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PRIMEIROS SOCORROS

NIVEL 1
Introdução

Os altos índices de violência, a imprudência, e muitos outros


fatores sociais, vêm expondo os cidadãos a perigos cada vez
maiores onde o simples fato de atravessar uma rua poderá
representar um ato potencialmente perigoso.
EM CASA PODE OCORRER ACIDENTES ?

Até mesmo dentro do próprio lar, as tomadas elétricas, as


janelas, os produtos de limpeza e inseticidas, o piso escorregadio,
etc., podem implicar em acidentes graves.
CHEGADA DOS BOMBEIROS

O transito congestionado e a grande demanda quase sempre


impossibilita a chegada imediata do RESGATE ou SAMU no local
o acidente.

O tempo entre o momento do acidente e o início do atendimento,


poderá representar um fator decisivo entre a vida e a morte.
PRIMEIROS SOCORROS

São os procedimentos de emergência que visam:


Preservar os sinais vitais e evitar o agravamento das lesões
existentes até a chegada da equipe especializada.

As atitudes do Socorrista
deverão inspirar segurança e
atenuar o sofrimento da
vítima.
A ÉTICA E A HUMANIZAÇÃO NA REALIZAÇÃO
DOS PRIMEIROS SOCORROS

Toda pessoa possui uma consciência moral que a faz distinguir entre
o certo e o errado, entre o bem e o mal, ou seja, é capaz de nortear suas
atitudes pela ética a qual pode-se dizer: é um conjunto de valores, que se
tornam deveres em determinadas culturas ou grupos, sendo expressos em
ações. A ética é, normalmente, uma norma de cunho moral que obriga a
conduta de uma determinada pessoa, sob pena de sanção específica, mas
pode também regulamentar o comportamento de um grupo particular de
pessoas, como, por exemplo, enfermeiros, médicos, etc. A ética profissional,
mais conhecida como deontologia, caracteriza-se como conjunto de normas
ou princípios que têm por fim orientar as relações profissionais entre pares,
destes com os cidadãos, com as instituições a que servem, entre outros.
como, por exemplo, o Código de Ética da Enfermagem, Código de Ética
Médica, etc. Assim como a atividade do médico e do enfermeiro está norteada
pelo Código de Ética, o socorrista também deve ter sua conduta orientada em
um Código que o obriga a prestar seu serviço de atendimento pré-hospitalar
calçado em valores e deveres morais e humanísticos, não menos importantes,
que o dos códigos dos profissionais de saúde.
A ÉTICA E A HUMANIZAÇÃO NA REALIZAÇÃO
DOS PRIMEIROS SOCORROS continuação
Ao longo do Curso, serão preconizados protocolos internacionais
que conduzirão o socorrista a atingir resultados de modo a que possam
prestar socorro de forma adequada, contribuindo com os órgãos
competentes e à sociedade. Entretanto, a técnica não deve desvincular-se
dos preceitos que regem a ética que minimizam o sofrimento da vítima e
humanizam a prestação de socorro, eis que a ruptura deste equilíbrio afetará
a eficácia do atendimento.
Para um atendimento pré-hospitalar de qualidade o socorrista
deverá possuir além do equilíbrio emocional e da competência técnico-
científica, uma competência ética alicerçada nos valores humanísticos, pois,
humanizar o atendimento não é apenas chamar a vítima pelo nome, nem ter
um sorriso nos lábios constantemente, mas também compreender seus
medos, angústias, insegurança e desconfiança, prestando-lhe apoio e
atenção permanente, dando-lhe a certeza de que não será abandonado (a)
em nenhum momento e que seus direitos serão respeitados.
O socorrista humanizado é aquele cujas ações tornam o
atendimento a um traumatizado mais digno e complacente com o seu
sofrimento.
continuação
Um atendimento perfeito ocorre quando, mesmo com o sucesso do
emprego de todas as técnicas dominadas pelo socorrista, atende-se a
dignidade da pessoa humana, angariando o respeito e a admiração da
vítima e de todos os envolvidos, pelo elevado grau de profissionalismo e
respeito à dignidade humana.
 Não focalizar somente o objeto traumático, para não limitar-se apenas às
questões físicas, mas também aos aspectos emocionais cujos danos
podem tornar-se irremediáveis;
 Manter sempre contato com a vitima, buscando uma empatia por parte da
mesma cujos frutos serão a confiança uma boa comunicação;
 Prestar atenção nas queixas, tentando sempre que possível aliviar a dor da
vítima;
 Manter a vitima, sempre que possível, informada quanto aos procedimentos
a serem adotados;
 Respeitar o modo de vida do traumatizado;
 Respeitar a privacidade e o pudor, evitando expor a vítima sem
necessidade;
 Não julgar a conduta social da vítima. O atendimento deverá ser imparcial;
Ter atenção especial com crianças e idosos;
CRIME DE OMISSÃO DE SOCORRO

A prestação de socorro, além de um dever moral, é um


dever legal, e a sua recusa constitui crime de omissão de
socorro, previsto no artigo 135 do código penal brasileiro.

“Deixar de prestar assistência, quando possível, fazê-


lo sem risco pessoal, a criança abandonada ou
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave ou eminente perigo; ou não
pedir nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena – Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único – A pena é aumentada da metade, se
da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e
triplicada, se resulta a morte.” (Decreto de lei nº. 2.848
de 07 de dezembro de 1940).
CRIME DE ABANDONO

Artigo 133 do código Penal Braileiro.

“Abandonar pessoa que está sob o seu cuidado, guarda,


vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de
defender-se dos riscos resultantes do abandono.”
Pena: Detenção, de seis meses a três anos.

§ 1º. Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:


Reclusão, se um a cinco anos.

§2º. Se resulta morte:


Reclusão, de quatro a doze anos.
Procedimentos Emergências
 Agir rápido, porém com calma;

 Transmitir confiança e tranqüilidade;

 Saber improvisar;

 Pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas;

 Nunca dar líquidos à vítima;

 Evitar movimentos bruscos;

 Não interromper os procedimentos iniciados, mesmo


durante o transporte;

OBS: Quando improvisar material, ter o cuidado com o


tipo de material,pois existe risco de tétano. Por tanto
nuca use material ferroso,procure proteger os
ferimentos com plástico ou algo similar.
DIREITOS DA VÍTIMA:

 A vítima tem o direito de recusar o atendimento. No


caso de adultos, esse direito existe quando estiver
consciente e orientado;

 No caso de crianças, a recusa do atendimento pode


ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal.
Se a criança é retirada do local do acidente antes da
chegada do socorro especializado, o prestador de
socorro deverá, se possível, arrolar testemunhas que
comprovem o fato;

 O diálogo é imprescindível, é através dele que o


socorrista poderá convencer a vítima e/ou parentes à
aceitarem o socorro.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
E
REANIMAÇÃO
CARDIORRESPIRATÓRIA (RCP)
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

A avaliação primária deverá ser realizada em no máximo


45 segundos e tem como objetivo Identificar e intervir nas lesões
que comprometam ou venham comprometer a vida da vítima nos
instantes imediatamente após o acidente, tais como:

 Obstrução das vias aéreas;

 Parada cardiorrespiratória;

 Grandes hemorragias externas.

Obs: Não administre medicamentos, procure informação se a


vítima é diabética para informar aos médicos quando chegarem
AVALIAR A CENA

Ao chegar no local do acidente o socorrista


precisa ser cauteloso e estar atento às condições de segurança
em vistas a não tornar-se uma segunda vítima bem como evitar
outros acidentes. Nesse momento, deverá:

 Avaliar o mecanismo do trauma (cinemática do trauma);


 Condições de segurança do cenário (a cena é segura?);
 Solicitar auxílio (SAMU ou GBAPH);
 Isolar a área;
 Sinalizar a área;
 Prover medidas de Biossegurança.

A biossegurança compreende o conjunto de medidas


que preconizam a segurança do socorrista para que este não
se exponha à riscos, sobretudo os biológicos, físicos e
químico.
Nunca esquecer de usar luvas ou algo similar
Prioridades de Atendimento
Todo socorrista deve obedecer sempre a uma prioridade de
atendimento, ou seja, começar pelos casos mais graves.

Exemplo:
A - Vias Aéreas e Coluna Cervical;

B- Respiração

C- Circulação, Hemorragia; e Controle de Choque;

D- Estado de Consciência;

E- Exposição e Proteção da Vítima.


VERIFICAR O NÍVEL DE CONSCIÊNCIA DA VÍTIMA

Realizados os procedimentos iniciais de segurança, busca-se então


a abordagem direta da vítima, cujo primeiro passo consiste em
verificar o seu nível de consciência (AVI):

 Alerta;

 Verbal;

 Inconsciente.
ESTABILIZE A REGIÃO CERVICAL com vistas a não agravar
lesões existentes. Se a vitima estiver consciente o socorrista deverá
conforme humanização:

 Orientar a vitima para não mover a cabeça;


 Orientar a cerca do procedimento que precisa ser realizado e
que sua colaboração é importante.

Antes de colocar o colar cervical, o socorrista responsável deve


avaliar a região cervical da vitima, no seu aspecto anterior e lateral e
deve também avaliar e pesquisar qualquer dismorfia ou
hipersensibilidade da região cervical.

O COLAR CERVICAL NÃO DEVE


SER RETIRADO ENQUANTO NÃO
ESTIVER EXCLUÍDA A
POSSIBILIDADE DE LESÃO
CERVICAL.
COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL

O 1º socorrista deverá posicionar-se junto da cabeça da vitima,


dispondo as mãos de cada lado da cabeça da mesma.

A imobilização da cabeça deve ser efetuada com ambas as mãos,


colocando do 2º ao 5º dedo e palmas das mãos sob a região
occipital e cada um dos dedos polegares na região temporo-
mandibular.

O 1º socorrista deverá manter ligeira tração cefálica (com a cabeça


da vitima em posição neutra) e o alinhamento da coluna cervical
segundo o eixo nariz, umbigo e pés.
VERIFICAR SE AS VIAS AÉREAS
ESTÃO PERMEÁVEIS

 Se a vítima estiver inconsciente, abra-lhe as vias aéreas com


hiperextensão do pescoço e protrusão ou tração mandibular;
Verifique: vomito, sangue ou alimento que possa obstruir as vias
aéreas. Examine os dentes para se certificar de que não caiu
nenhum para o fundo da garganta. Verifique a existência de
próteses removíveis e, caso exista, retire-as
VERIFICAR SE A VÍTIMA ESTÁ RESPIRANDO

 Ver movimentos respiratórios;


 Ouvir a expiração;

 Sentir o ar sendo exalado.


ESTADO DE CHOQUE

Principais causas:
Hemorragias,choque elétricos, queimaduras,
envenenamento,fraturas,amputações,etc.

Sintomas:

 Palidez,pele fria e úmida,


 Pulso rápido e fraco,
 Respiração curta e rápida,
 Náuseas,vômitos e tremores,
 Visão nublada e inconsciência,
 Extremidades arroxeadas.

Procedimentos:
 Controlar a causa do choque,
 Verificar os sinais vitais,
 Colocar a vítima na posição lateral
de segurança.
Se a vítima estiver inconsciente, mas apresente sinais de
respiração, coloque-a na posição de recuperação. A vítima deverá
ser rolada em bloco, preferencialmente para o lado esquerdo porque
facilita o retorno venoso.
Asfixia
Causas:
A presença de corpo estranho
nas vias respiratórias pode
provocar sufocação e asfixia.
Procedimentos:
Usar a Manobra de Heimlich.
Para deslocar um objeto que
engasga a pessoa, agarre-a por
trás. Coloque o punho, com o
polegar virado para dentro, abaixo
do osso central do peito da
vítima. Segure esse punho com a
outra mão. Faça movimentos para
dentro e para cima. No caso de
crianças, use só uma mão e
menos força. Vire a criança de
cabeça para baixo e pressione
seu peito com cuidado.
Asfixia em Bebês
Sintomas: Respiração obstruída,
rosto azulado e o choro não sai.

Deite o bebê de costas com a


cabeça inclinada em um braço,
apoiando o pescoço e cabeça na
mão . Com a mão livre dê cinco
tapas entre os ombros em rápida
sucessão.

Atenção: Não sacuda a criança


nem ponha a cabeça para baixo.
Se os tapas nas costas não
resolverem, vire a criança para
cima.
Ponha dois dedos onde as
costelas se encontram no peito e dê
cinco rápidos apertões. Isso tem o
efeito de uma “tosse artificial”.
Parada Cárdio-Respiratória
Sintomas:

 Inconsciência;

 Tórax parado

 Ausência de movimentos
respiratórios;

 Lábios, língua e unhas


arroxeadas.

 Palidez excessiva;

 Pupilas dilatadas;
Atendimento:
Respiração boca a boca
Respiração Boca a Boca
Preparação
- Deitar a vítima de costas;
- Retirar quaisquer objetos da boca da vítima (dentadura,
ponte móvel, etc.);
- Se houver vômito ou secreção, virar a cabeça de lado e
limpar a boca;

- Desobstruir o canal respiratório, colocando uma das


mãos sob o pescoço da vítima e, com a outra mão na
testa, inclinar a sua cabeça para trás.

Tornar obrigatória a introdução de dispositivos,


equipamentos e medidas de controle coletivo;
- Em seguida, verificar se a vítima está respirando
observando os movimentos ao nível do tórax e do
abdômen;
-Caso a vítima esteja respirando, manter desobstruído o
canal respiratório e transportá-lo ao médico.
Respiração Boca a Boca em Criança
SE NÃO ESTIVER RESPIRANDO!

Aplique duas insuflações normais, cada uma com duração


de 1 segundo e observe a expansão dos pulmões;
VERIFICAR SE A VÍTIMA APRESENTA PULSO

 Se as insuflações entrarem, procure pulso por no máximo 10


segundos.

A ausência de pulso carotídeo em vítimas com mais de um


ano, assim como, ausência de pulso braquial em menores
de 1 ano de idade, constitui sinal de parada cardíaca.
SE NÃO HOUVER PULSO?
Inicie imediatamente as manobras de RCP - Ciclos de 30
compressões e duas insuflações (2 minutos = 5 ciclos)
Re-avalie a cada 5 ciclos.
Parada Cardíaca

Sintomas:

- Inconsciência;

- Parada respiratória;

- Ausência de pulso e de batimentos cardíacos;

- Pupilas dilatadas.
PARADA RESPIRATORIA

 Se o pulso estiver conclusivamente presente, mas sem


respiração, aplique apenas insuflações;

 Se o peito não subir com as insuflações, reveja a técnica de abrir


vias aéreas e tente insuflar novamente;

 Se ainda assim o peito não subir com a insuflação, conclua que


há obstrução de vias aéreas - aplique a manobra de asfixia.
A IMPORTANCIA DAS MANOBRAS DE RCP

A Reanimação cardiopulmonar (RCP) constitui um


conjunto de manobras destinadas a garantir de forma artificial a
oxigenação dos órgãos quando a circulação sanguínea de uma
pessoa pára.
Nesta situação, se o sangue não for bombeado para os
órgãos vitais, como o cérebro e o coração, esses evoluem para
um processo de falência pondo em sério risco a vida da vítima.
As lesões cerebrais surgem logo após três minutos e as
possibilidades de sobrevivência são quase nulas depois de oito.

Caso se proceda à oxigenação artificial da vítima com


RCP imediatamente após a parada cardiorrespiratória, ainda é
provável que essa pessoa possa sobreviver.
Uma vez iniciadas, as manobras não poderão ser
interrompidas por mais de dez segundos, exceto se a respiração e
pulso espontâneos voltarem.
Massagem Cardíaca

A massagem cardíaca sempre será acompanhada de respiração


boca a boca. Para cada duas ventilações, trinta compressões.

Preparação

Desobstruir canal respiratório, colocando uma das


mãos sob o pescoço da vítima e, com a outra mão
na testa, inclinar sua cabeça para trás.

Havendo dois socorristas, um cuidará da


desobstrução das vias respiratórias e da respiração
boca a boca e o outro da massagem cardíaca.

Estando o socorrista sozinho, desobstruir o canal


respiratório e manter a posição improvisando uma
almofada sob o pescoço da vítima.
ATENDIMENTO

PRÉ-HOSPITALAR
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

Objetivo

Na Avaliação Secundária o objetivo será verificar e


intervir nas lesões que, inicialmente, não comprometem a
vida do acidentado mas, se não forem tratadas de forma
correta, poderão trazer comprometimentos nas horas
seguintes.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

O primeiro passo para avaliação secundária, o socorrista deve


observar o comprometimento neurológico da vítima de acordo
com:

Melhor abertura ocular;

Melhor resposta verbal;

Melhor resposta motora.

 Fraturas e outras lesões


EXAME CÉFALO-CAUDAL

Objetivo:

Procurar, através da observação e palpação, por sinais


e sintomas que possam indicar a existência de traumas,
seguindo a seqüência seguinte:
 Cabeça;
 Pescoço;
 Tórax;
 Abdome;
 Pelve;
 Membros superiores;
 Membros inferiores;
HEMORRAGIA
CLASSIFICAÇÃO:

Interna: Ocorre quando há o rompimento do vaso sanguíneo, e


o sangramento se dá internamente por não haver solução de
continuidade na pele. Com o aumento do volume derramado,
poderá ocorrer extravasamento de sangue pelas cavidades
naturais;

Externa: Há solução de continuidade da pele;

Arterial: Ocorre lesão de uma artéria, causando um


sangramento de grande proporção eis que as artérias transportam
alto volume sanguíneo. Apresentam jatos fortes, pulsação e
coloração vermelho vivo;

Venosa - Ocorre lesão de uma veia, sendo uma hemorragia de


menor porte e de cor mais escura.
CHOQUE HIPOVOLÊMICO HEMORRÁGICO

Ocorre devido a processos hemorrágicos que levam à


perda aguda de sangue e por conseguinte, falência do sistema
cardiocirculatório, resultando em uma inadequada perfusão e
oxigenação dos tecidos e irrigação dos órgãos vitais, como:
coração, pulmão, cérebro, rins e o fígado. Não havendo
intervenção imediata, tais órgãos serão lesionados e a vítima
poderá evoluir ao óbito.
SINAIS E SINTOMAS
DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO HEMORRÁGICO:

 Cianose;
 Sudorese;
 Taquicardia;
 Taquipnéia
 Sede;
 Pulso filiforme;
 Pressão Arterial (PA) baixa;
 Perfusão capilar lenta ou inexistente;
 Tontura e/ou perda de consciência.
MEDIDAS DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV)
PARA PREVENIR O CHOQUE HIPOVOLEMICO
HEMORRÁGICO
 Realizar técnicas de hemostasia;

 Posicionar a vítima em decúbito dorsal;

 Afrouxar roupas e retirar calçados;

 Elevar membros inferiores de 20 a 30 cm (quando não


existir suspeita de TRM);

 Agasalhar a vítima.
CASOS MAIS COMUNS DE HEMORRAGIA
E AS TÉCNICAS DE HEMOSTASIA
HEMATÊMESE – Sangramento originário do sistema
digestório alto (esôfago, estômago e duodeno), ocorrendo
normalmente por vômito, com ou sem restos alimentares.
Costuma ter coloração escura como borra de café.

hemostasia:
 Manter a vítima em decúbito dorsal;
 Por bolsa de gelo sobre a região epigástrica;
 Não permitir que a vítima ingira absolutamente nada;
 Em caso do vômito, lateralizá-la;
 Removê-la para o hospital.
HEMOPTISE – sangramento de origem do aparelho
respiratório, em geral dos pulmões e/ou árvore brônquica, apresenta
uma coloração vermelho rutilante, espumante e é expelido por tosse.

Hemostasia:
 Não utilizar gelo nesse tipo de hemorragia;
 Posicionamos a vítima recostada tentando acalmá-la;
 Em caso da vítima tornar-se inconsciente, adotar posição lateral;
 Remover ao hospital.
ESTOMATORRAGIA – Sangramento proveniente da cavidade
oral, incluindo as hemorragias dentárias.

Hemostasia:
 Utilizar roletes de gaze sobre a lesão, fazendo compressão,
similar ao procedimento que os dentistas utilizam;
 Realizar crioterapia.
OTORRAGIA – sangramento pelo conduto da orelha
externa. → Não se faz tamponamento.

EPISTAXE – sangramento pelas narinas.

Hemostasia:
 Realizar compressão manual e posicionar a cabeça da vítima
inclinada à frente 45º;
 Pode-se utilizar gelo juntamente com a compressão nos casos
de trauma;
 Em último caso, fazemos o tamponamento anterior, utilizando
roletes de gaze com vaselina;
 Após os primeiros dez minutos recomenda-se não assoar o
nariz.
TÉCNICAS DE HEMOSTASIA
NOS TRAUMAS DE EXTREMIDADES
E DEMAIS LESÕES TRAUMÁTICAS.

 Pressão direta;
 Curativo compressivo;
 Elevação do membro;
 Pressão indireta;
 Curativo oclusivo.

Não aplicar gelo em ferimentos abertos, mucosas, globo ocular e genitália.


PRESSÃO DIRETA:

Pressão exercida com as mãos utilizando gaze, compressa,


bandagens ou similar sobre o local.
CURATIVO COMPRESSIVO:

O socorrista deverá colocar mais gaze quando as primeiras


camadas estiverem umedecidas de sangue, utilizando ataduras de
crepe para manter compressão na lesão, tendo o cuidado para não
comprometer a perfusão capilar periférica.
ELEVAÇÃO DO MEMBRO:

Auxilia o controle do sangramento nos membros


superiores e/ou inferiores em função da ação gravitacional.

Elevar membros inferiores de 20 a 30 cm quando não existir suspeita de TRM


PRESSÃO INDIRETA (PONTO DE PRESSÃO):

Visa reduzir a luz da artéria que nutre a região do ferimento,


diminuindo o fluxo sangüíneo sem, todavia, impedir a irrigação.
CURATIVO OCLUSIVO:

Similar ao compressivo. O que difere é uma maior


compressão.
QUEIMADURAS

São lesões corporais


produzidas pelo contato com
agente térmico, radioativo,
químico ou elétrico, Podendo
causar a destruição parcial ou
total das camadas do tecido
epitelial, atingindo músculos,
ossos e órgãos internos.
PROFUNDIDADE DAS QUEIMADURAS:
Queimaduras em 1º Grau

É mais comum e, de modo geral,


deixa a pele avermelhada, além de
provocar ardor e ressecamento.
Trata-se de um tipo de queimadura
causado quase sempre por
exposição prolongada à luz solar ou
por contato breve com líquidos
ferventes
Queimaduras em 2° Grau
Queimaduras em 3° Grau
Queimadura de 1º grau
atinge a epiderme:

Sinais e sintomas
 Dor leve a moderada;
 Formigamento;
 Hiperestesia;
 Eritema;
 Discreto ou nenhum
edema.
Queimadura de 2ºgrau
atinge a epiderme e a derme:

Sinais e sintomas
 Dor moderada a severa
 Hiperestesia
 Hiperemia.
 Flictena
 Úmida.
 Aparência rósea
 Ou embranquecida.
Primeiros Socorros nas
queimaduras de 1º e 2º graus

 Resfriamento da lesão com água corrente durante 10 minutos;


 Retirar jóias e adereços;
 Não aplicar gelo, manteiga, óleo, creme dental ou qualquer outra
substância nem fure as bolhas.
 Não retire roupa queimada aderida à pele da vítima.
Queimadura de 3º grau
atinge a hipoderme. Podendo
afetar os tecidos subjacentes.

Sinais e sintomas
 Aparência esbranquiçada,
endurecida e carbonizada;
 Vasos trombosados;
 Hipotermia;
 Indolor;

CAUSAS MAIS COMUNS – Contato direto com chamas, produtos


inflamáveis, produtos químicos e corrente elétrica.
PRIMEIROS SOCORROS
NAS QUEIMADURAS DE 3º GRAU:

 Apagar as chamas do corpo da vítima;

 Resfriar a área queimada usando gaze umedecida com água;

 Prevenir a hipotermia;

 Retirar jóias e adereços;

 Não tentar retirar a roupa queimada que esteja aderida à pele;

 Monitorar Sinais Vitais;

 Remover imediatamente ao hospital.


INSOLAÇÃO (QUEIMADURA RADIOATIVA)
Ocorre devido à exposição prolongada aos raios solares.

SINAIS E SINTOMAS:

Temperatura do corpo elevada;


Pele quente, avermelhada e seca;
Diferentes níveis de consciência;
Falta de ar;
Desidratação;
Dor de cabeça, náuseas e tontura.
INTERMAÇÃO

Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados


(fundições, padarias, caldeiras etc.) e intenso trabalho muscular.

SINAIS E SINTOMAS

 Temperatura do corpo elevada;


 Pele quente, avermelhada e seca;
 Diferentes níveis de consciência;
 Falta de ar;
 Desidratação;
 Dor de cabeça, náuseas e tontura;
 Insuficiência respiratória.
PRIMEIROS SOCORROS
(Insolação e intermação)

 Remover a vítima para lugar fresco e arejado;


 Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo,
envolvendo-a com toalhas umedecidas;
 Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma
freqüente;
 Mantê-la deitada;
 Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
 Providenciar transporte adequado;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.
QUEIMADURA QUÍMICA:

A exposição da pele e/ou mucosas à produtos químicos


(ácidos e álcalis) pode causar queimaduras graves.

A gravidade das lesões dependerá da concentração e da


quantidade do produto, duração e modo de contato com a pele,
extensão corporal exposta ao agente e do mecanismo de ação da
substância.
PRIMEIROS SOCORROS NAS
QUEIMADURAS QUÍMICAS:

 Despir a vítima (apenas o necessário);


 Remover a substância diluindo-a com água corrente em
abundância;
 Evite que a água misturada ao produto se espalhe afetando
outras áreas do corpo da vítima;
 Utilize EPI e fique atento, pois, dependendo do mecanismo de
ação da substância as luvas de borracha podem ser
corroídas;
 Quando possível, fornecer ao médico o rótulo do produto ou
informações do mesmo;
 Conduzir ao hospital ou aguardar o SAV.
QUEIMADURA ELÉTRICA
Produzida pelo contato com a corrente elétrica.

O choque elétrico pode provocar desde


um leve formigamento, podendo
chegar à fibrilação, PCR, e
queimaduras graves.
PRIMEIROS SOCORROS
NAS QUEIMADURAS ELÉTRICAS:

 Interromper o fluxo da corrente elétrica;

 Chamar a companhia de energia elétrica nos acidentes em via


pública;

 Garantir permeabilidade das vias aéreas com controle da coluna


cervical;

 Realizar RCP, se for constatada PCR;

 Realizar curativos e imobilizações nas lesões existentes;

 Transportar para o hospital monitorando pulso e respiração ou


preferencialmente aguardar o Suporte Avançado de Vida.
TRAUMAS
•Feridas;
•Fraturas;
•Luxações;
•Entorse;
•Distensão muscular;
•Contusão muscular;
•Lesões do couro cabeludo;
•Trauma crânio encefálico;
•Trauma Raquimedular;
•Transporte da vítima;
•Acidente Vascular Cerebral (AVC);
•Desmaio;
•Convulsão.
FERIDAS

São lesões traumáticas da pele ou dos tecidos subjacentes,


podendo ocasionar um variável grau de dor, sangramento,
laceração e contaminação.
PRIMEIROS SOCORROS

 Antes de qualquer atitude, se a ferida apresenta sangramento, realize


hemostasia;

 Lave o ferimento preferencialmente com soro fisiológico ou água e


sabão neutro;

 Cubra a ferida com gaze esterilizada, na ausência, pano limpo;

 Não use pomadas, nem qualquer outro produto que possa causar
reação alérgica.

Gelo não pode ser usado em ferimentos abertos, nem em mucosas,


globo ocular e genitália. Devendo ser aplicado envolto por saco
plástico ou pano.

O socorrista deve usar luvas


NUNCA TENTE RETIRAR
NENHUM OBJETO
QUE ESTEJA ENCRAVADO
FRATURA
É qualquer interrupção na continuidade de um osso.
OS TRAUMAS DE EXTREMIDADES
E O RISCO DE VIDA.

Isoladamente, não denotam risco de vida para a vítima.


Quando o trauma está associado a lesão vascular,
mutilação e fraturas abertas do fêmur com hemorragia,
podem levar a vítima ao óbito.

O pronto emprego dos primeiros socorros são fundamentais, eis que a situação
requer controle imediato de hemorragias externas e imobilização do membro
traumatizado.
FRATURA FECHADA (simples)
A pele não foi perfurada
FRATURA ABERTA (exposta)

O osso se quebra atravessando a pele, ou existe uma ferida associada que se


estende desde o osso fraturado até a pele.
SINAIS E SINTOMAS

 Deformidade;
 Dor;
 Equimose;
 Edema;
 Hiperemia;
 Impotência funcional;
 Fragmento exposto;
 Crepitação.

EQUIMOSE - Infiltração do sangue extravasado no tecido Subcutâneo.


HIPEREMIA - Aumento da irrigação sanguínea de um órgão ou região do
corpo, provocando a distensão dos vasos sanguíneos.
PRIMEIROS SOCORROS

 Mobilizar o membro levantando-o pelas articulações, exercendo


tracionamento;
 Jamais tentar colocar o osso no lugar;
 Imobilizar o membro tendo atenção para estabilizar toda a área,
antes e após a lesão;
 Checar o pulso distal da fratura;
 Nas fraturas abertas, proteger a lesão com um curativo simples, sem
comprimir o local.
LUXAÇÃO
É o desencaixe de uma articulação,
causando ruptura de ligamentos e da cápsula articular

As articulações geralmente lesadas são o


ombro, cotovelo, dedo, quadril e tornozelo.
SINAIS E SINTOMAS DE LUXAÇÃO

 Alteração anatômica da articulação;


 Dor local;
 Impotência funcional da articulação e dor, na
tentativa de movimentá-la;
 Equimose;
 Edema.

EQUIMOSE - Infiltração do sangue extravasado no tecido Subcutâneo.


EDEMA – Acúmulo patológico de líquido = inchado.
ENTORSE

Ocorre quando uma articulação realiza um movimento além


do seu grau de amplitude normal, lesionando os ligamentos daquela
articulação.

Os locais mais comuns de entorses são as articulações do joelho e tornozelo


SINAIS E SINTOMAS DE ENTORSE

 Edema;

 Hematoma;

 Pode ou não apresentar impotência funcional;

 Pode ou não apresentar dor a palpação;

 Em alguns casos, pode ocorrer alteração


anatômica da articulação

HEMATOMA – Tumor formado por sangue extravasado.


PRIMEIROS SOCORROS
(Luxação e entorse)

 Realizar crioterapia;
 Imobilizar a articulação comprometida e a
região acima e abaixo;
 Jamais tentar mobilizar a articulação ou tentar
colocar na posição anatômica;
 Manter a área em repouso.
DISTENSÃO MUSCULAR

A distensão muscular é uma lesão traumática aguda na


unidade músculo-tendinosa (UMT), em função de um
alongamento exagerado do músculo acompanhado de algumas
rupturas de fibras musculares.

A falta de aquecimento, alongamento e o cansaço


muscular, são fatores que podem levar a uma distensão, mas o
agente causal é sempre um movimento forte de rápida
contração ou movimento exagerado contra uma grande
resistência.
SINAIS E SINTOMAS

 Dor intensa em fisgada;

 Dor à contração isométrica do músculo;

 Dificuldade de realizar adequadamente os movimentos;

 Eventualmente surge equimose.


CONTUSÃO MUSCULAR

É uma lesão traumática aguda


decorrente de trauma direto aos
tecidos moles, causando dor e
edema.

A contusão varia de leve até uma


grande infiltração de sangue nos
tecidos adjacentes.
A vítima sente, inicialmente, dor
variável ou desconforto e
conforme a gravidade do caso,
quando a pessoa esfria,
desenvolve-se rigidez, dor e
edema.
PRIMEIROS SOCORROS
(Distensão e contusão)

 Realizar crioterapia;

 Imobilizar a área comprometida e a região acima e


abaixo através de enfaixamento;

 Manter a área em repouso, em posição elevada.


LESÕES DO COURO CABELUDO

Embora apresente uma aparência sinistra, não costumam


causar alterações fisiológicas relevantes, contudo, em crianças
pode levar à um quadro de choque hipovolêmico.
PROCEDIMENTOS

 Manter a vítima sentada;

 Localizar e avaliar a lesão;

 Observar se na lesão há fratura de crânio ou corpo estranho;

 Nunca retirar fragmentos ósseos;

 Conter o sangramento através de compressão;

 Remover ao hospital.
TCE – TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO

Consiste em alterações Anátomo-funcionais decorrentes da


ação de agentes físicos sobre crânio, afetando por conseguinte
as estruturas subjacentes.
SINAIS E SINTOMAS:

 Perda de sangue pelas narinas ou ouvidos;


 Inconsciência ou não;
 Náuseas ou vômito;
 Tontura ou desmaio;
 Cefaléia;
 Lapso de memória;
 Deformidade anatômica;
Sangramento e edema decorrente trauma facial.

Anisocoria
PRIMEIROS SOCORROS
 Verificar o mecanismo do trauma;
 Se a vítima estiver consciente, perguntar se está com dor de
cabeça tontura e/ou vontade de vomitar;
 Questionar testemunhas se a vítima desmaiou e/ou vomitou
(procurar indícios no local);
 Verificar se houve perda de consciência e amnésia;
 Promover a permeabilidade da via respiratória;
 Palpar a cabeça procurando indícios de trauma;
 Realizar hemostasia;
 Verificar estado neurológico;
Posicionar vítima em decúbito dorsal com o pescoço
estabilizado.

Toda vítima de TCE necessita de cuidados médicos imediatos, portanto,


a equipe de Resgate deverá ser informada da situação.
TRM - TRAUMA RAQUIMEDULAR

O trauma raquimedular é uma agressão à


medula espinhal que pode ocasionar danos
neurológicos, tais como alteração das funções
motora, sensitiva e autônoma.
A medula espinhal é a principal via de comunicação entre o
cérebro e o restante do organismo, é protegida pelos ossos da coluna
vertebral (vértebras). A parte anterior da medula espinhal contém os
nervos motores, os quais transmitem informações aos músculos e
estimulam o movimento. A parte posterior e as partes laterais contêm
os nervos sensitivos, os quais transmitem informações ao cérebro
sobre o tato, a posição, o calor e o frio.
PROTEJA A MEDULA

Quando a medula espinhal é


lesada em um acidente, a sua
função pode ser total ou
parcialmente destruída em
qualquer parte do corpo
abaixo do nível da lesão. Os
danos à medula espinhal
variam de uma concussão
transitória até uma
transecção completa da
mesma, tornando a vítima
paralisada abaixo do nível da
lesão traumática.
SINAIS E SINTOMAS

 Dor local intensa;

 Diminuição da sensibilidade, formigamento ou dormência


em membros inferiores e/ou superiores;

 Paralisia dos segmentos do corpo, abaixo da lesão;

 Perda do controle esfincteriano.

Todas as vitimas inconscientes deverão ser consideradas e


tratadas como portadoras de lesões na coluna.
Veja na figura ao lado o nível
da lesão e os efeitos
associados.
PRIMEIROS SOCORROS

 Mantenha a vítima em decúbito dorsal sob repouso absoluto;


 Evite o estado de choque;
 Imobilizar o pescoço utilizando o colar cervical;
 Movimentar a vítima em bloco, impedindo movimentos bruscos do
pescoço e do tronco;
 Colocar em prancha de madeira;
 Encaminhar para atendimento hospitalar conforme item “transporte da
vítima” vivenciado nas aulas práticas.
Movimentação e Transporte

A vítima de um acidente pode ter seu estado agravado se não


forem tomados cuidados mínimos e essenciais em seu
transporte para atendimento médico. Portanto, para evitar
riscos, em primeiro lugar é preciso verificar o estado geral da
vítima antes de transportá-la.

Transporte em maca

A maca é a melhor maneira de


transportar um acidentado.
Dependendo do local onde o acidente
tenha acontecido, muitas vezes será
necessário improvisar uma. E mais
importante é preciso saber colocar a
vítima sobre a maca.
Improvisação de Maca
Maca feita com três jaquetas e dois Maca feita com sacos de aniagem e
duas varas resistentes duas varas resistentes

Maca feita com corda e duas varas Maca feita com uma colcha e duas
resistentes varas resistentes
Transporte sem Maca

Transporte nas costas Transporte de bombeiro


Transporte sem Maca

Transporte de arrasto Transporte pelas extremidades


Transporte sem Maca

Transporte em cadeirinha Transporte no colo


Quatro socorristas
Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a
cabeça da vítima impedindo qualquer tipo de deslocamento.
Transporte sem Maca

ATENÇÃO:

Em alguns casos, é melhor que se procure ajuda imediata, ao


invés de se tentar remover a vítima sozinho. Um ato
desmedido de heroísmo pode levar a vítima a uma disfunção
irreversível. O que se deve ter em mente é que não se
recomenda fazer nada além do essencial, de maneira que os
procedimentos sejam todos eles cumpridos com o esperado
sucesso.
AVC – ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Conhecido como derrame cerebral, pode ser de dois tipos:

 Acidente vascular isquêmico – falta de circulação numa área do


cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por
ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais
velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial,
problemas vasculares e fumantes;

 Acidente vascular hemorrágico – sangramento cerebral provocado


pelo rompimento de uma artéria ou vaso sangüíneo, em virtude de
hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue,
traumatismos. Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é
mais grave.
AVC é uma emergência médica. O paciente deve ser
posto em repouso absoluto e encaminhado imediatamente para o hospital.
SINAIS E SINTOMAS:

Acidente vascular isquêmico


 Perda repentina da força muscular e/ou da visão;
 Dificuldades da fala;
 Tonturas;
 Formigamento num dos lados do corpo;
 Alterações da memória.

Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios


Ataque Isquêmico Transitório (AIT). Nem por isso deixam de
exigir cuidados médicos imediatos.

Acidente vascular hemorrágico


 Cefaléia;
 Edema cerebral;
 Aumento da pressão intracraniana;
 Náuseas e vômitos;
 Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo
acidente vascular isquêmico
DESMAIO

É a perda súbita e temporária da consciência e da força


muscular, geralmente devido à diminuição de oxigênio no
cérebro, tendo como causas: hipoglicemia, fator emocional,
dor extrema, ambiente confinado, etc.

 Colocar a vítima em local arejado


e afastar curiosos;
 Deitar a vítima na posição
anti-choque;
 Afrouxar as roupas;
 Encaminhar para atendimento
hospitalar.
CONVULSÃO

Perda súbita da consciência acompanhada de contrações


musculares bruscas e involuntárias, conhecida popularmente
como “epilepsia”. Causas variadas: epilepsia, febre alta,
traumatismo craniano, etc.

 Proteger a cabeça e o corpo


de lesões;
 Afastar objetos existentes ao
redor da vitima;
 Lateralizar a cabeça em caso
de vômitos;
 Afrouxar as roupas e deixar a
vítima debater-se livremente;

Nas convulsões por febre alta diminuir a temperatura do corpo,


envolvendo-o com pano embebido por água.
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e
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS

O envenenamento ou intoxicação resulta da penetração


de substância tóxica/nociva no organismo. Os meios de
entrada são: pele, aspiração e ingestão.

Sinais e sintomas
 Dor e sensação de queimação nas vias de penetração e
sistemas correspondentes;
 Hálito com odor estranho;
 Sonolência, confusão mental, alucinações e delírios, estado
de coma;
 Lesões cutâneas;
 Náuseas e vômitos;
 Alterações da respiração e do pulso.
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS
POR INGESTÃO

 Medicamentos, plantas, alimentos estragados, a primeira


medida é provocar vômito oferecendo bastante líquido;
 Não provoque o vômito, se a pessoa estiver desmaiada ou em
convulsões nem se a intoxicação foi provocada por produtos
derivados de petróleo, por pesticidas ou substâncias cáusticas ou
corrosivas (ácido muriático, soda cáustica, etc.);
 Guarde a embalagem do produto, restos da substância ou o
material vomitado, para facilitar a identificação pelo médico;
 No caso de remédios, tente descobrir quantos comprimidos
foram engolidos e, quando ocorreu a ingestão;
 Nunca dê bebida alcoólica para um intoxicado, remova
imediatamente ao hospital.
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS

PROCEDIMENTOS
Pele
 Retirar a roupa impregnada;
 Lavar a região atingida com água em abundância;
 Substâncias sólidas devem ser retiradas antes de lavar com
água;
 Agasalhar a vítima;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

Aspiração
 Proporcionar boa ventilação;
 Abrir as vias áreas respiratórias;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.
Envenenamento e Intoxicações
Conceito:
Substâncias químicas nocivas ao organismo humano, que, em contato
através de inalação, ingestão e absorção pela pele, acidental ou
voluntariamente, podem ocasionar alterações neurológicas respiratórias e
ou metabólicas.
Causas:
Drogas;
Intoxicação medicamentosa;
Inalação por monóxido de carbono ou outros
gases;
Inalação de solventes ou derivados químicos;
Intoxicação alimentar;
Ingestão de plantas tóxicas;
Manuseio inadequado de defensivos agrícolas.
Plantas Tóxicas

Mamona

Comigo
ninguém
pode

As plantas tóxicas, muitas das quais são ornamentais, podem ser encontradas em
jardins, quintais, vasos, praças e terrenos baldios. Algumas conhecidas e bonitas, mas
quando colocadas na boca ou manipuladas, podem causar graves intoxicações.

Coroa Imperial

Espirradeira
Intoxicação Medicamentosa

A intoxicação por medicamentos é responsável por 26,9% dos


casos registrados, entre os agentes que causam intoxicação humana.
Os dados são do Sistema Nacional de Informação Tóxico-
Farmacológica, do Ministério da Saúde, e identificam os medicamentos
como os principais causadores do problema, à frente de intoxicação
por animais peçonhentos, com 23,9% dos registros e por
domissanitários, com 8,7%.

O abuso da automedicação decorrente da venda inadequada dos


medicamentos é um dos fatores considerados, pelas entidades,
responsável pelo aumento dos índices de intoxicação. "Para evitar os
abusos com relação a essas vendas, faz-se necessário a Vigilância
Sanitária trabalhar com prevenção e aumento de recursos humanos
para fiscalização nos estabelecimentos“. (Publicado no Conselho
Regional de Farmácias de Minas Gerais).
Manuseio Inadequado de Defensivo Agrícola

O preparo da calda é uma das operações mais perigosas para o


homem e o meio ambiente, pois o produto é manuseado em altas
concentrações. Normalmente esta operação é feita próximo a fontes de
captação de água, como poços, rios, lagos, açudes etc. Geralmente
ocorrem escorrimentos e respingos que atingem o operador, a máquina,
o solo e o sistema hídrico, promovendo desta forma a contaminação de
organismos não alvos, principalmente daqueles que usarão a água para
sua sobrevivência.

Descarte das embalagens vazias


O destino das embalagens vazias é atualmente regulamentado por lei
e de responsabilidade do fabricante do produto, que periodicamente
deve recolhê-las.
Monóxido de Carbono

O produto mais perigoso na fumaça do cigarro é o monóxido de


carbono (CO). Este é um gás sem cor e sem cheiro. Ele é formado pela
combustão incompleta de substâncias orgânicas. O CO é perigoso
porque toma o lugar do oxigênio no seu sangue. O CO tem uma atração
muito maior pela hemoglobina que pelo oxigênio. Seus órgãos vitais,
como o coração e o cérebro requerem oxigênio para sobreviver. O CO
impede esses órgãos de receber todo oxigênio que eles precisam.
O Monóxido de Carbono é inalado em fumaça (incêndio, escapamento
de automóveis e cigarros).
Em níveis muito elevados de CO pode ocorrer envenenamento pelo
mesmo. Alguns dos sintomas do envenenamento incluem dor de cabeça,
rubor, bocejos, tonturas, náuseas, vômitos e aumento da freqüência
cardíaca. Em casos severos coma e morte podem se seguir.
Intoxicação Alimentar
Causas mais comuns: A deterioração dos alimentos. O cozimento
por complexo destrói as bactérias nocivas
"Deve ter sido alguma coisa que eu comi." Quantas vezes você já
disse ao sentir um indisposição acompanhada de vômitos, dores de
estômago e diarréia? De fato, os casos de uma ligeira intoxicação
alimentar se tornaram tão comuns hoje em dia que dificilmente
achamos necessário consultar um médico a respeito.
Intoxicação alimentar é o nome que se dá aos sintomas
desagradáveis que uma pessoa experimenta depois de ingerir
alimentos contaminados por certas bactérias nocivas.
Em geral, a intoxicação alimentar é provocada por três tipos de
bactérias. Cada uma delas se desenvolvem num determinado tipo de
alimento (necessitando de certas condições especiais para poder se
multiplicar) e produz um conjunto deferente de sintomas.
Intoxicação por salmonela;
Intoxicação alimentar por clostrídios;
Intoxicação alimentar por estafilococos.
PICADAS E FERROADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS

Uma vez injetado no corpo humano, o veneno


poderá causar reações orgânicas que são classificadas em
quatro grupos:

 Anticoagulante;
 Hemolítica;
 Neurotóxica;
 Proteolítica.
ANIMAIS PEÇONHENTOS OU VENENOSOS?

 Animais peçonhentos – Possuem glândula de veneno que


se comunicam com dentes ocos, ferrões ou aguilhões
inoculadores do veneno;

 Animais venenosos – Possuem o veneno, todavia, não tem


um aparelho inoculador (dentes, ferrões). Provocam
envenenamento por contato (lagartas), por compressão
(sapo) ou por ingestão (peixe-baiacu).

 No mundo existem cerca 3 mil espécies de cobras. no


Brasil, existem 250 dentre as quais, pelo menos 70 são
venenosas, dessas, apenas 04 espécies são peçonhentas.
MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO

1. Anticoagulante – O veneno atua destruindo o fibrinogênio,


fazendo com que o sangue não coagule, podendo levar o indivíduo
ao óbito por hemorragia.
2. Hemolítica – Ao atingir a corrente sanguínea, esse tipo de
veneno age destruindo as hemácias do sangue provocando uma
anemia hemolítica aguda, e levará o indivíduo ao óbito, por asfixia
celular.
3. Neurotóxica – O veneno age sobre o SNC causando mudanças
no equilíbrio, consciência, distúrbios na visão e demais sentidos,
ptose palpebral, dormência no local da picada ou mordedura,
podendo levar o indivíduo ao estado de choque, a IRA e
consequentemente ao óbito.
4. Proteolítica - Após injetado, o veneno desencadeia um
processo de decomposição das proteínas, causando a necrose do
tecido, caso não seja tratado em tempo hábil, poderá causar por
conseguinte a perda do membro afetado, e até o óbito.
Diferenciação entre Cobras
Diferenciação entre cobras venenosas e não venenosas
Característica Venenosa Não venenosa

Cabeça Triangular Arredondadas

Olhos Pequenos Grandes

Fosseta loreal Têm Não têm

Escamas Pequenas Em placas

Cauda Curta, afinada Longa, afina


bruscamente gradativamente
Dentes Presas Dentes pequenos e iguais

Picada Com uma ou mais Orifícios pequenos e mais


marcas mais profundas ou mends iguais

Manifestações:Após a agressão a ação do veneno no


organismo apresentará manifestações relacionadas com o
gênero do animal agressor.
Jararacas e Urutus

Manifestação até 3 horas após o ataque.


- Dor local, inchaço, calor e rubor no local picado, hemorragia no local da
picada ou distante dele;
- Complicações como bolhas, gangrena, abscesso e insuficiência renal
aguda.
Cascavel

Manifestação até 3 horas


após o ataque.
- Dificuldade em abrir os
olhos;
- Visão dupla;
- Cara de bêbado;
- Falta de ar;
- Dificuldade em engolir;
- Dificuldade respiratória.
Fosseta Loreal

Fosseta loreal
Surucucu
Acidentes mais raros no Brasil.
- Inchaço no local da picada;
- Diarréia;
- Hemorragia.
Coral:
Acidentes pouco freqüentes, mas a ação do veneno é rápida e de grande
potência. Os sintomas aparecem em questão de minutos.

- Dificuldade em abrir os olhos;


- Falta de ar;
- Dificuldade em engolir;
- Dificuldade respiratória.
PICADAS E FERROADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS

Sinais e sintomas
 Marcas da picada;
 Dor, edema;
 Manchas roxas, hemorragia;
 Febre, náuseas;
 Sudorese, urina escura;
 Calafrios, perturbações visuais;
 Eritema, cefaléia;
 Distúrbios visuais;
 Queda das pálpebras;
 Convulsões;
 Dispnéia.
PRIMEIROS SOCORROS
COBRAS

 Havendo possibilidade, capturar o animal agressor;


 Manter a vítima deitada em repouso absoluto;
 Lavar a picada com água e sabão;
 Remover anéis, relógios, prevenindo assim complicações
decorrentes do inchaço;
 Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde
mais próximo, para que possa receber o soro em tempo;
 Não fazer garroteamento ou torniquete;
 Não aspirar (chupar) o local na tentativa de retirar o veneno;
 Não cortar ou perfurar o local da picada nem usar quaisquer
produtos.

Obs: É muito importante saber antecipadamente onde em sua


cidade que existe o tipo de tratamento, caso não tenha o
conhecimento: informa-se com corpo de Bombeiros pelo telefone
193
Em caso de acidente, ainda que não seja uma cobra venenosa, é
importante ministrar os primeiros socorros adequados, e levar a vítima a
um posto de saúde. Mesmo sem injetar veneno, a cobra poderá
transmitir uma infecção. Não mate as cobras, elas possuem um papel
fundamental no ecossistema, e matanças poderão desequilibrar o meio
ambiente. Lembre-se: Na mata você é o estranho, enquanto a cobra é
parte dela.

CASCAVEL JARARACA SURUCUCU CORAL


jararacuçu, caiçara, urutu, etc.
AÇÃO DO HEMOLÍTICO PROTEOLÍTICA PROTEOLÍTICA NEUROTÓXICA
VENENO NEUROTÓXICO COAGULANTE COAGULANTE
SORO ANTICROTÁLICO ANTIBOTRÓPICO ANTILAQUÉTICO ANTIELAPÍDICO
Picadas e ferroadas de animais peçonhentos

Medidas preventivas
 Usar botas de cano longo e perneiras;
 Proteger as mãos com luvas;
 Combater os ratos;
 Preservar os predadores;
 Cuidado ao calçar o coturno, bota ou qualquer calçado;
 Conservar o meio ambiente.
PICADAS E FERROADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS

Sinais e sintomas - Escorpiões/Aranhas


 Dor;
 Eritema;
 Inchaço;
 Febre;
 Dor de cabeça.

PROCEDIMENTOS
 Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;
 Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde
mais próximo, para avaliar a necessidade de soro
específico.
PICADAS E FERROADAS DE INSETOS

Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves ou


generalizadas, devido a picadas de insetos (abelhas e formigas).

Sinais e sintomas
 Eritema local que pode se estender pelo corpo todo;
 Prurido;
 Dificuldade respiratória (Edema de glote).

Primeiros socorros
 Retirar os ferrões introduzidos pelo inseto sem espremer;
 Aplicar gelo ou lavar o local da picada com água corrente;
 Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais
próximo, para avaliar a necessidade de soro específico.
Aranhas

Conceitos:

As aranhas venenosas mais comuns em nosso meio são as


armadeiras, marrons e tarântulas. Não tecem teias simétricas e suas
presas são horizontais. Os acidentes são mais comuns em dias frios,
quando procuram abrigo dentro de edificações ou locais fechados.

Manifestações:
Após a agressão, a ação do veneno no organismo apresentará
manifestações relacionadas com o gênero do inseto agressor
Aranhas
Aranha Marrom Aranha
Armadeira

Tarântula
Acidente por Agressão de Insetos
Peçonhentos
Escorpiões

Conceito
Os escorpiões apresentam, após o último segmento de calda,
glândulas que produzem veneno e um ferrão inoculador.
Os principais escorpiões perigosos no Brasil são o preto e o
amarelo.
Os acidentes são mais graves em crianças e idosos.
Manifestações:

Dor local intensa, imediata e irradiada;


Ás vezes dormência na parte acometida;
Em casos graves, a vítima apresenta sintomas gerais que se iniciam
com vômitos, sudorese e taquicardia, podendo evoluir para
convulsões até o choque.
Escorpiões

Escorpião Amarelo Escorpião Preto


Escorpiões

Procedimentos:

Acalmar e confortar a vítima;


Lavar o ferimento com soro fisiológico ou água corrente;
Os acidentes em adultos e jovens raramente apresentam
gravidade, mas, observando-se o surgimento de complicações,
devem ser encaminhados para o tratamento específico, que
consiste em infiltração local de anestésico e ou até mesmo
aplicação de soro antiescorpiônico.
Abelhas, Marimbondo e Vespas

Conceito:
São insetos que picam as pessoas, uma vez incomodados em seu
habitat.
Manifestações:
Dor intensa no local;
Inchaço, vermelhidão e coceira;
Dependendo da sensibilidade individual e do número de picadas
pode ocasionar pode ocasionar choque anafilático e morte.
Procedimentos:
Observar os sinais vitais;
Se necessário realizar a RCP;
Acalmar e confortar a vítima;
Procurar retirar o ferrão;
Aplicar compressa gelada no local da picada.
Abelhas, Marimbondo e Vespas

Abelha
Vesp
a

Marimbond
Lembre-se:
Uma boa prevenção salva mais
vidas que uma grande equipe de
bombeiros ou socorristas !
PREVINA-SE

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