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➢ Ataques epilépticos;
➢ Convulsões.
Só o fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não possui
um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a
ocorrência de omissão de socorro.
É importante saber também que a vítima pode se recusar a receber o atendimento,
portanto nestes casos o socorrista deve respeitar a vontade da vítima.Quando o paciente
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é adulto, esse direito existe quando ele estiver consciente e com clareza de pensamento.
Essa situação pode ocorrer por vários motivos, tais como crenças religiosas ou até
mesmo falta de confiança no socorrista que for realizar o atendimento. Nestes casos, a
vítima não pode ser forçada a receber os primeiros socorros, devendo assim certificar-se
de que o socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima, enquanto
tenta ganhar a sua confiança por meio do diálogo.
Caso a vítima não possa falar em decorrência do acidente, como um trauma na
boca, por exemplo, mas consegue demonstrar por meio de sinais que não aceita o
atendimento, fazendo uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do socorrista, é
importante proceder da seguinte forma:
➢ Nunca discuta com a vítima;
➢ Nunca questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em
crenças religiosas;
➢ Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus
direitos;
➢ Tente conversar com a vítima, informando a ela que você sabe realizar o
atendimento em primeiros socorros, que irá respeitar o direito dela de recusar o
atendimento, mas que você é treinado e pode prestar uma assistência de qualidade,
enquanto o atendimento médico especializado não chega;
➢ É importante que testemunhas provem que o atendimento foi recusado por
parte da vítima, portanto você pode reunir os dados destas testemunhas.
Quando a vítima for uma criança, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai,
pela mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da
chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deverá, se possível, arrolar
testemunhas que comprovem o fato.
O consentimento da vítima para que se possa realizar o atendimento de primeiros
socorros pode ser formal, quando esta fala ou sinaliza que concorda com o atendimento
e após o socorrista ter se identificado e informado à vítima de que possui treinamento
específico em primeiros socorros.
Pode ser tambémimplícitoquando esta vítima estiver inconsciente, confusa ou
ferida gravemente, a ponto de não poder falar ou sinalizar consentindo com o
atendimento.
A legislação nesses casos conclui que a vítima daria o consentimento, caso tivesse
condições de expressar o seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros.
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SINAIS VITAIS
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais do nosso organismo e podem
orientar o diagnóstico inicial e acompanhar a evolução do quadro clínico de uma vítima.
São considerados também como os sinais emitidos pelo nosso corpo de que suas
funções vitais estão normais e que qualquer alteração indica uma anormalidade.
Os sinais vitais são:
➢ Pulso;
➢ Respiração;
➢ Pressão arterial;
➢ Temperatura.
PULSO
É a ondulação exercida pela expansão das artérias seguida por uma contração do
coração. Nada mais é que a pressão exercida pelo sangue contra a parede arterial em cada
batimento cardíaco.
O pulso pode ser percebido sempre que uma artéria é comprimida contra um osso.
Os locais mais comuns para obtenção do pulso são nas artérias carótida, radial, femoral e
braquial.
Pode ainda ser verificado por meio da ausculta cardíaca com o auxílio de um
estetoscópio e denominamos pulso apical. Na verificação do pulso deve-se observar a sua
frequência, ritmo e volume.
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ÍNDICES NORMAIS
DE PULSO
Homem 60 a 70 bpm
Mulher 65 a 85 bpm
RESPIRAÇÃO
PRESSÃO ARTERIAL
É a força exercida pelo sangue contra a parede interna das artérias quando este é
impulsionado pela contração cardíaca. Pode variar de acordo com a idade do paciente,
devido ao aumento da atividade física, situações que levam ao estresse e ao medo e por
alterações cardíacas.
A pressão arterial é influenciada pela força dos batimentos cardíacos e pelo
volume circulante. A contração cardíaca é denominada sístole e o relaxamento do coração
é denominado diástole. A pressão sistólica é a pressão máxima do coração, enquanto a
pressão diastólica é a pressão mínima do coração.
<http://nickmartins.com.br/atualidades/wp-content/uploads/2011/01/perigo-
pressao- baixa.jpg
São empregados termos específicos para definir alterações nos valores anormais
da pressão arterial, são eles:
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6 anos 95 x 62 mmHg
TEMPERATURA
São empregados termos específicos para definir alterações nos valores anormais
da temperatura, são eles:
✓ Afebril: temperatura corporal normal.
✓ Hipotermia: temperatura corporal abaixo do normal.
✓ Hipertermia: temperatura corporal acima do normal.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
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unidades de suporte básico, que são tripuladas por socorristas treinados em atendimento
pré-hospitalar e por unidades de suporte avançado, com a presença domédico.
A emergência ocorre quando há uma situação crítica ou algo iminente, com a
ocorrência de perigo, ou seja, um incidente ou imprevisto. Considerando a área médica,
é uma situação que exige uma intervenção médica imediatamente.
A urgência é quando existe uma situação que não pode ser adiada, mas que deve
ser resolvida rapidamente, pois se houver uma demora, haverá para a vítima um risco de
morte. Na medicina, estas situações necessitam de um tratamento médico com um caráter
menor que a emergência, ou seja, menos imediatista.
➢ Reanimação cardiorrespiratória;
➢ Oxigenoterapia;
➢ Contenção de hemorragias;
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➢ Imobilizações;
➢ Intubação orotraqueal;
➢ Punção venosa com reposição de volume e medicação;
➢ Transporte de pacientes.
O SOCORRISTA
O socorrista é uma pessoa que foi treinada para prestar o primeiro atendimento e
auxiliar os profissionais do atendimento pré-hospitalar, no local da emergência.
http://www.fiocruz.br/ccs/media/cpqam_samu2.jpg
AVALIAÇÃO DA CENA
http://rmtonline.globo.com/banco_imagens_novo/noticias/%7B0485B56F-
CCBB-4212- 8698-25859A854E69%7D_acidente_Chapada_carro_600.jpg
<http://www.servesisma.com.br/resg.JPG
CINEMÁTICA DO TRAUMA
A equipe de resgate que atende uma vítima politraumatizada deve ter dois tipos
de lesões em mente quando se deparar com a ocorrência. O primeiro tipo de lesão é aquele
identificado facilmente no exame físico, permitindo tratamento precoce, como por
exemplo, uma hemorragia externa, uma fratura exposta. O segundo tipo de lesão é aquele
identificado como potencial, ou seja, não identificado facilmente no exame físico, mas
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Por exemplo, as informações coletadas pela equipe de resgate a respeito dos danos
externos e internos de um veículo constituem-se em pistas para as lesões sofridas pelos
seus ocupantes. Com esta análise, a identificação das lesões de difícil diagnóstico ou
aquelas ocultas são facilitadas, permitindo tratamento mais precoce reduzindo-se a
morbimortalidade das vítimas.
Algumas observações são muito comuns, são fáceis de ser identificadas, tais
como:
➢ Deformidades do volante de direção: Sugere um trauma torácico.
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http://a5.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-
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http://4.bp.blogspot.com/_FO02u2K5S5Q/SjAK-
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8C2fVI/AAAAAAAAAHE/ei7_Vf6jENE/s1600/painel+II.001.jpg
http://fikolars.pbworks.com/f/colisao_cinto.jpg
➢ Elétrica;
➢ Química.
http://pitstopbrasil.files.wordpress.com/2009/09/bel-air_malibu_7_640x408.jpg
CAVITAÇÃO
http://0.tqn.com/f/p/440/graphics/images/en/15818.jpg
http://www.chuckhawks.com/energy_transfer_12ga.jpg
TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA
Densidade
diferentes.
Área de superfície
Quando há transferência de energia, tanto para um tecido muito denso quanto para
um tecido pouco denso, a área de superfície de impacto é determinante para o tamanho
da lesão, contudo, não existirá influência direta na gravidade da lesão.
Por exemplo, um ferimento proveniente de uma lâmina em que sua área de contato
com a pele não é muito grande. No entanto, a trajetória da lâmina pode lesionar grandes
vasos, ocasionando ferimentos com risco de morte.
O conhecimento da ocorrência da transferência de energia e de suas variáveis pela
equipe de resgate tem grande importância prática. Isto pode ser confirmado quando se
compara duas equipes que atendem um motorista que se chocou violentamente contra o
volante.
A que conhece cinemática do trauma, mesmo não reconhecendo lesões externas,
saberá que ocorreu uma cavitação temporária e uma grande desaceleração suspeitando de
lesões de órgãos intratorácicos. Com isso, a conduta será mais agressiva, minimizando a
morbimortalidade dos pacientes.
Já a equipe que não possui estes conhecimentos, não suspeitará de lesões de órgãos
intratorácicos, retardando o diagnóstico e conduta das mesmas, influenciando diretamente
na sobrevida dos pacientes.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
O exame primário tem por objetivo identificar e manejar situações que ameaçam
a vida desta vítima. Ele é realizado sem movimentar a vítima da sua posição inicial, com
exceção dos casos em que haja necessidade de intervir em alguns passos, como por
exemplo, na desobstrução das vias aéreas.
Para avaliar o nível de consciência devemos chamar a vítima ou dando-lhe um
comando vigoroso, em voz alta, tocando-a pelos ombros com cuidado, dizer: "ei, você
está bem?", "o que aconteceu?" ou "abra seus olhos!".
Se a vítima responder, emitindo som, gemido, pronunciando palavras ou
obedecendo ao comando, significa que as vias aéreas estão livres, a respiração e
circulação estão presentes.
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<http://2.bp.blogspot.com/_Ug0eQeQQUS0/Sp2YTQW1TaI/AAAAAAAAAGo
/QvhKlAahETQ/s320/500T.jpg>.
CIRCULAÇÃO
<http://www.coracaosaudavel.com/images/abcressu05.jpg>
A verificação do pulso não deve ultrapassar mais do que cinco ou dez segundos
pela possibilidade dele ser lento, pela sua irregularidade ou por sua amplitude reduzida.
Se existe pulso, porém a respiração é ausente, após as duas ventilações iniciais,
elas devem ser continuadas na frequência de uma ventilação a cada cinco segundos.
Se caracterizada a parada cardíaca, deve-se imediatamente chamar por uxílio de
"socorro especializado" sem abandono da vítima e prontamente iniciar a compressão
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torácica externa.
O paciente deve estar em decúbito dorsal horizontal, apoiado numa superfície
rígida como o solo, uma tábua ou uma bandeja de servir de tamanho apropriado,
interposta entre o doente e o leito.
LOCAL CORRETO PARA REALIZAÇÃO DA MASSAGEM CARDÍACA
http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/prisocorros.htm
http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/prisocorros.htm
✓ Posicione seu corpo diretamente sobre suas mãos. Os ombros devem ficar
“olhando” para as mãos;
✓ Inicie as compressões;
✓ Pelo menos trinta compressões para cada duas ventilações;
✓ Realize o ciclo de compressões e ventilações por pelo menos cinco ciclos
ininterruptos ou até que o resgate especializado chegue ao local do atendimento.
MASSAGEM CARDÍACA
http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/prisocorros.htm
Os principais sintomas apresentados pela vítima com obstrução das vias aéreas
são:
✓ Tosse;
✓ Respiração ruidosa;
✓ Movimentos respiratórios alterados;
✓ Cianose (extremidades roxas).
Para realizarmos o controle das vias aéreas podemos realizar as seguintes técnicas:
✓ Manobra tríplice ou elevação da mandíbula.
ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA
http://www.sbp.com.br/img/cursos/curso_suporte/fig02-05.gif
TRAÇÃO DA MANDÍBULA
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http://www.concursoefisioterapia.com/2010/02/manobra-de-tracao-de-
mandibula-jaw.html
MzoBY5JIc/S1djluYhWBI/AAAAAAAAAsk/lI3bPhqETck/s400/canula+guedel.JPG
MANOBRA DE HEIMLICH
Vítima em pé:
✓ Ficar atrás da vítima;
MANOBRA DE HEIMLICH
http://www.lxjovem.pt/index.php?id_tema=473
✓ Puxar ambas as mãos em sua direção, com um rápido empurrão para cima
e para dentro, comprimindo a parte superior do abdômen com a base do pulmão,
expulsando o ar e movimentando o objeto causador da obstrução;
✓ Realizar cinco vezes a manobra com uma compressão firme e vigorosa,
suficiente para movimentar o objeto e desobstruir as vias aéreas;
✓ Caso a vítima fique inconsciente, a manobra deverá ser interrompida e
deve-se iniciar a reanimação cardiorrespiratória.
COMPRESSÃO ABDOMINAL
http://csaudeesp.blogspot.com/
A desobstrução de vias aéreas em crianças menores que um ano deve ser realizada
da seguinte forma:
✓ Deitar a criança de bruços sobre o braço;
✓ Apoiá-la na palma da mão, de cabeça para baixo;
✓ Bater nas costas com as mãos em concha;
✓ Verificar se o objeto foi expulso.
RESPIRAÇÃO
necessidade.
O socorrista deve priorizar a qualidade da massagem cardíaca, ou seja, realizar o
ciclo com trinta compressões e abrir a via aérea e aplicar duas ventilações.
A respiração boca a boca só deve ser realizada nas seguintes situações:
✓ Em situações de afogamento;
✓ Traumatismos;
✓ Em crianças e bebês.
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
➢ A: Alerta;
➢ V: Responde a estímulos verbais;
➢ D: Responde a estímulos dolorosos;
➢ S: Sem resposta.
Se ela não se comunicar, veja se reage ao estímulo verbal e se não houver resposta,
veja se a vítima reage ao um estímulo tátil oudoloroso.Caso esteja inconsciente, abra os
olhos dela e verifique aspupilas.O estado das pupilas pode significar:
➢ Normais: normalmente não há lesões neurológicas aparentes e oxigenação
está presente.
➢ Pupilas diferentes: uma normal e a outra dilatada significa presença de
lesão neurológica. O socorrista deve intensificar a avaliação, pois pode haver parada
cardiorrespiratória.
➢ Se as duas pupilas estiverem dilatadas: significa parada
cardiorrespiratória há mais de um minuto. Também pode haver lesão neurológica.
O escore máximo permitido pela escala é quinze pontos e o mínimo de três pontos.
Se o paciente apresentar uma pontuação de oito pontos ou menos, a intubação orotraqueal
está indicada.
Pontuação total: de 3 a 15
13-15 = Leve.
EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA
Sendo assim, para que um diagnóstico diferencial mais preciso seja realizado, é
preconizado que dentre o C-A-B-D-E dos primeiros socorros, o “E” refere-se à exposição
da vítima.
Quando estabilizadas respiração e circulação, iniciamos a exposição da vítima
para verificar se existem outros ferimentos, complicações e situações a serem resolvidas.
Lembre-se que tal procedimento deverá ser realizado com cautela e precaução a
fim de evitar maiores dolos na vítima já fragilizada. Todo movimento realizado,
principalmente se em pós-trauma, deverá atender normas de manipulação assegurando a
assistência prestada.
A busca por outras e/ou maiores lesões pode no momento da primeira assistência
salvar a vida da vítima.
Em primeiros socorros, chamamos de “a hora de ouro” a primeira hora de
atendimento, portanto, se o socorrista fizer o seu melhor, a probabilidade desta vítima ter
sua vida prolongada é grande.
http://4.bp.blogspot.com/-
u1Xw93nGPj8/TdfrQRgx9oI/AAAAAAAAAJU/CMpOSNXQQxk/s400/capacete5.gif.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
É o exame realizado após o exame primário, ou seja, após o C-A-B-D-E e tem por
finalidade examinar todo o corpo por meio da palpação e inspeção. Esta avaliação é
composta pela avaliação objetiva, ou seja, o exame físico da cabeça aos pés, controle dos
sinais vitais e avaliação subjetiva caracterizada pela entrevista. É realizada somente após
o término da avaliação primária ou das manobras de ressuscitação cardiopulmonar,
quando instituídas e obtido sucesso.
Tem por objetivo a detecção de lesões que embora graves não impliquem risco
iminente de morte. Ao iniciá-la em vítimas com história de trauma, é necessária a
manutenção da estabilização da coluna cervical por meio manual ou com dispositivos
durante todo o procedimento.
Para iniciar essa avaliação, o socorrista deverá expor a vítima somente o
necessário, respeitando sua intimidade e protegendo-a contra os efeitos da hipotermia.
As informações levantadas no exame da cabeça aos pés, associadas ao mecanismo
do trauma auxiliam o socorrista na detecção ou suspeita de situações graves como, por
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exemplo, uma hemorragia interna. Deve-se olhar para a vítima, buscando sinais ou lesões
aparentes.
A vítima poderá assumir uma posição que demonstre que ela está com dor,
segurando ou apontando para determinado membro ou região do corpo ou ainda
permanecendo sentada com o objetivo de melhorar a respiração.
A entrevista é feita simultaneamente, levantando informações obtidas junto ao
próprio paciente ou às testemunhas que se encontram no local. Com essas informações
podem-se obter detalhes da história ou do mecanismo de trauma, queixas e sintomas que
o paciente relata.
Em vítimas conscientes, o socorrista deve identificar-se explicando os
procedimentos que irá realizar com a vítima. Após esse primeiro contato, o socorrista
deve perguntar o nome da vítima, tratando-a sempre pelo seu nome. Segue a avaliação
perguntando idade, endereço, data e com isso avaliando se as respostas estão corretas,
demonstrando que a vítima apresenta um nível de consciência e oxigenação cerebral
adequada.
Entretanto, a vítima poderá estar confusa sendo necessária uma abordagem mais
detalhada indicando ao socorrista possíveis lesões e situações graves. A entrevista com a
vítima deve ser rápida e direcionada, devendo-se questionar a vítima quanto à:
➢ Presença de dor;
➢ Sensação de formigamento;
➢ Calor ou perda da sensibilidade em alguma parte do corpo;
➢ Doença;
➢ Uso de medicamentos;
➢ Alergias a remédios ou a algum tipo de alimento;
➢ Quando foi a última refeição;
➢ Uso de substâncias como álcool ou drogas ilícitas.
CABEÇA
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op14RPUo/TTQz1T0XW2I/AAAAAAAAB_c/sYtxHs2Tg9s/s1600/9-A.JPG>.
PESCOÇO
OLHOS
ORELHA E NARIZ
BOCA
TÓRAX
ABDÔMEN
DORSO
PELVE
Busca-se por alterações que, com frequência, estão relacionadas com fraturas da
pelve como hematomas, deformidade articular no quadril, sangramento pelo ânus, vagina
ou uretra.
O exame é feito palpando-se levemente as cristas ilíacas, enquanto se investiga a
ocorrência de crepitação óssea, dor ao procedimento ou instabilidade da cintura pélvica.
A crista ilíaca faz parte do osso do quadril denominado ílio e é a extremidade
superior expandida e pode ser palpada em toda sua extensão, bilateralmente. A ocorrência
de incontinência urinária ou fecal e priapismo, em homens, são sinais sugestivosde lesão
na medula espinhal, decorrente de fratura ou deslocamento da coluna vertebral. O
priapismo é caracterizado por ereção peniana prolongada, sem estimulação sexual,
frequentemente, causada por lesão medular.
MEMBROS INFERIORES
➢ Deformidades;
➢ Espículas ósseas.
MEMBROS SUPERIORES
➢ Enchimento capilar;
➢ Presença de pulso radial bilateralmente, atentando-se à simetria e
amplitude do pulso.
Nas causas primárias, a parada cardíaca ocorre devido a uma disfunção do próprio
coração, que pode causar uma arritmia cardíaca, sendo a mais comum a fibrilação
ventricular, resultando em uma isquemia miocárdica.
As arritmias cardíacas e a isquemia miocárdica são as principais causas primárias
relacionadas com a parada cardíaca em adultos que não sofreram traumatismos.
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A partir desse momento, o suporte básico de vida deve ser iniciado com o objetivo
de restabelecer as funções vitais da vítima até a chegada do suporte avançado de vida.
Devido à importância destas medidas, a cada cinco anos, são publicadas diretrizes
mundiais de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) baseadas em estudos científicos e de
reconhecida evidência e relevância para as boas práticas do SBV.
No ano de 2010, no mês de outubro, foram publicadas as novas resoluções para
atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR), que é uma condição súbita e inesperada
de deficiência da oxigenação corporal.
A principal ênfase das novas diretrizes está no diagnóstico rápido e adequado da
situação, ou seja, o reconhecimento da inconsciência e da qualidade da respiração.
É importante ressaltar que a respiração agônica ou gasping pode ser observada
com grande frequência nos minutos iniciais da parada cardiorrespiratória e nesses casos
a vítima apresenta um ritmo e a expansão respiratória inadequados.
O serviço médico especializado deve ser comunicado urgentemente, enquanto se
avalia a vítima buscando a identificação da parada cardiorrespiratória. Relembrando que
em adultos as principais causas de parada cardiorrespiratória são cardíacas.
Nas paradas cardíacas primárias, o fluxo arterial fica estagnado e a saturação de
oxigênio começa a se reduzir, portanto a ressuscitação cardiopulmonar e cerebral iniciada
precocemente mantém o fluxo de oxigênio adequado para os órgãos vitais.
Portanto, o diagnóstico deve ser rápido e, em caso de dúvida no reconhecimento
da respiração, devem-se iniciar rapidamente as manobras de reanimação.
Com a finalidade de tornar o início das manobras de reanimação mais veloz, a
pulsação em grandes artérias deve ser procurada apenas por profissionais da saúde e não
deve demorar mais que dez segundos.
As compressões torácicas externas devem ser iniciadas imediatamente, ou seja,
nas novas diretrizes da American Heart Association (AHA), a sequência do suporte básico
de vida foi invertida do A – B - C para C – A– B.
A compressão torácica de alta qualidade deve ser realizada no meio do tórax da
vítima em decúbito dorsal horizontal sobre superfície rígida e plana. Deve-se comprimir
o tórax cerca de cinco centímetros, com a região hipotenar da mão dominante, permitindo
o retorno do mesmo entre as compressões e evitar as interrupções.
A outra mão do socorrista deve estar posicionada sobre a primeira com os dedos
entrelaçados ou estendidos, de maneira a evitar a aplicação de força sobre as costelas. A
frequência das compressões deve ser de cem vezes por minuto, no mínimo, mas não deve
ultrapassar 120 compressões por minuto.
Se o socorrista não for treinado ou houver situação que impossibilite a realização
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da ventilação artificial, deve ser realizada a compressão torácica sem interrupções até a
chegada do socorro especializado, fadiga do socorrista ou retorno da consciência da
vítima.
Caso seja realizada a ventilação artificial, esta deve ser feita na proporção de trinta
compressões para duas ventilações, de forma assincrônica à compressão e gerando
elevação visível do tórax.
É importante lembrar que antes de iniciar o atendimento, deve-se verificar se o
ambiente não oferece risco ao socorrista e/ou à vítima. O uso de equipamento de proteção
individual (EPI) também é importante, pois a emergência não justifica a sua não
utilização.
Na possibilidade de ocorrência de desfibrilação elétrica, esta deve ser feita
precocemente, até o terceiro minuto de fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia
ventricular sem pulso (TVSP).
Após o choque, a CTE deve ser reiniciada o mais breve possível. Assistolia e
atividade elétrica sem pulso (AESP) não são ritmos chocáveis, mas devem receber RCP.
Após a desfibrilação e a retomada do ritmo cardíaco normal, deve-se manter a compressão
torácica até que a contração mecânica do coração seja útil e eficiente.
As manobras do suporte básico de vida são fundamentais para sistematizar a ação
durante um atendimento de emergência, facilitando o raciocínio e a tomada de decisão.
O suporte avançado de vida são manobras médicas invasivas, como por exemplo,
procedimentos cirúrgicos, administração de medicamentos, punção venosa, dentre outros
realizados na vítima com o objetivo de estabilizar clinicamente este paciente. Pode ser
realizada tanto no atendimento pré-hospitalar quanto no atendimento hospitalar.
O suporte avançado de vida consiste na ressuscitação com uso de equipamentos
adicionais ao usado no suporte básico de vida. Para aplicação dessas técnicas, é necessária
a presença de médicos, enfermeiros ou profissionais treinados, pois são procedimentos
específicos.
São procedimentos realizados no suporte avançado de vida:
➢ Obtenção das vias aéreas;
➢ Ventilação;
➢ Obtenção de um acesso venoso periférico ou central;
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➢ Administração de medicamentos;
➢ Cuidados pós-ressuscitação;
➢ Intubação orotraqueal;
➢ Cricotireoidotomia;
➢ Alinhamento de fraturas;
➢ Redução de luxações;
➢ Drenagem torácica.
tórax. Tem o propósito de ser utilizado por pessoas leigas, com recomendação que o
socorrista tenha realizado o curso e treinamento específico de suporte básico em parada
cardíaca.
Suas descargas devem ser divididas conforme a idade da vítima são elas:
➢ Adultos: 200 J (bifásico) e 360 J (monofásico) em adultos;
➢ Crianças, acima de oito anos: 100 J(redutor). Não há consenso na utilização
de crianças com menos de 30 kg.
http://www.solostocks.pt/img/desfibrilhador-externo-automatico-331821z0.jpg
FRATURAS
A fratura é definida como uma lesão ou quebra de um osso, causada por uma
pancada, queda ou pela aplicação de força. Pode ainda ser definida como a quebra da
continuidade do osso e ocorre quando o osso é submetido a estresse maior do que ele
pode suportar.
As fraturas podem ser causadas por:
➢ Uma pancada direta;
➢ Um impacto violento;
➢ Um movimento de rotação repentina;
➢ Contração muscular extrema.
Apesar de o osso ser afetado, outras estruturas adjacentes também são atingidas,
resultando em um edema de tecidos moles, hemorragia no músculo e articulações,
luxações articulares, ruptura de tendões, nervos rompidos e vasos sanguíneos danificados.
Os órgãos corporais podem ser lesados pela força que causa a fratura ou pelos
fragmentos da fratura, e por esse motivo, imediatamente após um trauma, a pessoa pode
ficar em estado de confusão, não ter consciência da fratura e tentar caminhar com perna
fraturada.
Por esse motivo quando se suspeita de fratura, é importante imobilizar a parte do
corpo afetada imediatamente antes do paciente ser movimentado. O movimento de
fragmentos de fratura causara dor adicional, danos de tecidos moles e sangramentos. As
fraturas são mais comuns nos membros, podendo ser únicas ou múltiplas.
As fraturas são divididas em dois tipos:
➢ Fechadas: que apesar do choque, deixam a pele intacta.
➢ Expostas ou abertas: quando o osso fere a pele, ficando exposto.
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FRATURA EXPOSTA
http://www.tvcanal13.com.br/fotos/idosa%20atropelada.jpg
FRATURA FECHADA
http://2.bp.blogspot.com/_ePcEtAaRqy8/Sj1nZ7KPhUI/AAAAAAAAAm0/-
KxPdCl40TE/s400/maior_0903085744fracture-types-2%5B1%5D.JPG
ENTORSE
É a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos, ou seja, estrutura que
sustenta as articulações. Os cuidados são semelhantes aos abordados nas fraturas.
http://www.clinicadeckers.com.br/imagens/orientacoes/34_ent_tornozelo.jpg
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LUXAÇÃO
http://www.clifisio.com/editor/userfiles/image/4012591424_b2d5ca0d32.jpg
CONTUSÃO
É uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo. Pode
apresentar sinais semelhantes aos da fratura fechada. Se o local estiver arroxeado, é sinal
de que houve hemorragia sob a pele, ou seja, um hematoma.
AMPUTAÇÕES
O trauma está entre as causas mais comuns de amputação dos membros inferiores
e superiores. A preocupação inicial do socorrista deverá ser sempre com a vida da vítima,
e depois com as suas necessidades cirúrgicas.
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http://www.eutrabalhoseguro.com
por acidentes de trânsito, de trabalho ou, em número menor, em razão de outra etiologia.
Dentre os citados, os acidentes de trabalho tendem a culminar em amputações dos
membros superiores (dedos, mão e braço).
QUEIMADURAS
Como maior órgão do corpo humano, a pele é composta por três camadas; são
elas:
• Epiderme;
• Derme;
• Tecido subcutâneo.
Quanto à profundidade, a primeira avaliação será visual. Esta será apenas uma
estimativa, já que a extensão e a profundidade real da lesão podem não ser aparentes por
vários dias.
http://primeirossocorros12b.blogs.sapo.pt/1681.html
http://www.gmvarginha.com.br/primeiros_sorrro/queimadura/queimaduras.htm
ASFIXIA
✓ Afogamento;
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✓ Agitação;
✓ Palidez;
✓ Dilatação das pupilas;
✓ Respiração ruidosa;
✓ Tosse;
✓ Inconsciência com parada respiratória;
✓ Cianose da face e extremidades.
http://www.saudeeforca.com/wp-content/uploads/2010/09/asfixia_thumb.gif
Coloque-se por trás e junte suas mãos entre a cintura e fim das costelas do
engasgado. Aplique pressão rápida e seguidamente.
✓ Não tente virar a pessoa de cabeça para baixo para forçar a
saída do objeto (uma bala engolida por uma criança, por exemplo). Isso
pode piorar o engasgo, especialmente se ocorrer vômito.
ENGASGO EM LACTENTES
http://www.hospitalgeral.com.br/1_com/pri_socorros/img/asfix2.jpg
HEMORRAGIA
CLASSIFICAÇÃODAS HEMORRAGIAS
Hemorragias Externas
HEMORRAGIAS EXTERNAS
http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/hemo.gif
Hemorragias Internas
78
Perdas acima de 30% (maiores que 1.500) levam ao choque descompensado com
hipotensão. Os sinais e sintomas são:
➢ Alterações das funções mentais;
➢ Agitação;
➢ Confusão ou inconsciência;
79
➢ Sede intensa;
➢ Pele fria;
➢ Palidez cutânea;
➢ Suor frio;
➢ Taquicardia;
➢ Pulso radial ausente;
➢ Taquipneia importante;
➢ Enchimento capilar lento.
chegada ao hospital.
ABORDAGEM E CONDUTA
81
http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/jpgs/12_1.jpg
CHOQUE
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
CHOQUE CARDIOGÊNICO
CHOQUE ANAFILÁTICO
CHOQUE NEUROGÊNICO
84
CHOQUE SÉPTICO
na circulação.
O choque séptico é caracterizado inicialmente por débito cardíaco reduzido,
devido à hipovolemia e ao baixo retorno venoso que existe na maior parte dos casos.
Diversos fatores contribuem para a diminuição do volume intravascular:
➢ Desidratação produzida por febre, taquipneia, redução da ingestão de
líquidos e eventualmente vômitos, diarreia, poliúria, sangramentos e sequestração em
cavidades;
➢ Aumento da permeabilidade vascular e transudação para o espaço
extravascular;
➢ Aumento da capacitância venosa por venodilatação;
➢ Síntese proteica redirecionada para a produção de diversas proteínas da
fase inflamatória aguda em detrimento da síntese de albumina, com redução da pressão
coloidosmótica intravascular.
TRATAMENTO DO CHOQUE
INSOLAÇÃO
86
A maior parte dos relatos dessas emergências diz respeito a uma produção
prolongada de calor corporal interno. O calor externo, que o paciente está exposto, não
precisa ser maior que a temperatura ambiental normal. Com a transpiração contínua, água
e sais minerais são perdidos pelo corpo, ocasionando cãibras musculares dolorosas ou
cãibras produzidas pelo calor.
Os sinais e sintomas são: severas cãibras musculares, esgotamento, vertigem,
fraqueza e perda da consciência, pulso fraco e respiração rápida e superficial, sudorese
intensa.
INSOLAÇÃO
http://www.grupoescolar.com/a/b/4B6FA.jpg
INTERMAÇÃO
Condutas:
➢ Realizar a avaliação primária;
➢ Conduzir o paciente para um local fresco e colocá-lo em posição
confortável;
➢ Resfrie o paciente de qualquer maneira, retire suas roupas em excesso,
molhe-o. A temperatura do corpo deve ser abaixada rapidamente ou o paciente corre risco
de morrer;
➢ Bolsas de gelo, se possível, devem ser colocadas nas axilas, punhos,
tornozelos, virilhas e pescoço do paciente ou imergir o paciente em água fria;
➢ Monitorar os sinais vitais;
➢ Providenciar oxigênio;
➢ Transporte para um hospital.
CONVULSÕES
descontrolada que envia impulsos intermitentes para o organismo. Pode-se manifestar por
movimentos repetidos, hipertonia, taquicardia e inconsciência.
Em algumas, a pessoa mantém-se consciente. Aquelas em que a pessoa, mesmo
com os olhos abertos não responde a estímulos dolorosos e fica se debatendo são as mais
graves.
A crise pode durar minutos e ceder espontaneamente. Caso se prolongue por mais
de trinta minutos, ou se repita neste período sem que a pessoa recupere a consciência entre
uma crise e outra, recebe o nome de status epilépticus.
O status epilépticus é uma emergência médica. O prolongamento das crises leva
a uma atividade cerebral intensa, sem que o fluxo sanguíneo atenda às suas necessidades.
Assim, sem a chegada de oxigênio e glicose suficientes, ocorre sofrimento cerebral,
podendo resultar em graves sequelas neurológicas ou em morte.
A principal causa de convulsão é a epilepsia, porém existem tipos de epilepsia que
não estão associados a convulsões e existem convulsões por outras condições diferentes
da epilepsia. A crise convulsiva tipo grande pode ser precedida dos casos que duram
alguns segundos e envolvem sensações como alucinações visuais ou gustativas.
Geralmente as convulsões são de curta duração, cessando espontaneamente sem
necessidades de medicação.
característica.
Há certa polêmica quanto à sua classificação como doença. Independente disto, o
termo “epilepsia” refere-se a um grupo maior compreendendo tanto os quadros
idiopáticos, sintomáticos, criptogênicos, primários ou secundários.
O quadro clínico, aliado ao eletroencefalograma, determina a melhor terapêutica
a ser empregada. Daí a importância da caracterização e classificação das crises
epilépticas.
Considera-se como epiléptico o indivíduo que passa por dois episódios de crises
não provocadas com intervalo de tempo de pelo menos 24 horas. Esta definição determina
que mesmo um surto de várias crises consecutivas dentro de 24 horas ou um estado de
mal epiléptico não caracterizam uma epilepsia, pois podem ser decorrentes de fatores
causais externos e não de epilepsia propriamente dita. É importante conseguir uma
descrição pormenorizada do evento, com testemunhas.
Deve pesquisar ativamente sinais podrômicos, o momento do início da perda de
contato, presença de movimentos automáticos, abalos, torções da face ou dos olhos,
tempo de duração do fenômeno, liberação esfincteriana e eventuais traumatismos e
ferimentos decorrentes.
As crises podem ser parciais ou generalizadas. As crises parciais caracterizam-se
por descargas epilépticas que acometem um lobo ou um hemisfério.
Se o paciente preserva a plenitude cognitiva são chamadas de crises parciais
simples. Se a crise parcial atinge o complexo amígdalo-hipocampal, o paciente apresenta
perda da plenitude cognitiva. Nesta situação teremos uma crise parcial complexa, que
pode ser acompanhada de movimentos automáticos ou não.
As crises generalizadas caracterizam-se por alterações eletroencefalográficas de
início simétrico e síncrono em ambos os hemisférios cerebrais. Quando estas crises
apresentam manifestação motora, elas acometem os dois lados do corpo.
ABORDAGEM E CONDUTA
➢ Avaliar a cena;
➢ Procurar sinais de consumo de drogas ou envenenamentos;
➢ Uso de equipamentos de proteção individual;
➢ Realizar a avaliação primária;
➢ Verificar o nível de consciência da vítima e se a mesma ainda apresenta
90
convulsões;
➢ Solicitar auxílio;
➢ Tranquilizar pacientes lúcidos;
➢ Não tentar introduzir objetos na boca do paciente durante a convulsão;
➢ Não tentar conter a vítima;
➢ Proteger a cabeça do paciente colocando um apoio;
➢ Afastar do paciente de objetos perigosos;
➢ Aguarde a crise seguir sua evolução natural;
➢ Em caso de convulsão em criança febril, resfriá-la com toalhas molhadas
com água em temperatura ambiente;
➢ Abrir a via aérea com manobras manuais após a cessação das convulsões;
➢ Assistir a ventilação, caso esta não retorne após a convulsão;
➢ Preparar para a ocorrência de novo episódio convulsivo, se a vítima não
recupera a consciência nos primeiros dez minutos;
➢ Caso a vítima apresente vários episódios de crises convulsivas sem
recuperar a consciência, o profissional de emergência estará diante de um estado de
grande mal epiléptico, devendo providenciar transporte imediato para um centro de saúde
de referência. Esta é uma emergência médica.
FATORES DE RISCO
que o paciente possa ter sofrido algum traumatismo (em caso de queda);
➢ Abrir as vias aéreas é prioridade caso o paciente esteja inconsciente ou
sonolento;
➢ Iniciar a ventilação pulmonar, caso necessário. A respiração inadequada
piora ainda mais as condições cerebrais e pode aumentar a área de necrose;
➢ Administrar oxigênio sob máscara em todos os casos e manter a oximetria
monitorizada acima de 92%;
➢ Prevenir a broncoaspiração, colocando o paciente em decúbito lateral, caso
ocorram vômitos;
➢ Caso o paciente apresente sinais de choque, iniciar o tratamento;
➢ As alterações dos sinais vitais são comuns após o acidente vascular
encefálico, particularmente a pressão arterial;
➢ Exame secundário com avaliação neurológica: escala de coma de Glasgow
e escala de Cincinatti;
➢ Transportar para um centro de saúde de referência.
ANGINA DE PEITO
Um fato importante é que a dor pode estender-se e irradiar para o braço esquerdo,
com caráter de dor ou formigamento, ou para o lado esquerdo do pescoço ou até para a
mandíbula.
A angina é causada pela obstrução parcial das coronárias por uma placa de
gordura, que limita a capacidade do coração de aumentar a chegada de sangue oxigenado
em resposta a um aumento de consumo de oxigênio.
Pode ser desencadeada por um aumento das necessidades de oxigênio do coração,
ou que não pode ser atendida pelas coronárias obstruídas devido a exercícios físicos,
febre, emoções fortes e traumatismos.
Nos casos em que a dor dura até cinco minutos e pode ser aliviada pelo repouso
ou por medicamentos específicos, ela pode ser considerada menos grave. Se a dor não
desaparecer em menos de cinco minutos ou se não for aliviada completamente por
medicação, o paciente deverá ser levado o mais precocemente possível para avaliação
médica. Deve ser evitado qualquer tipo de esforço físico por parte da vítima, inclusive
andar até em carro.
Quando a dor for prolongada, podemos ter duas situações: ou o paciente tem uma
angina grave, chamada de angina instável, ou um infarto agudo do miocárdio. Ambas são
consideradas emergências; e o paciente deve ser transportado imediatamente para o
hospital.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ABORDAGEM E CONDUTA
96
INTOXICAÇÕES
substâncias que devem ser avaliadas qualitativa e quantitativamente, para melhor eficácia
da assistência ao paciente vítima de intoxicação por elas.
De acordo com a epidemiologia das intoxicações no Brasil, por tipo de agente, os
medicamentos lideram as estatísticas (ácido acetilsalicílico, barbitúricos, antidepressivos
cíclicos, neurolépticos, benzodiazepínicos, digoxina, lítio, codeína), seguidos pelos
produtos de limpeza de uso doméstico (saneantes); desengordurantes (destilados do
petróleo: querosene, gasolina, tíner) e cáusticos (soda cáustica).
Os produtos químicos industriais, como por exemplo, sulfeto de hidrogênio, CO,
tolueno, xileno são citados mais frequentemente em medicina ocupacional. Em quarto
lugar encontramos os praguicidas (raticidas, principalmente), seguidos pelos agrotóxicos
de uso doméstico (inseticidas do grupo dos clorados, fosforados, carbamatos e, com
menor toxidade, os piretos) e em sexto lugar aparecem as drogas como cocaína, maconha,
opioides, isto é, drogasde abuso.
AFOGAMENTOS
Afogamento é todo acidente por submersão em que a vítima morre dentro das
primeiras 24 horas. Quase afogamento é todo acidente por submersão em que a vítima
sobrevive no mínimo por 24 horas, independentemente do resultado final.
O afogamento é uma causa comum de morte acidental em crianças e adultos
jovens. A prevenção é o principal instrumento para redução nos casos de afogamento, por
intermédio da educação da população e do aumento do número de guarda-vidas nas
praias.
Os tipos de afogamentos são:
101
Do ponto de vista prático o quadro dos pacientes que se afogam em água doce ou
salgada é idêntico, devido à pequena quantidade de fluido que normalmente é aspirada.
É necessário que o profissional de emergência informe ao médico se o
atendimento ocorreu em água poluída ou contaminada por produtos químicos e qual era
a temperatura da água, pela possibilidade de a hipotermia coexistir com o afogamento.
A maioria dos afogamentos segue um padrão comum, após um período de pânico,
a vítima tenta se manter em apneia enquanto luta para emergir. É frequente a deglutição
de água que causa distensão do estômago e vômitos.
Com a queda da oxigenação, ocorrem respirações involuntárias durante a
submersão e aspirações de quantidade variáveis de água.A passagem de líquido pela
laringe causa, nas fases iniciais, um intenso laringoespasmo (oclusão da glote devido à
contração dos músculos laríngeos) que previne a aspiração de maiores quantidades de
água.
CLASSIFICAÇÕES DO AFOGADO
Obs.: É importante lembrar que esta classificação não tem caráter evolutivo.
ABORDAGEM E CONDUTA
lateral de segurança.
➢ Não colocar a vítima com a cabeça mais baixa que o corpo.
➢ Aquecer os pacientes, secando-os e cobrindo-os com cobertores.
➢ Prevenir a aspiração pulmonar em vítimas com respiração espontânea,
colocando o paciente em decúbito lateral esquerdo (posição lateral de segurança).
➢ Todas as vítimas de submersão, mesmo as que só necessitaram de mínima
reanimação, devem ser submetidas à avaliação médica, pois, às vezes, a lesão pulmonar
ocorre horas após o episódio de submersão.
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO
FRATURAS DE CRÂNIO
FRATURAS DE CRÂNIO
http://3.bp.blogspot.com/_jttoLB3SPIM/SU6iAm-
otkI/AAAAAAAAABo/6s3FUvXe- s0/s400/Imag007.jpg
105
LESÕES CEREBRAIS
LESÕES CEREBRAIS
http://hon.nucleusinc.com/imagescooked/28392W.jpg
➢ Avaliar a cena;
➢ Realizar a sequência CAB;
➢ Realizar miniexame neurológico (escala de coma de Glasgow);
➢ Avaliar pupilas (tamanho, simetria, responsividade à luz);
107
DESMAIO
108
➢ Se você acha que vai desmaiar, procure deitar-se com as pernas mais
109
CHOQUE ELÉTRICO
110
O choque elétrico pode ser definido como a passagem de uma corrente elétrica
através do corpo, utilizando-o como um condutor. Esta passagem de corrente pode causar
um susto, porém também pode causar queimaduras, fibrilação cardíaca ou até mesmo a
morte.
Por esse motivo deve-se ter muito cuidado na manipulação com tomadas, fios
desencapados e até mesmo a rede elétrica de distribuição de energia, pois são muito
perigosos e com alto poder para eletrocutar uma pessoa.
Costuma-se associar a lesão que o choque pode causar com o nível de tensão,
porém o correto é que depende da intensidade da corrente elétrica que atravessa o corpo
da pessoa durante o choque e do caminho da corrente elétrica pelo corpo.
Certamente que quanto maior for a tensão, maior é a probabilidade de ocorrer um
dano físico à pessoa, tendo em vista que pela lei de Ohm o aumento da corrente é
diretamente proporcional ao da tensão e inversamente proporcional ao da resistência
elétrica
As lesões provocadas pelo choque elétrico podem ser de quatro naturezas, são
elas:
➢ Eletrocussão;
➢ Choque elétrico;
➢ Queimaduras;
➢ Quedas provocadas pelo choque.
ELETROCUSSÃO
O choque elétrico é causado por uma corrente elétrica que passa através do corpo
111
humano ou de um animal qualquer. O pior choque é aquele que se origina quando uma
corrente elétrica entra pela mão da pessoa e sai pela outra.
Nesse caso, atravessando o tórax, ela tem grande chance de afetar o coração e a
respiração. Se fizerem parte do circuito elétrico o dedo polegar e o dedo indicador de uma
mão, ou uma mão e um pé, o risco é menor.
O valor mínimo de corrente que uma pessoa pode perceber é 1mA. Com uma
corrente de 10 mA, a pessoa perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir as mãos
para se livrar do contato. O valor mortal está compreendido entre 10 mA e 3 A.
QUEIMADURAS
QUEDA DE ALTURA
PRIMEIROS SOCORROS
➢ Afastar o fio ou condutor elétrico com um material não condutor bem seco,
pedaço de pau, cabo de vassoura, pano grosso;
➢ Puxar a vítima pelo pé ou pela mão, sem lhe a tocar a pele, usando material
não condutor;
➢ É importante não pisar no chão molhado, se não estiver com botas de
borracha.
Ao atender uma vítima de choque elétrico é necessário cuidar para não ficar na
mesma situação, portanto deve-se desligar a energia elétrica antes, ou usar alguma forma
de isolamento elétrico, como por exemplo, botas de borracha.
Estando a vítima fora de uma área eletrificada, observa-se se existe algum objeto
obstruindo a passagem do ar pela boca ou nariz, como próteses dentárias ou alimentos,
que devem imediatamente ser retirados.
As queimaduras elétricas geralmente são mais graves do que aparentam, mesmo
aquelas em que o paciente procura ajuda especializada pessoalmente.O corpo, no choque
elétrico, serve como condutor da energia e ao mesmo tempo de resistência elétrica,
causando os danos ao organismo.
Quando internado, é recomendável a passagem de uma sonda vesical para
monitorar a urina, ao mesmo tempo em que ela é estimulada pela hidratação venosa
agressiva com soro fisiológico para proteger o rim, mantendo uma diurese de pelo menos
100 ml por hora.
113
FERIMENTOS NO TÓRAX
FRATURA DE COSTELA
As fraturas mais comuns são as laterais entre a terceira e oitava costelas. Elas são
longas, finas e pouco protegidas. Fraturas simples isoladas quase nunca trazem risco de
morte.
FRATURA DE COSTELA
http://www.clinicadeckers.com.br/imagens/orientacoes/14_costela_lesionada.jpg
TÓRAX INSTÁVEL
CONTUSÃO PULMONAR
CONTUSÃO PULMONAR
http://2.bp.blogspot.com/_VMFYTb5Xd00/S-
bQtliz4ZI/AAAAAAAAAC0/mV0TKoBIUFg/s1600/trauma+perfurocortante+t%C3%
B3rax+3.jpg
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
http://2.bp.blogspot.com/_3TLnErjyzOc/Sh84GwPdZpI/AAAAAAAAAKI/4Bd
uH-cM3U/s400/pneumotorax.jpg
PNEUMOTÓRAX ABERTO
CONTUSÃO CARDÍACA
CONTUSÃO CARDÍACA
http://www.medicinageriatrica.com.br/wp-
content/uploads/2007/05/traumacard.JPG
TRATAMENTO E CONDUTA
➢ Avaliação da cena;
➢ Realizar a sequência CAB;
➢ Conter hemorragias;
➢ Contato com o serviço de resgate;
➢ Transporte imediato para centro de saúde de referência.
FERIMENTOS NO ABDÔMEN
TRAUMATISMOS FECHADOS
TRAUMATISMOS FECHADOS
http://www.famema.br/gallery2/main.php?g2_view=core.DownloadItem&g2_ite
mId=102&g2_serialNumber=2
TRAUMATISMOS PENETRANTES
fogo. São mais evidentes e a trajetória do projétil ou lâmina pode ser imaginada,
determinando o local de lesões em órgãos. A mortalidade é bem mais elevada em
ferimentos por arma de fogo, pois as lesões aos órgãos abdominais são bem mais
frequentes.
TRAUMATISMOS PENETRANTES
http://2.bp.blogspot.com/_wj8si01CvYk/Sogkkir9hhI/AAAAAAAAAOE/-
v9h91icly4/s400/DSC00665.JPG
PRIMEIROS SOCORROS
➢ Avaliar a cena;
➢ Realizar a sequência CAB;
➢ Administração de oxigênio;
➢ Imobilização rápida;
➢ Acesso venoso e infuso de soro (somente com supervisão e/ou orientação
médica);
➢ Transporte imediato para o centro de saúde de referência.
mortalidade dessas vítimas. Por isso, qualquer medida que retarde a chegada da vítima
até esse
recurso deve ser bem justificada. O tempo de chegada ao centro de saúde de
referência é crucial.
ENVENENAMENTO OFÍDICO
Micrurus (Corais)
Conhecidas vulgarmente como Corais. São encontradas nas regiões Centro-Oeste,
Sul e Nordeste. A ação do veneno das Corais no organismo é muito rápida, de grande
potência e mortal, se não for cuidado a tempo. Por isso, os sintomas e sinais aparecem em
questão de minutos. São eles:
➢ Dificuldade em abrir os olhos;
➢ “Cara de bêbado”;
➢ Falta de ar;
➢ Dificuldade em engolir;
➢ “Formigamento” e “adormecimento”;
➢ Insuficiência respiratória aguda.
121
CORAL
http://www.zoopets.com.br/serpentes/Advertencia_Micrurus%20decoratus_1_Ot
avio%20Marques.jpg
Crotalus (Cascavéis)
➢ Escurecimento da urina.
122
CASCAVEL
http://s190.photobucket.com/albums/z257/americanwildlife/Reptile/Crotalus_en
yo.jpg>.
Bothops (Jararacas)
JARARACA
http://3.bp.blogspot.com/_r8CAcPTrVU8/Sd_0deOoM4I/AAAAAAAABk4/pU
RnF- e6sgY/s1600/c_jararaca1.jpg
Lachesis (Surucucus)
SURUCUCU
124
http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/gif_animal/cobras.gif/surucucu1.jp
g
Conduta
➢ Realize o exame primário;
➢ Procure identificar o animal agressor, porém não perca tempo em fazer isto,
se o capturar, leve-o morto para o hospital;
➢ Avalie os sinais vitais;
➢ Limpe o local da picada com água;
➢ Administre oxigênio;
➢ Mantenha o paciente deitado;
➢ Em caso de acidente com Botrópico (Jararaca), e se a vítima estiver com
edemas no membro, eleve o membro para aliviar o edema;
➢ É importante que se faça um círculo em volta do local da picada com uma
caneta, a fim de marcar o local da inoculação do veneno;
➢ Trate o choque, caso necessário;
➢ Transporte para um centro de saúde de referência.
ARANHAS
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/aranha_loxosceles_gaucho1.jpg
Reconhecimento
➢ Edema.
ESCORPIÃO
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/imagens/escorp.jpg>.
Ferimentos oculares são mais comuns do que podemos imaginar. Muitos podem
até ser de pouca importância, mas se não forem tratados de forma rápida e adequada
podem levar a complicações que ameaçam a visão.
127
Pode haver lesões sérias, e até mesmo com o cuidado de médicos oftalmologistas,
a visão pode ser perdida.
http://4.bp.blogspot.com/_1xcCviN1G4Q/S5w-LR-
E2bI/AAAAAAAAADw/JeUwwK0KIUo/s320/faca+no+olho.jpg>.
A proteção dos olhos é uma necessidade urgente, e imperativa, não apenas pelo
desejo de bem-estar dos indivíduos, mas também por razões de ordens socioeconômicas,
128
CAIXA DE PRIMEIROS
SOCORROShttp://www.carajas.com/wiki/images/a/a2/Embox.jpg>.
CORPOS ESTRANHOS
Corpos estranhos são pequenas partículas de vidro, madeira, poeira, carvão, areia
ou limalha, grãos diversos, sementes, insetos que podem penetrar nos olhos, nariz e
ouvidos de uma pessoa.
Crianças pequenas podem, acidentalmente, introduzir objetos nas cavidades do
corpo, em especial no nariz, boca e ouvidos. Estes objetos são, na maioria das vezes,
peças de brinquedos, sementes, moedas, bolinhas de papel e grampos. Se houver asfixia,
a vítima apresentará pele azulada e respiração difícil ou ausente.
131
CORPO
ESTRANHO NO NARIZ
http://static.hsw.com.br/gif/human-blockhead-2.jpg
procure um médico. Se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar, é sinal
de que o objeto está obstruindo as vias respiratórias, o que significa que há asfixia.
REFERÊNCIAS
http://www.ineves.com.br