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DISCIPLINA : TÉCNICAS MILITARES

UNIDADE DIDÁTICA: PRIMEIROS


SOCORROS
ASSUNTO: SOCORRO BÁSICO
PRIMEIROS SOCORROS
• DEFINIÇÃO:
• Atendimento imediato e temporário prestado a uma
pessoa vítima de um acidente ou de ou de um mal súbito.
Tal atendimento deve ser mantido até ser passada as
mãos de um profissional de saúde. Os primeiros socorros
não substituem a necessidade do atendimento médico.
ASPECTOS LEGAIS:

Obrigação moral – Nos casos em que seja necessário qualquer pessoa


deve socorrer outra ao constatar a necessidade. Por menor que seja o auxílio
será sempre bem-vindo.

Obrigação legal – são os seguintes os casos em que há a obrigação legal:

1) Quando a função profissional exigir – Se a função


profissional que o indivíduo exerce determina a prestação de socorro e
este for chamado a comparecer à cena do acidente, existirá então a
obrigação legal.
2) Quando preexistir uma responsabilidade intrínseca. No caso
de existir uma relação de responsabilidade entre duas pessoas. Ex:
parentes.
3) Após iniciar o atendimento de socorro. Uma vez que o
socorro seja iniciado, a pessoa não poderá interrompê-lo. A
responsabilidade com o socorro prestado poderá ser questionada se o
socorrista falhar ao agir.
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS:

Obter o consentimento da vítima – o socorrista deverá obter


permissão da vítima antes de prestar auxílio.
O ato de obter permissão da vítima é conhecido como
consentimento, que pode ser dado ao socorrista oralmente ou por
escrito.
Para vítimas inconscientes a permissão estará subentendida e é
conhecida como consentimento implícito.
Para vítimas menores de idade ou adultos mentalmente
incapacitados, deverá ser obtido o consentimento dos pais ou
responsáveis. No entanto se não for possível encontrá-los e a criança
estiver correndo risco de vida, aplique as medidas de primeiros
socorros. Não deixe de socorrer um menor somente por não obter o
consentimento.
Em caso de vítima com distúrbio mental e alterada o melhor é
procurar uma autoridade policial, visto que são os únicos autorizados
a remover pessoas mesmo contra a vontade. No entanto se a vítima
não for violenta, a situação pode ser conduzida de forma similar à do
menor de idade.
Abandono – O abandono refere-se ao fato de um socorrista que após
iniciar o auxílio a uma vítima, interrompe o atendimento antes que o
socorro profissional ou outro socorrista chegue ao local para substituí-lo.

Direito de recusar ajuda – Uma situação difícil de se encontrar consiste


na recusa de socorro por uma vítima adulta consciente. Deve-se tentar a
todo custo convencer a vítima a ser atendida. Se não puder conseguir o
consentimento, o socorrista não deverá prestar o socorro, porém, deverá
documentar por escrito tudo que foi tentado e se possível conseguir
testemunhas além da assinatura do documento.

Recusa de socorro a uma criança – Embora seja uma situação muito


rara, o socorrista poderá encontrar um pai ou responsável que recuse dar
permissão de socorro. Isto poderá ocorrer em função de aspectos morais,
éticos ou religiosos. Deve-se tentar por todos os meios conseguir o
consentimento do responsável pela criança. Caso não obtenha o
consentimento, deve-se procurar chamar a polícia e documentar tudo por
escrito e se possível com testemunhas além da assinatura do responsável.
Vítima alcoolizada, drogada ou hostil – Se uma vítima nestas
condições recusar ajuda, o socorrista deverá tentar persuadí-la da
necessidade de ser atendida. Se não conseguir o consentimento, chame
a polícia, documente tudo e se possível obtenha testemunhas.

Cuidados iniciais com o acidentado


Sabemos que os primeiros socorros visam salvar a vida da vítima,
evitar lesões adicionais e/ou o agravamento das existentes, porém é
necessário que alguns cuidados sejam tomados para que esses
objetivos venham a ser alcançados.
- Manter o estado emocional equilibrado antes de prestar
qualquer cuidado, pois este constitui um fator preponderante na
qualidade da prestação da assistência.
- Sempre que prestar assistência ao acidentado, procurar o
auxílio de outros colegas ou pessoas que porventura estejam
circulando próximo ao acidente.
- Por menor que seja a ajuda, como por exemplo um
telefonema, é importante nessas ocasiões.
- Prestar assistência ao indivíduo acidentado é, sem dúvida,
uma atitude nobre que engrandece e dignifica o ser humano. Mas
no ímpeto de ajudar o acidentado, podemos enveredar por
caminhos desagradáveis, como quando não estivermos
convenientemente preparados. Portanto, torna-se fundamental
lembrar dos preceitos básicos no atendimento do acidentado
sabendo que não poderemos deixar de fazer algo nesta situação
de obrigação moral e legal.
- Usar equipamento de proteção individual sempre que
prestar assistência ao acidentado, quando isto for possível (luvas
impermeáveis longas, sapatos ou botas, capacete, máscara contra
gás, avental impermeável, etc).
- Ao transportar o acidentado, faça-o com segurança para o
serviço de saúde aproveitar a oportunidade e relatar sua própria
exposição no evento, para que seja submetido a exames de
avaliação e orientações.
• Ao se deparar com uma situação que necessite do emprego de primeiros socorros, o que
deve ser feito em primeiro lugar?

– .Chame por socorro, jamais ajude alguém sozinho, pois esta situação só ocorrerá em
acidentes com extrema urgência no atendimento ou em locais isolados;
• .Verifique se há riscos para você e/ou para o ferido;
• .Tratar das ameaças à vida – Conhecimento de Respiração Cardio-Pulmonar
(RCP);
• .Procure assistência médica;
• .Trate as outras condições urgentes;
• .Previna o choque.
Lembre-se ao socorrer:
Inspire confiança;
Evite o pânico.

Prioridade nos primeiros socorros:


Falta de respiração;
Falta de circulação;
Hemorragias graves.

Não esqueça de verificar os sinais vitais:


Respiração;
Pulso;
Temperatura.

Etapas básicas do socorro (nesta seqüência):


Avaliação do ambiente;
Avaliação do acidente;
Avaliação da vítima.
Alguns cuidados a serem tomados com a avaliação do ambiente e do
acidente:
Dirigir-se para o local;
Identificar-se;
Observar o ocorrido (vazamento, colisão, explosão, tiro de fuzil,
etc);
Verificar as condições de perigo para o socorrista e para a vítima;
Informar-se como ocorreu o acidente;
Isolar e proteger o local.

Ao realizar o exame da vítima siga o protocolo:


A- Verificar o estado de consciência;
B- Verificar obstrução das vias aéreas e controle da cervical;
C- Verificar a respiração e avaliação torácica;
D- Verificar a circulação e controlar hemorragias externas;
E- Verificar traumas de coluna executando exame neurológico;
F- Exame completo do paciente.
Triagem:

Levar o paciente certo para o hospital certo no tempo certo.

Dar informações certas para um melhor atendimento da equipe


de saúde ou especializada com os seguintes dados:
Tipo de acidente;
Local do acidente;
Número de vítimas;
Outros julgados importantes.

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