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@c.t.a.p.h.e
APOSTILA
D E A P H
O

E
C U RS

SBV

‘‘A decisão correta pode salvar vidas’’.


*SEGURANÇA DA CENA
*CINEMÁTICA DO TRAUMA
*CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA

*******************************************************************
* AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
*XABCDE
* KED
*************************************************
* OVACE
* PCR
* OCORRÊNCIAS CLÍNICAS
*******************************************************************
*EMERGÊNCIAS OBSTETRÍCIA
*EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS

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PRIMEIROS SOCORROS 01
PRIMEIROS SOCORROS

A expressão primeiros socorros é usada para caracterizar uma série de procedimentos adotados
com o fim de preservar vidas sob risco iminente e em condições de urgência e/ou emergência. Esses
procedimentos são realizados geralmente por pessoas comuns, com conhecimentos teóricos e prá os
acerca das técnicas u lizadas.
Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados a uma
pessoa em perigo de morte , visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento do quadro, até que
ela receba assistência definnita.
Primeiros socorros são todas as atvidades de caráter técnico ou médico prestadas a uma pes soa
que acaba de sofrer um mal súbito ou que tenha sido vítma de algum acidente. É muito importante que as
medidas prestadas no atendimento sejam do conhecimento de todos, visando ao lado prá o das técnicas,
pois quando um acidente acontece, a situação de pânico instala -se nas vítmas e também em quem está
prestando socorro, atrapalhando bastante o atendimento, caso não esteja acostumado com essas
situações.
O treinamento repe das vezes condicionará o socorrista à sequência u liada em cada caso,
eliminando aqueles minutos preciosos gastos com o ordenamento de ideias e que, muitas vezes, são o
limite entre a vida e a morte.
Toda pessoa que estver realizando o atendimento de primeiros socorros deve, antes de tudo,
atentar para a sua própria segurança. O impulso de ajudar a outras pessoas não jus f a a tomada de
a tudes i consequentes, que acabem transformando-o em mais uma vítma.
A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de primeiros socorros.
Para tanto, evite que a ví ma seja exposta desnecessariamente e mantenha o devido sigilo sobre as
informações pessoais que ela lhe revele durante o atendimento.
Iden fica-se a necessidade de aplicação dos primeiros socorros em diversas situações, sendo as
mais comuns em acidentes a utomobilís os, atropelamento, acidentes doméstcos, tumultos, incêndios,
catástrofes da natureza, acidentes de trabalho e na indústria, guerras e conflitos, ou mesmo causas
fisiológicas em pessoas que sofrem de algum mal, como, por exemplo, um ataque cardíaco (apoplexia).
Os primeiros socorros, como a própria expressão nos remete, são procedimentos u liados
primariamente apenas para se preservar a condição de vida de um indivíduo até a chegada de um médico
profissional, ou uma equipe médica, para que sejam adotadas as medidas que a situação requer, conforme
avaliação profissional e especializada.
Os procedimentos adotados nos primeiros socorros surgiram com o suíço Jean Henry Dunant, no
ano de 1859, projeto apoiado pelo imperador francês Napoleão III, e n a o intuito de instruir pessoas das
comunidades locais, principalmente aquelas que viviam em estado de guerra.
Desde a sua criação até os nossos dias, as técnicas de primeiros socorros são das como de
fundamental importância para a vida huma na. Nota-se, esta stamente, que muitas pessoas feridas e/ou
acidentadas acabam vindo a óbito antes de chegar a uma unidade de saúde, devido à falta de um
atendimento adequado nos primeiros socorros, atendimento esse que poderia ser realizado por qualque r
po d pessoa devidamente e previamente instruída.
CONCEITOS APLICADOS AOS PRIMEIROS SOCORROS
Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado sio coloca em
perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de
suas condições, até que receba assistência médica especializada.

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PRIMEIROS SOCORROS 02

Socorrista: A vida e regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo a portaria n° 824 de 24 de


junho de 1999. O socorrista possui um treinamento mais amplo e detalhado que uma pessoa prestadora
de socorro.
Urgência: Existe a necessidade de um atendimento com rap idez, na proporção da gravidade, mas sem
risco eminente à saúde.
Emergência: Situação que envolve risco de morte, entre elas, as paradas cardiorrespiratórias e as
hemorragia.
Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que necessitam de atendimento.
Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resultam pessoas mortas ou feridas, mas que pode
oferecer risco futuro.
Sinal: É a informação ob a a par r a observação da vítma.
Sintoma: É a informação a par r de uma relato da vítma.
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
Segundo o ar go 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em "Deixar de prestar
assistência, quando possível fazê -lo sem risco pessoal, à criança aband onada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública."

Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
triplicada, se resulta em morte.

Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não possui um
treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já desc aracteriza a oc orrência de omissão de
socorro.
DIREITOS DA PESSOA QUE ESTIVER SENDO ATENDIDA
O prestador de socorro deve ter em mente que a vítma possui o direito de recusa do atendimento.
No caso de adultos, esse direito existe quando eles es erem cons cientes e com clareza de pensamento.
Isto pode ocorrer por diversos motvos, tais como crenças religiosas ou falta de confiança no prestador de
socorro que for realizar o atendimento. Nestes casos, a ví manão pode ser forçada a receber os primeiros
socorros, devendo assim cer f ar-se de que o socorro especializado foi solicitado e con n ar monitorando
a vítma, enquanto tenta ganhar a su a confiança através do diálogo.
Caso a vítma esteja impedida de falar em decorrência do acidente, como um trauma na boca por
exemplo, mas demonstre através de sinais que não aceita o atendimento, fazendo uma negatva com a
cabeça ou empurrando a mão do prestador de socorro, deve-se proceder da seguinte maneira:

Não discuta com a ví m ;


Não questone suas razões, princ ipalmente se elas forem baseadas em crenças religiosas;
Não toque na ví ma, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos;
Converse com a vítma, informe a ela que você possui treinamento em primeiros socorros, que irá
respeitar o direito de la de recusar o atendimento, mas que está pronto para auxiliá -la no que for
necessário;

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PRIMEIROS SOCORROS 03

No caso de crianças, a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo respons ável
legal. Se a criança é retrada do local do acidente antes da chegada do socorro especializado, o
prestador de socorro deverá, se possível, arrolar testemunhas que comprovem o fato;
O consen ento para o atendimento de primeiros socorros pode ser form al, quando a vítma verbaliza
ou sinaliza que concorda com o atendimento, após o prestador de socorro ter se iden f ado como tal e
ter informado à vítma de que possui treinamento em primeiros socorros, ou implícito, quando a víít a
esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou sinalizar
consen ndo com o atendimento. Neste caso, a legislação infere que a vítma daria o consennmento,
caso esse condições de expressar o seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros.
O consen me to implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo menores
desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do mesmo modo, a legislação infere que o
consentmento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso es vessem presentes no local.
IDENTIFICAÇÃO DE EMERGÊNCIAS
Têm-se percebido na maioria dos casos de ac identes, que as pessoas leigas dotadas apenas de boa
vontade e solidariedade, no atendimento a uma ví masem as devidas instruções acerca de primeiros
socorros e suas técnicas, que elas acabam causando muito mais danos, do que bene ci s, agravando ainda
mais a situação de um ferido e/ou intoxicado, do que colaborando para a melhoria de um quadro clínico.
O tempo decorrido para que uma pessoa leiga ident ifique uma situação de risco, por exemplo, é
muito maior do que uma que teve um preparo para lidar com situações de emergência, o que pode
decisivamente interferir na recuperação de uma ví a.
O treinamento em primeiro socorros, então, acaba tornando -se fundamental, não só pelos fatores
é o e moral, mas também devido à realidade social em que vivemos atualmente, quando as pessoas estão
a todo tempo expostas a acidentes.
Uma pessoa devidamente capacitada adquire, dentre as técnicas de primeiros socorr os, a
caracterís a de encarar lucidamente e com tranquilidade as situações adversas de um acidente, onde
pessoas não treinadas, normalmente, perdem o controle emocional, colaborando, assim, para um aumento
de risco, tanto para a(s) vítma(s) quanto par a ela própria.

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04

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SEGURANÇA DA CENA 05
OBJETIVOS:

• Definir Avaliação de Cena;


• Descrever os passos para Avaliação da Cena;
• Enumerar os dados a relatar à Central de Operações após avaliação do local da ocorrência;
• Citar os procedimentos para manter seguros: a equipe, a vítima e circundantes.

CONCEITOS:

É uma avaliação rápida realizada pela Equipe ao chegar no local da ocorrência. Tem como finalidade avaliar os diferentes
fatores relacionados com o incidente; determinar riscos potenciais, garantindo assim a segurança da equipe, dos
circundantes e da vítima.

PASSOS

• Qual é a situação? (Estado Atual);


• Para onde vai? (Potencial);
• O que faço para controlá-la? (Operação e recursos);
• A Avaliação de Cena é um processo contínuo;
• Conduta da equipe;
• Manter a prontidão;
• Atendimento imediato do chamado;
• Estabelecer rota segura;
• Chegar rápido no local;
• Manter segurança da equipe durante trajeto;
• Acionamento de sirene, faróis e giroflex;
• Cintos de segurança;

HORA DE OURO
• Início;
• Deslocamento;
• Avaliação rápida;
• Intervenção adequada;
• Transporte seguro e eficiente;
• Unidade de saúde adequada;
• Cada minuto perdido implica na diminuição de 1% na qualidade da sobrevida;
• Acessar vítima com segurança;
• Segurança da Cena;
• Pessoal;
• Equipe;
• Circundantes;
• Vítima;
• Controle da Cena;
• Estacionamento adequado da viatura;
• Sinalização do local e de tráfego;
• Verificar riscos iminentes.

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SEGURANÇA DA CENA 06
AVALIAR

• Mecanismo do trauma.
• Risco para os circundantes.
• Risco de incêndio/explosão.
• Presença de animais.
• Ribanceira/desmoronamentos.
• Odores estranhos.
• Estabelecer prioridades.
• Contato com familiares ou testemunhas.
• Reconhecer seus limites (lidar com stress).
• Contato com Central de Operações.
• Situação no local.
• Número de vítimas.
• Necessidade de apoio.
• Necessidade de recursos adicionais.
• Atenção garantir a segurança de todos.
• Não permita que outras pessoas se transformem em vítimas.
• Diante da possibilidade de uma ocorrência criminal: a segurança da equipe deve ser prioritária; acionar PM, somente
se aproxime da vítima após avaliação geral da cena.
• A viatura só pode conduzir equipe, pacientes e acompanhantes na quantidade de cintos de segurança existentes!.
• A ambulância deverá ser posicionada de forma a garantir a segurança da equipe durante o atendimento.
• A segurança é fundamental!.

ASPECTOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA DE CENA


Quando suspeitar ou critérios de inclusão:
Este protocolo é parte integrante dos 3 “S” para a segurança e se aplica a todos os atendimentos.
A avaliação da segurança da cena deve ser a primeira prioridade do profi ssional e deve anteceder o início
da abordagem do paciente.

Conduta
Realizar os 3 passos para avaliação da cena

• Considerar informações passadas pela Central de Regulação, por outras equipes


no local ou testemunhas:
• tipo/natureza de evento;
• solicitante;
• número de pacientes;
• veículos envolvidos;
• situação em andamento, etc.
Passo 1: • Ao chegar à cena, observar:
Qual é a situação? • tipo/natureza do evento;
• acesso (difícil?);
• situação geral: pessoas no entorno;
• presença de outros serviços;
• presença de agentes de risco que comprometam a segurança: animais, fogo,
produtos perigosos, instabilidade de estruturas, fi os elétricos, acesso difícil,
tráfego intenso, armamento, aglomeração de pessoas e risco de pânico em
massa, fl uidos corporais, múltiplos pacientes, etc.
• Considerar as possibilidades de evolução da situação nos próximos minutos ou
horas:
• fi os energizados e soltos? choque elétrico?;
• explosão?;
Passo 2:
• intoxicação por fumaça?;
Para onde a
situação pode
• colapso de estruturas?;
evoluir? • hostilidade e/ou violência interpessoal?;
• vazamento de produtos?;
• contaminação?;


vias intransitáveis?;
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aumento do número de pacientes?, etc.
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SEGURANÇA DA CENA 07

• Considerar o acionamento de recursos de apoio e/ou especializados como:


• equipes adicionais do SAMU;
• corpo de bombeiros;
Passo 3: • policiamento;
Como controlar a • departamento de trânsito;
situação? • companhia de água ou de energia elétrica;
• serviço aeromédico;

Após avaliar os três passos, defi nir:


• “CENA SEGURA”: iniciar os procedimentos de aproximação e abordagem do paciente.

• “CENA INSEGURA”:
• posicionar-se em local seguro e próximo (considerar ações de segurança já realizadas ou sinalizadas
por outros serviços já presentes na cena);
• comunicar-se imediatamente com a Central de Regulação para informar detalhes e defi nir solicitação
de apoio;
• se necessário considerar as ações básicas de segurança e controle da cena;
• aguardar orientação e apoio no local seguro.

Considerar as ações de segurança e controle da CENA INSEGURA utilizando regras básicas de


posicionamento diante de riscos, tais como:
• rede elétrica afetada, posicionar-se próximo aos postes que ainda estiverem intactos;
• presença (ou suspeita) de materiais tóxicos inaláveis ou fumaça, levar em consideração a direção do vento
e/ou da fumaça antes de se posicionar. Posicionar-se sempre a favor do vento;
• fogo e fumaça na cena, além da direção do vento, posicionar-se pelo menos a 50m de distância do local;
• escoamento de combustível, posicionar-se na direção contrária ao sentido do escoamento;
• risco de inundação, posicionar-se em local alto e distante;
• risco de colapso de estruturas (edifi cações ou vias) considerar a possibilidade de extensão e propagação
dos danos e posicionar-se em local seguro;
• cenários hostis com possibilidade de violência contra a equipe (presença de armas, indivíduos hostis,
animais, etc.) manter-se afastado em local seguro até a chegada de apoio. Se houve evolução para um
cenário hostil com a equipe já na cena, considerar a saída estratégica diante de ameaça percebida ou
potencial, com imediata comunicação à Central de Regulação;
• se a cena já conta com presença de outras equipes ou serviços (bombeiros, policiamento etc.) considerar
a sinalização e as ações de segurança já realizadas e apresentar-se ao comando da cena para
disponibilização de recursos e orientações de segurança.

Observações:
• Objetivo: identifi car rapidamente os diferentes fatores de risco que estão relacionados com a ocorrência
com vistas a tomada de decisão para seu controle e início da abordagem.
• A primeira prioridade da equipe deve ser sua segurança. O desejo de ajudar não deve se sobrepor à
própria segurança da equipe.
• Em cenários hostis, é útil o uso de sinais ou palavras previamente combinadas para situações que exijam
saída estratégica.
• A paramentação das equipes é fundamental em todas as ocorrências e/ou procedimentos.

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 08

TRAUMA

Definido como um evento nocivo que adevém da liberação de formas específicas de energia: mecânica,
química, térmica, elétrica e outras...

LEIS DA FÍSICA

Lei da transformação da energia


‘‘ Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma’’.

Lei da inércia
‘‘ Todo corpo em movimento permanecerá em movimento até que uma força atue sobre ele’’.

De 5 a 15% das vítimas dos eventos de alta energia possuem lesões graves a pesar de não evidenciarem
ferimentos na 1ª avaliação.

Estuda a transferência de energia de uma fonte externa para o corpo da vítima

A energia mecânica (movimento)


permanece como o agente de lesão
mais comum.

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 09

Importância do estudo da cinemática da trama:

Auxilia na busca de lesão;


Evitar que lesões graves sejam omitidas;

TRAUMATISMOS FECHADOS:
O impacto se distribui em uma área mais extensa;
A cavidade temporária é formada pela deformação dos tecidos que depois
voltam a posição normal;

TRAUMATISMOS PENETRANTES:
O obieto que colide com o corpo vence a elasticidade dos tecidos e penetra no
corpo.

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 10

COLISÕES DE VEÍCULOS:
A absorção de energia cinética do movimento é o componente básico da
produção de lesão
O corpo do passageiro está na mesma velocidade que o carro possuía antes de
desacelerar até colidir com alguma estrutura interna dele.

EVIDÊNCIAS DE LESÕES A VÍTIMA:


Deformidade de veículo (indicação das forças envolvidas)

Deformidade de estruturas internas (indicação de onde a vítima colidiu)

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 11

PADRÃO DAS 3 COLISÕES:

1.Colisão da máquina
2. Colisão do corpo
3. Colisão dos órgãos

PADRÃO DAS CALISÕES DE VEÍCULOS:


COLISÃO FRONTAL

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 12

COLISÃO LATERAL:

COLISÃO TRASEIRA:

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 13

CAPOTAMENTO:

É impossível prever as lesões da ví ma:

SISTEMA DE CONTENÇÃO DO
OCUPANTE DE VEÍCULO:
Cinto de segurança
Air Bag

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 14

ACIDENTES COM VEÍCULOS DE DUAS RODAS:

Colisões
Quedas

LESÕES NOS ATROPELAMENTOS:

Tendem a ser mais graves


pois a vítima absorve
mais energia;

• Impacto primário com o


corpo
• Impacto secundário do
corpo com o solo

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 15
PADRÕES DE LESÃO NO ADULTO:

PADRÕES DE LESÕES NA CRIANÇA:

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 16

DESACELERAÇÃO VERTICAL:

PAF- FERIMENTO POR ARMA DE FOGO

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 17

PAF - PERFURAÇÃO POR ARMA DE FOGO:

Após penetrar o corpo a


trajetória do projétil pode não ser
mais uma linha reta

O dano produzido é proporcional a


densidade do tecido.

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 18

PAB - PERFURAÇÃO POR ARMA BRANCA:

SEVERIDADE DO FERIMENTO:

Depende:
Região anatômica
a ngida,
Comprimento da lâmina
Ângulo de penetração

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 19

OBJETO EMPALADO:

NÃO REMOVER O OBJETO


FIXA PARA O TRANSPORTE

EXPLOSÕES:

Podem ocorrer em guerras,


atentados terroristas,
acidentes em construções e
demolições, domés os e
com veículos.

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CINEMÁTICA DO TRAUMA 20

EXPLOSÕES:

A energia contida no explosivo é convertida em


luz, calor e pressão.

A gravidade das lesões depende da força da


explosão e da distância.

Luz
Calor
Onda de Choque

SUSPEITAR DE TRAUMATISMO GRAVE:


Morte de um dos ocupantes do veículo.
Ejeção de um dos ocupantes.
Queda maior que 6 metros.
Colisão com velocidade maior 32 Km/h.
Danos severos ao veículo.
Alteração do nível de consciência.
Dificuldade para falar.
Dificuldade para respirar.
Palidez
Sudorese.
Pele fria.
Dor intensa no pescoço;

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL 21
IMOBILIÇÃO COM COLAR CERVICAL
Tamanhos:
Neonatal – Rosa Pediátrico – Lilás Pequeno – Azul Médio – Laranja Grande – Verde GG
Técnica:
1) O profissional (1) deverá fazer a estabilização manual e o alinhamento da coluna cervical para uma
posição neutra;
2) O profissional (2) deverá avaliar a região cervical, idenn ando possíveis contraindicações para a
colocação do colar cervical e re a r suavemente os adereços e vestmenta do pescoço para que estes não
interfiram no procedimento.
2.1) Contraindicações:
- Objeto encravado no local de colocação do colar.
- Ferimento com sangramento intenso (fazer cura o compressivo antes da colocação do colar).
3) Não sendo iden f ado nenhuma contraindicação, o profissional (2) deverá fazer a medição e a
colocação do colar cervical adequado.
3.1) A escolha do tamanho do colar cervical.
- A escolha do tamanho ideal para o paciente é feita medindo -se (u lizando os dedos) a distância
entre uma linha imaginária na base do pescoço (músculo trapézio) onde o colar ficará apoiado e o
ângulo da mandíbula da ví a. Para se fazer esta medição o pescoço deverá estar alinhando e em
posição neutra.
- A medida exata do colar é a distância entre o ponto de referência (fixação preta) e a borda inferior
do plás o rígido. Não se deve medir até o acolchoado de espuma.

Tamanho do colar cervical.


4) O profissional (2) deverá colocar o colar na víít a.
4.1) Vítma sentada:
-Colocar o colar cervical iniciando pela parte do queixo, deslizando o colar sobre o tórax da vítma até
que seu queixo esteja apoiado firmemente sobre o colar (parte anterior);
- Passar a parte posterior do colar por trás do pescoço da vít ima até se encontrar com a parte
anterior.
- Ajustar o colar e prender o velcro observando uma discreta folga entre o colar e o pescoço da
vítma.
4.2) Ví ma deitada:
- Passar a parte posterior do colar por trás do pescoço da ví ma;
- Colocar a parte anterior do colar cervical, encaixando no queixo da vítma de forma que esteja
apoiado firmemente;
- Ajustar o colar e prender o velcro observando uma discreta folga entre o colar e o pescoço da
vítma.
5) Observações:
5.1) O uso isolado do colar não imobiliza adequadamente, portanto, o profissional (1) deverá manter
a imobilização e o alinhamento da cervical até a colocação do paciente na prancha rígida e a fixação
dos estabilizadores de cabeça;

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 22
5.2) Os colares devem ser de tamanho adequado para cada paciente e não devem impedir a abertura
da boca do paciente, espontânea ou realizada pelo profissional caso ocorra vômito;
5.3) Sempre se deve observar se após a colocação do colar houve uma obstrução ou uma dificuldade
de ventilação.

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 23

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 24

membro

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 25

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 26

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 27

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 28

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 29

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 30

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 31

Rolamento
objetivos: Mobilizar uma vítima para um dispositivo
de imobilização, mantendo estabilização com
vítima em decúbito
alinhamento manual e com o mínimo movimento da dorsal :
coluna vertebral.
1. Enquanto o primeiro elemento se coloca à
indicações : Para mobilizar uma vítima para cabeça da vítima e mantém o alinhamento com
o dispositivo de imobilização ou transporte; para estabilização em posição neutra, o segundo
lateralizar uma vítima com suspeita de trauma vertebro- elemento aplica o colar cervical de tamanho
medular, com o objetivo de examinar a região posterior adequado;
do tronco. 2. O primeiro elemento continua à cabeça (mantendo
o alinhamento com estabilização em posição
Precauções: Vítimas em decúbito dorsal com neutra), o segundo elemento ajoelha-se ao nível
suspeita de trauma da bacia; trauma bilateral dos do tórax da vítima e o terceiro ajoelhase ao nível
membros (se tivermos fratura bilateral da tíbia e perónio, dos joelhos;
depois de imobilizar especificamente cada uma delas 3. Os membros superiores e inferiores são alinhados
é possível lateralizar a vítima), objetos empalados e junto ao corpo e o plano duro colocado no lado
eviscerações. oposto aos elementos;
4. A vítima é agarrada pelos ombros e pela cintura
técnica: A técnica tem de ser adaptada de acordo pélvica em simultâneo, de modo a manter as
com a posição em que a vítima se encontra. Para a extremidades alinhadas em posição neutra e
sua realização correta são. é rolada suavemente na direção do segundo e
terceiro elementos;
5. O plano duro é apoiado no bordo lateral oposto
aos elementos ou, quando colocado por um
quarto elemento, aplicado contra o dorso da
vítima. Deve ser posicionado de forma que a sua
porção terminal (zona dos pés) fique na região
O reposicionamento da vítima no plano duro entre os joelhos e os tornozelos da vítima e a
deve ser realizado com um movimento na porção superior (zona da cabeça) fique colocada
diagonal. acima da cabeça da vítima;
6. A vítima é rolada para cima do plano duro e desce
junto com este para o solo;
7. Uma vez o plano colocado no solo, a vítima
é firmemente agarrada pelos ombros, região
pélvica e membros inferiores, sendo de seguida
deslocada na diagonal, ao longo do plano duro,
até ser corretamente posicionada com a cabeça
colocada no topo do plano e o corpo centrado;
8. A manutenção da estabilização com alinhamento
em posição neutra deve ser feita sem puxar pela
cabeça (ou pescoço) da vítima.

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 32
vítima em decúbito 7.Enquanto o segundo elemento ajoelhado ao nível
do tórax da vítima agarra com uma mão o seu
ventral : ombro mais distante e com a outra o punho e a
anca, o terceiro, ajoelhado ao nível dos joelhos
Quando a vítima se apresenta em decúbito ventral, pode agarra com uma mão o braço e com a outra os
ser utilizado um método de estabilização semelhante membros inferiores da vítima;
ao descrito para a vítima em decúbito dorsal: 8. A vítima é rolada em direção ao plano duro,
devidamente alinhada;
1. Procede-se ao alinhamento inicial dos membros; 9. Depois de o segundo e o terceiro elementos
2. A posição do segundo e terceiro elementos e a reposicionarem três das mãos no lado oposto
colocação das mãos são também as descritas da vítima, uma fixa o plano duro, a vítima e o
na técnica anterior; plano são descidos para o solo. Firmemente
3. É também obrigatório manter o alinhamento; agarrada pelos ombros, região pélvica e membros
4. Se possível, a vítima deve ser sempre rolada na inferiores, a vítima é de seguida deslocada para
direção contrária àquela para onde a sua face cima e para o lado, ao longo do plano duro, até ser
esta inicialmente voltada; posicionada com a cabeça colocada no topo do
5. O primeiro elemento coloca-se à cabeça da vítima plano e o corpo centrado. Finalmente é colocado
e mantém o alinhamento com estabilização em o colar cervical;
posição neutra; 10. A manutenção da estabilização com alinhamento
6. O plano duro é colocado entre os elementos e a em posição neutra é feita sem tracionar a cabeça
vítima e apoiado no bordo lateral, posicionado de (ou pescoço) da vítima.
forma que a sua porção terminal (zona dos pés)
fique acima dos tornozelos da vítima;

Completado o rolamento e colocado o colar cervical do tamanho adequado, a vítima é imobilizada


no respetivo plano duro, com o cinto tipo aranha ou quatro cintos e aplicados os apoios de cabeça.

Na vítima em decúbito ventral o colar cervical só pode ser colocado depois da vítima estar colocada
e alinhada sobre o plano duro e nunca antes.

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 33

Imobilizaçãoem
Plano duro
obJetivos: Manter a estabilidade da coluna vertebral
numa vítima com suspeita de trauma, vertebro-medular.
técnica:
1. A base do imobilizador de cabeça deve estar
indicações: Quando há suspeita de lesão vertebro-
previamente colocada no plano duro;
medular e quando é necessário proceder à imobilização
2. O 1º elemento procede ou mantém o alinhamento
de uma vítima instável.
da coluna cervical;
3. O 2º elemento, se a técnica ainda não estiver
contraindicações: Deve ser utilizado apenas
executada, coloca o colar cervical;
durante o tempo indispensável pois o seu uso
4. Este 2º elemento coloca seguidamente o cinto do
prolongado pode provocar úlceras de pressão . Se
tórax e depois o cinto da região pélvica de forma
se prevê um tempo de transporte prolongado, superior
a não permitir qualquer movimento longitudinal
a 60 minutos deve ser utilizado em conjunto com
ou lateral do tronco da vítima;
maca de vácuo.
5. Fixar a estrutura escapulo umeral;
6. O passo seguinte é a colocação dos imobilizadores
de cabeça;
7. O 2º elemento substitui o primeiro no alinhamento
da coluna cervical, aplicando a mão aberta em
chave polegar indicador, sob o maxilar inferior,
juntamente com o colar cervical, exercendo
pressão no sentido do plano e para cima;
8. O 1º elemento aplicará as almofadas, lateralmente,
ajustadas ao crânio, fazendo encaixar as orelhas
da vítima nos orifícios existentes;
9. Este 1º elemento procede, de seguida, à colocação
das cintas de fixação, primeiro a cinta frontal que
prende na parte lateral inferior das almofadas,
depois a cinta do mento, cruzando com o primeiro
para fixação superior;
10. Finalmente são fixadas as pernas imediatamente
acima do joelho e acima do tornozelo, devendo os
espaços livres ser almofadados de modo a que
a vítima não se mobilize nem deslize.

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 34

Extração rápida
objetivos: Estabilização manual duma vítima com
lesões que colocam a vida em perigo, antes ou durante
com um elemento:
a sua mobilização. chave de rauteck
indicações: Para extração de vítimas cujo exame É uma técnica de recurso que permite a estabilização
primário revela lesões críticas que colocam a vida manual de uma vítima de trauma, com suspeita de
em perigo; quando a zona do acidente é insegura e lesão vertebromedular, sem o recurso a qualquer
claramente perigosa para a vítima e para a equipa ou equipamento.
quando a vítima tem de ser extraída rapidamente para Esta só poderá ser efetuada perante uma vítima que
permitir o acesso a outra vítima mais grave. não se encontra encarcerada. Indicações:
• Local de risco iminente para a vítima (ex. incêndio;
contra indicações: Não deverá nunca ser usada submersão);
como 'escolha' ou 'preferência' do operacional, mas • Para garantir o acesso a uma vítima mais grave;
apenas pelos critérios mencionados nas indicações • Lesões graves que colocam a vida em risco
da técnica. imediato.

técnicas:
• Com um elemento (chave de rauteck); Vítima sentada em viatura:
1. Libertar a vítima do cinto se segurança e garantir
• Com três ou mais elementos.
que não se encontra presa a outras estruturas
(como por exemplo os pedais);
2. O elemento que vai aplicar a técnica deverá
colocar-se lateralmente à vítima e inicia a
estabilização cervical:
• F az passar o membro superior (mais afastado
da vítima) por baixo da axila (mais próxima
da vítima);
C•om a mão aplicada no maxilar inferior fixa
a coluna cervical e a cabeça contra a sua
cabeça o corpo;
3. O seu outro membro superior entra por trás do
ombro da vítima, passa por baixo da axila e fixa,
se possível, os dois punhos da vítima (figura 9):
quando não é possível fixar os dois punhos, fixa
apenas o punho contra lateral da vítima, o outro
punho, o cinto, ou a roupa;
4. Girar e retirar a vítima, arrastando-a para local
seguro: esta manobra pode ser realizada com a
ajuda de um segundo elemento que se encarrega
exclusivamente da saída dos membros inferiores
5. baixar a vítima no solo (ou Plano Duro), tendo o
cuidado de apoiar inicialmente a região pélvica
(figura 10).
6. Deitar a vítima mantendo a estabilidade da cabeça
e agir em conformidade.

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 35

Imobilização vertical
objetivos: Imobilizar completamente uma vítima em
posição ortostática (de pé), mantendo a cabeça e o
com três ou mais
pescoço alinhados numa posição neutra, minimizando elementos
o risco de lesões adicionais.
1. Enquanto um elemento procede à estabilização
indicações: Para imobilizar a coluna vertebral numa
da cervical, com alinhamento manual, que deve
vítima de trauma que está de pé (podendo até estar
ser efetuada abordando a vítima por trás, um
a andar), mas em que há suspeita de lesão vertebro-
outro elemento deve aplicar um colar cervical
medular.
de tamanho adequado;
2. Dois elementos posicionam-se, lateralmente, de
contraindicações: Não existem (logo que a
frente para a vítima e introduzem lateralmente um
imobilização esteja indicada).
plano duro encostado atrás desta;
3. Os seus braços passando pelas axilas da vítima,
técnica: Existem dois métodos para imobilizar uma
seguram com as mãos do lado interior o plano
vítima em posição de pé, dependendo essencialmente
duro nos seus orifícios deste nível;
do número de elementos presentes.
4. O primeiro elemento mantém a estabilização
cervical enquanto a vítima é segura ao plano
duro e descida juntamente com este até ao
chão, devendo os três elementos trabalhar em
com dois elementos: simultâneo durante este movimento, que deve
ser seguro e síncrono, para assegurar a máxima
estabilização manual.
1. Quando não estão disponíveis mais elementos,
é possível e adequado proceder à mobilização
apenas com dois, que atuarão um de cada lado
da vítima virados na direção desta;
Quando a vítima e o plano estão no chão,
2. Enquanto um elemento procede à estabilização
a estabilização com alinhamento manual
manual da cervical, que deve ser efetuada
é mantida e a vítima é imobilizada no
abordando a vítima pela frente, o 2º elemento deve
plano duro.
aplicar um colar cervical de tamanho adequado;
3. Este 2º elemento posiciona-se, lateralmente,
de frente para a vítima e coloca o plano duro
encostado atrás desta. Segura com a mão do lado
interior, cujo braço passa pela axila da vítima, o
plano duro num dos seus orifícios deste nível. A
outra mão irá substituir na imobilização cervical
a mão do mesmo lado do outro elemento;
4. Os dois elementos, com as mãos exteriores, com
os dedos abertos e a palma da mão de encontro
à face da vítima, fazem igual pressão para dentro
(um na direção do outro), de modo a manter a
estabilização cervical manual e a fixação da
vítima ao plano duro;
5. A vítima é descida até ao chão, juntamente com
o plano duro, com cuidado para o plano não
deslizar, devendo os dois elementos trabalhar
em simultâneo durante este movimento, que deve
ser seguro e síncrono, para assegurar a máxima
estabilização manual (devem contar para iniciar
a descida em simultâneo).

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 36

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CONTROLE DA COLUNA CERVICAL E PRANCHA 37

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ESCALA DE GLASGOW 38

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ESCALA DE GLASGOW 39

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AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 40

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AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 41

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AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 42

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AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 43

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AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 44

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AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 45

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AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 46

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XABCDE DO TRAUMA 47
QUE É TRAUMA?

No contexto do atendimento pré hospitalar, define-se o Trauma como um evento nocivo que advém da
liberação de formas específicas de energia ou de barreiras físicas ao fluxo normal de energia.

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DO XABCDE DO TRAUMA?

Em 1976, ao sofrer um acidente com sua família, o cirurgião ortopédico Jim Styner pôde perceber as
fragilidades dos cuidados em primeiros socorros de vítimas de traumas. Depois dessa experiência, o
médico desenvolveu o protocolo ABCDE do trauma, que passou a ser empregado em diversas regiões
do mundo a partir de 1978, sendo ministrado neste ano o primeiro curso sobre o tema.
A importância do método desenvolvido por Jim Styner não demorou a ser reconhecida pelas
autoridades médicas, uma vez que só com esses cuidados é possível realmente estabilizar o paciente,
deixando-o mais seguro para o transporte e para quaisquer outras intervenções que se façam
necessárias.

Mudança (a entrada do X):

O famoso mnemônico do trauma “abcde” ganhou na 9ª edição do PHTLS 2018, no capítulo 6 , mais um
letra. O “x’ de hemorragia exsanguinante ou seja hemorragia externa grave. Ainda não publicado
oficialmente e não traduzido, mas já nos atualizamos.

O APH sofreu uma substancial alteração, dando mais ênfase às grandes hemorragias externas, antes
mesmo do controle cervical ou da abertura das vias aéreas!

O QUE É O ABCDE DO TRAUMA?

O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define


prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar o atendimento. Ou seja, é uma forma
rápida e fácil de memorizar todos os passos que devem ser seguidos com o paciente em politrauma.

Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo, e é aplicável a todos as
vítimas com quadro crítico, independentemente da idade. O protocolo tem como principal objetivo
reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de qualquer tipo de trauma.

QUAIS CONDUTAS DE SEGURANÇA NA FASE PRÉ-HOSPITALAR?

Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao paciente vítima de trauma é necessário atentar-se a itens
essenciais para salvaguardar a vida da equipe, como: avaliação da segurança da cena segura, uso de
EPI’s, sinalização da cena (Ex. dispor cones de isolamento na pista).

Significado das Letras ABCDE

(X) – Exsanguinação

Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do manejo das
vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser responsável
pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves.

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XABCDE DO TRAUMA 48
(A) – Vias aéreas e proteção da coluna vertebral

No A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-85% das
mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas.

Para manutenção das vias aéreas utiliza-se das técnicas: “chin lift”: elevação do queixo, uso de
aspirador de ponta rígida.

Já o “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel).

cânula orofaríngea (Guedel)

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XABCDE DO TRAUMA 49
Obs importante: Nunca realize a manobra de Chin Lift em vítima com suspeita de trauma.

No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de


socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados
durante o olhar, podendo causar lesões medulares.

A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso, uma
prancha rígida deve ser utilizada.

Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos multissistêmicos!

note a diferença

(B) – Boa Ventilação e Respiração

No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória,


inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura
acessória são parâmetros analisados nessa fase.

Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e
percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado.

(C) – Circulação com Controle de Hemorragias

No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A maioria


das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A Hemorragia é a principal causa de
morte no trauma.

A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes hemorragias.
Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo
não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma (pelve, abdomem e
membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como tempo de enchimento capilar
lentificado, pele fria e pegajosa e comprometimento do nível e qualidade de consciência.

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XABCDE DO TRAUMA 50

Classificando o Choque Hipovolêmico

QUAIS SOLUÇÕES EMPREGAR NA REPOSIÇÃO VOLÊMICA?

O Soro Ringer com Lactato é a solução isotônica de escolha, contudo, soluções cristaloides não repõem
hemácias, portanto, não recupera a capacidade de carrear O2 ou as plaquetas necessárias no processo
de coagulação e controle de hemorragias.

(D) – Disfunção Neurológica

No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral,
sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas.

Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da
perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de goma de Glasgow atualizada.

AVALIAÇÃO DAS PUPILAS


Sua avaliação é feita através de um estímulo luminoso apontado ao olho, esperando obter resposta
pupilar bilateral e simétrica, pela ativação do nervo oculomotor.
Na avaliação das pupilas será importante pesquisar os seguintes dados:
Reatividade;
Simetria;
Forma;
Diâmetro.

A reatividade demonstra o funcionamento dos III e IV pares cranianos. Quando ocorre reação pupilar à
luz, é dita que houve reação foto motora ( RFM + ).
Caso não houver reação pupilar, afirmamos que a reação é foto motora negativa ( RFM – ).
Sendo assim, a simetria das pupilas é classificada de acordo com a reação foto motora aplicada a elas e
também envolve a forma que esta se apresenta.om a reação foto motora aplicada a elas e também
envolve a forma que esta se apresenta.

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XABCDE DO TRAUMA 51
Técnica para avaliação das pupilas

O reflexo foto motor das pupilas depende do nervo óptico e do nervo oculomotor.

• A foto reação é observada com o auxílio do foco de luz de uma lanterna.


• Deve-se fechar o olho do paciente;
• Aguardar alguns segundos;
• Logo após, devemos levantar rapidamente a pálpebra dirigindo o foco de luz diretamente sobre a área
da pupila;
• Observar o resultado;
• Repetir do outro lado;
• Registrar em prontuário os dados obtidos.
• Velocidade de reação
• Normal: constrição rápida;
• Alterações: constrição lenta, arreativa ou fixa.

Tipos de pupilas
• Anisocóricas: quando apresentam
• Isocóricas: são do mesmo tamanho e tamanhos diferentes, ou seja, uma está
reagem à luz; contraída e a outra dilatada;

• Midríase: quando estas se apresentam • Mióticas: quando ambas estão contraídas


grandes e dilatadas; e não apresentam reação à luz.

A avaliação pupilar deve ser utilizada em toda avaliação neurológica, com intervalos regulares,
principalmente nos pacientes que possuem patologias neurológicas, estes devem ser avaliados de
hora em hora nas primeiras 12 horas ou conforme orientação médica.

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XABCDE DO TRAUMA 52

(E) – Exposição Total do Paciente

No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as
principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na
pele etc.
A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente.

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KED 53

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KED 54

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KED 55

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KED 56

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KED 57

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KED 58

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OVACE 59

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OVACE 60

Envolva seus braços

01 entre a caixa torácica


e o umbigo da pessoa
engasgada;

Feche bem uma das

02 mãos, mantendo o
polegar de fora;

Segue o punho

03 com a outra mão,


pressionando com
firmeza para cima;

Avalie se a
desobstrução foi

04 concluída e se a
vítima voltou a
respirar;

05 Repita até o objeto


ser expulso.

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OVACE 61

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OVACE 62

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OVACE 63

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PCR 64

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PCR 65

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PCR 66

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PCR 67

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PCR 68

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PCR 69

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PCR 70

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PCR 71

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PCR 72

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PCR 73

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OCORRÊNCIAS OBSTETRÍCIA 85

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OCORRÊNCIAS OBSTETRÍCIA 86

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OCORRÊNCIAS OBSTETRÍCIA 87

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OCORRÊNCIAS OBSTETRÍCIA 88

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OCORRÊNCIAS OBSTETRÍCIA 90

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OCORRÊNCIAS OBSTETRÍCIA 91

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OCORRÊNCIAS OBSTETRÍCIA 93

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OCORRÊNCIAS PSIQUIÁTRICA 94

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OCORRÊNCIAS PSIQUIÁTRICA 95

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OCORRÊNCIAS PSIQUIÁTRICA 96

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OCORRÊNCIAS PSIQUIÁTRICA 97

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OCORRÊNCIAS PSIQUIÁTRICA 98

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OCORRÊNCIAS PSIQUIÁTRICA 99

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