. A recuperação ocorre
dentro de uma semana. Em sua maioria de
casos não necessita de atendimento medico,
ou seja, normalmente não chega na
emergência. Ex: Queimadura de Sol, etc.
Segundo Grau: (Mais Profunda) atinge a derme e epiderme.

Formação de bolhas (Flictemas),


inchaço, secreção e dor. (Bolhas intactas
mantém uma cobertura estéril, bolhas
perfuradas resultam em feridas com
secreções) portanto não se retira as bolhas
no APH. Úmida, rosa, hiperemia
(vermelhidão), cura espontânea mais lenta,
com possibilidade de formar cicatriz.
2º grau superficial: Baixa probabilidade de sequelas, regeneração espontânea.

2º grau profunda: Maior destruição celular, sequelas cicatriciais, regeneração lenta.

Terceiro e Quarto Grau: (Muito Profunda) Atinge todos os apêndices da pele, ossos,
músculos, nervos, vasos, pouca ou nenhuma dor, úmida, cor branca, amarela ou marrom,
não cicatriza espontaneamente, necessita de enxerto.

Descoloração (carbonizado branco


ou vermelho cereja), aparência seca e
rachado parecendo couro.

Essas queimaduras afetam as


camadas de pele, as camadas adiposas,
músculos e ossos. Não existe dor porque
os terminais nervosos são destruídos.
“Queimaduras Elétricas”

Correntes elétricas passando pelo corpo podem interromper o ritmo normal do


coração, podendo causar um ataque cardíaco, queimaduras e outros ferimentos. A corrente
elétrica entra pelo ponto de contato (entrada) e passa através do corpo, por áreas de baixa
resistência, a qual são aquecidas e destruídas, saindo pelo outro ponto de contato (saída).
110 volts são suficientes para levar uma pessoa a óbito.

OBS: Os primeiros socorros para


queimaduras elétricas são os mesmo que
os de queimaduras térmicas. O que não
se deve fazer: Não aplicar manteiga,
margarina, pasta de dente, e outros como
ungüento, etc; Não perfurar bolhas e
remover pedaços de tecido sobre as
bolhas; Não remover pedaços de roupas
carbonizadas e grupadas na queimadura.

“Queimaduras Químicas”

Em média 25.0000 produtos químicos são utilizados na indústria, agricultura e casas,


todos podem queimar e causar danos aos tecidos. Somente dentro de casa, hoje temos
mais ou menos 7.000 produtos químicos. As queimaduras químicas podem ser ácidas ou
alcalinas. As substâncias alcalinas ficam ativas por muito mais tempo na pele, pois atingem
áreas mais profundas. Nunca tente neutralizar uma substância química que esteja em
contato com o corpo da vítima, pois as reações químicas da neutralização geram calor.

Obs: Primeiros Socorros para Queimaduras Químicas: Chame o Resgate e:

Substância Química Seca:


Remova-a com escova ou pano seco,
retire as jóias e roupas da vítima no local
atingido. Lave com água abundante por
15 a 20 minutos.

Substância Química Diluída:Lave


imediatamente com água corrente por 15
a 20 minutos, retire joias e roupas da
vítima no local atingido. “RESUMO”

“Queimadura térmica” 1° grau esfriar com água fria de 10 a 30 minutos. Dar água para
vítima beber. Não aplicar unguento, manteiga, pasta de dente, vaselina, etc. 2° grau ASC (área
de superfície corporal) mais de 20% adulto ou 10% na criança ou idoso? Não. Aplicar água fria
de 20 a 40 minutos; cobrir com gaze úmida estéril; remover roupas, jóias e adereços; não
remover material aderido a queimadura. Procure atendimento definitivo caso precise. 3º e 4°
Grau: Avaliar A, B, C, D, E corrigindo os problemas; atente para o choque; remover roupas,
jóias e adereços; Não remover material aderido a queimadura. Cubra a área queimada com
gaze seca estéril; Eleve os membros queimados. Procure atendimento definitivo
imediatamente.

Atender sempre usando o A B C D E. Depois da avaliação resfriar o local da lesão de 10 a


30 minutos, se precisar. Bom estudo. (joubert leite).

5° ATIVIDADE

1) Cite alguns agentes que podem causar queimaduras!


2) Quando e como posso avaliar uma queimadura?
3) A regra dos nove serve para avaliar que parte da queimadura?
4) Quais as áreas de maior de maior importância (gravidade) na queimadura?
5) Como você avalia a profundidade de uma queimadura? Dê característica de cada uma!
6) Queimaduras de segundo grau dividem-se em?
7) Queimaduras elétricas podem trazer que tipo de prejuízo para a vítima?
8) Em geral como devemos avaliar um e atender uma vítima de queimadura?
9) Como devo atender uma vítima de queimadura química com substancia seca diluída?
10) Como atuar na queimadura térmica?

Você também pode gostar