Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
br
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007
Bem-vindo(a) ao curso
Emergencista Pré-hospitalar
Créditos
Conteudistas
Luiz Cláudio Barbosa Castro - Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal. Especialista em Atendimento Pré-Hospitalar e Gerência de Saúde, e
possui vasta experiência em emergência médica.
Apresentação
O trauma e as emergências clínicas são
responsáveis anualmente por várias mortes e
seqüelas irreparáveis aos acidentados. O custo
das internações é muito alto para o Estado ou
para a família dos pacientes.
Bom curso!
Atendimento pré-hospitalar
É considerado como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência, o atendimento
que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde
(de natureza clínica, cirúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa levar
ao sofrimento, a seqüelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe
atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente
hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde. Podemos chamá-lo de
atendimento pré-hospitalar móvel primário quando o pedido de socorro for oriundo
de um cidadão ou de atendimento pré-hospitalar móvel secundário quando a
solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente já tenha recebido o
primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado,
mas necessite ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a
continuidade do tratamento.
Primeiros socorros
São os procedimentos prestados, inicialmente, àqueles que sofreram acidente ou
doença, com a finalidade de evitar o agravamento do estado da vítima, até a chegada
de ajuda especializada.
Emergencista
É a pessoa tecnicamente capacitada para, com segurança, avaliar e identificar
problemas que comprometam a vida. Cabe ao emergencista prestar o adequado
socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já existentes.
Omissão de socorro
Segundo o Artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em “Deixar de
prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada
ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente
perigo; não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”.
Diz ainda aquele artigo, “A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão
corporal de natureza grave, e é triplicada, se resulta de morte”.
Vale ressaltar que, o fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a
pessoa não possui treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já
descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.
Ocorrência
Evento causado pelo homem, de forma intencional ou acidental, por fenômenos
naturais, ou patologias, que podem colocar em risco a integridade de pessoas ou bens
e requer ação imediata de suporte básico de vida, a fim de proporcionar melhor
É essencial ao Emergencista ter discernimento quanto aos limites do que pode ser
comunicado ao paciente. Avisar que a criança do paciente está morta ou um ente
querido está seriamente ferido não ajudará em nada. Quando a assistência de
emergência é prestada, o Emergencista deve ter maior sensibilidade sobre o que dizer
ao paciente. Nessas situações, como uma tentativa de acalmar o paciente, o
Emergencista pode avisar que outras pessoas estão cuidando de seus entes queridos.
É importante lembrar que um paciente vivendo o stress da doença ou de um trauma
pode não tolerar uma pressão adicional.
Atuar como Emergencista exige que você controle os seus próprios sentimentos no
local da emergência. Você aprenderá a envolver-se com a assistência aos pacientes
enquanto, ao mesmo tempo, controla as suas próprias reações emocionais ao
enfrentar uma situação de doença ou ferimentos graves. Os pacientes não necessitam
unicamente de simpatia ou lágrimas, mas exigem um atendimento profissional.
Prestar assistência como Emergencista requer que você admita que o local do
acidente ou os tipos de emergência podem afetá-lo. Você deve conversar com outros
trabalhadores do serviço de emergência ou especialistas do Serviço de Emergência
Médica, para lidar com os seus problemas emocionais e o stress ocasionados pelas
situações de emergência.
Você não precisa mudar o seu estilo de vida para ser um Emergencista. Entretanto, no
momento em que você é requisitado para prestar assistência a uma pessoa, alguns
aspectos relacionados à mudança de seu comportamento devem ser considerados.
Sua atuação e aparência podem facilitar a obtenção da confiança do paciente. Tomar
uma dose a menos de bebida alcoólica em uma festa, pode parecer pouco importante,
porém, o significado desta pequena ação é muito importante, para que o
Emergencista preste uma assistência adequada nas situações de emergência.
Para ser um Emergencista, você deve manter-se em boas condições de saúde. Se você
tem limitações físicas, como dificuldade em agachar ou de respirar, o seu treinamento
terá pouca utilidade.
Responsabilidades do Emergencista
As responsabilidades do Emergencista no local da ocorrência incluem o cumprimento
das seguintes atividades:
Funda-se, pois, na desatenção culpável, em virtude da qual ocorreu um mal, que podia
e deveria ser atendido ou previsto pelo imprudente.
Avaliação do local
O Emergencista deverá avaliar o local da ocorrência, observando principalmente os
seguintes aspectos:
• A situação;
• Potencial de risco;
• As medidas a serem adotadas.
Informes do Emergencista
Após avaliar o local, o Emergencista deverá informar ao Corpo de Bombeiros Militar ou
ao SAMU:
• Local exato da ocorrência;
• Tipo de ocorrência;
• Riscos potenciais;
• Número de vítimas e idade;
• Gravidade das vítimas;
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 www.fabricadecursos.com.br
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007
• Necessidades de recursos adicionais;
• Nome e telefone do solicitante do socorro adicional.
A ordem dos dados a serem informados é dinâmica, podendo ser alterada conforme a
situação.
Segurança do local
Consiste na adoção dos cuidados por parte do Emergencista para a manutenção da
segurança no local de uma ocorrência, priorizando:
Estacionamento
O Emergencista/motorista deverá
estacionar a viatura de
socorro/carro particular 15
metros antes do local do
acidente, utilizando-a como
anteparo, a fim de proporcionar
maior segurança à guarnição de
serviço e às vítimas envolvidas,
deixando assim, uma área
denominada “zona de trabalho”.
Sinalização
A colocação dos cones de sinalização deverá obedecer a seguinte proporção:
• Lanterna pupilar;
• Esfigmomanômetro;
• Estetoscópio.
• Luvas descartáveis;
• Máscaras faciais;
• Óculos de proteção;
• Avental.
• Ataduras de crepon;
• Compressas de gaze;
• Esparadrapo;
• Bandagens triangular;
• Solução fisiológica.
• Colar cervical;
• Talas de imobilização (rígidas, infláveis, de papelão etc);
• Macas rígidas longas;
• KED (Colete de imobilização dorsal)
Equipamentos diversos
Fisiologia
Ciência que estuda as funções orgânicas e os processos vitais dos seres vivos.
• em posição ortostática;
• com a face voltada para frente;
• com o olhar dirigido para o horizonte;
• com os membros superiores estendidos ao
longo do tronco;
• com as palmas voltadas para frente;
• com os membros inferiores unidos.
• Cabeça;
• Pescoço;
• Tronco; e
• Membros.
o Nos membros empregam-se termos
especiais de posição:
o Proximal: situado mais próximo à raiz do
membro;
o Médio: situado entre proximal e distal; e
o Distal: situado mais distante da raiz do
membro.
Planos Anatômicos
Plano mediano
direito e esquerdo
Plano transversal
superior e inferior
Plano frontal
anterior (ventral) e posterior (dorsal)
QSD QSE
Maior parte do fígado Baço
Vesícula biliar Maior parte do estômago
Parte do intestino Parte do intestino grosso
delgado Parte do intestino
Parte do intestino grosso delgado
Parte do pâncreas Parte do pâncreas
Parte do estômago Parte do fígado
QID
Apêndice QIE
Parte do intestino Parte do intestino grosso
delgado Parte do intestino
Parte do intestino grosso delgado
Parte do ovário (mulher) Parte do ovário (mulher)
Lesão F = Membro superior esquerdo, terço médio do dedo indicador, região anterior.
Sistema Tegumentar
Sistema Esquelético
Sistema Respiratório
Sistema Cardiovascular
Sistema Nervoso
Sistema Tegumentar
Sistema que inclui a pele e seus anexos, proporcionando ao corpo um revestimento
protetor que contém terminações nervosas sensitivas e participa da temperatura
corporal, além de cumprir outras funções.
Pele
Maior órgão do corpo humano. No adulto sua área total atinge aproximadamente
2m2, apresentando espessura variável (1 a 4 mm) conforme a região.
A pele
A pele tem como funções:
• Proteção;
• Regulação da temperatura;
• Excreção; e
• Produção de vitamina D.
Coloração da pele
A cor da pele depende da quantidade de pigmentos, da vascularização e da espessura
dos estratos mais superficiais da epiderme. Entre os pigmentos, a melanina é o mais
importante e sua quantidade na pele varia com a raça.
Sistema Esquelético
É um conjunto de ossos e cartilagens que se unem através de articulações, para formar
o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções, sendo composto de 206 ossos.
Crânio
O crânio possui duas divisões principais:
Face: composta por 14 ossos que se fundem para dar sua forma.
Articulações
Conexão entre dois ou mais ossos
adjacentes, que de acordo com a
conformação e o aspecto estrutural são
agrupadas em três tipos principais:
Articulações sinoviais: São aquelas em que o elemento que interpõe as peças ósseas é
o líquido sinovial, possibilitando movimentos amplos.
Sistema Respiratório
É o conjunto de órgãos que permite a captação de oxigênio e a eliminação de dióxido
de carbono produzido na respiração interna.
Respiração
Conjunto dos fenômenos que permitem a absorção do oxigênio e a expulsão do gás
carbônico pelos seres vivos.
Nariz
No interior do nariz (narinas) existem pêlos, denominados vibrissas ou cílios, que
recolhem a maior parte das partículas e pó existentes no ar, realizando assim, uma
filtragem grosseira dessas impurezas. Eles e estão em constante movimento a fim de
eliminar estes resíduos através das narinas. É guarnecido de uma camada de líquido
(muco), que retém outras partículas de pó em sua porção superior. Ainda existem as
conchas nasais, superior, média e inferior, que servem para aumentar a superfície
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 www.fabricadecursos.com.br
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007
mucosa da cavidade nasal, pois é esta superfície mucosa que umedece e aquece o ar
inspirado, “condicionando-o” para que seja melhor aproveitado na hematose que se
dá ao nível dos pulmões.
Faringe
É um tubo muscular membranoso associado a dois sistemas: respiratório e digestório,
situando-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e à laringe.
Laringe
É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via
aerífera é órgão da fonação, ou seja, da produção do som. Coloca-se anteriormente à
faringe, comunicando-se com a mesma através da glote, junto à glote está a epiglote,
que tem a função de fechar a glote durante a passagem do bolo alimentar.
Esqueleto da Laringe
A laringe é continuada diretamente pela traquéia e apresenta um esqueleto
cartilaginoso. A maior cartilagem é a tireóide, constituída de duas lâminas que se
unem anteriormente em V; a cartilagem cricóide é ímpar, situando-se inferiormente à
cartilagem tireóide. Entre as duas cartilagens, situa-se a membrana ou ligamento
cricotireóideo.
Traquéia
É um canal situado entre a laringe e a origem dos brônquios. Tem de 12 a 15 cm de
comprimento e é constituída por 16 a 20 anéis cartilaginosos incompletos, em forma
de C, sobrepostos e ligados entre si.
Brônquios
São os canais resultantes da bifurcação da traquéia. Os brônquios vão se ramificando
em direção aos lobos pulmonares em diâmetros cada vez menores.
Pulmões
Principais órgãos da respiração, sendo um direito e outro esquerdo, são órgãos moles,
esponjosos e dilatáveis. Estão contidos na cavidade torácica e, entre eles, há uma
região denominada mediastino.
Os pulmões se subdividem em lobos, sendo três para o direito e dois para o esquerdo.
As vias aéreas finalmente terminam nos alvéolos, cada um dos quais está em contato
com os capilares sangüíneos onde se dá a função essencial dos pulmões, a hematose
(oxigenação do sangue venoso).
Pleura
Cada uma das membranas serosas que cobrem as paredes internas da cavidade
torácica (pleura parietal) e a superfície externa dos pulmões (pleura visceral).
Músculos da respiração
Os principais músculos da respiração são o diafragma que separa a cavidade torácica
da abdominal e os músculos intercostais, que estão situados entre as costelas.
Sangue
O sangue é um líquido vermelho, viscoso, composto por plasma (parte líquida),
glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.
Composição do sangue
Coração
É um órgão muscular, oco, ímpar e mediano, que funciona como uma bomba contrátil
e propulsora do sangue.
Coração
As cavidades cardíacas são quatro:
Vasos sangüíneos
São tubos que formam a complexa rede do sistema cardiovascular, constituída por
artérias e veias que se ramificam em calibres cada vez menores, originando as
arteríolas, vênulas e capilares.
Artérias
Vasos sangüíneos que saem do coração levando sangue para o corpo.
Veias
Vasos sangüíneos que chegam ao coração trazendo sangue do corpo.
Circulação sangüínea
A circulação sangüínea tanto no homem, como nos mamíferos em geral, é dupla:
As artérias tornam-se
gradualmente mais Os capilares são vasos de calibre
finas (arteríolas), até diminuto, como fios de cabelo, onde
que o sangue circule as hemácias podem entrar em íntimo-
através de delgados contato com as células do organismo
capilares. (ocorrendo o metabolismo celular:
troca de nutrientes e O2 por produtos
Sistema Nervoso
Sistema responsável pelo controle e
coordenação das funções de todos os sistemas
do organismo e, ainda, ao receber estímulos
aplicados à superfície do corpo (frio, calor, dor
etc) é capaz de interpretá-los e desencadear,
eventualmente, respostas adequadas a estes
estímulos.
Encéfalo
Porção do sistema nervoso central localizado na caixa craniana e que compreende o
cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico.
Medula espinhal
É a continuação direta do encéfalo, localizada dentro do canal vertebral. A medula
espinhal tem papel fundamental na recepção de estímulos sensitivos e retransmissão
de impulsos motores. Todos os centros importantes do encéfalo são conectados
através de longos feixes nervosos, diretamente aos órgãos ou músculos que
controlam. Estes feixes se unem formando a medula espinhal, transmitindo
mensagens entre o encéfalo e o sistema nervoso periférico. Estas mensagens são
passadas ao longo do nervo sob a forma de impulsos elétricos.
Da base do crânio, a medula se estende pelo tronco até o nível da primeira ou
segunda vértebra lombar. Na porção final da medula localizam-se nervos espinhais
que formam uma espécie de “cabeleira” nervosa, comparada à cauda eqüina.
Cérebro
Constitui a parte mais importante do encéfalo, localiza-se na caixa craniana, é centro
da consciência. As funções do cérebro normal incluem a percepção de nós mesmos e
do ambiente ao nosso redor, controla nossas reações em relação ao meio ambiente,
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 www.fabricadecursos.com.br
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007
respostas emocionais, raciocínio, julgamento e todas as nuances que formam a
consciência, as sensações e origem dos movimentos, compreendendo o telencéfalo e
o diencéfalo.
Cerebelo
Possui a função de determinar o equilíbrio do corpo e sua orientação no espaço, bem
como, a regulação do tônus muscular e a coordenação das atividades motoras do
organismo.
Tronco encefálico
Parte do encéfalo que une a medula espinhal aos hemisférios cerebrais e por onde
transitam todas as grandes vias sensitivas e motoras.
Telencéfalo
O telencéfalo é a porção mais anterior e mais desenvolvida do cérebro, ocupa a maior
parte da cavidade craniana e é envolvido pelas meninges, sendo o segmento mais
desenvolvido do encéfalo humano. Nele encontra-se o córtex cerebral que é uma
lâmina cinzenta, de espessura variável e que constitui a superfície do hemisfério
cerebral.
Diencéfalo
É um dos principais centros receptores de impulsos elétricos oriundos das vias
periféricas, possui volumosos núcleos cinzentos.
Mesencéfalo
Protuberância que constitui o ponto de junção do cérebro, do cerebelo e da medula
espinhal. Comunica-se com o cérebro através de fibras nervosas encarregadas de
conduzir estímulos oculares, visuais, acústicos e outros.
Ponte
Localizada na parte mediana do tronco encefálico, é formada por agrupamentos de
fibras e células nervosas. A Ponte possui três pares de nervos responsáveis pela
inervação dos músculos que movimentam os olhos para os lados, dos músculos
mímicos da face, das glândulas salivares e lacrimais, e conduz sensações de paladar
captadas na língua.
Bulbo
Porção inferior do tronco encefálico no sentido crânio-caudal, sendo que o grande
forame (forame magno), constitui o limite convencional com a medula espinhal.
Possui feixes de fibras motoras que comandam os movimentos dos músculos
voluntários.
Essas fibras dirigem-se, paralelamente, até o forame occipital, onde trocam de lado. No
resto do percurso, caminham do lado oposto àquele em que estavam originalmente.
Este cruzamento de fibras faz com que as ordens emitidas, a partir do hemisfério
cerebral direito, sejam transmitidas ao lado esquerdo do corpo e vice-versa. Por isso,
acidentes que lesem o lado esquerdo da cabeça provocam, em geral, paralisia do lado
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 www.fabricadecursos.com.br
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007
direito.
Nervos
São cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido
conjuntivo, tendo como função conduzir impulsos ao SNC e também conduzi-los do
SNC ao periférico. Distinguem-se dois grupos, os nervos cranianos e os espinhais.
Nervos cranianos
São 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles (10)
originam-se no tronco encefálico. Além do seu nome, os nervos cranianos são também
denominados por números em seqüência crânio-caudal. A relação abaixo apresenta o
nome e o número correspondente a cada um dos pares cranianos:
Olfatório é puramente sensitivo e ligado à olfação como o nome indica, iniciando-se
em terminações nervosas situadas na mucosa nasal.
Óptico, também sensitivo, origina-se na retina e está relacionado com a percepção
visual.
Oculomotor, troclear e abducente enervam músculos que movimentam o olho, sendo
que o III par é também responsável pela inervação de músculos chamados intrínsecos
do olho, como o músculo esfíncter da íris (que fecha a pupila) e o músculo ciliar (que
controla a forma da lente).
Trigêmeo é predominantemente sensitivo, sendo responsável pela sensibilidade
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 www.fabricadecursos.com.br
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007
somática de quase toda a cabeça. Um pequeno contingente de fibras é motor,
inervando a musculatura mastigadora, isto é, músculos que movimentam a
mandíbula.
Facial, glossofaríngeo e vago são altamente complexos no que se refere aos
componentes funcionais, estando relacionados às vísceras e à sensibilidade gustativa,
além de inervar glândulas, musculatura lisa e esquelética. O nervo vago é um dos
nervos cranianos mais importantes pois inerva todas as vísceras torácicas e a maioria
das abdominais.
Vestíbulo-coclear é puramente sensitivo, constituído de duas porções: A porção
coclear está relacionada com os fenômenos da audição e a porção vestibular com o
equilíbrio.
Acessório inerva músculos esqueléticos, porém, parte de suas fibras unem-se ao vago
e com ele é distribuída.
Hipoglosso inerva os músculos que movimentam a língua, sendo por isso,
considerado como o nervo motor da língua.
Nervos espinhais
Os 31 pares de nervos espinhais mantêm conexão com a medula e abandonam a
coluna vertebral através de forames intervertebrais. A coluna pode ser dividida em
porções cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Da mesma maneira,
reconhecemos nervos espinhais que são cervicais, torácicos, lombares, sacrais e
coccígeos.
Avaliação da cena
Ao chegar no local da ocorrência, o Emergencista deve:
Avaliação da cena
Fontes rápidas de informação no local da cena:
A cena por si só
Após avaliar a cena, o Emergencista deve iniciar o gerenciamento dos riscos e o
controle da mesma, acionando se necessário, recursos adicionais para as medidas de
sinalização do local, isolamento da cena, estabilização de veículos (calçar e amarrar se
necessário), controle de tráfego, desligamento de motores automotivos, desativação
de cabos elétricos energizados, remoção de pacientes em situação de risco iminente,
dentre outros.
-
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 www.fabricadecursos.com.br
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007
Avaliação inicial
Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir,
de imediato, problemas que ameacem a vida a curto prazo.
• Vias aéreas
Permeabilidade e se há comprometimento da coluna cervical.
• Respiração
Se respira e como se processa esta respiração.
• Circulação
Se tiver pulso, se há hemorragia e risco de estado de choque.
Avaliação inicial
Como Realizar a Avaliação Inicial
Crítico
Parada respiratória ou cárdio-respiratória.
Instável
Paciente inconsciente, com choque descompensado, dificuldade respiratória severa,
com lesão grave de cabeça e/ou tórax.
Potencialmente Instável
Paciente com choque compensado portador de lesões isoladas importantes.
Estável
Paciente portador de lesões menores e sinais vitais normais.
Avaliação inicial
Os pacientes críticos e instáveis devem ser tratados no máximo em 5 minutos, no local
da emergência e transportados de imediato. Nesses casos, a avaliação dirigida e a
avaliação física detalhada devem ser realizadas durante o transporte para o hospital,
simultaneamente com as medidas de suporte básico de vida.
Fique atento durante todo o processo de avaliação, pois algumas vezes a natureza da
emergência pode não estar claramente definida.
Avaliação dirigida
Guia para realizar uma Entrevista
1) Nome e idade (se é menor, procure contatar com seus pais ou um adulto
conhecido)
Sinal é tudo aquilo que o Emergencista pode observar ou sentir no paciente enquanto
o examina.
Avaliação dirigida
Aferição de Sinais Vitais
Pulso
É o reflexo do batimento cardíaco palpável nos locais onde as artérias calibrosas
estão posicionadas próximas da pele e sobre um plano duro.
Valores normais:
Respiração
Absorção do oxigênio e exalação do gás carbônico.
Valores normais:
Temperatura
É a diferença entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo humano.
Valores normais:
36,5 a 37,0 ºC – Independente da faixa etária.
Nas pessoas negras, a cianose pode ser notada nos lábios, ao redor da fossas nasais e
nas unhas.
Pupilas
As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos regulares.
Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas que fizeram uso de drogas
(miose). As pupilas indicam estado de relaxamento ou inconsciência, geralmente tal
dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca (midríase), Nos casos de TCE
ou AVC, a irregularidade da reatividade pupilar, será observada no lado oposto em que
ocorreu a lesão (anisocoria).
Coloração da pele
A coloração da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos
vasos sangüíneos subcutâneos. Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente
e é vista nas vítimas em choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada
(cianose) é observada na insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e
também em alguns casos de envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em
certos estágios do envenenamento por monóxido de carbono (CO) e na insolação.
Perfusão capilar é o termo usado para verificar a circulação da pele nas extremidades.
Pressão Arterial
É definida como a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas
das artérias. A PA é verificada em dois níveis, a PA sistólica e a diastólica.
Em geral não se afere PA em crianças com menos de 3 anos de idade. Nos casos de
hemorragias ou choque, a PA mantêm-se constante dentro de valores normais para no
final desenvolver uma queda abrupta.
Valores normais:
Adulto:
• Sistólica máxima 150 mmHg e mínima 100 mmHg
• Diastólica máxima 90 mmHg e mínima 60 mmHg
Capacidade de movimentação
A incapacidade de uma pessoa consciente em se mover é conhecida como paralisia e
pode ser resultante de uma doença ou traumatismo.
Reação a DOR
A perda do movimento voluntário das extremidades, após uma lesão, geralmente é
acompanhada também de perda da sensibilidade. Entretanto, ocasionalmente o
movimento é mantido e a vítima se queixa apenas de perda da sensibilidade ou
dormência nas extremidades. É extremamente importante que este fato seja
reconhecido como um sinal de provável lesão da medula espinhal, de forma que a
manipulação do acidentado não agrave o trauma inicial.
Fique atento durante todo o processo de avaliação, pois algumas vezes a natureza da
emergência pode não estar claramente definida.
Avaliação continuada
A avaliação continuada é realizada durante o transporte do paciente, devendo o
Emergencista reavaliar constantemente os sinais vitais e o aspecto geral do paciente.
O Suporte Básico de Vida - SBV é representado por uma seqüência de ações. Essas
ações, realizadas durante os primeiros minutos de uma emergência, são cruciais para a
sobrevivência.
Parada respiratória
Parada respiratória é a supressão súbita dos movimentos respiratórios, que pode ou
não ser acompanhada de parada cardíaca.
O centro respiratório encefálico deve funcionar para haver respiração e para que a
freqüência e a profundidade respiratórias sejam adequadas, a fim de controlar os
níveis sangüíneos de dióxido de carbono.
A língua é a causa mais freqüente de obstrução das vias aéreas na vítima inconsciente.
1) Coloque o paciente em
decúbito dorsal e posicione-se
ao seu lado, na altura dos
ombros;
Respiração normal
Veja os movimentos respiratórios. Observe a
simetria da expansão e contração do tórax e a
ausência de esforço para executar esses
movimentos;
Respiração anormal
A respiração anormal pode ser identificada quando:
• Há ausência de movimento torácico ou existem movimentos assimétricos.
• Não é possível sentir ou ouvir o ar movimentando-se através do nariz ou da
boca;
• A respiração é ruidosa ou ofegante;
• O ritmo da respiração é irregular, taquipnéica ou bradipnéica.
• A respiração é muito superficial, muito profunda e difícil ou, ainda, a respiração
é feita com grande esforço, especialmente em crianças e bebês;
• A pele do paciente fica cianótica, acinzentada ou pálida;
• O paciente está obviamente se esforçando para respirar, usando os músculos
da parte superior do tórax, ao redor dos ombros, e os músculos do pescoço;
• Há batimentos de asas do nariz, especialmente em crianças.
Em RCP considerar:
Lactente de 0 a 1 ano
Criança de 1 a 8 anos
Adulto acima de 8 anos
Reanimação pulmonar
Respirações de resgate
4) Ponha os dedos restantes da outra mão que está mais abaixo ao longo da borda
óssea da mandíbula e levante-a. Se não houver suspeita de lesão da coluna cervical,
faça inclinação da cabeça-elevação do queixo;
Cânula orofaríngea
Dispositivo usualmente feito de plástico, que pode ser inserido na
boca e na faringe do paciente, a fim de sustentar a língua, evitando
o bloqueio das vias aéreas.
4) Deslize a cânula até que a extremidade com rebordo se localize sobre os lábios ou
queixo, de forma que sua curvatura siga o contorno da língua.
Reanimador manual
Equipamento utilizado para ventilar, artificialmente,
o paciente que não apresenta respiração
espontânea, podendo liberar altas concentrações
de oxigênio (90 a 100%) quando instalado a uma
fonte (cilindro de oxigênio).
Parada cardíaca
Parada cardíaca é o cessar da atividade mecânica do coração. É um diagnóstico clínico
confirmado pela falta de resposta a estímulos, ausência de pulso detectável e apnéia
(ou respirações agônicas).
3) Exerça pequena pressão neste ponto e sinta o pulso da artéria carótida (adulto e
criança). Se não há pulso, inicie as compressões torácicas.
A verificação dos pulsos carotídeo e braquial não deve levar mais de 5 a 10 segundos.
Parada cardíaca
Ao detectar uma parada cardíaca, deve-se proceder compressões torácicas, de acordo
com seguinte procedimento:
Criança - Faça as compressões com a base de uma das mãos, posicionada sobre o
ponto de compressões da RCP.
Realize as ventilações
Inicie sempre com duas ventilações de resgate. Estas ventilações não contam no ritmo
dos ciclos que irão ser aplicados.
Nos pacientes adultos, esta freqüência não é alterada, ou seja, tanto com 1 ou 2
Emergencistas, a freqüência será sempre 30x2 (30 compressões por 2 ventilações).
Compressões torácicas
• Hemorragias
• Choques
• Ferimentos
Aula 1 – Hemorragias
Os objetivos desta aula são:
Hemorragia
É o extravasamento de sangue para fora dos vasos ou do coração e é sempre
patológico, exceto durante a menstruação ou trauma. As hemorragias podem ser
internas ou externas, espontâneas ou provocadas (nos ferimentos), causadas tanto por
lesões da parede vascular de natureza inflamatória, traumática ou tumoral.
Classificação clínica
Classificação anatômica
Arterial: Hemorragia que faz jorrar sangue pulsátil e de cor vermelho vivo.
Capilar: O sangue sai lentamente dos vasos menores, na cor similar ao sangue venoso.
Venosa: Hemorragia onde o sangue sai lento e contínuo, com cor vermelho escuro.
4.Curativo compressivo.
Tratamento Pré-Hospitalar:
• Avalie nível de consciência;
• Abra as VA estabilizando a coluna cervical;
Aula 2 – Choques
O objetivo desta aula é descrever, passo a passo, o tratamento merecido por uma
vítima de choque.
Estado de choque
A função do sistema circulatório é distribuir sangue com oxigênio e nutrientes para
todas as partes do corpo. Quando isso, por qualquer motivo, deixa de acontecer e
começa a faltar oxigênio nos tecidos corporais, ocorre o que denominamos estado de
choque, ou seja, as células corporais começam a morrer, ocorre o que denominamos
estado de choque, ou seja, as células começam a entrar em sofrimento e, se esta
condição não for revertida, as células acabam morrendo.
É uma reação do organismo a uma condição onde o sistema circulatório não fornece
circulação suficiente para cada parte vital do organismo.
Estado de choque
As causas do choque podem ser:
Estado de choque
Tipos de choque
O choque pode ser classificado de várias formas porque existem mais de uma causa
para ele. O Emergencista não necessita conhecer todas essas formas de choque, no
entanto, é fundamental que ele entenda de que forma os pacientes podem
desenvolver o choque.
Choque hemorrágico: É o choque causado pela perda de sangue e/ou pela perda de
plasma. Ex.: Sangramentos graves ou queimaduras.
Agitação ou ansiedade
Respiração rápida e superficial
Pulso rápido e filiforme (fraco)
Pele fria e úmida
Sudorese
Face pálida e posteriormente cianótica
Olhos estáveis, sem brilho e pupilas dilatadas
Sede
Náuseas e vômitos
Queda da pressão arterial.
Estado de choque
Tratamento Pré-Hospitalar do estado de choque:
Aula 3 – Ferimentos
O objetivo desta aula é descrever os procedimentos gerais para tratar ferimentos
abertos e fechados.
Ferimento ou Trauma Fechado ocorre quando a lesão é abaixo da pele, porém não
existe perda da continuidade na superfície, ou seja, a pele continua intacta.
Tipos de Ferimentos
Existem diferentes tipos de ferimentos abertos em partes moles, os mais comuns são:
Abrasões ou Escoriações
São lesões superficiais de sangramento discreto e muito doloroso. Usualmente não é
um ferimento sério, desde que a pele não seja completamente perfurada e a força
que causou o ferimento não esmague ou rompa outras estruturas. A contaminação da
ferida tende a ser o mais sério problema encontrado. Devem ser protegidas com
curativo estéril de material não aderente, bandagens ou ataduras.
Ferimentos Incisos
São lesões de bordas regulares produzidas por objetos cortantes, como lâminas de
barbear, facas e vidros quebrados, que podem causar sangramentos variáveis e danos
a tecidos profundos, como tendões, músculos e nervos. Devem ser protegidas com
curativo estéril fixado com bandagens ou ataduras.
Avulsões
São lesões que envolvem rasgos ou arrancamentos de uma grande parte da pele. Se
possível e se a pele estiver ainda presa, deve ser recolocada sobre o ferimento,
controlada a hemorragia e, a seguir, coberta com curativo estéril fixado com
bandagens ou ataduras.
Eviscerações
Lesão na qual a musculatura do abdome é rompida em decorrência de violento
impacto ou lesão de objeto penetrante ou cortante, expondo o interior da região
abdominal à contaminação ou exteriorizando vísceras. É preciso remover vestes para
expor a lesão e não recolocar nenhum órgão eviscerado para dentro do abdome, em
seguida, cobrir com plástico ou curativo oclusivo. Não lavar a lesão.
Traumas específicos
A seguir são listados traumas específicos e suas formas de tratamento:
Couro cabeludo
• Controle a hemorragia com pressão direta (não puntiforme);
• Suspeite de lesão adicional na cabeça ou pescoço;
• Não aplique pressão se existir a possibilidade de fratura no crânio; e
Ferimentos na face
• Reviste a boca procurando corpos estranhos ou sangue coagulado;
• Mantenha as vias aéreas permeáveis;
• Se houver objeto penetrante nas bochechas, empurre de dentro para fora e
cubra com compressas interna e externamente;
• Se necessário, transporte o paciente lateralizado para drenar o sangue da boca;
• Tenha cuidado se houver lesão associada de pescoço; e
• Mantenha a posição neutra da cabeça.
Hemorragia nasal
• Mantenha as vias aéreas abertas;
• Mantenha a cabeça um pouco fletida, comprimindo um pouco acima das
fossas nasais, para estancar as hemorragias; e
• Se houver saída de líquido cefalorraquidiano, não oclua o nariz.
Ferimentos no pescoço
• Aplique pressão direta com a mão para cessar hemorragias;
• Aplique curativo com uma bandagem sem comprimir ambos os lados do
pescoço;
• Trate o choque (O2 etc);
• Observe a respiração; e
• Mantenha a posição neutra da cabeça.
Ferimentos abdominais
• Órgãos sólidos sangram muito. Ex.: fígado e baço.
• Órgãos ocos são altamente contaminantes. Ex.: estômago e intestino.
Ferimentos na genitália
• Controle o sangramento com pressão direta;
• Nas contusões, use bolsa de gelo ou água fria;
• Não remova os objetos transfixados; e
• Preserve as partes avulsionadas, envolvendo-as em plástico, curativos
esterilizados ou qualquer curativo limpo.
Fratura
Ruptura total ou parcial de um osso.
Classes de fraturas
Fechada (simples) - A pele não foi perfurada pelas extremidades ósseas.
Aberta (exposta) - O osso se quebra, atravessando a pele, ou existe uma ferida
associada que se estende desde o osso fraturado até a pele.
Deformidade - A fratura produz uma posição anormal ou angulação num local que
não possui articulação;
Luxação
É o desalinhamento das extremidades ósseas de uma articulação fazendo com que as
superfícies articulares percam o contato entre si.
Entorse
É a torção ou distensão brusca de uma articulação, além de seu grau normal de
amplitude.
São similares aos das fraturas e aos das luxações. Mas nas entorses os ligamentos
geralmente sofrem ruptura ou estiramento, provocados por movimento brusco.
Amputações
São lesões geralmente relacionadas a acidentes automobilísticos (amputações
traumáticas). Seu tratamento inicial deve ser rápido, pela gravidade da lesão e pela
possibilidade de re-implante.
• controlar a hemorragia;
• aplicar curativo estéril;
• fixar o curativo com bandagens ou ataduras; e
• guardar a parte amputada envolta em gaze ou compressa estéril (pano limpo),
umedecido com solução fisiológica, colocando-a dentro de um saco plástico e
este, então, dentro de um segundo saco ou caixa de isopor repleta de gelo.
• Evitar a dor;
• Prevenir ou minimizar lesões futuras de músculos, nervos e vasos sangüíneos;
• Manter a perfusão no membro; e
• Auxiliar a hemostasia.
• Talas rígidas;
• Talas moldáveis;
• Talas infláveis;
• Talas de tração;
• Colares cervicais.
• Colete de imobilização dorsal;
• Macas rígidas;
• Bandagens triangulares;
• Ataduras.
Traumatismo crânio-encefálico
Fraturas de crânio
As fraturas de crânio são comuns nas vítimas de acidentes que receberam impacto na
cabeça. A gravidade da lesão depende do dano provocado no cérebro.
São mais freqüentes lesões cerebrais, nos traumatismos sem fratura de crânio. As
fraturas poderão ser abertas ou fechadas.
Fraturas Abertas
São aquelas que permitem a comunicação entre as meninges ou o cérebro e o meio
exterior. Há ruptura do couro cabeludo com exposição do local da fratura.
Lesões encefálicas
Concussão
Quando uma pessoa recebe um golpe na cabeça ou na face, pode haver uma
concussão encefálica. Não existe um acordo geral sobre a definição de concussão
exceto que esta envolve a perda temporária de alguma ou de toda a capacidade da
função encefálica. Pode não haver lesão encefálica demonstrável. O paciente que sofre
uma concussão pode se tornar completamente inconsciente e incapaz de respirar em
curto período de tempo, ou ficar apenas confuso. Em geral o estado de concussão é
bastante curto e não deve existir quando o Emergencista chegar ao local do acidente.
Contusão
O cérebro pode sofrer uma contusão quando qualquer objeto bate com força no
crânio. A contusão indica a presença de sangramento a partir de vasos lesados.
Quando existe uma contusão cerebral, o paciente pode perder a consciência. Outros
sinais de disfunção por contusão, incluem a paralisia de um dos lados do corpo,
dilatação de uma pupila e alteração dos sinais vitais. As contusões muito graves
podem produzir inconsciência por período de tempo prolongáveis e também causar
paralisia em todos os membros.
Diretas
São produzidas por corpos estranhos que lesam o crânio, perfurando-o e lesando o
encéfalo.
Indiretas
Golpes na cabeça podem provocar, além do impacto do cérebro na calota craniana,
com conseqüente dano celular, hemorragias dentro do crânio. Este hematoma
acarreta compressão do tecido cerebral. A hipertensão intracraniana provocada pela
hemorragia e edema causa lesão nas células cerebrais.
Não se deve conter sangramento ou impedir a saída de líquor pelo nariz ou pelos
ouvidos nos traumatismos crânio-encefálico (TCE). Poderá ocorrer aumento na
pressão intracraniana ou infecção no encéfalo.
-
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo 3 www.fabricadecursos.com.br
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007
Traumatismos de face
O principal perigo das lesões e fraturas faciais são os fragmentos ósseos e o sangue
que poderão provocar obstruções nas vias aéreas.
Sinais e sintomas
• Coágulos de sangue nas vias aéreas;
• Deformidade facial;
• Equimose nos olhos;
• Perda do movimento ou impotência funcional da mandíbula;
• Dentes amolecidos ou quebrados (ou a quebra de próteses dentárias);
• Grandes hematomas ou qualquer indicação de golpe severo na face.
Tratamento Pré-Hospitalar:
Sinais e Sintomas
Lembre que ao lidar com pacientes com lesão na coluna, o Emergencista deve realizar
todas as manobras mantendo a cabeça e o pescoço fixos.
Traumatismos no tórax
Sinais e Sintomas
Sinais e Sintomas
Tratamento pré-hospitalar
2) Use bandagens triangulares como tipóia e outras para fixar o braço no tórax.
Não use esparadrapo direto sobre a pele para imobilizar costelas fraturadas.
Tratamento Pré-Hospitalar:
• Estabilize o segmento instável que se move paradoxalmente durante as
respirações;
• Use almofadas pequenas ou compressas dobradas presas com fita adesiva
larga;
• O tórax não deverá ser totalmente enfaixado;
• Transporte o paciente deitado sobre a lesão ou na posição que mais lhe for
confortável; e
• Ministre oxigênio suplementar.
Tratamento Pré-Hospitalar
• Tampone o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas, após
a expiração;
• Faça um curativo oclusivo com plástico ou papel aluminizado (curativo de três
pontas), a oclusão completa do ferimento pode provocar um pneumotórax
hipertensivo grave;
• Conduza o paciente com urgência para um hospital e ministre O2, de acordo
com o protocolo local.
Tratamento Pré-Hospitalar
• Controle a hemorragia por pressão direta;
• Use curativo volumoso para estabilizar o objeto encravado, fixando-o com fita
adesiva;
• Transporte o paciente administrando oxigênio suplementar.
Sinais e Sintomas
• Desvio de traquéia;
• Estase jugular;
• Cianose;
• Sinais de choque;
• Enfisema subcutâneo.
Tratamento Pré-Hospitalar
Ministre O2 e conduza o paciente com urgência para receber tratamento médico.
Mobilização
Manipulação justificada de um paciente a fim de evitar mal maior.
4. O auxiliar nº 2 fica na altura das pernas do paciente, abaixo dos joelhos, e posiciona
as mãos nas panturrilhas, segurando firmemente;
6. O chefe pergunta aos demais se estão prontos, após receber o sinal de positivo
(OK), efetua a contagem para execução da elevação, devendo movimentar o paciente
em monobloco;
Durante a sua execução, o Emergencista deve agir cautelosamente para não produzir
novas lesões ou agravar as já existentes.
2. O chefe libera as jugulares do capacete e, em seguida, apoia com uma das mãos a
nuca do paciente, abrangendo a maior superfície possível, atento para o apoio do
antebraço ao solo. Com a outra mão apoia a mandíbula do paciente, a fim de
estabilizar a coluna cervical;
Técnicas de manipulação
EXTRICAÇÃO VEICULAR – HAUTECK
Técnicas de manipulação
Imobilização de Fraturas
Transporte de pacientes
O paciente não deverá ser movimentado, a menos que exista um perigo imediato para
ele ou para outros se não for feita a sua remoção.
A escolha da técnica de transporte a ser adotada deve ser baseada nos seguintes
aspectos do paciente:
Paciente traumático
• Levantamento com 04 socorristas;
• Levantamento com 03 socorristas;
• Levantamento com 02 socorristas;
• Rolamentos e imobilização na maca;
• Chave de rauteck;
• Colete de imobilização dorsal (ked);
• Imobilização com outras macas.
Consciente
• Arrastamento com cobertor;
• Arrastamento pelas roupas;
• Arrastamento de bombeiro;
• Arrasto de pé;
• Transporte bombeiro;
• Transporte de apoio;
• Transporte tipo “cadeirinha”;
• Transporte de trilha.
Inconsciente
• Arrastamento de bombeiro;
• Arrastamento com cobertor;
• Arrastamento pelas roupas;
• Arrasto de pé;
• Transporte tipo “cadeirinha”;
• Transporte tipo mochila;
• Transporte de bombeiro;
• Transporte pelos membros.
Técnicas de transporte
Para o transporte de pacientes são utilizadas as seguintes técnicas:
Arrastamento de bombeiro
Essa técnica possui a desvantagem de não oferecer suporte para a cabeça e pescoço,
porém, se não houver outro método disponível, permite que uma só pessoa remova a
vítima. Muito usado em ambientes com fumaça.
Remoção emergencial
Usada nas situações de risco iminente. Um Emergencista remove a vítima utilizando o
método da “Chave de Rauteck”.
O 2º Emergencista posiciona o colar aberto por detrás da nuca, apóia à frente do colar
abaixo da mandíbula do paciente, ajusta-o firmemente sem movimentar a cabeça e
fecha o velcro de fixação do colar; e
Aula 1 – Queimaduras
Queimaduras
Térmicas – Por calor (fogo, vapores quentes, objetos quentes) e por frio (objetos
congelados, gelo);
-
Queimaduras
Queimaduras
A regra dos nove divide o corpo humano em doze regiões. Onze delas equivalem a 9%
cada uma, e a região genital equivale a 1%, conforme segue:
Queimaduras
Queimaduras Menores
São aquelas de 1º e 2º graus que afetam uma pequena área do corpo, sem
comprometimento de áreas críticas como. o sistema respiratório, a face, as mãos e pés,
os genitais e as nádegas.
Queimaduras Maiores
Qualquer queimadura que envolva toda a área corporal ou áreas críticas.
Queimaduras
Tratamento Pré-Hospitalar
Queimaduras Químicas
Limpe e remova substâncias químicas da pele do paciente e das roupas antes
de iniciar a lavação;
Lave o local queimado com água limpa corrente por no mínimo 15 minutos.
Use EPIs apropriados;
Cubra com curativo estéril toda a área de lesão;
Previna o choque e transporte a vítima;
Se possível, conduza amostra da substância em invólucro plástico;
Se a lesão for nos olhos, lave-os bem, no mínimo por 15 minutos, com água
corrente e depois cubra com curativo úmido estéril. Volte a umedecer o
curativo a cada 5 minutos.
Queimaduras Elétricas
Os problemas mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada
respiratória ou cárdio-respiratória, dano no SNC e lesões em órgãos internos.
Reconheça a cena e acione, se necessário, a companhia energética local;
Realize a avaliação inicial e , se necessário, inicia manobras de reanimação;
Identifique o local das queimaduras (no mínimo dois pontos: um de entrada e
um de saída da fonte de energia);
Aplique curativo estéril sobre as áreas queimadas; e
Previna o choque e conduza o paciente, com monitoramento constante, ao
hospital.
Aula 2 – Intoxicações
Intoxicação e envenenamento
Intoxicação e envenenamento
Uma substância tóxica pode entrar no organismo por quatro diferentes formas:
Ingestão;
Inalação;
Absorção através da pele; e
Injeção.
Nos casos onde é possível a ingestão de venenos, o Emergencista deve tentar obter o
máximo de informações e o mais rápido possível. Logo após a avaliação inicial, deve-
se verificar se no local existem recipientes, líquidos derramados, cápsulas,
comprimidos, substâncias venenosas ou qualquer indício que permita identificar a
substância ingerida.
Sinais e Sintomas
Queimaduras ou manchas ao redor da boca;
Odor inusitado no ambiente, no corpo ou nas vestes do paciente;
Respiração anormal;
Pulso anormal;
Sudorese;
Alteração do diâmetro das pupilas;
Formação excessiva de saliva ou espuma na boca;
Dor abdominal;
Náuseas;
Vômito;
Diarréia;
Convulsões;
Alteração do estado de consciência, incluindo a inconsciência.
Casos específicos:
Abuso de álcool
O álcool é uma droga, socialmente aceita quando ingerida com moderação, mas
ainda assim uma droga. O abuso de álcool como qualquer outra droga, pode conduzir
a enfermidades, envenenar o corpo, determinar comportamento anti-social e morte. O
paciente pode ter um problema clínico ou um trauma que requerem cuidados, pode
estar ferido ou pode ferir outras pessoas enquanto estiver alcoolizado.
Crises suicidas
Sempre que cuidar de um paciente que tentou suicídio ou esteja a ponto de tentá-lo, a
primeira preocupação do Emergencista será com a sua segurança. Tenha certeza de
que o local esteja seguro e de que o paciente não tenha uma arma. Informe o
problema à polícia. Se estiver seguro estabeleça contato visual e verbal com o
paciente.
Abuso de Álcool
Os efeitos do álcool podem mascarar os sinais típicos e sintomas, esteja alerta para
outros sinais, como sinais vitais alterados devido ao álcool e drogas. Nunca pergunte
se o paciente tomou qualquer droga, pois ele pode pensar que você está reunindo
evidências de um crime. Evite a palavra “droga”. Pergunte se algum medicamento foi
ingerido enquanto bebia.
Cuidados básicos
Obtenha a história e faça o exame físico para descobrir qualquer emergência clínica ou
outras lesões. Lembre-se de que o álcool pode mascarar a dor;
Abuso de Álcool
Sinais e Sintomas
Inquietação e confusão;
Conduta atípica (loucura);
Alucinações (visão de bichos e animais);
Tremor nas mãos.
Tratamento Pré-Hospitalar
Crises suicidas
Apesar de não haver regras rígidas para o tratamento bem sucedido do suicida,
existem vários princípios gerais que devem ser conhecidos:
Chegue no local da ocorrência de forma discreta, com sirenes desligadas e sem
criar tumultos;
Estude inicialmente o local, verificando riscos potenciais para a equipe de
resgate e para o paciente, neutralizando-os ou minimizando-os;
Isole o local impedindo aproximação de curiosos;
Verifique a necessidade de apoio material e/ou pessoal e comunique ao CIAD;
Crises suicidas
Algumas pessoas cometem gestos suicidas, onde a intenção não era acabar com a
vida, mas sim chamar a atenção. Mas, mesmo assim, não se deve tratá-las com
menosprezo, pois é um distúrbio de comportamento.
1. Mantenha as VA permeáveis;
São aquelas provocadas por gases ou vapores tóxicos (Ex: gases produzidos por
motores a gasolina, solventes, gases industriais, aerosóis, etc.).
Auxilie o paciente somente após certificar-se que a cena está segura. Acione socorro
especializado e utilize os EPIs necessários.
Tratamento Pré-Hospitalar
2. Mantenha as VA permeáveis;
Sinais e Sintomas
Respirações superficiais e rápidas;
Pulso rápido ou lento;
Dificuldade visual;
Tosse;
Secreção nas VA.
São causadas por substâncias tóxicas que penetram através da pele e das mucosas,
por meio de absorção. Algumas vezes estas intoxicações provocam lesões importantes
na superfície da pele, outras, o veneno é absorvido sem dano algum.
A maioria dos tóxicos absorvidos são substâncias químicas de uso comum e plantas.
Tratamento Pré-Hospitalar
Para atender estes pacientes, o Emergencista deve usar, além dos EPI´s básicos,
proteção para a sua roupa.
1. Remova o paciente para local seguro. Se houver condições de segurança para tal;
Sinais e Sintomas
A absorção dos tóxicos por contato, pode produzir os sinais e sintomas descritos
anteriormente na intoxicação por ingestão.
Tratamento Pré-Hospitalar
1. Prevena o choque;
Sinais e Sintomas
Picadas ou mordidas visíveis na pele.
Podem apresentar dor e inflamação no local;
Ardor na pele e prurido (coceira);
Choque alérgico;
Hemorragias;
Parada respiratória e/ou cardíaca.
A absorção dos tóxicos por injeção pode também produzir os sinais e sintomas
descritos anteriormente na intoxicação por ingestão.
Acidentes ofídicos
Ocorrência bastante comum, principalmente na zona rural, tem sinais e sintomas que
variam bastante de acordo com o gênero do animal (serpente).
Sinais e Sintomas
Marca dos dentes na pele;
Dor local e inflamação;
Pulso acelerado e respiração dificultosa;
Debilidade física;
Problemas de visão;
Náuseas e vômito;
Hemorragias.
Tratamento Pré-Hospitalar
5. Previna o choque;
Somente o soro cura intoxicação provocada por picada de cobra, quando aplicada de
acordo com as seguintes normas:
Soro específico;
Dentro do menor tempo possível;
Em quantidade suficiente.
O Emergencista deve considerar todas as picadas como venenosas até que se prove o
contrário.
Se for treinado para tal e houver tempo e condições, conduza o espécime que
provocou a lesão para avaliação e identificação da espécie.
Restrições
Abuso de Drogas
Um Emergencista deve reconhecer os sinais e sintomas característicos para poder
identificar um possível caso de abuso ou overdose de drogas.
Tratamento Pré-Hospitalar:
3. Induza o vômito se a droga foi ministrada por via oral e nos últimos 30 minutos;
7. Previna o choque.
Emergência clínica
Estado crítico provocado por uma ampla variedade de doenças cuja causa não inclui
violência sobre a vítima.
Se uma vítima sente-se mal ou apresenta sinais vitais atípicos, assuma que esta tem
uma emergência clínica.
Uma freqüência respiratória maior que 24 vpm ou menor que 08 vpm indica uma
possível emergência clínica em uma vítima adulta.
Convulsão
Manifestações
Tônica – São prolongadas e imobilizam os membros atingidos.
Clônica – Resultam de uma série de contrações rápidas e rítmicas.
Tônico-clônica – A imobilização da parte atingida é interrompida por contrações
clônicas.
CAUSAS:
Intoxicações;
Doenças neurológicas;
Traumatismo Crânio-encefálico;
Febre;
Doenças infecciosas (meningite, tétano).
Epilepsia
É uma condição neurológica que de tempo em tempo produz breves distúrbios nas
funções elétricas cerebrais normais. A função cerebral normal é garantida por milhões
de pequenas cargas elétricas passando entre células nervosas no cérebro e em todas
as partes do corpo. Quando alguém tem epilepsia, este padrão normal pode ser
interrompido por surtos intermitentes de energia elétrica muito mais intensa do que o
habitual. Isto pode afetar a consciência da pessoa e provocar movimentos corporais
Por isso a epilepsia é por vezes chamada de desordem convulsiva. Os surtos não
habituais de energia podem ocorrer em apenas uma área do cérebro (crises parciais),
ou podem afetar células nervosas através de todo cérebro (crises generalizadas). A
função cerebral normal não pode retornar até que o surto elétrico desapareça.
Condições cerebrais que produzem estes episódios podem estar presentes desde o
nascimento ou podem se desenvolver mais tarde devido a traumatismos, infecções,
anormalidades estruturais, exposição a agentes tóxicos ou, até mesmo, por razões que
ainda não são bem entendidas. Algumas doenças ou traumatismos severos podem
afetar o cérebro ao ponto de produzir uma crise isolada. Quando as crises continuam
a ocorrer por razões desconhecidas ou por um problema subjacente que não pode ser
resolvido a condição é denominada epilepsia. A epilepsia afeta pessoas de todas as
idades, todas nacionalidades e todas as raças, podendo também ocorrer em animais,
incluindo cães, gatos, coelhos e camundongos.
Epilepsia
Tipos de crise
As crises epilépticas ocorrem com grande variedade e sua freqüência e forma variam
bastante, de pessoa para pessoa. Mesmo assim, com os modernos métodos de
tratamento a maioria dos casos pode ser completamente controlada.
Epilepsia
Epilepsia é uma classificação geral para uma grande variedade de crises. Assim,
diferentes epilepsias têm crises bastante diferentes. Sensações comuns associadas
com crises incluem insegurança, medo, exaustão física e mental, confusão e perda da
memória. Alguns tipos de crises podem produzir fenômenos auditivos ou visuais
enquanto outros podem envolver uma sensação de vazio. Se o paciente fica
inconsciente durante a crise pode não haver sensação alguma. Muitas pessoas
experimentam uma aura antes da crise propriamente dita.
As crises podem durar de poucos segundos a alguns minutos. Em casos raros podem
durar algumas horas. Exemplificando, uma crise tônico-clônica típica dura de 1 a 7
minutos. Crises de ausência podem durar apenas poucos segundos e crises parciais
complexas duram de 30 segundos até 2 ou 3 minutos. Estado de mal epiléptico refere-
se a crises prolongadas que podem durar algumas horas e isto é uma condição médica
séria. Contudo, na maioria das epilepsias as crises são muito curtas e, apenas
pequenos cuidados primários, são necessários.
Não existe uma causa única para a epilepsia. Muitos fatores podem lesar células
nervosas no cérebro ou suas vias de comunicação. Em aproximadamente 65% de
todos casos não existe causa conhecida. As causas mais freqüentes identificadas são:
Intoxicações (substâncias tóxicas em doses altas);
Doenças neurológicas (aneurisma, tumores);
Traumatismo crânio encefálico;
Febre alta;
Doenças infecciosas (meningite, tétano);
Problemas cardiovasculares (AVC).
Epilepsia
1) Posicione o paciente no piso ou em uma maca. Evite que se machuque com golpes
em objetos dispostos ao seu redor;
Diabetes
Diabetes
Tratamento Pré-Hospitalar
2. Transporte o paciente.
Diabetes
Tratamento Pré-Hospitalar
4. Previna o choque; e
5. Transporte o paciente.
Abdome agudo
Causas
Apendicite;
Úlceras;
Doença hepática;
Obstrução intestinal;
Inflamação da vesícula;
Problemas ginecológicos.
6. Transporte o paciente.
Aula 4 – Parto
Feto
Ser vivo que está se desenvolvendo e crescendo dentro do útero, após a 8ª semana de
gestação.
Útero
Órgão muscular que se contrai durante o trabalho de parto, expulsando o feto.
Colo uterino
Extremidade inferior do útero, que se dilata permitindo que o feto entre na vagina.
Vagina
Canal por onde o feto é conduzido para o nascimento.
Saco amniótico
Líquido amniótico
Líquido presente no saco amniótico, com a função de manter a temperatura do feto e
protegê-lo de impactos. Sua cor normal é clara, quando está ocorrendo o sofrimento
fetal este líquido torna-se esverdeado, pela presença do mecônio, que é a primeira
matéria fecal do bebê.
Placenta
Órgão formado durante a gravidez constituída por tecido materno e do concepto,
permitindo a troca de nutrientes entre a mãe e o feto.
Normalmente expelida ao final do trabalho de parto. Pesa aproximadamente 500g, na
gravidez a termo.
Cordão umbilical
Estrutura constituída por vasos sangüíneos através da qual o feto se une à placenta;
seu comprimento é em média 55cm.
Parto
Expulsão do feto viável através das vias genitais ou a extração do feto por meios
cirúrgicos
Aborto
Feto com menos de 500g ou com menos
de 20 semanas de gestação
Pré-maturo
Bebê com menos de 37 semanas
completas de gestação ou pesando menos
de 2.500g, independentemente da idade
gestacional.
A termo
De 37 semanas completas de gestação até
menos de 42 semanas completas de
gestação.
Pós-maturo
A partir de 42 semanas completas de
gestação.
3. Abaulamento da vulva;
ENTREVISTA:
Pergunte o nome e idade da mãe;
Se após a entrevista o Emergencista avaliar que o parto não é iminente, deve proceder
o transporte da parturiente e controle de hemorragias. Cubra com curativos estéreis
os traumas abertos, monitore os sinais vitais e esteja preparado para o choque.
2. Explique à mãe o que fará e como irá fazê-lo. Procure tranqüilizá-la informando que
o que está acontecendo é normal. Peça para que após cada contração relaxe, pois isto
facilitará o nascimento;
5. Prepare o kit obstétrico e seu EPI, mantenha todo material necessário à mão;
10. Comprima a região do períneo, com uma das mãos, posicionada sob campo que se
encontra abaixo da abertura vaginal, a fim de evitar lacerações nesta região;
11. Apóie a cabeça do bebê, colocando a mão logo abaixo da mesma com os dedos
bem separados. Apenas sustente o segmento cefálico, ajudando com a outra mão, não
tente puxá-lo;
12. Verifique se há circular de cordão, caso tenha, desfaça com cuidado no sentido
face-crânio do bebê;
Guie, cuidadosamente, a
cabeça para baixo e para cima,
14. Deslize a mão que está sobre a face no sentido crânio-caudal, segurando
firmemente os tornozelos do bebê;
15. Apóie o bebê lateralmente com a cabeça ligeiramente baixa. Isto se faz para
permitir que o sangue, o líquido amniótico e o muco que estão na boca e nariz
possam escorrer para o exterior;
16. Peça para o auxiliar anotar a data, hora, lugar do nascimento, nome da mãe e sexo
do bebê;
Atendimento pré-hospitalar do
recém-nascido
7. Seccione o cordão umbilical com bisturi ou tesoura de ponta romba, este corte deve
ser realizado entre os dois pontos pinçados.
O cordão umbilical não deve ser pinçado imediatamente após o desprendimento fetal.
Aguardam-se de 40 a 60 segundos, a não ser na parturiente Rh negativo, quando se
fará o pinçamento e secção de imediato, pois quando a parturiente tem fator Rh
negativo e o pai por ventura tenha o Rh positivo, ocorrerá a chamada doença
hemolítica do recém nascido ou eritroblastose fetal, ou seja, se a criança for Rh
positivo, o organismo da mãe vai identificar o fator Rh do bebê como sendo nocivo,
despreendendo anticorpos para eliminar este agente estranho através da circulação
feto-placentária, o que ocasiona a morte das hemácias do recém nascido. Esta situação
é comum a partir do segundo parto, embora, hoje já exista uma vacina para ser
aplicada na gestante com a finalidade de prevenir tal situação, chamada de
“GAMAGLOBULINA ANTI-Rh”. Portanto, todas as vezes que a parturiente for fator
Rh negativo, o corte deve ser feito de imediato.
-
Tratamento Pré-hospitalar
5. Criada uma via aérea para o feto, deve-se mantê-la. Permita que o nascimento
prossiga mantendo a sustentação do corpo do bebê; e
Apresentação Pélvica
Quando as nádegas ou os pés do feto são os primeiros a se apresentar.
5. Transporte a parturiente.
4. Envolva o cordão umbilical com gaze estéril úmida e embrulhe-o com compressas
cirúrgicas estéreis, para aquecê-lo;
5. Administre o oxigênio; e
6. Monitore e transporte a parturiente para o hospital. Ela deve ser instruída para que
respire profunda e lentamente.
Parto Múltiplo
Em caso de nascimentos múltiplos, as contrações uterinas reiniciam após o primeiro
nascimento.
Parto Pré-Maturo
Considera-se parto pré-maturo, qualquer nascimento em que o bebê tenha menos de
37 semanas completas de gestação, ou que pese menos de 2500g,
independentemente da idade gestacional, e requer os seguintes cuidados:
Hemorragia Excessiva
Se durante a gravidez, a parturiente começar a ter um sangramento excessivo pela
vagina, é muito provável que terá um aborto. Porém, se a hemorragia ocorrer durante
o trabalho de parto ou na etapa final da gravidez, provavelmente estará ocorrendo um
problema relacionado à placenta.
Tratamento Pré-hospitalar