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SUPORTE

BÁSICO DE
VIDA
PROF. SELMA FERNANDA SILVA ARRUDA
SUPORTE BÁSICO DE VIDA - Protocolo (A.H.A)

▪ As ações realizadas durante os minutos iniciais de atendimento a


uma emergência são críticas em relação à sobrevivência da vítima.
▪ O suporte básico de vida (SBV) define essa sequência primária
de ações para salvar vidas.
▪ Por mais adequado e eficiente que seja um suporte avançado, se as
ações de suporte básico não forem realizadas de maneira adequada,
será extremamente baixa a possibilidade de sobrevivência de uma
vítima de PCR.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)

▪ Define-se como parada cardiorrespiratória (PCR) a interrupção


súbita e brusca da circulação sistêmica e ou da respiração.
▪ Iniciar prontamente as manobras de reanimação, antes mesmo da
chegada da equipe de suporte avançado aumenta a chance de sobrevida
e evita sequelas pós-PCR.
American Heart Association
(PCR: Extra –Hospitalar)
PRINCIPAIS CAUSAS DE PCR

▪ Desidratação;
▪ Hemorragias;
▪ Acidentes (traumas);
▪ Doenças cardíacas (90% infarto agudo do miocárdio);
▪ Drogas (Cocaína);
▪ Afogamento;
▪ Obstrução das vias Aéreas e doenças pulmonares;
AVALIAÇÃO DOS SINAIS CLÍNICOS DE UMA RCP

Ausência de movimentos Ausência do pulso


Responsividade respiratórios. carotídeo
(10 segundos) (10 segundos)
SEQUÊNCIA DO SBV DO ADULTO

▪ “CABD primário”:
▪ “C” corresponde a Checar responsividade, Chamar por ajuda,
Checar respiração e o pulso da vítima, Compressões (30
compressões).

▪ Abertura das vias aéreas.

▪ Boa ventilação (2 ventilações).

▪ Desfibrilação.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA - ABC DO SOCORRISTA
▪ Avaliar:
▪ C: circulação:
▪ Pulso Central carotídeo ou femural
oTempo 5 a 10 segundos.

▪ A: vias aéreas:
▪ Permeabilidade, inclinação da cabeça e elevação do mento.

▪ B: boa respiração:
▪ Veja, Ouça e sinta
▪ Apnéia, Gasping
SEQUÊNCIA COMPLETA DE UM ATENDIMENTO A
VITÍMA COLAPSO SÚBITO

▪ Segurança do local (CENA).


▪ Identificar a parada cardiorrespiratória.
▪ Avaliar responsividade, respiração e pulso da vítima.
▪ Solicitar ajuda: assistência do suporte avançado (SAMU) /DEA.
▪ Checar o pulso a cada dois minutos.
▪ RCP precoce com ênfase nas compressões torácicas: iniciar ciclos
de 30 compressões e 02 ventilações.
SEQUÊNCIA COMPLETA DE UM ATENDIMENTO A
VÍTIMA COLAPSO SÚBITO

▪ Segurança do Local:
▪ Certifique se o local é seguro para você e para a vítima, para não se
tornar uma próxima vítima.

▪ Caso o local não seja seguro (por exemplo, um prédio com risco de
desmoronamento, uma via de trânsito), torne o local seguro (por
exemplo, parando ou desviando o trânsito) ou remova a vítima para
um local seguro.

▪ Se o local estiver seguro, prossiga o atendimento.


SEQUÊNCIA COMPLETA DE UM ATENDIMENTO A
VÍTIMA COLAPSO SÚBITO

▪ Avalie a responsividade da vítima:


▪ Avalie a responsividade da vítima chamando-a e tocando-a pelos
ombros.
▪ Se a vítima responder, apresente-se e converse com ela perguntando
se precisa de ajuda.
▪ Se a vítima não responder, chame ajuda imediatamente.
▪ Avalie sua respiração observando se há elevação do tórax em menos
de 10 segundos.
▪ Caso a vítima tenha respiração, fique ao seu lado e aguarde para ver
sua evolução, caso seja necessário, chame ajuda.
▪ Se a vítima não estiver respirando ou estiver somente com “gasping”,
chame ajuda imediatamente.
Solicitar o Serviço de Suporte Avançado
SEQUÊNCIA COMPLETA DE UM ATENDIMENTO A
VÍTMA COLAPSO SÚBITO

▪ Chame ajuda:
▪ Em ambiente extra-hospitalar, ligue para o número local de emergência (por
exemplo, SAMU 192) e, se um DEA estiver disponível no local, vá buscá-lo.
▪ Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar e conseguir um DEA,
enquanto continua o atendimento à vítima.
▪ É importante designar pessoas para que sejam responsáveis em realizar
essas funções.
▪ A pessoa que ligar para o Serviço Médico de Emergência (SME) deve estar
preparada para responder às perguntas como a localização do incidente, as
condições da vítima, o tipo de primeiros socorros que está sendo realizado,
etc.
▪ Nos casos de PCR por hipóxia (afogamento, trauma, overdose de drogas e
para todas as crianças), o socorrista deverá realizar cinco ciclos de RCP e,
depois, chamar ajuda, se estiver sozinho.
SEQUÊNCIA COMPLETA DE UM ATENDIMENTO A
VITÍMA COLAPSO SÚBITO

▪ Cheque a respiração e o pulso :


▪ Cheque a respiração observando se há elevação do tórax e também o pulso
carotídeo da vítima limitando o tempo para não mais de 10 segundos.
▪ Caso a vítima tenha respiração, fique ao seu lado e aguarde para ver sua
evolução.
▪ Caso a vítima apresente pulso e não estiver respirando ou estiver somente
com “gasping”, aplique uma ventilação a cada 5 a 6 segundos, mantendo
uma frequência de 10 a 12 ventilações por minuto, e cheque o pulso a cada
dois minutos.
▪ Se não detectar pulso na vítima ou estiver em dúvida, inicie os ciclos de
compressões e ventilações.
▪ Estudos mostram que tanto profissionais da saúde quanto socorristas leigos
têm dificuldade de detectar o pulso, sendo que os primeiros também podem
levar muito tempo para realizá-lo, por isso, não é enfatizada a checagem de
pulso (pelos leigos).
SEQUÊNCIA COMPLETA DE UM ATENDIMENTO A
VITÍMA COLAPSO SÚBITO

▪ Inicie ciclos de 30 compressões e 2 ventilações:


▪ Inicie ciclos de 30 compressões e 2 ventilações, considerando que
existe um dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de bolso para
aplicar as ventilações).

▪ Compressões torácicas efetivas são essenciais para promover o fluxo


de sangue, devendo ser realizadas em todos pacientes em parada
cardíaca.
COMPRESSÕES TORÁCICA (30)

• Compressões:
30

• Profundidade das compressões:


5 a 6 cm/ 2 a 2,5 polegadas
COMPRESSÕES TORÁCICAS
▪ Posicione-se ao lado da vítima e mantenha seus joelhos com certa distância um do outro para que
tenha melhor estabilidade.
▪ Afaste ou, se uma tesoura estiver disponível, corte a roupa da vítima que está sobre o tórax para
deixá-lo desnudo.
▪ Coloque a região hipotenar de uma mão sobre o esterno da vítima e a outra mão sobre a primeira,
entrelaçando-a.
▪ Estenda os braços e posicione-os cerca de 90º acima da vítima.
▪ Comprima na frequência de, no mínimo, 100 e no máximo 120 compressões/ minuto.
▪ Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 e no máximo 6cm.
▪ Permita o retorno completo do tórax após cada compressão, sem retirar o contato das mãos com
o mesmo.
▪ Minimize interrupções das compressões.
▪ Reveze com outro socorrista, a cada dois minutos, para evitar a fadiga e compressões de má
qualidade.
COMPRESSÕES TORÁCICAS

▪ Recomenda-se a utilização de equipamentos que avaliam a qualidade das


compressões durante a RCP, fornecendo um bom parâmetro para os socorristas.
▪ As manobras de RCP devem ser ininterruptas, exceto se a vítima se movimentar,
durante a fase de análise do desfibrilador, na chegada da equipe de resgate,
posicionamento de via aérea avançada ou exaustão do socorrista.
▪ No caso de uma via aérea avançada instalada, realize compressões torácicas
contínuas e uma ventilação a cada 6 segundos (10 ventilações por minuto).
▪ O termo “duty cycle” refere ao tempo que é gasto comprimindo o tórax, como
proporção do tempo entre o início de uma compressão e o início da próxima
compressão.
▪ O fluxo de sangue coronariano é determinado em parte pelo “duty cycle”. Embora a
média do “duty cycle” esteja entre 20 e 50%, resultando em adequada perfusão
coronariana e cerebral, um “duty cycle” de 50% é recomendado, pois é facilmente
de ser atingido com a prática.
VENTILAÇÃO
RELAÇÃO COMPRESSÃO: VENTILAÇÃO

▪ Adultos:
▪ 30:2 (1 OU 2 socorristas)
▪ Crianças:
▪ 30:2 ( 1 socorrista)
▪ 15:2 (2 ou mais socorristas)
▪ Bebês:
▪ 30:2 ( 1 socorrista)
▪ 15:2 (2 ou mais socorristas)
ABERTURA DE VIAS AÉREAS

▪ Vítima sem suspeita de lesão na cervical:


▪ Manobra de inclinação da cabeça e elevação do mento
(Chin Lift).

▪ Vítima com suspeita de lesão na cervical:


▪ Manobra de elevação do mento no trauma (Chin Lift no
trauma).
▪ Manobra de tração da mandíbula no trauma e suas
variações (Jaw Thrust).
VENTILAÇÕES

▪ Para não retardar o início das compressões torácicas, a abertura das vias aéreas deve ser
realizada somente depois de aplicar trinta compressões.
▪ As ventilações devem ser realizadas em uma proporção de 30 compressões para 2 ventilações,
com apenas um segundo cada, fornecendo a quantidade de ar suficiente para promover a
elevação do tórax.
▪ A hiperventilação é contraindicada, pois pode aumentar a pressão intratorácica e diminuir a pré-
carga, consequentemente diminuindo o débito cardíaco e a sobrevida.
▪ Além disso, aumenta o risco de insuflação gástrica, podendo causar regurgitação e aspiração.
▪ Embora evidências de contaminação com a realização de ventilação boca a boca sejam mínimas,
é indicado que o socorrista utilize mecanismos de barreira para aplicar as ventilações, como o
lenço facial com válvula antirrefluxo, máscara de bolso (“pocket-mask”) ou bolsa-válvula-máscara.
▪ Independentemente da técnica utilizada para aplicar ventilações, será necessária a abertura de
via aérea, que poderá ser realizada com a manobra da inclinação da cabeça e elevação do queixo
e, se houver suspeita de trauma, a manobra de elevação do ângulo da mandíbula.
VENTILAÇÕES

▪ Quando o socorrista não conseguir realizar a manobra de elevação do


ângulo da mandíbula e o mesmo apenas suspeita de trauma cervical,
sem evidência de lesão na cabeça, deve-se utilizar a manobra de
inclinação da cabeça e elevação do queixo, pois apenas 0,12 a 3,7%
das vítimas apresentam lesão espinal, sendo o risco elevado quando
há lesão craniofacial ou Glasgow <8.
VENTILAÇÃO COM BOLSA-VÁLVULA-MÁSCARA
Bolsa – Válvula- Máscara (ambu)
VENTILAÇÃO COM BOLSA-VÁLVULA-MÁSCARA

▪ A ventilação com a bolsa-válvula-máscara deve ser utilizada na presença de dois socorristas,


um responsável pelas compressões; e outro, por aplicar as ventilações com o dispositivo.
▪ Com uma das mãos, faça uma letra “C” com os dedos polegar e indicador e posicione-os
acima da máscara, que se tiver um lado mais estreito deve estar voltado para o nariz da
vítima, e faça pressão contra a face da vítima a fim de vedá-la o melhor possível.
▪ Posicione os outros três dedos na mandíbula para estabilizá-la e abra a via aérea da vítima.
▪ Pressione a bolsa durante 1 segundo para cada ventilação. Essa quantidade é geralmente
suficiente para produzir elevação do tórax e manter oxigenação em pacientes sem
respiração.
▪ Se disponível oxigênio complementar, conecte-o na bolsa-válvulamáscara assim que
possível, de modo que ofereça maior porcentagem de oxigênio para a vítima.
VENTILAÇÃO COM VIAS AÉREAS AVANÇADA

▪ Quando uma via aérea avançada (por exemplo, intubação


endotraqueal, máscara laríngea) estiver instalada, o primeiro
socorrista irá administrar compressões torácicas contínuas, e o
segundo socorrista irá aplicar uma ventilação a cada 6 segundos,
ou seja, 10 ventilações por minuto, em vítimas de qualquer idade.
▪ Não se devem pausar as compressões para aplicar as ventilações,
no caso de via aérea avançada instalada.
VENTILAÇÃO EM VÍTIMA COM APENAS
PARADA RESPIRATÓRIA

▪ Em vítima que não respira ou respira de forma anormal (somente


gasping), porém apresente pulso, encontra-se, portanto, em
parada respiratória.
▪ Nesses casos, realize uma ventilação a cada 5 a 6 segundos
(aproximadamente 10 a 12 ventilações por minuto) para vítimas
adultas.
▪ Para crianças e lactentes, aplique uma ventilação a cada 3 a 5
segundos (aproximadamente 12 a 20 ventilações por minuto).
ELOS DA CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
American Heart Association
- Desfibrilador Externo Automático
DESFIBRILAÇÃO

▪ Desfibrilação precoce é o tratamento de escolha para vítimas em FV de curta


duração, como vítimas que apresentaram colapso súbito em ambiente extra-
hospitalar, sendo este o principal ritmo de parada cardíaca nesses locais.
▪ Nos primeiros 3 a 5 minutos de uma PCR em FV, o coração se encontra em ritmo de
FV grosseira, estando o coração altamente propício ao choque. Após 5 minutos de
PCR, diminui a amplitude de FV por causa da depleção do substrato energético
miocárdico.
▪ Portanto o tempo ideal para a aplicação do primeiro choque compreende os
primeiros 3 a 5 minutos da PCR. A desfibrilação precoce é o único tratamento para
parada cardiorrespiratória em FV/taquicardia ventricular sem pulso, pode ser
realizada com um equipamento manual (somente manuseado pelo médico) ou com
o DEA, que poderá ser utilizado por qualquer pessoa, assim que possível.
▪ O DEA é um equipamento portátil, capaz de interpretar o ritmo cardíaco, selecionar
o nível de energia e carregar automaticamente, cabendo ao operador apenas
pressionar o botão de choque, quando indicado.
DESFIBRILAÇÃO

▪ Quando o DEA disser “analisando o ritmo cardíaco, não toque no paciente”, solicite
que todos se afastem e observe se há alguém tocando na vítima, inclusive se
houver outro socorrista aplicando RCP.
▪ Se o choque for indicado, o DEA dirá “choque recomendado, afaste-se do paciente”. O
socorrista que estiver manuseando o DEA deve solicitar que todos se afastem, observar
se realmente não há ninguém (nem ele mesmo) tocando a vítima e, então, pressionar o
botão indicado pelo aparelho para aplicar o choque.
▪ A RCP deve ser iniciada pelas compressões torácicas, imediatamente após o choque. A
cada dois minutos, o DEA analisará o ritmo novamente e poderá indicar outro choque, se
necessário. Se não indicar choque, cheque o pulso, caso esteja ausente reinicie a RCP
imediatamente. Caso tenha pulso avalie a respiração e trate como parada respiratória.
▪ Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho não deve ser desligado e as pás
não devem ser removidas ou desconectadas até que o SME assuma o caso.
▪ Se não houver suspeita de trauma e a vítima já apresentar respiração normal e pulso, o
socorrista poderá colocá-la em posição de recuperação, porém deverá permanecer no
local até que o SME chegue.
DESFIBRILAÇÃO

▪ Quanto ao posicionamento das pás do DEA, quatro posições são


possíveis, sendo que todas elas têm a mesma eficácia no
tratamento de arritmias atriais e ventriculares: anterolateral,
anteroposterior, anterior-esquerdo infraescapular, anterior-direita
infraescapular.
▪ Existem algumas situações especiais para a utilização do DEA:
▪ Portador de marca-passo (MP) ou cardioversor-desfibrilador
implantável: se estiver na região onde é indicado o local para
aplicação das pás, afaste-as, pelo menos, 8cm ou opte por outro
posicionamento das pás (anteroposterior, por exemplo), pois, estando
muito próximas, pode prejudicar a análise do ritmo pelo DEA.
DESFIBRILAÇÃO
▪ Excesso de pelos no tórax: remova o excesso de pelos, somente da região onde serão posicionadas as
pás, com uma lâmina que geralmente está no Kit DEA; outra alternativa é depilar a região com um
esparadrapo ou com as primeiras pás e, depois, aplicar um segundo jogo de pás.
▪ Tórax molhado: seque por completo o tórax da vítima; se a mesma estiver sobre uma poça d’água não
há problema, porém se essa poça d’água também envolver o socorrista, remova a vítima para outro
local, o mais rápido possível.
▪ Adesivos de medicamentos/hormonais: remova o adesivo se estiver no local onde será aplicada as
pás do DEA.
▪ Crianças de 1 a 8 anos: utilize o DEA com pás pediátricas e/ou atenuador de carga. Se o kit DEA
possuir somente pás de adulto, está autorizada a utilização das mesmas, porém se o tórax for estreito
pode ser necessária a aplicação de uma pá anteriormente (sobre o esterno) e outra posteriormente
(entre as escápulas), para que as pás não se sobreponham. As pás infantis não devem ser utilizadas
para adultos, pois o choque aplicado será insuficiente.
▪ Lactentes (0 a 1 ano): um desfibrilador manual é preferível, porém se não estiver disponível, utilize o
DEA com pás pediátricas e/ou atenuador de carga. Se este também não estiver disponível, utilize as
pás de adulto, uma posicionada anteriormente (sobre o esterno) e a outra posteriormente (entre as
escápulas); o prejuízo para o miocárdio é mínimo e há bons benefícios neurológicos.
DESFIBRILAÇÃO

▪ Assim que o DEA estiver disponível, se o mesmo estiver sozinho, deverá


parar a RCP para conectar o aparelho, porém, se houver mais do que um
socorrista, enquanto o primeiro realiza RCP; o outro manuseia o DEA e,
nesse caso, só será interrompida quando o DEA emitir uma frase como
“analisando o ritmo cardíaco, não toque o paciente” e/ou “choque
recomendado, carregando, afaste-se da vítima”.
▪ Os passos para a utilização do DEA são descritos a seguir:
▪ Ligue o aparelho apertando o botão ON - OFF (alguns aparelhos ligam
automaticamente ao abrir a tampa).
▪ Conecte as pás (eletrodos) no tórax da vítima, observando o desenho contido
nas próprias pás, mostrando o posicionamento correto das mesmas.
▪ Encaixe o conector das pás (eletrodos) ao aparelho. Em alguns aparelhos, o
conector do cabo das pás já está conectado.
ATENÇÃO

▪ Nos casos de PCR por assistolia ou atividade elétrica sem pulso


(AESP), não há indicação de desfibrilação.
▪ Nessas situações, outros tratamentos (medicações, marca-passos)
devem ser utilizados, de acordo com a causa de PCR.
RESUMO DOS COMPONENTES DE UMA RCPDE
QUALIDADE

▪ Segurança do local
▪ Verificar responsividade
▪ Acionar SME
▪ Avaliar respiração e checar o pulso simultaneamente
▪ Compressões torácicas/ventilações
▪ Iniciar 30:2
▪ Frequencia de 100 a 120/min
▪ Profundidade de 5 cm e não deve exceder 6 cm no adulto.
O QUE DEVE FAZER EM RCP

▪ Realizar compressões torácicas em uma frequência de 100 a


120/min.
▪ Comprimir a uma profundidade de pelo menos 2 polegadas (5cm).
▪ Permitir o retorno do tórax após cada compressão;
▪ Minimizar as interrupções nas compressões.
▪ Verificar adequadamente (2 respirações após 30 compressões,
cada respiração administrada em 1 segundo, provocando
elevação do tórax).
O QUE NÃO DEVE FAZER EM RCP

▪ Comprimir a uma frequência inferior de 100/min e superior a


120/min.
▪ Comprimir a uma profundidade inferior a 2 polegadas (5 cm) ou
superior a 2,4 polegadas (6 cm).
▪ Apoiar sobre o tórax entre as compressões;
▪ Interromper as compressões por mais de 10 segundos.
▪ Aplicar ventilações excessivas.
REANIMAÇÃO CÁRDIO PULMONAR
VAMOS PRATICAR!!!
SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM PEDIATRIA

RCP
PEDIATRICO
SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA PEDIATRIA

▪ Visa à realização precoce de


manobras de Reanimação
Cardiopulmonar (RCP), o que é
essencial para garantir a sobrevida
das crianças que sofreram uma
parada cardiorrespiratória.
▪ As técnicas de reanimação em
bebês e crianças são um pouco
diferentes das técnicas do adulto.
▪ Sendo assim, é importante ter em
mente os principais pontos da RCP
em Pediatria:
SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM PEDIATRIA

CONDUTA INICIAL PROTOCOLO A.H.A.


▪ Reconhecer
▪ Observar o local do ocorrido.
▪ Solicitar ajuda
▪ Avaliar a possibilidade de
ajudar/ pedir ajuda. ▪ RCP
▪ Perguntar o que levou a situação. ▪ DEA
▪ Avaliar a responsividade.
RCP EM BEBÊS
IDENTIFICANDO RCP EM RECEM NASCIDO

AVALIAÇÃO DA MOVIMENTOS PULSO BRAQUIAL


CONSCIENCIA TORÁCICO
MANOBRA DE HEIMLICH
RCP- MANOBRA DAS COMPRESSÕES

▪ COMPRESSÕES / VENTILAÇÕES
▪ COMPRESSÕES: 1- Socorrista- 30/2
Crianças – Mãos 2- Socorristas 15/2
Lactantes- Dedos
DEA- Investigar ritmo cardíaco
- Súbito – Cardíaco.
Manobra RCP em Lactantes

30 02
COMPRESSÕES VENTILAÇÕES
MANOBRA DE HEIMLICH EM ADULTOS

▪ Posicionar-se atrás da vítima


ainda consciente;
▪ Coloque uma das mãos sobre a
região do Hipogástrio, com a
outra mão, comprima a primeira
mão, ao mesmo tempo em que
empurra a região dentro e para
cima;
▪ Continue o movimento até que a
pessoa elimine o objeto que está
causando obstrução.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

▪ O reconhecimento da PCR tanto por profissionais da saúde quanto


por leigos é de extrema importância e qualquer retardo, por parte
do socorrista, atrasa o acionamento do SME e o início das
compressões, diminuindo a chance da vítima sobreviver.
▪ É importante ressaltar que, a cada um minuto que uma vítima de
PCR não recebe RCP, ela perde de 7 a 10% de chance de
sobreviver.
▪ O uso do DEA, assim que disponível, permite maior sucesso no
atendimento, pois a maioria das vítimas que têm parada cardíaca
em ambiente extra-hospitalar se encontram em FV.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

▪ A participação da população leiga no atendimento à PCR configura


fundamental importância, uma vez que grande parte delas ocorre
em ambiente extra-hospitalar, como residências.
▪ O Brasil, mesmo nas escolas médicas, encontra deficiência em
relação ao aprendizado de atendimento à PCR, sendo
extremamente importante que se dê maior ênfase nesse assunto e
haja também expansão do SME com o suporte para todo o
território nacional e orientações aos profissionais de saúde.
▪ Além disso, a implementação do acesso rápido ao DEA deve ser
instituída por todo o país, com treinamento da população na
utilização do equipamento e preparo no atendimento à
emergência, assim como orientações para o início precoce da RCP.
Lema da Enfermagem:

Salvar vidas!!!

Obrigada!!!!
REFERÊNCIAS

▪ AMERICAN HEART ASSOCIATION / FUNDAÇÃO INTERAMERICANA DO CORAÇÃO. Manual de


atendimento cardiovascular de emergências para provedores de saúde. Impresso. Rio de Janeiro:
Adventis, 2015.
▪ OLIVEIRA, BFM et al. Trauma: atendimento pré-hospitalar, 1a ed. São Paulo: Atheneu, 2001.
▪ UFSC/ NAT/ABRAET/ CORPO DE BOMBEIROS. Curso de recertificação em atendimento pré-
hospitalar. 2a. Ed. Florianópolis:UFSC, 2000.

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